“Rei dos frangos” tem 14,25% do Benfica. Família tem mais 2%

  • ECO
  • 19 Junho 2020

Rejeitou vender na OPA, tendo até reforçado a posição na SAD do clube da Luz. Juntamente com a família, José António dos Santos tem mais de 16% do capital da sociedade encarnada.

José António dos Santos tem investido em ações do Benfica. Já o vinha fazendo antes, tendo mesmo reforçado a posição durante a OPA que o clube apresentou sobre a SAD, a cinco euros por ação, e que acabou chumbada pelo regulador do mercado de capitais. Quanto tem? Só agora veio explicar.

Em comunicado enviado à CMVM, três meses depois de terem sido realizadas operações no mercado que não permitiram, contudo, perceber a quem foram imputadas as ações, o empresário, conhecido como o “Rei dos frangos”, veio agora “clarificar a imputação das participações referidas”.

A compra realizada a 4 de março de 2,7% da Benfica SAD pela Valouro, dos quais 1,956% pela pela própria empresa de que é dono, e 0,748% pela sua participada, a Avibom, deve ser, de acordo com o comunicado, imputada aos acionistas da Valouro, sendo explicitado neste documento a repartição dessas posições:

  • Agro-Pecuária do Alto da Palhoça, S.A.: 0,69%
  • António José dos Santos: 6,67%
  • Manuel dos Santos: 5,20%
  • Dinis Manuel Oliveira Santos: 6,67%
  • José António dos Santos: 6,67%
  • Maria Júlia dos Santos Ferreira: 26,67%
  • Quatro Ventos – Soc. Agro-Pecuária, S.A.: 33,33%

Tendo em conta esta repartição, José António dos Santos detém 6,67% da Valouro, mas controla ainda metade da Quatro Ventos, de acordo com a informação avançada pelo Expresso. Neste sentido, através da empresa, o empresário detém 0,63% do capital da SAD dos encarnados. A esta posição é preciso juntar, no entanto, os 13,62% que detém diretamente.

Aos 14,25% que lhe são assim imputados, “juntam-se” mais outros 2% do capital da SAD que são, neste caso, controlados pela família do empresário. Ou seja, no total, controlam 16,% da SAD.

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Mensalidades das creches em IPSS serão revistas em função de rendimentos

  • Lusa
  • 19 Junho 2020

A equipa de secretários de Estado do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS) esteve a ser ouvida no parlamento no âmbito das audições na especialidade do Suplementar.

As instituições de solidariedade social com creches vão passar a ser obrigadas a rever as mensalidades desta resposta social em função das alterações de rendimentos do agregado familiar, adiantou esta sexta-feira o Governo no Parlamento.

Segundo a secretária de Estado da Ação Social, Rita Cunha Mendes, está a ser “concertado com os parceiros do setor social, permitir a redução das mensalidades pagas pelas famílias, nomeadamente na resposta creche, mas também noutras respostas sociais”.

Segundo a governante, que respondia a uma questão colocada pela deputada do PCP Diana Ferreira, a “possibilidade contratual de rever a comparticipação passará a ser um dever das instituições em função das alterações que tiverem ocorrido no respetivo rendimento do agregado familiar e por referência ao mês anterior”.

Rita Cunha Mendes disse ainda em relação à comparticipação da Segurança Social às instituições particulares de solidariedade social que se vai “manter até 30 de setembro o pagamento das comparticipações verificado em fevereiro de 2020”, incluindo aquelas com respostas sociais encerradas devido à pandemia de covid-19, como os centros de dia.

No âmbito do Radar Social, uma das medidas previstas no Programa de Estabilização Económica e Social (PEES), a secretária de Estado disse esperar que os projetos-piloto para 10 Unidades de Dia e Promoção de Autonomia (UPDA) previstos no programa arranquem até ao final do ano.

As UPDA, segundo o diploma do PEES, pretende ser uma “resposta integrada na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados de ambulatório, para utentes com necessidade de cuidados diversificados de saúde e apoio social que não necessitam de internamento”.

O programa Radar Social prevê a contratação de três mil jovens licenciados a serem integrados numa rede a nível nacional para a “sinalização e acompanhamento de pessoas idosas para promoção de envelhecimento ativo e saudável, através de serviços de apoio social no domicílio”. O diploma prevê que a operacionalização do programa custe 21 milhões de euros por ano, a serem financiados pelo Orçamento do Estado e por fundos comunitários.

Rita Cunha Mendes disse ainda que o Governo se encontra a regulamentar uma linha de financiamento específica para o setor social no valor de 165 milhões de euros. “Pretendemos em articulação com o setor social atualizar extraordinariamente algumas das respostas que durante o período pandémico, que ainda vivemos, tiveram um maior custo financeiro para as instituições, nomeadamente as respostas residenciais, mas também outras, e é isso exatamente que estamos a negociar com o setor social”, adiantou.

Questionada sobre as cantinas sociais, a secretária de Estado referiu que existem 529 espalhadas pelo país, numa média de 30 por distrito, e que o Governo tem protocolada atualmente a distribuição de 13 mil refeições e garantiu que “na eventualidade de haver necessidade de reforçar” o Governo o fará, “através de protocolos extra para atender a essas necessidades de alimentação imediata”.

Ainda sobre a situação nos lares de idosos, em relação aos quais foram noticiados novos surtos nos últimos dias, Rita Cunha Mendes destacou os milhões de equipamentos de proteção individual distribuídos e testes realizados de forma massiva, sublinhando ainda que os “lares ilegais não foram exceção” no tratamento dado pela Segurança Social, não havendo “nenhum idoso que tivesse sido sinalizado à Segurança Social” com “tratamento diferenciado em relação às restantes estruturas residenciais”.

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Governo avalia manter poder da ACT para travar despedimentos ilegais após pandemia

  • Lusa
  • 19 Junho 2020

O anúncio foi feito por Miguel Cabrita no Parlamento, em reposta aos deputados, durante uma audição dos secretários de Estado do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

O secretário de Estado Adjunto e do Trabalho admitiu esta sexta-feira avaliar a manutenção, após a crise causada pela pandemia covid-19, do novo poder atribuído à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) de suspender despedimentos ilegais.

“Esse poder extraordinário e executivo, da suspensão dos contratos dos processos de despedimento ilegais foi conferido neste contexto de emergência”, começou por sublinhar o secretário de Estado, acrescentando que a questão dos poderes executivos da ACT “é antiga”.

“Estaremos agora em condições, porventura, de fazermos a avaliação dessa experiência, verificar se é um poder emergente que deve ficar numa fase de emergência ou se, pelo contrário, terá condições para se prolongar no tempo como uma boa prática”, afirmou Cabrita, adiantando que “é um debate que seguramente existirá”.

A ACT viu os seus poderes reforçados no estado de emergência, tendo realizado várias ações inspetivas relacionadas com as medidas criadas no âmbito da pandemia covid-19.

De acordo com dados do Ministério do Trabalho, desde o início de março, a ACT iniciou cerca de 5.500 processos inspetivos e fez mais de 2.500 visitas inspetivas, abrangendo mais de 4.350 empresas e mais de 150 mil trabalhadores.

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Segurança Social vai corrigir indeferimentos de apoios a recibos verdes

  • Lusa
  • 19 Junho 2020

Indeferimento de pedidos de apoio de trabalhadores independentes estará relacionado com desatualização de dados no sistema. Secretário de Estado da Segurança Social garante que serão corrigidos.

O secretário de Estado da Segurança Social, Gabriel Bastos, disse que o indeferimento de alguns pedidos de apoio por parte de trabalhadores independentes está relacionado com desatualização de dados no sistema e garantiu que as situações serão corrigidas.

A garantia foi deixada pelo governante durante uma audição na Comissão de Orçamento e Finanças dos secretários de Estado do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social no âmbito da apreciação, na especialidade, da proposta do Orçamento Suplementar para 2020.

Em reposta ao deputado do BE José Soeiro, o secretário de Estado lembrou que o apoio está previsto apenas para trabalhadores com vinculação exclusiva ao regime dos independentes (recibos verdes) e que “por vezes, os dados não estão atualizados no sistema” nos casos em que o vínculo como trabalhador por conta de outrem já cessou.

“Poderão ser casos desses que importa corrigir e as situações serão corrigidas“, afirmou o secretário de Estado.

A questão surge depois de a associação de combate à precariedade Precários Inflexíveis ter acusado o Instituto de Segurança Social de indeferir com “justificações lacónicas” pedidos de trabalhadores a recibos verdes que requereram apoio extraordinário por redução de atividade devido à pandemia de Covid-19.

“Após uma demora inaceitável e incompatível com a urgência de quem sofreu uma perda abrupta de rendimentos, os serviços do ISS começaram finalmente a comunicar, ao longo dos últimos dias, as respostas aos requerimentos para aceder ao apoio nos casos em que o pedido tinha ficado “em análise”, refere a associação em comunicado, lamentando que as decisões de indeferimento surgem com “justificações lacónicas”, o que “demonstra insensibilidade” face a quem “tem a vida suspensa” pela ausência de qualquer proteção.

E exemplifica: “Os indeferimentos agora comunicados são, em muitos casos, apenas justificados com frases como “Trabalhador Independente não exclusivo”, “Qualificação não cumpre os requisitos da medida” ou “Trabalhador não cumpre a condição de acesso ao apoio”.

A associação adverte que a “falta de informação rigorosa e clara”, com “referências explícitas à situação concreta” e “às respetivas normas legais” que justificam os indeferimentos, “impede a compreensão e dificulta a eventual contestação destas decisões”.

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Governo pede adiamento da LEO mais uma vez. OE passa a ser entregue até 10 de outubro

O Executivo entregou no Parlamento uma proposta de lei que adia novamente a implementação do novo paradigma das finanças públicas. Uma das mudanças é que o OE seja apresentado até 10 de outubro.

A nova Lei de Enquadramento Orçamental (LEO) nasceu em 2015, era para ser implementada no Orçamento do Estado para 2019, mas foi adiada para o OE2021, ou seja, o deste ano. Mas também não vai ser desta: o Governo já pediu para se adiar de novo o processo, com uma das estruturas previstas a ser só criada no OE2023, o último da atual legislatura. O adiamento consta da proposta de lei entregue esta semana pelo Executivo ao Parlamento, após a aprovação em Conselho de Ministros.

“A presente lei procede à alteração da Lei n.º 151/2015, de 11 de setembro, no sentido de ajustar o calendário de integral produção de efeitos da Lei de Enquadramento Orçamental“, lê-se na exposição de motivos. Estas alterações são feitas depois de o grupo de trabalho de revisão da LEO ter entregado um relatório em maio onde faz recomendações ao Governo e seguem-se aos vários atrasos que se têm registado neste processo, tal como já foi denunciado pelo Tribunal de Contas, pela Comissão Europeia e pelo Conselho das Finanças Públicas (CFP). O próprio Presidente da República tem chamado a atenção para a importância desta legislação entrar em vigor no seu pleno.

Questionado pelo ECO, o Conselho das Finanças Públicas esclarece que “esta alteração agora proposta pelo Governo vem adiar a aprovação do decreto-lei relativo à regulamentação dos programas orçamentais – que deveria ter sido aprovado até ao final do primeiro semestre de 2019 – para o primeiro semestre de 2021; por sua vez, a criação da Entidade Contabilística Estado (ECE) fica adiada para 2023; outros prazos específicos são também adiados“.

O adiamento já era antecipado até antes da pandemia, como escreveu o Expresso, e é agora concretizado nesta proposta, que ainda terá de ser aprovada pelo Parlamento. São vários os prazos adiados, como por exemplo: “A Entidade Contabilística Estado é criada no Orçamento do Estado para o ano de 2023”. Ou seja, apenas no último Orçamento desta legislatura, que deverá ser elaborado durante o verão de 2022, é que deverá ser implementada de forma integral a LEO aprovada em 2015.

O atual ministro das Finanças, João Leão, tem sido o responsável por este processo, tendo em 2018 explicado no Parlamento, na qualidade de secretário de Estado do Orçamento, que a complexidade da LEO obrigaria a um maior período de transição. Após o adiamento de dois anos concedido na altura, o Ministério das Finanças volta a derrapar no prazo. Agora a responsável pelo processo deverá ser Cláudia Joaquim, a nova secretária de Estado do Orçamento e ex-secretária de Estado da Segurança Social.

O grupo de trabalho, nomeado pela anterior equipa das Finanças, chegou a reunir com o Conselho das Finanças Públicas, mas a entidade liderada por Nazaré Costa Cabral diz ao ECO que não foi consultada “previamente pelo Governo a respeito desta proposta de lei”, nem teve acesso ao relatório do grupo de trabalho. Assim, o CFP “admite ponderar” a hipótese de emitir uma opinião sobre estas alterações propostas agora pelo Governo.

Até à publicação deste artigo, o Ministério das Finanças não tinha respondido às questões colocadas pelo ECO, nomeadamente ao pedido para ter acesso ao relatório do grupo de trabalho que foi entregue em maio e que não é público.

Para que serve a LEO? E que mais alterações quer o Governo?

A LEO servirá como a base do processo orçamental em Portugal, concretizando aspetos da legislação europeia. Em concreto, por exemplo, esta deverá permitir que os contribuintes saibam o custo-benefício de cada medida. O objetivo desta mudança é descentralizar o orçamento e ter uma perspetiva de médio e longo prazo na gestão das finanças públicas, além de aumentar a transparência, o controlo e a responsabilização do dinheiro público.

O objetivo da LEO é que haja “autonomia de gestão e com a correspondente responsabilização, nesta ideia de orçamentação por programas”, concretiza ao ECO Susana Peralta, economista que fez parte do grupo de trabalho, explicando que esta revolução nas finanças públicas portuguesas exige “formação contínua dos quadros públicos”. “O grupo de trabalho entendeu que mais vale avançar devagar, com projetos-piloto“, diz, assinalando que “não há meios técnicos, humanos e materiais” para implementar “cabalmente e de uma só vez” a LEO, até por causa dos cortes na máquina do Estado na última década.

Na proposta de lei há mais mudanças além dos adiamentos, desde logo em prazos para o Executivo e o Parlamento. A proposta de lei entregue pelo Governo prevê também que o Orçamento do Estado seja entregue até 10 de outubro do ano anterior em vez de até 1 de outubro, como é definido pela atual redação da LEO. No comunicado do Conselho de Ministros onde esta proposta de lei foi aprovada, o Governo manifestava a sua intenção de apresentar o OE2021 já sob esta regra.

A proposta prevê ainda que a votação da proposta da lei do OE aconteça no prazo de 50 dias após a data da sua admissão na Assembleia da República em vez dos 45 dias da redação atual. Além disso, os deputados terão acesso a mais informação: esta alteração traz quadros adicionais no OE para promover a transparência, o que foi proposto pelo grupo de trabalho.

Apesar de a implementação integral da LEO ficar adiada, o Governo compromete-se a entregar a Lei das Grandes Opções — uma espécie de antecipação do OE do ano seguinte — em 2021, até ao dia 15 de abril, a qual terá de ser aprovada pelos deputados no prazo de 30 dias após a sua apresentação.

Contudo, as Finanças definem uma disposição transitória nesta proposta de alteração que isenta a apresentação da “programação orçamental plurianual para os subsetores da administração central e da segurança social, sendo a mesma efetuada na proposta de lei do Orçamento do Estado”.

A ideia é que, no futuro, sem esta disposição transitória, a Lei das Grandes Opções definam os limites da despesa pública (e as projeções de receita), que se tornam vinculativos para o ano seguinte e indicativos para o resto da legislatura, em concordância com os objetivos definidos no Programa de Estabilidade.

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ERSE diz à REN para investir só 25,7 milhões na rede de gás natural, sete vezes menos do que o previsto

O regulador prevê que na próxima década o gás natural perca peso no mix energético, o que não invalida o investimento da rede. A ERSE quer incentivos à injeção de gases descarbonizados na rede.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) deu o seu parecer à Proposta de Plano de Desenvolvimento e Investimento na Rede de Transporte, Infraestruturas de Armazenamento e Terminais de Gás Natural Liquefeito (RNTIAT), para o período 2020-2029 (PDIRGN 2019), no qual recomenda que a REN – Gasodutos, enquanto operador da Rede Nacional de Transporte de Gás Natural, submeta para aprovação do Governo um investimento de 25,7 milhões de euros. Trata-se de um grande corte face à proposta feita pela empresa.

Na sua proposta inicial, a REN propunha um montante total de investimento 184,4 milhões de euros: 35,6 milhões nos primeiros cinco anos e 148,8 milhões nos seguintes. A recomendação da ERSE acabou por ser sete vezes inferior a este montante. Em causa está a transição energética em curso e a incerteza face ao futuro do setor do gás natural.

Dos 25,7 milhões agora recomendados pelo regulador, 5,3 milhões dizem respeito à gestão técnica global e 20,4 milhão serão para o Terminal de GNL de Sines, entre outros projetos. Em resultado desta recomendação, diz a ERSE, o valor total de investimento na rede no quinquénio entre 2020 e 2024 ascenderá a 48,2 milhões de euros, na sequência da aprovação de um plano de desenvolvimento da rede, que já incluia a concretização de investimentos na RNTIAT da ordem dos 22,5 milhões de euros, de 2020 a 2022.

Isto “permite antecipar uma manutenção dos custos a suportar pelos consumidores em sede de tarifas de acesso às redes de gás natural, remata a ERSE, garantindo que no que respeita às tarifas de venda a clientes finais, os impactes tarifários destes investimentos serão reduzidos, entre 0,08% e 0,03%.

O regulador prevê que na próxima década o gás natural venha a perder peso no mix energético, o que não invalida no entanto o investimento da rede, tendo em conta a transição e adaptação da mesma para comportar gases descarbonizados, como o hidrogénio verde.

“O gás natural irá desempenhar um papel importante na transição para um sistema energético de base renovável, dado que funcionará como backup a um sistema eletroprodutor fortemente renovável, permanecendo no sistema nas próximas duas décadas, sendo expectável a redução gradual da sua utilização no médio e longo prazo. A discussão em curso sobre o futuro papel do gás num sistema energético totalmente descarbonizado irá identificar as possíveis tecnologias necessárias para esses desenvolvimentos, e explorar como essas tecnologias podem promover o acoplamento entre os setores de eletricidade e gás. Assim, no horizonte temporal abrangido pela proposta de PDIRGN 2019, deverão surgir projetos que, inicialmente enquadrados como projetos-piloto ou de base exploratória, permitirão avaliar o potencial destas novas tecnologias”, diz a ERSE.

O regulador confirma que os comentários recebidos durante a Consulta Pública à proposta de PDIRGN 2019 foram favoráveis à adaptação gradual das infraestruturas do sistema nacional de gás natural à receção de gases descarbonizados. O Conselho Tarifário da ERSE recomenda a adoção de incentivos e “estímulos” à incorporação destes gases, por exemplo através de projetos-piloto e remoção de eventuais barreiras regulatórias à sua injeção na rede.

No seu parecer, a ERSE travou no entanto os investimentos relativos ao projeto de “adaptação do cais de acostagem do Terminal de Gás Natural Liquefeito de Sines”, para permitir o abastecimento deste combustível a navios. O regulador reconhece a importância do transporte marítimo como
potencial nova utilização de GNL e a sua importância como eixo da descarbonização da economia, mas decidiu que ainda não é o momento adequado para decidir sobre o investimento neste projeto “devido à incerteza sobre o modo como a referida estratégia nacional virá a ser concretizada. Somam-se ainda “dúvidas sobre a remuneração do ativo”.

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Noite de S. João com fortes restrições no Porto. Mas há derby

  • Lusa
  • 19 Junho 2020

Apesar das fortes restrições para evitar festejos e ajuntamentos no S. João, o duelo entre FC Porto-Boavista vai manter-se, depois de terem sido garantidas todas as condições de segurança.

A realização do dérbi FC Porto-Boavista, da 28.ª jornada da I Liga de futebol, foi confirmada para terça-feira, em noite de São João, depois de terem sido garantidas todas as condições de segurança, anunciou esta sexta-feira a Liga.

“A PSP manifestou o seu empenho na implementação de todas as estratégias de segurança necessárias para que o evento decorra dentro da normalidade”, lê-se num comunicado do organismo, que teve esta sexta-feira uma reunião de urgência com responsáveis dos dois clubes, da PSP e da Câmara Municipal do Porto.

Na quarta-feira, as câmaras do Porto e de Vila Nova de Gaia, bem como operadores de transportes e responsáveis das forças de segurança, fizeram uma recomendação ao Governo e à Liga para que o jogo fosse adiado, devido à possibilidade de aparecimento de um foco de contágio da covid-19.

No mesmo comunicado, a Liga faz um apelo ao “comportamento cívico dos adeptos, de forma a que mantenham a normalidade que se tem verificado até agora nas jornadas já realizadas”.

“Todas as entidades reiteram o pedido para que não existam aglomerações nas imediações do estádio, hotéis e centros desportivos, de forma a que possam ser cumpridas as diretrizes impostas pela Direção-Geral da Saúde”, reforçou o organismo.

O FC Porto divide com o campeão Benfica a liderança da I Liga, com os mesmos 64 pontos, mas com vantagem no confronto direto com os ‘encarnados’, enquanto o Boavista segue no oitavo lugar, com 35.

O dérbi portuense está marcado para as 21h15, no Estádio do Dragão, em mais um embate sem público, tal como os restantes após a retoma da competição devido à pandemia de covid-19.

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Empresas da Venezuela processam Novo Banco em 1,35 mil milhões

  • ECO
  • 19 Junho 2020

Oito empresas sul-americanas, incluindo a Petróleos da Venezuela, avançaram em tribunal contra o Novo Banco num processo multimilionário para desbloquear os recursos que têm junto da instituição.

Oito empresas sul-americanas, incluindo a petrolífera estatal venezuelana, avançaram com uma ação judicial contra o Novo Banco no valor total de 1,35 mil milhões de euros, avança o Expresso. Não se conhecem pormenores, mas o processo estará relacionado com os recursos destas sociedades que estarão bloqueados junto do Novo Banco.

A Petróleos da Venezuela e o Banco de Desenvolvimento Económico e Social da Venezuela são algumas das empresas que avançaram com o processo, que deu entrada esta sexta-feira no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa. Ao Expresso, o Novo Banco não adiantou detalhes, mas estará em causa o facto de o banco estar a recusar as operações que as entidades venezuelanas tentam fazer.

A instituição presidida por António Ramalho tem justificado estas recusas com o facto de não conseguir proceder a uma avaliação do beneficiário último das operações e, por isso, não executa as ordens de pagamento. O banco considera que, se o fizer, estará a quebrar as regras de prevenção do branqueamento de capitais.

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Governo admite alargar apoio de 439 euros a independentes com descontos

  • Lusa
  • 19 Junho 2020

O Executivo admitiu alargar o apoio previsto para trabalhadores informais, de 438,81 euros, a alguns trabalhadores com descontos, como os independentes e os do serviço doméstico.

O secretário de Estado da Segurança Social, Gabriel Bastos, admitiu esta sexta-feira alargar o apoio previsto para trabalhadores informais, de 438,81 euros, a alguns trabalhadores com descontos, como os independentes e os do serviço doméstico.

A abertura para alargar o âmbito do apoio foi manifestada pelo governante durante uma audição na Comissão de Orçamento e Finanças dos secretários de Estado do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social no âmbito da apreciação, na especialidade, da proposta do Orçamento Suplementar para 2020.

“Da forma como estamos a preconizar a medida, que será aprovada em Conselho de Ministros na próxima semana, não se pretende afastar universos de trabalhadores pelo facto de já estarem no sistema, designadamente trabalhadores independentes já inscritos e pessoal do serviço doméstico”, disse Gabriel Bastos, em resposta ao deputado do BE José Soeiro.

Gabriel Bastos lembrou que a medida tem como condição uma “vinculação ao sistema de 30 meses após o período de concessão da prestação” e que “por equidade” os profissionais que já têm uma relação contributiva terão uma “especificidade” relativamente à vinculação à Segurança Social, nomeadamente “descontando os períodos que já tenham de descontos”.

O objetivo da medida “não é afunilar para trabalhadores que estejam na informalidade”, sublinhou o secretário de Estado.

O deputado José Soeiro também questionou o governante sobre a situação dos advogados e solicitadores que descontam para um sistema próprio e que, por isso, estão fora do apoio, mas Gabriel Bastos não respondeu sobre este caso concreto.

A medida está prevista no Programa de Estabilização Económica e Social (PEES) e consiste num apoio “a trabalhadores independentes e informais em situação de desproteção social” no valor de 1 Indexante de Apoios Sociais (438,81 euros), entre julho e dezembro, e a integração no sistema de Segurança Social, “com vinculação por 36 meses ao regime de proteção social pública”.

O apoio tem como condição a “vinculação ao sistema de proteção social durante 30 meses, findo o prazo de concessão do apoio (dezembro de 2020)“, segundo o PEES.

Após a concessão do apoio, deve ser paga a contribuição correspondente a trabalhador independente, com base no valor de incidência do apoio durante 30 meses.

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EDP puxa por Lisboa. Galp trava os ganhos no PSI-20

A bolsa de Lisboa acompanhou a tendência positiva dos mercados europeus e encerrou com uma valorização, numa sessão que foi impulsionada pela subida dos títulos da EDP e da dona do Pingo Doce.

A bolsa de Lisboa valorizou na última sessão da semana, em linha com a generalidade das praças europeias. Por toda a Europa o sentimento foi positivo, no dia em que o Conselho Europeu discutiu o fundo de recuperação de 750 mil milhões de euros para ajudar os países a saírem da crise. A Jerónimo Martins e a EDP puxaram pela bolsa nacional.

O pan-europeu Stoxx 600 ganhou 0,59%, enquanto o francês CAC-40 subiu 0,42%, o espanhol IBEX valorizou 0,32%, o britânico FTSE 100 avançou 1,07% e o alemão DAX somou 0,40%. Em Lisboa, o PSI- 20 avançou 0,75%, para 4.428,24 pontos, com oito cotadas em terreno positivo, nove em terreno negativo e uma inalterada.

Esta sexta-feira houve reunião do Conselho Europeu para discutir a proposta de Bruxelas para um fundo de 750 mil milhões de euros (500 mil milhões em subsídios e 250 mil milhões em empréstimos). À saída, o primeiro-ministro português disse que ficou “agradado” com a reunião, acreditando que será possível chegar a um acordo no próximo mês de julho, um sinal positivo tendo em conta se antecipam sérias dificuldades nas negociações.

Neste contexto, as ações da Jerónimo Martins e da EDP suportaram o índice nacional. Os títulos da dona do Pingo Doce somaram 2,73%, para 15,815 euros. Ao mesmo tempo, as ações da energética somaram 2,17%, para 4,245 euros, no dia em que o Tribunal da Relação de Lisboa declarou “improcedente” o pedido de afastamento do juiz de instrução Carlos Alexandre do processo das rendas excessivas, que envolve António Mexia e João Manso Neto.

Igualmente entre os “pesos pesados” do índice nacional, a Nos ganhou 2,02%, para 3,77 euros, enquanto a EDP Renováveis somou 0,34%, para 11,70 euros. A Corticeira Amorim valorizou 1,70%, para 9,99 euros, depois de, esta quinta-feira, ter anunciado a compra de mais 30% da empresa sueca Elfverson & Co AB, ficando assim com a totalidade da produtora de tops de madeira para rolhas capsuladas.

Em contra-ciclo, a impedir ganhos mais expressivos, estiveram os títulos Galp Energia. As ações da petrolífera portuguesa recuaram 0,50%, para 10,94 euros, apesar de petróleo está em alta nos mercados internacionais. O Brent, a negociar em Londres, avança 2,65%, para 42,61 dólares por barril. Os CTT deslizaram 1,35%, a Mota-Engil perdeu 0,99% e a Semapa recuou 0,35%.

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Isabel dos Santos defende legalidade da compra da Efacec

Empresária angolana defende que aquisição da Efacec, em 2015, foi legal, respeitando as regras de branqueamento de capitais. E lamenta não poder ajudar a evitar o "desmembramento" da empresa.

Isabel dos Santos diz que a aquisição da Efacec, em 2015, foi transparente e legal, nomeadamente em termos de branqueamento de capitais, e lamenta não poder ajudar a evitar aquilo que poderá ser o “desmembramento” da empresa portuguesa.

“Apesar de ser completamente inocente dos ataques que me fazem, decidi sair para defesa da própria reputação da Efacec. Por muito que me custe olhar para o que pode ser o desmembramento da Efacec, estou totalmente impossibilitada de poder ajudar, por me ver arrastada para um amontoado de processos judiciais repletos de falsidades e assentes em documentação forjada”, refere Isabel dos Santos num comunicado em que dá conta dos detalhes financeiros por detrás da compra da Efacec e cujo investimento o Banco de Portugal confirmou ser “regular”.

“Quando a verdade for reposta teremos que exigir responsabilidades a todos aqueles que permitiram tamanha injustiça, não só contra mim, mas também contra todas as centenas de famílias que lutam pela vida e crescimento da Efacec e que virão inevitavelmente a ser prejudicadas”, acrescenta a empresária angolana.

"Por muito que me custe olhar para o que pode ser o desmembramento da Efacec, estou totalmente impossibilitada de poder ajudar, por me ver arrastada para um amontoado de processos judiciais repletos de falsidades e assentes em documentação forjada.”

Isabel dos Santos

O comunicado sublinha que o processo de aquisição da Efacec “correspondeu a um processo negocial transparente e de mercado que envolveu os acionistas vendedores (Grupo José de Mello e a Têxtil Manuel Gonçalves) e um conjunto significativo de instituições de crédito, tendo sido realizado em estrito cumprimento das regras aplicáveis em Portugal e em Angola”.

O investimento na Efacec de 195 milhões de euros foi conseguido com recurso a financiamentos bancários por parte da Winterfell2 (120 milhões) e da Winterfell industries (40 milhões), bem como de capitais próprios da própria empresária angolana, no montante de 35 milhões.

Quanto aos créditos concedidos, eles tiveram origem em três sindicatos bancários (dois com participação do BCP, Novo Banco e Caixa Geral de Depósitos e um com a participação do BCP e Novo Banco, e em três contratos bilaterais com Banco Montepio, BPI, e um com a instituição de crédito angolana Banco Bic), todos realizados no dia 23 de outubro de 2015.

São transcritas partes de um relatório do Banco de Portugal que analisou a operação. Segundo a empresária, o inquérito do supervisor “não encontrou qualquer irregularidade, não houve qualquer branqueamento de capitais e considerou que o investimento na Efacec foi feito com transparência, confirmando a regularidade de toda a operação”.

Esta quinta-feira, o CEO da Efacec, Ângelo Ramalho, adiantou que o caso Luanda Leaks provocou um “bloqueio bancário” que dura há seis meses e está a paralisar a empresa. “Estamos há seis meses sem relação fluida com a banca. Não temos nem linhas de financiamento, nem a trade finance necessária ao desenvolvimento das nossas operações”, disse em entrevista à Rádio Observador.

Com a posição de Isabel dos Santos no mercado, a Efacec recebeu “cerca de 30 manifestações de interesse” na aquisição dessa participação. As propostas vinculativas terão de ser entregues até 26 de junho.

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Desconfinar? Metade das empresas está a trabalhar a partir de casa

Teletrabalho deixou de ser obrigatório desde o início do mês. Ainda assim, são muitas as empresas que continuam a ter o seu pessoal a trabalhar a partir de casa.

Apesar do desconfinamento gradual da economia, quase metade das empresas continua a ter os seus empregados em regime de teletrabalho. Sendo que 10% tinham mais de três quartos do seu pessoal efetivamente ao serviço a trabalhar nesse regime.

Os dados do Banco de Portugal e INE mostram que muitos trabalhadores continuaram a trabalhar em casa na primeira quinzena de junho, ainda que o Governo tenha deixado cair a obrigatoriedade de teletrabalho logo no início do mês, perante o desagravamento da crise sanitária provocada pela pandemia.

Neste momento, o teletrabalho só é obrigatório para situações muito concretas: para imunodeprimidos e doentes crónicos, pessoas com deficiência e pais com filhos até aos 12 anos. A possibilidade de se trabalhar a partir de casa mantém-se para os outros casos (a maioria deles) mas depende de um acordo entre empresa e trabalhador.

Ainda assim, segundo os resultados do inquérito revelado esta sexta-feira, 47% das empresas responderam que mantinham pessoas em teletrabalho na primeira quinzena de junho. Trata-se, ainda assim, de uma redução de seis pontos percentuais face à segunda metade do mês de maio, períodos entre os quais se deu a transição para a terceira fase de desconfinamento decidida pelo Governo. Neste momento, 95% das empresas já estão de portas abertas, ainda que parcialmente.

São as grandes empresas quem mais tem trabalhadores em atividade de forma remota. O inquérito revela que a proporção de empresas com trabalhadores em casa aumenta com a dimensão da empresa, “sendo apenas 21% nas microempresas e atingindo 87% nas grandes”.

Por setor, a percentagem de empresas que referiram pessoas em teletrabalho foi mais elevada na Informação e comunicação (75%) e mais reduzida no Alojamento e restauração (29%), o que tem a ver com a especificidade das próprias atividades.

No regresso ao local de trabalho, foram muitas empresas que recorreram à presença alternada nas instalações: 44%. Esta tendência cresce com a dimensão da empresa, sendo referido por 26% das micro empresas e por 76% das grandes empresas.

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