Acordo entre Twitter e fundo Elliott mantém Jack Dorsey no cargo de CEO
Jack Dorsey resistiu à investida do fundo "ativista" Elliott Management e mantém-se na liderança do Twitter. Fundo abre dois novos lugares no board da rede social e força recompra de ações.
O Twitter e o fundo “ativista” Elliott Management alcançaram um acordo que permite a continuidade de Jack Dorsey na liderança da rede social. Na semana passada, o fundo liderado por Paul Singer revelou ter adquirido uma posição de mil milhões de dólares na empresa, exigindo mudanças na companhia com vista a promover a valorização da empresa na bolsa, que tem estado aquém de pares como o Facebook.
O acordo, noticiado pelo The Wall Street Journal (acesso pago), pressupõe que o Twitter abra duas novas vagas no Conselho de Administração e procure um novo diretor independente, mas também que se comprometa a um programa de compra de ações próprias no valor de dois mil milhões de dólares. No entanto, o acordo deixa intacto o cargo de Jack Dorsey, uma decisão que está a ser recebida com surpresa.
Isto porque Dorsey gere o seu tempo entre a presidência executiva do Twitter a presidência executiva de uma outra empresa, a Square. Além disso, recentemente, Dorsey anunciou a decisão de se deslocar por vários meses para o continente africano, suscitando dúvidas entre os investidores quanto à sua adequação para a posição de liderança de uma das redes sociais mais influentes do mundo.
Com a entrada do fundo no capital do Twitter — que já nomeou quatro administradores para o board da companhia –, Dorsey recuou e mostrou abertura para cancelar a viagem para o continente africano. Agora, surgem as tréguas, num acordo que deverá mudar o rumo da gestão da rede social daqui para a frente.
Paul Singer e o seu fundo Elliott Management estão entre os investidores mais “temidos” do mundo. O “ativista” é conhecido por identificar vulnerabilidades na gestão de empresas, comprando posições e forçando a mudanças. Em Portugal, o fundo está presente no capital na EDP, tendo entrado antes do fim, sem sucesso, da OPA dos chineses sobre a elétrica nacional.
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