FC Barcelona vai reduzir salários para minimizar efeitos da pandemia

  • Lusa
  • 27 Março 2020

De forma a minimizar os impacto do surto de coronavírus nas contas, o clube catalão decidiu cortar nos salários dos seus jogadores.

O FC Barcelona vai avançar com uma redução salarial de todos os trabalhadores do clube, de forma a minimizar o impacto económico provocado pela pandemia do coronavírus, anunciou esta quinta-feira o bicampeão espanhol de futebol.

“Perante o estado de emergência decretado a 14 de março, devido à crise de saúde pública originada pelo coronavírus, suspendemos toda a nossa atividade, desportiva e administrativa. Por isso, a direção decidiu implementar uma série de medidas para reduzir os efeitos económicos desta crise”, refere o FC Barcelona, em comunicado divulgado no próprio site.

Entre as medidas decididas pelos responsáveis do clube catalão destaca-se a “adaptação das obrigações contratuais dos trabalhadores, tendo em conta as novas e temporárias circunstâncias” provocadas pela pandemia. “Trata-se de uma redução do valor da compensação diária atribuída aos trabalhadores e, por conseguinte, a redução proporcional da remuneração prevista nos respetivos contratos de trabalho”, acrescenta o clube, salientando que vai “obedecer escrupulosamente às normas vigentes na lei do trabalho”.

Espanha é o segundo país com maior número de mortes devido à pandemia, registando 4.089 vítimas mortais, entre 56.188 casos de infeção confirmados. O novo coronavírus, responsável pela pandemia de coronavírus, já infetou mais 505 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 23.000. Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com quase 275.000 infetados e 16.000 mortos, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 8.165 mortos em 80.539 casos registados até hoje. Em Portugal, que está em estado de emergência desde a meia-noite de 19 de março e até às 23h59 de 2 de abril, registaram-se 60 mortes e 3.544 infeções confirmadas.

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Energia pressiona PSI-20. BCP cai 1% após cancelar dividendo

Lisboa segue a tendência europeia de perdas que põem fim a três sessões consecutivas de valorizações.

Após três sessões em alta, a bolsa de Lisboa voltou a negociar no “vermelho”. Penalizado pelo sentimento negativo nas restantes praças europeias, o PSI-20 cai 1,3% para 3.964,80 pontos, com os “pesos pesados” da energia a pressionarem.

A EDP lidera as perdas do índice, com um tombo de 2% para 3,51 euros por ação. A desvalorização acontece depois de a subsidiária EDP Brasil ter cortado o dividendo e de a EDP Renováveis ter mantido. Espera-se agora a decisão da casa-mãe, cuja assembleia geral acontece apenas a 16 de abril. A eólica do grupo perde 1,2% para 10,08 euros.

A Galp Energia recua 1,02% para 9,724 euros. Além das perdas das cotadas da energia, o destaque vai para o BCP, que desliza 1% para 0,1095 euros por ação depois de ter decidido cancelar a remuneração aos acionistas, justificando a decisão com a recente crise provocada pelo surto do coronavírus no país. O mesmo aconteceu com o CaixaBank, por exemplo.

“Em condições normais, os meses bolsistas de março e abril são marcados pelas assembleias de acionistas, mas na fase atual assumem um papel marginal”, explicam os analistas do BPI, numa altura em que muitas cotadas começam a fazer revisões em baixa devido ao potencial impacto da Covid-19.

Assim, têm sido os avanços e recuos nos estímulos orçamentais e monetários a determinar o sentimento dos investidores. Depois de o Conselho Europeu ter terminado sem acordo, as perdas são generalizadas para as principais praças. O Stoxx 600 recua 1,7%, o alemão DAX perde 2,24%, o francês CAC 40 desvaloriza 2,45% e o espanhol IBEX 35 cede 2,3%.

“A dinâmica do rally na Europa assemelha-se nos seus moldes ao vivido nos EUA. A principal diferença é ao nível fundamental. Em cerca de duas semanas, a Administração Trump elaborou o maior plano fiscal desde o New Deal nos anos 30. Na União Europeia, os países não foram capazes de desenhar um plano coordenado: ontem [quinta-feira] foram necessárias seis horas para elaborar um comunicado comum de meras intenções”, sublinha o BPI.

(Notícia atualizada às 08h25)

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Cascais compra material de proteção contra o vírus a empresa de brindes

  • ECO
  • 27 Março 2020

O material foi comprado a uma empresa de brindes publicitários, serigrafia, bordados, têxteis e fardamentos. Firma diz que material tem "certificações europeias".

A Câmara Municipal de Cascais fez, nos últimos dias, ajustes diretos de 2,7 milhões de euros para comprar material de proteção contra o novo coronavírus, mas essa aquisição foi feita à Enerre – Produções e Representações, uma empresa especializada em brindes publicitários, diz o Público (acesso pago). A autarquia justifica estes contratos com o facto de escolher empresa com as “melhores propostas e que cumprem o solicitado”. A firma sublinha que o material tem “certificações europeias”.

Foram, ao todo, três contratos: cerca de 445 mil, 1,45 milhões e 812 mil euros. Mas nos documentos não aparecem referidas as quantidades, tipologias e destinatários do material, apenas que foram comprados máscaras e luvas, fatos, óculos, termómetros e gel desinfetante… tudo de proteção. Questionada pelo Público, a autarquia explica que este material se destina a “hospitais do concelho, instituições particulares de solidariedade social, Câmara de Cascais, bombeiros, polícias, etc.”.

Quanto à escolha desta empresa, a Câmara refere que “recorre às empresas que fazem as melhores propostas e cumprem o solicitado” e que, neste caso, a Enerre tem como clientes como o Ministério da Defesa, hospitais privados e públicos. A Enerre, por sua vez, diz que todos os seus materiais têm “certificações europeias” e que, apesar de não ser especializada em produtos farmacêuticos, trabalha na área das importações e conta com uma equipa em Xangai que acompanha a produção nas fábricas chinesas do material necessário.

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Governo de Costa com aprovação recorde em plena pandemia

  • ECO
  • 27 Março 2020

Se na última sondagem, 53% dos eleitores diziam confiar mais no Presidente do que no primeiro-ministro, esse valor caiu agora para 42%, revelam dados da sondagem do JN e TSF.

O Governo liderado por António Costa nunca teve tanta aprovação dos eleitores. Alcançou uma taxa de 60% que reflete já, em parte, a resposta do Executivo à pandemia de Covid-19, segundo a sondagem realizada pela Pitagórica para o Jornal de Notícias (link indisponível) e TSF (acesso livre).

Desagregando os dados, 33% veem o desempenho como positivo e 47% como razoável. Em sentido contrário, 20% dos inquiridos dão nota negativa ao Governo, com maior representatividade para eleitores que votam à direita, de média idade, e de classes mais favorecidas.

Já no que diz respeito ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, continua a receber forte aprovação. Marcelo tem o voto de confiança de 85% dos eleitores. Se na última sondagem, havia 53% dos eleitores a dizer que confiava mais no Presidente do que no primeiro-ministro, esse valor caiu agora para 42%, revelam ainda os dados da sondagem do JN e TSF.

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Hoje nas notícias: Brindes, Costa e seguros

  • ECO
  • 27 Março 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Numa altura em que o país atravessa uma pandemia, o Governo de António Costa está a bater pontos em termos de popularidade, alcançado uma aprovação de 60% por parte dos portugueses. Ainda por causa do surto, é notícia que a Câmara Municipal de Cascais gastou 2,7 milhões de euros para comprar material de proteção a uma empresa de brindes. E como consequência do coronavírus, as empresas queixam-se de cortes nos seguros de crédito.

Governo de Costa com aprovação recorde

O Governo liderado por António Costa nunca teve uma taxa de aprovação junto dos eleitores. Alcançou os 60%, um nível que reflete já, em parte, a resposta do Executivo à pandemia de Covid-19. Desagregando os dados, 33% veem o desempenho como positivo e 47% como razoável. Já Marcelo Rebelo de Sousa continua a receber o voto de confiança de 85% dos eleitores. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível) ou TSF (acesso livre)

Câmara de Cascais compra material de proteção a empresa de brindes

O presidente da Câmara Municipal de Cascais fez, nos últimos dias, ajustes diretos de 2,7 milhões de euros para comprar material de proteção ao novo coronavírus à Enerre – Produções e Representações, uma empresa especializada em brindes. Ao todo, foram realizados três contratos com a mesma empresa, uma escolha que a autarquia justifica com o facto de “recorrer às que fazem as melhores propostas e cumprem o solicitado”. A Enerre diz que todos os seus produtos têm certificação europeia. Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Empresas queixam-se de cortes nos seguros de crédito

Empresas portuguesas, que estão a ser afetadas na sua atividade pela pandemia de Covid-19, queixam-se de cortes nos seguros de crédito. A COSEC (que tem 53% da quota de mercado em Portugal) justifica que está a ajustar as coberturas de risco à situação. Os empresários pedem a intervenção do Governo, enquanto a seguradora defende uma intervenção alargada com medidas concertadas à escala europeia. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (link indisponível)

TVI e imprensa perdem 40% das receitas. Governo não prevê medidas para o setor

A crise de coronavírus está também a afetar o setor da comunicação social, com vários meios a verem fortes descidas das receitas. A TVI, por exemplo, está a registar uma quebra de 40%. Algumas empresas do meio já pediram medidas concretas para o setor mas, por enquanto, o Governo não prevê qualquer tipo de ajuda. Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Lesados do Banif vão exigir indemnização de 250 milhões à TVI

A associação dos Lesados do Banif prepara-se para exigir uma indemnização milionária à TVI, no valor de 250 milhões de euros. O processo ainda não deu entrada, estando neste momento a associação a aguardar a conclusão do julgamento da TVI e do seu diretor para avançar com uma ação cível milionária. Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

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Hora vai mudar este fim de semana. É o horário de verão

  • Lusa
  • 27 Março 2020

Em Portugal Continental e na Região Autónoma da Madeira, os relógios deverão ser adiantados uma hora quando for 01h00, passando a ser 02h00.

Os ponteiros do relógio vão adiantar 60 minutos na madrugada de domingo em Portugal Continental e nos arquipélagos da Madeira e dos Açores, para a hora legal de Verão, segundo o Observatório Astronómico de Lisboa.

Em Portugal Continental e na Região Autónoma da Madeira, os relógios deverão ser adiantados uma hora quando for 01h00, passando a ser 02h00.

Na Região Autónoma dos Açores, a mudança será feita às 00h00, passando para a 01h00.

A hora legal voltará depois a mudar a 25 de outubro, para o regime de inverno.

O atual regime de mudança da hora é regulado por uma diretiva (lei comunitária) de 2000, que prevê que todos os anos os relógios sejam, respetivamente, adiantados e atrasados uma hora no último domingo de março e no último domingo de outubro, marcando o início e o fim da hora de verão.

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China e EUA devem unir-se contra a pandemia, diz Xi Jinping

  • Lusa
  • 27 Março 2020

"China está pronta para continuar a partilhar, sem reservas, informação e experiências com os Estados Unidos", afirmou o presidente chinês.

O Presidente da China disse ao homólogo norte-americano, Donald Trump, que os países devem “unir-se contra a pandemia”, apesar da crescente rivalidade, noticiou a imprensa estatal chinesa.

“A China está pronta para continuar a partilhar, sem reservas, informação e experiências com os Estados Unidos”, disse Xi Jinping, segundo a televisão estatal CCTV, numa mensagem de apaziguamento após uma crise diplomática entre Pequim e Washington, marcada por trocas de acusações.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia de Covid-19, já infetou mais 505 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 23.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com quase 275.000 infetados e 16.000 mortos, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 8.165 mortos em 80.539 casos registados até hoje.

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.340 casos (mais de 74 mil recuperados) e regista 3.292 mortes.

Os países mais afetados a seguir à Itália, Espanha e China são o Irão, com 2.234 mortes reportadas (29.406 casos), a França, com 1.696 mortes (29.155 casos), e os Estados Unidos, com 1.178 mortes.

Os Estados Unidos tornaram-se quinta-feira o país com mais casos de infeções no mundo, ultrapassando Itália e a China, com mais de 85 mil casos.

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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CaixaBank cancela AG. Reduz a metade valor dos dividendos

  • Lusa e ECO
  • 27 Março 2020

CaixaBank, que detém o BPI em Portugal, segue, assim, o exemplo do Santander, que cortou a metade a remuneração. O BCP não vai pagar nada.

A administração do CaixaBank decidiu desconvocar a assembleia-geral prevista para 3 de abril, em Valência, Espanha, devido à situação de estado de emergência. Ao mesmo tempo, anunciou que vai reduzir para metade o dividendo proposto para o exercício de 2019.

A entidade vai assim pagar em 15 de abril um dividendo de sete cêntimos por ação, em vez dos 15 propostos inicialmente.

Os dirigentes do banco, em comunicado, justificaram a decisão para “acomodar a posição ao novo ambiente” e com “o exercício de prudência e responsabilidade social”.

O CaixaBank, que detém o BPI em Portugal, segue, assim, o exemplo do Santander que também decidiu reduzir o dividendo, deixando por pagar a remuneração intercalar prevista.

A pandemia que está a assolar o globo, com especial incidência na Europa, levou também já o BCP a anunciar que não vai pagar dividendos com base nas contas do ano passado, procurando que esse valor ajude a instituição a enfrentar o contexto adverso na economia.

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Há novas regras para o subsídio de desemprego durante a pandemia

Há novidades para quem já recebe e para quem só agora ficou desempregado. Durante o período mais agudo da crise, também haverá uma prorrogação automática desta prestação social.

O IEFP recomenda aos desempregados que usem o telefone e o correio eletrónico em vez de se deslocarem aos serviços.Hugo Amaral/ECO

O primeiro-ministro já garantiu que o prolongamento do subsídio de desemprego será assegurado de forma automática nestes tempos de crise, mas há outras novidades para quem caiu agora no desemprego e vai bater à porta do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

A forma de atendimento mudou, as convocatórias ficaram sem efeito, a procura ativa de emprego já não é exigida e o desempregado até pode recusar ofertas. Vamos por partes.

Já é mais do que certo que o desemprego vai aumentar por causa da crise provocada pelo novo coronavírus. Ainda esta quinta-feira, o Banco de Portugal fez previsões para a economia portuguesa, antecipando uma subida do desemprego, este ano, para os 10,1% (no cenário de uma recessão de 3,7%) ou para 11,7% (no cenário mais adverso de uma queda da economia de 5,7%).

No último debate quinzenal, o primeiro-ministro já tinha dito que os dados entre 1 de março e 20 de março deste ano e 1 de março e 20 de março do ano passado, “indicam que enquanto no ano passado tivemos nove processos de despedimentos coletivos abrangendo 56 trabalhadores. Neste mês tivemos 28 processos abrangendo 304 trabalhadores”.

Estes números ainda vão aumentar substancialmente. Mas atenção, como os advogados explicam neste artigo SOSeconomia, o regime jurídico da cessação do contrato de trabalho em Portugal (constante dos artigos 338.º a 380.º) apenas permite ao empregador fazer cessar os contratos de trabalho, de forma unilateral, caso se verifique uma situação de justa causa subjetiva (despedimento por justa causa), uma situação de justa causa objetiva (despedimento coletivo ou extinção de postos de trabalho) ou uma situação de inadaptação.

Além de fazer aumentar o número de desempregados, a Covid-19 também trouxe mudanças nos centros de emprego e nalgumas regras para quem já recebe esta prestação social.

A mudança mais visível é a forma de atendimento que, explica o IEFP, “é prestado exclusivamente por via telefónica e online”. Este telefone 300 010 001 funciona nos dias úteis, das 8h às 20h.

Há exceções. Se não conseguir utilizar os meios eletrónicos para contactar com os serviços, e precisar mesmo de o fazer presencialmente, pode apresentar um requerimento num serviço do IEFP, sendo que terá, mesmo assim, de fazer um agendamento prévio por contacto telefónico.

Numa nota publicada no site a esclarecer as novas regras, o IEFP também refere que todas as convocatórias para intervenções a realizar até ao dia 9 de abril foram consideradas sem efeito. Isto quer dizer que as pessoas “não têm de comparecer e não terão nenhuma penalização, mesmo que seja um candidato a auferir prestação de desemprego ou rendimento social de inserção”.

O Instituto também esclarece que quem já está a auferir o subsídio de desemprego vai continuar a recebê-lo, mesmo que as atividades previstas e obrigatórias, como as ações de formação, tenham sido canceladas.

Há mais duas perguntas frequentes que fazem os desempregados:

1. Tenho que continuar a efetuar a procura ativa de emprego, que é uma das obrigações que tenho para poder receber a prestação de desemprego?

O IEFP responde que “está suspensa a obrigatoriedade do cumprimento do dever de procura ativa de emprego, bem como da sua demonstração perante o serviço público de emprego, quando envolva deslocação presencial”.

A procura ativa de emprego deverá, explica ainda o Instituto de Emprego, privilegiar, sempre que possível, os meios digitais (ex: candidaturas através de correio eletrónico).

2. Tenho indicação para me apresentar numa empresa para responder a uma oferta de emprego. Posso fazê-lo? Se faltar sou penalizado?

“Poderá apresentar-se para responder à oferta de emprego que lhe foi indicada. Contudo, aconselhamos a contactar previamente a empresa. Se optar por não se apresentar à oferta, não sofrerá qualquer penalização”, esclarece o IEFP.

Prorrogação automática dos subsídios

Para além destas questões de procedimento, também há novidades em relação ao período em que o desempregado está a receber o subsídio.

Há uma semana, o primeiro-ministro anunciou uma “prorrogação automática dos subsídios de desemprego que já estão a pagamento”, assim como o Complemento Solidário para Idosos ou o Rendimento Social de Inserção.

Estas medidas, que visam garantir o rendimento das famílias no âmbito da pandemia do novo coronavírus, devem vigorar enquanto durar o estado de emergência. Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00h00 de 19 de março e até às 23h59 de 2 de abril. O Presidente da República já admitiu renová-lo.

Para quem vai pedir para ter acesso ao subsídio de desemprego, é importante nesta altura saber o valor e a duração. O apoio corresponde, de uma forma simples, a 65% da remuneração de referência, tendo como valor mínimo 438,81 euros (100% do Indexante de Apoios Sociais) e valor máximo de 1.097,03 euros (2,5 x IAS).

A duração depende da idade do desempregado e do tempo de contribuições para a Segurança Social, desde a anterior situação de desemprego. Para ter acesso ao subsídio é preciso 360 dias de descontos nos últimos 24 meses imediatamente anteriores ao desemprego. Se essa condição for satisfeita, estes são os números de dias a que tem direito:

Nota do IEFP: Estes prazos são válidos para beneficiários que fiquem desempregados a partir de 1 de abril de 2012 e que, em 31 de março de 2012, não tinham prazo de garantia para aceder ao subsídio de desemprego.

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Misericórdia passa a ser a freguesia mais cara para arrendar em Lisboa. Rendas em Campanhã disparam 22%

Arrendar uma casa custa, em média, mais de cinco euros o metro quadrado, mas há freguesias, principalmente em Lisboa e no Porto, onde os valores são bem mais elevados.

Arrendar casa está cada vez mais caro. No ano passado, as rendas aumentaram 10,8%, com a média nacional a fixar-se nos 5,32 euros por metro quadrado, mas há 39 municípios que ultrapassaram largamente esse valor. Arrendar casa é mais caro nas duas principais cidades do país, onde os preços já ultrapassam facilmente os dez euros, e até batem nos 15 euros por metro quadrado. Em Lisboa, a Misericórdia destronou Santo António no ranking das freguesias mais caras, e no Porto, Campanhã viu as rendas dispararem 22%, embora continue a ser a mais barata para viver.

O metro quadrado do arrendamento está nos 11,96 euros em Lisboa, tendo subido 7,2% face a 2018. Mas há freguesias onde os preços são bem mais elevados, e outras onde os preços dispararam. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a Misericórdia roubou a Santo António a taça de freguesia mais cara da capital, com o metro quadrado a custar 14,49 euros. Nesta freguesia os preços subiram 8,3%, mas esta foi a nona mais baixa observada de Lisboa entre janeiro e dezembro.

Valor mediano das rendas por metro quadrado em Lisboa | INE, 2019.

No top das freguesias mais caras, Santo António aparece, agora, em segundo lugar, com um metro quadrado a custar 14,25 euros, o equivalente a uma residual subida de 1,1%, à frente da Estrela, com um preço médio de 14 euros (+14,8%). Por sua vez, as freguesias mais baratas para arrendar casa são Santa Clara, com um preço médio de 8,82 euros (+6,1%) e o Beato com uma média de 10,28 euros (+1,7%).

Em termos de subidas, a verdadeira estrela foi Marvila, onde os preços das rendas dispararam 20,7% para uma média de 10,86 euros, o maior crescimento observado na capital, enquanto a evolução menos expressiva foi registou em Campolide, onde as rendas subiram 0,6% para 12,5 euros.

Campanhã vê rendas dispararem 22%. Mas continua a ser a mais barata

Na cidade do Porto, onde as rendas subiram 12,5% para 8,83 euros o metro quadrado, também há freguesias cujos preços ultrapassam a média nacional, mas também a média da cidade. A União das freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde continua no topo das mais caras, com um preço de 9,5 euros o metro quadrado, equivalente a uma subida de 7,2% face a 2018, diz o INE.

Imediatamente atrás aparece a União das freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória, com uma renda média de 9,4 euros, um aumento de 11,5%, e a União das freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos, com um preço de 9,33 euros, uma subida de 9,9%.

Valor mediano das rendas por metro quadrado no Porto | INE, 2019.

Contudo, o destaque da Invicta vai para a freguesia mais barata, Campanhã. Porque foi aqui que os preços mais subiram: 21,8% para 7,54 euros. Campanhã tem vindo a manter a tendência de freguesia mais barata do Porto para arrendar casa, mas em breve isso poderá vir a ser alterado. Ramalde aparece como a segunda mais em conta, onde o metro quadrado custa 8,09 euros.

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Do queijo à lingerie, CTT estão a ajudar a abrir até 90 lojas online por dia

Centenas de pequenas e médias empresas estão a recorrer à nova plataforma dos CTT e do Governo que ajuda a abrir lojas online para a venda de produtos. O ritmo é já de 80 a 90 novas lojas por dia.

Em apenas uma semana, centenas de pequenas e médias empresas recorreram à nova plataforma dos CTT CTT 1,34% para criarem 400 lojas online, na esperança de conseguirem continuar a vender os seus produtos. Desde que a iniciativa “Criar Lojas Online” foi lançada, na quinta-feira da semana passada, em conjunto com o Ministério da Economia e da Transição Digital, o ritmo tem sido de 80 a 90 novas lojas por dia, revelou o administrador João Sousa.

“Desde negócios de queijo a vinhos, lingerie… vamos ajudar a divulgar estes negócios”, disse ao ECO o gestor dos CTT, grupo que tem vindo a lançar uma série de medidas para clientes particulares e para empresas, na tentativa de mitigar os impactos económicos da pandemia do coronavírus e de puxar pelo crescimento da própria empresa de correios. Com os portugueses isolados em casa, o foco da marca é, mais do que nunca, o comércio eletrónico.

“Portugal nunca foi dos países da Europa com maior consumo de ecommerce. Crescia bastante, mas menos do que noutros países”, recorda João Sousa. Mas apesar dos impactos negativos do Covid-19, aos quais nenhuma empresa é imune, a pandemia “alterou esse paradigma”. “Isso é positivo para nós, porque uma das nossas apostas é o segmento do ecommerce“, admite o gestor, em videochamada.

Com a economia e a sociedade a mudarem tão rapidamente, “a empresa CTT, ao ver isto, percebe que tem de se adaptar mais rápido para estar na pole position [liderança]”, explica o gestor. O serviço “Criar Lojas Online” é um exemplo dessa adaptação, com a empresa a propor ao tecido empresarial português uma gestão “rápida e simples” das respetivas lojas virtuais e, claro, a “integração para o envio de todas as encomendas através dos CTT”.

“1.400 a 1.500” pessoas, ou 86% dos trabalhadores do grupo, excluindo o departamento de distribuição, estão já em modo de teletrabalho, fora da sede dos CTT. Há reuniões diárias do gabinete de crise e da comissão executiva, onde se avalia permanentemente o impacto da pandemia nas operações e no negócio do grupo. No terreno mantêm-se os carteiros e outros trabalhadores da distribuição, os quais a administração garante ter feito um “investimento avultado em material” de proteção. Já há, contudo, pelo menos um caso confirmado de Covid-19 entre os trabalhadores do grupo, nomeadamente em Ermesinde.

Com a empresa a preparar-se para publicar os indicadores de qualidade do serviço universal postal — que o presidente executivo, João Bento, já admitiu serem “impossíveis” de cumprir –, João Sousa garante que o momento atual é exemplo do trabalho que a equipa tem vindo a fazer. “É nestes momentos difíceis que se nota que o trabalho que estava a ser feito e continua a ser feito pela empresa estava bem feito. Vem uma pandemia destas e os CTT continuam a trabalhar, a entregar, e todas as outras empresas vêm ter connosco, para sermos motor da economia”, sublinha João Sousa.

Para já, o impacto mais visível da pandemia nos CTT regista-se nos mercados financeiros. A empresa tem afundado em bolsa, acompanhando a derrocada generalizada nos ativos de risco, cotando em mínimos e significativamente abaixo do valor do IPO. “Acho que é uma queda das ações alinhada com tudo o que aconteceu no mercado de capitais”, conclui João Sousa, apesar de reconhecer que a administração “tem sempre pressão para fazer esta ação crescer”.

Evolução das ações dos CTT na bolsa de Lisboa

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5 coisas que vão marcar o dia

Como está a evoluir a avaliação das casas para efeitos da concessão de crédito? O INE responde esta sexta-feira.

Num momento em que a pandemia de coronavírus está a obrigar milhares de europeus a ficarem confinados em casa, o Eurostat publica os dados sobre a percentagem de cidadãos que procuram informação sobre saúde na Internet. E como está a evoluir a avaliação das casas para efeitos de concessão de crédito? O INE responde, esta sexta-feira. O dia fica ainda marcado pela reação dos mercados às medidas saídas do Conselho Europeu para lutar contra o surto de Covid-19 e pela apresentação do novo leilão de capacidade solar em Portugal.

A avaliação das casas continua a subir?

O Instituto Nacional de Estatística publica, esta sexta-feira, o inquérito à avaliação bancária na habitação relativo a fevereiro deste ano. No primeiro mês de 2020, a avaliação das casas atingiu um máximo de mais de uma década, ao tocar nos 1.330 euros por metro quadrado. Este foi o 34.º mês consecutivo de subida do valor que os bancos atribuem às casa para efeitos de concessão de crédito. Em comparação com dezembro de 2019, o aumento nesse mês foi de nove euros. Já em comparação com o período homólogo o aumentou foi de 8,5%, o equivalente a 104 euros.

Leilão da capacidade solar em Portugal

Para esta sexta-feira está marcada a sessão pública de apresentação do novo leilão de capacidade solar em Portugal. O evento tem início às 15h00 e contará com a participação do secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba. Durante a sessão, Carlos Magno, da Direção-Geral de Energia e Geologia explicará as regras do leilão, Nuno Silva, da Afry, o modelo, Jorge Simão, da OMIP, a plataforma de licitação e João Brás, da ADENE, o portal de candidatura.

Procurar informação de saúde online

O gabinete de estatísticas da União Europeia publica, esta sexta-feira, os dados relativos às atividades e pesquisas mais feitas na Internet, especialmente no que diz respeito à procura por informação relacionada com a saúde. De acordo com o Eurostat, no último ano, 53% dos cidadãos europeus entre os 16 anos e os 74 anos usaram as ferramentas digitais para encontrar este tipo de informação. Em Portugal, a percentagem era mais baixa: 49%.

Como está a evoluir surto de coronavírus em Portugal?

A Direção-Geral da Saúde divulga, esta sexta-feira, mais uma versão atualizada do boletim que dá conta do número de casos confirmados de infeção por coronavírus em Portugal. É atualizado também o número de vítimas mortais. Até esta quinta-feira, tinham sido verificados no país 3.544 infetados, mais 549 casos que no dia anterior. Portugal está atualmente em fase de mitigação, o que trouxe novidades não só na abordagem aos doentes de Covid-19, mas também uma nova definição de “caso suspeito”.

Mercados reagem ao Conselho Europeu

As líderes da União Europeia estiveram reunidos esta quinta-feira para discutir as respostas comunitárias à pandemia de coronavírus. Entre os vários pontos em debate, estiveram os chamados “coronabonds”, isto é, um possível acordo de mutualização de dívida, neste período mais crítico das economias europeias. Na quarta-feira, Portugal e mais oito Estados-membros já tinham apelaram ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel de modo a que se procurasse avançar com este novo instrumento. Os mercados reagem, esta sexta-feira, aos passos dados nesse sentido na reunião do Conselho Europeu.

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