Proença de Carvalho sai da presidência da Global Media e José Pedro Soeiro assume cargo

  • Lusa
  • 20 Agosto 2020

Daniel Proença de Carvalho sai da presidência da Global Media e o administrador não executivo e acionista José Pedro Soeiro assume o cargo até à eleição de novo Conselho de Administração.

Daniel Proença de Carvalho sai da presidência da Global Media, na sequência do fim do seu mandato, e o administrador não executivo e acionista José Pedro Soeiro assume o cargo, disse esta quinta-feira à Lusa fonte ligada ao processo.

Proença de Carvalho enviou esta quinta-feira uma nota interna aos colaboradores do grupo que detém o Diário de Notícias (DN), Jornal de Notícias (JN) e TSF, entre outros títulos, a que a Lusa teve acesso, onde comunica que terminou o seu mandato enquanto presidente do Conselho de Administração do grupo Global Media (GMG).

“Após dois mandatos muito exigentes e aproximando-se a data da eleição para um novo mandato, venho manifestar-vos a minha indisponibilidade para continuar a exercer qualquer cargo na vossa empresa”, refere Proença de Carvalho, numa nota enviada em 11 de maio aos acionistas e que hoje reproduz na missiva aos colaboradores do grupo.

Com o fim do mandato de Proença de Carvalho, José Pedro Soeiro, que detém 24,5% da GMG, vai assumir a presidência do grupo até à eleição de novo Conselho de Administração.

De acordo com fontes ligadas ao processo, estão a ser “realizadas conversações” para entrada de novos acionistas na Global Media, que irão alterar a atual estrutura acionista. Só após este passo é que será eleito um novo Conselho de Administração.

Entretanto, na nota enviada aos colaboradores, Proença de Carvalho agradece “sentidamente o apoio e solidariedade” que recebeu, “incluindo “o desejo para que (…) continuasse para um novo mandato”.

“Como sabem, tomei no ano passado a decisão de por termo à minha atividade profissional e logo então também decidi terminar a minha presença na administração da Global Media, por duas ordens de razões: a idade e a vontade de me dedicar a alguns projetos pessoais”, refere.

“Não quis então renunciar ao cargo no grupo, tendo em conta o processo de profunda reestruturação que temos em curso, processo para cuja superação dei o melhor do meu esforço. Mas agora que o meu mandato termina, nada justificava que aceitasse prolongá-lo”, argumenta o presidente cessante.

Proença de Carvalho agrade aos membros do Conselho de Administração, bem como “a todos os colaboradores” da GMG “a partilha dos princípios que orientaram a ação dos seus meios: servir a comunidade, através de uma informação de rigor e uma opinião pluralista, com respeito pelos valores democráticos, a liberdade, o estado de direito e a defesa e promoção do progresso social”.

“Estou certo de que estes valores, património das marcas do GMG, com uma longa história na imprensa e rádio em Portugal, continuarão a ser preservados no futuro”, sublinha, desejando sucesso ao grupo.

“Creio que esta comunicação exprime o que gostaria de vos dizer neste momento. Que foi um privilégio ter trabalhado convosco na continuidade de um projeto pautado pelos melhores valores do jornalismo, num momento muito exigente, de profundas alterações no setor, a que procurámos dar resposta”, conclui.

A atual composição acionista da Global Media, conforme consta no seu site, é a seguinte: KNJ Global Holdings Limited (35,25%), José Pedro Carvalho Reis Soeiro (24,5%), Olivemedia (19,25%), Novo Banco (10,5%) e Grandes Notícias (10,5%).

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Candidaturas aos apoios para trabalhar no interior já arrancaram. Dão até 4.827 euros

As candidaturas terão de ser submetidas "nos 90 dias seguintes à celebração de contrato de trabalho ou da criação do próprio emprego ou empresa".

Já arrancaram as candidaturas para a medida Emprego Interior MAIS, que dá apoios financeiros diretos para os trabalhadores que se mudem para o interior. O apoio inicial pode chegar aos 4.827 euros, tendo em conta majorações pelos membros do agregado familiar e comparticipação do custo de transportes de bens.

As candidaturas “abriram às 9h00 desta quinta-feira na página do IEFP, que irá operacionalizar este incentivo”, adianta o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, em comunicado. As candidaturas terão de ser submetidas “nos 90 dias seguintes à celebração de contrato de trabalho ou da criação do próprio emprego ou empresa”, explica.

Esta medida, que tem financiamento assegurado por fundos europeus através dos Programas Operacionais Regionais, abrange os trabalhadores desempregados ou empregados à procura de novo emprego, sendo que os beneficiários “terão de ter um contrato a tempo completo (com duração mínima superior a um ano) “, estando também abrangida a criação do próprio emprego.

Quem se mudar para o interior recebe um apoio financeiro direto de 2.633 euros, a que acresce uma majoração de 20% por cada elemento do agregado familiar, no máximo de 1.316 euros. Para além disso, é também comparticipado o custo de transportes de bens, até ao limite de 878 euros.

Este não é o único apoio para o interior, sendo que o Governo já criou até um Guia Fiscal do Interior, com todas as informações. Outra das medidas neste âmbito é uma “majoração de 25% nos apoios no âmbito do Programa Regressar para quem se fixe nos territórios do interior para trabalhar”, sinaliza o ministério liderado por Ana Mendes Godinho.

(Notícia atualizada às 17h45)

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Bastonário aplaude plano do Governo, mas está contra “privatização” da Justiça

Menezes Leitão, bastonário dos Advogados, considera ser necessário agilizar a justiça, mas defende que não pode ser feita através da "desjudicialização".

A Ordem dos Advogados (OA) reagiu ao “Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020-2030”, mais concretamente sobre o ponto dedicado à justiça, e concorda que é necessário agilizar a justiça. Para o bastonário, Luís Menezes Leitão, o sistema tem o “dever de assegurar às pessoas a justiça e tem igualmente o dever de evitar que ocorra denegação” da mesma.

O documento apresentado pelo Governo refere ser fundamental “reduzir os tempos da justiça económica e fiscal”, e que apesar “das melhorias registadas nos últimos anos, impõe-se agilizar e simplificar significativamente o funcionamento do sistema de justiça”. O plano vai mais longe e diz ser necessário generalizar a desmaterialização e tramitação eletrónica dos processos.

Apesar de o bastonário concordar com a necessidade de agilizar a justiça portuguesa, que agravou o número de processos pendentes com a pandemia Covid-19, acredita que o meio da “desjudicialização da justiça” não é o mais correto.

A Ordem dos Advogados entende que “agilizar e simplificar não pode significar de forma desmesurada, a desjudicialização da justiça, ou sequer uma ‘privatização’ da mesma“. “Agilizar e simplificar significa dotar o sistema de justiça de infraestruturas e recursos humanos, capazes de em tempo útil, conceder aos cidadãos a justiça que os mesmos pretendem e sejam merecedores face ao quadro legal”, refere o líder dos cerca de 32 mil advogados.

Luís Menezes Leitão, bastonário da Ordem dos Advogados, em entrevista ao ECO/Advocatus - 07JAN20
Luís Menezes Leitão, bastonário da Ordem dos AdvogadosHugo Amaral/ECO

Para Luís Menezes Leitão é essencial aperfeiçoar os modelos de gestão dos processos judiciais, bem como a justiça em geral. No atual contexto pandémico e em situações de crise económica é preciso que todos os intervenientes “contribuam para que a curto e médio prazo a justiça ande mais célere e seja mais justa”, diz.

Simplificação processual, transformação digital e investimento na formação tanto dos magistrados, como dos funcionários judiciais, órgãos de polícia criminal e advogados, são aspetos referenciados pelo bastonário como forma a tornar a justiça mais ágil.

“Será importante proceder à generalizada colocação de assessores, licenciados em direito e com experiência forense na coadjuvação das magistraturas, exceto na realização de diligências processuais. Esta colaboração dos assessores permitiria “aliviar” a pendência judicial e permitiria “ganhar” tempo para juízes e magistrados do Ministério Público proferirem os seus despachos e promoções“, saliente Menezes Leitão. Para o bastonário, as áreas da jurisdição civil e criminal são as que mais necessitam do incremento de assessores.

Luís Menezes Leitão, bastonário da Ordem dos Advogados, em entrevista ao ECO/Advocatus - 07JAN20
Luís Menezes Leitão, bastonário da Ordem dos AdvogadosHugo Amaral/ECO

No documento apresentado pela OA é ainda evidenciada a necessidade de reforçar o número de magistrados e funcionários judiciais nos Tribunais Administrativos e Fiscais, a revisão do regime das custas processuais, e ainda a redução da taxa do IVA aplicável aos honorários devidos pelos serviços prestados pelos advogados em diversos patrocínios.

Resolução alternativa de litígios não é a mais “ajustada”

Entre os pontos destacados no plano de recuperação económica 2020-2030 está o fomento pela utilização dos meios de resolução alternativa de litígios, um dos mecanismos de desjudicialização. Mas para o bastonário da OA esta não é uma prioridade e não se revela a mais “ajustada” face ao contexto atual.

“A instalação de centros de arbitragem ou outros de natureza análoga, a formação de trabalhadores com funções de cariz administrativo e o recrutamento de profissionais com formação jurídica para resolução do litígio – assumam eles o nome de árbitro ou outro – não revela ser exequível para a resposta imediata, célere e qualificada que se pretende“, lê-se no documento de pronúncia da OA.

Sobre o apoio judiciário, Luís Menezes Leitão deixa uma sugestão: reformulação do modelo procedimental da concessão do apoio judiciário. Para tal, seria imprescindível colocar em prática um mecanismo de aconselhamento jurídico obrigatório prévio à instauração de uma ação.

“A Ordem dos Advogados entende que o estímulo a uma advocacia preventiva pode contribuir, em larga escala, para a diminuição dos conflitos e possibilitar a diminuição das pendências nos Tribunais“, refere.

Tribunais “totalmente afundados”

Em 2014, a ex-ministra da justiça, Paula Teixeira da Cruz, fez uma reforma da organização judiciária, levando ao encerramento de centenas tribunais judiciais por todo o país. Com o novo mapa judiciário, o bastonário da OA nota que os tribunais onde foram concentradas as competências “encontrem-se totalmente afundados e sem capacidade de resposta”.

“Revestindo a justiça uma importância fundamental, não só para assegurar a função coerciva do estado em todo o território nacional, mas também como importante motor que deveria ser da economia, da criação de riqueza, da anulação das assimetrias e da fixação de pessoas e empresas nos concelhos mais desertificados, urge proceder a alterações significativas na distribuição das competências dos tribunais”, assegura.

Para o bastonário uma vez que não é possível aumentar o valor do investimento no setor da justiça, existem outras formas de contornar as adversidades do setor. Entre as referenciadas está a “reafetação dos meios existentes” e que, através da “otimização dos recursos” e a “ponderação dos critérios”, sejam combatidas as assimetrias existentes no país.

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Líder do CDS acusa Governo de “desistir de ajudar” recuperação do turismo

  • Lusa
  • 20 Agosto 2020

Presidente do CDS-PP acusou o primeiro-ministro de “desistir de ajudar” o setor do turismo a reerguer-se na sequência da pandemia.

O presidente do CDS-PP acusou esta quinta-feira o primeiro-ministro, António Costa, de “desistir de ajudar” o setor do turismo a reerguer-se na sequência da pandemia, e de preferir “complicar e votar ao abandono os profissionais do setor e suas famílias”.

Numa nota enviada à comunicação social, Francisco Rodrigues dos Santos afirma que “o primeiro-ministro está a cruzar os braços e a assumir publicamente a incapacidade do seu governo em promover a retoma da atividade turística – cujo contributo para o PIB é superior a 16% -, em proteger as empresas e em salvar centenas de milhares de empregos associados ao setor”.

“No fundo, António Costa está a desistir de ajudar, em vez de adotar a estratégia de patriotismo económico e as medidas de apoio à economia e ao emprego que o CDS tem vindo a propor há bastante tempo: prolongamento do regime de lay-off simplificado até ao final do ano, assim como a eliminação dos pagamentos por conta, linhas de crédito a fundo perdido de apoio às empresas com maiores dificuldades e ainda a criação de um mecanismo de acerto de contas”.

Na ótica do líder do CDS, “em vez de garantir que as empresas não encerram e ajudar a manter empregos”, o executivo preferiu “complicar e votar ao abandono os profissionais do setor e suas famílias” e “somou burocracia e complexidade, ao mesmo tempo que dificultou o acesso aos apoios e reduziu o número de beneficiários”.

Apontando que “o resultado” foi o aumento do número de desempregados “para os 407 mil”, Rodrigues dos Santos advogou que “de pouco” irá servir qualquer fundo europeu” sem “setores vivos, sobretudo o do turismo, que é vital para a economia” portuguesa.

Segundo dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), o número de desempregados inscritos nos centros de emprego aumentou 37% em julho em termos homólogos, e 0,2% face a junho.

De acordo com o IEFP, no final de julho estavam registados nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas 407.302 desempregados.

Comentando a proposta do primeiro-ministro de que os desempregados do turismo, uma das áreas mais atingidas pela crise gerada pela pandemia de Covid-19, podem ser reconvertidos, com a formação necessária, como trabalhadores do setor social, o centrista voltou a criticar a atuação do Governo.

“Se assim fosse, a primeira pessoa que devia procurar uma oportunidade no setor do turismo seria a ministra da Segurança Social, depois de se mostrar totalmente insensível para o exercício das atuais funções”, salientou o presidente do CDS.

No sábado, o líder democrata-cristão pediu a demissão da ministra Ana Mendes Godinho, na sequência de a governante ter admitido, em entrevista ao semanário Expresso, que faltam funcionários nos lares e ter considerado que a dimensão dos surtos de Covid-19 “não é demasiado grande em termos de proporção”.

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Bancos centrais passam rasteira às bolsas. Lisboa cede 1%

Atas das últimas reuniões tanto do Banco Central Europeu como da Reserva Federal norte-americana mostraram preocupação das duas entidades sobre a economia. Ações globais reagiram em queda.

O vermelho imperou nas ações mundiais com os alertas dos bancos centrais da Zona Euro e dos EUA, que alertaram para o impacto da pandemia na economia global. Após terem sido conhecidos relatos das duas últimas reuniões de política monetária, as bolsas dos dois lados do Atlântico caíram na sessão desta quinta-feira. Lisboa não escapou e fechou com uma perda de 1,12% para 4.358,47 pontos.

A Mota-Engil liderou as perdas no índice, com um tombo de 3,76%, seguido pelo setor do papel e pasta de papel. A Altri perdeu 3,34%, a Navigator 2,68% e a Semapa 2,14%. Entre os pesos-pesados do PSI-20 destacaram-se as quedas da Galp Energia (2,14%) e do BCP (2%).

A sessão foi também de reação às notícias de que o maior acionista da Nos, a Zopt vai separar-se: para um lado fica a posição de Isabel dos Santos e, do outro, a Sonae. A telecom cedeu 0,33% para 3,59 euros e a retalhista recuou 1,07% para 0,5995 euros. Em sentido contrário, a EDP Renováveis ganhou 0,72% e foi uma das quatro cotadas no verde.

A desvalorização da bolsa de Lisboa segue em linha com a tendência na Europa, onde o Stoxx 600 perdeu 1,02%. O índice alemão DAX recuou 1,1%, o francês CAC 1,3% e o espanhol IBEX 35 cedeu 0,8%. Da mesma forma, também Wall Street segue em terreno negativo.

A razão para o pessimismo são as minutas das últimas reuniões de política monetária de dois dos maiores bancos centrais do mundo. Do lado do Banco Central Europeu, é repetida a palavra “incerteza” 20 vezes, com os governadores presentes no encontro a sublinharam o elevado grau de incerteza em relação aos desenvolvimentos económicos e financeiros. Apesar disso, já há quem veja o fim dos estímulos monetários.

Já a Reserva Federal norte-americana (Fed) diz esperar um forte impacto da pandemia na economia dos EUA. O alerta foi feito na mesma altura em que foi conhecido que o PIB do país contraiu 32,9% em termos homólogos no segundo trimestre.

(Notícia atualizada às 16h55)

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Plataforma dos direitos dos passageiros avança com processo contra a TAP na Alemanha

  • Lusa
  • 20 Agosto 2020

A plataforma dos direitos dos passageiros alemã exige à TAP o pagamento de um reembolso no valor de cerca 750 mil euros. Em causa estão quase 900 pedidos devido a voos atrasados ou cancelados em 2019.

A plataforma de defesa dos direitos dos passageiros alemã Flightright avançou com um processo em tribunal contra a TAP, exigindo o pagamento de reembolsos de cerca de 750 mil euros, de acordo com um comunicado.

A entidade terá conseguido um arresto sobre as contas da TAP na Alemanha, exigindo perto de um milhão de euros à companhia aérea portuguesa, que inclui custos judiciais e com advogados.

Em causa estão pedidos de perto de 900 consumidores do país devido a voos atrasados ou cancelados da companhia aérea em 2019, de acordo com a mesma nota.

Contactada pela Lusa, a TAP não comentou este caso em particular, mas referiu que “cumpre as normas legais e regulamentares em vigor em todos os países em que opera”.

“À semelhança de todas as companhias aéreas no mundo, face ao elevado número de cancelamentos que, infelizmente, a companhia aérea portuguesa foi forçada a fazer devido às restrições impostas ao tráfego aéreo, como principal medida de contenção do covid-19, por parte de vários países, o número de situações reportadas pelos clientes subiu exponencialmente. Pelo que, apesar de todos os esforços feitos, o tempo de processamento destas situações, incluindo alguns processos de 2019, é superior ao habitual”, indicou a TAP.

“Na recente retoma de atividade, a companhia está já a resolver e a acompanhar cada situação acumulada, em detalhe, tomando rapidamente todas as medidas necessárias para resolver e minimizar o impacto junto dos seus clientes, regularizando com a maior brevidade possível as referidas situações que se vieram a acumular”, indicou a transportadora.

Por sua vez a Flightright destacou o “comportamento” da TAP e acusou-a de “ignorar” decisões tomadas a favor dos passageiros na Alemanha.

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“Para nós isso é um comportamento incompreensível e absolutamente inaceitável do ponto de vista da defesa do consumidor”, referiu Oskar de Felice, especialista jurídico da Flightright, citado no mesmo comunicado.

Com esta ação, a plataforma espera forçar o pagamento dos valores que alega estarem em falta, tendo em conta que, com a penhora, fica mais complicada a operação da TAP na Alemanha, nomeadamente o pagamento de salários e outras despesas.

A plataforma compromete-se a levantar a penhora, mal a TAP efetue os pagamentos e acredita que tendo em conta que o Estado português é acionista da transportadora esta será “financeiramente estável”.

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É oficial. Governo britânico inclui Portugal nos corredores aéreos

Após semanas consecutivas em que foi excluído, Portugal vai integrar a lista de corredores aéreos do Reino Unido, de acordo com o jornal britânico The Guardian.

Portugal fará parte da lista de corredores aéreos do Reino Unido, após semanas consecutivas em que o país foi excluído. A informação avançada esta quinta-feira pelo jornal britânico The Guardian foi confirmada pelo secretário de Estado dos Transportes britânico, Grant Shapps, no Twitter. A mudança ocorrerá a partir das 16h de sábado.

Os dados mostram que podemos agora acrescentar Portugal à lista de países incluídos nos corredores aéreos“, escreveu o político britânico, avisando logo de seguida que os britânicos devem estar cientes de que a situação pode “mudar rapidamente”. Ou seja, tal como aconteceu com outros países, Portugal pode vir a sair da lista caso haja um aumento significativo de casos.

O secretário de Estado dos Transportes vai mais longe ao recomendar aos britânicos que “apenas” viagem se estiverem confortáveis em cumprir uma quarentena de 14 dias, de forma “inesperada”. “Falo por experiência”, acrescentou, referindo-se à sua viagem a Espanha que o obrigou a cumprir essa mesma quarentena, após a retirada do país da lista por parte do Governo.

Em reação à decisão, o Ministério dos Negócios Estrangeiros usou também o Twitter para classificar a novidade de uma “boa notícia”. “A partir do próximo sábado os viajantes provenientes de Portugal que cheguem ao Reino Unido deixam de estar sujeitos a quarentena”, escreve o Ministério liderado por Augusto Santos Silva, assinalando que “as autoridades britânicas consideram também seguras todas as deslocações a qualquer parte do território português“.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros diz ainda que o “levantamento desta restrição é útil” sobretudo para “os mais de 300 mil de portugueses no Reino Unido e os mais de 30 mil britânicos residentes em Portugal”. E que é “o resultado do intenso trabalho bilateral realizado nas últimas semanas, que permitiu demonstrar que a situação epidemiológica esteve sempre sob controlo, sendo Portugal um dos países europeus com mais testes, menos óbitos e menos hospitalizados”.

Assim, os turistas britânicos que vierem para Portugal não terão de fazer uma quarentena de 14 dias a que eram obrigados até agora, desde que as viagens aéreas entre o Reino Unido e o território nacional foram restabelecidas. Todas as pessoas que cheguem ao Reino Unido do estrangeiro estão obrigadas a ficar em isolamento durante duas semanas, exceto as que vierem dos países que constem desta lista.

Esta mudança deverá ser benéfica para o setor do turismo em Portugal, particularmente no Algarve (o principal destino dos britânicos) — dado que os turistas britânicos representam a segunda maior fatia dos visitantes que todos os anos chegam a território nacional — ainda que o verão já esteja cada vez mais perto do fim. Em junho, foram os turistas residentes a dar um impulso ao setor, após uma quase paralisação, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em sentido contrário, o Governo britânico deverá retirar da lista a Croácia, após um aumento dos casos nesse país, segundo o The Guardian. Também esta informação foi confirmada pelo secretário de Estado dos Transportes, que acrescentou ainda a Áustria e Trindade e Tobago aos países que vão sair dessa lista.

No Twitter, Grant Shapps também deu a conhecer os fatores que levam a mudanças na lista: a prevalência estimada do vírus no país; o nível e a taxa de crescimento dos casos positivos confirmados; o nível de testes do país; “até que ponto é que os casos podem ser atribuídos a um surto contido por oposição a uma transmissão mais geral na comunidade”; as medidas do Governo; e outra informação epidemiológica que seja relevante.

No início deste mês, indignado com as decisões do Reino Unido, o Governo português decidiu enviar um relatório da situação epidemiológica com base nos critérios usados pelos britânicos para tentar alterar as restrições de viagem. “Espero que uma próxima revisão da parte das autoridades britânicas signifique finalmente o reconhecimento dos factos, porque, na minha opinião, não há nenhum facto em Portugal que justifique que passageiros oriundos de Portugal sejam sujeitos a quarentena em Inglaterra”, disse nessa altura o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

Em 2019, 15% dos 24,6 milhões de turistas não residentes que Portugal recebeu eram do Reino Unido, apenas superado pela Espanha que representa 25,5% dos turistas estrangeiros que chegam ao território nacional. O número de turistas britânicos cresceu 7,6% no ano passado.

(Notícia atualizada às 17h49 com mais informações)

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Depois do confinamento, 37% dos portugueses admite comprar mais online

Um terço dos portugueses admite ter realizado mais compras online durante o período de confinamento. E tencionam aumentar esse hábito. Bens alimentares são os mais procurados.

A pandemia da Covid-19 acelerou o e-commerce em Portugal. Durante o período de confinamento, 37% dos portugueses, ou seja, quase um em cada quatro, compraram mais online e têm intenção de aumentar esse hábito no futuro (37,5%), de acordo com estudo do European Business School (ISAG).

Este estudo teve como principal objetivo “avaliar o impacto da pandemia no consumo online e as principais mudanças e tendências no comportamento do consumidor antes, durante e após o período de confinamento. Entre as principais conclusões destacamos a fidelização dos portugueses às compras online, justificada pela intenção de manter estes hábitos no futuro. Acreditamos que o e-commerce em Portugal vai continuar a crescer nos próximos meses”, explica a Professora Ana Pinto Borges, coordenadora do Núcleo de Investigação do ISAG, citada em comunicado.

O estudo indica que, antes da pandemia, os inquiridos fazia compras online com pouca frequência, sendo que 6,9% afirmaram que nunca realizaram uma compras online, 18,7% realizaram apenas uma compra por ano e 21% realizaram uma compra a cada seis meses. Uma tendência que está claramente a mudar, tendo em conta que o estudo mostra que a pandemia acelerou o e-commerce e que estamos perante um novo consumidor.

“Temos um novo perfil de consumidor, mais sofisticado e apto para as novas tecnologias, que deposita enormes expectativas nas marcas, que, por sua vez, devem otimizar e reajustar as suas estratégias comerciais, oferta disponível e até mesmo a própria experiência de compra por forma a reforçarem e reconquistarem a confiança dos seus clientes e o dinamismo do negócio”, alerta a investigadora.

De acordo com o estudo, os critérios “mais importantes” para os compradores são higiene e segurança (65%), disponibilidade dos produtos (48%) e rapidez nas entregas (43%). Apesar de quase inalterada (com um crescimento de apenas 0,67 p.p.), a segurança no pagamento continuou a ser o fator mais determinante para os inquiridos, com a grande maioria (74,38%) a considerá-lo “muito importante”.

O tipo de produtos mais procurados durante o confinamento foram bens alimentares (+ 16,4 pontos percentuais) e produtos de supermercado (+ 10,33 p.p.), seguindo-se os produtos farmacêuticos, como os medicamentos (+ 5,36 p.p.). Em sentido inverso, as maiores quedas registaram-se nas viagens e reservas hoteleiras (- 41,8 p.p.), no vestuário (- 15,96 p.p.), tecnologia e softwares (- 5,62 p.p.) e nos cosméticos e itens pessoais (- 4,95 p.p.).

O estudo “Comportamento do Consumidor antes, durante e após o período de confinamento: o impacto socioeconómico ao nível internacional” reuniu 445 participantes através de um questionário online, realizado entre abril e junho.

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Do CEO do Zoom ao neto de Mandela. Conheça os primeiros 50 convidados do Web Summit

Eric Yuan, CEO da Zoom, ou Guo Ping, chairman da Huawei, estão entre os 50 oradores que confirmaram presença na 5.ª edição do Web Summit, de 2 a 4 de dezembro, online e de forma presencial.

O Web Summit, o maior evento de tecnologia e empreendedorismo do mundo relevou esta quinta-feira, os nomes dos primeiros 50 oradores confirmados para a 5ª. edição, que irá decorrer online e offline, a partir do Altice Arena em Lisboa e de outros lugares do país, entre 2 e 4 de dezembro.

Este ano, o Web Summit vai receber convidados de outros anos e estreantes no evento. Na primeira lista de oradores confirmados encontramos nomes como Brad Smith, presidente da Microsoft, Eric Yuan, fundador e CEO da Zoom, Guo Ping, o chairman da Huawei ou Xiang Wang, presidente da Xiaomi, entre outros. Além do neto de Nelson Mandela.

A edição deste ano vai focar-se em seis temáticas principais: media e marketing e media, developers e data, sociedade, comércio, lifestyle e business development. Devido à pandemia, o Web Summit terá dois formatos: será transmitido em direto, a partir do Altice Arena e de outros estúdios em várias cidades do país.

A edição deste ano terá ainda um “canal” totalmente dedicado a Portugal: durante três dias, centenas de representantes de startups e de grandes empresas nacionais serão entrevistados, assim como será dado destaque a universidades e outras instituições ligadas à investigação.

A organização do evento já confirmou que vai reunir mais de 100 mil fundadores de startups, parceiros e oradores. Na edição de 2019, o Web Summit contou com cerca de 70 mil assistentes, que se repartiram pela FIL e pelo Altice Arena, em quatro dias de evento.

O evento criado na Irlanda em 2010, e realizado em Lisboa desde 2019, vai manter-se na capital portuguesa até 2028.

Conheça alguns dos 50 nomes confirmados:

  • Eric Yuan, fundador e CEO da Zoom
  • Nikolay Storonsky, fundador e CEO da Revolut
  • Eduardo Saverin, cofundador do Facebook
  • Gillian Tans, chairwoman da Booking.com
  • Vasant Narasimhan, CEO da Novartis
  • Daniela Braga, fundador da DefinedCrowd
  • Peter Diamandis, CEO e chairman da Singularity University
  • Ro Khanna, democrata que representa a Califórnia na Câmara dos Representantes, nos EUA
  • Siyabulela Mandela, ativista para a paz e direitos humanos e jornalista para os direitos humanos
  • Padmasree Warrior, fundador e CEO da Fable
  • Guo Ping, rotating chairman da Huawei
  • Brad Smith, presidente da Microsoft
  • Katherine Bell, editor executivo da Quartz
  • Alyson Shontell, editora executiva da Business Insider
  • Ann Cairns, vice-charmain executive da Mastercard
  • Andrew Ross Sorkin, colunista do The New York Times

Os bilhetes já estão à venda e a lista completa dos 50 oradores já confirmados está disponível no site oficial do evento.

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Lego vai lançar peças em braille e chegada a Portugal está prevista para início de 2021

  • Lusa
  • 20 Agosto 2020

O conceito por trás das peças em braille foi primeiro proposto à Lego Foundation em 2011 pela associação dinamarquesa de cegos. Novo brinquedo chega a Portugal no próximo ano.

A fabricante de brinquedos dinamarquesa Lego anunciou, esta quinta-feira, o lançamento de peças em braille para ajudar crianças com deficiências visuais, estando previsto a chegada a Portugal no “início de 2021”.

Em comunicado, a Lego Foundation e o grupo Lego anunciam o lançamento da “primeira onda do programa em parceria com organizações locais” ligadas à perda de visão para ajudar crianças com deficiência visual “a aprender o pensamento crítico, a resolução de problemas e a colaboração” através da brincadeira.

O lançamento oficial da Lego Braille Bricks (peças da Lego em braille) arranca em sete países, incluindo Alemanha, Brasil, Dinamarca, Estados Unidos, França, Noruega e Reino Unido.

“O programa foi revelado pela primeira vez como um projeto-piloto em abril de 2019 na Conferência de Marcas Sustentáveis em Paris, França, lar do inventor do braille, Louis Braille”, destaca a Lego, num comunicado divulgado no seu site.

Desde então, o conceito tem sido testado em várias línguas e contextos culturais e está pronto para ser lançado em seis línguas, onde se inclui o português, inglês, alemão, francês, dinamarquês e norueguês, adianta. Quatro línguas adicionais vão ainda ser lançadas nos próximos seis meses, “com a ambição de que o conceito seja implementado num total de 11 línguas ao longo de 20 países no início de 2021”, refere.

O conceito por trás das peças em braille foi primeiro proposto à Lego Foundation em 2011 pela associação dinamarquesa de cegos e, em 2017, por uma associação similar brasileira. “Desde então foi sendo moldada numa estreita colaboração com as comunidades de cegos na Dinamarca, Brasil, Reino Unido, Noruega, Alemanha, França e Estados Unidos, onde os testes foram conduzidos em duas ondas durante quase dois anos”, explica a Lego.

“A primeira onda da Lego Braille Bricks está a ser lançada nesses países” e entrará “em 13 países adicionais no início de 2021, incluindo Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Espanha, Finlândia, Holanda, Irlanda, Itália, Nova Zelândia, Portugal e Suíça”, aponta.

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Airbnb proíbe festas em alojamentos em todo o mundo

  • Lusa
  • 20 Agosto 2020

Além de proibir por tempo indeterminado a realização de festas nos alojamentos partilhados na sua plataforma, a Airbnb estipulou uma ocupação máxima de 16 hóspedes por espaço.

A plataforma online de arrendamento temporário Airbnb anunciou esta quinta-feira a decisão de proibir por tempo indeterminado a realização de festas nos alojamentos que gere em todo o mundo e estipulou uma ocupação máxima de 16 hóspedes por espaço.

“As festas são proibidas em alojamentos em todo o mundo para todas as futuras reservas, e não podem ser alojadas mais de 16 pessoas ao mesmo tempo em qualquer alojamento”, informou a Airbnb, em comunicado.

Estas medidas, diz, têm como objetivo promover a saúde pública e as viagens responsáveis, apoiando medidas de saúde de distanciamento social, em contexto de pandemia de covid-19. A proibição vai permanecer em vigor por tempo indeterminado, esclarece.

Já a medida que estipula a ocupação máxima de 16 pessoas aplica-se principalmente a grandes espaços que têm sido publicitados até agora com capacidade para mais do que aquele número de pessoas.

Porém, “a Airbnb está atualmente a estudar a possibilidade de gerar um processo de exceção para estabelecimentos hoteleiros especializados e tradicionais (tais como hotéis boutique)”, adianta.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 787.918 mortos e infetou mais de 22,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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ASF “preparada” para prolongar moratórias dos seguros

  • Lusa
  • 20 Agosto 2020

A ASF diz que o prolongamento das moratórias nos seguros "é uma matéria de decisão que cabe ao legislador", mas diz estar preparada para esse cenário.

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) manifestou-se “preparada” para a extensão das moratórias dos seguros implementadas devido à pandemia de covid-19, caso os legisladores assim o decidam.

A ASF encontra-se “naturalmente preparada e disponível para observar o que venha a ser decidido e atuar em conformidade”, de acordo com uma resposta de fonte oficial do regulador do setor segurador enviada à Lusa.

No entanto, a mesma fonte do supervisor presidido por Margarida Corrêa de Aguiar afirmou que essa “é uma matéria de decisão que cabe ao legislador”.

O decreto-lei 20-F/2020, de 12 de maio, estabeleceu um regime de moratórias para o setor segurador devido à quebra de atividade relacionada com a pandemia de covid-19. A legislação, válida até 30 de setembro, permite que, em caso de falta de acordo entre a seguradora e o tomador do seguro, “em caso de falta de pagamento do prémio ou fração na data do respetivo vencimento, em seguro obrigatório”, o contrato seja automaticamente prolongado por 60 dias “a contar da data do vencimento do prémio ou da fração devida”.

As partes podem, no entanto, chegar a acordo para o estabelecimento de “um regime mais favorável ao tomador do seguro”, entre o qual se pode implementar “o pagamento do prémio em data posterior à do início da cobertura dos riscos”. De acordo com o decreto-lei, também pode ser acordado “o afastamento da resolução automática ou da não prorrogação em caso de falta de pagamento, o fracionamento do prémio, a prorrogação da validade do contrato de seguro, a suspensão temporária do pagamento do prémio e a redução temporária do montante do prémio em função da redução temporária do risco”.

Na resposta enviada à Lusa, a ASF afirma que o diploma “veio, de forma equitativa e transversal a toda a sociedade, criar soluções para amenizar e flexibilizar o impacto da crise do Covid-19 nas famílias e junto do tecido empresarial”. Segundo números da ASF, entre 13 de maio e 30 de junho, cerca de 3,3 milhões de apólices viram prolongadas em 60 dias as suas coberturas, e houve renegociação do pagamento dos prémios em 1,3 milhões de contratos.

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