Portugal tem dois finalistas ao Prémio Europeu Regiostars
Apoiar empresas com projetos que incorporem tecnologia espacial na saúde, energia, transportes. Ou valorizar resíduos para criar produtos inovadores. Estes são os projetos portugueses na final.
A plataforma internacional Fibrenamics Green e a incubadora espacial portuguesa são os dois projetos portugueses que passaram à final do Prémio Europeu Regiostars, uma iniciativa da Comissão Europeia para destacar boas práticas de desenvolvimento regional, com especial atenção para os projetos inovadores apoiados por fundos europeus.
Do Norte e do Centro, estes dois projetos somaram 646 mil euros de apoios comunitários e não podiam ser mais diferentes entre si. Mas ambos chegaram à fase final do concurso.
A plataforma internacional Fibrenamics Green é uma iniciativa do Centro para a Valorização de Resíduos da Universidade do Minho, que dinamiza o trabalho em rede e “envolve as diferentes fases da criação de novos produtos – como o design, a engenharia e a criatividade – criados a partir do aproveitamento de resíduos de várias indústrias do Norte de Portugal”, explica o Programa Operacional do Norte em comunicado. O Norte 2020 financiou com 478 mil euros este investimento de 552,8 mil euros, no âmbito dos incentivos para a transferência do conhecimento científico e tecnológico e graças aos resultados obtidos está agora a ser replicado nos Açores.
A valorização de resíduos de forma a criar produtos inovadores, é o objetivo da plataforma que já não pretende “esconder os resíduos”, mas antes dar-lhes um lugar de destaque, como explica Raul Fangueiro, coordenador científico da plataforma. Marcas como a Dress Your Pans, com um conjunto de protetores de resíduos têxteis para tachos e panelas, a Zouri, uma linha de calçado ecológica que aproveita resíduos de plástico, e a Matteo Lamp, uma solução de iluminação única que incorpora na sua construção uma mistura de resíduos de plástico e madeira, nasceram assim.
Já o Centro de Incubação de Negócios da Agência Espacial Europeia (ESA BIC) em Portugal, coordenado pelo Instituto Pedro Nunes (IPN), de Coimbra, “apoia empresas com projetos que incorporem tecnologia espacial em aplicações terrestres, como por exemplo a saúde, energia, transportes, segurança e vida urbana“, explica em comunicado o Programa Operacional do Centro que financia este projeto. Mas também empresas que pretendem entrar no mercado espacial comercial. Em causa está um investimento de 198 mil euros com um apoio de 168 mil, mas que no seu conjunto teve, nos primeiros cinco anos, um impacto superior a 11,5 milhões de euros, criou mais de 100 postos de trabalho altamente qualificados em 30 startups inovadoras, de acordo com a página dos prémios.
De três já vai em 15 incubadoras, algumas delas a trabalhar para criar sub-redes locais. Com este aumento, em abril, o ESA BIC Portugal vai expandir a presença a todo o território nacional, incluindo os Açores e a Madeira. Presentemente, o centro está à procura de startups que estejam a desenvolver projetos ligados à tecnologia e dados da indústria espacial e tem 600 mil euros para apoiar o desenvolvimento de 12 empresas portuguesas por ano, além de dar suporte técnico e de negócio.
Estes dois projetos disputam o prémio com mais 23 finalistas escolhidos, por um júri independente, entre mais de 200 candidaturas europeias. Agora o público pode escolher e votar no seu projeto favorito até ao dia 15 de setembro. Basta clicar no coração à frente de cada projeto. Só Portugal, Croácia e Alemanha têm dois projetos finalistas, sendo que a maioria (10) são projetos conjuntos. A entrega dos prémios terá lugar em Bruxelas, a 14 de outubro durante a Semana Europeia das Regiões e das Cidades.
A plataforma internacional Fibrenamics Green ainda concorre com outros quatro projetos à categoria “Economia circular para uma Europa verde”. Neste caso o vencedor será decidido por um júri. E o o Centro de Incubação de Negócios da Agência Espacial Europeia em Portugal concorre na categoria “Transição industrial para uma Europa inteligente”, enfrentado também mais quatro concorrentes.
Recorde-se que o centro de Negócios e Serviços Partilhados do Fundão (na categoria “Apoiar a transição industrial inteligente”) e o projeto de Reabilitação do lugar da Vista Alegre (na categoria “Escolha do Público”) venceram os Prémios RegioStars 2018 e o “Centro BIO”, da BLC3 – Campus de Tecnologia e Inovação, de Oliveira do Hospital, ganhou o prémio RegioStars 2016, na categoria de Crescimento Sustentável.
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