Frente Comum marca manifestação nacional em Lisboa para 13 de novembro

  • Lusa
  • 26 Outubro 2020

Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública agendou uma manifestação nacional em Lisboa como resposta a um Orçamento do Estado que não responde às reivindicações dos trabalhadores.

A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública anunciou esta segunda-feira que, perante um Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) que não responde às reivindicações dos trabalhadores, agendou para dia 13 de novembro uma manifestação nacional em Lisboa.

“Decidimos que a Frente Comum vai ter que dar uma resposta a este silêncio do Governo e a esta ausência de medidas que valorizem os trabalhadores da Administração Pública”, disse o coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana, esta segunda-feira em conferência de imprensa.

A ação nacional terá como lema “Frente Comum em Luta” e, segundo o sindicalista, vai envolver todos os sindicatos da estrutura sindical, com uma presença em Lisboa que se iniciará no Marquês de Pombal e depois prossegue até à Assembleia da República.

O objetivo é, segundo Sebastião Santana, demonstrar ao Governo e ao próprio parlamento numa altura em que se discute o Orçamento do Estado aquelas que são as posições da Frente Comum, reafirmando a necessidade de resposta à proposta reivindicativa comum já entregue ao Governo e a necessidade de valorização dos trabalhadores da Administração Pública.

“Este OE não contempla qualquer medida, no nosso entendimento, que valorize os trabalhadores da Administração Publica ou a necessidade de valorização de salários e carreiras, optando mais uma vez por manter o caminho de desvalorização destes trabalhadores e estagnação salarial”, referiu.

“Sendo este caminho um caminho com o qual não concordamos de maneira nenhuma pedimos já a negociação suplementar, prevista na lei no âmbito das negociações gerais anuais, estamos a aguardar marcação”, acrescentou.

De acordo com Sebastião Santana, no atual contexto de pandemia, todas as medidas de saúde e segurança serão asseguradas.

“Serão tomadas as medidas de saúde pública, os distanciamentos serão devidamente assegurados e vai haver uma organização muitíssimo cuidada da deslocação. Vai ser uma grande ação de luta, que contará com a participação de muitos sindicatos, em estreita articulação com as entidades de saúde”, disse.

No seu caderno reivindicativo, a Frente Comum reivindica um aumento salarial de 90 euros para cada trabalhador e a valorização das carreiras na Administração Pública, entre outras reivindicações.

A estrutura tem também lamentado que o reforço previsto do pessoal da saúde e da educação continue a ser insuficiente para as necessidades e que não estejam a ser asseguradas aos trabalhadores as condições necessárias para o desempenho das suas funções em plena pandemia da Covid-19.

O debate do OE2021 está agendado para terça-feira e quarta-feira no parlamento, sendo votado, na generalidade, no último dia.

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Testes rápidos devem ser aplicados em surtos em escolas ou lares

  • Lusa
  • 26 Outubro 2020

DGS revelou esta segunda-feira a Estratégia Nacional de Testes para SARS-CoV-2, que determina a utilização de testes rápidos em casos de surtos em escolas, lares e outras instituições.

A Estratégia Nacional de Testes para SARS-CoV-2, publicada esta segunda-feira, determina que em situações de surto em escolas, lares ou outras instituições devem ser utilizados preferencialmente testes rápidos no sentido de aplicar “rapidamente as medidas adequadas de saúde pública”.

“Em situação de surto (como, por exemplo, escolas, estabelecimentos de ensino, Estruturas Residenciais Para Idosos (ERPIs) e instituições similares/fechadas) devem ser utilizados, preferencialmente, testes rápidos de antigénio (TRAg)”, refere a estratégia divulgada pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Segundo o documento, “os testes devem ser realizados pelas equipas de Saúde Pública indicadas para a intervenção rápida (incluindo a obtenção de resultados dos testes laboratoriais utilizados em menos de 12 horas), em articulação intersetorial com os parceiros municipais, ou outras, de forma a implementar rapidamente as medidas adequadas de saúde pública”.

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All Around Shoes investe um milhão na Mariano Shoes para internacionalizar a marca

75 anos depois, a empresa de calçado Mariano tem um novo acionista, a "All Around Shoes". Empresa quer internacionalizar a marca através do canal online e apostar no segmento feminino.

Nem a pandemia, impediu a All Around Shoes de investir um milhão de euros na Mariano Shoes. O novo acionista quer internacionalizar a marca de sapatos de luxo com 75 anos de história com foco no canal digital.

“A grande prioridade é a reinternacionalização da marca e estamos confiantes que, tendo a questão da pandemia resolvida, conseguiremos rapidamente tornar a Mariano uma marca de referência internacional”, explica a diretora executiva da All Around Shoes, Fátima Oliveira.

Parte do investimento foi focado no canal online, tendo em conta que 80% das vendas da Mariano Shoes são para o exterior, sendo os EUA, Reino Unido e França os principais mercados. “O feedback online revela que há reconhecimento da marca e muito boa aceitação”, conta a nova acionista da empresa de São João da Madeira.

Para além da internacionalização da marca com foco no canal digital, parte do investimento será canalizado para projetos ligados à área da marroquinaria e na expansão da equipa que conta agora com 20 colaboradores.

Outra das novidades é que, para além da coleção de calçado masculino, a Mariano tem agora disponível uma coleção de senhora com oito modelos. A diretora executiva da All Around Shoes adianta que a próxima coleção de primavera-verão vai já incluir sandálias e outros modelos específicos para mulher.

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Programa britânico Tech Rocketship Awards procura tecnológicas portuguesas

Governo britânico lança programa na Europa e anda à procura de empresas tecnológicas portuguesas que queiram apostar na sua internacionalização. Candidaturas decorrem até 15 de novembro.

O governo britânico acaba de lançar o programa Tech Rocketship Awards na Europa e anda à procura de empresas tecnológicas portuguesas que queiram acelerar a sua internacionalização. Os selecionados da fase europeia da iniciativa serão anunciados durante o Web Summit, descreve a organização em comunicado.

Criado pelo Department for International Trade (DIT) do Reino Unido, o programa chega à Europa, depois de edições na Índia, Japão, Taiwan, Austrália e Nova Zelândia. A ideia é que os participantes consigam estabelecer-se no Reino Unido e fazer crescer os seus negócios a partir dessa localização.

O Reino Unido é o país número um na Europa para unicórnios. O nosso ecossistema tecnológico acolhe muitos empreendedores com visão de futuro e muitas das scaleups europeias mais ambiciosas. Diria que não há melhor lugar para crescer do que no Reino Unido”, esclarece Richard Burn, comissário britânico para o Comércio na Europa, citado em comunicado.

Com oito categorias, o concurso anda à procura de empresas com negócio nas áreas de:

  • Economia e segurança digital;
  • Tecnologia para a saúde e bem-estar;
  • Inteligência artificial e revolução dos dados;
  • Futuro da mobilidade e das viagens;
  • Crescimento sustentável;
  • Tecnologia para a agricultura;
  • Relação com os consumidores e criatividade;
  • Tecnologia ao serviço da mudança.

As grandes vencedoras de cada categoria serão conhecidas em março de 2021: ganham acesso a um programa intensivo de desenvolvimento de negócio feito à medida; um pacote de serviços, que inclui apoio contabilístico e jurídico e espaço de trabalho, com o intuito de reduzir o risco de investimento no Reino Unido; mentoria com especialistas em tecnologia e empreendedores; acesso à rede de investidores, incubadoras e hubs tecnológicos do DIT; e entrada na London Tech Week, o maior evento de networking do Reino Unido.

As candidaturas decorrem até 15 de novembro. Pode saber mais sobre o concurso aqui.

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Quatro zangas que provocaram o divórcio entre Governo e BE

O Novo Banco, a nova prestação social, o Serviço Nacional de Saúde e as regras do trabalho foram os quatro grandes pontos da discórdia entre Governo e Bloco de Esquerda.

O Governo e o Bloco de Esquerda estão de costas voltadas, depois de Catarina Martins (à direita) ter revelado a decisão de votar contra o Orçamento do Estado proposto por António Costa (à esquerda).

O Governo esperava contar com a aprovação ou abstenção do Bloco de Esquerda (BE) na votação do Orçamento do Estado (OE) na generalidade, tendo feito “aproximações” ao longo dos últimos meses. Mas o partido liderado por Catarina Martins entendeu não ter condições para deixar passar o documento, tendo anunciado a decisão de votar contra a proposta de António Costa.

Este domingo à noite, a líder bloquista disse que “não foi possível chegar a acordo em matérias fundamentais”. Em causa estão quatro assuntos que o partido tem vindo a reiterar semana após semana. Em alguns, o Governo fez propostas diferentes, noutros o Executivo garante que não podia ir mais além. Conheça as zangas que provocaram o divórcio.

Nova prestação social

O que o Governo deu?

A proposta de OE para 2021 inclui um novo apoio social para garantir que os cidadãos não ficam desprotegidos em plena pandemia. Trata-se de um apoio mínimo de 50 euros, a partir de janeiro, para que “todos os trabalhadores que terminam atividade e vejam chegar ao fim o seu subsídio de desemprego ou subsídio social de desemprego não fiquem sem nada”, como resumiu o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, esta segunda-feira.

O que o Bloco queria?

Desde cedo que o BE pretendeu criar este novo apoio social. No entanto, perante a proposta do Executivo, o partido considerou que a medida não teria o efeito pretendido. “Passámos dessa ideia inicial, que era um combate robusto à pobreza, para uma intenção de um novo apoio extraordinário, que para muitas pessoas não vai durar mais de seis meses ou um ano, e com uma condição de recursos, ou seja, regras de acesso, que transformam aquilo que queríamos que fosse uma medida muito robusta de combate a pobreza num fogacho orçamental”, disse há semanas a deputada Mariana Mortágua. O partido queria, por isso, um valor mínimo mais alto e uma diferente condição de recursos.

Como o Governo tentou desbloquear?

Duarte Cordeiro explicou esta segunda-feira que a medida do novo apoio social foi “evoluindo” ao longo das semanas. E revelou que, ainda este domingo, esteve em cima da mesa o alargamento da abrangência do apoio a mais portugueses, nomeadamente “os trabalhadores independentes cuja atividade tenha sido interdita por decisão do Governo ou das autoridades de saúde”.

Zero euros para o Novo Banco

O que o Governo deu?

Depois de um primeiro “susto” — uma verba que parecia ser para o Novo Banco mas afinal é para a CP –, a proposta de OE não prevê um empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução para o Novo Banco. Inclui, contudo, um impacto de 275 milhões da instituição no défice.

O que o Bloco queria?

O partido liderado por Catarina Martins é muito crítico da atuação do Estado em relação ao Novo Banco, mais concretamente em relação aos termos acordados no contrato de venda ao Lone Star. Este domingo, a coordenadora considerou ser o “maior escândalo financeiro do nosso tempo”. Há poucas semanas, Mariana Mortágua resumia o problema, exigindo que “não exista mais dinheiro para o Novo Banco sem verificação da forma como o Lone Star está a gerir o banco”. “O que o Governo pede à Assembleia da República, tanto quanto conhecemos da versão do OE, é que os partidos à esquerda se comprometam com uma verba para o Lone Star”, disse, já depois de conhecida a proposta.

Como o Governo tentou desbloquear?

Esta segunda-feira, Duarte Cordeiro voltou a lembrar que a proposta do Executivo não inclui qualquer verba para o Novo Banco. E, sobre a auditoria, lembrou que o grupo parlamentar do PS “já concordou com nova auditoria pelo Tribunal de Contas”. “Cumprimos o que era essencial nesta matéria”, considerou.

Mais profissionais para o SNS

O que o Governo deu?

A proposta de OE para 2021 prevê que a receita consolidada do Ministério da Saúde ascenda a 12.565,4 milhões de euros, um aumento de 722,2 milhões do que a estimativa de execução de 2020. A despesa total consolidada deverá aumentar em mais de 500 milhões de euros. O Governo prevê ainda contratar mais 4.200 profissionais para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e 261 novos profissionais para o INEM.

O que o Bloco queria?

Primeiro, o partido considera que os compromissos assumidos pelo Governo para o ano corrente não se materializaram como deviam. Por isso, o BE apelou ao Governo que assumisse um “compromisso sério” de contratação de mais profissionais para o SNS, com calendarização, e de criação de “condições” de trabalho para que esses profissionais se pudessem manter no SNS. Este domingo, Catarina Martins reforçou o apelo: “Os serviços estão a rebentar e ainda não chegámos aos piores momentos da pandemia”, indicou.

Como o Governo tentou desbloquear?

Duarte Cordeiro garantiu esta segunda-feira que “o Governo não falhou nem falhará ao SNS” e que “procurou com o BE ir ao encontro das preocupações”. Na visão do secretário de Estado, o Executivo “mostrou disponibilidade para calendarizar a contratação de profissionais de saúde” e foi mais além: “Estávamos disponíveis, e estamos disponíveis, do ponto de vista da especialidade, para acolher propostas sobre a formação médica especializada”, indicou.

Mudanças nas regras do trabalho

O que o Governo deu?

No âmbito das negociações do OE, o Governo submeteu ao Parlamento um diploma para suspender a caducidade da contratação coletiva. O OE também veio determinar que grandes empresas que recorram a linhas de crédito, tenham benefícios fiscais ou distribuam lucros fiquem impedidas de despedir até ao fim do próximo ano, sob pena de terem de devolver os apoios. O subsídio mínimo de desemprego foi aumentado para 505 euros.

O que o Bloco queria?

O partido liderado por Catarina Martins considera que não se pode falar de “apoios à economia sem discutir regras do trabalho”. Queria, por isso, que as empresas com lucros fossem proibidas de despedir trabalhadores. Este domingo, Catarina Martins reforçou também pretender um aumento da compensação por despedimento e a redução do período experimental dos trabalhadores à procura de emprego.

Como o Governo tentou desbloquear?

Inicialmente de 18 meses, a moratória na caducidade da contratação coletiva deverá ser de 24 meses na proposta que o Governo deverá submeter ao Parlamento. Já esta segunda-feira, Duarte Cordeiro disse às televisões que o Governo “não tencionava negociar alterações à legislação laboral neste OE”, mas mostrou abertura para o fazer face às exigências dos bloquistas. “O Governo decidiu avançar com diversos compromissos na lei laboral”, garantiu, exemplificando, precisamente, com a suspensão da caducidade da contratação coletiva e a proibição de despedimentos em empresas que recorreram a apoios.

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Há 400 milhões em fundos para reabilitar e modernizar lares de idosos em Portugal

O Banco Europeu de Investimento (BEI) vai conceder 200 milhões de euros para reabilitar e modernizar cerca de 150 lares de idosos no país. Quantia idêntica virá de privados com a mesma finalidade.

Os lares de idosos do país vão receber 400 milhões de euros para sofrerem obras de reabilitação e modernização das infraestruturas, tal como o ECO já tinha noticiado. Metade deste valor virá do Banco Europeu de Investimento (BEI), enquanto a restante fatia, de igual valor, virá de intermediários financeiros privados.

“O BEI e a Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD) uniram esforços para financiar um programa de investimento no valor de 400 milhões de EUR, que visa modernizar infraestruturas de cuidados continuados e de apoio a idosos em Portugal”, lê-se no comunicado enviado pelo banco europeu, que detalha que este programa de investimento inclui cerca de 150 projetos.

O BEI vai emprestar 200 milhões de euros à IFD — umas das três entidades que vai integrar o Banco Português de Fomento, após a fusão com a SPGM e a PME Investimentos — que, por sua vez, vai disponibilizar estes fundos a “instituições financeiras em Portugal que os canalizarão para as entidades que promovam a construção, renovação e modernização das infraestruturas em questão”.

Serão, depois, selecionados intermediários financeiros através de um concurso, que terão de “igualar o montante do empréstimo do BEI”, ou seja, colocar mais 200 milhões de euros, perfazendo os 400 milhões de euros em investimento. “Os fundos serão canalizados para entidades do terceiro setor que prestam serviços à população idosa em Portugal, nomeadamente nos domínios da saúde, habitação e apoio social”.

Este programa vai focar-se em “projetos de pequena e média dimensão, com um custo inferior a 50 milhões de euros cada, cujos beneficiários finais serão entidades que desenvolvem a sua atividade no setor social e já prestam serviços de cuidados continuados e de apoio a idosos”.

Com este projeto, o banco europeu pretende “aumentar a capacidade e qualidade dos serviços de apoio a idosos e pessoas com deficiência em todo o território português”, esperando-se que tenha “um impacto positivo direto não só na qualidade de vida da população que carece destes cuidados, como também na respetiva rede de apoio, que inclui familiares e a comunidade médica”.

Para o vice-presidente do BEI, citado em comunicado, esta parceria com o IFD permite “melhorar as infraestruturas de atendimento aos cidadãos portugueses mais frágeis, como a população idosa e os portadores de deficiência”. “O BEI está pronto a apoiar todos os esforços para responder às necessidades mais urgentes dos cidadãos europeus”, acrescenta Ricardo Mourinho Félix, responsável pelas operações do BEI em território nacional.

No mesmo documento, o BEI destaca a importância destes investimentos, referindo que “as atuais instalações [de lares de idosos em Portugal] obsoletas são, em muitos casos, incapazes de satisfazer as necessidades atuais, obrigando a manter nos hospitais os doentes que necessitam de cuidados continuados, sobrecarregando assim o serviço nacional de saúde, ou obrigando as famílias a contratar ou a assumir o papel de cuidadores informais, sem a formação adequada”.

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Centeno recupera velho lema em semana de OE. “As contas devem ser, de facto, certas”, diz o governador

Na semana em que o Parlamento vota a proposta de Orçamento do Estado para 2021, o governador do Banco de Portugal voltou a um lema que usou enquanto ministro: "As contas devem ser, de facto, certas".

Na semana em que o Parlamento vota o Orçamento do Estado para 2021, o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, recuperou um lema que o guiou enquanto ministro das Finanças nos últimos cinco anos: “Devemos ter a perceção e a compreensão que tudo conta e que as contas devem ser, de facto, certas”.

Centeno falava na Sessão Solene da Semana da Formação Financeira 2020, uma iniciativa que visa promover a literacia financeira dos portugueses, mas surge numa altura em que Governo e partidos negoceiam a proposta orçamental do Estado para o próximo ano e com implicações para os bolsos de todos.

“Não só todos contam, mas também tudo conta. Tudo conta, mas em especial tudo conta na dimensão financeira. (…) Aprendemos que a vida é feita de pequenos nadas. E na dimensão financeira isso é ainda mais verdade. Nós devemos ter a perceção e a compreensão que tudo conta e que as contas devem ser de facto certas”, disse Centeno, que ficou conhecido por ser o “ministro das contas certas” ao conduzir Portugal de uma situação de défice orçamental a um inédito excedente de 0,1% do PIB no ano passado.

Com a pandemia, as contas públicas vão voltar ao vermelho perante a necessidade do Governo responder à crise com mais apoios às famílias e empresas. O Executivo prevê défices de 7,3% e 4,3% do PIB este ano e no próximo, respetivamente.

"Não só todos contam, mas também tudo conta. Tudo conta, mas em especial tudo conta na dimensão financeira. (…) Aprendemos que a vida é feita de pequenos nadas. E na dimensão financeira isso é ainda mais verdade. Nós devemos ter a perceção e a compreensão que tudo conta e que as contas devem ser de facto certas.”

Mário Centeno

Governador do Banco de Portugal

Centeno, falando agora na qualidade de governador do Banco de Portugal e de presidente do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros, cargo que ocupa desde julho passado, lembrou a importância de se assumir uma postura de aprendizagem contínua ao longo da vida. Tal como ele próprio assume.

“Aqueles que são hoje alunos e estão nas escolas a aprender não devem esquecer que devem passar toda a sua vida a ser estudantes. Aqueles que hoje são alunos um dia serão ex-alunos mas fomos todos estudantes. E acreditem que ainda hoje, eu, nas funções que desempenho, continuo a estudar e a aprender dimensões muito importantes na literacia financeira“, disse.

O governador explicou que “em todos os domínios da nossa vida, mais informação habilita-nos sempre a tomar decisões mais informadas e consciência”. “É isto que significa exatamente liberdade”, disse.

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Recuperação da economia alemã perde força no 4.º trimestre

  • Lusa
  • 26 Outubro 2020

O banco central da Alemanha antecipa uma recuperação económica a um "ritmo significativamente mais lento" para o 4º trimestre, adiantando que produtividade aumentou fortemente no 3º trimestre.

A recuperação da economia alemã perdeu força no quarto trimestre, segundo o Bundesbank que adianta que a produtividade económica na Alemanha aumentou fortemente no terceiro trimestre e já recuperou metade da queda do primeiro semestre.

No boletim de outubro, publicado esta segunda-feira, o Bundesbank precisa que “a produtividade económica na Alemanha ainda está 5% abaixo do nível pré-crise no último trimestre de 2019″.

A Alemanha sofreu no segundo trimestre a pior contração desde que as estatísticas trimestrais começaram a ser recolhidas em 1970, devido à pandemia de Covid-19. A economia alemã contraiu-se quase 10% na primavera, em dados corrigidos das variações sazonais, mas depois de ter atingido o seu ponto mais baixo em abril, a economia alemã começou a recuperar.

“Na perspetiva atual, a recuperação económica pode ser mantida no trimestre atual, mas a um ritmo significativamente mais lento“, acrescentam os economistas do Bundesbank no boletim. Após a queda acentuada da indústria na Primavera, houve uma notável recuperação até julho e embora tenha havido uma quebra em agosto a produção industrial aumentou 13,5% em julho e agosto em comparação com o trimestre de abril a junho.

A recuperação do mercado de trabalho continuou e, pela segunda vez desde o início da pandemia, o emprego aumentou em agosto na Alemanha em comparação com o mês anterior.

O trabalho a tempo parcial diminuiu, embora esta seja uma medida que muitas empresas estão a implementar. Em abril, seis milhões de empregados na Alemanha trabalhavam a tempo parcial, mas em julho este número tinha caído quase 30% para 4,24 milhões de pessoas.

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Munich Re eleva aos 2,3 mil milhões custo da Covid-19 nas contas do 3ºT

  • ECO Seguros
  • 26 Outubro 2020

A resseguradora alemã somou, de julho a setembro, 800 milhões aos 1,5 mil milhões que assumiu em junho como perdas associadas com a pandemia, mas fechou o trimestre com lucro de 200 milhões de euros.

A Munich Re contabilizou em “cerca de 800 milhões de euros as perdas relacionadas com os efeitos da pandemia (covid19)” na atividade de resseguros no terceiro trimestre (3ºT), revelou a resseguradora em nota dirigida a investidores.

O montante indicado distribui-se por várias linhas de negócio, tais como seguros de grandes eventos, outra linhas de propriedades e danos, e ainda, os ramos Vida e saúde, detalhou a instituição germânica acrescentando que registou perdas adicionais com desastres naturais, em particular os furacões e incêndios nos EUA, e com a explosão no porto de Beirute, eventos que resultaram em custos com sinistros (não Covid) acima da média para um único trimestre.

Os 800 milhões de perdas relacionados com a covid-19 no terceiro trimestre, acrescentam aos 1,5 mil milhões de encargos que a instituição anunciou, em agosto, ter incorrido na primeira metade do ano por conta da pandemia. Em consequência, as perdas com a Covid-19 avolumaram até 2,3 mil milhões de euros no conjunto dos primeiros nove meses do exercício da Munich Re.

Com o detalhe das contas trimestrais agendado para publicação a 5 de novembro, a resseguradora adianta ainda que, suportada pelo bom desempenho da subsidiária ERGO, fechou o terceiro trimestre com lucro consolidado de aproximadamente 200 milhões de euros, um resultado que compara em menos 76,9% com os 865 milhões de euros de lucro apurado em igual período de 2019.

Nas contas do primeiro semestre de 2020, a Munich Re apresentou lucros de 800 milhões de euros, em queda de quase 51% face ao resultado apurado um ano antes. De janeiro a junho de 2020, o volume bruto de prémios subscrito alcançou 27,1 mil milhões de euros, apontando crescimento próximo de 8%.

No comunicado em que a resseguradora divulgou números do segundo trimestre, Joachim Wenning, presidente do conselho de administração, afirmou expectativa de que a Münchener Rückversicherungs (Munich Re) terminará o exercício de 2020 com 54 mil milhões de euros em volume de prémios, fixando novo recorde nos 140 anos de história da companhia.

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Governo Sócrates vendeu 80% dos imóveis públicos em 11 anos

  • ECO
  • 26 Outubro 2020

Estado realizou vendas de imóveis no valor de apenas 63 milhões de euros durante os dois governos de António Costa.

O último governo Sócrates vendeu, em apenas dois anos, quase 80% do valor do património imobiliário público que aparece registado na Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF), avança o Diário de Notícias (acesso pago).

No período de dois anos, o Governo socialista liderado por Sócrates conseguiu angariar 655 milhões de euros com vendas de património do Estado e de institutos públicos.

Atualmente essas operações rendem cada vez menos, sendo que nos últimos quatro anos em análise, os dois governos de António Costa obtiveram um encaixe com vendas de imobiliário de 63 milhões de euros. Em 2019, a receita anual foi a mais baixa desde que há registo: cerca de 2,5 milhões de euros.

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Défice comercial agrava-se em 2,4 mil milhões em 2019. Importações através de e-commerce sobem 23,5%

Numa altura em que o online ganha cada vez mais relevância, as importações de bens através do comércio eletrónico/vendas à distância cresceram 23,5%.

A balança comercial de bens de Portugal registou um défice de 20.074 milhões de euros em 2019, mais 2.485 milhões de euros que no ano anterior. As exportações aumentaram 3,5%, enquanto as importações cresceram 6%, em termos nominais, revelam os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segunda-feira.

Estes dados representam uma revisão em baixa do desequilíbrio da balança, já que em fevereiro o gabinete de estatísticas calculava que o défice comercial tinha aumentado em 2.842 milhões de euros em 2019. Já se excluirmos os combustíveis e lubrificantes, as exportações aumentaram 4,4% e as importações 6,8%, com uma subida no défice de 2.155 milhões de euros.

Numa altura em que o online ganha cada vez mais relevância, as importações de bens através do comércio eletrónico/vendas à distância cresceram. O ano passado foi marcado por um aumento de 23,5% nestas compras, que totalizaram 348 milhões de euros. As importações nesta rubrica viram assim uma subida de 66 milhões de euros, face ao ano anterior.

Os bens de consumo foram a principal categoria económica importada através do comércio eletrónico, representando quase os dois terços em 2019. “Seguiram-se as máquinas e outros bens de capital, com um peso de 21,6% e os fornecimentos industriais com 8,0%”, nota o INE.

Quanto aos países com quem Portugal tem mais relações comerciais, o “pódio” manteve-se inalterado. Os três principais clientes e fornecedores externos de bens a Portugal continuaram a ser Espanha, França e Alemanha”, nota o INE. O maior défice comercial também continuou a ser com Espanha, mas o maior excedente registou-se com os Estados Unidos, “enquanto no ano anterior tinha sido com o Reino Unido”.

Os produtos que o país mais importou foram máquinas e aparelhos, tal como no ano anterior, mas o principal grupo de produtos exportado passou a ser os veículos e outro material de transporte. Tanto as compras como vendas de material de transporte ao exterior aumentaram, 21,8% e 14,2%, respetivamente, atingindo em ambos o valor mais elevado do período 2010-2019.

“No valor total das exportações de material de transporte, 48,7% corresponderam a partes, peças separadas e acessórios, 34,7% aos automóveis para transporte de passageiros e 16,6% a outro material de transporte”, adianta o INE. Já nas importações, no ano passado, “houve um aumento muito significativo do peso da subcategoria outro material de transporte”, principalmente devido ao aumento nas importações de aviões. França passou a ser o principal fornecedor de material de transporte em 2019, maioritariamente por causa da subida nas importações de aviões.

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Pandemia leva a queda de 5,3% no poder de compra dos europeus

Liechtenstein, Suíça e Luxemburgo encontram-se no topo da tabela dos países europeus com mais poder de compra, em 2020.

Com a pandemia, o dinheiro disponível nos bolsos europeus ficou mais reduzido. O poder de compra per capita médio da Europa é de 13.894 euros, o que representa uma queda nominal de quase 5,3% em 2020, face ao valor do ano passado, mostram os dados da GfK Portugal divulgados esta segunda-feira.

No seu todo, os europeus têm pouco menos de 9,5 biliões de euros disponíveis em 2020, revela a empresa de estudos de mercado, em comunicado. O GfK Purchasing Power Europe 2020, que analisou 42 países, coloca Liechtenstein no topo da tabela dos países europeus com mais poder de compra, de 64.240 euros per capita, situando-se 4,6 vezes acima da média europeia.

Seguem-se a Suíça e o Luxemburgo, a completar o pódio. Enquanto o primeiro regista 41.998 euros per capita, o segundo contabiliza um poder de compra per capita de 34.119 euros. No top 10 daqueles com mais riqueza disponível encontram-se ainda países nórdicos como a Islândia, Noruega, Dinamarca e Suécia.

A única nova entrada neste ranking é a Irlanda, que passou da 12.ª posição para a 9.ª, retirando o lugar à Finlândia, que deixou assim de figurar entre os dez países europeus com mais poder de compra. No extremo oposto, é a Ucrânia que se encontra no fim da tabela, com um poder de compra per capita de 1.703 euros.

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