Zurich e CYE são parceiras a proteger empresas contra cibercrime

  • ECO Seguros
  • 27 Fevereiro 2020

A colaboração com a CYE “permite oferecer aos clientes uma solução cibernética de última geração”, afirma Sierra Signorelli, responsável para área de subscrição em seguros comerciais na Zurich.

O grupo Zurich Insurance (Zurich) juntou forças com a empresa de cibersegurança CYE na criação de uma nova oferta para proteger as empresas contra os riscos crescentes do cibercrime.

A solução Zurich Cyber Security Services ajuda as empresas a definir e implementar programas eficazes de gestão de riscos cibernéticos para cobrir todo o espetro do ciberespaço. A oferta combina a experiência da Zurich em seguros cibernéticos e engenharia de risco com a tecnologia, serviços e experiência cibernética da CYE, baseada em inteligência artificial, explica a companhia.

O espaço cibernético é fonte de importantes ameaças no contexto do crime e da corrupção, e um dos maiores riscos para as empresas, adverte o ‘Global Risks Report’ publicado pelo Fórum Económico Mundial em parceria com a Zurich. “Com a crescente severidade e frequência dos ataques informáticos, as empresas podem preparar-se melhor desenvolvendo estratégias mais robustas face aos riscos de cibersegurança e subscrevendo seguros”, nota a seguradora suíça.

“Os riscos cibernéticos representam desafios significativos para as empresas, uma vez que o ciberespaço, sendo já altamente complexo, continua a evoluir”, realça Sierra Signorelli, Chief Underwriting Officer na área de seguros comerciais da Zurich.

“A nossa colaboração com a CYE, líder mundial em serviços de segurança cibernética, permite oferecer aos clientes uma solução cibernética de última geração que combina os benefícios dos seguros com o fortalecimento das próprias defesas cibernéticas dos clientes”, acrescenta.

Reforçando, Reuven Aronashvili, CEO da CYE, afirma: “Estamos muito satisfeitos por trabalhar com o Zurich Insurance Group. Com uma gestão de risco cibernético eficaz, em que a avaliação de risco contínua, adaptável e personalizada e o ciberseguro são as forças motrizes, os executivos de negócios podem conduzir um crescimento empresarial digital mais rápido e inteligente“.

Os benefícios do Zurich Cyber Security Services “incluem o fecho de ‘pontos cegos’ de segurança desconhecidos das empresas, a redução do risco e impacto de incidentes de segurança, a garantia de proteção proativa de ativos empresariais críticos e a atribuição adequada de orçamento e recursos”, acrescenta a seguradora.

O Zurich Cyber Security Services está disponível para empresas a nível global. As empresas que adquirem uma apólice autónoma cibersegurança da Zurich também beneficiam da colaboração com a CYE, dado que a apólice passa a incluir um relatório abrangente e orientado para a tecnologia e de avaliação do risco face a ameaças cibernéticas, esclarece a fonte.

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TAP isenta de indemnizar passageiro por violência de outro

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2020

Um passageiro problemático obrigou a desviar um voo e provocou atrasos, prejudicando outro passageiro que pediu uma indemnização. O tribunal europeu desresponsabilizou a TAP pelo incidente.

Um advogado-geral do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE), no Luxemburgo, considerou que a TAP está isenta de indemnizar, em 600 euros, um passageiro por atraso no voo devido ao comportamento desordeiro de outro cliente a bordo.

Em causa está uma decisão preliminar na qual um advogado-geral propõe que o TJUE considere, num futuro acórdão, que este caso seja considerado uma circunstância extraordinária, o que nos termos do regulamento europeu relativo aos direitos dos passageiros dos transportes aéreos isenta as transportadoras de qualquer indemnização.

De acordo com a informação publicada, o que aconteceu foi que, “no decurso de um voo, um passageiro mordeu outros passageiros e agrediu a tripulação de cabine que o tentou acalmar, de tal forma que justificou, segundo o comandante do voo e por razões de segurança, um desvio para o aeroporto mais próximo a fim de desembarcar esse passageiro e a respetiva bagagem, originando o atraso desse voo na chegada ao seu destino”.

Alegando que esta é uma circunstância extraordinária, o advogado-geral fundamenta que isso “justifica, em princípio, a isenção da transportadora aérea da sua obrigação de indemnização em relação aos cancelamentos ou aos atrasos consideráveis daí decorrentes, nos termos do regulamento” europeu.

O caso remonta a agosto de 2017 e refere-se a um voo da TAP entre Fortaleza, no Brasil, e Lisboa.

O queixoso reservou este voo para, assim que chegasse a Lisboa, embarcar pela mesma companhia para Oslo, na Noruega, usando a capital portuguesa como escala.

No que diz respeito ao voo entre Fortaleza a Lisboa, a descolagem estava prevista para as 23:05 de 21 de agosto de 2017 e a aterragem, no aeroporto de Lisboa, para as 10:15 de 22 de agosto de 2017, mas esta última só se concretizou nesse dia pelas 13:33, já que a aeronave foi desviada, a meio do trajeto, para Las Palmas, em Espanha, para desembarcar o tal passageiro desordeiro.

Já a ligação de Lisboa a Oslo deveria ter terminado com a aterragem no aeroporto de destino pelas 18:10 de 22 de agosto de 2017, mas com os atrasos e como a TAP só tem um voo por dia para a capital norueguesa, o passageiro teve de esperar até ao dia seguinte para embarcar, chegando assim mais de 24 horas depois do previsto.

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CaixaBank compra 450 milhões de dívida do BPI

O BPI vai emitir 450 milhões de euros em dívida sénior não preferencial para cumprir requisitos regulatórios. Já tem comprador: a emissão será subscrita integralmente pelo CaixaBank.

O BPI vai realizar uma emissão de dívida sénior não preferencial no montante de 450 milhões de euros, com o prazo de cinco anos. Já tem comprador para a operação: será subscrita integralmente pelo CaixaBank, o dono do banco português.

A emissão visa reforçar os passivos elegíveis para cumprimento do requisito futuro de MREL (requisito mínimo de fundos próprios e créditos elegíveis), que obriga os bancos europeus com importância sistémica a constituir uma almofada financeira adicional para fazer face às dificuldades.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), as condições da emissão foram fixadas esta quinta-feira: terá uma taxa de cupão de 0,875% e uma taxa de juro equivalente à taxa swap a cinco anos acrescida de um spread de 130 pontos base. “Foi obtida uma opinião de um auditor independente, o qual confirmou que as condições de pricing da emissão são, face às atuais condições de mercado, adequadas”, adianta o banco.

A emissão ficará concluída no próximo dia 6 de março.

Em novembro, numa operação semelhante, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) emitiu 500 milhões em dívida sénior não preferencial a cinco anos com uma taxa de juro de 1,25%.

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Descontos nas portagens obriga a concertação com concessionárias, diz ministra

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2020

Ana Abrunhosa disse que os descontos nas portagens das autoestradas vão obrigar a “uma concertação” com as concessionárias, sublinhando que há apenas uma autoestrada cuja concessão não é da IP.

A ministra da Coesão Territorial disse esta quinta-feira que os descontos nas portagens vão obrigar a “uma concertação” com as concessionárias, mas ressalvou que a Infraestruturas de Portugal tem a concessão de seis das sete autoestradas.

Ana Abrunhosa anunciou na quarta-feira descontos nas portagens de sete autoestradas a partir do terceiro trimestre do ano para os “utilizadores frequentes”, uma estratégia que foi discutida no Conselho de Ministros descentralizado que decorreu esta quinta-feira, em Bragança.

No final da reunião, em conferência de imprensa, a governante especificou que, das sete autoestradas contempladas neste regime de descontos, só a concessão da A23 não é das Infraestruturas de Portugal.

“Temos de seguir a lei e, de facto, temos que estimar via a via os impactos desta redução, temos que ver se tem impacto no equilíbrio financeiro dos contratos”, referiu.

O que, acrescentou, já foi feito em 2018.

“Isto obriga a que haja uma concertação com as concessionárias, temos a vida facilitada porque só temos uma concessão que não é das Infraestruturas de Portugal, no entanto, seguindo a lei teremos que fazer todo este caminho, de verificar se há necessidade de equilíbrio financeiro, de partilha de receitas, no caso de prevermos aumento de receitas, e isso implicará uma resolução do Conselho de Ministros”, explicou.

A governante disse que o modelo a aplicar “já está consensualizado entre os ministérios das Infraestruturas e Habitação, das Finanças e da Coesão Territorial”.

Ana Abrunhosa explicou que se trata de “um desconto de quantidades”, que beneficia os utilizadores frequentes, exemplificando que a “partir do oitavo dia até ao 15.º dia haverá um desconto de 20% e a partir do 16.º dia até ao final do mês será um descontos de 40%”.

Nas autoestradas A4, A24, A28, A25, A23, A13 e A22, antigas SCUT, já eram aplicados descontos e estes foram, segundo a ministra, “harmonizados e aumentados”.

Relativamente ao transporte de mercadorias, a ministra referiu que os descontos vão ser aumentados dos 30% para os 35% de dia e 50% para 55% à noite.

A ministra anunciou ainda um desconto para os transportes de passageiros, que até agora não existiam e que passam a ser iguais às percentagens dos transportes de mercadorias.

O objetivo é, frisou, “estimular o uso do transporte coletivo em detrimento do transporte individual”.

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CML cria agência de empregabilidade para lisboetas em situação de exclusão social

Câmara municipal de Lisboa investe 150 mil euros para lançar "Porta Aberta", agência para pessoas em situação de exclusão. Quer promover a autonomia e a reinserção social.

A câmara municipal de Lisboa apresentou esta quinta-feira a “Porta Aberta”, uma agência de empregabilidade para residentes em Lisboa em situação de vulnerabilidade. O objetivo é garantir a autonomia e independência económica enquanto membros da sociedade. Com um apoio da autarquia de 150 mil euros, a agência quer criar estágios de integração profissional, colocação direta no mercado de trabalho, atividade ocupacional temporária e promoção do autoemprego.

Gerida pelo consórcio de associações Bairro Associação de Desenvolvimento Local – do qual faz parte a Associação Crescer, promotora do É um restaurante –, a “Porta Aberta” destina-se a pessoas que consumam de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas, pessoas em situação de sem-abrigo, trabalhadores do sexo e migrantes, mesmo em situação documental irregular.

“Numa perspetiva moderna, digna do século XXI, acreditamos que a câmara tem de ser o garante dos direitos de quem vive nesta cidade”, sublinhou Manuel Grilo, vereador do BE e responsável pela pasta dos direitos sociais na CML, durante a cerimónia de lançamento. “As respostas simplificadas e caritativas a problemas sociais complexos têm-se mostrado úteis mas insuficientes. Os problemas sociais precisam de ter uma visão inovadora e de respostas integradas. No entanto, as políticas públicas no combate à desigualdade têm de ir mais longe e é para isso que aqui estamos”, acrescentou.

Criada para promover a colocação direta no mercado de trabalho — para pessoas com um nível de autonomia e competências compatíveis com as exigências atuais do mercado de trabalho — e em funções desenhadas à medida dos candidatos, destinada a pessoas “com níveis de auto-estima reduzidos associados a um elevado estigma social, que não se enquadram no funcionamento atual do mercado de trabalho, mas com efetiva capacidade de trabalho diário e/ou semanal, regular, a Porta Aberta vai atuar em várias frentes.

Os estágios de integração profissional, por outro lado, destinam-se a pessoas com um nível de autonomia e competências muito próximo das exigências atuais do mercado de trabalho, refere a autarquia. A autarquia quer promover, ainda, atividades ocupacionais pontuais e o autoemprego, para pessoas que tenham oportunidade de gerar rendimentos através de uma atividade independente ou negócio próprios.

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“Precisamos de iniciativas que, mais do que combater a desigualdade, garantam a igualdade de acesso aos direitos sociais. É isto que o Porta Aberta, esta Agência de Empregabilidade, quer garantir. Sejam pessoas em situação de sem abrigo, migrantes sem papéis, pessoas com consumo de substâncias lícitas ou ilícitas, trabalhadoras do sexo, terão aqui o primeiro passo para reconstruir a sua autonomia e independência económica enquanto membros da sociedade“, rematou o vereador.

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Hotéis no Porto com cancelamentos de reservas por prevenção devido ao Covid-19

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2020

Há já vários hotéis no Porto a receberem cancelamentos de reservas por de grupos de turistas da China, Tailândia, EUA, Itália e Grécia. Associação Portuguesa de Hotelaria diz que são residuais.

Vários hotéis do Porto estão a receber cancelamentos de reservas de grupos de turistas da China, Tailândia, EUA, Itália e Grécia, mas a associação de hoteleiros diz que as anulações devido à epidemia do coronavírus Covid-19 são ainda residuais.

“Temos tido alguns pedidos de cancelamentos de grupos com 20 a 40 pessoas provenientes da Tailândia e da China e o motivo que apresentam é o coronavírus [Covid-19]”, refere Marcelo Guedes, executivo de vendas no Hotel Monumental Palace, localizado na Avenida dos Aliados do Porto.

Segundo Marcelo Guedes, os cancelamentos começaram a registar-se desde há 15 dias.

No Hotel Inca, na zona de Cedofeita, o volume de reservas canceladas nos últimos dois dias foi na ordem das 40 pessoas, disse à Lusa Armanda Silva, chefe de receção naquela unidade. “Dois grupos, um oriundo de Itália e outro da Grécia, cancelaram na terça e quarta-feira passadas, respetivamente”, acrescentou.

No Hotel NH Collection Porto também há registos de cancelamentos de reservas relacionados diretamente com o coronavírus.“Houve quatro cancelamentos de clientes norte-americanos nos últimos dias”, declarou Bruno Monteiro, funcionário daquela unidade hoteleira, localizada na Praça da Batalha, no centro do Porto.

No Grande Hotel do Porto, localizado na Rua de Santa Catarina, houve “dois cancelamentos de reservas esta semana de clientes provenientes de Itália”, adiantou António Moreira, do departamento de reservas da unidade hoteleira.

Em entrevista telefónica à Lusa, o presidente da Associação Portuguesa de Hotelaria Restauração e Turismo (APHORT), Rodrigo Pinto Barros, admitiu que a epidemia do coronavírus Covid-19 está a preocupar os associados – 6.500 hoteleiros de Norte a sul do país – e que todos foram avisados para seguirem as recomendações da Direção Geral de Saúde (DGS) para as políticas de prevenção e higiene.

“O turismo é sensível a esta situação [da eventual pandemia], mas para já os cancelamentos são residuais. Há grupos a cancelar por precaução, mas a situação está sob controlo”, acrescentou o presidente da APHORT.

O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de 2.800 mortos e mais de 82 mil pessoas infetadas, de acordo com dados reportados por 48 países e territórios. Das pessoas infetadas, mais de 33 mil recuperaram.

Além de 2.744 mortos na China, onde o surto começou no final do ano passado, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.

A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública de âmbito internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão nos últimos dias.

Em Portugal, a DGS registou 25 casos suspeitos de infeção, sete dos quais ainda estavam em estudo nesta quarta-feira à noite. Os restantes 18 casos suspeitos não se confirmaram, após testes negativos.

No seu primeiro boletim diário sobre a epidemia, divulgado na quarta-feira, a DGS indicou que, “de acordo com a informação atual, o risco para a saúde pública em Portugal é considerado moderado a elevado”.

O único caso conhecido de um português infetado pelo novo vírus é o de um tripulante de um navio de cruzeiros que foi internado num hospital da cidade japonesa de Okazaki, situada a cerca de 300 quilómetros a sudoeste de Tóquio.

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Violação do Acordo de Paris chumba Heathrow. E o Montijo?

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2020

A Zero elogia a decisão de um tribunal ter chumbado a expansão do aeroporto de Heathrow por violar o Acordo de Paris e pede para que seja analisado se a construção do Montijo cumpre o acordo do clima.

A construção de um aeroporto no Montijo, arredores de Lisboa, ignorou o impacte climático, como exige uma diretiva europeia e legislação nacional, acusa a associação ambientalista Zero, que estima as emissões do Montijo em 700 mil toneladas ano.

O alerta da associação ambientalista acontece no mesmo dia em que foi tornado público que um tribunal de recurso no Reino Unido considerou ilegal a expansão do aeroporto de Heathrow, em Londres, o que inviabiliza a construção de uma terceira pista.

O Tribunal considerou haver incompatibilidade com os compromissos britânicos relacionados com o Acordo de Paris, de redução das emissões de gases com efeito de estufa, nomeadamente o dióxido de carbono (CO2).

Num comunicado, a Zero diz que a decisão é “um marco e um precedente que deve exigir do Governo português e dos diferentes partidos uma reflexão sobre a decisão de construção do novo aeroporto do Montijo”.

É que, justifica a organização ambientalista, as emissões de gases com efeito de estufa deveriam ser um dos capítulos “mais fundamentais no âmbito do estudo de impacte ambiental”, nomeadamente pela urgência do problema e pelo peso em termos de emissões à escala próxima e internacional que um aeroporto representa.

Era por isso necessário avaliar a conformidade do aeroporto com os compromissos assumidos por Portugal no Acordo de Paris e também com os cenários do Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050, o documento que o Governo aprovou para que em 2050 o país não produza mais emissões de CO2 do que aquelas que pode fazer sumir.

E o que aconteceu? A Zero responde que “infelizmente, não apenas no estudo de impacte ambiental (EIA) sobre o aeroporto do Montijo o capitulo dedicado às emissões de gases com efeito de estufa era curto, como não se compreende como foi considerado conforme face aos erros, nomeadamente nas unidades e nas limitações presentes”.

“Mais ainda, a análise, que se considerava pertinente relativamente à consonância do projeto com objetivos de mitigação de Portugal, não foi efetuada. Aliás, no estudo dá-se incorretamente mais relevância às emissões do transporte rodoviário e fluvial do que ao transporte aéreo, quando é o aumento das emissões do transporte aéreo na zona ou o total da zona e associadas às viagens que representa de longe a maior quantidade e impacte”, avisa a Zero.

Salienta a associação ambientalista no comunicado que o estudo de impacte ambiental (EIA) relativo ao aeroporto do Montijo “falhou de forma inadmissível ao não efetuar um cálculo aproximado do impacte das viagens de avião no clima”.

A Zero cita o decreto-Lei 152-B/2017, de 11 de dezembro, que transpõe a Diretiva nº 2014/52/UE, quando este diz o seguinte: “questões ambientais como a eficiência e sustentabilidade na utilização dos recursos, a proteção da biodiversidade, as alterações climáticas, o território, o solo e os riscos de acidentes e catástrofes ganharam na conceção das políticas, razão pela qual passaram a constituir elementos importantes na avaliação e nos processos de tomada de decisões”.

E é ainda a mesma lei que fala, no artigo 5.º, da necessidade de identificar, descrever e avaliar, de forma integrada, em função de cada caso particular, “os possíveis impactes ambientais significativos, diretos e indiretos, de um projeto e das alternativas apresentadas, tendo em vista suportar a decisão sobre a respetiva viabilidade ambiental, e ponderando nomeadamente os seus efeitos sobre o território, o solo, a água, o ar, o clima, incluindo as alterações climáticas”.

A Zero calculou, através de instrumentos da União Europeia, as emissões de CO2 do novo aeroporto e estima que sejam de 667 mil toneladas por ano a partir de 2022, o que representa 01% das emissões totais do país em 2017.

Considerando apenas as emissões durante a aterragem, circulação em pista e descolagem dos aviões os valores estimados são da ordem das 115 mil toneladas/ano. E em pleno funcionamento, dentro de duas décadas, as emissões serão de 1,1 milhões de toneladas por ano.

O EIA fala de 31,4 mil toneladas por ano em 2022, cerca de quatro vezes menos do que considera a Zero, dados que, diz, foram retirados de “um modelo já desatualizado”.

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Parlamento aprova na generalidade travão às comissões no MB Way

A proposta do PS de limitar as comissões que os bancos podem cobrar no MB Way mas também no crédito passou na generalidade no Parlamento. Desce agora para discussão na especialidade.

O travão à cobrança de comissões no MB Way passou no Parlamento. Esta quinta-feira, a proposta do PS com vista a limitar a cobrança nas comissões exigidas pelos bancos em operações através deste meio de pagamento passou na generalidade com a maioria dos votos do Parlamento. Para além dos votos do PS, a proposta obteve ainda votos favoráveis do Bloco de Esquerda, do PAN, do Chega e da deputada não inscrita Joacine Moreira. Abstiveram-se o PCP, Verdes, PSD, CDS e Iniciativa Liberal.

O projeto de lei do PS aprovado na generalidade prevê a criação de limites às comissões que os bancos podem cobrar em serviços prestados por plataformas eletrónicas de instituições terceiras, tendo como foco precisamente aplicações como a do MB Way ou do Revolut. Mas também disciplinar a aplicação de determinadas comissões no crédito. Nomeadamente, a limitação de comissões pela emissão de declarações de dívida, impedindo designadamente a cobrança de qualquer valor quando a emissão desta declaração ou de outras com o mesmo propósito.

A proposta socialista viabilizada agora na generalidade vai ainda ser discutida na especialidade, podendo sofrer algumas alterações nesse quadro. Mas tal como foi desenhada no que respeita ao MB Way visa impedir a cobrança pelos bancos de qualquer comissão nas operações que envolvam este tipo de plataformas. Nomeadamente, operações de levantamentos, pagamentos de serviços ou transferências.

Mas não exclui na totalidade a cobrança de encargos, prevendo exceções. Essa cobrança será apenas possível em operações que excedam um limite de: 100 euros por operação; ou 500 euros enviados em operações na plataforma durante o período de um mês; 50 transferências enviadas no período de um mês. E a aplicar-se esse encargo, será ainda com base num limite máximo a estabelecer por decreto-lei, estando prevista ainda a obrigação de os bancos indiferenciarem o valor das comissões consoante as operações se realizem através da plataforma do próprio banco ou de instituições terceiras.

Também o Bloco de Esquerda, bem como o PCP e o PAN tinham entregue propostas visando travar as comissões no MB Way, impedindo na totalidade a cobrança de qualquer comissão. Essas propostas foram retiradas da votação na generalidade, descendo assim à quinta comissão para discussão na especialidade.

Fim da comissão no processamento do crédito também passa

Para além do projeto de lei do PS, houve propostas legislativas de outros partidos a serem avalizadas na generalidade no Parlamento. Nomeadamente, a proposta do PSD para a inclusão nos Serviços Mínimos Bancários (SMB) da possibilidade de serem realizadas cinco transferências MB Way sem custos.

Já no que respeita às propostas relacionadas com as comissões no crédito, houve várias a serem aprovadas. O Bloco de Esquerda viu aprovadas na generalidade as propostas em que pedia o fim das comissões cobradas no processamento das prestações do crédito à habitação e consumo, e o fim da cobrança pelos distrates e declarações de dívida. Também a proposta do PSD com vista ao fim das comissões pelo processamento de prestações do crédito foi votada favoravelmente.

Já o Bloco de Esquerda viu duas propostas rejeitadas. Nomeadamente, o projeto de lei que visava a criação do sistema de acesso à “Conta Básica Universal” e o projeto de resolução que recomendava a elaboração de orientações para a política de comissões bancárias da Caixa Geral de Depósitos.

Também o PCP viu a sua proposta que visava tornar gratuitos os SMB e permitir que qualquer cliente mesmo tendo conta noutras instituições financeiras a eles pudessem aceder. O mesmo aconteceu com a proposta do Chega.

(Notícia atualizada com os resultados das votações de todas as propostas)

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Despesa com pessoal e saúde penaliza excedente em janeiro

Com a despesa a subir mais do que a receita, o saldo das contas públicas degradou-se em 238,5 milhões de euros, em janeiro. O saldo ficou, ainda assim, em terreno positivo.

No primeiro mês do ano, o saldo das contas públicas piorou, em termos homólogos, 238,5 milhões de euros para 1.287,5 milhões de euros, divulgou o Ministério das Finanças, esta quinta-feira. Esta evolução é explicada por um crescimento da despesa (11,5%) superior ao da receita (5,5%), à boleia nomeadamente do aumento das verbas despendidas com o Sistema Nacional de Saúde e com o pessoal.

“A execução orçamental em contabilidade pública das Administrações Públicas de janeiro registou um saldo de 1.287,5 milhões de euros. Em termos homólogos, verificou-se uma degradação de 238,5 milhões de euros explicada pelo crescimento da despesa (11,5%) superior ao da receita (5,5%)”, adiantou o gabinete de Mário Centeno, esta tarde, notando que a execução de janeiro é “pouco representativa”.

Por outro lado, o Governo assinalou que estes números estão influenciados “por efeitos significativos que afetam a comparabilidade em termos homólogos”, nomeadamente a antecipação do pagamento das contribuições para a União Europeia. Em causa estão 157 milhões de euros. Sem estes efeitos, o saldo das contas públicas registaria uma melhoria de 84 milhões de euros, com a receita a crescer 5,1% e a despesa 4,8%.

Do lado da receita, o Ministério das Finanças frisa que o crescimento registado é fruto do “comportamento muito favorável da economia e do mercado do trabalho”, o que se refletiu na subida das contribuições para a Segurança Social (8,2%) e da receita fiscal (1%). A propósito, a receita arrecadada pelo Estado com o IRS cresceu 3,8% e com o IVA 3,4%.

Já do lado da despesa, as verbas gastas com o Serviço Nacional de Saúde e com o pessoal destacaram-se. Na Saúde, a despesa aumentou 6,5%. Nesse setor, o reforço das contratações de profissionais fez também aumentar a despesa, em termos homólogos, enquanto os pagamentos em atraso reduziram-se em 163,4 milhões de euros face a janeiro de 2019.

E no que diz respeito ao pessoal, a despesa com salários de funcionários públicos cresceu 4,2%, embora ainda não estejam refletidos os aumentos salariais anunciados pelo Governo (mais dez euros para as remunerações mais baixas e mais 0,3% para todas as outras). O Executivo prevê começar a pagar os ordenados atualizados em março, mês em que haverá lugar a pagamento de retroativos a janeiro.

Sem contar com tais aumentos salariais, a despesa com pessoal cresceu, assim, à boleia do descongelamento das carreiras, cuja última fatia do acréscimo remuneratório começou a ser paga em dezembro. De acordo com o gabinete de Mário Centeno, quase 500 mil funcionários públicos beneficiaram dessa última tranche, tendo passado a receber “pela primeira vez na última década 100% do valor das progressões”. Para 2020, o Executivo prevê um aumento do salário médio de 3,3%.

Já no que diz respeito ao saldo da Segurança Social, verificou-se um crescimento de 9,7%, em janeiro para 547,5 milhões de euros, com as receitas a subirem 8,2% (para 2.754,1 milhões de euros) e a despesa efetiva a aumentar 5,5% (para 2.179,5 milhões de euros).

Com os aumentos das pensões ditados pela inflação, a despesa com estas prestações sociais aumentou 5,5% em relação ao período homólogo de 2019.

(Notícia atualizada às 18h36 com as contas da Segurança Social)

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Christine Lagarde descarta resposta imediata do BCE ao coronavírus

  • ECO e Lusa
  • 27 Fevereiro 2020

Para a presidente do Banco Central Europeu (BCE), a epidemia do coronavírus ainda não desencadeou um "impacto duradouro" na inflação e na oferta e procura. Resposta imediata está, para já, de parte.

O Banco Central Europeu (BCE) está a seguir “muito cautelosamente” a epidemia de coronavírus. Mas, para já, estão afastadas medidas de política monetária que respondam à propagação deste surto, um problema que ameaça travar o crescimento da economia europeia e que está a provocar uma derrocada nas bolsas mundiais.

Em declarações ao Financial Times (acesso pago), a presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que o banco central está a acompanhar a situação, mas indicou que ainda não foi alcançado o patamar a partir do qual a epidemia terá um “impacto duradouro” na inflação, assim como na procura e na oferta. Desta forma, para Lagarde, o surto ainda não exige uma resposta de política monetária.

De acordo com o jornal, estes comentários da líder do BCE sinalizam que o banco central estará a ponderar não alterar as taxas de juro na reunião do comité de política monetária. O próximo encontro terá lugar dentro de duas semanas.

Esta posição surge mesmo depois de várias entidades terem cortado as previsões de crescimento da Zona Euro, devido ao impacto do coronavírus. O Bank of America reduziu a estimativa de crescimento da Zona Euro de 1% para 0,6%, enquanto o Credit Suisse cortou a estimativa de 0,9% para 0,5%, segundo o Financial Times.

O surto teve origem na China e o vírus já infetou dezenas de milhares de pessoas. No entanto, esta semana representou um ponto de viragem, a partir do qual o vírus passou a infetar mais pessoas fora da China do que no território chinês. Um dos casos mais preocupantes é o de Itália. Na região de Milão, há já mais de quatro centenas de pessoas infetadas pelo vírus.

FMI diz que há financiamento para países que necessitem

O Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial prepararam programas de financiamento imediato que podem ser utilizados pelos países que tenham dificuldades em enfrentar a epidemia de coronavírus, indicou um porta-voz do FMI.

“As duas instituições desenvolveram programas de emergência”, declarou Gerry Rice em conferência de imprensa, acrescentando que até agora nenhum país pediu ajuda. “Dispomos de instrumentos financeiros que podem ser utilizados. Temos instrumentos rápidos, de facilidade de crédito rápido para apoiar os países” em caso de epidemia ou desastres naturais, explicou, lembrando o caso do Ébola.

Questionado sobre a forma como a China lidou com o problema de propagação do novo coronavírus, Gerry Rice sublinhou que o FMI apoia “firmemente” o país. “Adotaram uma série de medidas importantes”, observou.

Além disso, o porta-voz do FMI reafirmou que em breve deverá ser tomada uma decisão sobre se as reuniões de primavera do FMI e do Banco Mundial previstas para o início de abril se realizam e em que formato. “Estamos confiantes de que, independentemente do formato, essas reuniões serão bem-sucedidas”, adiantou.

Moody’s diz que crescimento de Itália pode ser penalizado

A agência de notação financeira Moody’s afirmou que o surto de coronavírus pode penalizar a economia italiana, aumentando os riscos de uma recessão, mas considerou improvável que isso afete a classificação da dívida.

Numa nota com data de quarta-feira, a agência de rating refere que os casos de coronavírus reportados pelas autoridades italianas concentram-se nas regiões mais industrializadas do norte do país, onde foram adotadas medidas de quarentena e restrições nas viagens.

O surto de coronavírus pode agravar as perspetivas de um fraco crescimento e aumentar o risco de a Itália entrar em recessão“, indicou a Moody’s.

Embora nesta fase ainda não se saiba qual a duração e a dimensão desse impacto, a Moody’s considera muito provável que haja um efeito temporário no consumo e na produção.

Segundo a agência, que assume esperar que o surto seja contido em breve, um enfraquecimento adicional da economia pode não implicar uma alteração no rating da dívida de Itália (Baa3 estável).

Com 258 casos de coronavírus e 14 mortos, a Itália é atualmente o país mais afetado da Europa.

A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública de âmbito internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão nos últimos dias.

(Notícia atualizada às 17h36 com posição do BCE e do FMI)

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CDS fala em comissões “abusivas” e acusa Banco de Portugal de “não funcionar”

Cecília Meireles diz que a "legislação não prevê e não pode prever tudo", considerando que as propostas legislativas sobre comissões entregues no Parlamento podem jogar contra os consumidores.

O CDS concorda que os bancos estão a aplicar comissões “abusivas e exageradas”, mas considera que em vez de proibir, o Parlamento deve sim refletir “sobre a inoperância dos reguladores”, revelou a deputada centrista, Cecília Meireles. O partido revela assim a sua oposição, em concreto às proposta do PS, mas também às dos restantes partidos, que entregaram propostas legislativas que visam travar algumas comissões da banca e que estão a ser discutidas no Parlamento esta quinta-feira.

A deputada prefere remeter para as falhas de atuação do Banco de Portugal. “Temos um supervisor que não funciona”, afirmou Cecília Meireles, acrescentando que “é preciso que o Parlamento reflita sobre a inoperância dos reguladores“.

“Não haverá também um problema de concorrência e se não deveríamos olhar para isso?”, questionou a deputada centrista, dizendo ainda que “não é aceitável o Banco de Portugal dizer aos bancos que façam o que quiserem”. De salientar que a entidade liderada por Carlos Costa diz que os banco, atuando em concorrência, são livres de aplicar comissões.

“Como não há supervisão que funcione, vamos tentar fazer tudo e alguma coisa e substituirmo-nos ao Banco de Portugal?”, questiona-se ainda Cecília Meireles, considerando que apesar das boas intenções que as propostas apresentadas possam ter, “estão a enganar os consumidores”.

“Nalguns casos, essas propostas vão agravar o problema”, diz, considerando que algumas fintech poderão fugir do mercado nacional, fazendo “um enorme favor aos bancos”.

“A legislação não prevê e não pode prever tudo” e “não contem connosco para criar uma legislação que não só não vai resolver o problema como arrisca fechar o mercado a outras empresas”, rematou durante o debate desta quinta-feira.

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Caixa Geral de Depósitos está a recrutar para estágios profissionais

O banco procura finalistas de licenciatura ou mestrado em direito, matemática, gestão, economia, auditoria, contabilidade, engenharias e tecnologias de informação. As candidaturas já estão abertas.

A Caixa Geral de Depósitos está à procura de jovens recém-formados em direito, matemática, estatística, gestão, economia, auditoria, contabilidade, engenharias e tecnologias de informação, para integrarem os estágios profissionais. O banco oferece a possibilidade de realizar estágios na área comercial ou numa área técnica como primeira experiência profissional. Os candidatos interessados devem ter disponibilidade imediata e submeter as candidaturas no site da CGD.

O programa de estágios profissionalizantes da CGD foi criado em 1994 com o objetivo de “possibilitar aos recém-licenciados uma primeira experiência no mundo do trabalho, a conclusão dos seus cursos e fortalecer a ligação entre a Caixa Geral de Depósitos e os estabelecimentos de ensino através da aproximação ao segmento universitário”, refere o banco na página oficial.

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No início desta semana, o Banco de Portugal também anunciou que está à procura de candidatos para o programa de estágios, em particular alunos com licenciatura ou mestrado nas áreas de economia, finanças ou gestão e com média superior a 14 valores. Os estágios começam em setembro mas as candidaturas estão abertas até 11 de março, e podem ser submetidas na página oficial do banco.

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