Tripulantes dizem que “urge saber” medidas concretas do plano de reestruturação da TAP

  • Lusa
  • 12 Novembro 2020

SNPVAC esperava que "fossem apresentadas as medidas concretas que decorrerão da implementação do plano de reestruturação".

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) disse que “urge saber quais as medidas concretas que terão impacto nos tripulantes de cabine” da TAP, depois de uma reunião sobre o plano de reestruturação.

Numa nota enviada aos associados, a que a Lusa teve acesso, o SNPVAC lamentou a ausência de elementos do Conselho de Administração da transportadora no encontro e disse que contava que hoje “fossem apresentadas as medidas concretas que decorrerão da implementação do plano de reestruturação”.

“Surpreendentemente (ou não) a apresentação feita centrou-se na descrição da atual situação da empresa, assim como do setor da aviação em geral, adiantando apenas os pressupostos gerais sobre os quais assentará a construção do plano, nomeadamente no que refere os cenários da IATA e do EuroControl”, lê-se na mesma nota.

O sindicato considera que “além dos pressupostos e dos cenários macro, urge saber quais as medidas concretas que terão impacto nos tripulantes de cabine. A vida dos tripulantes não se compadece com este impasse”.

O SNPVAC defende “que o enquadramento legal que estabelece as ajudas que a TAP vai receber é um dos temas que merece uma reanálise urgente”, entendendo que “as medidas deveriam ser enquadradas ao abrigo das ajudas à covid-19 e não ao abrigo das ajudas de Estado. Esta situação, tal como o sindicato já defendeu junto do Governo e da própria empresa coloca a TAP numa situação de desigualdade em relação às suas congéneres europeias”.

O sindicato relembra que se aproxima o prazo de entrega do plano, alertando que “a ausência de uma apresentação atempada de um plano diminui” a “capacidade negocial junto da Comissão Europeia arrastando e agravando a situação já dramática vivida pelos tripulantes de cabine e comprometendo o futuro da companhia”.

Também o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) disse que aguarda “nova reunião técnica” para perceber o impacto para esta classe profissional.

Num comunicado enviado aos associados, a que a Lusa teve acesso, o SPAC indicou que “na reunião não foram indicadas quaisquer implicações” para os pilotos “nesta fase de desenvolvimento do plano, ficando o SPAC a aguardar o agendamento de nova reunião técnica para abordar as reais implicações da reestruturação para a classe dos pilotos”.

Na reunião que hoje ocorreu na TAP, foram “transmitidos alguns dos pressupostos e enquadramento legal do plano de reestruturação em desenvolvimento”, disse o SPAC, que prometeu dar conta aos associados logo que haja informações novas.

As reuniões com os representantes dos trabalhadores decorrem no âmbito do processo de reestruturação da companhia, cuja primeira fase do plano está já concluída, segundo o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.

Hoje decorreram as reuniões com o SPAC, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) e a Comissão de Trabalhadores, conforme confirmaram as entidades à Lusa.

Já na sexta-feira, será a vez dos sindicatos dos trabalhadores de terra conhecerem o que está previsto no plano de reestruturação, que tem que ser apresentado à Comissão Europeia até 10 de dezembro.

Na semana passada, o ministro das Infraestruturas disse no parlamento que “a primeira fase” do plano de reestruturação da TAP “está feita” e que as negociações com os sindicatos iam arrancar “desde já”.

A Lusa contactou a Comissão de Trabalhadores, que remeteu mais informação para um comunicado.

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Costa diz que houve “equívocos” sobre as medidas e critica foco nas exceções

  • Lusa
  • 12 Novembro 2020

Costa lamenta que, ao longo da última semana, se tenha vindo a assistir "a uma espécie de concurso para ver onde está a exceção para não cumprir a regra de se ficar em casa".

O primeiro-ministro afirmou que as medidas de limitação de circulação tomadas pelo Governo no âmbito do estado de emergência geraram “equívocos”, abrindo a porta a um excesso de concentração nas exceções e uma desvalorização da regra.

“É manifesto que o esforço de equilíbrio do Governo – seguramente por deficiência da nossa comunicação – gerou equívocos e abriu a porta, por um lado, a que tenha havido um excesso de concentração nas exceções e uma desvalorização da regra”, declarou António Costa em conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros.

O primeiro-ministro lamentou que, ao longo da última semana, se tenha vindo a assistir “a uma espécie de concurso para ver onde está a exceção para não cumprir a regra de se ficar em casa”.

Há criatividade quanto a horários, promoção agressiva da venda de bens não essenciais e mesmo apelos por associações empresariais ao incumprimento das medidas decretadas no estado de emergência”, criticou.

Neste contexto, de acordo com António Costa, o Governo foi “forçado a eliminar qualquer tipo de equívoco” no que respeita às restrições à liberdade de circulação nos concelhos mais atingidos pela Covid-19 nos dois próximos fins de semana.

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Governo encerra estabelecimentos das 13h às 8h no fim de semana. Mercearias podem ficar abertas

O Governo decretou que a generalidade do comércio e restauração vai ter de fechar durante o recolher obrigatório nos fins de semana. Pequenas padarias e mercearias deverão poder continuar abertas.

O Conselho de Ministros determinou o encerramento da generalidade dos estabelecimentos comerciais e restaurantes em Portugal “entre as 13h00 de sábado e as 8h00 de domingo e das 13h00 de domingo até às 8h00 de segunda-feira” nos próximos dois fins de semana, depois de se verificarem tentativas de contornar o espírito da lei, na ótica do Governo.

Após a reunião desta quinta-feira, o primeiro-ministro admitiu em conferência de imprensa que tem havido nos últimos dias “uma espécie de concurso para ver onde está a exceção para não cumprir” as regras de controlo da pandemia. Por isso, a generalidade do comércio vai ter de fechar, exceto algumas mercearias, padarias consultórios e outros, enquanto os restaurantes só poderão funcionar após as 13h00 para as entregas ao domicílio.

“Vimo-nos forçados a eliminar qualquer tipo de equívoco. Para que isso aconteça, fica determinado o encerramento a partir das 13h00 de sábado e até às 8h00 de domingo, e a partir das 13h00 de domingo até às 8h00 de segunda-feira, todos os estabelecimentos comerciais, ou de restauração”, salientou António Costa, em declarações transmitidas pelas televisões.

No entanto, de acordo com o primeiro-ministro, esta regra também tem exceções. É o caso de “algumas padarias, consultórios médicos e veterinários, farmácias, bombas de gasolina, retalho alimentar, de produtos naturais ou dietéticos, com porta aberta para a rua e com área não superior a 200 metros quadrados”, detalhou o chefe do Governo. “Quanto à restauração, só poderá funcionar a partir das 13h00 para proceder à entrega domiciliária”, acrescentou.

“Espero que assim não haja espaço para qualquer tipo de equívoco e eliminemos aquilo que seguramente com bom senso todos teriam podido praticar, mas que, perante a manifesta vontade de haver incumprimento, temos simplesmente de adotar uma regra rígida, e a regra é: às 13h00, tudo fechado”, ressalvou António Costa.

O dia desta quinta-feira ficou marcado pela decisão do Pingo Doce de abrir às 6h30 nos próximos dois fins de semana, uma medida que a empresa justifica como forma de evitar concentrações de clientes, mas que foi bastante criticada. Face à pressão também das autarquias, que se chegaram à frente com proibições unilaterais às pretensões da empresa, a Jerónimo Martins decidiu recuar na decisão.

(Notícia atualizada pela última vez ás 19h36)

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Restaurantes vão receber apoio correspondente a 20% das perdas nas receitas

O impacto do recolher obrigatório nas receitas dos restaurantes será "compensado" parcialmente por um novo apoio aprovado pelo Governo em Conselho de Ministros.

O Governo aprovou, esta quinta-feira, em Conselho de Ministros um novo apoio especificamente para o setor da restauração. Os empresários vão receber, assim, uma ajuda correspondente a 20% das perdas que sejam registadas nos próximos dois fins de semana por causa do endurecimento das restrições nos concelhos mais afetados pela pandemia.

“O Conselho de Ministros aprovou uma medida de apoio excecional ao setor da restauração no conjunto destes concelhos onde vigorará a limitação da liberdade de circulação a partir das 13h de sábado”, anunciou o primeiro-ministro.

Aos jornalistas, António Costa começou por explicar que, através do e-Fatura, o Governo consegue verificar “qual a média da receita de cada restaurante ao fim de semana durante nos 44 fins de semana” entre janeiro e o final de outubro.

“Assim, a partir do próximo dia 25, através do balcão 2020, os proprietários de restaurantes, cafetarias e estabelecimentos equiparados poderão comunicar, sob seu compromisso de honra, qual foi a receita efetiva que venham a ter nos próximos dois fins de semana e a medida constará de um apoio de 20% da perda da receita nestes dois fins de semana por comparação com a média da receita obtida nos 44 fins de semana entre janeiro e outubro”, detalhou o chefe do Executivo.

O primeiro-ministro esclareceu que, regra geral, os restaurantes têm custos fixos correspondentes a 40% da sua faturação, sendo metade dessa despesa referente ao trabalho. E uma vez que a componente do emprego já está a ser apoiada através das medidas que sucederam ao lay-off simplificado (como o apoio à retoma progressiva), o Governo decidiu cobrir com esta nova medida apenas a restante fatia dos custos fixos, isto é, os tais 20%.

No início da semana, o primeiro-ministro já tinha anunciado que seriam preparadas novas ajudas para este setor “relativamente ao que vão sofrer de receita, nos próximos dois fins de semana”.

Nesse período, está determinado o encerramento entre as 13h e as 8h00 de todos os estabelecimentos comerciais ou de restauração, ainda que com algumas exceções. Assim, nos próximos dois fins de semana, a restauração só poderá funcionar “em pleno” até às 13h, horário a partir do qual só poderão oferecer o regime de take-away.

Esta quinta-feira, o primeiro-ministro frisou que hoje a situação é “mais grave do que aquela que vivemos na primeira vaga“, mas fez questão de sublinhar que as medidas adotadas “são menos intensas” do que as tomadas na primavera, “de forma a perturbar minimamente a atividade económica que é essencial para a proteção do emprego e dos rendimentos das famílias“.

(Notícia atualizada às 19h50)

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AON Portugal diz que há flexibilidade no mercado segurador para compensar as empresas em planos de saúde

  • ECO Seguros
  • 12 Novembro 2020

Os custos das empresas com planos de saúde deverão aumentar em Portugal cerca de 3%. A corretora de seguros Aon admite que o mercado segurador poderá compensar as empresas.

Os custos das empresas com planos de saúde deverão aumentar em Portugal cerca de 3% em termos brutos (excluindo o efeito da inflação), projeta o 2021 Global Medical Trend Rates Report, um estudo mundial divulgado pela Aon Plc, especialista de serviços profissionais nas áreas do risco, reforma, saúde e pessoas.

O relatório analisa as tendências ao nível da gestão dos custos associados a planos de saúde disponibilizados pelas empresas aos seus colaboradores. O documento sinaliza tendência a nível mundial para um aumento dos custos com planos de saúde a alcançar, previsivelmente, os 7,2% em 2021, revelando um abrandamento face a 2020, período com variação estimada de 8,0%.

Apesar da previsão de aumento dos custos, “derivados quer de patologias agravadas por estilos de vida pouco saudáveis (baixos níveis de prevenção/deteção precoce, pobre gestão de stress), quer pela crescente prevalência de doenças crónicas (no top de patologias com maior impacto nos custos com saúde em Portugal temos doenças cardiovasculares, patologias de foro oncológico e diabetes)”, este abrandamento do ciclo de crescimento dos custos, tendência a que Portugal não escapa (-0,5% face a 2020), leva a que o impacto que as empresas irão sentir no investimento em planos de saúde em 2021 “seja o mais baixo alguma vez registado”.

De acordo com Rita Silva, Senior Associate da Aon Portugal na área de Health Solutions, esta realidade pode ser justificada “pelo ajustamento dos prémios de seguro, por parte do mercado, à redução do consumo verificado em consequência das medidas de confinamento que implicaram a restrição de circulação de pessoas e o encerramento de alguns estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde (além do receio que algumas pessoas sentiram em regressar a estes espaços, pela perceção de tinham de um maior risco de contágio)”.

Porém, acrescenta Rita Silva, “as empresas preveem que a utilização destes planos retome os seus níveis normais no próximo ano, acompanhando a gradual retoma das atividades económicas. Estamos, por isso, conscientes de que se trata apenas de um efeito de desfasamento até com potencial agravamento: diagnósticos que não foram feitos atempadamente, tratamentos que foram adiados, intervenções menos urgentes que ficaram em stand by e que, inevitavelmente, terão impacto no aumento dos custos em saúde no futuro”.

O estudo Aon inclui detalhes sobre a situação concreta de Portugal, nomeadamente ao nível das patologias que mais contribuem para os custos de saúde e das formas de mitigação que estão a ser adotadas pelas empresas para controlar esses custos. Fonte da Aon Portugal explicou a ECO Seguros que “os principais fatores com impacto nos custos dos planos de saúde privados, em Portugal, são situações de Internamento, consultas e exames complementares de diagnostico, estomatologia e fisioterapia. O que, em parte, difere do que se observa na restante região da Europa onde o investimento em serviços de prevenção surge já como um dos principais triggers dos gastos com saúde”.

De forma a mitigar um cenário de aumento dos custos em saúde, “são cada vez mais as empresas que adotam estratégias de promoção da saúde e bem-estar dos seus colaboradores”. De acordo com o estudo, estes programas centram-se, na maioria, em estratégias de deteção (90%), sensibilização (79%) e intervenções ao nível do bem-estar (78%). No que concerne às medidas adotadas, 87% das empresas inquiridas afirma realizar check-ups físicos regulares aos colaboradores, seguidas de 75% de empresas que utilizam ferramentas de comunicação para sensibilizar para hábitos de saúde e bem-estar, e de 67% que realizam diagnósticos à visão e atividades físicas.

“Em Portugal, no top 3 de estratégias de mitigação dos custos em saúde encontramos também a implementação de planos de benefícios flexíveis como forma de otimizar o investimento total em benefícios”, acrescenta a Aon em resposta a questões de ECO Seguros.

A experiência local da Aon Portugal indica uma “tendência crescente da extensão do âmbito de ação das seguradoras ao nível de questões que, historicamente estavam fora do âmbito dos Planos de Saúde” colocando em perspetiva “soluções de apoio à saúde mental – consultas de psicologia online – e programas de bem-estar mais holísticos que passaram a estar incluídos no serviço padrão das seguradoras para clientes corporativos e que facilitam o acesso a workshops e programas de gestão de stress, ergonomia, nutrição, entre outros”.

Adicionalmente, a oferta ao nível de soluções de saúde digitais/online “tem vindo também a ocupar um espaço significativo na forma como os planos de saúde têm sido ajustados”, nota a Aon Portugal.

Ao nível das renovações dos Planos de Saúde privados, considerando a redução do consumo que foi observado em 2020 (em virtude da pandemia e dos consequentes lockdowns referidos no estudo de âmbito global) “há alguma flexibilidade do mercado segurador para compensar as empresas, no sentido de atribuir bónus em relação aos resultados de 2020 – devolução de uma percentagem do prémio pago, que tem variado entre 3% a 5% – ao invés de uma redução do prémio para 2021″. Isto porque, explica a companhia, “prevê-se uma retoma da utilização dos planos privados e, inclusive um aumento do custo relacionado com tratamentos que foram adiados ou situações que não foram devidamente diagnosticadas em 2020, pelo qualquer redução de prémios para o próximo ano terá uma probabilidade significativa de levar a desequilíbrios nos contratos em 2021”.

De acordo com a Aon, mais de 95% das organizações reconhece a relação existente entre a saúde e o desempenho dos colaboradores e que colaboradores com um índice de bem-estar geral mais forte, são mais produtivos e têm mais probabilidade de estarem mais comprometidos com os seus trabalhos.

Existe uma “necessidade objetiva de apoiar os colaboradores através de mecanismos de coach e educação, disponibilizando conteúdos, dicas e recomendações e incluindo também no processo fatores de recompensa e reconhecimento, que incentivem a mudança para estilos de vida mais saudáveis, o que terá, necessariamente, um impacto positivo nos custos com saúde a médio prazo”, explica ainda a fonte.

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Estes são os 191 concelhos de risco elevado. Veja aqui a lista

A lista dos concelhos que têm restrições mais apertadas para travar a propagação de Covid-19 cresceu. Passou de 121 para 191.

O número de concelhos do país onde existem restrições mais apertadas, devido à maior incidência da Covid-19, aumentou. O Governo reviu em alta o conjunto esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, com base na informação da Direção-Geral da Saúde. A lista passou então de abranger 121 concelhos para 191.

Esta quinta-feira entraram vários novos conselhos na lista de municípios considerados de elevado risco, mas também foram excluídos alguns. O critério definido para ser incluído na lista é ter mais de 240 novos casos de Covid-19 por 100 mil habitantes, sendo que, em alguns casos, poderá também ser tida em conta a densidade populacional e a dimensão territorial.

Como prevíamos dos 121 concelhos que estão abrangidos haverá alguns que deixarão de estar a partir das 00h00 de hoje. São sete concelhos no total“, começou por explicar o primeiro-ministro à saída da reunião de Conselho de Ministros, em declarações transmitidas pelas televisões.

Neste contexto, na sequência da reavaliação feita pelo Governo, além dos setes municípios que saíram entraram mais 77, elevando para 191 o total de concelhos de risco mais elevado e nos quais são aplicadas medidas mais restritivas. “A partir de segunda-feira um total de 191 concelhos estarão abrangidos pelas medidas do estado de emergência“, revelou o Chefe de Governo.

Relativamente às medidas aplicadas nestes municípios, António Costa diz que há concelhos que se mantêm na lista por estarem numa dinâmica de proximidade a concelhos de maior risco. “Não devemos transformar a exceção na regra e a adesão voluntária é que deve assegurar o cumprimento destas medidas”, referiu o primeiro-ministro, apelando para que os portugueses cumpram as regras. A regra é simples: temos de ficar em casa, as exceções que existem são exceções não podem ser regra”, aponta.

Nestes concelhos com maior nível de risco, estão em vigor medidas como a proibição de circulação em espaços e vias públicas diariamente entre as 23h00 e as 05h00, e aos sábados e domingos entre as 13h00 e as 05h00, com algumas exceções, bem como a obrigatoriedade de adoção do regime de teletrabalho.

Estes são os 7 concelhos que saem:

  1. Mesão Frio
  2. Moimenta da Beira
  3. Tabuaço
  4. São João da Pesqueira
  5. Pinhel
  6. Tondela
  7. Batalha

Estes são os novos concelhos que entram:

  1. Abrantes
  2. Águeda
  3. Albergaria-a-Velha
  4. Albufeira
  5. Alcanena
  6. Aljustrel
  7. Almeida
  8. Almeirim
  9. Alvaiázere
  10. Anadia
  11. Ansião
  12. Arcos de Valdevez
  13. Arganil
  14. Arronches
  15. Boticas
  16. Campo Maior
  17. Cantanhede
  18. Carrazeda de Ansiães
  19. Castro Daire
  20. Celorico da Beira
  21. Coimbra
  22. Condeixa-a-Nova
  23. Coruche
  24. Crato
  25. Cuba
  26. Elvas
  27. Estarreja
  28. Évora
  29. Faro
  30. Ferreira do Alentejo
  31. Figueira de Castelo Rodrigo
  32. Freixo de Espada à Cinta
  33. Grândola
  34. Ílhavo
  35. Lagos
  36. Lamego
  37. Mangualde
  38. Manteigas
  39. Mealhada
  40. Mêda
  41. Mira
  42. Miranda do Corvo
  43. Miranda do Douro
  44. Mirandela
  45. Monforte
  46. Montalegre
  47. Montemor-o-Velho
  48. Mora
  49. Murtosa
  50. Nelas
  51. Oliveira do Bairro
  52. Ourém
  53. Pampilhosa da Serra
  54. Penalva do Castelo
  55. Penamacor
  56. Penela
  57. Ponte de Sor
  58. Portalegre
  59. Portimão
  60. Proença-a-Nova
  61. Reguengos de Monsaraz
  62. Resende
  63. Salvaterra de Magos
  64. São Pedro do Sul
  65. Sátão
  66. Seia
  67. Sousel
  68. Tábua
  69. Tavira
  70. Torre de Moncorvo
  71. Vagos
  72. Vieira do Minho
  73. Vila do Bispo
  74. Vila Nova de Foz Côa
  75. Vila Nova de Paiva
  76. Vila Real de Santo António
  77. Viseu

Estes são os concelhos que se mantêm:

  1. Alcácer do Sal
  2. Alcochete
  3. Alenquer
  4. Alfândega da Fé
  5. Alijó
  6. Almada
  7. Amadora
  8. Amarante
  9. Amares
  10. Arouca
  11. Arruda dos Vinhos
  12. Aveiro
  13. Azambuja
  14. Baião
  15. Barcelos
  16. Barreiro
  17. Beja
  18. Belmonte
  19. Benavente
  20. Borba
  21. Braga
  22. Bragança
  23. Cabeceiras de Basto
  24. Cadaval
  25. Caminha
  26. Cartaxo
  27. Cascais
  28. Castelo Branco
  29. Castelo de Paiva
  30. Celorico de Basto
  31. Chamusca
  32. Chaves
  33. Cinfães
  34. Constância
  35. Covilhã
  36. Espinho
  37. Esposende
  38. Estremoz
  39. Fafe
  40. Felgueiras
  41. Figueira da Foz
  42. Fornos de Algodres
  43. Fundão
  44. Gondomar
  45. Guarda
  46. Guimarães
  47. Idanha-a-Nova
  48. Lisboa
  49. Loures
  50. Lousada
  51. Macedo de Cavaleiros
  52. Mafra
  53. Maia
  54. Marco de Canaveses
  55. Matosinhos
  56. Mogadouro
  57. Moita
  58. Mondim de Basto
  59. Montijo
  60. Murça
  61. Odivelas
  62. Oeiras
  63. Oliveira de Azeméis
  64. Oliveira de Frades
  65. Ovar
  66. Paços de Ferreira
  67. Palmela
  68. Paredes de Coura
  69. Paredes
  70. Penacova
  71. Penafiel
  72. Peso da Régua
  73. Ponte de Lima
  74. Porto
  75. Póvoa de Varzim
  76. Póvoa do Lanhoso
  77. Redondo
  78. Ribeira da Pena
  79. Rio Maior
  80. Sabrosa
  81. Santa Comba Dão
  82. Santa Maria da Feira
  83. Santa Marta de Penaguião
  84. Santarém
  85. Santo Tirso
  86. São Brás de Alportel
  87. São João da Madeira
  88. Sardoal
  89. Seixal
  90. Sesimbra
  91. Setúbal
  92. Sever do Vouga
  93. Sines
  94. Sintra
  95. Sobral de Monte Agraço
  96. Trancoso
  97. Trofa
  98. Vale da Cambra
  99. Valença
  100. Valongo
  101. Viana do Alentejo
  102. Viana do Castelo
  103. Vila do Conde
  104. Vila Flor
  105. Vila Franca de Xira
  106. Vila Nova de Cerveira
  107. Vila Nova de Famalicão
  108. Vila Nova de Gaia
  109. Vila Pouca de Aguiar
  110. Vila Real
  111. Vila Velha de Ródão
  112. Vila Verde
  113. Vila Viçosa
  114. Vizela

(Notícia atualizada)

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Francesa April compra site comparador de seguros na internet

  • ECO Seguros
  • 12 Novembro 2020

O grupo que atua na corretagem grossista de seguros anunciou a aquisição como passo fundamental no processo de aceleração da sua transformação digital.

A April, companhia francesa presente em Portugal através de agente mediador de seguros, anunciou a aquisição da Comparadise uma plataforma de comparação de seguros na internet.

Dias antes, comunicou a sua “entrada no capital da insurtech Eloa”, consolidando estratégia de investimento no ecossistema digital, realça a April sem indicar montante desembolsado pela compara da Comparadise, adquirida à BlackFin Capital Partners, uma private equity especializada em serviços financeiros.

De acordo com o comunicado, com o apoio do seu novo acionista, a plataforma de comparação de seguros poderá duplicar de dimensão nos próximos cinco anos. A Comparadise já agrega mais de 150 corretores e seguradoras que, beneficiando da utilização das ferramentas de comparação de ofertas de seguros e dos contactos estabelecidos através do serviço, angariam clientes.

A Comparadise é uma insurtech ágil que opera sobre um bloco que é central na cadeia de valor da nossa indústria, onde as utilizações do consumidor mudam com rapidez. (…) A Comparadise continuará a trabalhar com todos os intervenientes no mercado, tal como a APRIL continuará a oferecer os seus produtos de seguros noutros comparadores”, diz Sébastien Limousin, Director de Distribuição & Digital do grupo APRIL, citado no comunicado.

“A comparação de ofertas de seguros está no centro da atividade da April e dos seus 15 mil agentes” distribuidores, assume a companhia francesa que já dispunha de um comparador próprio (APRIL ON), o qual passará, em 2021, a dedicar-se em exclusivo ao segmento da saúde.

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Fidelidade compra mais 2 milhões de euros em obrigações BCP

  • Lusa
  • 12 Novembro 2020

A seguradora continua a investir em obrigações do BCP. O anúncio destas compras à CMVM deve-se a uma obrigação legal dado as empresas contarem com dois administradores comuns.

A seguradora Fidelidade comprou mais dois milhões de euros em obrigações do BCP, de acordo com um comunicado enviado pela instituição à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A aquisição foi realizada numa operação única, que ocorreu esta segunda-feira, segundo a mesma informação disponibilizada pelo banco. O banco notificou o mercado porque dois dos seus administradores, Jorge Magalhães Correia e Lingjiang Xu são também administradores da seguradora.

Na segunda-feira, o BCP anunciou que a Fidelidade tinha comprado obrigações no valor de 1,5 milhões de euros, em duas operações, no dia 6 de outubro. Na primeira operação, a seguradora adquiriu 500 mil euros em obrigações do BCP e na segunda um milhão de euros. A 24 de agosto, a Fidelidade anunciou que tinha comprado obrigações perpétuas do BCP no valor de 1,4 milhões de euros. Em junho, a Fidelidade já tinha adquirido obrigações do BCP no valor de 3,4 milhões de euros e, em 22 de maio, mais 1,4 milhões de euros em obrigações perpétuas do banco.

O BCP tem como principal acionista o grupo chinês Fosun, com 27,25% do seu capital social. Por seu lado, a Fosun detém a maioria do capital da Fidelidade (cerca de 85%), sendo os restantes 15% da Caixa Geral de Depósitos (CGD).

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Operação da Generali em Portugal rende 78 milhões até setembro

  • ECO Seguros
  • 12 Novembro 2020

A antiga Seguradoras Unidas, incorporada na Generali Seguros, contribuiu com 78 milhões de euros para o crescimento do resultado operacional do grupo italiano nos primeiros nove meses do ano.

O grupo Generali consolidou 4.023 milhões de euros de resultado operacional nos primeiros nove meses de 2020, apontando crescimento de 2,3% face a igual período de 2019, anunciou a companhia que detém as marcas da antiga Seguradoras Unidas, por sua vez incorporada recentemente, por fusão, na Generali Seguros.

Em comunicado, o grupo italiano indica que a evolução dos resultados beneficiou da atividade nos seguros P&C (propriedade e danos e outros ramos não Vida), da área de gestão de ativos, mas também se suportou das recentes aquisições, onde se incluem os ativos em Portugal. No comunicado, a companhia refere que os números apresentados na área P&C tiveram um contributo positivo de 78 milhões de euros da antiga Seguradoras Unidas, atual parte da Generali Portugal (Generali Seguros SA).

A rentabilidade – um dos pilares do plano estratégico da instituição – e o desempenho técnico do grupo segurador italiano refletem-se ainda na melhoria da qualidade do rácio combinado, que se situou nos 89,7% (-2,8 pp), realça a instituição presidida por Gabriele Galateri di Genola.

O volume bruto de prémios cresceu ligeiros 0,3%, no perímetro consolidado, totalizando 51,99 mil milhões de euros, sendo 35,42 mil milhões do segmento Vida (+0,4% face a idêntico período de 2019) e cerca de 16,57 mil milhões no segmento Property & Casualty (não Vida), cuja evolução se “manteve estável”, refere a Assicurazioni Generali na informação financeira relativa aos nove meses contados até 30 de setembro.

A fusão da Seguradoras Unidas (Tranquilidade, Açoreana e LOGO) com as filiais vida e não Vida do grupo Generali foi concluída no início de outubro último, dando lugar à nova Generali Seguros SA.

Já nos primeiros seis meses do exercício, cujo balanço foi divulgado em agosto, a Generali destacou 56 milhões de euros de contributo positivo da Seguradoras Unidas. Deduzindo o semestral, a operação em Portugal acrescentou 22 milhões ao lucro operacional da entidade italiana no terceiro trimestre.

O lucro atribuível ao grupo Generali SpA caiu 40% de janeiro a setembro, para 1.297 milhões de euros, afetado por imparidades em investimentos e outros gastos não recorrentes, explica o comunicado. Excluindo elementos extraordinários (de sinal negativo este ano, contra impacto favorável em 2019) o lucro líquido atribuível à companhia recuou 12,1%, situando-se em 1,48 mil milhões de euros nos primeiros nove meses de 2020.

A posição de capital, que a companhia qualifica de “excelente”, reflete-se num rácio de solvência de 203%, melhor em nove pontos percentuais (+9 pp) face a junho de 2020, mas a deteriorar-se 21 pp face a setembro de 2019, à luz do regime Solvência II.

Com a conclusão do processo de incorporação dos ativos adquiridos no mercado nacional, a Generali Portugal posiciona-se como terceiro maior grupo segurador no país detendo, com todas companhias e marcas, cerca de 14% de quota de mercado.

A Tranquilidade passou assim a ser uma marca da Generali Seguros, operando 1,875 milhões de clientes em Portugal e uma rede de distribuição de mais de 2.500 pontos de venda, através de corretores, 2100 agentes multimarca e 350 agentes exclusivos.

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Governo revê lista de concelhos de risco por causa da Covid. Siga aqui em direto

  • ECO
  • 12 Novembro 2020

Governo vai revelar o novo mapa de risco do país, sendo expetável um aumento do número de concelhos com mais restrições. Siga aqui, em direto, a conferência após o Conselho de Ministros.

Com o país em estado de emergência, o Governo reúne-se para atualizar o mapa de risco. Se numa primeira fase foram identificados 121 concelhos em que tiveram de ser aplicadas medidas mais musculadas para travar a propagação da pandemia, desta vez o número deverá aumentar, como António Costa já tinha avisado. Será também importante acompanhar eventuais alterações às restrições do comércio nos próximos dois fins de semana, mas também a divulgação das medidas de apoio para a restauração.

Acompanhe aqui o Conselho de Ministros:

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Depois da Vodafone, Nos também avança com providências cautelares para travar 5G

  • ECO
  • 12 Novembro 2020

A Nos vai interpor duas providências cautelares, uma para tentar tirar a licença de 5G da Dense Air e outra para forçar a mudança do regulamento do leilão.

A Nos vai avançar com uma providência cautelar no Tribunal Administrativo de Lisboa para forçar a Anacom a tirar a licença de 5G da Dense Air, à semelhança do anunciado pela Vodafone na terça-feira. A empresa vai ainda apresentar em breve uma segunda providência cautelar contra as regras do leilão do 5G definidas pelo regulador.

A notícia foi avançada pelo Expresso e confirmada ao ECO por fonte oficial da empresa liderada por Miguel Almeida. O jornal salienta que, caso alguma destas providências seja aceite pela justiça, o leilão de frequências para a quinta geração de rede de comunicações ficará suspenso até à reformulação do regulamento, ou o Estado poderá invocar “interesse público” para prosseguir com o processo.

Já depois da publicação desta notícia, fonte oficial da Nos detalhou que a providência cautelar tem o objetivo de “garantir que o tribunal delibera sobre o processo da Dense Air antes do início do leilão”: “A Anacom tinha a obrigação de recuperar o espetro, mantido de forma ilegal pela Dense Air, por via da declaração da caducidade ou da revogação da sua licença, algo que não fez. Esperamos agora que o Tribunal decida pela Anacom ou obrigue a Anacom a decidir no sentido de recuperação do espetro da Dense Air, essencial para os operadores explorarem o 5G.”

A mesma fonte acrescentou que, “a par desta ação, a Nos vai interpor junto dos tribunais portugueses uma providência cautelar e uma ação contra as regras do regulamento responsáveis pelo enviesamento das condições de atuação no mercado e ainda contra a desconcertante e inadmissível falta de fundamentação para as medidas discriminatórias previstas no regulamento”.

Também é público que a Vodafone avançou com uma providência cautelar esta semana para anular a licença de exploração da Dense Air na faixa dos 3,6 GHz, uma das mais relevantes para a quinta geração, depois de a Anacom ter decidido manter esta licença antiga na posse da empresa, apesar de a mesma não ter sido usada no prazo de dois anos, como estava previsto quando foi atribuída em 2010 para outro tipo de serviços.

Meo, Nos e Vodafone têm-se insurgido contra as regras previstas no regulamento do leilão do 5G, que foram conhecidas na passada quinta-feira. As operadoras são contra a reconfiguração do espetro da Dense Air e contra as condições especiais para “novos entrantes” no mercado. A Sonae juntou-se às críticas esta quinta-feira, com a presidente executiva, Cláudia Azevedo, a considerar que o regulamento é um “enorme retrocesso” para a competitividade do setor.

(Notícia atualizada a 13 de novembro, às 10h57, com declarações da Nos)

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Trump quer criar um canal de televisão digital para combater a Fox News

  • Lusa
  • 12 Novembro 2020

Donald Trump quer criar um canal digital, que seja transmitido pela Internet, cobrando uma taxa mensal aos seus assinantes, para competir com o serviço de emissão por streaming na Internet Fox Nation.

O Presidente em exercício dos EUA, Donald Trump, quer criar o seu próprio canal de televisão na Internet, quando deixar a Casa Branca, para roubar audiências àquela que foi a sua cadeia televisiva favorita, Fox News.

Trump começou a criticar a Fox News, há alguns meses, considerando que a estação não tem sido favorável na apreciação da sua política na Casa Branca e não escondeu a irritação de ver o canal a anunciar a eleição do democrata Joe Biden, quando o Presidente ainda clamava por recontagem de votos.

De acordo com fontes citadas pelo jornal digital Axios, Trump quer agora “destruir a Fox”, lançando um projeto de comunicação televisiva na Internet. “Ele quer destruir a Fox. Não tenho dúvidas disso”, disse uma fonte próxima do Presidente, citada pelo Axios.

A tendência crescente da Fox News de rejeitar as alegações de “fraude eleitoral” feitas pelo Presidente, por as considerar falsas, irritou ainda mais Trump e alguns dos seus seguidores começaram a deixar de referir o canal, por ele não replicar os argumentos dos republicanos.

A vontade de Trump de criar o seu próprio canal de televisão tem sido comentada desde a sua campanha presidencial de 2016, mas, de acordo com o jornal Axios, o Presidente em exercício não está a ponderar num projeto de TV por cabo, considerando que seria caro e complicado de montar.

O que Trump pretende é criar um canal digital, que seja transmitido pela Internet, cobrando uma taxa mensal aos seus assinantes, para competir com o serviço de emissão por streaming na Internet Fox Nation.

Apesar de ter perdido as eleições, Trump aumentou muito a sua base de eleitores em comparação com 2016, e a sua campanha de reeleição ficou com uma base de dados que pode vir a ser um importante trunfo no lançamento desse canal.

O Presidente em exercício intensificou as suas críticas à Fox News nos últimos dias, e, hoje, usou a sua conta pessoal na rede social Twitter para escrever que as audiências desse canal “caíram por completo”.

“É muito triste ver como isso aconteceu, mas eles esqueceram-se do que os tornou bem-sucedidos, o que os levou onde estão. Eles esqueceram-se da galinha dos ovos de ouro”, escreveu Trump, numa aparente referência a si mesmo.

As críticas de Trump já começaram a fazer efeito, e um outro canal por cabo, o Newsmax TV, aumentou a sua audiência desde a eleição presidencial de 3 de novembro, aparentemente por repetir as denúncias sem evidências de fraude eleitoral por parte do Presidente, segundo uma análise do canal televisivo CNN.

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