Prédios da Segurança Social que serão habitação acessível estão a “avançar com muita rapidez”, diz Medina

As obras nos prédios que albergavam escritórios da Segurança Social, em Lisboa, e que serão transformados em habitação com rendas acessíveis, vão começar em breve.

O projeto que transformará antigos prédios da Segurança Social em habitação a preços acessíveis está a “avançar com muita rapidez”, adianta o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina. Serão no total onze edifícios, na capital lisboeta, destinados às classes médias, diz o autarca.

Já estão adjudicadas obras em dois edifícios, na Av. da República e no Campo Grande, obras que “vão começar em muito pouco tempo”, revela o presidente da CML, nas celebrações do dia da Segurança Social. Nesta semana serão adjudicadas obras noutros dois edifícios, e estão neste momento em concurso obras dos edifícios na Av. EUA. Os restantes imóveis terão projeto concluído até ao verão, garante.

Este projeto é um “instrumento de defesa das classes médias”, descreve Medina, para famílias que “têm direito a habitação condigna dentro da cidade de Lisboa”. Os imóveis são assim destinados a esta classe, que não terão um encargo superior a 30% do seu rendimento.

O presidente da CML destaca ainda o papel do ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, Vieira da Silva, que “teve desde o inicio uma visão muito clara”. O processo de juntar vários serviços da Segurança Social numa nova sede, na Av. de Berna, permitiu aproveitar os outros prédios para habitação acessível, relembra Medina.

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Macedo quer que dividendos da Caixa sejam “uma longa série”

Depois de anos sem pagar dividendos, a Caixa vai pagar este ano 200 milhões de euros ao Estado. Paulo Macedo deseja transformar a remuneração acionista "numa longa série".

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) prepara-se para voltar a pagar dividendos ao Estado, depois de anos sem qualquer remuneração ao acionista. Mas Paulo Macedo não quer que seja um ato isolado. Deseja que os dividendos do banco público “sejam uma longa série”.

“Terá de ser o nosso empenho que os dividendos sejam uma longa série”, afirmou Paulo Macedo na conferência CEO Banking Forum, dedicada ao tema “Um olhar sobre os desafios futuros da economia, inovação e financiamento”, que decorreu no Campus de Carcavelos da Nova SBE.

O banco público vai pagar 200 milhões de euros ao Estado, com a proposta a ser aprovada na próxima assembleia geral, isto depois de ter obtido lucros de quase 500 milhões de euros o ano passado.

Questionado sobre o discurso político relativamente aos professores, nomeadamente sobre as críticas de haver dinheiro para os bancos e a recusa de contar todo o tempo de serviço dos docentes, Paulo Macedo lembrou que a injeção de capital na CGD teve como pressuposto negociado com Bruxelas o facto de esse investimento ter de “gerar retorno”. “O Estado vai ser ressarcido”, assegurou o gestor.

Paulo Macedo deu conta ainda de todos os custos regulatórios e contribuições que o banco tem de suportar, como por exemplo, para o fundo de resolução nacional, o mecanismo de resolução europeu ou fundo de garantia de depósitos. “Em três anos, a Caixa pagou 400 milhões” em custos regulatórios, o dobro do dividendo que vai distribuir ao acionista este ano, sublinhou o presidente do banco público.

No total, a recapitalização da Caixa ascendeu a quase cinco mil milhões de euros, metade da qual ocorreu através da injeção de dinheiro fresco por parte do Estado.

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A manhã num minuto

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Centenas de professores apresentam pedido de pré-reforma esta tarde

Centenas de professores vão apresentar, esta tarde, em Lisboa, Porto, Coimbra, Évora, Faro e Funchal pedidos de pré-reforma. Ainda assim, docentes continuam a exigir regime específico de aposentação.

Centenas de professores vão apresentar, esta quarta-feira, pedidos de pré-reforma junto das delegações regionais da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) do Porto, Coimbra, Lisboa, Évora, Faro e Funchal. Em conversa com o ECO, o dirigente da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) explica que este é um “ato simbólico” de protesto contra o envelhecimento da carreira docente e em resposta às declarações do ministro das Finanças. “O país não está numa posição económica, financeira e social que se possa dar ao luxo de ter as pessoas a sair do mercado de trabalho”, disse Mário Centeno, no início de abril.

“Há muito tempo que pedimos ao Governo que negoceie um regime específico de aposentação”, sublinha Mário Nogueira, referindo que, face a estes pedidos, o Executivo de António Costa tem vindo a remeter para as novas medidas tomadas para a generalidade dos trabalhadores da Administração Pública, como o novo regime de pré-reforma. Esse regime entrou em vigor no início de fevereiro e estava envolto na promessa de rejuvenescimento da Função Pública, mas não é isso que se tem verificado.

Nesse âmbito, qualquer funcionário público com 55 anos ou mais pode pedir a suspensão da prestação de trabalho, mantendo entre 25% e 100% da sua remuneração à data do pedido.

O decreto-lei deixa, contudo, claro que esses pedidos têm de receber autorização prévia dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças e da Administração Pública. O que o diploma não deixa claro é a quem se devem dirigir esses pedidos, o que deu origem a centenas de pedidos de esclarecimento junto dos sindicatos e impediu o avanço dos requerimentos.

“Como continuamos sem resposta, vamos juntar, esta quinta-feira, nas direções regionais da DGEstE professores que irão requerer o início do processo de pré-reforma”, explica o sindicalista. Só em Coimbra, avança Nogueira, deverão ser apresentados uma centena de pedidos. A estes devem somar-se mais algumas centenas no Porto, Lisboa, Évora, Faro e Funchal.

Este é um “ato simbólico”, devendo mais professores, numa próxima fase, apresentar os seus pedidos de pré-reforma aos seus diretores. No total, a Fenprof já tinha estimado que entre 40 e 50 mil professores têm mais de 55 anos e, por isso, estão em condições de avançar com o pedido de pré-reforma.

À falta de esclarecimentos sobre a quem dirigir os pedidos, juntam-se também as declarações de Mário Centeno como justificação para esta ação de luta. Em abril, o ministro das Finanças disse ao Público que, apesar de o regime ter entrado em vigor, o Executivo não estava a abrir a porta às pré-reformas. “O país não está numa posição económica, financeira e social que se possa dar ao luxo de ter as pessoas a sair do mercado de trabalho”, frisou o governante.

E por falar em ações de luta, na sexta-feira a Fenprof deverá juntar-se à Frente Comum na manifestação nacional que visa exigir ao Governo aumentos salariais dos trabalhadores da Administração Pública. Durante a manhã desse mesmo dia, Mário Nogueira estará no Parlamento, a assistir às votações finais do diploma que prevê a recuperação integral do tempo congelado, que deverá receber votos desfavoráveis do PS, bem como do PSD e do CDS, se não forem aprovadas as “salvaguardas financeiras” propostas pela direita.

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INE recruta 1.500 pessoas para o recenseamento agrícola. Salário é superior a 1.200 euros

  • Ricardo Vieira
  • 8 Maio 2019

Está aberto o recrutamento para técnicos superiores especialistas em estatística e entrevistadores. Os trabalhos decorrem entre outubro deste ano e maio de 2020. O salário é de 1.252,97 euros.

Até finais de junho, o Instituto Nacional de Estatística (INE) está a recrutar mais de 1.500 pessoas, no âmbito do Recenseamento Agrícola 2019, que acontece a cada dez anos.

Entre as vagas há mais de 200 para técnicos superiores especialistas em estatística, que devem ter formação superior preferencialmente na área das ciências agrárias. Há vagas para os Açores e Madeira, Alentejo, Algarve, Beira Interior e Litoral, Trás-os-Montes, Douro e Minho, Ribatejo e Oeste, para as quais as candidaturas terminam a 14 de maio. As condições de trabalho, onde figura um contrato de trabalho por 10 meses com um vencimento de 1.252,97 euros (tem como referência a 1.ª posição remuneratória da carreira de técnica/o superior especialista em estatística do INE), estão publicadas em Diário da República.

Para a operação de campo, que decorre entre outubro de 2019 e maio de 2020, o INE está ainda à procura de 1.300 entrevistadores, que serão responsáveis pela realização das entrevistas, registo e validação de dados junto de todas as explorações agrícolas. Os entrevistadores serão contratados em regime de prestação de serviços, terão de utilizar transporte próprio, bem como equipamento informático com ligação à internet e smartphone capaz de capturar coordenadas geográficas.

Para esta função, para a qual é solicitada disponibilidade total aos fins de semana e pontual nos dias úteis, é dada preferência a pessoas com o 12º ano, com conhecimentos de agricultura e da realidade agrícola local, bem como conhecimentos informáticos na ótica do utilizador e de utilização de TIC. São também valorizados candidatos que residam na zona, que sejam cordiais, metódicos e rigorosos.

É através do Recenseamento Agrícola que se obtêm informações exaustivas sobre o setor, “essencial à tomada de decisões nas políticas agrícolas, de desenvolvimento rural, regional e territorial”, como refere o INE, assumindo uma “dimensão estratégica a nível nacional, uma vez que permite a leitura estatística do objetivo de dinamização do setor agrícola português; este setor tem captado o interesse crescente de jovens empreendedores, por via de apoios para a instalação da atividade, do uso cada vez mais frequente de novas tecnologias, e pela valorização da agricultura e da sua crescente importância nas exportações nacionais”, acrescenta.

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Dona da Delta entra no capital da tecnológica Zone Soft

Grupo Nabeiro investe na tecnológica portuguesa de software para fortalecer a relação com o canal HORECA.

O grupo Nabeiro, dono da Delta, anunciou que entrou no capital da tecnológica portuguesa Zone Soft. O investimento, enquadrado na estratégia do grupo, visa “fortalecer a relação do grupo com o canal HORECA”, anunciou a empresa em comunicado.

“O grupo Zone Soft detém ativos que incluem plataformas de fidelização – incluindo uma solução própria denominada freebee® com mais de 430.000 utilizadores, soluções de atendimento automatizado através da empresa Levoo, e uma central de compras especializada com a marca Comproo”, explica a empresa em comunicado, não adiantando o valor do investimento nem a participação em causa.

Visão HORECA Zone Soft e grupo Nabeiro.

“O grupo Zone Soft tem crescido sustentadamente, uma vez que aposta incondicionalmente na relação com os seus clientes, algo que se enquadra com os valores e cultura do Grupo Nabeiro”, referiu Rui Miguel Nabeiro.

Com mais de 28.000 licenças ativas no mercado nacional, a Zone Soft disponibiliza aos clientes tecnologia de ponto de venda que se diferencia pela “cloud-híbrida” e “por soluções que facilitam o atendimento e operação nos restaurantes, como são o caso da ementa digital, monitores de cozinha e app de gestão (para iOS e Android), entre outras funcionalidades”. A empresa criou ainda, em parceria com a MyPOS, uma solução de pagamento “na qual o terminal bancário incorpora o software de ponto de venda”. Os pagamentos podem ser realizados através de banda magnética, chip ou recorrendo à tecnologia contactless, aceitando qualquer tipo de cartão bancário, nacional e internacional.

“O objetivo desta parceria passa, principalmente, por servir o empresário da restauração com soluções tecnológicas profissionais a preços competitivos, melhorando a experiência de atendimento, as suas operações e gestão de negócio”, adianta Pedro Édris Sousa, partner do grupo Zone Soft, que conta com mais de 55 trabalhadores.

Entre os clientes da empresa, que conta agora com uma participação do grupo Delta, fazem parte nomes como IKEA, McDonald’s, Aviludo, Grupo Capricciosa, Science4You, Eurest, Noori, Nata Lisboa, Cascais Kitchen, Mar Shopping, Kinda Food, Alegro, Dolce Vita Tejo e Arcádia, entre outros.

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Telefónica vende 11 centros de dados por 550 milhões de euros

  • ECO
  • 8 Maio 2019

A operadora de telecomunicações espanhola estima uma mais-valia de 260 milhões de euros com a venda de 11 dos seus 23 centros de dados.

A Telefónica, uma das maiores empresas de telecomunicações do mundo, chegou a acordo com o fundo de investimento Asterion Industrial Partners para a venda de 11 centros de dados em Espanha e na América Latina. O negócio será feito por uma soma de 550 milhões de euros.

“Estima-se que os ganhos de capital, antes dos impostos e participações minoritárias, será de aproximadamente 260 milhões de euros”, refere a Telefónica, de acordo com o Cinco Días. A conclusão da operação deverá ficar concluída num período de dois meses.

O acordo alcançado inclui um contrato de prestação de serviços de housing, o que significa que a operadora vai continuar a fornecer os serviços aos clientes nos mesmos centros, com a mesma qualidade e as mesmas condições.

Esta venda tem como objetivo a redução do nível de endividamento da operadora. A empresa espanhola terminou 2018 com uma dívida financeira líquida de 41.800 milhões de euros.

Esta operação faz parte da política de gestão de carteiras de ativos do grupo Telefónica, baseada numa estratégia de criação de valor, otimização do retorno sobre o capital e posicionamento estratégico.

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Recuperação integral do tempo de serviço custaria mais 398 milhões de euros líquidos, diz UTAO

A UTAO estima que a recuperação integral do tempo de serviço das carreiras custaria mais 398 milhões de euros em termos líquidos, além dos 169 milhões que custa a solução do Governo.

A recuperação integral do tempo de serviço dos professores e das restantes carreiras especiais custaria mais 398 milhões de euros em termos líquidos anualmente, ou seja, descontando o que o Estado receberia de volta com receitas de IRS e contribuições para a Segurança Social, quando a medida se refletisse na totalidade em 2023, estima a UTAO. Estes seriam os custos líquidos acrescidos caso fosse aprovada em votação final global a proposta aprovada pelos deputados do PSD, CDS, BE e PCP na comissão de educação, e aumentaria para 567 milhões de euros o custo da contagem do tempo de serviço em termos líquidos, um valor que compara com os 800 milhões de euros brutos que o Governo diz que custa a medida.

Segundo a análise da Unidade Técnica de Apoio Orçamental ao Programa de Estabilidade, enviada esta quarta-feira aos deputados, o orçamento teria um impacto inicial de 410 milhões de euros em 2020 devido às mudanças feitas no pagamento de dois anos, nove meses e 18 dias, o tempo já previsto no diploma do Governo mas agora sem faseamento, a que se junta um quarto da reposição dos restantes sete anos.

Este valor contrasta com os 540 milhões de euros que o Governo estimativa que fossem os custos brutos — não descontando as receitas acrescidas que teria com IRS e contribuições para a Segurança Social — da medida aprovada no Parlamento.

Em 2021, o acréscimo de despesa seria menor, porque desaparece a necessidade de pagamento de retroativos dos dois anos e nove meses de tempo de serviço, passando aos 199 milhões de euros, e em 2022 para 298 milhões de euros, até que atinge o valor em velocidade cruzeiro em 2023.

Fonte: UTAO, análise ao Programa de Estabilidade 2019-2023.

Recuperação do tempo de serviço não põe em causa excedentes orçamentais

Apesar do agravamento da despesa que resultaria da recuperação integral do tempo de serviço para todas as carreiras, o Estado continuaria a registar excedentes orçamentais a partir do próximo ano. Nem a norma que impõe o pagamento de retroativos da contabilização da primeira parcela de dois anos e nove meses do tempo de serviço já no próximo ano, comprometeria um resultado que seria histórico.

Segundo os cálculos da UTAO, Portugal registaria um saldo positivo das suas contas públicas de 0,1% do PIB em 2020, menos duas décimas do previsto por Mário Centeno no Programa de Estabilidade conhecido a 15 de abril.

Nos anos seguintes o excedente orçamental previsto também seria menor que o previsto atualmente pelo Governo, mas ainda com resultados robustos. Em 2021 seria de menos uma décima (0,8%), em 2022 menos duas décimas (0,5%) e em 2023, quando a medida se reflete na totalidade, menos três décimas (0,4%).

 

O impacto estrutural desta despesa também não comprometeria o cumprimento das regras orçamentais europeias, uma vez que continua a prever-se que o Objetivo de Médio Prazo estabelecido para Portugal (o valor do saldo estrutural anual para o qual o país tem de caminhar anualmente), de 0%, será atingido já em 2019.

De 2020 em diante, a UTAO prevê que mesmo com este acréscimo de despesa, Portugal teria saldos estruturais positivos, ainda que perto do equilíbrio.

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Aumento do parque habitacional público “permitirá condicionar escalada brutal dos preços” dos imóveis, diz Pedro Nuno Santos

Em Portugal, apenas 2% do parque habitacional é público, o que compara com os 20% registados na Holanda, por exemplo. Ministro defende que Estado deve colocar-se como "forte concorrente" dos privados.

O Ministro das Infraestruturas e Habitação (MIH), Pedro Nuno Santos, defende que o aumento do parque habitacional público disponível para arrendamento a valores acessíveis será um fator determinante para “condicionar a escalada brutal dos preços a que assistimos em todo o território nacional, mas de forma mais intensa nos grandes centros urbanos”, referiu à Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação.

“É necessário que o país aumente o parque habitacional público. Seria, ou será, a forma mais eficaz para garantir condições dignas de habitação para os portugueses e, ao mesmo tempo, sem interferir com o setor privado, condicioná-lo, já que o Estado será um forte concorrente no arrendamento com rendas acessíveis”, apontou. O governante lembrou que a atual oferta pública de habitações apoiadas é de apenas 2% do total, “valor absolutamente insuficiente para dar resposta às necessidades”.

Pedro Nuno Santos defendeu perante os deputados que a oferta de um parque público de habitações a rendas acessíveis não é uma questão ideológica, recordando que em vários parceiros europeus, “socialistas ou sociais-democratas, liberais, como na Holanda”, a oferta pública de habitações chega aos 20% — que compara com os 2% atuais em Portugal.

No entender do ministro, o Governo já preparou as bases legais para se avançar para o aumento do parque habitacional público, pedindo agora a participação de todos os grupo parlamentares no apoio a este objetivo. “Temos hoje instrumentos para isso e precisamos que todos os grupos parlamentares participem neste objetivo.” Sobretudo porque o Estado é um dos principais responsáveis pela imensidão de imóveis devolutos em Portugal, sublinhou: “É preciso olhar para o parque imobiliário do Estado, que é vasto e tem muitos edifícios devolutos. Se queremos políticas para combater o abandono de um conjunto muito vasto de imóveis, não pode ser o próprio Estado a abandoná-los.”

O reforço do parque habitacional público, tal como já foi anunciado quando o Governo anunciou o reforço da oferta de alojamentos para estudantes, passará pela criação de um fundo imobiliário associado ao Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social, o que por um lado permitirá a este fundo a diversificação dos seus investimentos, procurando assegurar uma “renda mínima de 4% ao ano” para o mesmo, através das rendas acessíveis.

“As regras já permitem aplicações em ativos imobiliários e o Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado irá recuperar imóveis com investimento do Fundo da Segurança Social, com uma rentabilidade mínima de 4%. Podemos criticar, mas no quadro atual [restrições orçamentais] foi a forma inteligente para avançar com este trabalho”, referiu Nuno Santos.

"Aumentar parque habitacional público seria, ou será, a forma mais eficaz para garantir condições dignas de habitação para os portugueses e, ao mesmo tempo, sem interferir com o setor privado, condicioná-lo, já que o Estado será um forte concorrente no arrendamento com rendas acessíveis”

Pedro Nuno Santos

Por agora, detalhou, apenas foram identificados edifícios propostos pelas autarquias e o MIH está a trabalhar em conjunto com o Ministério das Finanças para que vários imóveis da Administração Central venham também a ser considerados para o Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado.

Sendo este projeto uma estratégia a médio e longo prazo, o governo tem avançado com outros programas para a mobilização do setor privado a dar melhor respostas às necessidades habitacionais, enalteceu Pedro Nuno Santos, nomeando o avanço do diploma sobre rendas acessíveis, que procura incentivar o setor privado a participar num programa para reduzir rendas face aos preços de referência, e também a alteração às taxas de tributação autónoma nos rendimentos prediais, que serão tão mais baixas quanto mais longo for o contrato de arrendamento.

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Professores. Bloco vota contra as cláusulas de salvaguarda da direita

  • ECO
  • 8 Maio 2019

Em entrevista à Rádio Renascença, Catarina Martins diz que não faz sentido dar a possibilidade ao Governo de negociar em baixa uma norma que garante a recuperação integral do tempo de serviço.

A líder do Bloco de Esquerda garantiu esta quarta-feira que o partido vai votar contra todas as propostas que tentem introduzir salvaguardas financeiras na recuperação integral do tempo de serviço dos professores votada na comissão parlamentar de educação. Em entrevista à Rádio Renascença, Catarina Martins diz ainda que o partido não fará parte do Governo a não ser que os portugueses assim o decidam, e que “o Bloco não é flor de lapela de ninguém”.

Não mudou de posição desde 2017, não mudou de posição depois da ameaça do primeiro-ministro e também não o vai fazer agora. É assim que Catarina Martins responde às intenções da direita de tentarem novamente introduzir as cláusulas de salvaguarda, chumbadas na votação da especialidade, que limitam o pagamento do tempo de serviço dos professores às condições económicas.

Na sexta-feira, o primeiro-ministro ameaçou pedir demissão caso o diploma fosse aprovado na votação final global, que deve acontecer esta sexta-feira, mas o PSD recuou e disse que sem as garantias que não foram aprovadas na votação da especialidade, chumba a proposta.

Em entrevista à Rádio Renascença, a líder do Bloco de Esquerda garantiu que “o Bloco de Esquerda não vai mudar nada do seu voto”. “Nós já votámos contra essas posições e vamos votar contra outra vez”, disse.

Catarina Martins disse ainda que não faz sentido estar a aprovar uma medida que anula a contagem integral do tempo de serviço e que ainda pode ser usada como desculpa no futuro para rever a carreira em baixa.

As mudanças que a direita quer introduzir, diz, dariam ao próximo Governo a possibilidade de negociar em baixa e que isso significaria que Portugal voltaria aos tempos da troika, em que os direitos em Portugal estão dependentes das decisões tomadas em Bruxelas.

A líder do Bloco diz ainda que espera que “todos os partidos sejam coerentes e mantenham o seu voto” na votação final global, que deve acontecer na votação final global do diploma.

Sobre a participação num futuro Governo, Catarina Martins diz que tudo depende dos resultados das eleições, mas deixa um aviso ao PS: “o Bloco não é flor de lapela de ninguém”.

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Tecnológica BI4ALL quer contratar 70 pessoas. Tem uma Academia para acelerar a contratação

  • Ricardo Vieira
  • 8 Maio 2019

A Talent Academy foi pensada para pessoas à procura do primeira experiência profisisonal ou que pretendam reconverter a sua carreira.

A tecnológica portuguesa BI4ALL quer contratar 70 novos colaboradores este ano. Desse plano de recrutamento faz parte a Talent Academy da BI4ALL, um programa de dois meses que acelera a integração de recém-licenciados. Na sexta edição, que já arrancou, 12 jovens vão ser integrados na equipa da empresa onde têm a possibilidade de desenvolver competências técnicas em diferentes metodologias e soluções ligadas à área de especialização da tecnológica nacional: analytics, big data e data science.

Vêm do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, da Universidade NOVA de Lisboa e do Instituto Politécnico de Setúbal, e vão ter “acesso a uma oportunidade de inserção no mercado de trabalho, de aprendizagem e de serem parte ativa em projetos desenvolvidos pela BI4ALL”, referem em comunicado. Durante todo o programa, os formandos são orientados por uma equipa de managers e consultores séniores, que, posteriormente, os irão avaliar.

“Com a Talent Academy, a BI4ALL pretende estimular uma entrada sustentada e próxima dos participantes no mercado de trabalho, ao desenvolver os seus conhecimentos em diferentes tecnologias, e ao fomentar o seu pensamento analítico e a sua aplicabilidade prática nas organizações. No final, os formandos terão a oportunidade de integrar projetos da empresa, quer a nível nacional, quer internacional”, acrescentam.

A iniciativa, pensada para pessoas à procura da primeira experiência de trabalho ou que pretendam reconverter a sua carreira, mantém as inscrições abertas no site, uma vez que está prevista mais uma edição da academia, já no próximo semestre.

“A realização de novas edições da Talent Academy da BI4ALL é um sinal do seu sucesso, bem como da real necessidade que o nosso setor enfrenta do ponto de vista de recrutamento de novos talentos. Atualmente, o número de pessoas disponíveis na área já não é suficiente para preencher todas as vagas que surgem em todo o país, o que nos leva a concluir que a solução para este problema tem de passar pela formação de novos profissionais, mas também pela requalificação de pessoas que queiram fazer integrar este mercado. Se nós, empresas, não começarmos a fazer algo por estas pessoas, o problema prolongar-se-á. Por esse motivo, entendemos ser tão importante a oferta formativa em contexto real de trabalho”, afirma José Oliveira, CEO da BI4ALL.

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Employee branding: empresas portuguesas reconhecem importância mas ignoram

  • Ricardo Vieira
  • 8 Maio 2019

Grande parte das empresas assume a importância do ‘employee branding’, mas poucas aplicam o conceito na estratégia de comunicação.

Mais de 80% das empresas considera importante o ‘employee branding’ como parte da estratégia de comunicação, mas destas só 22% desenvolveu um plano específico para alinhar colaboradores com os valores da organização. As conclusões são do estudo “Radiografia do Employee Branding nas empresas em Portugal 2018”, elaborado pela Eurofirms – empresa espanhola de recursos humanos – que pretende perceber como é que as empresas atuam na hora de aplicar o ‘employee branding’, ou seja, influência que se tem no comportamento dos membros da organização, de forma a conseguir alinhar os colaboradores à cultura e aos valores da empresa, para que se transformem em embaixadores da marca, de uma forma natural e voluntária.

Segundo o relatório, 91% das empresas está presente nas redes sociais e profissionais, onde afirmam dispor de um ou mais perfis corporativos, dados que contrastam com o número de empresas que oferecem formação aos seus colaboradores em matéria de redes sociais (12%). Aliás, o valor até diminui 7% em relação a 2017.

“Porém, é visível um esforço por parte das empresas em apostarem na criação de um plano específico para trabalhar o ‘employee branding´, em 2018 houve um aumento de 3% de empresas que desenvolveram um plano de ação interno nesta matéria comparativamente ao ano anterior”, lê-se no relatório disponibilizado pela empresa autora do estudo.

No mesmo documento é referido que “as consequências da falta de formação podem ser bastante prejudicais para a empresa, dando origem a diferentes critérios de publicação pelos colaboradores, o que mostra ao cliente/usuário uma falta de alinhamento da equipa com a cultura e valores da empresa. Embora as pessoas o façam de boa-fé, é importante ter consciente que a falta de formação pode levar a publicações contrárias aos objetivos da marca”.

É ainda referido que “muitas empresas carecem de protocolos de atuação em redes sociais, apesar de grande parte dos seus colaboradores terem diferentes perfis criados, e terem acesso aos mesmos em horário laboral. Estes dados só revelam que será cada vez mais urgente as empresas desenvolverem planos de comunicação e protocolarem a sua presença corporativa nas redes sociais, por parte dos seus colaboradores”.

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