Morreram mais 78 pessoas com Covid-19 no dia de Natal. Há mais 1.214 infetados

  • ECO
  • 26 Dezembro 2020

Nas últimas 24 horas foram identificados 1.214 novos casos de coronavírus em Portugal, e o número total de pessoas infetadas sobe para quase 393 mil.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 1.214 novos casos de infeção por coronavírus, elevando para 392.996 o número de infetados desde o início da pandemia. Foram registadas mais 78 mortes nas últimas 24 horas, num total de 6.556 vítimas de Covid-19.

O boletim epidemiológico da DGS indica ainda que estão internadas 2.790 pessoas, mais 36 do que na sexta-feira, das quais 513 em cuidados intensivos, ou seja, mais nove.

Desde o início da pandemia, Portugal já registou 6.556 mortes e 392.996 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2, estando hoje ativos 69.769, menos 409 do que na sexta-feira.

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“A vacina é eficaz?” Consulte o portal sobre a vacinação anti-Covid

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2020

A vacinação para a Covid-19 começa no domingo, e há agora um portal com a informação necessária para conhecer o que está em causa.

Os portugueses têm disponível um portal dedicado ao processo de vacinação contra a Covid-19, que visa esclarecer a população sobre “todos os detalhes” da campanha que arranca no domingo. O Ministério da Saúde adianta, em comunicado, que esta página disponibiliza toda a informação sobre a vacinação através de “uma linguagem simples e clara” respondendo às principais questões que têm vindo a ser levantadas desde o anúncio da chegada da vacina a Portugal.

“A vacina é eficaz?”, “a vacina é segura?”, “quais os diferentes tipos de vacina que serão administradas em Portugal; “quais os grupos prioritários?” são alguns exemplos das perguntas colocadas e que os portugueses podem ver agora respondida no portal.

“Além da resposta a estas perguntas mais gerais existe ainda uma área nesta nova página – FAQ’s – onde se podem encontrar esclarecimentos quanto a aspetos mais específicos como os efeitos secundários das vacinas ou o que fazer após estar vacinado”, refere o Ministério da Saúde.

Entre os principais destaques da página, encontra-se uma simulação que o utilizador pode preencher para ficar a saber em que momento será chamado pelo SNS para vacinação.

Além desta ferramenta, são ainda disponibilizados os contactos e linhas de apoio que devem ser utilizados pelos cidadãos que queiram saber mais sobre o processo de vacinação.

A nova página, que já tinha sido anunciada pelo coordenador da ‘task-force’ responsável pela elaboração do Plano de Vacinação contra a Covid-19, Francisco Ramos, está disponível no ‘site’ da Direção-Geral da Saúde e no portal do Governo “Estamos On”.

Ao longo de 2021, a página, que foi concebida pelo Governo em estreita articulação com a ‘task-force’, a DGS e os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, contará com atualizações periódicas quanto à execução da campanha de vacinação, bem como outras notícias de relevo e informações prestadas pela ‘task-force’, refere-se no comunicado.

O primeiro lote da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Pfizer-BioNTech chegou hoje de manhã a Portugal e contempla 9.750 doses destinadas aos profissionais de saúde dos centros hospitalares universitários do Porto, São João, Coimbra, Lisboa Norte e Lisboa Central.

Este lote de 9.750 doses será reforçado com a antecipação da entrega de mais 70.200 doses, que têm chegada prevista para segunda-feira, elevando o total disponível para administração até ao final do ano para 79.950 vacinas, segundo o Ministério da Saúde.

Entre dezembro e o primeiro trimestre de 2021, que corresponde ao período da primeira fase definida pela ‘task-force’ responsável pelo plano de vacinação, Portugal espera receber 1,2 milhões de vacinas, distribuídas por três períodos: 312.975 doses no acumulado de dezembro e janeiro, 429 mil doses em fevereiro e 487.500 em março.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.743.187 mortos resultantes de mais de 79,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 6.478 pessoas dos 391.782 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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Primeiro lote de vacinas já chegou a Portugal

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2020

O primeiro lote de vacina da Pfizer e BioNTech chegou este sábado a Portugal, e está guardado no concelho de Montemor-o-Velho.

O primeiro lote das vacinas contra a covid-19, da Pfizer e BioNTech, chegou este sábado a Portugal, ficando guardado numas instalações no concelho de Montemor-o-Velho, nos arredores de Coimbra. Escoltada por forças de segurança, a viatura que transposta as vacinas, duas caixas que no total pesam 41 quilogramas, entrou no perímetro da unidade de armazenamento cerca das 09:45.

O processo de abertura da viatura, que estava selada, foi acompanhado no local por responsáveis do Governo, dirigidos pela ministra da Saúde, Marta Temido.

A campanha de vacinação contra a Covid-19 arranca no domingo em Portugal, à semelhança de outros países da União Europeia, a vacina é facultativa, gratuita e universal, sendo assegurada pelo SNS.

Na última segunda-feira, a Comissão Europeia autorizou a colocação no mercado da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Pfizer e BioNTech, horas após a Agência Europeia do Medicamento (EMA) ter dado o seu parecer científico favorável.

Nesse mesmo dia Marta Temido disse que os profissionais de saúde dos centros hospitalares universitários do Porto, São João, Coimbra, Lisboa Norte e Lisboa Central seriam os primeiros a ser vacinados contra a covid-19.

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Bruxelas propõe “Reserva de Ajustamento Brexit” de 5 mil milhões de euros

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2020

A Comissão Europeia quer uma almofada financeira de cinco mil milhões de euros para acomodar as consequências económicas do Brexit nos setores e empresas europeias mais afetadas.

A Comissão Europeia propôs uma “Reserva de Ajustamento Brexit” de cinco mil milhões de euros para enfrentar as consequências económicas e sociais nos setores mais afetados pela saída britânica da União Europeia, a partir de 1 de janeiro. A reserva ajudará as empresas e setores mais afetados, nomeadamente a pesca, e incluirá apoios ao emprego e formação, indica um comunicado da Comissão Europeia (CE).

A ajuda financeira servirá também para auxiliar as administrações públicas na operação dos controlos fronteiriços, alfandegários, sanitários e fitossanitários e para garantir os serviços essenciais aos cidadãos e às empresas afetadas. A “Reserva de Ajustamento Brexit” cobrirá as despesas em qualquer Estado-membro da UE durante 30 meses.

O dinheiro será distribuído em duas tranches: a maior parte dos cinco mil milhões de euros será pré-financiada em 2021 e os valores serão calculados com base no impacto da saída na economia de cada Estado-membro, tendo em conta o grau de integração económica com o Reino Unido, incluindo o comércio de bens e serviços e o impacto no setor das pescas da UE. Uma parcela menor de ajuda adicional será distribuída em 2024, caso os gastos reais excedam a alocação inicial concedida.

Para receber reembolsos de reserva, os Estados-membros precisarão de comprovar a relação direta desses pedidos com o ‘Brexit’.

O regulamento proposto terá de ser adotado pelo Parlamento e pelo Conselho Europeu.

A comissária para a Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, referiu, no comunicado, que o fim do período de transição, em 31 de dezembro de 2020, “terá um impacto económico e social significativo nas regiões e comunidades locais mais intimamente ligadas à economia e ao comércio da Reino Unido”.

Por seu turno, o comissário para o Orçamento e Administração, Johannes Hahn, considerou que a adaptação estrutural à nova relação com o Reino Unido “exigirá um ajustamento de longo prazo muito maior do que esta reserva poderá proporcionar” e que o próximo orçamento da UE será utilizado nesse sentido.

A União Europeia e Reino Unido chegaram na quinta-feira a acordo sobre a relação futura no pós-‘Brexit’, quatro anos e meio depois de o povo britânico ter decidido o ‘divórcio’ do bloco europeu, após uma relação de mais de quatro décadas.

O documento será agora ratificado pelo Parlamento Europeu e aprovado pelos deputados britânicos na próxima semana antes para poder entrar em vigor em 01 de janeiro de 2021.

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Vacina já chegou mas o próximo ano não será o fim da pandemia de covid-19

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2020

Chegam este sábado a Portugal as primeiras vacinas contra a Covid-19, e domingo começa a vacinação, mas o próximo ano não será o fim da pandemia de Covid-19.

O ano acaba e começam as operações de vacinação em massa em Portugal e no mundo, mas os efeitos da imunidade ainda vão demorar meses a sentir-se, pelo que 2021 não será o fim da pandemia de covid-19. Em Portugal, os profissionais de saúde de primeira linha no combate ao novo coronavírus começarão a partir de domingo a ser vacinados no arranque de uma campanha que se estenderá pelo ano que vem e cobrirá primeiro os grupos populacionais mais vulneráveis, tais como os residentes em lares e pessoas com doenças crónicas acima dos 65 anos.

Embora as autoridades de saúde portuguesas e internacionais falem de esperança e luz ao fundo do túnel, os factos recomendam cautela porque não deverá haver alívio real e sustentado em contágios, hospitalizações e mortes até que pelo menos metade da população esteja vacinada.

A vacinação começará com a vacina produzida em conjunto pelos laboratórios Pfizer/BioNTech, com uma autorização de introdução no mercado condicional da Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês).

Ainda este ano, Portugal vai receber 79.950 doses de vacinas, com um primeiro lote de 7.950 entregues hoje e outras 70.200 na segunda-feira. Até ao fim do primeiro trimestre de 2021, deverão chegar a Portugal cerca de 1,3 milhões de doses da Pfizer.

Portugal reservou ainda 227.000 vacinas da Moderna e 1,4 milhões da vacina AstraZeneca/Oxford, que ainda carecem de autorização para introdução no mercado.

A vacina da Pfizer/BioNTech é do tipo mRNA, que não contém vírus inativado, mas funciona a nível genético, desencadeando no corpo a produção de uma proteína que combate o SARS-CoV-2, o mesmo princípio da vacina da norte-americana Moderna, a próxima que poderá ter autorização para introdução condicional na Europa e que a EMA irá analisar nos primeiros dias de janeiro.

A Pfizer estima que poderá ter prontas 50 milhões de doses para distribuir em todo o mundo ainda este ano e 1,3 mil milhões de doses durante o próximo, sendo necessárias duas tomas para a vacina ser eficaz.

Os cientistas advertem que demorará tempo para concretizar uma campanha de vacinação global, agravada por fatores como a geografia, as disparidades económicas dos países e a necessidade de garantir a logística para entregar e conservar as vacinas às temperaturas exigidas.

O diretor do Instituto de Bioquímica da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Miguel Castanho, disse numa entrevista à Lusa que, “provavelmente, só se notará se a vacina está a ter efeito sobre os grandes números da pandemia no próximo inverno” e que seria imprudente se as pessoas deixassem de tomar medidas cautelares de um dia para o outro”.

Com cerca de metade da população imunizada, atingir-se-á o “ponto crítico para o vírus” e a partir daí, caminhando para a chamada imunidade de grupo, que restringe severamente a capacidade de o vírus circular, “alterações substantivas essenciais” na situação epidémica, com uma redução consistente no número de contágios, hospitalizações e mortes.

O coordenador da equipa especial destacada pelo Governo português para o plano de vacinação, Francisco Ramos, afirmou que Portugal conta ter 950 mil pessoas vacinadas até abril.

O diretor geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Ghebreyesus, também já avisou reiteradamente que, mesmo com várias vacinas no terreno, não haverá “bala de prata” para acabar com o novo coronavírus.

Durante meses ou mesmo anos, a tónica das autoridades de saúde deverá continuar na necessidade de manter distância física, higiene das mãos reforçada e todas as medidas de restrição de movimentos de populações adotadas para conter surtos e a disseminação descontrolada do vírus pela população.

Quem (não) quer tomar a vacina?

Outro obstáculo com que as autoridades de saúde também terão de contar será a resistência à vacina: Num estudo divulgado pelo Correio da Manhã na semana passada, cerca de um quarto dos inquiridos afirmava não querer tomar a vacina.

Num seminário ‘online’ organizado pela EMA no princípio do mês, o responsável pelo departamento de Estudos Clínicos, Fergus Sweeney, afirmou que o processo de avaliação por parte da agência foi feito “em menos tempo, mas sem, geralmente, reduzir a dimensão ou o rigor da avaliação científica e dos dados” fornecidos pelos fabricantes à agência europeia. Afirmou que o formato de autorização condicional de introdução no mercado garante que “todas as salvaguardas e controlos estão a funcionar” e que as empresas fabricantes estão “legalmente obrigadas” a continuar os estudos sobre a aplicação da vacina.

Pelo mundo, fazem-se contas no longo caminho para a imunidade de grupo: na China, que tem 1,4 mil milhões de habitantes, terão já sido administradas pelo menos um milhão de doses da vacina chinesa, que requer também duas tomas.

Nos Estados Unido, onde há dias uma sondagem do jornal USA Today indicava que um quinto dos 308 milhões de habitantes não tenciona vacinar-se, cerca de 600 mil terão já recebido a primeira dose de vacina da Pfizer/BioNTech.

O sociólogo norte-americano Nicholas Christakis, autor do livro “Apollo’s Arrow”, em que procura pistas sobre o impacto da pandemia nos próximos anos, previa numa entrevista em outubro com o neurocientista Sam Harris que, concretizando-se uma progressiva vacinação em massa por todo o mundo ao longo de 2021, a noção de “voltar ao normal” ainda está relativamente longe no calendário.

“O período imediato da pandemia poderá acabar [por volta de 2022] mas não haverá um regresso à vida normal, porque as pessoas ainda vão estar traumatizadas”, previu, baseando-se no que aconteceu em períodos de pandemia anteriores ao longo dos séculos.

Christakis afirmou que deverá haver um “período intermédio” até 2024 e então, possivelmente, se poderá falar de um “período pós-pandemia” marcado por um regresso ao normal com “mudanças permanentes”, como a prevalência do teletrabalho.

“Em 2024 teremos uma espécie de ‘loucos anos 20’, um desabrochar. As pessoas poderão voltar a encher eventos desportivos, manifestações políticas, restaurantes e cerimónias religiosas. Em tempos de peste, as pessoas costumam encontrar Deus”, afirmou.

Ao mesmo tempo, poderão também ser anos de “desregramento social e sexual, de embriaguez, de uma certa alegria de viver, típicas de períodos pós-pandémicos”.

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As 11 transferências e promoções do ano na economia

Este ano foi marcado por várias mudanças na liderança de algumas instituições financeiras e empresas, como é o caso da passagem de Centeno para o Banco de Portugal ou os novos CEO do BPI ou da EDP.

Para além da pandemia, que dominou a agenda neste ano, 2020 também ficou marcado por muitas mudanças na liderança de várias instituições financeiras, bem como nos cargos de topo de algumas empresas. Não foram apenas transferências que se verificaram no mundo da economia, mas também promoções de algumas figuras.

O ECO juntou as principais mudanças do ano na economia, desde a passagem de Mário Centeno de ministro das Finanças para a liderança do Banco de Portugal, à subida de Miguel Stilwell para o topo da EDP, passando pela mudança de Cristina Ferreira da SIC para a TVI, acrescentando acionista à lista de títulos.

De ministro das Finanças, Mário Centeno salta para topo do Banco de Portugal

A saída de Mário Centeno, cinco anos depois de ter assumido como ministro das Finanças, já tinha vindo a ser falada e acabou por ser confirmada no dia da aprovação da proposta de Orçamento Suplementar para 2020. Centeno deixou também o Eurogrupo, o órgão que reúne os ministros das Finanças dos países da Zona Euro.

Já não havia muito mistério quanto ao próximo cargo de Centeno, sendo que o burburinho de que o antigo ministro estava de olho no lugar do topo do Banco de Portugal se tinha instalado. O Parlamento ainda debateu as novas regras para a passagem para o supervisor, mas estas não chegaram a tempo de travar a ida de Centeno sem qualquer período de nojo.

Todos os partidos com assento parlamentar, à exceção do próprio PS, se mostraram contra esta nomeação, mas o Governo avançou de qualquer das formas. Houve, inclusivamente, uma providência cautelar interposta pela Iniciativa Liberal, mas que acabou por ser rejeitada pelo Supremo Tribunal Administrativo, que se declarou “incompetente” para a avaliar.

Pouco mais de um mês depois de abandonar o cargo à cabeça da pasta das Finanças, o Conselho de Ministros nomeou oficialmente Mário Centeno para o cargo de governador do Banco de Portugal. Foi em julho que Centeno assumiu funções no novo cargo, no qual se tem vindo a pronunciar algumas vezes sobre a atuação pública perante a pandemia.

Depois do Lloyds, Horta Osório vai para Credit Suisse

O banqueiro português que fez nome lá fora, António Horta Osório, deixou a liderança do Lloyds Banking Group, após um ciclo de dez anos à frente daquele que é o maior banco comercial e de retalho do Reino Unido. O novo desafio profissional não tardou a aparecer: cerca de cinco meses depois, os acionistas do Credit Suisse decidiram eleger Horta Osório para o cargo de chairman da instituição.

No Credit Suisse, Horta Osório vai ocupar o lugar do banqueiro suíço Urs Rohner que chegou ao limite permitido pelos estatutos de renovação de mandatos (12 anos). O português será o primeiro banqueiro não suíço a sentar-se na cadeira de topo deste banco, depois de concluir a implementação do plano estratégico do Lloyds, apresentado em 2018.

Antes do Lloyds, o banqueiro passou pelo Citigroup em Portugal, pela Goldman Sachs em Londres e Nova Iorque e esteve ainda vários anos no grupo Santander, tendo sido entre 2000 e 2006 CEO do Banco Santander Totta.

Hoje em dia, por Portugal, António Horta Osório desempenha funções não executivas na Fundação Champalimaud e na Sociedade Francisco Manuel dos Santos.

Saído do HSBC, António Simões lidera negócio europeu do Santander

António Simões entrou no HSBC em setembro de 2007, banco onde, em 2018, se tornou responsável pelo segmento global de banca privada. O português já tinha sido mesmo apontado como um dos possíveis sucessores para assumir o leme do banco britânico, aquando da saída de John Flint, mas acabou por sair em fevereiro deste ano, na reestruturação do HSBC.

A sua saída foi apontada pelo Financial Times na altura como sendo a de maior relevância, no processo de reestruturação do banco, que surgiu depois de este ter apresentado uma quebra de 53% nos lucros para 5,54 mil milhões de euros.

Entretanto, em maio, foi anunciado o novo poiso de António Simões. O gestor português seguiu para o Santander, onde chegou em setembro, para depois, tendo a aprovação das autoridades reguladoras, assumir a liderança do negócio europeu no início do próximo ano.

Nas novas funções, António Simões vai reportar ao administrador delegado do grupo, José Antonio Álvarez, fará parte do comité de gestão do grupo e terá responsabilidade administrativa e de supervisão dos negócios na Europa. Também vai liderar a área comercial e de retalho e será co-responsável na Europa pela área de Corporate & Investment Banking, Wealth Management & Insurance, juntamente com os responsáveis globais.

Pedro Leitão foi o escolhido para o Banco Montepio

O processo para definir a liderança do Banco Montepio arrastou-se por cerca de ano e meio, depois da saída da anterior administração de José Félix Morgado. Depois de muitas reuniões, o nome sobre o qual houve consenso no banco acabou por ser Pedro Leitão, que era Chief Digital Officer do Banco Atlântico Europa.

Antes disso, foi administrador do Banco Millennium Atlântico (antigo Banco Privado Atlântico), em Angola, entre 2011 e 2014, onde foi Chief Operations & Marketing Officer, responsável pela implementação, entre outros da rede de retalho. E foi ainda partner da Deloitte, durante quase uma década, entre 2001 e 2011.

O banqueiro assumiu funções no Banco Montepio em janeiro deste ano, enquanto presidente da comissão executiva para o mandato 2018-2021. A tarefa não tem sido fácil, sendo que o banco teve mesmo de solicitar o estatuto de empresa em reestruturação ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, em setembro.

Cristina Ferreira regressa para TVI e torna-se acionista

Esta foi uma das transferências do mundo televisivo que mais deu que falar. A mudança de Cristina Ferreira para a SIC, em 2018, criou ondas. Mas o novo poiso da apresentadora não durou por muito tempo, e o público voltou a ficar surpreendido quando a Cristina Ferreira decidiu regressar à estação de Queluz. Mas não voltou apenas como apresentadora, ganhando um novo rol de títulos.

Cristina Ferreira entrou na estrutura acionista da dona da TVI, Media Capital, através da DoCasal Investimentos, com a compra de 2,5% do grupo. Entre os novos donos encontram-se também empresários como Luís Guimarães (Polopique), Avelino Gaspar (Lusiaves) e figuras como Pedro Abrunhosa e Tony Carreira.

A apresentadora foi também nomeada vogal do Conselho de Administração do grupo, presidido pelo empresário Mário Ferreira, o maior acionista. Já na TVI, Cristina Ferreira assume o cargo de diretora de entretenimento e ficção da estação de Queluz de Baixo.

Mourinho Félix passa das Finanças para o BEI

A saída de Mário Centeno do Governo trouxe várias mudanças na equipa das Finanças. Ricardo Mourinho Félix era secretário de Estado desde 2015, sempre na área das Finanças. Quando o antigo ministro deixou a pasta, Mourinho Félix decidiu regressar ao Banco de Portugal, onde estava desde 2004, a coordenar a área de conjuntura e previsão no Departamento de Estudos Económicos.

Mas existia já um novo lugar em vista para o técnico. O Governo nomeou Mourinho Félix para vice-presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), para suceder a Emma Navarro, numa nomeação conjunta de Espanha e Portugal. Foi em outubro que a designação do antigo secretário de Estado para o cargo foi oficializada, assumindo o cargo a 16 de outubro.Angel Gurría, secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), apresenta o "Economic Survey of Portugal - 2019" - 18FEV19

O Comité Executivo é o órgão executivo permanente do BEI, composto por um presidente e oito vice-presidentes. Portugal e Espanha apresentam sempre uma candidatura conjunta. Existe um acordo entre os dois países para que Portugal assegure a vice-presidência por três anos — neste caso até setembro de 2023 — e Espanha por 12.

Mourinho Félix ocupa agora um cargo que já foi do ex-governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, bem como de Oliveira e Costa, o antigo presidente do BPN.

Ex-ministro Pires de Lima é novo CEO da Brisa

António Pires de Lima acrescentou este ano um novo cargo ao currículo. Com a venda de uma participação maioritária da Brisa a um consórcio de fundos de private equity, deu-se uma mudança na liderança da maior concessionária de autoestradas do país. Vasco de Mello foi nomeado presidente do Conselho de Administração e António Pires de Lima CEO.

A seleção de candidatos para a presidência da Brisa ficou a cargo de uma empresa de search, a Korn Ferry. Para o lugar, chegou a ser também considerado Diogo da Silveira, mas acabou por ser escolhido Pires de Lima, pelo seu perfil e experiência política.

Pires de Lima já foi presidente da Comissão Executiva da Compal e da Nutricafés, bem como CEO da Unicer, de 2006 até 2013. Ocupou ainda o cargo de ministro da Economia no Governo de Passos Coelho, entre 2013 e 2015. Na Brisa, o gestor terá de gerir os contactos com o Governo e com o IMT, o Instituto da Mobilidade e dos Transportes.

O antigo ministro é também partner do fundo Horizon Equity Partners, que já fez investimentos em Portugal, nomeadamente na compra das torres da Meo (entretanto vendidas) e no Campo Pequeno.

João Leão passa de secretário de Estado a ministro das Finanças

Com a saída de Centeno, a escolha para o substituir veio da própria equipa. Há cinco anos no cargo de secretário de Estado do Orçamento, João Leão assumiu a pasta das Finanças em plena pandemia. O novo ministro teve logo de defender, na sua primeira semana, o Orçamento Suplementar na Assembleia da República, que foi ainda apresentado por Centeno.

Leão desempenhou funções de presidente da Comissão Científica do Departamento de Economia do ISCTE entre 2009 e 2010 e, depois disso, de diretor do Doutoramento em Economia. Foi também membro do Conselho Económico e Social e do Conselho Superior de Estatística entre 2010 e 2014, e integrou grupos de trabalho no âmbito da OCDE.Apresentação do Orçamento do Estado 2021 no Ministério das Finanças - 13OUT20

Foi ainda diretor do Gabinete de Estudos do Ministério da Economia entre 2010 e 2014 e assessor do secretário de Estado Adjunto da Indústria e do Desenvolvimento entre 2009 e 2010. Já em 2015 chegou a secretário de Estado do Orçamento, no primeiro ano de Governo de António Costa, e desde então lá se tinha mantido, até subir a ministro.

Entretanto, João Leão já elaborou e viu aprovado o Orçamento do Estado para 2021, apesar de este ter recebido apenas os votos a favor do PS. O ministro teve de enfrentar algumas polémicas e maiorias negativas, nomeadamente nas transferências do Fundo de Resolução para o Novo Banco e nos descontos em algumas portagens.

Com saída de Mexia, Miguel Stilwell passa a presidente executivo da EDP

O caso EDP avançou na Justiça este ano, levando a que o juiz Carlos Alexandre validasse a suspensão de funções de António Mexia, presidente da EDP, e João Manso Neto, presidente da EDP Renováveis, no âmbito do caso EDP, que tinha sido proposta pelo Ministério Público. Depois disto, Miguel Stilwell de Andrade foi escolhido como CEO interino da EDP.

O gestor chegou à EDP em 2000, e cinco anos depois, passava a chefiar a área de desenvolvimento estratégico e empresarial, bem como de M&A. Manteve-se com esse pelouro até 2009, ano em que assumiu funções de administrador não executivo da EDP Gás Distribuição, antes de se tornar CEO da EDP Comercial em 2012. No mesmo ano, entrou para o conselho de administração do grupo. Mais tarde, viria igualmente a ser CEO da EDP Espanha.

Foi em abril de 2018 que o Stilwell de Andrade assumiu os comandos das finanças da elétrica, a função que desempenhava até ser escolhido como interino. De chief financial officer passou a CEO da EDP. Entretanto, em novembro, António Mexia oficializou a sua saída da elétrica, comunicando à EDP que não estava disponível para integrar um novo mandato.

Os acionistas da EDP decidiram então convidar Miguel Stilwell a apresentar uma proposta de nova equipa, por isso este passará de presidente interino a efetivo. O gestor já definiu a equipa a apresentar aos acionistas, mais curta do que aquela que estava em funções, com cinco membros do conselho de administração executivo.

Quatro deles já estão na administração executiva, o próprio Miguel Stilwell, Rui Teixeira, Miguel Setas e Vera Pinto Pereira. Já o quinto elemento, a atual vice-presidente da Nos, Ana Paula Marques, é externo à companhia, e com experiência de gestão em empresas cotadas. Da nova equipa saem gestores históricos da companhia, como João Marques da Cruz e António Martins da Costa.

Ramiro Sequeira troca de COO para CEO da TAP

O lugar de CEO da TAP ficou livre com a saída de Antonoaldo Neves, após o Governo reforçar a participação no capital da companhia aérea. O Executivo vai recorrer a uma empresa internacional para contratar equipa de gestão para a TAP, mas o CEO teve de ser substituído de forma temporária enquanto a busca decorre.

Ramiro Sequeira, chief operating officer (COO) da companhia desde 2018, foi o escolhido como presidente executivo com caráter interino. O gestor chegou à TAP vindo da Ibéria, onde esteve quase quatro anos e antes na Iberia Express. Apesar de ser um gestor interino, vai ter de conduzir o processo de reestruturação da TAP, que foi entregue em Bruxelas em dezembro.

O primeiro apoio público à TAP foi no valor de 1,2 mil milhões de euros, estando a servir para garantir a liquidez até final do ano. Depois deste cheque, a empresa ainda deverá precisar de mais 2 mil milhões de euros, que poderão resultar de injeções de fundos públicos ou de garantias de Estado a novos empréstimos.

João Pedro Oliveira e Costa sobe para CEO do BPI

Outra das mudanças na banca este ano foi no lugar de topo do BPI. O espanhol Pablo Forero, que liderava o banco desde abril de 2017, decidiu reformar-se, aos 64 anos. João Pedro Oliveira e Costa, que era o vogal do Conselho de Administração e da Comissão Executiva do banco foi o sucessor escolhido.

Há 30 anos no BPI, Oliveira e Costa chegou ao banco vindo do grupo BCP em 1991 para ser diretor de private banking. Foi diretor central do negócio de private banking e premier até 2014, subindo depois à administração do banco com responsabilidade pelas áreas de negócio de particulares, premier, private banking e negócios.

O banqueiro começou logo por participar na conferência de imprensa de apresentação de resultados, em maio, depois de o BPI ter registado uma queda de 87% dos lucros devido à pandemia. Aí, esclareceu as confusões relativas ao seu nome, reiterando que não tem qualquer relação com o antigo presidente do BPN.

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Costa admite erros na pandemia, mas põe foco na esperança da vacina e dos fundos europeus

Na tradicional mensagem de Natal, o primeiro-ministro admite que houve erros na gestão da pandemia, mas pede solidariedade e esperança aos portugueses para enfrentar o futuro.

O primeiro-ministro endereçou esta sexta-feira a sua tradicional mensagem de Natal aos portugueses com uma mensagem sobre os meses difíceis da pandemia, mas também sobre o futuro do país em 2021. António Costa admite os erros com a gestão do vírus — “certamente não fizemos tudo bem”, confessa –, mas põe a tónica no arranque da vacinação e na receção dos fundos europeus. Este é o “maior desafio das nossas vidas”, classifica nesta mensagem aos portugueses.

“Confrontado com um vírus inesperado e desconhecido, o Governo tem procurado responder da melhor forma, com equilíbrio e bom senso, aprendendo dia a dia a lidar com a novidade e a readaptar-se permanentemente perante o imprevisto“, diz António Costa, admitindo que “certamente não fizemos tudo bem e cometemos erros, porque só não erra quem não faz”.

Feito o mea culpa, o primeiro-ministro põe foco no ano novo que se aproxima. Primeiro, com a vacinação: “Depois de amanhã, tem início o processo de vacinação contra a COVID-19 que, mesmo sendo um processo faseado e prolongado no tempo, nos dá renovada confiança que, graças à ciência, é mesmo possível debelar esta pandemia”, afirma Costa.

Em segundo lugar, com os fundos europeus: “Poderemos contar durante o próximo ano com a solidariedade reforçada da União Europeia, para apoiar o esforço nacional de iniciar uma recuperação sustentada, que nos permita não só superar as dificuldades que atualmente vivemos, mas, sobretudo, enfrentar os problemas estruturais que historicamente limitam o potencial de desenvolvimento do país”.

O primeiro-ministro diz que terá agora, nomeadamente através dos fundos da União Europeia, os “meios” para concretizar a visão estratégica que o Governo tem para o futuro de Portugal. O objetivo é ter um “país mais justo, mais próspero, mais moderno”. Ao todo, Portugal receberá cerca de 58 mil milhões de euros da UE ao longo dos próximos sete anos, dos quais parte é exclusivamente para a recuperação económica pós-crise pandémica.

Com solidariedade, venceremos a pandemia e recuperaremos da crise económica e social que ela gerou“, garante Costa, concluindo que é para si uma “enorme honra” estar ao “serviço de Portugal” neste tempo “tão duro e exigente”.

“Solidariedade” é a palavra de ordem

A primeira parte da mensagem de Natal é utilizada pelo primeiro-ministro para descrever a situação que o país vive, dando vários elogios à capacidade e “resiliência” dos cidadãos por manterem a coesão, apesar de tudo. E depois mostra “gratidão” a alguns profissionais em específico: funcionários de lares ou da Segurança Social, militares das Forças Armadas ou elementos das Forças de Segurança, professores, cientistas, a setores essenciais da agricultura, na indústria e no comércio, e, claro, aos profissionais de saúde: “Dia e noite dão o seu melhor para tratar quem está doente, tantas vezes com sacrifício de folgas, tempo de descanso e contacto com a sua própria família“, relembra Costa.

Uma das marcas deste discurso é a palavra “solidariedade” que é uma das mais usadas por António Costa na mensagem de Natal aos portugueses: refere as vítimas da Covid-19, os que estão doentes, os que estão em isolamento, os emigrantes que ficaram no estrangeiro, entre outros. “Um abraço fraterno e caloroso a todas as famílias, porque nenhuma se pôde juntar como habitualmente, e na casa de todos nós este Natal teve de ser celebrado de forma diferente“, assinala o primeiro-ministro.

Mas usa a “solidariedade” também para os que “sofrem as graves consequências económicas e sociais desta pandemia”. “Tenho bem consciência da dureza de muitas das medidas que tivemos de tomar ao longo deste ano, limitando liberdades, proibindo atividades ou adiando projetos de vida, para defender a saúde pública, conter a transmissão do vírus, garantir capacidade de resposta dos serviços de saúde, salvar vidas”, diz Costa, dando maior ênfase aos empresários — “a lutar pela sobrevivência das suas empresas” — e os trabalhadores que “perderam ou temem perder o seu emprego e o seu rendimento”.

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Saber o quê e com quem comunicar: a receita para gerir (e gerar) dinheiro a partir de qualquer parte do mundo

Criar comunidades online ou começar um negócio de vendas sem ter contacto com o produto, o designado "dropshipping", são algumas das estratégias para criar negócios de sucesso na internet.

John Oliveira, especialista em negócios digitais, foi um dos primeiros nómadas digitais em Portugal e foi ao Nómada Digital Summit para explicar como criar um império com recurso a “comunidades” no online. Hoje, o seu principal negócio é uma comunidade de mais de um milhão de pessoas no Facebook, que se dedica apenas a uma temática: unhas. Para criar um site com sucesso é necessário encontrar o nicho a explorar, construir uma comunidade de pessoas, e investir em publicidade e e-commerce para garantir o tráfego online.

A Pessoas acompanhou os temas em debate na 1.ª edição do Nómada Digital Summit, que a partir de agora pode rever de forma integral no site oficial do evento.

Se está a pensar em comércio online, também pode optar pelo dropshipping: uma forma de comércio online, na qual o dono da loja online nunca tem contacto com o produto. Compra-o a um preço mais baixo e vende-o a um preço mais elevado diretamente ao consumidor. Vasco San-Payo, fundador da Excuse me bro, mudou-se para Bali (Indonésia) e, a partir dali, gere o seu negócio de dropshipping. Para o empreendedor, este tipo negócio deve começar com um investimento de 1.000 euros, sendo que 900 euros devem servir para marketing e anúncios nas redes sociais.

Se, por outro lado, está a pensar criar um evento online, uma das estratégias poderá ser inverter a forma convencional: venda os ingressos para um evento antes de o preparar e utilize essa fonte de rendimento para o organizar, explicou Cristiano Btzar, fundador da Bnext1, uma empresa especializada em consultoria informática.

E como, para todos os negócios, são precisas boas contas, Ludmila Rebola, especialista em contabilidade para trabalhadores independentes e freelancers, garante que os recibos verdes podem oferecer mais vantagens do que se pensa, desde que os profissionais sejam devidamente acompanhados por um contabilista. De acordo com a contabilista, até aos 30 mil euros de faturação compensa continuar com o sistema de recibos verdes e só a partir desse valor se deve pensar em abrir uma empresa em nome próprio, sendo que a viabilidade vai sempre depender das despesas do negócio.

Os negócios online foram um dos temas em debate na Nómada Digital Summit 2020, com 19 conferências.

A internet abriu-nos portas a um sem fim de novos negócios que vão muito além de comércio online. Blogs, cursos online, coaching, agências e muitos mais negócios que se aproveitam de forma positiva da internet para conquistar o mundo online. Num mundo de possibilidades infinitas urge aprender sobre os desafios dos vários negócios, os primeiros passos e como gerir e escalar negócios 100% online“, explica à Pessoas Gonçalo Hall, um dos fundadores da Nómada Digital Summit, em antecipação da segunda edição, que terá um dia dedicado ao tema dos negócios online.

A segunda edição da Nómada Digital Summit vai decorrer entre 8 e 10 de abril de 2021 e o trabalho remoto será o centro do debate. Durante três dias estarão no foco temas como a educação, competências, freelancing, o emprego remoto, os negócios online e, tal como sugere o nome, o nomadismo digital. A novidade este ano surge no terceiro dia, que vai incluir workshops nas áreas de freelancing, emprego remoto e empreendedorismo.

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Reino Unido abandona Erasmus para criar novo programa de intercâmbio

  • Lusa
  • 25 Dezembro 2020

O primeiro-ministro Boris Johnson anunciou um programa substituto, com o nome do matemático britânico Alan Turing.

O Reino Unido abandonou o programa de intercâmbio Erasmus, depois do acordo comercial pós-Brexit alcançado com a União Europeia na quinta-feira, e o primeiro-ministro Boris Johnson anunciou um programa substituto, com o nome do matemático britânico Alan Turing.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, abandonou o programa de intercâmbio europeu para estudantes Erasmus, no âmbito do acordo que regerá as relações comerciais entre o Reino Unido e a União Europeia (UE) depois do Brexit, alcançado na quinta-feira, alegando questões de custo e anunciando um programa global para o substituir, com o nome do matemático e cientista da computação britânico Alan Turing.

Sublinhando que a decisão foi “difícil”, Boris Johnson explicou que, embora tenha sido uma “maravilhoso” receber tantos estudantes europeus, o programa Erasmus era “extremamente caro” para o Reino Unido. No entanto, em janeiro, Boris Johnson tinha garantido aos parlamentares britânicos que “não havia qualquer ameaça ao esquema Erasmus”.

Na semana passada, o ministro do Gabinete, Michael Gove, afirmou que as probabilidades de um acordo de comércio com a União Europeia eram inferiores a 50%, devido a vários pontos de divergência, mas que questões como a participação britânica nos programas europeus de investigação científica Horizonte Europa e de intercâmbio de estudantes Erasmus já tinham acordo.

Na sequência da mudança de posição conhecida depois do acordo comercial com a UE, o chefe do governo conservador anunciou um programa nacional para permitir que estudantes britânicos frequentem as “melhores universidades” de todo o mundo e não apenas da Europa.

Assim, o programa Erasmus, no qual o Reino Unido participa desde 1987, dará lugar naquele país ao programa Alan Turing. O chefe das negociações para o Brexit da União Europeia, Michel Barnier, expressou o seu “pesar” pelo abandono do programa, pedindo ao governo britânico para mostrar “rapidamente” e com “clareza” a solução alternativa que irá implementar.

Para os cerca de 150.000 estudantes europeus atualmente no Reino Unido, frequentar uma universidade naquele país será agora mais caro e complicado. A União Europeia e o Reino Unido chegaram na quinta-feira a um acordo comercial pós-‘Brexit’, anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em Bruxelas.

“Chegámos finalmente a um acordo. Foi um longo caminho, mas temos um bom acordo, que é justo e equilibrado”, anunciou Von der Leyen numa conferência de imprensa com o negociador-chefe da UE, Michel Barnier, na sede do executivo comunitário.

A uma semana do final do “período de transição” para a consumação do ‘Brexit’ e da saída do Reino Unido do mercado único, o bloco europeu e Londres evitaram assim um ‘divórcio’ desordenado, estabelecendo um acordo de comércio livre que regerá as relações futuras.

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Morreram mais 65 pessoas com Covid-19 e há mais 4.146 infetados. Norte supera os 200 mil casos

Nas últimas 24 horas foram identificados 4.146 novos casos de coronavírus em Portugal. O número total de pessoas infetadas sobe para 391.782. O Norte superou os 200 mil casos.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 4.146 novos casos de infeção por coronavírus, elevando para 391.782 o número de infetados desde o início da pandemia. Foram registadas mais 65 mortes nas últimas 24 horas, num total de 6.478 vítimas de Covid-19. O Norte superou pela primeira vez os 200 mil casos.

Do número total de infetados, a esmagadora maioria está a fazer o tratamento em casa, sendo que 2.754 (-99) estão internados em unidades hospitalares, dos quais 504 (-1) nos cuidados intensivos. Há 90.093 pessoas (+1.115) sob vigilância das autoridades de saúde.

Nas últimas 24 horas morreram 65 pessoas vítimas da doença, das quais 29 na região Norte, 23 em Lisboa e Vale do Tejo, 10 no Centro e três no Alentejo. Os Açores, a Madeira e o Algarve não registaram nenhuma morte nas últimas 24h.

Boletim epidemiológico de 25 de dezembro

A região do Norte voltou a concentrar a maioria das novas infeções. Dos 4.146 novos casos registados nas últimas 24 horas, 1.697 foram nesta região: 40,9% do total do país. Na região de Lisboa e Vale do Tejo registaram-se 1.463 novos casos, o que corresponde a 35% do total.

O Norte continua a ser a região mais afetada pela pandemia, ultrapassando pela primeira vez os 200 mil casos, com 201.417 pessoas infetadas e 3.030 mortes. Atrás aparece a região de Lisboa e Vale do Tejo (126.275 casos de infeção e 2.243 mortes), à frente do Centro (43.892 casos e 926 mortes), do Alentejo (10.128 casos e 183 mortes) e do Algarve (7.031 casos e 64 mortes).

Nas ilhas, os Açores registam 1.662 casos e 21 mortos, enquanto a Madeira tem 1.377 pessoas infetadas e regista 11 vítimas mortais.

Os dados revelados pelas autoridades de saúde dão ainda conta de mais 2.593 recuperados, menos do que o número de novos infetados. No total, já 315.126 pessoas recuperaram da doença e há 70.178 casos ativos (+1.488).

(Notícia atualizada às 14h28 com mais informação)

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Apenas 2430 códigos introduzidos na StayAway. “Os médicos geram poucos códigos e entregam ainda menos”, diz Inesc Tec

  • ECO
  • 25 Dezembro 2020

O Inesc Tec avisa que os médicos estão a gerar poucos códigos e os doentes introduzem ainda menos códigos na plataforma, diminuindo a potencial eficácia da aplicação.

A aplicação foi lançada no final de agosto, mas desde então não tem vindo a ser utilizada tanto quanto o Governo gostaria. De acordo com o Público, dos 9585 códigos gerados pelos médicos, apenas 2430 foram efetivamente introduzidos pelos utilizadores da StayAway Covid. A app foi descarregada 2,8 milhões de vezes, mas menos de metade (1,25 milhões) continuam com a app ativa.

Os números são avançados pela equipa do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (Inesc Tec), que mostram preocupação com o baixo número de códigos gerados pelos médicos. “A aplicação continua a ser instalada, o que mostra que os portugueses percebem a importância da app e não têm medo de aderir. Onde as coisas não estão a funcionar bem é com os códigos“, diz José Manuel Mendonça, presidente do Inesc Tec.

Continuam a chegar-me muitas queixas de pessoas que não conseguem os códigos. Ou de pessoas que recebem os códigos semanas mais tarde quando já não têm sintomas e já não vão a tempo de avisar ninguém”, relata Mendonça. O Inesc Tec propôs que fosse a sua equipa a enviar os códigos diretamente para a aplicação, mas essa proposta está em análise pela equipa dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).

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João Ferreira com orçamento de 450 mil euros, 18 vezes superior a Marcelo

  • Lusa
  • 25 Dezembro 2020

O atual chefe de Estado anunciou ficar-se pelos 25 mil euros e a ex-eurodeputada do PS Ana Gomes assumiu ter despesas previstas de até 50 mil.

A candidatura presidencial de João Ferreira, apoiada pelo PCP, anunciou esta quinta-feira um orçamento de campanha 18 vezes superior ao do recandidato Marcelo Rebelo de Sousa, em nota oficial, num valor global de 450 mil euros.

Entre os valores já conhecidos, o atual chefe de Estado anunciou ficar-se pelos 25 mil euros e a ex-eurodeputada do PS Ana Gomes assumiu ter despesas previstas de até 50 mil, enquanto o líder do Chega, André Ventura, tem 160 mil euros orçamentados e o dirigente da Iniciativa Liberal Tiago Mayan um valor “abaixo de 40 mil euros”.

“Este orçamento, que como se sabe é uma previsão que procura incluir todas as possibilidades e que vai sempre além dos valores das despesas efetivas, apresenta um valor global de 450 mil euros”, lê-se no texto do candidato comunista.

A estrutura de campanha do eurodeputado e dirigente de cúpula do PCP “chama a atenção para o facto de tal orçamento representar, uma redução do conjunto das despesas, uma redução de quase metade do valor do orçamento da candidatura apoiada pelo PCP nas anteriores eleições presidenciais“, em 2015, protagonizada pelo dirigente madeirense Edgar Silva.

Segundo João Ferreira, o referido orçamento “corresponde a uma campanha que, mesmo nas atuais circunstâncias, exige contacto com os trabalhadores e as populações e o envolvimento de todos em ações de esclarecimento e mobilização para o voto”, pois “os cidadãos não são meros assistentes ou espetadores e devem ser participantes e isso envolve, ainda mais na atual situação, despesas que permitam uma ampla informação, contacto e participação“.

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