Contracting: uma forma de trabalhar (ainda mais) independente

Contractors também são independentes, mas trabalham num projeto de cada vez. O contracting dá mais flexibilidade, benefícios fiscais, gerando mais desafios a quem trabalha e agilidade a quem contrata.

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“Os freelancers entregam projetos, os contractors cumprem funções específicas durante um período de tempo”, começa por explicar à Pessoas Pedro Oliveira, cofundador da Landing.jobs, uma startup portuguesa que gere recrutamento online para o setor de TI.

O conceito de contracting surgiu no Reino Unido, especialmente entre as empresas tecnológicas, que procuravam profissionais para projetos específicos, com uma determinada duração. Não deve ser confundido com freelancing, alerta Pedro Oliveira. “É um profissional independente que trabalha apenas e só para um cliente. Um freelancer também é um trabalhador independente, mas trabalha para vários clientes em determinado período de tempo”, esclarece.

David Cruz, designer UX/UI e contractor, começou a carreira profissional há 12 anos, passou por Londres e no regresso percebeu que o contracting era uma opção mais viável que o freelancing. “Eu nunca pensei em ser freelancer ou contractor. A minha ideia foi sempre ir para uma boa startup. Comecei a recibos verdes e rapidamente percebi que são poucas ou nenhumas as vantagens de estar a recibos. Quanto mais trabalhava mais impostos pagava, e no final a diferença líquida não era assim tão grande em relação ao aumento de trabalho que ia tendo”, descreve.

"O meu foco é continuar a contractor, normalmente aceito contratos de três a seis meses. Gosto desta margem temporal porque é um bom balanço entre estabilidade e a procura contínua por projetos novos.

David Cruz

Designer UX/UI

Foi nesse momento que David decidiu procurar mais trabalhos como contractor e criar o seu próprio negócio. Hoje, como contractor, só aceita contratos de três a seis meses, e assegura que há vantagens: mais flexibilidade, mais justiça nos impostos, maior evolução, experiência, capacidade de adaptação e propostas de trabalho mais aliciantes.

“É uma forma mais transparente, mais eficiente, mais flexível de trabalhar. Com o trabalho remoto cada vez mais em voga, também o contracting surge aqui como uma alternativa na forma de trabalho”, sublinha Pedro Oliveira. Mais dinheiro, mais autonomia e liberdade de carreira. Para a empresa que contrata este tipo de profissional, têm a vantagem da flexibilidade e a da rapidez dos processos de recrutamento. “Normalmente, uma parte do top talent, aquelas pessoas que são muito requisitadas no mercado, optam por serem elas próprias contractors, porque fiscalmente é muito mais interessante e aceitam os projetos que querem. Isto pode trazer muita credibilidade para a tua equipa”, assegura.

Planear, prevenir e saber gerir conflitos

Se está a pensar ser um contractor, a Landing.jobs aconselha que cumpra alguns passos antes de mudar. Em primeiro lugar, deve definir qual é o seu negócio e estabelecê-lo e, só depois, começar a procurar potenciais clientes.

De acordo com a Landing.jobs, os contractors devem, tal como qualquer trabalhador independente, saber planear, gerir e ter as contas em dia. Um contractor deve definir um plano antecipado para garantir que é pago atempadamente, que cumpre as obrigações fiscais e, ainda, ter um seguro para o seu negócio. Enquanto contractor, poderá ter de negociar valores, por isso pode ser importante procurar aconselhamento especializado nesta matéria, principalmente se está empregado e vai transitar para o contracting.

Uma parte do top talent, aquelas pessoas que são muito requisitadas no mercado optam por serem elas próprias contractors, porque fiscalmente é muito mais interessante e aceitam os projetos que querem. Isto pode trazer muita credibilidade para a tua equipa.

Pedro Oliveira

Cofundador da Landing.jobs

A competência mais importante de um contractor, lembra a Landing.jobs, é a capacidade de gerir eventuais conflitos que possam surgir com clientes, de forma eficaz, mas eficiente. “Se estás na mesma área [digital], te sentes curioso, experimenta um rumo mais independente e vê como corre. Mais vale experimentar e perceberes se fizeste bem ou mal, do que estar sempre a pensar na mudança e acabar por não fazer nada”, desafia David Cruz.

Pedro Oliveira acredita que o contracting será uma das formas de trabalhar do futuro. “Tem estado em forte crescimento, porque se calhar estávamos muito viciados no full time employee ser a única forma e agora as pessoas estão a perceber que num mercado mais fluido, é mais benéfico para o talento”.

Contracting: o que é e como funciona?
O conceito de contracting surgiu originalmente no Reino Unido, na área das Tecnologias de Informação, devido à necessidade de as empresas deste setor, em particular, contratarem profissionais para projetos específicos, com uma duração pré-definida. Hoje, o conceito de contracting pode aplicar-se a qualquer setor de atividade, como é o caso do design digital. À primeira vista, um contractor é um freelancer, com uma diferença fundamental: o segundo trabalha por projeto enquanto que o primeiro é contratado para uma posição, um role específico numa organização. Também em contrapartida a um freelancer, um contractor trabalha num regime de exclusividade – para um cliente de cada vez – e numa posição em regime de full time. A duração de cada contrato tende a ser maior do que os habituais prestadores de serviços, assim como as características dos contratados: os contractors tendem a ser profissionais com competências muito valorizadas pelo mercado e, por isso, o seu preço é pago ao dia (e muito bem pago).

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Nas notícias lá fora: Amazon, Covid-19 e lay-off

Dez vezes mais contagiosa. É assim a nova estirpe da Covid-19 detetada na Malásia. Na Europa, a Alemanha quer prolongar apoios para salvar os empregos em resposta à pandemia.

Há uma nova estirpe de Covid-19 que é dez vezes mais contagiosa. O dia fica ainda marcado pela nota de que a Alemanha poderá prolongar o regime extraordinário de lay-off por mais 12 meses, de que a Concorrência germânica está a investigar a Amazon e de que o Japão registou a pior contração de sempre. Chegaram os táxis autónomos às ruas de Xangai.

Bloomberg

Ministro das Finanças alemão quer manter lay-off por 24 meses para salvar empregos

O ministro das Finanças alemão quer que o apoio extraordinário à manutenção dos postos de trabalho esteja disponível por 24 meses, isto é, por mais 12 meses do que inicialmente estava previsto. Olaf Scholz indicou que este prolongamento do regime equivalente ao lay-off simplificado português custará cerca de 10 mil milhões de euros. Em Portugal, o Executivo de António Costa decidiu não prolongar o lay-off simplificado, apesar dos apelos dos empregadores. Em alternativa, lançou um novo regime que alivia os cortes salariais, mas não permite suspender os contratos de trabalho e reforça os encargos exigidos aos empresários.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Business Standard

Há uma nova estirpe de Covid-19 que é dez vezes mais contagiosa

Numa altura em que vários laboratórios aceleram na corrida para uma vacina contra o novo coronavírus, a Malásia alerta para o surgimento de uma nova estirpe da Covid-19. A mutação do vírus, apelidada de D614G, que é dez vezes mais contagiosa que a original, foi encontrada em pelo menos três dos últimos 45 casos identificados no país, sendo todos eles resultado de infeções provocadas pelo dono de um restaurante que violou a quarentena.

Leia a notícia completa no Business Standard (acesso livre, conteúdo em inglês).

Reuters

Concorrência na Alemanha está a investigar a Amazon

A autoridade da concorrência da Alemanha lançou uma investigação à relação entre a Amazon e as empresas que vendem produtos através da plataforma da gigante norte-americana. “Estamos a investigar se e como a Amazon influencia a forma como os comerciantes definem os preços dos produtos que colocam à venda na plataforma”, diz Andreas Mundt, presidente da entidade reguladora à Reuters.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

The Washington Post

Japão com pior contração de sempre

O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão caiu 7,8% entre abril e junho, em relação ao trimestre anterior, e 27,8% em termos anuais, a maior queda desde que há registos, anunciou o Governo nipónico. Esta queda trimestral é superior à que a economia japonesa sofreu no primeiro trimestre de 2009, no auge da crise financeira global desencadeada pelo colapso do banco de investimento Lehman Brothers (então de 4,8%), e é a maior registada desde 1955, o primeiro ano em que há registos.

Leia a notícia completa no The Washington Post (acesso livre, conteúdo em inglês)

TechCrunch

AutoX lança serviço de táxis autónomos em Xangai

A AutoX anunciou o lançamento de um serviço de táxis com automóveis autónomos em Xangai. O RoboTaxi irá competir com o Didi, um serviço que, desde o final de junho, já está a testar o uso de carros autónomos como táxis, na mesma região chinesa. O serviço da AutoX arrancará com 100 veículos, que poderão ser requisitados através da AutoNavi, app detida pela Alibaba.

Leia a notícia em completa no TechCrunch (acesso livre, conteúdo em inglês).

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Macau lamenta dependência do jogo e promete diversificar economia

  • Lusa
  • 17 Agosto 2020

Epidemia evidenciou ser uma desvantagem Macau ter apenas uma indústria, razão pela qual a diversificação adequada da economia será uma decisão firme.

O Governo de Macau lamentou em Pequim a dependência económica face ao jogo, evidenciada pela pandemia, e prometeu avançar para a diversificação, que passa pela “expansão” para Hengqin, onde será inaugurado o novo posto fronteiriço.

No último dia da visita oficial à capital chinesa, o chefe do Governo “referiu que esta epidemia evidenciou ser uma desvantagem Macau ter apenas uma indústria, razão pela qual a diversificação adequada da economia será uma decisão firme e um objetivo traçado pelo Governo da RAEM [Região Administrativa Especial de Macau]”.

Em comunicado, as autoridades citaram Ho Iat Seng a propósito do encontro que manteve com o diretor da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, He Lifeng, durante o qual “abordaram temas sobre a promoção da diversificação adequada da economia de Macau” e “a zona de cooperação aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin”.

Apesar da dependência daquele que é o “motor” da economia, o encaixe para os cofres das autoridades da capital mundial de casinos tem-se traduzido em números pouco comuns: só no ano passado arrecadou 112,7 mil milhões de patacas (11,9 mil milhões de euros) em impostos diretos sobre as receitas brutas do jogo, único local onde este é permitido na China.

Contudo, a pandemia e a consequente quebra no número de visitantes traduziram-se numa descida sem precedentes nos resultados dos casinos.

Em vez de lucros milionários mensais, as operadoras apresentaram agora prejuízos que rondam as centenas de milhões de euros, verificando-se, por isso, uma significativa diminuição do montante arrecado pelo Governo do território, muito dependente do mercado turístico chinês.

Em abril, Ho Iat Seng anunciou a expansão de Macau para a vizinha ilha chinesa de Hengqin, que as autoridades querem transformar num centro de internacionalização.

As autoridades de Macau, território de 30 quilómetros quadrados, olham para esta expansão, “apadrinhada” pelo Presidente chinês, Xi Jinping, como uma oportunidade para responder à exigência de Pequim de integração nacional e de reforço do papel do território enquanto plataforma comercial entre a China e os países de língua portuguesa.

Atualmente, a ilha da Montanha, como é também denominada, já acolhe a Universidade de Macau num terreno de um quilómetro quadrado que foi cedido por 40 anos. Noutros 4,5 quilómetros quadrados vão ser instaladas empresas de Macau na ilha que pertence à vizinha cidade de Zhuhai, na província de Guangdong.

O novo desafio para Macau começa esta terça-feira, para quando está agendada a abertura oficial e entrada em funcionamento do novo posto fronteiriço Hengqin, que passa a ser administrado pelas autoridades do território (bem como as zonas envolventes), por delegação das autoridades chinesas.

Em Pequim, o chefe executivo de Macau comprometeu-se ainda a “desenvolver uma campanha de sensibilização junto da população, das associações cívicas e empresas no sentido de garantir que estejam bem informados sobre o trabalho na zona de cooperação aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin”.

Já He Lifeng, citado na mesma nota, referiu que o Presidente, Xi Jinping, ”está muito atento ao desenvolvimento socioeconómico da RAEM e que o mesmo definiu, com clareza, a Ilha de Hengqin como objetivo de diversificação adequada da economia de Macau”.

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Ministro das Finanças alemão quer manter lay-off por 24 meses para salvar empregos

O ministro das Finanças alemão quer prolongar o regime extraordinário de proteção do emprego equivalente ao português lay-off simplificado por mais 12 meses.

O ministro das Finanças alemão quer que o apoio extraordinário à manutenção dos postos de trabalho esteja disponível por 24 meses, isto é, por mais 12 meses do que inicialmente estava previsto. Segundo a Bloomberg, Olaf Scholz indicou que este prolongamento do regime equivalente ao lay-off simplificado português custará cerca de 10 mil milhões de euros.

Em resposta à pandemia de coronavírus, a Alemanha lançou uma versão extraordinária do lay-off. O chamado kurzarbeit permite aos empregadores receberem apoios durante 12 meses para o pagamento das remunerações dos seus trabalhadores. Ao abrigo deste regime, os salários são reduzidos a 67%, no caso de os trabalhadores terem filhos, ou 60%, no caso de não terem.

O ministro das Finanças germânico quer agora que esse apoio fique disponível por mais 12 meses, subindo para 24 meses o prazo máximo de aplicação. Isto de modo a mitigar a escalada do desemprego. De acordo com a Bloomberg, a concretizar-se, esse prolongamento deverá custar cerca de 10 mil milhões de euros aos cofres alemães.

Em Portugal, o Executivo de António Costa decidiu não prolongar o lay-off simplificado, apesar dos apelos dos empregadores. Em alternativa, lançou um novo regime que alivia os cortes salariais, mas não permite suspender os contratos de trabalho e reforça os encargos exigidos aos empresários. Já são muitas as críticas a este novo apoio à retoma progressiva, antecipando-se despedimentos em massa.

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Há uma nova estirpe de Covid-19 que é 10 vezes mais contagiosa

  • ECO
  • 17 Agosto 2020

Malásia alerta para o surgimento de uma nova estirpe da Covid-19. É 10 vezes mais contagiosa que a original.

Numa altura em que vários laboratórios aceleram na corrida para uma vacina contra o novo coronavírus, a Malásia alerta para o surgimento de uma nova estirpe da Covid-19. É 10 vezes mais contagiosa que a original.

A mutação do vírus, apelidada de D614G, foi encontrada em pelo menos três dos últimos 45 casos identificados no país, sendo todos eles resultado de infeções provocadas pelo dono de um restaurante que violou a quarentena, revela o Business Standard (acesso livre/conteúdo em inglês).

Esta nova estirpe, com maior capacidade de infetar mais pessoas, poderá significar que as vacinas em desenvolvimento poderão vir a revelar-se incompletas ou ineficazes, diz o diretor-geral de Saúde da Malásia, Noor Hisham Abdullah. Contudo, um estudo da Cell Press afasta esse cenário, rejeitando um impacto significativo na eficácia destas vacinas.

 

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Segurança Social só renovou subsídio social de desemprego a 15 pessoas em julho

  • ECO
  • 17 Agosto 2020

Milhares de desempregados terão ficado sem subsídio social de desemprego em julho, denuncia o PCP. A Segurança Social garante que o pagamento será feito em agosto.

A Segurança Social deixou milhares de beneficiários sem subsídio social de desemprego em julho, denuncia o PCP. Segundo avança esta segunda-feira o Dinheiro Vivo, só 15 pessoas tiveram acesso à renovação automática desta prestação. O Estado não confirma esse número.

Em perguntas enviadas à ministra do Trabalho, a deputada Diana Ferreira indica que recebeu a informação de que a Segurança Social só estava a garantir a renovação do subsídio social de desemprego no caso das prestações que caducavam em junho ou em data posterior, deixando de fora os beneficiários que tinham visto o apoio renovado em março, abril e maio, no âmbito das prorrogações automáticas garantidas em resposta à pandemia de coronavírus.

A Segurança Social não releva quantos beneficiários estão nessa situação, mas numa nota publicada em julho esclareceu que, afinal, serão alvo de prorrogação automática também as prestações “cujos períodos de concessão ou renovação já tinham sido prorrogados até 30 de junho de 2020”. Na mesma ocasião, o Estado acrescentou que a prorrogação relativa ao mês de julho dos beneficiários que já tinham beneficiado de prorrogação do subsídio social de desemprego começará a ser paga, de forma extraordinária, a partir de agosto.

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Energia anima bolsa. EDP sobe na estreia das novas ações

Lisboa segue a tendência positiva da generalidade das praças europeias, beneficiando do comportamento do setor da energia.

Lisboa está em alta. A praça portuguesa segue a tendência positiva da generalidade das bolsas europeias, beneficiando do comportamento dos títulos do setor energético. A Galp Energia destaca-se, enquanto a EDP sobe no dia em que se estreiam as novas ações emitidas no âmbito do aumento de capital.

O PSI-20 soma 0,2% para 4.450 pontos, numa sessão em que os ganhos na Europa variam entre 0,1% e 0,3%. Exceção para a bolsa espanhola que está a contrariar a tendência positiva à boleia de novos estímulos na China para fomentar a recuperação da economia no pós-Covid-19.

A Galp Energia está a ser o motor dos ganhos na praça nacional, registando uma valorização de 0,76% para os 9,60 euros, mas as atenções dos investidores estão viradas para a EDP.

A elétrica esteve já a ganhar cerca de 0,5%, isto no dia em que entraram em bolsa mais algumas centenas de milhões de ações. As quase 310 milhões de novas ações emitidas no aumento de capital de mil milhões de euros para comprar a Viesgo começaram esta segunda-feira, 17 de agosto, a negociar na bolsa nacional.

Nota positiva também para as empresas do setor da pasta e papel, com a Navigator a ganhar 0,17% e a Semapa a subir 0,87%. A Altri, por seu lado, cai 0,36% para cotar nos 4,462 euros.

A Mota-Engil está a destacar-se nas subidas, registando o maior ganho entre as cotadas do PSI-20: sobe mais de 3%. Já no extremo oposto, ou seja, a liderar as quedas, está a Nos, que cede 0,55% para os 3,634 euros.

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Hoje nas notícias: Sondagem, subsídios e cirurgias

  • ECO
  • 17 Agosto 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A pandemia agravou os tempos de espera das cirurgias e a Segurança Social deixou milhares de trabalhadores sem subsídio social de desemprego. O dia fica ainda marcado pela nota de que o Estado insiste em penhorar os administradores de insolvência, enquanto a direita apanhou PS nas sondagens.

Mais de 40% dos doentes à espera de cirurgias fora do prazo recomendável

Dos 242 mil doentes em listas de espera para cirurgias, dois em cada cinco já tinham visto ultrapassado, em maio, o tempo de espera recomendado para a sua situação. E de acordo com os dados da Administração Central do Sistema de Saúde, 45 mil aguardavam havia mais de um ao pela operação. A pandemia de coronavírus veio contrariar a tendência de recuperação das listas de espera de cirurgia registada em 2019 e que se mantinha até fevereiro. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Só 15 pessoas viram subsídio social de desemprego renovado em julho

A Segurança Social deixou milhares de beneficiários sem subsídio social de desemprego. De acordo com uma denúncia do PCP, apenas 15 pessoas tiveram acesso à renovação automática desta prestação, em julho. Isto porque a Segurança Social só estava a garantir o prolongamento aos subsídios que caducavam em julho ou em data posterior. Foram deixados de fora, por isso, os beneficiários do apoio renovados nos meses de março, abril e maio. No final de julho, a Segurança Social veio esclarecer, contudo que, afinal serão alvo da prorrogação as prestações “cujos períodos de concessão ou renovação já tinham sido prorrogados até 30 de junho de 2020”. Leia a notícia completa no Dinheiro Vivo (acesso livre).

Direita apanha PS nas sondagens à boleia do Chega

Se as eleições legislativas fossem hoje, o PS voltaria a sagrar-se vencedor, com 39,6% das intenções de voto no último barómetro da Intercampus para o Correio da Manhã, CMTV e Jornal de Negócios. Contudo, foi apanhado pela direita que, em bloco, consegue superar o partido de Costa nesta sondagem. Juntos, PSD, Chega, CDS-PP e Iniciativa Liberal chegam aos 39,9%, muito à custa da subida apresentada pelo partido de André Ventura. À esquerda, o BE caiu quase dois pontos para 8,5% das intenções de voto e o PCP está com 6,1%. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Aeroporto de Lisboa retoma 50% dos voos

Depois de meses em que a maioria dos aviões estiveram em terra, por causa da pandemia, começam a ver-se sinais de retoma. O aeroporto de Lisboa atingiu já este mês de agosto 50% dos movimentos de aeronaves registados no mesmo período do ano passado, diz a ANA. E “o regresso gradual do tráfego continuará com a retoma da operação de várias companhias aéreas”, afirma a gestora da infraestrutura. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Estado penhora administradores de insolvência

A Autoridade Tributária e a Segurança Social insiste em fazer reversões de dívidas contra os gestores judiciais que nunca exerceram funções de gestão ou administração nas empresas insolventes. É o caso de Paulo Matificado que foi notificado para liquidar as contribuições e quotizações em falta da responsabilidade da empresa Normed – Medicação Técnica de Seguros Industriais, declarada insolvente em 2016. “Sendo auxiliares da Justiça, é complicado termos ainda de os defender do próprio Estado”, salienta o presidente da Associação dos Administradores Judiciais, Rui Giesteira. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

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China aprova patente para vacina, produção em massa apontada para breve

  • Lusa
  • 17 Agosto 2020

Vacina da CanSino Biologics pode "ser produzida em massa num curto período de tempo".

O Gabinete de Propriedade Intelectual do Estado Chinês aprovou a primeira patente de uma candidata a vacina contra a Covid-19, que pode “ser produzida em massa num curto período de tempo”, informou a imprensa local.

A vacina, na terceira fase de testes, desenvolvida pelo Instituto Científico Militar e pela empresa biofarmacêutica chinesa CanSino Biologics, começou a ser usada no final de junho no Exército chinês, depois de uma equipa liderada pelo pesquisador Chen Wei descobrir um anticorpo monoclonal neutralizante altamente eficiente.

Os resultados da segunda fase de testes clínicos da vacina mostraram que é segura e induz uma resposta imune contra o coronavírus, segundo uma investigação publicada no final de julho no The Lancet.

De acordo com a patente, a vacina mostrou uma “boa resposta imunológica em ratos e roedores, podendo induzir o organismo a produzir uma forte resposta imunitária celular e humoral em pouco tempo”, noticiou o jornal cantonês Southern Metropolis.

Por outro lado, “pode ser produzida em massa num curto período de tempo” e é “rápida e fácil de preparar”.

A segurança e eficácia devem ser comprovadas na fase três, que se vai realizar fora do país, segundo o mesmo jornal.

Por outro lado, especialistas citados pelo Global Times indicaram que a concessão da patente demonstra a “originalidade e criatividade” da vacina, e que “é provável que a CanSino também solicite uma patente junto de autoridades estrangeiras para proteger os direitos de propriedade intelectual durante a cooperação internacional”.

Na investigação publicada em julho no The Lancet indicou-se que mais de 500 pessoas foram testadas após os primeiros testes publicados em maio, também com resultados positivos. Contudo, reconhece-se que serão necessários mais testes em humanos na terceira fase para confirmar se esta candidata a vacina protege efetivamente contra a infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2.

Os autores enfatizaram igualmente que nenhum participante nos estudos de fase dois foi exposto ao vírus após a vacinação.

No total, a segunda fase de testes da candidata a vacina, que usa um vírus enfraquecido da constipação comum (o adenovírus tipo 5, Ad5-nCoV), envolveu 508 participantes.

A CanSino Biologics desenvolveu com a Academia Militar de Ciências da China uma vacina contra o vírus Ébola que obteve licença provisória em 2017.

A empresa foi fundada em 2009 na cidade de Tianjin, no nordeste do país, e tem como foco principal o desenvolvimento e a produção de vacinas.

Normalmente, o período para uma vacina estar disponível para uso em massa é de pelo menos 12 a 18 meses, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), embora a China tenha acelerado os processos devido à emergência de saúde global, e tem permitido que alguns estudos em várias fases sejam realizados ao mesmo tempo.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 766 mil mortos e infetou mais de 21,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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Comissão Europeia diz que é “prematuro” discutir critérios para voltar a aplicar limite ao défice

A Comissão Europeia considera que é "prematuro" discutir os critérios para voltar a aplicar as regras orçamentais na União Europeia. Para já, a prioridade é dar aos países espaço para gastar.

Em Bruxelas ainda não se pensa no regresso das regras orçamentais que foram suspensas em março — pela primeira vez na história da União Europeia — por causa da crise pandémica. Em resposta às perguntas colocadas pelo ECO, a Comissão Europeia considera ser “prematuro” discutir os critérios para o regresso do limite ao défice, entre outras regras, para os Estados-membros.

Dado o continuado e elevado grau de incerteza à volta das perspetivas económicas, permanece prematuro discutir quando é que qualquer futura desativação [da suspensão das regras orçamentais] irá acontecer, assim como os critérios específicos que serão usados“, responde um porta-voz da Comissão Europeia ao ECO, explicando que a UE ainda se encontra na situação de “severa recessão económica” que permitiu a suspensão das regras.

Neste momento, “é difícil avaliar quando é que a situação económica irá sair desta recessão económica severa“, assinala a mesma fonte oficial, prometendo que a Comissão irá fazer uso de “toda a flexibilidade” do enquadramento orçamental da UE “o tempo que for necessário” para que os Estados-membros possam implementar as medidas para conter e mitigar os “efeitos socioeconómicos negativos” da pandemia.

Estas declarações estão em linha com o que disse o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, ao Financial Times na semana passada. É “relativamente seguro assumir” que a Comissão não irá propor a reativação das regras no outono deste ano — altura em que fará uma reavaliação da situação económica e das finanças públicas dos Estados-membros — uma vez que a “crise e incerteza continuam” na União Europeia.

Na prática, isto significa que os Governos estão agora certos de que podem preparar os orçamentos para 2021 em setembro e outubro, que têm de ser avaliados pela Comissão Europeia, com o pressuposto de que as regras, nomeadamente o limite de 3% do PIB para o défice, não se irão aplicar. Tal é válido para Portugal onde o Executivo está a negociar o Orçamento com os partidos à sua esquerda — BE, PCP e PEV — assim como o PAN.

No final de julho, o comentador da SIC e ex-presidente do PSD, Luís Marques Mendes, adiantou que a Comissão Europeiadecidiu que o limite do défice abaixo dos 3% só volta a ser obrigatório quando o PIB voltar aos níveis de 2019“. O ECO pediu uma confirmação (ou desmentido) à Comissão, mas não houve resposta sobre este aspeto. Contudo, o ECO sabe que esta é uma sugestão do Conselho Orçamental Europeu a que a Comissão Europeia está atenta.

A entidade que avalia a adequação da política orçamental na UE sugeriu a 1 de julho que as regras orçamentais só voltem a ser aplicadas quando o PIB voltar aos níveis pré-crise, ou seja, quando a economia voltar à dimensão que tinha no final de 2019. “No contexto atual, não seria aconselhável usar a taxa de crescimento do PIB real quando se considerar o fim de uma recessão económica severa; usar o nível pré-crise do PIB real da Zona Euro e da UE como uma referência faria mais sentido“, consideram os especialistas em finanças públicas europeias, pedindo que este tema seja clarificado até à primavera do próximo ano, “o mais tardar”.

Como esta é uma situação inédita na história da UE, os regulamentos não especificam — nem há precedente — quais são os critérios em que a Comissão tem de se basear para decidir a reativação das regras orçamentais. O executivo comunitário pode, por isso, usar vários indicadores, incluindo o PIB, para tomar essa decisão de propor o regresso do limite do défice, o qual teria sempre de ser aprovado pelos Estados-membros no ECOFIN, o órgão que reúne os ministros das Finanças da UE. Falta saber se a reativação terá em atenção a situação particular de cada país ou apenas o agregado da UE.

OE 2022 poderá ser o primeiro sujeito às regras

Das declarações de Dombrovskis ao FT, é possível concluir que 2022 poderá ser o primeiro ano em que as regras orçamentais europeias poderão aplicar-se novamente, mas nem isso é certo. “Claro que está tudo sujeito aos desenvolvimentos da situação económica real”, ressalvou o vice-presidente da Comissão, assinalando que ainda há “uma incerteza muito grande”. Como princípio, o político letão diz que as regras só serão reativadas quando já não houver uma recessão económica “severa”. “Nós vamos fazer uma revisão disto, entre outras coisas, na primavera de 2021”, apontou.

No Orçamento Suplementar, o Governo assegurou, já pela voz do novo Ministro das Finanças, João Leão, que nas suas previsões o défice orçamental seria mais baixo do que 3% do PIB em 2021, apesar de não revelar o valor. Contudo, também segundo Marques Mendes, o Ministério das Finanças já está a trabalhar com um défice maior (face ao Suplementar) para 2021, na ordem dos 3,9%, mas o valor final ainda dependerá da negociação que está a ser feita com BE, PCP, PEV e PAN. Assim, só em 2022 é que o Executivo português deverá voltar a cumprir essa regra orçamental europeia.

Foi a 23 de março que os Estados-membros aprovaram a proposta da Comissão Europeia para, pela primeira vez na história da União Europeia, suspender as regras orçamentais. Na decisão argumentaram que a suspensão dará maior flexibilidade aos Estados para avançarem com as “medidas necessárias” para ajudar os sistemas de saúde e civis e “proteger” as economias contra a pandemia. Porém, o ECOFIN assegurava que continuará a seguir as regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento assim que esta fase passar.

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Quantos litros de cerveja são produzidos em Portugal? E quantos se bebem?

A produção de cerveja aumentou e em 2019 foram produzidos 739 milhões de litros. Cada português consumiu aproximadamente 53 litros de cerveja por ano.

O ano passado, em Portugal foram produzidos 739 milhões de litros de cerveja, mais 15 milhões de litros que o ano anterior, de acordo com os dados do Eurostat, publicados este mês. Do total produzido, 548 milhões de litros destinaram-se ao consumo doméstico, sendo que a restante produção foi para exportação, avança os Cervejeiros de Portugal (APCV).

“O paradigma está a mudar em consequência da melhoria na cultura cervejeira e pela mudança de atitude dos consumidores, que hoje são mais experimentalistas e procuram a descoberta de novos sabores, experiência e diversidade”, explica ao ECO o secretário-geral da Cervejeiros de Portugal, Francisco Gírio.

De acordo com dados da associação, em 2019, o consumo per capita/ano de cerveja em Portugal foi de 53 litros. “Somos o 24º país europeu em consumo per capita, o que revela a forma moderada e responsável como os portugueses apreciam a cerveja”, explica Francisco Gírio. O secretário-geral da Cervejeiros de Portugal alerta que o consumo de cerveja em Portugal tem vindo a diminuir. “O consumo em Portugal tem vindo gradualmente a diminuir desde 1991, ano que registou 61 litros per capita“, explica ao ECO, Francisco Gírio, secretário-geral da Cervejeiros de Portugal.

Apesar do consumo per capita ficar aquém do de vários países da União Europeia, Portugal está bem posicionado no consumo de cerveja fora de casa, ao ocupar a primeira posição do ranking. “A nível europeu, Portugal é o país nº 1 no consumo de cerveja fora de casa (segmento hotéis, bares e restaurantes) com uma quota de 69%, logo seguido da Espanha com uma quota de 67%. Este perfil de consumo nacional está mais exposto às medidas de confinamento e restrições passadas e atuais existentes nos bares, restaurantes, cafés e discotecas, afetando negativamente o consumo de cerveja em Portugal”, destaca Francisco Gírio.

Cerveja preta, loira, artesanal, com aroma, sem álcool, fermentada. Existem vários tipos de cerveja, mas são as Lager as cervejas mais consumidas no mercado português. “São cervejas de baixa fermentação, tipicamente mais leves e com uma maior expressão das características transmitidas pelos cereais e pelo lúpulo, características também apreciadas pelo consumidor estrangeiro”, adianta a APCV.

Grande parte da cerveja produzida é consumida em Portugal

Do milhões de litros de cerveja produzidos em Portugal, o ano passado, cerca de 177 milhões direcionaram-se ao mercado externo, essencialmente à União Europeia. “Exportámos cerca de 112 milhões de litros, nomeadamente para países como França, Alemanha, Luxemburgo e Suíça. Os restantes 65 milhões de litros foram exportados principalmente para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e a China”, refere o secretário-geral da Cervejeiros de Portugal.

Para além das grandes indústrias, Portugal tem mais de 100 micro cervejeiras espalhadas pelos 18 distritos de Portugal, mas a produção de cerveja tem oscilado mediante os anos.

Segundo dados do Eurostat, de janeiro a dezembro de 2017 foram produzidos 745 milhões de litros, no ano seguinte esse número diminuiu para 723 milhões, voltando a aumentar para 739 milhões de litros produzidos o ano passado.

No último relatório Anual Europeu de Estatísticas de Tendências de Cerveja da Europa, “The Brewers of Europe”, divulgado em 2019, mas que respeita à produção e consumo no ano de 2018, Portugal posicionava-se em 12.º lugar entre 31 países, numa lista liderada pela Alemanha.

No total, dentro da União Europeia, o ano passado foram produzidos mais de 34 mil milhões de litros de cerveja com álcool, menos 5 mil milhões que em 2018, de acordo com as últimas estatísticas de produção do Eurostat divulgadas este mês de agosto. A produção de cerveja da UE foi equivalente a cerca de 77 litros por habitante.

Entre os Estados-Membros da UE, Alemanha continua a superar os adversários e foi o maior produtor de cerveja em 2019, com uma produção de 8 mil milhões de litros (ou 23% da produção total da UE). Por outras palavras, cerca de uma em cada quatro cervejas contendo álcool produzidas na UE era originária da Alemanha.

Quanto custa fazer uma máscara? Quanto gasta cada família com as telecomunicações? Quanto cobra uma imobiliária para vender a casa? Ou qual a profissão mais bem paga do país? Durante todo o mês de agosto, e todos os dias, o ECO dá-lhe a resposta a esta e muitas outras questões num “Sabia que…”.

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Direita apanha PS nas sondagens à boleia do Chega

  • ECO
  • 17 Agosto 2020

Barómetro da Intercampus revela PS a crescer, mas PSD a subir mais. Chega tem o maior crescimento, mas fica atrás do BE, que dá a maior queda nas intenções de voto.

Se as eleições legislativas fossem hoje, o PS voltaria a sagrar-se vencedor, com 39,6% das intenções de voto no último barómetro da Intercampus para o Correio da Manhã (acesso pago), CMTV e Jornal de Negócios. Contudo, foi apanhado pela direita que, em bloco, consegue superar o partido de Costa nesta sondagem.

Face ao último barómetro, do mês passado, o PS consegue um reforço de 0,6 pontos percentuais nas intenções de voto, uma subida ainda assim inferior à alcançada pelo PSD que cresceu 0,9 pontos percentuais para os 24,8%. PSD, sozinho, não faz sombra ao PS, mas a direita, em bloco, faz. Com o Chega de André Ventura a registar um forte crescimento para 7,9%, CDS-PP (4,4%) e o Iniciativa Liberal (2,8%), a direita chega a 39,9%.

Neste barómetro, é de destacar a queda acentuada do Bloco de Esquerda, que passa, no espaço de um mês, de 10,4% para 8,5%, mas mantém-se à frente do Chega, num barómetro em que a CDU regista 6,1% e o PAN apresenta uma subida ligeira para os 3,2%.

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