EDP Renováveis em recorde, EDP sobe 5%. Lisboa avança pela terceira sessão

A bolsa nacional avançou pela terceira sessão consecutiva, numa altura marcada pelo otimismo à volta de uma vacina para a Covid-19. A EDP Renováveis disparou quase 7%.

O otimismo perante os avanços no desenvolvimento da vacina da Pfizer continua a animar os investidores e a prolongar os ganhos das bolsas europeias. A praça lisboeta fechou em alta pela terceira sessão consecutiva, com a EDP Renováveis, que subiu quase 7%, e a EDP, que avançou 5%, a impulsionar o desempenho.

O índice de referência nacional subiu 1,87% para os 4.344,68 pontos. Entre as 17 cotadas do PSI-20, 12 registaram ganhos nesta sessão, enquanto quatro ficaram “no vermelho” e uma – os CTT, permaneceu inalterada.

Nos ganhos, o destaque vai para a família EDP. Enquanto a EDP Renováveis disparou 6,85% para os 17,460 euros, tendo atingido um novo recorde, a EDP subiu 5,16% para 4,582 euros.

EDP Renováveis em máximos

Nota ainda para a REN, que somou 2,86% para os 2,34 euros, e para a Navigator, que ganhou 1,96% para os 2,186 euros.

Já nas perdas, destacou-se a Nos, que perdeu 6,60% para os 2,858 euros, após o Barclays ter cortado a recomendação da ação para underweight (do anterior equalweight) por considerar que o compromisso da Masmovil em entrar no espetro 5G em Portugal terá um impacto negativo nos players existentes e que a contestação do leilão deverá demorar.

A Galp Energia recuou também, numa correção depois de duas sessões de valorizações elevadas, motivadas pela vacina. Os títulos da petrolífera caíram 0,68% para os 8,814 euros nesta sessão.

Pela Europa, o dia foi também de ganhos, com o índice pan-europeu Stoxx 600 a registar uma valorização de 1,2%. O espanhol IBEX 35 avançou 1,5%, enquanto o francês CAC 40 subiu 0,7% e o britânico FTSE 100 ganhou 1,6%. Já o alemão DAX somou 0,5%.

(Notícia atualizada às 17h05)

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Vacina acelera negócios na bolsa de Lisboa com 144 milhões de euros a mudarem de mãos

Após anúncio da Pfizer, a sessão de segunda-feira acabou ser um dos dias com maior volume de negociações nas bolsas globais desde março, com mais de 1,7 biliões de euros a trocarem de mãos.

A perspetiva de que uma vacina contra a Covid-19 venha acabar com a pandemia gerou euforia entre os investidores em bolsa. No dia em que o consórcio da Pfizer e BioNTech anunciou que a vacina experimental tem mais de 90% de eficácia, levou as negociações em bolsa a disparar. Na bolsa de Lisboa, trocaram de 144 milhões de euros em títulos, enquanto a nível mundial as negociações de ações atingiram 1,7 biliões de euros.

Foi na segunda-feira que a Pfizer e BioNTech divulgaram o resultado preliminar dos testes ao fármaco, gerando confiança entre os investidores de que a disseminação generalizada da vacina poderá, a médio prazo, fazer regressar a vida normal e, consequentemente, a atividade das empresas. As bolsas europeias viveram o melhor dia desde março, enquanto Wall Street fixou novos máximos.

A sessão acabou ser um dos dias com maior volume de negociações nas bolsas globais desde março, com mais de 1,7 biliões de euros a trocarem de mãos (dos quais mais de 426 mil milhões de euros nos Estados Unidos e 102 mil milhões de euros na Europa), de acordo com dados compilados pela Reuters.

Em Lisboa, o volume negociado na segunda-feira foi de 144 milhões de euros, dos quais 140 milhões no PSI-20. O montante fica 75% acima da média diária de 82 milhões de euros (incluindo 79 milhões no principal índice) em outubro e 75 milhões (dos quais 73 milhões no PSI-20) em setembro.

Além do entusiasmo em relação à vacina, “os volumes estão também a aumentar com correções nos equilíbrios dos portefólios e coberturas adicionais”, explica Mark Taylor, sales trader da Mirabaud Securities, citado pela Reuters. Aponta especialmente o disparo na negociação de companhias aéreas e bancos, como foi o caso do português BCP (cujo volume negociado atingiu 10 milhões de euros, o que é cinco vezes superior à média).

Além das ações, também outros ativos seguiram a tendência. O volume de negociação dos pares cambiais na plataforma de trading CLS totalizou 534 mil milhões de euros na segunda-feira, no valor mais elevado desde março. Nas obrigações, foram transacionados 170 mil contratos de futuros de Bunds alemãs, o equivalente a nove mil milhões de euros.

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Cortiça da Amorim vai à boleia do elétrico da Mazda

A consola central do novo modelo elétrico da marca japonesa, o MX-30, é revestido com cortiça portuguesa.

A Cortiça da Amorim está presente no Japão há várias décadas através da Amorim Japan Corporation. Neste mercado específico a corticeira inovou com um produto tradicional nipónico — os tatâmis, ao colocar uma camada de cortiça sob o tradicional revestimento que remonta ao período Nara. Do tapetes à indústria automóvel, a Corticeira Amorim foi a empresa escolhida pela Mazda para integrar o revestimento da consola do modelo elétrico MX-30. A cortiça foi selecionada pelo facto de tratar-se de uma matéria-prima natural, sustentável e biodegradável, contribuindo, assim, para reduzir a pegada ambiental do novo modelo da insígnia japonesa.

“Os automóveis já não servem apenas para deslocar os passageiros do ponto A ao ponto B, pelo que é importante aumentar o prazer durante as viagens. Isto é, fazer com que as pessoas apreciem o tempo que estão no carro”. Assim, ao colocar cortiça no interior do veículo, este assume um visual único, intensificando a sensação de contacto, equilíbrio e harmonia com a natureza”, conta Tomiko Takeuchi, project manager do novo modelo da Mazda MX-30, citado em comunicado.

O presidente e CEO da Corticeira Amorim, António Rios de Amorim, realça ainda outros benefícios da utilização da cortiça “como a segurança, a extensa durabilidade e facto de tratar-se de um material hipoalergénico. Uma matéria-prima por natureza tão excecional que poderia parecer impossível melhorá-la à partida. Mas é precisamente isso que a Corticeira Amorim tem levado a cabo nos últimos anos, promovendo programas estruturados de inovação, apostando na diferenciação pela ímpar qualidade, e contribuindo como nenhum outro player no setor para a reinvenção deste singular recurso natural”.

Para a Corticeira que conta com 150 anos de história, a integração da cortiça no interior do novo Mazda MX-30 é mais uma conquista alinhada com a missão da empresa “acrescentar valor à cortiça de forma competitiva, diferenciada e inovadora, em perfeita harmonia com a Natureza”.

A Cortiça da Amorim que já está presente no Japão através dos típicos tapetes japoneses, os tatâmis, alcança novamente o mercado japonês desta vez como foco no ramo automóvel.

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easyJet está a recrutar tripulantes de cabine para bases de Faro e Málaga

A companhia aérea low cost arrancou com o recrutamento de tripulantes de cabine para as novas bases sazonais em Faro e Málaga, que deverão entrar em funcionamento na primavera de 2021.

Apesar da crise que ameaça o setor da aviação, a companhia aérea britânica low cost easyJet, abriu um novo processo de recrutamento de tripulantes de cabine para as suas bases. O recrutamento deve-se à abertura das novas bases sazonais de Faro e Málaga, que deverão entrar em funcionamento na primavera de 2021.

No final de maio, a easyJet anunciou a redução de 4.500 postos de trabalho, quase um terço dos seus efetivos, face ao impacto da pandemia de Covid-19. Contudo, agora procura tripulantes de cabine para estas bases.

“Apesar de um ambiente muito desafiador, anunciamos recentemente que a easyJet irá aumentar os seus investimentos no mercado português em 2021, através da abertura da nova base sazonal em Faro. Este movimento proporciona novas oportunidades de trabalho, que vamos oferecer primeiro aos nossos colaboradores internos, mas também permitir que novas pessoas se juntem à equipa laranja da easyJet. Esperamos aumentar a nossa tripulação em Portugal e ajudar na recuperação da economia portuguesa”, sublinha José Lopes, diretor-geral da easyJet Portugal, citado em comunicado.

A easyJet abriu as suas bases em Lisboa em 2012 e no Porto em 2015. A base sazonal de Faro tem como objetivo reforçar as operações de verão da companhia, com 17 destinos internacionais com partida do sul do país.

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O processo de recrutamento vai decorrer nas próximas três semanas e os interessados podem submeter as candidaturas no site oficial.

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PCP propõe medidas fiscais e reúne-se esta semana com o Governo

  • Lusa
  • 11 Novembro 2020

No total, a bancada comunista entregou 154 propostas, 32 das quais durante o dia de hoje. O prazo limite para a apresentação de propostas de alteração ao Orçamento termina na sexta-feira.

O PCP apresentou mais 32 propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), centradas em questões fiscais, e espera discutir ainda esta semana com o Governo as mais de 150 já entregues, foi anunciado esta quarta-feira.

João Oliveira, líder parlamentar do PCP, afirmou, em conferência de imprensa, na Assembleia da República, que os comunistas discutiram, algumas delas ao pormenor, as propostas que entregaram, embora não tenham tido acolhimento por parte do executivo.

No caso das questões fiscais de “tributação de lucros e rendimentos de capital” foram objeto de discussão com “algum detalhe” e “não foram consideradas” pelo executivo no OE2021. “Nós não desistimos, esperamos fazer esta discussão com o Governo ainda esta semana. Não apenas destas propostas, mas as restantes”, afirmou.

Do lado da receita, o PCP propõe, por exemplo, “o englobamento obrigatório de todos os rendimentos a partir de 100 mil euros” no IRS. E ainda a eliminação de vários benefícios fiscais “ao grande capital e às atividades especulativas” e a “taxação das transferências para os ‘paraísos fiscais’ feitas por grupos económicos, como o Pingo Doce ou a Jerónimo Martins”.

É ainda proposto um escalão intermédio na derrama estadual de forma a “taxar os lucros entre 20 e 35 milhões de euros com uma taxa de 9%”, a par do “resgate das Parcerias Público-Privadas, que custam mais de mil milhões de euros todos os anos”.

Os comunistas criticaram a opção do Governo do PS de, num cenário de combate à crise causada pela pandemia de covid-19, reduzir o défice já em 2020, dado que, dessa maneira, “o país prescinde de utilizar cerca de seis mil milhões de euros”.

“Temos feito essa denúncia, mas o Governo persiste, mesmo quando não está obrigado, em limitar a despesa social, em conter o investimento público, em impedir o reforço dos serviços públicos essenciais”, como na saúde, afirmou o deputado. Em alternativa, defendeu que a “sustentabilidade das contas do Estado deve fazer-se por via da recuperação económica, do investimento económico” e com a obtenção de receitas em áreas “não sujeitas à justa tributação”.

Os comunistas apresentaram propostas como pôr fim às limitações no acesso às medidas de apoio às micro, pequenas e médias empresas e aos sócios-gerentes.

No total, a bancada comunista entregou 154 propostas, 32 das quais durante o dia de hoje. O prazo limite para a apresentação de propostas de alteração ao Orçamento termina na sexta-feira. A votação final global está prevista para 26 de novembro, na Assembleia da República.

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Comércio pede “resposta urgente” a dúvidas sobre restrições “discriminatórias”

  • Lusa
  • 11 Novembro 2020

A CCP quer saber “qual a lógica de um restaurante estar proibido de receber clientes para take away a partir das 13h00 e uma loja alimentar poder fazê-lo”.

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) pediu esta quarta-feira uma “resposta clara e urgente” para dúvidas que persistem relativamente às medidas restritivas do estado de emergência, que, reitera, são “pouco claras, avulsas e discriminatórias”.

“A CCP teve já oportunidade de afirmar que o Decreto n.º8/2020 de 08 de novembro introduz medidas pouco claras, avulsas e discriminatórias, mas a aproximação ao primeiro fim de semana com restrições à circulação dos cidadãos nos 121 concelhos abrangidos, está a tornar a situação insustentável para quem tem que gerir uma empresa de comércio ou de serviços ao consumidor”, apontou a entidade, num comunicado enviado às redações.

Para a confederação, há “questões fundamentais” que lhes são colocadas “recorrentemente” pelos seus associados, que “resultam de documentos legislativos mal preparados, juridicamente confusos e mesmo incoerentes” e que carecem de uma “resposta clara e urgente”.

Segundo a CCP, os estabelecimentos em causa (excetuando os setores de alimentação e higiene) ainda não perceberam se são obrigados a fechar sábado e domingo, depois das 13h00, nem se podem alterar o horário de abertura para mais cedo. “Se os estabelecimentos permanecerem abertos, o que podem/devem fazer para recusar clientes?” questiona-se, também.

Mais, a confederação quer saber “como se distingue num conjunto comercial ou centro comercial se um consumidor vai a uma loja alimentar ou a outro estabelecimento”, ou “qual a lógica de um restaurante estar proibido de receber clientes para take away a partir das 13h00 e uma loja alimentar poder fazê-lo”, da mesma forma que um estabelecimento comercial de vestuário não pode receber clientes, mas um hipermercado pode vender essas categorias de produtos.

“Pode-se assim criar a ideia de sucessivas alterações de circunstância que refletem tentativas de encontrar saídas para protestos diversos de uma forma nem sempre coerente”, argumentou a CCP.

Na madrugada de domingo, após uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que a circulação estará limitada nos próximos dois fins de semana entre as 13h00 de sábado e as 05h00 de domingo e as 13h00 de domingo e as 05h00 de segunda-feira nos 121 concelhos de maior risco de contágio.

O Governo decretou também o recolher obrigatório entre as 23h00 e as 05h00 nos dias de semana, a partir de segunda-feira e até 23 de novembro, nos 121 municípios mais afetados pela pandemia.

As medidas afetam 7,1 milhões de pessoas, correspondente a 70% da população de Portugal, dado que os 121 municípios incluem todos os concelhos das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto.

Segundo o decreto que regula a aplicação do estado de emergência decretado pelo Presidente da República, que entrou em vigor às 00h00 e foi publicado em Diário da República na noite de domingo, são permitidas as “deslocações a mercearias e supermercados e outros estabelecimentos de venda de produtos alimentares e de higiene, para pessoas e animais”. Nestes estabelecimentos, lê-se no diploma, “podem também ser adquiridos outros produtos que aí se encontrem disponíveis”.

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“Não sou fofinho com tiranos”, diz Santos Silva a IL “encostada a quem gosta de ditadores”

  • Lusa
  • 11 Novembro 2020

Santos Silva respondeu à acusação da IL de “tibieza” com a China, acusando em contrapartida o partido liberal de estar “encostado a quem gosta de ditadores” nos Açores.

A situação política pós-eleições regionais foi introduzida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros no debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2021, depois de José Cotrim Figueiredo (IL) o ter criticado por “tibieza e contemporização”.

“Porque somos tão fofinhos com ditadores?”, questionou o deputado, aludindo nomeadamente à China, questão que já tinha sido trazida para o debate pelo PAN.

“Esta gravata é açoriana”, disse Augusto Santos Silva na resposta. “E eu não pertenço a nenhum partido que esteja encostado a quem gosta de ditadores e tiranos para efeitos apenas de garantir algum apoio governamental”, acrescentou.

A resposta, e a alusão ao acordo parlamentar nos Açores, suscitou protestos das bancadas da direita, que levaram o presidente da Comissão de Orçamento e Finanças a pedir calma aos deputados.

“Como veem pelas minhas palavras e pela vossa reação, eu não sou mesmo fofinho com tiranos, nem com vizinhos circunstanciais que se encostem a primos de amigos de tiranos para efeitos de provocar mudanças”, insistiu o ministro ao retomar a resposta, aplaudido pela bancada do PS.

João Cotrim de Figueiredo denunciou as declarações do ministro como “entrada pela esquerda baixa” e contrapôs afirmando não pertencer “a nenhum partido que tenha assinado [um acordo] com nenhum outro partido que pertença a um grupo parlamentar europeu que já teve como líder um ex-membro da Stasi”, a polícia política da antiga Alemanha de leste.

“Portanto aí estou bastante mais à vontade que o senhor ministro”, acrescentou o deputado, que se referia na acusação ao PCP.

A questão sobre a China tinha sido introduzida no debate pelo deputado André Silva (PAN), que acusou o Governo de seguir “uma lógica de dois pesos e duas medidas” em matéria de democracia e direitos humanos, criticando a repressão na Venezuela ou na Bielorrússia, mas mantendo uma “passividade” em relação a atropelos dos direitos humanos pela China.

Augusto Santos Silva recusou uma tal lógica, afirmando que Portugal “tem uma única política externa e um único padrão de avaliação”.

O ministro evocou, a propósito da situação dos direitos humanos na China, que Portugal subscreveu, na Assembleia-Geral da ONU, em setembro, a declaração da União Europeia “especificamente crítica”.

Santos Silva chamou por outro lado a atenção para a existência de “120 mil ou 130 mil cidadãos portugueses a residir na China”, cujos interesses são defendidos pelo Governo “com determinação”, mas “também através de pontes” com as autoridades chinesas.

“Deixe a política externa tratar com a subtileza, a inteligência e a determinação que a caracteriza”, disse o ministro a André Silva.

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ASF vai apresentar em direto mudanças na lei da distribuição de seguros

  • ECO Seguros
  • 11 Novembro 2020

Mediadores e corretores podem assistir em direto à sessão pública de apresentação do projeto de norma sobre o regime jurídico da distribuição de seguros e resseguros. Dia 13 às 11h.

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) vai realizar, no dia 13 de novembro, às 11 horas, uma sessão pública de apresentação do projeto de norma regulamentar sobre o regime jurídico da distribuição de seguros e de resseguros, aprovado em anexo à Lei n.º 7/2019, de 16 de janeiro. A sessão realizar-se-á apenas em formato digital sendo transmitida em direto através do site da ASF.

O projeto de norma regulamentar encontra-se em processo de consulta pública até ao próximo dia 25 de novembro e, no decurso desta apresentação, serão indicadas as principais alterações decorrentes do referido projeto de norma regulamentar em relação ao estabelecido no normativo atualmente em vigor e respetivo fundamento.

A sessão é aberta por Vicente Godinho, diretor do Departamento de Autorizações e Registos, seguindo-se a apresentação do Projeto de Norma Regulamentar que incluirá a identificação das principais alterações preconizadas e identificação das matérias de maior relevo do ponto de vista da supervisão. Serão apresentadores: Eduardo Antunes, coordenador do Departamento de Política Regulatória, Gisela Lages, coordenadora do Departamento de Autorizações e Registos e Ricardo Lopes, chefe de equipa do Departamento de Mediação e Novos Canais.

Haverá uma sessão de perguntas e respostas do público que podem ser dirigidas a partir de hoje para o endereço [email protected] .

Mário Ribeiro, diretor do Departamento de Mediação e Novos Canais, encerrará a sessão.

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Wall Street animado com a vacina. Big tech dá gás ao Nasdaq

Depois das perdas dos últimos dias, tecnológicas recuperam. No arranque da sessão desta quarta-feira, os três principais índices de Wall Street estão a valorizar.

As cotadas tecnológicas destacam-se no arranque da sessão, estando a recuperar das perdas registadas nos últimos dias face à euforia despertada pelos avanços no desenvolvimento da vacina contra a Covid-19 e a consequente perspetiva de desconfinamento e recuo no uso das ferramentas digitais. Esta quarta-feira, os três principais índices de Wall Street negoceiam acima da linha de água, com o Nasdaq a protagonizar os maiores ganhos.

O índice de referência, o S&P 500, valoriza 0,5% para 3.563,22 pontos. Também no verde, o industrial Dow Jones avança 0,35% para 29.524,35 pontos. E a destacar-se, o tecnológico Nasdaq soma 0,89% para 11.656,65 pontos.

As tecnológicas foram das que mais beneficiaram do boom do teletrabalho forçado pela crise pandémica. Daí que o anúncio de que a vacina que está a ser desenvolvida pela Pfizer tem eficácia de 90% contra a Covid-19 tenha abalado estas cotadas, nos últimos dias. Contudo, a euforia em torno desses avanços científicos já está a desvanecer e os investidores estão agora mais cautelosos, estando, por isso, as cotadas da tecnologia já a recuperar.

Assim, os títulos da Netflix valorizam, esta quarta-feira, 0,28% para 481,59 dólares, os da Amazon somam 2,22% para 3.102,52 dólares e os do Zoom avançam 3,93% para 390,79 dólares. Acima da linha de água estão também as ações da Apple, que sobem 1,6% para 117,82 dólares, um dia depois da gigante da maçã ter apresentados novos computadores que usam os mesmos chips que os iPhone.

Esta recuperação acontece numa altura em que um dos principais especialistas norte-americanos em doenças infecciosas apelou à cautela até que a vacina seja aprovada e distribuída. “Ainda demorará muito tempo até termos uma parte significativa da população com a vacina”, disse, citado pela Reuters.

No início da semana, os mercados tinham ainda beneficiado do ânimo despertado pela vitória de Joe Biden nas eleições dos Estados Unidos, mas os desafios que estão a ser colocados por Donald Trump estão agora a retirar alento aos investidores.

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Aplicação financeira Lydia reforça aposta em Portugal e está a contratar

O banco digital francês Lydia reforçou a aposta em Portugal, lançando todos os serviços no mercado nacional e instalando uma delegação em Lisboa. No ano passado, teria já 50 mil utilizadores no país.

A aplicação financeira Lydia abriu uma delegação em Portugal e reforçou a aposta no mercado português, cerca de três anos depois de ter iniciado a operação no país com um serviço de transferências para testar o apetite do mercado. A fintech francesa tem agora uma equipa composta por pelo menos três pessoas em Lisboa e está à procura de um community manager.

Mediante esta aposta, os utilizadores em Portugal podem agora usufruir de toda a oferta de serviços da aplicação móvel, incluindo a criação de uma conta bancária com atribuição de cartão nacional Visa e a possibilidade de gerar cartões virtuais de utilização única. Nas transferências, “o dinheiro é movido com um simples arrastar entre contas”, aponta a Lydia num comunicado onde dá conta da chegada a Portugal.

O banco digital vai concorrer com alternativas como a Revolut, N26 e Monese, que têm vindo a angariar milhares de fãs que procuram fugir às comissões da banca tradicional. No caso concreto da Lydia, os utilizadores podem escolher entre um plano “totalmente gratuito” e “sem taxas nem comissões”, mas sujeito a um “limite de utilização”, ou o plano Lydia Blue, que custa 4,90 euros por mês, mas é gratuito para menores de 25 anos.

Segundo a empresa, “os dois planos não têm taxas nem comissões para pagamentos e levantamentos no estrangeiro”, em linha com as aplicações concorrentes.

A aplicação Lydia é o novo player na área da banca digital em Portugal.Lydia

A delegação portuguesa da Lydia é liderada por Carlota Meirelles. Em abril de 2019, fonte oficial da empresa em França garantiu ao ECO que a aplicação tinha, nessa altura, cerca de 50 mil utilizadores em Portugal. “O nosso objetivo é acompanhar os nossos utilizadores portugueses, diariamente, em todos os seus pagamentos”, afirma Carlota Meirelles, citada em comunicado.

A empresa reconhece, por fim, que “antes de se expandir para novos países, conduziu vários testes para um mais aprofundado conhecimento da utilização da app em vários países, incluindo em Portugal em 2017″. “A Lydia está agora a iniciar a sua expansão internacional, tendo escolhido Portugal para iniciar este novo passo”, destaca a mesma nota.

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Pingo Doce abre às 6h30 em fim de semana de recolher obrigatorio. Continente às 8h

Supermercados do grupo Sonae e Jerónimo Martins vão antecipar horário de abertura dos estabelecimentos devido às restrições de circulação. Pingo Doce abre às 6h30 e Continente às 8h00.

Jerónimo Martins e Sonae vão antecipar o horário de abertura dos estabelecimentos devido às restrições de circulação impostas pelo Governo nos 121 concelhos mais afetados pela pandemia. Pingo Doce vai abrir às 6h30 nos próximos dois fins de semana e o Continente abre portas às 8h00.

A Jerónimo Martins vai abrir a maior parte das suas lojas às 06h30, enquanto o encerramento está marcado para as 22h00. “Dadas as limitações à circulação impostas pelo estado de emergência nos próximos sábado e domingo, e tendo em conta também a possibilidade de haver restrições adicionais à circulação entre concelhos, o Pingo Doce vai abrir a maioria das suas lojas às 6h30 e encerrar às 22h, procurando assim contribuir para evitar a concentração de pessoas nas lojas no período da manhã“, explica fonte oficial do grupo, na nota de imprensa enviada ao ECO, tal como tinha sido avançado pelo Jornal de Negócios (acesso livre) e Rádio Renascença (acesso livre).

Habitualmente o horário destes estabelecimentos varia entre as 7h30 ou 8h00 e as 21h00 ou 22h00, dependendo da localização das lojas do grupo liderado por Pedro Soares dos Santos.

Também a Sonae já tinha ajustado os horários das suas superfícies comerciais, na sequência do novo estado de emergência. “Tal como aconteceu na primeira vaga da pandemia, estamos a analisar a situação e a ajustar os horários das lojas Continente a cada concelho, de forma a maximizar a segurança e o conforto dos nossos clientes”, informa a Sonae MC, em comunicado.

Assim, a empresa que detém as marcas Continente e Modelo sublinha que antecipou “o horário de abertura de algumas lojas” para as 8h00, tendo também sido alargado os horários de fecho “sobretudo nos Continente Bom Dia nos concelhos de elevado risco“, explicou fonte oficial ao ECO. Os horários de abertura variam de loja para loja, mas a maioria dos estabelecimentos do grupo Sonae abre, em circunstâncias normais, às 8h30.

Em contrapartida, o Minipreço diz que não vai alterar os horários, lembrando que, tal como no confinamento, vão ter horários flexíveis consoante as zonas onde se encontram as lojas. “Durante esta fase, as lojas Minipreço e Clarel por todo o país terão horários flexíveis de abertura e fecho, adaptados às localidades onde estão inseridas. Como insígnia de proximidade, devemos continuar a servir da melhor maneira possível os nossos clientes, adaptando horários em função das especificidades de cada localidade”, assinala fonte oficial do grupo Dia.

Entretanto, o Lidl anunciou também, que, a par do Minipreço, vai manter “os seus horários habituais, sem alterações”, apelando aos portugueses para que realizem “as suas compras com tranquilidade”. “Não é por isso necessário ir a correr às lojas da parte da manhã, podendo os clientes utilizar este tempo para tratar de assuntos que só poderão ser tratados até as 13h”, sublinha a empresa em comunicado enviado.

Esta sexta-feira a Auchan veio também esclarecer que vai manter os horários, uma vez que considera que os serviços que atualmente prestam aos clientes “asseguram, neste contexto, uma compra confortável e segura.” Também a Mercadona vai “manter o horário de funcionamento habitual (9h00 – 21h30h)” por forma a “assegurar o normal abastecimento aos portugueses, garantindo sempre a segurança e saúde dos colaboradores e clientes”, esclareceu fonte oficial da empresa ao ECO.

O ECO tentou contactar também o Intermarché para perceber se vai antecipar a abertura das suas lojas, mas continua a aguardar resposta.

Estas medidas surgem depois de o Executivo ter decidido restringir a circulação nos próximo dois semanas a partir das 13h00 e até às 5h00, de sábado e domingo nos concelhos mais afetados pelo vírus, na sequência da declaração do estado de emergência. Apesar da limitação de circulação, nas exceções estão previstas as idas aos supermercados e mercearias.

(Notícia atualizada às 12h42 de quinta-feira, dia 12 de novembro, com a resposta da Auchan e Mercadona)

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Recorde de 82 mortes por Covid-19 em 24 horas. Há mais 4.935 novos casos

A Covid-19 tirou a vida a mais 82 pessoas nas últimas 24 horas, o número diário mais elevado desde o início da pandemia. Há 4.935 novos casos confirmados.

A pandemia do novo coronavírus continua a bater recordes em Portugal. Nas últimas 24 horas morreram 82 pessoas no país vítimas da Covid-19, o número mais alto a ser registado desde o início desta crise sanitária. Já morreram um total de 3.103 pessoas por causa da doença.

O último balanço da Direção-Geral da Saúde (DGS) dá ainda conta da confirmação de 4.935 novos casos de infeção pelo novo vírus, uma taxa de crescimento diária de 2,64%, superior à de segunda e terça-feira. Já foram descobertos 192.172 casos de Covid-19 em Portugal desde a descoberta do surto em março.

Os dados apontam também para uma subida no número de casos ativos no país para um novo máximo histórico: há agora 78.716 pessoas infetadas e a lutarem contra a infeção, que provoca infeções respiratórias em alguns casos e nenhum sintoma noutros. Trata-se de um saldo de 1.378 face ao balanço anterior.

Boletim epidemiológico de 11 de novembro:

A esmagadora maioria dos infetados continuam a ser medicamente seguidos no domicílio, mas 2.785 pessoas estão em internamento hospitalar em enfermaria geral (+43) e 391 estão em internamento em unidades de cuidados intensivos (+9). Estes números têm sido observados atentamente pelos profissionais de saúde, numa altura em que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) está sob forte pressão por causa da pandemia.

A maioria dos novos casos foi descoberta no Norte (+2.845), onde foram registados também 44 das 82 mortes a lamentar. Lisboa e Vale do Tejo detetou 1.185 novos casos e registou 19 novas vítimas mortais. Há ainda 743 novos casos no Centro, 80 novos casos no Algarve e 44 novos casos no Alentejo.

Segundo a DGS, 89.107 pessoas estão sob vigilância ativa das autoridades de saúde (-956), por terem estado em contacto com pessoas entretanto diagnosticadas com Covid-19. Há ainda um total de 110.353 pessoas que já foram dadas como recuperadas da infeção, mais 3.475 face ao balanço anterior.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h31)

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