Moody’s prevê descida de 2% nos preços das casas em 2021

  • ECO
  • 24 Novembro 2020

Países do Sul da Europa com maior dependência do turismo, caso de Portugal, vão registar uma quebra em torno de 2% nos preços das casas no próximo ano, antecipa a agência de rating.

Os preços das casas deverão registar uma queda em torno dos 2% em 2021 nos países do Sul da Europa com maior dependência do turismo, como Portugal, de acordo com uma análise da agência Moody’s, citada pelo Diário de Notícias (acesso pago) e pelo Jornal de Negócios (acesso pago).

A tendência de descida dos preços das habitações será registada não só em Portugal, mas também em Espanha, Itália e França, sendo que o Reino Unido observará a quebra mais pronunciada enquanto a Alemanha não deverá sentir o impacto da crise pandémica no seu mercado imobiliário.

Os analistas da Moody’s não esperam que a redução dos preços das casas e a menor capacidade das famílias de suportarem o crédito por conta da crise venha a deixar os bancos em dificuldades.

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Hoje nas notícias: prémios da saúde, preços do imobiliário e retoma nas empresas

  • ECO
  • 24 Novembro 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A pandemia continua a marcar a atualidade nacional. O tecido empresarial espera que o próximo ano possa trazer uma recuperação do negócio para as empresas, ainda que abaixo dos níveis registados antes da pandemia. Ao mesmo tempo, sindicatos e médicos consideram que o prémio atribuído aos profissionais do Serviço Nacional da Saúde só vai abranguer quem trabalhou de 19 de março a 2 de maio. A marcar o dia está ainda a notícia de que a agência Moody’s antecipa que os preços das casas deverão registar uma queda em torno dos 2% em 2021, nos países do sul da Europa, fortemente dependentes do turismo.

Prémios na saúde abrangem só quem trabalhou na primeira vaga

O prémio aos profissionais do Serviço Nacional da Saúde que estiveram na linha da frente do combate à Covid-19 e que foi aprovado por unanimidade na discussão do Orçamento Suplementar deveria ter sido regulamentado até 24 de Agosto, mas só no último sábado foi aprovado em Conselho de Ministros. Contudo, sindicatos e médicos defendem que esta atribuição vai criar desigualdades e o número abrangido é reduzido. “Só vão receber o prémio quem daqueles 45 dias [de 19 de março a 2 de maio] esteve, pelo menos, 30 dias a trabalhar de forma directa com doentes com Covid-19 infectados ou suspeitos em enfermarias, cuidados intensivos e áreas dedicadas a testes à Covid-19, profissionais de saúde pública e do INEM envolvidos no transporte de Covid”, assegura Guadalupe Simões, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Empresas esperam recuperação em 2021 mas ainda aquém dos níveis pré-Covid

O próximo ano deverá trazer uma recuperação do negócio para as empresas, mas ainda aquém dos níveis registados antes da pandemia. É o caso da Infraestruturas de Portugal. “Projeta-se para 2021 uma significativa recuperação da receita, (…) sendo que apenas se espera atingir os níveis pré-covid no ano de 2022”, disse fonte oficial da empresa. A Cimpor também aponta no mesmo sentido, estando na expectativa de que os programas de recuperação “se façam sentir de modo mais acentuado em 2022”. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Fabricante da Louis Vuitton investe em Santa Maria da Feira

A Atepeli – Ateliers de Portugal investiu numa nova unidade de produção de componentes de calçado em São João de Ver, Santa Maria da Feira. O objetivo passa por chegar aos 100 funcionários numa primeira fase, número que deverá duplicar. A empresa já tem fábricas em Ponte de Lima, Lousada e Penafiel. Há várias referências na internet à Louis Vuitton em notícias publicadas sobre a expansão da Atepeli em Portugal, mas a autarquia recusou dar pormenores do investimento. Leia a notícia completa no Dinheiro Vivo (acesso livre).

Moody’s prevê descida de 2% nos preços das casas em 2021

Os preços das casas deverão registar uma queda em torno dos 2% em 2021 nos países do sul da Europa com maior dependência do turismo, como Portugal, antecipa a agência Moody’s. A tendência será registada não só em Portugal, mas também em Espanha, Itália e França, sendo que o Reino Unido observará a quebra mais pronunciada. Os analistas não esperam que a redução dos preços das casas e a menor capacidade das famílias de suportarem o crédito por conta da crise venha a deixar os bancos em dificuldades. Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

Incentivos no Interior atraem cinco candidatos por dia

O Governo arrancou este ano com um programa de apoio ao interior. Neste contexto, quem se mudar para esta zona do país recebe um apoio financeiro direto de 2.633 euros, a que acresce uma majoração de 20% por cada elemento do agregado familiar, no máximo de 1.316 euros. Para além disso, é também comparticipado o custo de transportes de bens, até ao limite de 878 euros. Estes incentivos estão já a atrair cinco candidatos por dia, revela Filipa Figueiredo, investigadora. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível).

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Dívida dos municípios desceu 8,4% em 2019

  • Lusa
  • 24 Novembro 2020

Há 22 municípios que excederam o limite da dívida total, por apresentarem no final de 2019 uma dívida total superior a 1,5 vezes a média da receita corrente líquida cobrada nos 3 anos anteriores.

A dívida dos municípios desceu 8,4%, para 3.676,1 milhões de euros, em 2019, ano em que 22 municípios ultrapassaram o limite de endividamento previsto na lei, de acordo com o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, apresentado esta terça-feira.

De acordo com o Anuário, a que a Lusa teve acesso, o passivo exigível, que engloba a dívida a pagar pelos municípios, teve o valor global de 3.676,1 milhões de euros, mostrando um decréscimo de -8,4% (-8,6 milhões de euros) em relação ao ano anterior. Foram 252 (81,8%) os municípios que baixaram o valor do passivo exigível.

Para a descida global do passivo exigível dos municípios contribuiu a redução do ‘stock’ da dívida de médio e longo prazo em -6,4% (-197,8 milhões de euros) e a diminuição da dívida de curto prazo em -16,0% (-150 milhões de euros), é destacado no Anuário Financeiro.

Fator essencial para a variação negativa da dívida de curto prazo, segundo o Anuário, foi a descida do volume de dívidas a fornecedores, que decresceu -18,3% (-121,3 milhões de euros) em relação ao ano anterior, “evidenciando esforço para cumprir os prazos de pagamento estabelecidos na lei, bem como um uso eficiente dos financiamentos no âmbito dos programas de apoio da Administração Central”.

O documento destaca que 69% da dívida de curto prazo, no valor de 541,8 milhões de euros no final de 2019, dizia respeito a dívida a fornecedores (dívida comercial). Também a dívida bancária de curto prazo desceu globalmente em -28,5 milhões de euros (-10,5%), totalizando 243 milhões de euros.

Já a dívida a médio e longo prazo desceu -197,8 milhões de euros (-6,4%), o que “mostra o esforço dos municípios na intensificação das amortizações de empréstimos, alocando uma parte significativa dos seus recursos para esse fim”.

Os investigadores destacam que, em 2019, o valor da dívida total dos 308 municípios ficou distante em 65,5 pontos percentuais do limite máximo da dívida total, aumentando esse distanciamento em +4,9% relativamente ao verificado em 2018.

“Os sucessivos decréscimos, desde 2013, do valor do índice do limite à dívida total (razão entre a dívida total das autarquias e o valor de 1,5 vezes a média da receita corrente liquidada nos últimos três exercícios) é um ótimo indicador da progressiva melhoria da situação global de endividamento das autarquias”, é sublinhado.

"Os sucessivos decréscimos, desde 2013, do valor do índice do limite à dívida total (razão entre a dívida total das autarquias e o valor de 1,5 vezes a média da receita corrente liquidada nos últimos três exercícios) é um ótimo indicador da progressiva melhoria da situação global de endividamento das autarquias.”

Anuário Financeiro

O estudo destaca que 150 municípios dos 159 abrangidos pelo conjunto de programas de apoio a municípios endividados apresentaram descida da dívida de curto prazo entre 2010 e 2019.

No entanto, “ainda persistiram 22 municípios que excederam o limite da dívida total”, por apresentarem no final de 2019 uma dívida total superior a 1,5 vezes a média da receita corrente líquida cobrada nos três exercícios anteriores, “devendo, por isso, ter-lhes sido reduzido, no exercício subsequente, pelo menos 10% do montante em excesso, até que aquele limite fosse cumprido”.

Por estarem nesta situação, os autores do Anuário sublinham que, de acordo com a Lei das Finanças Locais, estes municípios “deveriam, por isso, contrair empréstimos para saneamento financeiro, tendo em vista a reprogramação da dívida e a consolidação de passivos financeiros”.

Também deveriam contrair empréstimos cinco municípios que apresentaram em 2019 um montante da dívida, excluindo empréstimos, superior a 0,75 vezes a média da receita corrente líquida cobrada nos três exercícios anteriores e outros cinco municípios que demonstraram em dezembro de 2019 um valor da dívida total entre 2,25 e 3 vezes a média da receita corrente cobrada nos três anos anteriores.

Três municípios que apresentaram em dezembro de 2019 uma dívida total superior a três vezes a média de receita dos três últimos exercícios “deveriam ter aderido ao procedimento de recuperação financeira municipal”.

O Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses é um trabalho conjunto da OCC e do Centro de Investigação em Contabilidade e Fiscalidade do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave.

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Made of Lisboa procura startups tech para levar ao Web Summit

Delegação do Made of Lisboa será duas vezes maior. Candidaturas decorrem até 27 de novembro.

O Made of Lisboa tem 100 entradas para o Web Summit, que atribuirá a startups tech que pertençam à comunidade empreendedora da cidade de Lisboa. O objetivo da iniciativa é “levar gratuitamente 100 membros da comunidade tech à Web Summit”, explica em comunicado. Nesta edição da conferência, a delegação do Made of Lisboa é duas vezes maior do que o habitual.

“Esta ação tem como objetivo ajudar a desenvolver o ecossistema empreendedor e inovador de Lisboa e dar oportunidades a startups de desenvolverem os seus projetos e negócios e de se conectarem com potenciais clientes e investidores globalmente”, explica Margarida Figueiredo, diretora municipal do departamento de Economia e Inovação da Câmara de Lisboa.

A maior conferência de tecnologia e empreendedorismo do mundo decorre, pela primeira vez em 100% formato virtual, entre 2 e 4 de dezembro. As candidaturas decorrem até 27 de novembro e os critérios de seleção passam por ser um membro associado a um dos spots/empresas registadas na plataforma e explicar como a Web Summit pode impactar o negócio/carreira.

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5 coisas que vão marcar o dia

Arranca o novo estado de emergência, que prevê medidas diferenciadas consoante o risco de transmissão nos concelhos. Ao mesmo tempo, o CFP vai publicar um relatório sobre as contas dos municípios.

No dia em que a Assembleia da República caminha para o terceiro dia de discussão e votação das propostas alteração ao Orçamento do Estado para 2021, entra em vigor o novo estado de emergência. Esta terça-feira, o Conselho das Finanças Públicas divulga o relatório que analisa de fio a pavio as contas dos municípios. Além disso, para assinalar o quartro aniversário do ECO, o jornal junta empresários, gestores, economistas e decisores políticos para debaterem a reindustrialização portuguesa e europeia.

Entra em vigor novo estado de emergência

Esta terça-feira entra em vigor o novo estado de emergência, que se prolonga até 8 de dezembro. Este será o quinto estado de emergência desde o início da pandemia, sendo que Portugal continental passa agora a estar a quatro “velocidades” com medidas diferenciadas em função do risco de transmissão da Covid-19. Neste contexto, o Executivo criou quatro níveis de risco para classificar os concelhos, consoante o número de casos por cada 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. “É em função destes níveis que iremos modelando as medidas a adotar” para travar o aumento do número de casos de Covid-19, disse o primeiro-ministro este sábado, durante a conferência de imprensa onde anunciou as novas medidas. Entre as novidades trazidas está também o uso obrigatório de máscara nos locais de trabalho, exceto quando os postos de trabalho são isolados ou quando haja separação física entre diferentes postos.

Conselho das Finanças Públicas apresenta contas dos municípios

Também esta terça-feira, o Conselho das Finanças Públicas (CFP) vai publicar o relatório sobre evolução orçamental da Administração Local, referente ao período entre janeiro e junho de 2020. No ano passado, o excedente orçamental dos municípios aumentou 112 milhões de euros face a 2018, atingindo 568 milhões de euros, representando esta subida “menos de metade” dos 278 milhões de euros previstos no Orçamento do Estado para 2019.

Terceiro dia de votações na especialidade do Orçamento de Estado para 2021

A Assembleia da República continua a discutir e votar as mais de 1.500 propostas de alteração que os partidos apresentaram à proposta do Governo para o Orçamento do Estado para 2021. Para os socialistas, este “é um número muito elevado e desajustado”, resultando num guião de votações que supera as mil páginas por dia. Este processo vai culminar na votação final global, agendada para quinta-feira.

Presidente do BCE discursa em evento da ONU

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, participa esta terça-feira numa mesa redonda sobre “Renascer a Economia Global para o Desenvolvimento Sustentável”. A iniciativa é da Organização das Nações Unidas (ONU) e terá lugar via streaming às 14h00 de Lisboa.

Conferência Anual do ECO. Fábrica 2030. Portugal e a Reindustrialização da Europa

Esta terça-feira, o ECO junta empresários, gestores, economistas e decisores políticos numa conferência conjunta para discutirem a reindustrialização portuguesa e europeia. Sob o mote “Fábrica 2030. Portugal e a Reindustrialização da Europa”, o evento terá lugar na fábrica da Polopiqué, em Santo Tirso. Arranca às 9h45 e termina às 12h30, com o encerramento a cargo de Pedro Siza Vieira, ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital. Entre o vasto leque de convidados, constam Pedro Castro e Almeida, CEO Santander Portugal, Carlos Ribas, CEO Bosch Portugal ou Luís Onofre, presidente da APICCAPS.

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Um smartphone equivale a 86 kg de lixo “invisível”. Saiba o que é e como evitar

O tema dos resíduos invisíveis dá o mote em 2020 à 12ª Semana Europeia da Prevenção de Resíduos, que se estende até ao próximo domingo, 29 de novembro

Para que um smartphone que pesa cerca de 200 gramas chegue às suas mãos, numa caixinha pequena, ao longo de toda a cadeia de produção deste bem de consumo tão imprescindível nos dias de hoje são gerados 86 kg de resíduos “invisíveis”. Num computador portátil de 3 kg a parada sobre para 1200 kg de lixo supérfluo. Já um par de calças dá origem a 25 kg de desperdício e um par de sapatos produz outros 12 kg. Os cálculos são da Avfall Sverige, uma associação sueca de gestão e reciclagem de resíduos, que estudou a pegada de 11 produtos e estimou o seu custo climático.

Ou seja, há uma enorme quantidade de resíduos que os consumidores não veem e que vão sendo criados no processo de fabrico dos produtos. Grande parte deste lixo invisível não pode ser reciclada e acaba por ir parar aos aterros ou por ser incinerada, traduzindo-se em mais emissões poluentes.

Este tema dos resíduos invisíveis dá o mote em 2020 à 12ª Semana Europeia da Prevenção de Resíduos, que se estende até ao próximo domingo, 29 de novembro. Neste contexto, dar prioridade aos objetos recarregáveis ou reutilizáveis, alugar e partilhar produtos, dar uma nova vida aos objetos que já não utiliza e reciclar são algumas das principais dicas da Sociedade Ponto Verde para evitar a produção excessiva diária de resíduos (sobretudo os invisíveis).

“No âmbito desta Semana Europeia é lançado um desafio aos consumidores: tomar consciência da enorme quantidade de resíduos que todos geramos inconscientemente. Por isso, é necessário tornar esse desperdício visível para se tomar decisões informadas ao escolher qual produto a comprar e assumir a responsabilidade pela nossa pegada ecológica”, refere a SPV em comunicado.

Para um fabrico e um consumo mais sustentáveis, os produtos devem ter acima de tudo uma vida útil mais longa, o que reduz a necessidade de produzir mais e, logo, a quantidade de resíduos. Devem também ser mais fáceis de reparar e de reciclar.

Mas o que são resíduos invisíveis e porque é que normalmente não ouvimos falar deles? Diz a SPV que têm este nome porque, enquanto consumidores, nem sempre nos apercebemos que a produção dos bens que compramos gera também ela muitos desperdícios que, muitas vezes, não são recicláveis.

O estudo da sueca Avfall Sverige olha também para a pegada carbónica, além do cálculo dos resíduos gerados. Frango, carne de vaca, computador portátil, litro de leite, calças, sapatos, smartphone, roupa desportiva, embalagem de cartão e jornal, são alguns dos produtos analisados.

Os resultados mostram que há grandes benefícios ambientais em produzir menos bens de consumo e usar os produtos de forma mais eficiente, pois só assim será possível reduzir a pegada global dos resíduos do consumo. Os autores deste estudo defendem por isso a importância de mudar os padrões de consumo e defendem novos modelos de negócio baseados num consumo orientado para o uso (partilha e reutilização) que encorajam estilos de vida mais sustentáveis.

Exemplos de resíduos “invisíveis”

  • 1 litro de leite: gera, no total, 97 gramas de desperdício e contribui com 1 quilo para a pegada de carbono.
  • 1 quilo de carne de vaca picada: são gerados 4 quilos de desperdício e emitidos 29 quilos de CO2.
  • Smartphone de 200 gramas: são desperdiçados 86 quilos de resíduos e lançados 110 quilos de CO2 para a atmosfera.
  • Computador portátil: os resíduos invisíveis atingem 1200 quilos, sendo emitidos outros 210 de dióxido de carbono.
  • Calças: geram 25 quilos de desperdício e libertam 6,3 quilos de CO2.
  • Par de sapatos: produz 12 quilos de desperdício invisível e emite outros 11 de CO2.

“Reduzir, reutilizar e reciclar. Estes hábitos tornam-se cada vez mais importantes exatamente por causa dos resíduos invisíveis que ajudamos a criar. Segundo o Eurostat, a produção, o transporte e a distribuição dos produtos que consumimos são responsáveis por quase 50% das emissões de gases que contribuem para um aumento das alterações climáticas”, sublinha a SPV, enumerando alguns gestos que pode ter no dia-a-dia para gerar menos resíduos e com menor impacto no ambiente:

  • Quando compra produtos embalados garanta que as embalagens seguem para reciclagem;
  • Procure nas embalagens iconografia que o ajuda a saber reciclar mais e melhor;
  • Dê prioridade a objetos recarregáveis ou reutilizáveis, reciclados ou feitos de materiais recicláveis e aos produtos com o rótulo ecológico europeu;
  • Prolongar a vida útil dos produtos reparando e reutilizando;
  • Alugar e partilhar produtos;
  • Dar uma nova vida aos objetos que já não utiliza, como roupa ou calçado, oferecendo-os a alguma instituição ou a alguém que necessite;
  • Utilizar sempre a opção frente e verso quando faz impressões;
  • Reutilizar documentos antigos como folhas de rascunho;
  • Aproveite a luz natural da casa, abrindo as janelas e evitando acender as lâmpadas desnecessariamente;
  • Ter um ecoponto doméstico. 90% dos lares com ecoponto doméstico separam todos os materiais de embalagem;
  • Quando não está a utilizar dispositivos eletrónicos como computador, carregadores ou outros eletrodomésticos devem desligá-los da corrente elétrica;
  • Quando vai às compras opte por utilizar sacos de compras reutilizáveis;

Projetos como o Ponto Verde Lab, a iniciativaTalk4Recycling, a nova Iconografia de Reciclagem e a participação nos Grupos de Trabalho do Pacto Português para os Plásticos são exemplos do compromisso da SPV com o tema da prevenção de resíduos.

O objetivo é o desenvolvimento de mecanismos de atuação que promovam, facilitem e incentivem a alteração efetiva das embalagens para que seja possível minimizar a quantidade de resíduos produzidos e que a qualidade dos mesmos, com vista à sua valorização por reciclagem, seja cada vez maior.

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Task force de dinamização da bolsa já começou

Após avaliação da OCDE, Governo já reuniu especialistas para delinearem plano de ação para dinamizar o mercado de capitais. Ao longo de janeiro, vão acontecer reuniões temáticas.

A equipa que vai definir as políticas públicas para dinamizar o mercado de capitais nacional já está a trabalhar. A task force criada pelo Governo resulta das recomendações delineadas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), após uma avaliação pedida pelo Executivo. O objetivo é inverter a tendência dos últimos anos de perda de dinamismo nos mercados, mas também reforçar as fontes de financiamento disponíveis às empresas na resposta à crise da Covid-19.

“Os trabalhos da task force para a dinamização do mercado de capitais já se iniciaram, tendo ocorrido uma reunião de arranque em que participaram vários agentes do mercado de capitais“, confirma o Secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, ao ECO. Além da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e da empresa que gere a bolsa, a Euronext, estão também presentes associações setoriais como a AEM – Associação de Empresas Emitentes de Valores Cotados em Mercado.

Até ao final de janeiro deverão ocorrer várias sessões de trabalho temáticas, onde serão apresentadas e debatidas iniciativas em concreto que respondam, entre outros, às recomendações feitas pela OCDE“, sublinha o governante.

A OCDE entregou ao Governo, em outubro, uma lista de 20 recomendações para serem trabalhadas pelos vários intervenientes do mercado, que passam por processos mais simples, maiores benefícios (especialmente fiscais) e menores custos ou entraves. Em simultâneo, tem igualmente sugestões para o próximo Executivo, incluindo o uso do recém-criado Banco de Fomento para captar empresas para a bolsa ou que o Estado português dê o exemplo, abrindo o capital de empresas públicas.

"Os trabalhos da task force para a dinamização do mercado de capitais já se iniciaram, tendo ocorrido uma reunião de arranque em que participaram vários agentes do mercado de capitais. Até ao final de janeiro deverão ocorrer várias sessões de trabalho temáticas, onde serão apresentadas e debatidas iniciativas em concreto que respondam, entre outros, às recomendações feitas pela OCDE.”

João Nuno Mendes

Secretário de Estado das Finanças

Após a apresentação do documento — momento no qual as Finanças anunciaram a criação da task force –, o Executivo voltou a referir-se aos trabalhos no Orçamento do Estado para 2021, mas ainda sem avanços. Disse, então, querer ao longo do próximo ano promover a implementação de algumas das recomendações, nomeadamente de política regulatória. Ainda não há, no entanto, calendário para a apresentação ou implementação de medidas.

O Governo espera poder desenhar e executar um plano de implementação das iniciativas que venham a ser apresentadas pela task force, a ser apresentado oportunamente. A dinamização do mercado de capitais será uma importante ferramenta ao dispor das empresas e aforradores no contexto do combate e recuperação dos efeitos da crise pandémica”, acrescenta o secretário de Estado das Finanças.

A par das recomendações da OCDE, o Governo está também a trabalhar com a CMVM na revisão do Código de Valores Mobiliários, que tem como objetivo simplificar, reduzir cargas regulatórias, aumentar a previsibilidade na atuação reguladora e aumentar a flexibilidade normativa.

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Concessionárias já deram primeiro passo para pedir compensação por quebra na utilização das PPP

Concessionárias e subconcessionárias já efetuaram reserva de direitos, mas não formularam ainda qualquer pedido de reposição do equilíbrio financeiro ou quantificação do mesmo, apurou o ECO.

O Governo aprovou em abril um decreto a impedir que o Estado fosse obrigado a pagar compensações aos privados das Parcerias Público-Privadas (PPP) durante o estado de emergência. A medida não caiu bem junto das concessionárias, que ameaçaram recorrer à via judicial. Para já ainda nenhuma recorreu aos tribunais, mas várias fizeram questão de “formular os respetivos pedidos de reserva”, um passo prévio para poderem manter essa possibilidade em aberto.

De acordo com o diploma, foram “suspensas”, durante o estado de emergência, “as cláusulas contratuais e disposições normativas que preveem o direito à reposição do equilíbrio financeiro ou a compensação por quebras de utilização em qualquer contrato de execução duradoura em que o Estado ou outra entidade pública sejam parte, incluindo parcerias público-privadas”. Além disso, a pandemia deixou de ser válida para reclamar uma compensação financeira ao Estado.

Porém, para as concessionárias, este entendimento não é assim tão simples, porque a maior parte dos contratos dizem expressamente que factos como uma pandemia constituem um “caso de força maior” para que seja exigido o reequilíbrio financeiro. Por isso, consideram que pode estar em causa uma disposição inconstitucional.

O primeiro passo foi comunicar ao Estado a reserva de direitos, algo que tinha de ser feito 30 dias após a publicação do diploma. Esta opção indicia que as concessionárias pretendem avançar com um pedido de reposição do equilíbrio financeiro, ao qual o Estado normalmente não acede, sendo que o assunto acaba por ser resolvido em tribunal.

“As concessionárias e subconcessionárias apenas efetuaram, até à data, reserva de direitos, não tendo sido formulado qualquer pedido de reposição do equilíbrio financeiro ou quantificação do mesmo”, confirmou ao ECO fonte oficial do Ministério das Infraestruturas.

As concessionárias e subconcessionárias apenas efetuaram, até à data, reserva de direitos, não tendo sido formulado qualquer pedido de reposição do equilíbrio financeiro ou quantificação do mesmo.

Fonte oficial do Ministério do Planeamento

O ECO sabe que esse pedido está a ser equacionado por diversas concessionárias, nomeadamente os termos em que o pedido formal de reequilíbrio financeiro será feito. Mas o timing pode não ser ainda o melhor, tendo em conta a pandemia.

Com Portugal novamente em estado de emergência, há também a dúvida sobre se o Executivo voltará a avançar com um novo diploma semelhante ao de abril, que trave as compensações às concessionárias. O ECO questionou os Ministérios das Infraestruturas e das Finanças sobre essa possibilidade, mas não obteve resposta.

Por outro lado, as concessionárias estão ainda na expectativa de perceber se o Executivo vai eventualmente seguir o caminho de Espanha, que criou uma comissão para ajudar a determinar, de forma conjunta, a extensão do prazo das concessões, em vez de a questão ser esgrimida caso a caso.

O alargamento dos prazos das concessões é a única possibilidade deixada em aberto pelo decreto para compensar as concessionárias — de fora fica o pagamento em dinheiro de uma indemnização ou a revisão de tarifas das portagens. Para muitas, esta solução poderá ser suficiente para não avançarem para tribunal de forma a serem ressarcidas dos seus direitos.

Entretanto, o Executivo poderá ser forçado a renegociar os prazos de concessão caso as propostas do PSD de reduzir em 50% as portagens das autoestradas do interior e do Algarve venham a ser aprovadas esta quarta-feira.

“A evidência mostra que o aumento de tráfego nestas autoestradas, e outros impactos laterais, teria efeitos residuais para compensar a perda de receita”, sublinhou ao ECO fonte oficial das Finanças. “A única alternativa seria renegociar os prazos de concessão, o que se afigura extremamente difícil, com o Estado a partir para a negociação numa situação de grande fragilidade negocial na eventualidade de aprovação desta norma sem qualquer enquadramento negocial prévio”, acrescenta.

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Governo corta 70 horas de negócio ao comércio e à restauração no novo estado de emergência

São oito dias a meio gás no próximo estado emergência. Durante 2 sábados, 2 domingos, 2 feriados e 2 pontes o comércio vai perder 70 horas de vendas. Há exceções: o takeaway e as mercearias.

A partir de amanhã entram em vigor as restrições adicionais no novo estado de emergência e vai ser mais um duro golpe nos setores do comércio e da restauração que vão ter de encerrar portas durante mais tempo.

Nos 80 concelhos de risco elevado, que inclui o de Lisboa, e nos 47 concelhos de risco extremamente elevado, que inclui o do Porto, a economia vai estar a funcionar a meio gás nos próximos 15 dias.

Neste novo período do estado de emergência, que arranca à meia noite desta terça-feira, o Governo determinou que “aos sábados, domingos e feriados, fora do período compreendido entre as 08:00 h e as 13:00 h, e nos dias 30 de novembro e 7 de dezembro fora do período compreendido entre as 08:00 h e as 15:00 h, são suspensas as atividades em estabelecimentos de comércio a retalho”

Ou seja, durante os próximos dois fins de semana, e nos feriados de 1 e 8 de dezembro, bem como nas duas segundas-feiras que antecedem esses feriados, o comércio e a restauração encerram mais cedo.

Em comparação com os horários de encerramento em vigor nos concelhos de risco moderado, que já são mais curtos do que o habitual, — 22h00 no caso do comércio e 22h30 no caso da restauração — isto significa que estes setores vão perder durante esses oito dias um total de 68 horas de vendas no caso do comércio, e no caso dos restaurantes serão menos 72 horas com as portas abertas ao público.

Os patrões naturalmente não gostaram deste apertar de restrições: “As medidas restritivas que atingem os próximos dois fins de semana, a que se junta a tolerância de ponto para alargar esses fins de semana até aos feriados de 1 e 8 de dezembro, traduzem-se num forte condicionalismo em relação a oito dias completos”, disse a CIP num comunicado enviado às redações.

A organização presidida por António Saraiva queixa-se ainda da recomendação que o Governo faz para que as empresas suspendam o trabalho nas próximos duas segundas-feiras, vésperas de feriado: “Numa situação de quebra dramática dos rendimentos, o país não pode dar-se ao luxo de perder tantos dias de produção, não existindo qualquer base científica que justifique o encerramento generalizado das empresas”.

A CIP sugere, para evitar tantos dias de encerramento, a celebração das efemérides à segunda-feira, “como é prática habitual em vários países da Europa”.

Takeaway vai ser possível durante feriados e fins de semana

Tal como aconteceu nos fins de semana de 14 e 15 e no de 21 e 22 de novembro, durante o período de encerramento obrigatório a partir das 13h00 vai continuar a ser possível manter abertas as mercearias e todo o comércio com porta para a rua e com uma área inferior a 200 metros quadrados.

Mas no caso da restauração, vai haver novidades. Nos últimos dois fins de semana, o setor também teve de encerrar portas às 13h00 e a partir dessa hora só podia funcionar em regime de entrega ao domicílio. Agora, no novo estado de emergência, os restaurantes vão poder também vender refeições depois das 13h00 em regime de take-away. A única condição imposta é que não será “permitido o acesso ao interior do estabelecimento pelo público”.

Para ajudar a amenizar as perdas do setor nestes dias de paragem, o primeiro-ministro anunciou que os restaurantes vão poder continuar a beneficiar da ajuda que tiveram nos últimos dois fins de semana, ou seja, uma compensação de 20% pela perda de receita nos próximos dois fins de semana face à média de faturação dos fins de semana anteriores (de janeiro a outubro de 2020).

A CIP, no comunicado a contestar a decisão do Governo de fechar parte da economia nos próximos 15 dias, contesta ainda os apoios do Estado português que, considera, “continuam, além de muito demorados, também muito aquém daqueles de que dispõem os congéneres europeus”.

Além da ajuda pela perda de receitas nos fins de semana e da ajuda prometida a fundo perdido – o programa Apoiar.pt –, o Governo anunciou também na sexta-feira um novo adiamento nos prazos para o pagamento à Segurança Social e do IVA trimestral, e prometeu para esta semana medidas para ajudar o setor a pagar as rendas comerciais.

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Amarelo, laranja e vermelho. Veja a cor do “semáforo” do seu concelho

O Governo criou quatro níveis, com quatro cores diferentes, para classificar os concelhos em função do risco de infeção por Covid-19. Saiba qual a cor do "semáforo" do seu concelho.

O Governo anunciou novas medidas para as próximas duas semanas para travar o aumento do número de casos de Covid-19. Foram criados novos níveis de risco para os diferentes concelhos, passando a haver quatro escalões, definidos de acordo com o número de novos casos por cada 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.

Oficialmente, os quatro níveis são risco moderado, risco elevado, risco muito elevado e risco extremamente elevado. Cada nível de risco tem medidas específicas a partir desta terça-feira, que se distribuem assim pelos diferentes concelhos. É o caso do recolher obrigatório e dos horários de encerramento dos estabelecimentos.

As medidas a aplicar nos dois níveis mais elevados serão, para já, as mesmas. Ainda assim, conheça cada um dos níveis de risco e as respetivas medidas neste “semáforo” com os diferentes concelhos do país.

Sinal branco para concelhos com risco moderado

É o nível mais baixo de todos e abrange 65 concelhos. Para estar neste escalão, os concelhos têm de ter registado menos de 240 casos por cada 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.

No que diz respeito às medidas a cumprir, está previsto:

  • Uso obrigatório de máscara nos locais de trabalho (além de nos espaços fechados e ao ar livre, quando não se possível garantir o distanciamento social);
  • Proibição de circulação entre concelhos: entre as 23h00 do dia 27 de novembro e as 5h00 de dia 2 de dezembro, e entre as 23h00 do dia 4 de dezembro e as 5h00 do dia 9 de dezembro;
  • Suspensão de atividades letivas e tolerância de ponto na Função Pública a 30 de novembro e a 7 de dezembro.

Risco elevado a amarelo

É o segundo nível mais baixo e abrange 86 concelhos. Os concelhos neste escalão têm entre 240 a 480 casos por cada 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.

No que diz respeito às medidas a cumprir, está previsto:

  • Proibição de circulação na via pública entre as 23h e as 5h;
  • Ação de fiscalização do cumprimento de teletrabalho obrigatório;
  • Encerramento dos estabelecimentos comerciais até às 22h00;
  • Encerramento dos restaurantes e equipamentos culturais às 22h30.

Laranja para o risco muito elevado

É o terceiro nível de risco e abrange 80 concelhos. Os concelhos neste escalão têm entre 480 a 960 casos por cada 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.

No que diz respeito às medidas a cumprir, está previsto:

  • Proibição de circulação na via pública e encerramento dos estabelecimentos comerciais aos fins de semana e feriados de 1 e 8 de dezembro entre as 13h00 e as 5h00;
  • Encerramento dos estabelecimentos comerciais nas vésperas dos feriados, isto é, 30 de novembro e 7 de dezembro, a partir das 15h00.

Risco extremamente elevado a vermelho

É o nível de risco mais elevado e abrange 47 concelhos. Para estar neste escalão, os concelhos têm uma incidência de mais de 960 casos por cada 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.

No que diz respeito às medidas a cumprir, está previsto:

  • Proibição de circulação na via pública e encerramento dos estabelecimentos comerciais aos fins de semana e feriados de 1 e 8 de dezembro entre as 13h00 e as 5h00;
  • Encerramento dos estabelecimentos comerciais nas vésperas dos feriados, isto é, 30 de novembro e 7 de dezembro, a partir das 15h00.

 

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Isto é tudo o que não pode fazer a partir de hoje (e as exceções)

Começa hoje uma nova quinzena de estado de emergência, com mudanças nas restrições e nas regras que visam tentar controlar a pandemia. Saiba o que pode e o que não pode fazer e outras limitações.

O Presidente da República propôs, o Parlamento aprovou e o Governo executou. Esta terça-feira é renovado o estado de emergência em Portugal, o que significa que, com isto, mudam as medidas de combate à pandemia. Muitas delas aplicadas de forma generalizada, outras, partir de agora, adaptadas à incidência da Covid-19 em cada concelho do país.

A situação é relativamente complexa e, antes de tudo, deve saber em que nível de risco se insere o seu concelho, o que pode fazer aqui. Por isso, para facilitar o dia-a-dia dos leitores, o ECO resumiu as restrições que entram em vigor hoje, e as que se mantêm. Saiba, assim, o que pode e o que não pode fazer a partir da meia-noite e até às 23h59 de 8 de dezembro.

Uso de máscara

  • O uso de máscara ou viseira continua a ser obrigatório na via pública nos casos em que não seja possível manter o distanciamento físico.
  • O uso de máscara ou viseira continua a ser obrigatório para a permanência em espaços públicos fechados, como nas idas ao supermercado ou a balcões de outros serviços.
  • O uso de máscara ou viseira passa a ser obrigatório para o acesso e permanência no local de trabalho, sempre que o distanciamento físico se mostre “impraticável”. Esta obrigação não se aplica a trabalhadores com gabinetes que não tenham outros ocupantes, ou se os vários postos estiverem separados por acrílicos ou outras barreiras de proteção semelhantes.

Controlo de temperatura

  • É permitida a medição da temperatura corporal, por meios não invasivos, no controlo dos acessos a locais de trabalho; serviços ou instituições públicas; estabelecimentos educativos, de ensino e formação profissional; espaços comerciais, culturais ou desportivos; meios de transporte; estabelecimentos de saúde; estabelecimentos prisionais ou centros educativos; e estruturas residenciais.
  • Pode ser impedido o acesso de alguém que recuse a medição da temperatura corporal, ou que apresente uma temperatura igual ou superior a 38 graus celsius. Se for no acesso ao trabalho, a falta é considerada justificada neste último caso.

Bebidas alcoólicas

  • Continua a ser proibida a venda de bebidas alcoólicas em postos de combustível.
  • Continua a ser proibida a venda de bebidas alcoólicas a partir das 20h00 nos supermercados e hipermercados, bem como nas mercearias ou outros locais de comércio a retalho.
  • Continua a ser proibida a venda de bebidas alcoólicas mesmo no takeaway ou venda ao postigo a partir das 20h00.
  • Continua a ser proibido consumir bebidas alcoólicas em espaços ao ar livre de acesso ao público e vias públicas, exceto os restaurantes ou outros espaços exteriores licenciados para o efeito.
  • É permitido o consumo de bebidas alcoólicas depois das 20h00 no âmbito das refeições nos restaurantes.

Recolher obrigatório

  • Nos concelhos de risco elevado, muito elevado e extremamente elevado: o recolher obrigatório entra em vigor às 23h00, todos os dias, até às 5h00 seguintes. Neste período noturno é geralmente proibido circular na via pública.
  • Nos concelhos de risco elevado e muito elevado: é proibido circular na via pública aos fins de semana (sábados e domingos) e nos feriados de 1 de dezembro e de 8 de dezembro, entre as 13h00 e às 5h00.
  • As exceções ao recolher obrigatório são várias, desde deslocações profissionais aos passeios higiénicos de curta duração, passando pelos passeios dos animais de estimação. Incluem-se ainda as deslocações por motivos de saúde, ou deslocações para a compra de produtos alimentares e de higiene, para pessoas e animais e as deslocações de menores e seus acompanhantes, entre outras previstas na lei.

Circulação entre concelhos

  • É proibido sair do concelho de domicílio entre as 23h00 de 27 de novembro e as 5h00 de 2 de dezembro.
  • É proibido sair do concelho de domicílio entre as 23h00 de 4 de dezembro e as 23h59 de 8 de dezembro.
  • Há várias exceções a estas regras, como é o caso das deslocações em trabalho com declaração da empresa ou compromisso de honra no caso dos concelhos limítrofes, as deslocações de profissionais de saúde, de autoridades, de detentores de cargos públicos e de titulares dos órgãos de soberania, entre diversos outros motivos previstos detalhadamente na lei.

Suspensão letiva e tolerância de ponto

  • O Governo suspendeu as atividades letivas nos dias 30 de novembro e 7 de dezembro.
  • O Governo dá tolerância de ponto à Função Pública a 30 de novembro e a 7 de dezembro.

Estabelecimentos

Concelhos de risco moderado

  • Estabelecimentos comerciais fecham entre as 20h00 e as 23h00, consoante decisão da autarquia.
  • Acesso público a restaurantes até à meia-noite e encerramento à uma da manhã, com lotação limitada a 50% e grupos com um máximo de cinco pessoas, salvo do mesmo agregado, ou quatro pessoas em estabelecimentos até 300 metros de uma escola e nos centros comerciais. A marcação prévia é obrigatória.

Concelhos de risco elevado

  • Os estabelecimentos comerciais fecham até às 22h00, exceto restaurantes, que podem encerrar até às 22h30.
  • Apesar do encerramento ao público até às 22h30, os restaurantes podem ficar abertos até à uma da manhã para serviço de entrega ao domicílio.
  • Os equipamentos culturais e as instalações desportivas fecham às 22h30.

Concelhos de risco muito elevado e extremamente elevado

  • Estabelecimentos comerciais fecham às 15h00 a 30 de novembro e 7 de dezembro.
  • Nos fins de semana, comércio abre às 8h00 e fecha às 13h00, exceto farmácias, clínicas e consultórios, pequenas mercearias com até 200 metros quadrados e porta para a rua e bombas de gasolina. Restaurantes podem manter-se abertos depois das 13h00, somente para entregas ao domicílio.

Realização de eventos

  • Casamentos e batizados limitados a 50 pessoas nos concelhos de risco moderado e cerimónias religiosas podem realizar-se respeitando as regras definidas pela DGS.
  • Outros eventos e celebrações limitados a cinco pessoas, salvo se do mesmo agregado familiar, nos concelhos de risco moderado.
  • Todos os eventos e celebrações estão limitados a cinco pessoas no caso dos concelhos de risco muito elevado ou extremamente elevado.

Teletrabalho

  • O teletrabalho é obrigatório em todo o país nos setores e atividades que o permitam.
  • O Governo deu ordem para o reforço da fiscalização ao cumprimento do teletrabalho obrigatório nos concelhos de risco muito elevado e extremamente elevado.

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Corretagem e os novos riscos: Empresas têm de se preparar

  • ECO Seguros
  • 24 Novembro 2020

O terceiro painel da 1ª Conferência ECOseguros reuniu corretores e especialistas na análise de riscos. Como podem os seguros adaptar-se a pandemias, sismos, cibercrime e outros que emergem.

“A Corretagem e os Novos Riscos Empresariais” com a participação de Carlos Freire, Deputy CEO da AON Portugal, Gonçalo Baptista, director geral da Innovarisk, Luis Martins, diretor de cibersegurança da Multicert e Mário Vinhas, COO da MDS Portugal, é o terceiro painel da 1ª Conferência ECOseguros – Seguros 2021, organizado por ECoseguros.

A invasão dos novos riscos na vida dos negócios, das empresas e dos seguros são temas obrigatórios. Novos riscos levam a novas respostas, ao problema de quantificar esses riscos, que empresas e particulares ganhem awareness que os riscos existem e todos os dias se manifestam. A necessidade da gestão de riscos e os corretores como consultores, conselheiros e parceiros são fundamentais. Os principais obstáculos ao enfrentar os novos riscos são debatidos por quatro conhecidos especialistas em diferentes áreas da indústria seguradora.

Veja aqui o painel A Corretagem e os Novos Riscos Empresariais

A 1ª Conferência ECOseguros contou com 7 importantes painéis, que serão colocados online ao longo desta semana de 23 a 27 de novembro.

Os painéis foram gravados, podendo ser visualizados a qualquer momento após estarem disponíveis no site ECOseguros e ECO, sem as limitações de uma difusão ao vivo.

Os painéis a disponibilizar nos próximos dias são os seguintes:

“O papel das Insurtech na mudança da cadeia de valor e nos ecossistemas”, uma apresentação de João Freire de Andrade, presidente da Portugal Fintech, comentado e debatido com Paulo Cruz, diretor de Marketing e Inovação da Caravela.

“Ramo Vida 2021: Regresso ao crescimento?”, em que participam António Castanho, presidente do Conselho de Administração Executivo da CA Vida, Carla Sá Pereira, partner da EY, Marta Graça Ferreira, Vice-presidente da Real Vida e Vaco Rebello de Andrade, membro da Comissão Executiva do Grupo Ageas Portugal.

“Solidez, rentabilidade e concentração na recuperação pós-pandemia”, um painel que conta com a presença de José Galamba de Oliveira, Presidente da APS – Associação Portuguesa de Seguradores, José Gomes, CEO Ageas Seguros, Pedro Carvalho, CEO da Tranquilidade e Rogério Campos Henriques CEO da Fidelidade.

Encerramento com comunicação de Margarida Corrêa de Aguiar, presidente da ASF – Autoridade de Supervisão dos Seguros e Fundos de Pensões.

Painéis já publicados:

Comunicação de Gabriel Bernardino, Chairman da EIOPA – Autoridade Europeia para Seguros e Pensões Ocupacionais, o regulador europeu de onde emanam todas as grandes decisões e estratégias públicas da indústria na comunidade a 27, dá início à 1ª Conferência Anual realizada pelo ECOseguros.

“A Corretagem e os Novos Riscos Empresariais” com a participação de Carlos Freire, Deputy CEO da AON Portugal, Gonçalo Baptista, director geral da Innovarisk, Luis Martins, diretor de cibersegurança da Multicert e Mário Vinhas, COO da MDS Portugal.

A 1ª Conferência ECOseguros – Seguros 2021 conta com o apoio do Grupo Ageas Portugal, AON, Caravela Seguros, CA Vida, EY, Fidelidade, Innovarisk, Liberty Seguros, MDS Group, Multicert, Real Vida Seguros, Seguramos – Corretores de Seguros e Tranquilidade.

Veja aqui o painel A Corretagem e os Novos Riscos Empresariais

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