Turismo de Portugal quer aumentar em 50% empreendimentos sustentáveis até 2023

  • Lusa
  • 26 Outubro 2020

Meta do Plano Turismo + Sustentável 20-23 é ter mais 50% de empreendimentos turísticos com sistemas de eficiência energética, água e gestão de resíduos.

O Turismo de Portugal quer aumentar em 50% os empreendimentos turísticos com sistemas de eficiência energética, água e gestão de resíduos até 2023, umas das metas previstas no Plano Turismo + Sustentável 20-23.

O Plano Turismo + Sustentável 20-23 foi conhecido, numa sessão pública, que decorreu na sede do Turismo de Portugal, em Lisboa, e contou com a presença da secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, e da secretária de Estado do Ambiente, Inês dos Santos Costa.

Entre as metas a alcançar em 2023 estão “o incremento de 50% de empreendimentos turísticos com sistemas de eficiência energética, água e gestão de resíduos” e a “eliminação de plástico de uso único em 50% de empreendimentos turísticos de quatro e cinco estrelas”.

O plano prevê ainda que se atinja em 2023 os “25.000 [empreendimentos turísticos] aderentes ao selo ‘Clean & Safe’, 30.000 formados e 1.000 auditados”, os 50.000 profissionais com formação nas áreas da sustentabilidade e 500 referências internacionais sobre a oferta sustentável em Portugal.

Estas metas enquadram-se nos quatro eixos estratégicos contemplados no plano: “estruturar uma oferta cada vez mais sustentável, qualificar os agentes do setor, promover Portugal como um destino sustentável e monitorizar as métricas de sustentabilidade do setor”.

“A recuperação do setor assente na sustentabilidade permitirá, não só a resiliência perante futuras crises, como o retomar da atividade turística sob o compromisso de fazer melhor e com maior segurança, dos pontos de vista económico, social e ambiental”, afirmou a secretária de Estado do Turismo, citada num comunicado enviado pelo Turismo de Portugal.

O Plano Turismo + Sustentável 20-23 vai estar em consulta pública até 26 de janeiro e abrange mais de 70 projetos e ações, que têm como objetivo responder à “urgência dos desafios da sustentabilidade definidos à escala mundial, europeia e nacional”, estando “alinhados com os objetivos da Estratégia Turismo 2027 e da política de retoma do setor pós Covid-19”.

O Turismo de Portugal lembrou também a sua recente adesão ao Conselho Global para o Turismo Sustentável (GSTC, na sigla inglesa) e ao Pacto Português para os Plásticos, estando isso também refletivo no plano hoje apresentado.

Ainda no âmbito do Plano Turismo + Sustentável 20-23, a autoridade turística nacional celebrou um protocolo com o Fundo Ambiental que prevê um financiamento de 200 mil euros, para realizar, até 31 de dezembro, ações “para incrementar as competências dos profissionais do setor do turismo, alavancar iniciativas e dinâmicas já existentes”, bem como “dar visibilidade a boas práticas”.

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Entidade das Contas “estranha” AR estar a mudar lei sem prever mais meios

  • Lusa
  • 26 Outubro 2020

Entidade das Contas e Financiamentos Políticos estranha que esteja em debate, no parlamento, uma lei que altera as suas competências sem prever que seja acompanhada por um reforço de meios.

A Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP) estranha que esteja em debate, no parlamento, uma lei que altera as suas competências sem prever que seja acompanhada por um reforço de meios e quadro de pessoal do organismo.

Num balanço do terceiro ano de mandato, publicado no seu site, a ECFP recorda que as competências já foram reforçadas em 2018, por exemplo, com “a monitorização das campanhas e das contas dos partidos até à conclusão dos processos de contraordenação, passando pela elaboração dos relatórios de fiscalização de contas, das decisões de fiscalização de contas”.

Este reforço de competências, lê-se no texto, “não foi acompanhado pelas alterações legislativas e regulamentares necessárias” para aumentar o “grupo de pessoal afeto à ECFP de níveis intermédios de direção ou coordenação”.

É por isso que “estranha que, estando a decorrer um novo processo de alteração da legislação” relativo ao controlo e fiscalização das contas dos partidos e das campanhas eleitorais e “à atividade da ECFP, se equacione o reforço das competências desta entidade, sem serem acompanhadas com a alteração do seu quadro pessoal”.

A ECFP é um órgão independente que funciona junto do Tribunal Constitucional e tem como objetivo “a apreciação e fiscalização das contas dos partidos políticos e das campanhas eleitorais”.

Em março, o PSD anunciou que quer alterar a lei do financiamento dos partidos e campanhas eleitorais, com o objetivo de introduzir “mecanismos de maior controlo e responsabilização” com os gastos.

O projeto social-democrata contém disposições como prever que os juros de empréstimos contraídos pelas candidaturas para financiar as campanhas sejam considerados despesa eleitoral.

Por outro lado, pretende que as dívidas dos partidos a fornecedores que tenham prescrito sejam expurgadas da contabilidade dos partidos, disposições criticadas pela ex-presidente da Entidade das Contas e Financiamento Políticos, Margarida Salema, em declarações à Lusa, em julho.

Em 19 de Agosto, numa nota à imprensa, os responsáveis da entidade das contas queixavam-se de falta de autonomia e de pessoal para concretizar a fiscalização dos partidos prevista na lei.

O documento frisa que a instituição tem um “extraordinário volume de trabalho, fruto quer do enorme alargamento das suas atribuições, quer dos processos que transitaram do Tribunal Constitucional (TC)”.

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130 mil vão beneficiar da subida do valor mínimo do subsídio de desemprego

A subida do limite mínimo do subsídio de desemprego deverá custar 75 milhões de euros ao Estado e abranger cerca de 130 mil pessoas, indicou a ministra do Trabalho.

A subida do limite mínimo do subsídio de desemprego vai beneficiar cerca de 130 mil pessoas, avançou a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. Ana Mendes Godinho está a ser ouvida, esta segunda-feira, no Parlamento sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2021, que será votada na generalidade no próximo dia 28.

De acordo com a proposta orçamental apresentada na Assembleia da República pelo Executivo, o valor mínimo do subsídio de desemprego vai passar, no próximo ano, de 438,81 euros para 504,6 euros, isto é, 1,15 vezes o valor do Indexante dos Apoios Sociais (IAS). “Nas situações em que as remunerações que serviram de base ao cálculo do subsídio de desemprego correspondam, pelo menos, ao salário mínimo nacional, a prestação de desemprego é majorada de forma a atingir o valor mínimo correspondente a 1,15 do IAS”, lê-se no documento entregue no Parlamento, a 12 de outubro.

Esta segunda-feira, a ministra do Trabalho explicou que o Governo espera abranger 130 mil pessoas com esta medida, prevendo um custo de 75 milhões de euros. “A alteração do valor mínimo do subsídio de desemprego é para ser definitiva e estrutural”, acrescentou a governante, quando questionada pelo Bloco de Esquerda sobre se este reforço do mínimo ficará apenas no Orçamento de 2021.

Sobre o novo apoio social que também será criado com o Orçamento do Estado, o Executivo estima que 175 mil pessoas serão abrangidas, universo que deverá crescer já que esta medida deverá ser alvo de alterações ao longo da especialidade. Em causa está um apoio entre 50 euros e 501,16 euros para os trabalhadores que percam o subsídio de desemprego, fiquem sem trabalho ou registem uma quebra de, pelo menos, 40% dos seus rendimentos.

Já sobre o aumento extraordinário das pensões, Ana Mendes Godinho indicou que 1,9 milhões de pensionistas serão abrangidos. Em causa está um aumento de dez euros para as pensões até 658 euros, isto é, 1,5 IAS. A proposta de Orçamento prevê que esse reforço comece a ser pago em agosto, mas o PCP garante que o Governo comprometeu-se em fazê-lo logo a partir de janeiro. Questionada pelo CDS-PP, Ana Mendes Godinho confirmou que o Executivo prevê pagar esse aumento a partir do primeiro mês de 2021.

“É um Orçamento que reforça o papel do Estado social, mostrando que é possível dar uma resposta que não seja de austeridade“, rematou a ministra do Trabalho, esta segunda-feira.

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Inês Lima é a nova diretora-geral da McDonald’s Portugal. É a primeira portuguesa no cargo

  • Trabalho
  • 26 Outubro 2020

Inês Lima vai assumir funções como diretora-geral da McDonald's Portugal a partir de 1 de novembro. Deixa a direção de marketing e comunicação na mesma empresa e será a primeira portuguesa no cargo.

Inês Lima vai assumir o cargo de diretora-geral da McDonalds’ Portugal a partir de 1 de novembro.

Inês Lima é a nova diretora-geral da cadeira de restaurantes McDonald’s Portugal. Deixa o cargo de diretora de marketing e comunicação na mesma empresa, que assumia desde 2014. Iniciará funções a 1 de novembro e sucede no cargo a Thomas Ko, diretor-geral da McDonald’s Portugal desde 2018. É a primeira mulher portuguesa a assumir o cargo de diretora-geral na McDonald’s Portugal.

Desde abril de 2019, Inês Lima assumia a função internacional de marketing lead, tendo sido responsável pela estratégia de marketing da McDonald’s na Rússia, Itália, Espanha, Polónia, Holanda, Áustria, Suíça, Portugal, República Checa, Ucrânia, Bélgica e Eslováquia.

Inês Lima conta com um percurso profissional ligado ao marketing, tendo estado 11 anos na EDP, onde foi responsável pelo marketing e clientes. Passou ainda pela Oniway e ainda por empresas de grande consumo Reckitt Benckiser, Mondelez e Mars. Atualmente é mentora de líderes femininas na European Professional Women’s Network.

É licenciada em administração e gestão de empresas pela Universidade Católica Portuguesa e tem um MBA pelo INSEAD.

A McDonald’s tem 179 restaurantes e 41 franquiados em Portugal e emprega atualmente 8.500 pessoas.

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CFP vê aumento ligeiro da carga fiscal em 2021 para 34% do PIB

O Conselho das Finanças Públicas (CFP) antecipa que a carga fiscal vá aumentar uma décima em 2021. Deverá subir para os 34%.

O Conselho das Finanças Públicas (CFP) calculou a carga fiscal de 2020 e de 2021 e chegou à conclusão de que o indicador vai aumentar ligeiramente no próximo ano, tendo como referência as previsões do Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021) entregue pelo Governo. A carga fiscal deverá cair de 34,4% do PIB em 2019 para 33,9% em 2020, subindo para 34% no próximo ano.

A dinâmica esperada para a receita tributária explica, em exclusivo, a projeção de aumento da carga fiscal de 33,9% do PIB em 2020 para 34% do PIB em 2021, uma vez que, de acordo com o Ministério das Finanças, o peso das contribuições sociais efetivas deverá recuar 0,1 pontos percentuais do PIB no próximo ano”, afirma a entidade liderada por Nazaré Costa Cabral na análise à proposta de OE 2021 do Executivo divulgada esta segunda-feira.

As contas do ECO, também com base no relatório do OE 2021, apontavam para uma estabilização da carga fiscal entre 2020 e 2021. A diferença poderá ser explicada por diferenças metodológicas — existem várias formas de calcular a carga fiscal — e por arredondamentos. Em todos os casos, estamos a falar de uma subida de apenas uma décima.

O CFP explica que “a diminuição do peso destas contribuições no PIB resulta da expectativa de um ritmo para o seu crescimento (5,3%) inferior ao previsto pelo Ministério das Finanças para a evolução do produto nominal (6,3%)”. “O mesmo não deverá suceder com a receita fiscal, cuja projeção de crescimento de 7,1% se situa acima” do crescimento da economia em 2021, de acordo com as previsões da equipa de João Leão.

Dentro da receita fiscal, nos impostos diretos, será o IRC a dar o maior contributo para aumentar a carga fiscal no próximo ano, após ser um dos principais fatores para esta baixar em 2020. Nos impostos indiretos será o IVA a somar peso na carga fiscal, prevendo-se uma normalização gradual do consumo privado em 2021.

CFP tem dúvidas sobre a receita

Tal como a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) alertou na sua análise ao OE 2021, também o Conselho das Finanças Públicas tem dúvidas sobre as previsões da receita que o Estado irá arrecadar no próximo ano. Esta crítica também tinha sido feita pelo presidente do PSD, Rui Rio, quando anunciou o voto contra dos social-democratas na votação na generalidade que se realiza esta quarta-feira.

No lado da receita, a previsão de impostos e contribuições sociais aponta para uma evolução destas variáveis orçamentais mais elevada do que a prevista para as suas próprias bases macroeconómicas“, avisa o CFP na análise ao OE 2021. Ou seja, traduzindo a linguagem económica, a entidade que vigia as finanças públicas considera que as previsões de arrecadação de receita podem estar sobrestimadas face à evolução da economia que se antecipa para o próximo ano. Isto aplica-se em concreto ao IRC, IVA e às contribuições sociais.

Caso se confirme o cenário de as receitas ficarem aquém do previsto, e as despesas sejam as mesmas, o défice orçamental passa a ser maior. No OE 2021, ainda sem alterações que deverão ocorrer na especialidade, o Governo prevê um défice de 4,3% do PIB no próximo ano, após um défice de 7,3% em 2020. Em último caso, se a divergência for significativa, tal obrigará o Executivo a apresentar ao Parlamento um Orçamento Suplementar, um cenário que não é excluído pelo ministro das Finanças, principalmente por causa da incerteza relativa à crise pandémica.

O Conselho avisa que “prevalecem a este respeito importantes riscos descendentes com impacto orçamental não negligenciável, já que a intensificação da crise sanitária poderá acarretar aumentos de despesa e quebras de receita adicionais, com a eventual necessidade de apresentação de um orçamento retificativo ou suplementar“.

Porém, o CFP também relembra que parte do aumento da receita deve-se a verbas europeias: “O aumento robusto das transferências provenientes da União Europeia ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e da iniciativa de Assistência de Recuperação para a Coesão e os Territórios da Europa (REACT EU)” terão um impacto positivo na receita de capital e na outra receita corrente. Há ainda a receita extraordinária de cerca de mil milhões de euros relativa ao reembolso das pre-paid margins do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF).

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CFP teme que moratórias levem a novas intervenções do Estado na banca

O CFP alerta que as moratórias podem levar a perdas nos bancos que obriguem o Estado a fazer novas intervenções para manter a estabilidade do sistema financeiro durante a crise pandémica.

O Conselho das Finanças Públicas (CFP) teme as consequências das moratórias de crédito, as quais foram prolongadas até setembro do próximo ano. O risco é que o incumprimento das empresas e cidadão possa implicar perdas significativas para os bancos, o que poderá levar a novas intervenções do Estado no sistema financeiro. A entidade que vigia as contas públicas também receia que o Novo Banco e a TAP venham a custar mais em 2021 do que o previsto.

O risco resultante das moratórias de crédito concedidas pelos Bancos aos agentes económicos, pois a eventual incapacidade de solvência dos compromissos por parte desses agentes poderá implicar perdas para o sistema financeiro Português e obrigar à intervenção do Estado através de apoios financeiros“, alerta a entidade liderada por Nazaré Costa Cabral na análise ao OE 2021 divulgada esta segunda-feira.

O próprio supervisor, o Banco de Portugal, também já tinha alertado que era preciso encontrar uma saída para este problema: “É um instrumento e uma medida de política importante, mas não é uma panaceia. Quer dizer, as moratórias permitem ganhar tempo e gerir melhor a conjuntura imediata, mas haverá um momento em que terão de cessar“, avisou o vice-governador, Máximo dos Santos. De acordo com os dados de agosto, os contratos de crédito com moratórias ascendiam a 727 mil, sendo que os bancos portugueses são os que têm maior proporção de moratórias na Europa.

A par do incumprimento dos créditos pré-Covid, há ainda a dúvida relativa às linhas de crédito cedidas às empresas nos primeiros meses da pandemia. Neste caso, existe o risco de que as garantias dadas pelo Estado sejam ativadas caso a empresa deixe de pagar o crédito.

Estes são alguns dos sete riscos que o CFP identifica para a despesa pública no próximo ano, incluindo também o empréstimo do Fundo de Resolução ao Novo Banco e a garantia dada à TAP para a empresa se endividar junto dos bancos.

No caso do Novo Banco, existe o risco de o banco pedir mais do que os 476 milhões de euros previstos pelo Fundo de Resolução. O CFP recorda que ao abrigo do mecanismo de capitalização contingente o Loan Star ainda pode pedir 914 milhões de euros. “A despesa prevista em contas nacionais para aquele efeito em 2021 fica bastante aquém desse valor e dos montantes transferidos nos últimos dois anos”, nota o Conselho.

No caso da TAP, “o próprio relatório da POE/2021 alerta para a incerteza sobre o valor que esta empresa poderá vir a necessitar em 2021“, assinala a entidade que vigia as contas públicas. Após os 1.200 milhões de euros emprestados pelo Estado à TAP em 2020, o Governo prepara-se para conceder uma garantia de 500 milhões de euros à transportadora aérea para que se possa financiar no mercado.

Mas há mais riscos para a execução da despesa no próximo ano, desde logo a pandemia: “O elevado grau de incerteza que subsiste sobre a magnitude, abrangência e duração da situação pandémica não permite excluir a possibilidade de que o impacto de medidas de políticas associadas à pandemia venha a ser mais elevado do que o previsto“, alerta.

Outro dos riscos é que “uma parte significativa da despesa” está dependente de financiamento da União Europeia para o qual ainda não há aprovação final por parte das instituições europeias e dos Estados-membros. A expectativa é que haja um acordo nos próximos meses, mas a demora do processo poderá levar a um atraso das verbas para o segundo semestre de 2021. Porém, é de recordar que para vários desses instrumentos são elegíveis despesas efetuadas desde fevereiro de 2020, o início da pandemia na Europa.

Orçamento é expansionista? CFP diz que é neutro, mas que não é de austeridade

Uma das divergências entre o Governo e os partidos à esquerda, especialmente o Bloco de Esquerda, é que esta proposta do OE 2021 poderia ter ido mais longe agora que as regras orçamentais europeias estão suspensas. O Executivo garante que este é um Orçamento que “não acrescenta crise à crise” nem tem austeridade, mas tal não foi suficiente para convencer o BE a não votar contra.

Do ponto de vista económico, como é que o Conselho das Finanças Públicas classifica o Orçamento de João Leão? “Em 2021, a postura da política orçamental deverá ser globalmente neutra“, conclui o CFP com base nas contas do Governo. Em 2020, a política orçamental será claramente expansionista e contra cíclica, “em resultado da adoção de medidas de combate à situação pandémica”.

Ainda assim, ao longo da análise ao OE 2021, o CFP utiliza por vezes a expressão “moderadamente expansionista” para se referir à proposta do Governo. “Face ao cariz moderadamente expansionista do Orçamento e à manutenção de níveis de despesa não compensados por equivalentes decisões de aumento de impostos, não surge como adequada a designação desta proposta como constituindo um Orçamento de austeridade“.

Mas o próprio CFP explica o porquê de a política orçamental não ir mais longe: “No entanto, necessário se torna observar que o montante do estímulo e do apoio se encontra limitado pela vontade política de manter controlado o crescimento da dívida pública, por forma a garantir a manutenção da sustentabilidade orçamental, conservando a credibilidade e garantindo custos de financiamento que continuem em níveis baixos e adequados”. Ou seja, há um “escasso espaço orçamental disponível para uma economia em que a dívida pública é já elevada”.

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Galp Energia afunda mais de 5% após prejuízos e venda da empresa de distribuição

Com este desempenho, a Galp Energia já perdeu quase 50% do valor este ano. O tombo está a arrastar o PSI-20, que perde 2% num dia de perdas generalizadas.

A Galp Energia está a ser fortemente castigada em bolsa pelos prejuízos registados. A petrolífera liderada por Carlos Gomes — que comunicou esta segunda-feira ao mercado resultados negativos de 45 milhões de euros entre janeiro e setembro deste ano — tomba mais de 5% e penaliza o índice PSI-20, que segue no vermelho.

Os prejuízos de 45 milhões de euros comparam com lucros de 403 milhões alcançados no mesmo período de 2019. Nos primeiros nove meses de 2020, os lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) afundaram 37% para 792 milhões de euros.

A queda é, “sobretudo”, o reflexo dos “menores preços de petróleo no período, apesar do aumento da produção”, mas também do efeito cambial da depreciação do real brasileiro face ao dólar dos EUA. Em sentido contrário, a produção da empresa neste período alcançou 132,5 mil barris por dia, um crescimento de 15,8% em termos homólogos.

A par dos resultados, a Galp Energia anunciou ainda a venda de 75,01% da Galp Gás Natural Distribuição por 368 milhões de euros, o que coloca o valor implícito da empresa de distribuição em cerca de 1,2 mil milhões de euros. A transação ainda não está fechada, sendo a conclusão esperada para o primeiro trimestre de 2021, e os investidores parecem ter focado mais os resultados negativos.

A empresa cai 5,3% para 7,71 euros por ação, no valor mais baixo em quase um mês. Com este desempenho, a Galp Energia já perdeu quase 50% do valor este ano. O tombo está a arrastar o PSI-20, que perde 2% para 4.059,13 pontos, num dia de perdas generalizadas.

Petrolífera cai para mínimos de um mês

Além das notícias empresariais, a bolsa nacional está a ser penalizada pelo sentimento negativo a nível internacional. E por isso, as cotadas portuguesas mais expostas ao exterior estão, por isso, a mostrar maior vulnerabilidade: a Altri perde 3,76% e a Mota-Engil 2,72%. Os pesos-pesados Nos (-2,7%), BCP (-2,5%), EDP (-2,17%) e EDP Renováveis (-1,36%) também desvalorizam.

Tanto na Europa como nos EUA, as ações estão sob pressão devido às renovadas tensões entre EUA e China após o gigante asiático ter sinalizado que poderá impor sanções a empresas de defesa norte-americanas caso EUA avancem com a venda de armas a Taiwan. Isto a uma semana das eleições presidenciais nos EUA, em plena época de resultados e a dias de ser conhecida a decisão do Banco Central Europeu sobre um reforço dos estímulos.

Há que estar preparados para bolsas, obrigações e dólar frágeis durante algum tempo. Tudo indica que é isso que acontecerá nas próximas semanas“, dizem os analistas da equipa de research do Bankinter numa nota divulgada esta segunda-feira.

“A aparentemente provável (de acordo com as sondagens) vitória democrata, os crescentes problemas para controlar a propagação do vírus, a suspensão temporal dos ensaios clínicos de algumas vacinas e a macro tornarão difícil que a situação melhore no curto prazo. Os resultados empresariais e as guidances (previsões) das empresas, são melhores do que se esperava, mas esta semana teremos publicações de tantas empresas americanas e europeias que o mercado deve preferir manter-se em modo de espera e analisá-los durante uns dias antes de tirar conclusões”, acrescentam.

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Morreram mais 27 pessoas com Covid-19. Há 2.447 novos infetados

Nas últimas 24 horas foram identificados 2.447 novos casos de coronavírus em Portugal. O número total de pessoas infetadas sobe para 121.133.

Foram identificados 2.447 novos casos de infeção por Covid-19 em Portugal, elevando para 121.133 o número de infetados desde o início da pandemia. Trata-se de uma subida diária de 2,06%. O número total de vítimas mortais subiu para 2.343 após terem sido registadas mais 27 mortes nas últimas 24 horas, de acordo com a Direção-Geral de Saúde (DGS).

Há agora 48.834 casos ativos, mais 1.341 pessoas do que no balanço anterior. Os dados revelados pelas autoridades de saúde dão ainda conta de mais 1.079 recuperados. No total, já 69.956 pessoas recuperaram da doença.

A maioria dos infetados está a recuperar em casa, sendo que 1.672 estão internados (mais 98 face ao dia anterior) em enfermaria geral e 240 em unidades de cuidados intensivos (mais dez). Há ainda 59.631 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, mais 882 do que no balanço de domingo.

Boletim epidemiológico de 26 de outubro:

A maioria dos novos casos foi registada na região Norte. Dos 2.447 novos casos confirmados no total das últimas 24 horas, 1.633 localizam-se nesta região (cerca de 66%), seguidos pela região de Lisboa e Vale do Tejo, que contabilizou 580 novas infeções (23,7%).

Apesar da maioria dos novos casos ser encontrada no Norte, Lisboa e Vale do Tejo continua a ter mais casos até ao momento (53.412 casos de infeção e 940 mortes), seguindo-se o Norte (51.932 casos e 1.030 mortes), o Centro (10.118 casos e 296 mortes), o Algarve (2.496 casos e 25 mortes) e o Alentejo (2.436 casos e 37 mortes). Nas regiões autónomas, os Açores registam 345 casos e 15 mortos, enquanto a Madeira já registou 394 pessoas infetadas e continua sem registar nenhuma vítima mortal.

Mea culpa pelas coisas que correram “menos bem” na F1

Em conferência de imprensa, a diretora-geral da Saúde fez um mea culpa pelas coisas que correram “menos bem” no Grande Prémio de F1, que decorreu no fim de semana no Autódromo de Portimão. Graça Freitas adiantou que, para evitar problemas semelhantes no futuro, a DGS deverá passar a autorizar menos pessoas em eventos.

“Há uma corresponsabilidade que é nossa, de todos enquanto cidadãos, há alguma da organização e há alguma da DGS. Nós aprendemos e aprendemos que, se quisermos ter mais controlo sobre os imponderáveis das pessoas, temos de ter menos pessoas nos eventos“, disse Graça Freitas, comentando o facto de em algumas bancadas do autódromo não terem sido cumpridas as regras de distanciamento social.

“Também aprendemos lições com toda a humildade e vontade de melhorar. Mas também não me parece que a situação tenha sido catastrófica. Aliás não foi na maior parte das bancadas em que se cumpriram as regras”, acrescentou, destacando que nem tudo correu “menos bem”, ainda assim.

“Não me parece que vá resultar dali uma situação problemática”, considerou ainda Graça Freitas, desvalorizando eventuais consequências ao nível de contágios devido ao evento.

(Notícia atualizada às 15h50)

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PLMJ assina compromisso internacional para a melhoria do bem-estar e saúde no trabalho

A PLMJ assinou o movimento internacional Mindful Business Charter, sendo a única entidade portuguesa entre os 55 signatários.

A sociedade de advogados PLMJ assinou um movimento internacional de organizações que em conjunto promovem melhores práticas de trabalho em prol da saúde mental e do bem-estar, o Mindful Business Charter.

Com este passo, a PLMJ formaliza “o compromisso em promover a constante melhoria das condições e do ambiente de trabalho”, refere Bruno Ferreira, co-managing partner da firma. Para o advogado “este caminho faz-se reduzindo o stress desnecessário gerado por métodos e hábitos de trabalho que devemos alterar”.

O escritório lançou ainda o desafio para que, internamente, os colaboradores sugiram alterações no dia-a-dia de trabalho que possam significar melhorias no bem-estar de todos.

O Mindful Business Charter foi lançado há cerca de dois anos e conta já com 55 signatários que são “referências mundiais nos respetivos setores”, incluindo grandes instituições financeiras e algumas das maiores firmas jurídicas internacionais, envolvendo assim prestadores de serviços e clientes.

Os signatários deste compromisso têm em comum o facto de terem promovido uma reflexão interna sobre como se pode trabalhar de forma sustentável nos tempos que vivemos e as conclusões são partilhadas entre todos, com vista à sua implementação, ajustada à realidade de cada empresa. “Esta iniciativa tornou-se ainda mais relevante tendo em conta os desafios que vivemos que tanto impacto têm na forma como trabalhamos e nos relacionamos com os outros”, refere a firma em comunicado.

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Presidência alemã da UE reduz reuniões físicas a “mínimo necessário”

  • Lusa
  • 26 Outubro 2020

Presidência alemã irá reduzir as reuniões físicas a nível de especialistas ao mínimo absoluto necessário. As reuniões virtuais limitar-se-ão a temas prioritários.

As reuniões físicas da presidência alemã do Conselho da União Europeia (UE) serão reduzidas “ao mínimo absoluto necessário” devido à pandemia de Covid-19, anunciou o porta-voz da presidência alemã, Sebastian Fischer.

“A presidência alemã irá reduzir as reuniões físicas a nível de especialistas ao mínimo absoluto necessário. As reuniões virtuais limitar-se-ão a temas prioritários, tendo em consideração os recursos disponíveis”, comunicou Sebastian Fischer através da rede social Twitter.

Referindo que a “segunda onda da pandemia de Covid-19 começou a atingir Bruxelas de maneira particularmente forte”, o porta-voz anunciou também que, nas reuniões físicas que tiverem lugar, “a presidência alemã irá tomar mais precauções e cuidados”.

“Apenas reuniões essenciais para o funcionamento da UE, ou para coordenar a resposta à crise de Covid-19, continuarão a ocorrer pessoalmente, e apenas na condição de que o distanciamento social e as regras sanitárias possam ser estritamente observados”, frisou o porta-voz.

As medidas hoje anunciadas continuarão em vigor “até que a situação pandémica em Bruxelas assim o exija”, afirmou Sebastian Fischer.

A presidência alemã é a segunda a reduzir as reuniões físicas devido à pandemia de Covid-19, tendo a presidência croata, durante o primeiro semestre de 2020, sido forçada também a assegurar algumas das reuniões no formato virtual.

Reagindo ao eventual impacto que a pandemia poderá ter na presidência portuguesa do Conselho da UE, que terá lugar no primeiro semestre de 2021, o primeiro-ministro António Costa tinha realçado, aquando da cimeira europeia de 15 e 16 de outubro, que a presidência portuguesa teria lugar de acordo com o que as circunstâncias permitirem, e admitindo, no entanto, que esperava que não seja fosse “necessário cancelar” certos eventos, designadamente a cimeira com a Índia, e “recuperar” algumas reuniões e conferências.

Segundo os dados divulgados esta segunda-feira, a Bélgica registou uma média de 12.491 casos nos últimos sete dias, para um total de 321.031 desde o início da pandemia, e um total de 757 pacientes de Covid-19 internados nos cuidados intensivos.

O novo coronavirus Covid-19 já matou 10.810 pessoas na Bélgica, país que apresenta a segunda maior taxa de incidência da doença – 1.165 por cem mil habitantes nos últimos 14 dias – da Europa, depois da República Checa (1.284).

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e quase 42,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 2.316 pessoas dos 118.686 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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Grupo chinês Ant prevê obter soma recorde com entrada em bolsa

  • Lusa
  • 26 Outubro 2020

O grupo chinês Ant prevê obter mais de 34 mil milhões de dólares com a entrada em bolsa em Hong Kong e Xangai.

O grupo chinês Ant, proprietário da plataforma de pagamentos ‘online’ Alipay, prevê obter mais de 34 mil milhões de dólares, uma soma recorde, com a sua entrada em bolsa em Hong Kong e Xangai, anunciou esta segunda-feira a empresa.

O valor de 34 mil milhões de dólares, equivalente a cerca de 28,7 mil milhões de euros, pode ultrapassar o recorde mundial de uma oferta pública inicial fixado em 29,4 mil milhões de dólares e alcançado pelo grupo petrolífero saudita Aramco com a sua entrada na bolsa de Riade em 2019.

O grupo do milionário chinês Jack Ma prevê vender a partir de terça-feira na praça de Hong Kong 1,67 mil milhões de títulos a 80 dólares de Hong Kong cada. Em Xangai, a Ant vai ceder também 1,67 mil milhões de ações a 68,8 yuans.

No total, a operação ultrapassa os 34 mil milhões de dólares e pode mesmo aproximar-se dos 40 mil milhões de dólares. Os títulos serão cotados a partir de 5 de novembro.

O grupo Ant tem mais de 700 milhões de utilizadores ativos por mês no seu sistema Alipay e um volume anual de transações que ultrapassa os 14 biliões de euros na China continental.

Maiores IPO de sempre

Fonte: Refinitiv

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Aumento das infeções por Covid-19 nos EUA penaliza Wall Street

Os índices norte-americanos estão em terreno negativo, numa altura em que continua a aumentar o número de pessoas infetadas com coronavírus na Europa e nos Estados Unidos.

As bolsas de Nova Iorque estão em queda, numa altura em que o aumento do número de casos de infeção está a fazer escalar as preocupações dos investidores quanto às perspetivas económicas mundiais. Os Estados Unidos registaram novos recordes diários no fim de semana, ultrapassando as 83.000 infeções por dia.

O índice de referência financeiro S&P 500 está a cair 0,91% para 3.433,80 pontos, acompanhado pelo tecnológico Nasdaq que perde 0,63% para 11.475,62 pontos. Pelo mesmo caminho segue o industrial Dow Jones ao recuar 1,07% para 28.032,03 pontos.

Este desempenho dos mercados norte-americanos ocorre numa altura em que os novos casos de infeção por coronavírus aumentam a níveis nunca antes visto, não só nos Estados Unidos, mas também na Europa. Na sexta-feira e no sábado foram batidos novos recordes no país de Donald Trump, com mais de 83.000 novos casos por dia, ultrapassando o máximo anterior de 77.300 casos em julho.

De acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, citados pela CNBC (conteúdo em inglês), os Estados Unidos registaram uma média de 68.767 casos por dia nos últimos sete dias.

Face a esta evolução, aumentam as preocupações dos investidores quanto às perspetivas económicas mundiais e a uma recuperação. “A probabilidade decrescente de se chegar a acordo quanto aos estímulos orçamentais nos EUA antes das eleições, possivelmente até mesmo antes do final do ano, bem como o agravamento do número de casos e o aumento das medidas de prevenção… tudo parece estar a tirar o brilho daquela que era uma visão de mercado bastante complacente das perspetivas” para a economia, diz James Athey, diretor de investimentos da Aberdeen Standard Investments, citado pela Reuters.

Entre as ações que se destacam esta segunda-feira estão a Royal Caribbean, que segue a perder 6,85% para 60,06 dólares, assim como a Delta Airlines que recua 4,01% para 32,63 dólares. No setor tecnológico, destaque para a Microsoft que cai 0,83% para 214,43 dólares e para a Oracle que desvaloriza 3,39% para 57,87 dólares.

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