Revolut pede ao Governo “igualdade” no acesso ao IVAucher

  • Lusa
  • 10 Novembro 2020

A Revolut alertou que a operacionalização do IVAucher pode vir a excluir dezenas de operadores por causa dos meios de pagamento e instou o Governo a adotar o "pressuposto da igualdade".

A empresa de pagamentos Revolut considera que a operacionalização da medida IVAucher pode vir a excluir dezenas de operadores e instou o Governo a que tome medidas para evitar essa discriminação.

Segundo a empresa, o IVAucher “poderá estar a impor uma decisão – e, por isso, limitar a escolha — a cerca de um milhão de portugueses”, já que há dezenas de operadores do sistema de pagamentos (nacionais e internacionais) que “serão excluídos deste mecanismo, caso se mantenha a intenção de operacionalizar os descontos apenas através de cartões Multibanco e terminais de infraestrutura da SIBS (empresa gestora da rede Multibanco)”.

A Revolut diz que está, assim, “integralmente alinhada com o parecer da Autoridade da Concorrência”, que recomenda ao Governo que o programa através do qual se concretizará essa medida não possa favorecer um sistema ou um instrumento de pagamento em detrimento de outros.

“Assente no pressuposto da igualdade no acesso ao mecanismo, a Revolut insta o executivo a equacionar a integração de APIs [sigla em inglês para Interface de Programação de Aplicações] que não tragam constrangimentos a quem não operar no esquema doméstico nacional, democratizando assim os métodos de pagamento à disposição dos utilizadores”, lê-se na posição enviada à Lusa pela plataforma de pagamentos sediada em Londres.

A Autoridade da Concorrência (AdC) alertou esta segunda-feira o Governo que o IVAucher não deve favorecer alguns prestadores de serviços de pagamentos, como da rede Multibanco, excluindo outros, e recomendou o envolvimento do maior número possível.

No parecer a que a Lusa teve acesso, a AdC recomendou ao Governo que o programa através do qual se concretizará essa medida “não possa favorecer um sistema e/ou instrumento de pagamento em detrimento de outros”, excluindo por exemplo as as fintech (empresas tecnológicas de serviços financeiros), ainda que inadvertidamente.

Assim, considerou a AdC, é importante “assegurar que o programa seja compatível com tantos prestadores de serviços de pagamentos quanto possível, de forma a não se cingir a uma ou outra rede de determinado operador de sistemas de pagamentos que utilizem cartões bancários (por exemplo, sistema Multibanco, VISA, Mastercard), mas abranja o maior número de sistemas tecnologicamente aptos, independentemente das entidades que os operem”.

Recomendou ainda a AdC que o Governo avalie o alargamento do programa a outros instrumentos de pagamento além dos cartões bancários (por exemplo, as transferências bancárias), uma vez que isso permitiria também abranger mais prestadores de serviços de pagamento.

O IVAucher é uma das medidas que constam da proposta do Orçamento do Estado para 2021 e que permitirá aos consumidores acumular o IVA gasto em despesas com restauração, alojamento e cultura, deduzindo-o nas compras seguintes.

A empresa financeira Revolut está sediada em Londres e tem 2.000 trabalhadores em todo o mundo, bem como 13 milhões de clientes. Ainda segundo em empresa, em Portugal tem mais de 600 mil clientes.

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Exportações de componentes automóveis aumentam em setembro pelo 3.º mês consecutivo

  • Lusa
  • 10 Novembro 2020

As exportações de componentes automóveis cresceram 9,4% em setembro em termos homólogos, mas sem compensar ainda a queda acumulada desde janeiro. Espanha é o principal mercado exportador.

As exportações portuguesas de componentes automóveis aumentaram em setembro pelo terceiro mês consecutivo, progredindo 9,4% face ao período homólogo de 2019, mas sem compensar ainda a queda acumulada desde janeiro, anunciou esta terça-feira a associação setorial.

Tendo por base os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), a Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) refere que as vendas do setor para o exterior somaram 947 milhões de euros em setembro e ascenderam, no acumulado dos primeiros nove meses do ano, a 6,1 mil milhões de euros, menos 16,3% (1,2 mil milhões de euros) do que no mesmo período de 2019.

Até setembro, Espanha continuou a ser o principal mercado das exportações portuguesas de componentes automóveis, com 1.805 milhões de euros (-5,2%), seguida da Alemanha, com 1320 milhões de euros (-14,5%), da França, com 719 milhões de euros (-30,3%) e do Reino Unido, com 419 milhões de euros (-34,1%). No total, estes quatro países concentraram 70% das exportações portuguesas de componentes automóveis no período.

Para o quarto trimestre, as perspetivas da AFIA apontam para uma “nova retração no mercado automóvel”, devido às medidas de contenção da Covid-19 na Europa, admitindo a associação que é “possível que se sinta uma redução das exportações dos componentes automóveis portugueses”.

A AFIA representa os fornecedores nacionais de componentes para a indústria automóvel, setor que agrega 240 empresas com sede ou laboração em Portugal, com um volume de emprego direto na ordem das 59.000 pessoas, uma faturação anual de 12 mil milhões de euros e uma quota de exportação superior a 80%.

Segundo a associação, o setor representa 6% do Produto Interno Bruto (PIB) português, 8% do emprego da indústria transformadora e 16% das exportações nacionais de bens transacionáveis.

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Restrições contra a Covid “ameaçam ferir de morte” restaurantes e alojamentos

Numa carta aberta ao primeiro-ministro, a associação que representa a restauração e o alojamento fala num "ataque sem precedentes" devido a todas as medidas que têm sido definidas pelo Governo.

Os próximos dias revelam-se assustadores para o setor da restauração e do alojamento, que continua a gritar por ajuda e apoios públicos. Depois das últimas medidas que foram decretadas, vem aí mais limites de circulação, o que prejudica diretamente estes estabelecimentos. Numa carta aberta ao primeiro-ministro, a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) diz que “não é possível continuar neste rumo desastroso” e acusa o Executivo de um “ataque sem precedentes” ao setor.

“Sabemos do difícil e instável cenário que vivemos, sabemos que a atual situação pandémica nos dificulta a vida a todos, mas não é possível continuar neste rumo desastroso para as nossas atividades económicas“, começa por escrever a associação, na carta que enviou a António Costa.

No documento, a AHRESP salienta que as últimas medidas decretadas pelo Governo, na sequência do novo estado de emergência, “ameaçam ferir de morte” os restaurantes e os alojamentos turísticos. Em causa está a proibição de circular na via pública (exceto em situações necessárias) entre as 23h e as 5h durante a semana e entre as 13h e as 5h aos fins de semana.

A associação diz que tem vindo a alertar o Executivo para as dificuldades, mas que, “a cada quinzena que passa”, “as regras do jogo são alteradas” e, com isso, “a cada dia que passa”, as empresas do setor “vão enfraquecendo”. Para a AHRESP, as recentes medidas são “um ataque sem precedentes”, sobretudo pelo facto de o setor “não compreender que sejam estabelecidas uma série de exceções“, como por exemplo a supermercados.

Assim, a AHRESP pede que sejam implementadas as dez medidas de emergência que definiu recentemente, salientando que o inquérito mais recente feito ao setor apontou que 41% dos restaurantes e 19% dos alojamentos ponderam ir para insolvência.

Leia na íntegra a carta aberta da AHRESP ao Governo

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Criador da app da Covid lança aplicação que ensina portugueses a poupar energia

  • ECO
  • 10 Novembro 2020

Isto “numa altura em que muitas famílias portuguesas se encontram a trabalhar a partir de casa, a alteração de hábitos reflete-se naturalmente nas contas de energia", explica o INESC TEC.

Dos mesmos criadores da aplicação StayAway Covid, que conta já com quase 2,5 milhões de downloads e tem como objetivo ajudar no rastreio da Covid-19, está agora também disponível para instalação gratuita para telemóveis iOS e Android a app móvel ECOplay. A sua missão é ajudar os portugueses a poupar energia em casa, através da “alteração de pequenos hábitos diários que podem fazer a diferença do ponto de vista financeiro e ambiental”.

Isto “numa altura em que muitas famílias portuguesas se encontram a trabalhar a partir de casa, a alteração de hábitos reflete-se naturalmente nas contas de energia”, explicou Filipe Joel Soares, investigador sénior do INESC TEC responsável pelo projeto.

Esta aplicação foi desenvolvida por um consórcio europeu liderado pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), no âmbito do projeto europeu FEEdBACk, cujo objetivo é desenvolver, integrar e testar novas tecnologias ligadas à área da energia e aplicá-las com a finalidade de promover a eficiência energética, através de uma mudança de comportamentos dos utilizadores. O projeto conta com um financiamento de 2,3 milhões de euros, ao abrigo do programa de investigação e desenvolvimento da União Europeia Horizonte 2020.

Liderado pelo INESC TEC, o projeto conta ainda com a participação de oito instituições de sete países distintos: a Technische Universiteit Delft (Holanda), Ecole Polytechnique Federale de Lausanne (Suíça), DEXMA Sensors SL (Espanha), Limetools LTD (Reino Unido), IN-JET APS (Dinamarca), Kreis Lippe der Landrat (Alemanha) e Estudi Ramon Folch i Associats SL (Espanha).

Esta aplicação permite aprender um pouco mais sobre eficiência energética de uma forma lúdica, ao mesmo tempo que incentiva os utilizadores a pouparem mais energia no seu dia a dia. Por outro lado, toda a eletricidade que se poupa traz um impacto positivo na redução do consumo de combustíveis fósseis para produzir eletricidade, minimizando as emissões de CO2 e contribuindo para travar as alterações climáticas”, afirma Filipe Joel Soares, investigador sénior do INESC TEC responsável pelo projeto.

 

Na aplicação móvel os utilizadores têm acesso a vídeos informativos e uma série de episódios sobre iluminação, aquecimento ou eletrodomésticos, e também a questionários relacionados com tomadas de decisão do dia-a-dia, relativamente a comportamentos energeticamente eficientes. A aplicação inclui ainda, nos níveis mais avançados, uma série de seis episódios com elementos de ficção científica e suspense onde a crise ambiental é o tema central.

Consoante a aprendizagem efetuada e o desempenho do utilizador, ser-lhe-ão atribuídos pontos e distinções, que lhe permitirão progredir no ranking de utilizadores. Ao longo do jogo o utilizador recebe também notificações que o estimulam a adotar comportamentos mais sustentáveis. A aplicação está disponível em quatro idiomas (português, alemão, inglês e espanhol), em seis países: Portugal, Espanha, Alemanha, Holanda, Suíça e Dinamarca.

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Emma escolhe Lisboa para “hub” e vai contratar mais de 100 pessoas

Depois de Frankfurt e Manila, Lisboa é a cidade escolhida para receber o novo Business Services Center da Emma para a Europa e América Latina. Startup prepara-se para contratar mais de 100 pessoas.

Portugal foi o país escolhido para acolher o novo Business Services Center da Emma para os mercados europeus e da América Latina. A capital lisboeta junta-se agora aos outros dois escritórios da startup alemã, em Frankfurt, na Alemanha, e Manila, nas Filipinas. Empresa prepara-se para recrutar mais de 100 pessoas.

Com “mais de 500 colaboradores espalhados entre os dois hubs atuais”, a Emma – The Sleep Company elegeu Lisboa “como a aposta certa para abrir o seu próximo escritório”, na sequência da “elevada necessidade de recrutamento e procura de talento”, informa a startup alemã, especializada no desenvolvimento e comercialização de colchões, em comunicado.

Este novo projeto estará a cargo da portuguesa Filipa Guimarães, responsável pelos mercados do sul da Europa e América Latina, e contará com “uma forte componente internacional”, refere a nota de imprensa. “Lisboa é uma cidade atrativa até para estrangeiros, pela qualidade de vida e o cenário de startups dinâmico que tem. Além disso, existe imenso talento em Portugal, é fácil recrutar pessoas que falam mais que uma língua e temos universidades e um nível educação superior bastante bom”, assinala Filipa Guimarães.

Nesse sentido, a empresa prepara-se para “recrutar mais de 100 pessoas nos próximos meses”, sendo que neste momento as vagas abertas centram-se “nas áreas de operações, funções de suporte, gestão, marketing e design“, mas até ao final do próximo ano vão ser também reforçadas “as área de procurement, customer excellence e logística”. As vagas a preencher no mercado português podem ser consultadas aqui.

Este novo investimento em Portugal surge após a empresa ter passado grande parte da sua produção europeia para o mercado nacional, “o qual fornece vários mercados ativos, não apenas na Europa mas no mundo inteiro”, esclarece a Emma.

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Nouriel Roubini, o profeta da crise de 2008, vem a Portugal falar da economia pós-Covid

Desde a última crise, o norte-americano de origem iraniana tem sido crítico das criptomoedas e, na pandemia, tem alertado para o desligamento entre as valorizações nos mercados e a economia real.

Nouriel Roubini, o famoso economista que antecipou a crise financeira de 2008, vai estar em Portugal no início do próximo ano para falar sobre a economia pós-Covid-19. O professor de macroeconomia da Universidade de Nova Iorque vai participar no “Warm Up” do QSP SUMMIT, a 28 de janeiro, no Porto.

Um dos maiores conhecidos economistas do mundo, as previsões pessimistas deram a Roubini a alcunha de Dr. Doom (numa referência às desgraças que antevê). Desde a última crise, o norte-americano de origem iraniana tem sido crítico do mercado de criptomoedas e, na pandemia, tem alertado para o desligamento entre as valorizações nos mercados e a economia real.

A sessão onde irá participar será presencial, mas com lotação limitada, e será transmitida através de uma plataforma de live streaming a todos os participantes inscritos. O QSP SUMMIT regressa assim em 2021, com dois momentos. O Warm Up acontece antes do QSP SUMMIT, cujo segundo momento terá lugar a 1 e 2 de julho, na Exponor, no seu formato original.

O foco do QSP SUMMIT continua a ser o de reunir os pensadores mais brilhantes de todo o mundo para abordar as grandes temáticas da atualidade e do futuro e, neste sentido, a próxima edição é de excelência”, refere Rui Ribeiro, CEO da QSP que organiza o evento. Sob o tema Facing the Unknown, o programa inclui ainda a participação de Malcolm Gladwell, colunista do The New York Times ou o economista português Vítor Bento.

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Plataforma Free Now, que junta táxis e TVDE, expande-se a todo o território nacional

  • Lusa
  • 10 Novembro 2020

Os utilizadores vão poder escolher entre o táxi e o TVDE, além de terem a opção de uma deslocação mais económica, que permite um desconto de 8% face à tarifa normal.

A plataforma de transporte Free Now, que junta TVDE e táxis, alargou os seus serviços além dos centros urbanos, estendendo-se agora a todo o território nacional, anunciou a empresa.

“Este grau de expansão nacional permite-nos estar presentes nas cidades mais pequenas e dar a oportunidade a mais motoristas de juntarem os seus serviços à nossa plataforma, que de outra forma não seria possível”, revelou, em comunicado, o diretor-geral da Free Now, Sérgio Pereira.

A Free Now tornou-se agora disponível para motoristas de TVDE (transporte de passageiros em veículos descaracterizados) e táxi em todos os concelhos do país, podendo agora, nesta primeira fase, e de acordo com a plataforma, existirem concelhos com menos motoristas.

A Free Now é a única aplicação de mobilidade em território nacional que junta os motoristas de táxi com os parceiros ligados ao transporte de passageiros em veículos descaracterizados.

Os utilizadores vão poder escolher entre o táxi e o TVDE, além de terem a opção de uma deslocação mais económica, que permite um desconto de 8% face à tarifa normal, sendo igualmente mais amiga do ambiente, já que as viagens são feitas apenas em veículos elétricos.

De forma a assinalar a fase de expansão nacional, a plataforma lançou uma nova campanha sob o mote “Liberdade é o que acontece entre o ponto A e o ponto B”, que oferece um desconto de 50% nas viagens, com o código Liberdade.

A aplicação Free Now integra desde junho serviços de TVDE que migraram da plataforma Kapten, táxis, trotinetes e bicicletas elétricas numa só plataforma. A Free Now, que começou por se chamar MyTaxi e que fazia o serviço de transporte em táxis através de uma aplicação de telemóvel, passou a integrar os TVDE da Kapten, que começou a sua atividade em Portugal como Chauffeur Privé. Em julho passado, foi a vez da Uber anunciar a sua expansão ao território nacional.

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OE 2021: PAN propõe grupo de trabalho para apurar despesa dos municípios com pandemia

O PAN quer que o Governo crie um grupo de trabalho para apurar a despesa dos municípios com a pandemia para que seja restituída parte dos custos.

O PAN pretende que o Governo constitua um grupo de trabalho no próximo ano para apurar a despesa realizada pelos municípios na luta contra a pandemia. O objetivo é que seja restituído parte desses custos. Esta é uma das 86 propostas que o PAN já apresentou para alterar o Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021), o qual ajudou a viabilizar.

“Durante o ano de 2021, o Governo constitui um grupo de trabalho para, em articulação com os municípios, apurar os montantes das despesas totais dos municípios com equipamentos, bens e serviços por consequência da Covid-19, e avaliar a criação de um mecanismo que garanta a restituição, total ou parcial, dos valores apurados“, lê-se na proposta entregue pelo PAN esta segunda-feira.

O partido argumenta que “os municípios têm estado na linha da frente da resposta necessária, assegurando, com todo o seu conhecimento do terreno e nem sempre com uma abundância de recursos financeiros“. O PAN refere que o Governo e o Parlamento já permitiram o recurso ao Fundo Social Municipal para as despesas relacionadas com a Covid-19, mas diz que esta medida está “longe de cobrir todas as despesas que os municípios tiveram de suportar e deixaram de fora alguns municípios”.

Esta é uma das 86 propostas que o PAN já entregou para a fase de especialidade do OE 2021, mas como o prazo acaba esta sexta-feira o partido ainda deverá apresentar mais propostas. Quando se absteve para viabilizar o Orçamento na votação na generalidade, o PAN avisou o Governo de que não tinha garantida a abstenção na votação final global, a qual dependeria do que ocorrer na fase de especialidade.

Além deste grupo de trabalho, o PAN já tinha apresentado uma medida que visa o reforço dos meios de combate à corrupção, a qual teve o acolhimento do Governo, segundo o partido, e tinha proposto uma taxa de carbono a ser cobrada às viagens aéreas e marítimo-fluviais, cuja verba reverta para o Fundo Ambiental. A taxa seria de dois euros por viagem. “A taxa não se aplica, porém, ao transporte público de passageiros no âmbito do transporte marítimo e fluvial, nem ao transporte aéreo de residentes nas regiões autónomas entre o continente e a respetiva região e dentro da própria região”, explicou o partido.

A estas propostas acrescentam-se outras tantas que foram sendo entregues pelo partido e que constam do site da Assembleia da República, nomeadamente a integração da imprensa como um dos setores (restauração, alojamento e cultura) que irão beneficiar do IVAucher.

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Altice Portugal admite ir para tribunal contra regras do leilão do 5G

A Altice Portugal admite "utilizar todos os mecanismos legais" contra um regulamento do leilão do 5G que causa "grande preocupação" e "prejudica gravemente o setor" e o país.

Depois da concorrente Nos, a Altice Portugal também admite ir para tribunal contra um regulamento do leilão do 5G que, considera a empresa, causa “grande preocupação” e “prejudica gravemente o setor das telecomunicações em Portugal, as pessoas, a economia nacional e a imagem de Portugal enquanto país desenvolvido”.

“Não abdicaremos de utilizar todos os mecanismos legais à nossa disposição para defender os interesses das pessoas, do setor e do país”, informa a dona da Meo na sua primeira reação detalhada às condições finais do processo, apresentadas na semana passada pela Anacom.

São várias as críticas da Altice Portugal à Anacom pelo regulamento apresentado na passada quinta-feira, que vão das obrigações de cobertura às condições “preferenciais” para novas empresas interessadas em entrar no setor através do leilão de frequências.

“O regulamento do leilão apresenta um alheamento relativo à linha defendida na Resolução do Conselho de Ministros apresentada pelo Governo, em fevereiro”, começa por assegurar a empresa. O grupo diz que as condições estabelecidas pela Anacom impõem “obrigações excessivas de cobertura”.

No que toca às condições para os designados “novos entrantes”, a empresa liderada por Alexandre Fonseca considera “abusivas” algumas medidas, como a do roaming nacional, através do qual as empresas já estabelecidas no setor serão forçadas a permitir o acesso de outras empresas à sua rede por um período de dez anos.

“O acesso direto às redes dos operadores nacionais, através do roaming nacional, apenas proporciona a entrada de operadores parasitas que, não só não investem no país, como não melhoram as comunicações já existentes”, defende a companhia.

Elencando outros aspetos técnicos que não vê com bons olhos no regulamento do leilão, a Altice Portugal destaca, no final, “a total imprevisibilidade e ineficiência dos investimentos exigidos” as empresas do setor. São, para o grupo que detém a Meo, “o principal fator que coloca em risco a obrigação de garantir postos de trabalho e assegurar a continuidade de projetos nas áreas da inovação e investigação”.

A reação da dona da Meo junta-se, assim, à da Vodafone e da Nos. As três principais operadoras estão fortemente contra as regras do leilão, sendo que Altice Portugal e a Nos deverão partir para a disputa nos tribunais, envolvendo a Anacom e potencialmente o Governo português. As linhas gerais do leilão do 5G podem ser conhecidas aqui.

Leia o comunicado da Altice Portugal na íntegra:

(Notícia atualizada pela última vez às 12h55)

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Comissão Europeia acusa Amazon de violar lei da concorrência e abre nova investigação

A Comissão Europeia acusou a Amazon de usar informação de outros comerciantes para beneficiar os seus próprios produtos na plataforma que gere. Ao mesmo tempo, abriu uma nova investigação ao grupo.

A Comissão Europeia acusou a Amazon de violar as regras da concorrência no mercado europeu, em mais um processo que opõe Bruxelas a uma grande empresa norte-americana do setor da tecnologia.

A equipa da vice-presidente executiva Margrethe Vestager considera que a Amazon tem “sistematicamente” recorrido a informação privada de comerciantes independentes na sua plataforma para impulsionar as vendas dos seus próprios produtos. A acusação ainda é “preliminar”, mas já era esperada há vários meses.

Simultaneamente, Bruxelas abriu uma nova investigação à empresa fundada por Jeff Bezos que poderá resultar em novas acusações. Desta vez, vai focar-se no “possível tratamento preferencial” da Amazon aos seus próprios produtos e aos produtos dos vendedores que usem os serviços de logística e de entregas da própria Amazon, em detrimento dos demais. Os serviços em causa são o “Buy Box” e a marca Prime.

“É preciso garantir que as plataformas com um duplo papel que tenham poder de mercado, como a Amazon, não distorcem a concorrência. Dados da atividade de outros comerciantes não devem ser usados para beneficiar a Amazon quando esta atua como concorrente desses mesmos vendedores”, sublinha Margrethe Vestager, também titular da pasta da concorrência, citada num comunicado.

Por “duplo papel”, a comissária refere-se ao facto de a Amazon ser, simultaneamente, a gestora de uma plataforma de comércio usada por milhões de comerciantes para venderem os seus produtos, e vendedora nessa mesma plataforma, através de marcas próprias. A Comissão Europeia considera que, nesta posição, a Amazon tem acesso a dados dos comerciantes com quem também concorre e que os usa em seu próprio benefício.

"É preciso garantir que as plataformas com um duplo papel que tenham poder de mercado, como a Amazon, não distorcem a concorrência. Dados da atividade de outros comerciantes não devem ser usados para beneficiar a Amazon quando esta atua como concorrente desses mesmos vendedores.”

Margrethe Vestager

Comissária europeia para a Concorrência

“As descobertas preliminares da Comissão mostram que largas quantidades de informação privada dos comerciantes está disponível aos trabalhadores do negócio de retalho da Amazon e flui diretamente para os sistemas automatizados desse negócio”, indica a Comissão Europeia na mesma nota. Desta forma, a empresa “calibra” as suas próprias ofertas para vender mais que os concorrentes, defende Bruxelas.

Numa reação à acusação, a Amazon afirma “discordar com as considerações preliminares da Comissão” e assegura que “vai continuar a fazer todos os esforços” para que Bruxelas tenha “um entendimento preciso dos factos”. “A Amazon representa menos de 1% do mercado global de retalho, e há retalhistas maiores em qualquer mercado onde operamos”, argumenta fonte oficial, em resposta ao ECO.

A mesma fonte indica ainda que “nenhuma outra companhia se preocupa mais com as pequenas empresas ou fez mais para apoiá-las nas últimas duas décadas do que a Amazon”. “Há mais de 150 mil empresas europeias a vender através das nossas lojas que geram dezenas de milhares de milhões de euros em receias anualmente e que criaram centenas de milhares de empregos”, destaca fonte oficial do grupo.

O caso deverá ser atentamente seguido na Europa e nos EUA, onde tem vindo a aumentar o escrutínio regulatório sobre a forma como grandes empresas como a Google, Amazon, Facebook e Apple mantêm posições dominantes nos mercados em que operam.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h48 com reação da Amazon)

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Pascual e Mondelez juntam-se para novo Milka em Portugal e Espanha

  • ECO
  • 10 Novembro 2020

A empresa espanhola Pascual vai comercializar e vender batidos Milka em Portugal e Espanha. Produtos vão estar disponíveis nos super e hipermercados e na hotelaria.

As prateleiras dos supermercados vão passar a vender shakes da Milka. A pensar nos amantes de chocolate, a empresa espanhola Pascual assinou um acordo com a norte-americana Mondelez para produzir e comercializar uma nova linha de batidos da Milka. De acordo com o Cinco Días (conteúdo em espanhol), estes shakes de chocolate serão vendidos em Portugal e Espanha, nos hiper e supermercados e na hotelaria.

A Pascual decidiu juntar ao seu atual portefólio de shakes da marca ColaCao, Nocilla e Okey a marca Milka. Com este acordo, que representa mais um passo na liderança do mercado, a empresa espanhola vai comercial shakes em formato “to go” e em pacote. Por sua vez, estes serão distribuídos na Península Ibérica, no retalho (hipermercados e supermercados) e na hotelaria.

“Com este lançamento, queremos dar um passo à frente depois de termos sido líderes em 2017 com o ColaCao Shake, a atual marca líder no segmento de batidos to go”, diz Natalia Fernández, da Pascual, citada em comunicado.

Os primeiros batidos Milka serão produzidos na fábrica da Pascual em Aranda de Duero. O mercado de shakes cresceu 18% nos últimos dez anos e já conquistou oito milhões de famílias. Em Espanha gera um negócio anual de 168 milhões de euros.

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TAP ajusta voos de “modo dinâmico” e com “grandes preocupações de rentabilidade”

Dados da Eurocontrol mostram que já houve uma redução no tráfego aéreo. Na primeira semana de novembro, a TAP realizou 107 voos, o que representa uma quebra de 7,4% face à semana anterior.

A segunda vaga de Covid-19 levou a Europa a adotar novas restrições às populações, incluindo à circulação e viagens. Após uma curta recuperação durante o verão, os setores relacionados com o turismo (como a aviação) continuam assim sob forte pressão. A TAP diz ao ECO que está a ajustar a oferta com base na evolução da procura e da perspetiva de rentabilidade, mas não adianta se está a cancelar voos.

“Nesta crise que o setor da aviação atravessa, os planos de rede são necessariamente construídos de modo dinâmico e com grandes preocupações de rentabilidade. Deste modo, a lista de rotas e voos em operação será ajustada sempre que as circunstâncias o exijam”, diz fonte oficial da TAP, em resposta às questões do ECO sobre as novas restrições.

Com o número de casos de Covid-19 a aumentar novamente por toda a Europa, vários países estão a implementar restrições de viagens desde o início de novembro. Países como Portugal continuam a permitir a entrada sem problemas no país, mas há cada vez mais países a pedir um teste negativo à Covid-19 realizado 72 horas antes da entrada. É o caso de Itália, Grécia ou Inglaterra. A Noruega pede quarentena e a Finlândia teste negativo e quarentena.

O planeamento da rede de destinos e de voos da TAP e a retoma da sua operação é efetuado de acordo com as contingências da evolução da pandemia, oportunidades de procura detetadas e rentabilidade das rotas, tendo em vista a sustentabilidade da empresa no âmbito do processo de reestruturação em curso.

TAP Air Portugal

“Toda a operação da TAP no atual contexto é planeada tendo em conta a segurança e a sustentabilidade”, continua a empresa. “O planeamento da rede de destinos e de voos da TAP e a retoma da sua operação é efetuado de acordo com as contingências da evolução da pandemia, oportunidades de procura detetadas e rentabilidade das rotas, tendo em vista a sustentabilidade da empresa no âmbito do processo de reestruturação em curso”.

A companhia aérea não adianta se o ajustamento se está a refletir em cancelamentos de voos, mas os dados da Eurocontrol mostram que já houve uma redução no tráfego aéreo. Na semana entre 2 e 8 de novembro, a TAP realizou 107 voos, o que representa uma quebra de 7,4% face à semana anterior.

Entre as 20 maiores companhias aéreas na Europa (em termos de média diária de voos), apenas a portuguesa teve a oitava maior queda percentual — a maior, superior a 53%, foi da easyJet — e apenas a Iberia aumentou o tráfego nessa semana. “A semana 45 [da pandemia] viu profundas e crescentes quedas no tráfego à medida que as restrições da segunda vaga atingem profundamente as viagens“, escreveu o diretor da Eurocontrol no Twitter.

Apesar de o fim do ano ser uma altura de maior procura por voos devido ao Natal e passagem de ano, o prolongamento da pandemia e as novas restrições poderão agravar ainda mais as contas das companhias aéreas. Os últimos dados conhecidos indicam que a TAP registou prejuízos de 582 milhões de euros entre janeiro e junho de 2020.

O primeiro semestre do ano foi um período amplamente marcado pelo impacto da pandemia, com a companhia aérea portuguesa a transportar menos 4,9 milhões de passageiros (ou seja, 62%) face ao mesmo semestre de 2019. Além da pandemia, os prejuízos foram também agravados pelo impacto da contabilização de custos de excesso de cobertura (overhedge) de jet fuel e por diferenças de câmbio.

Face a este cenário, o Governo português acordou (com o aval da Comissão Europeia) apoio público de 1.200 milhões de euros para garantir a liquidez da empresa este ano, tendo ainda guardado mais 500 milhões de euros a atribuir na forma de garantias públicas em 2021 caso seja necessário. Este resgate está condicionado a um plano de reestruturação que está ainda a ser desenhado e que irá implicar a redução da dimensão da TAP tanto em trabalhadores como em frota.

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