Bezos vende ações da Amazon no valor de 3,1 mil milhões para financiar empresa de foguetões

CEO da Amazon vendeu ações da empresa no valor de 3,1 mil milhões de dólares. Esta venda tem como objetivo financiar a Blue Origin, a sua própria empresa de foguetões.

O CEO da Amazon, Jeff Bezos, vendeu nos últimos dias ações da sua própria empresa no valor de 3,1 mil milhões de dólares (2,6 mil milhões de euros). Depois de calculados todos os impostos, o bilionário levará para casa um valor estimado de 2,4 mil milhões de dólares (2,0 mil milhões de euros), avança a Reuters (conteúdo em inglês). Esta venda ocorre numa altura em que as ações da empresa subiram mais de 73% este ano.

Aquele que é considerado o homem mais rico do mundo já tinha anunciado que planeava vender ações anuais no valor de cerca de mil milhões de dólares (844 milhões de euros) para financiar a sua empresa de foguetões, a Blue Origin.

Durante os dois primeiros dias de agosto, o fundador da Amazon vendeu um milhão de ações como parte de um plano comercial previamente anunciado. Esta venda, deixa Jeff Bezos com 54,5 milhões de ações avaliadas em cerca de 174,64 mil milhões de dólares (147,39 mil milhões de euros), de acordo com o valor atual do mercado.

Esta não é a primeira vez que Jeff Bezos vende ações da gigante de comércio eletrónico, já que em fevereiro deste ano o fundador e CEO da Amazon vendeu ações da empresa no valor de 1,7 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros).

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Belém dá luz verde a garantias de origem para o hidrogénio e outros gases renováveis

Marcelo Rebelo de Sousa promulgou o diploma que atualiza também as metas de utilização de energia proveniente de fontes renováveis, com vista à neutralidade carbónica em 2050.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou esta quinta-feira o diploma do Governo que estabelece a criação de um mecanismo de emissão de garantias de origem para os gases de baixo teor de carbono e para gases de origem renovável, tais como o biogás, o biometano, o hidrogénio, entre outros.

O mesmo diploma atualiza ainda as metas de energia proveniente de fontes renováveis, “cobrindo também os desenvolvimentos previstos na estratégia do Governo esboçada relativamente ao hidrogénio verde, que será submetida às instâncias nacionais e europeias competentes”, refere nota da Presidência da República.

Na semana passada, no briefing após o Conselho de Ministros, o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Matos Fernandes anunciou que a versão final da Estratégia Nacional para o Hidrogénio verde foi aprovada, após a consulta pública realizada.

O governo anunciou também a aprovação de um segundo diploma para a criação de um sistema de emissão de garantias de origem para gases de origem renovável (hidrogénio, biogás e biometano, ente outros), tal como já existe há um mês, desde junho, para a energia elétrica produzida a partir de fontes renováveis, e que funcionará como uma “certeza para o consumidor final e um acrescentar de valor para o produtor”.

“Foi aprovado o decreto-lei que estabelece o mecanismo de emissão de garantias de origem para gases de baixo teor de carbono e para gases de origem renovável, atualizando as metas de energia de fontes renováveis, com o objetivo de comprovar ao consumidor final, através da emissão de certificados eletrónicos, a quota ou quantidade de energia proveniente de fontes renováveis presente no cabaz energético de um determinado fornecedor. Estas novas garantias de origem permitirão, ainda, promover a descarbonização, por um lado, da rede de gás já existente e, por outro, de setores da economia de difícil eletrificação. São, ainda, atualizadas as metas de utilização de energia proveniente de fontes renováveis, fortalecendo o compromisso do Governo em atingir a neutralidade carbónica em 2050″, pode ler-se no comunicado do Conselho de Ministros.

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Malparado da banca portuguesa recua 2,9% no primeiro trimestre

  • Lusa
  • 6 Agosto 2020

Nos primeiros três meses do ano, o stock de crédito malparado da banca nacional caiu 2,9%, ou seja, 492 milhões de euros face ao trimestre anterior.

O stock de crédito malparado dos bancos portugueses recuou 492 milhões de euros (-2,9%) no primeiro trimestre deste ano face ao trimestre anterior, uma “diminuição menos intensa” do que no período homólogo de 2019, divulgou esta quinta-feira o Banco de Portugal.

De acordo com o relatório trimestral do Banco de Portugal (BdP) sobre o sistema bancário português, no primeiro trimestre de 2020 o rácio de empréstimos non-performing (NPL na sigla inglesa) situou-se em 6,0% (-0,2 pontos percentuais face a dezembro de 2019) e o rácio de NPL líquido de imparidades atingiu 2,9% (-0,1 pontos percentuais).

O rácio de NPL situou-se em 11,9% (-0,4 pontos percentuais) no caso das sociedades não financeiras (SNF) e em 3,7% no caso dos particulares (permanecendo inalterado), com o stock de NPL destes setores a recuar 301 milhões e 22 milhões de euros, respetivamente. Segundo o BdP, a redução nos particulares resultou de uma diminuição de 148 milhões de euros na habitação e de um aumento de 126 milhões de euros no consumo e outros fins.

Quanto ao rácio de cobertura dos NPL por imparidades, registou uma ligeira diminuição (-0,1 pontos percentuais) no primeiro trimestre, para 51,3%, sendo que o rácio de cobertura no segmento das SNF reduziu-se em 0,1 pontos percentuais, para 56,4%, enquanto no segmento dos particulares aumentou 1,2 pontos percentuais, para 43,3%.

No primeiro trimestre, o ativo total do sistema bancário português aumentou 1,1%, sobretudo devido à subida da exposição a títulos de dívida (2,7%), incluindo títulos de dívida pública (1,9%) e títulos emitidos por SNF (6,3%), e, em menor grau, ao aumento dos empréstimos a instituições de crédito (12,0%) e a clientes (0,4%).

O financiamento obtido junto de bancos centrais cresceu 13,1%, passando a representar 4,9% do ativo. O aumento dos depósitos de clientes (1,2%) foi superior ao dos empréstimos (0,4%), o que resultou numa redução do rácio de transformação em 0,7 pontos percentuais, para 86,4%.

Já o rácio de cobertura de liquidez cifrou-se em 225,9%, aumentando 7,4 pontos percentuais face ao trimestre anterior, tendo contribuído para esta evolução a variação positiva dos ativos de elevada liquidez (1,5%) e a redução das saídas líquidas de liquidez (-1,9%).

No primeiro trimestre, a rendibilidade do ativo (ROA) registou uma queda de 0,39 pontos percentuais face ao período homólogo, situando-se em 0,23%, enquanto a rendibilidade do capital próprio (ROE) diminuiu 4,2 pontos percentuais, para 2,5%.

Segundo o BdP, “a evolução do ROA refletiu o impacto da pandemia de Covid-19 no que respeita ao aumento do fluxo líquido de provisões e de imparidades”, tendo também a diminuição dos resultados de operações financeiras e dos outros resultados contribuído negativamente para a evolução da rendibilidade. Esta dinâmica, acrescenta, “foi parcialmente compensada pela subida dos outros resultados de exploração”.

O rácio cost-to-income aumentou 1,6 pontos percentuais, para 58,7%, numa evolução que “assentou quer na subida dos custos operacionais (1,0%), quer na redução do produto bancário (-1,8%)”. Quanto ao custo do risco de crédito, situou-se em 0,67%, tendo aumentado 0,31 pontos percentuais devido ao aumento das provisões e imparidades, em particular para crédito.

Ao nível da solvabilidade, no primeiro trimestre o rácio de fundos próprios totais e o rácio de fundos próprios principais de nível 1 (CET 1) reduziram-se ambos em 0,2 pontos percentuais, para 16,7% e 14,1%, respetivamente. “O rácio de alavancagem situou-se em 7,8%, mantendo-se significativamente acima do mínimo de referência definido pelo Comité de Supervisão Bancária de Basileia (3%), o qual se tornará um requisito de cumprimento obrigatório a partir da data de início de aplicação do novo CRR” (Regulamento de Requisitos de Capital), a 28 de junho de 2021, nota o banco central.

Em junho, o Conselho e o Parlamento Europeu aprovaram uma alteração ao CRR (‘CRR quick fix adjustments’), que permite a exclusão de determinadas exposições a bancos centrais do rácio de alavancagem, mediante autorização das autoridades competentes.

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Marcelo promulga diploma que marca eleições nas CCDR para outubro

O Presidente da República promulgou o diploma da Assembleia da República que aponta para outubro - e não setembro - as primeiras eleições nas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional.

O Presidente da República promulgou o diploma da Assembleia da República que marca para outubro as primeiras eleições para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR). Inicialmente, estas eleições eram apontadas para setembro.

“Dado que o presente diploma altera apenas disposições processuais, marcando as primeiras eleições para o próximo mês de outubro, não questionando as considerações e reservas suscitadas aquando da promulgação do diploma que vem alterar, o Presidente da República promulgou o diploma que procede à primeira alteração, por apreciação parlamentar, ao decreto-lei […] que altera a orgânica” das CCDR, lê-se numa nota divulgada no site da Presidência da República.

Em causa está um diploma emanado do Parlamento que altera um decreto-lei do Governo que veio mudar a forma de nomeação dos presidentes e vice-presidentes destes organismos. Mediante o decreto do Executivo, os presidentes, que até aqui eram designados pelo Governo, vão passar a ser eleitos de forma indireta por “um colégio eleitoral composto pelos presidentes e vereadores das câmaras municipais e pelos presidentes e membros das assembleias municipais”, incluindo “os presidentes de junta de freguesia da respetiva área territorial”. Os mandatos têm a duração de quatro anos.

Ao promulgar a alteração, o Presidente da República destaca uma vez mais que as eleições indiretas nas CCDR não representam um processo de regionalização. Marcelo Rebelo de Sousa é um conhecido crítico da regionalização, mas já tinha assegurado não ter “problema nenhum” com esta medida do Governo. Em causa está o facto de esta alteração não significar também qualquer reforço de competências dos presidentes da CCDR, tal como tinha sido pedido pelo Chefe de Estado.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h19)

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Empresas já podem aceder ao novo lay-off. Saiba como pedir

Os empregadores com quebras de faturação de, pelo menos, 40% já podem requerer o apoio à retoma progressiva, conhecido como sucedâneo do lay-off. O pedido tem de ser feito na Segurança Social Direta.

Já está disponível o formulário de acesso ao apoio à retoma progressiva, medida desenhada para suceder ao lay-off simplificado. Os empregadores com quebras de faturação de, pelo menos, 40% devem fazer o requerimento através da Segurança Social Direta.

A partir deste mês, o lay-off simplificado fica disponível apenas para as empresas encerradas por imposição legal e para aquelas que, tendo aderido ao regime, ainda não gozaram os três meses de apoio previstos na lei. Os demais empregadores que ainda não consigam regressar à normalidade têm dois outros regimes à escolha: ou aderem ao lay-off tradicional (tendencialmente mais moroso e complexo) ou recorreram ao apoio à retoma progressiva, que, apesar de estar em vigor desde 1 de agosto, só pode ser requerido a partir desta quinta-feira, dia 6 de agosto.

Para aderir a este regime excecional, o empregador tem de aceder, na Segurança Social, à página “registar pedido de lay-off, na qual poderá selecionar entre o lay-off do Código do Trabalho, o lay-off simplificado e o apoio à retoma progressiva.

Uma vez escolhido esse último regime, o empregador terá de indicar a data de início e fim do apoio, campos preenchidos por defeito com o primeiro e último dia do mês de agosto. De notar que enquanto a data de início é alterável, a data de fim não pode ser mudada.

De seguida, o empregador deverá selecionar o motivo de adesão ao “sucedâneo” do lay-off simplificado: quebra de faturação igual ou superior a 40%, mas inferior a 60%; quebra de faturação igual ou superior a 60%, mas inferior a 75%; quebra de faturação igual ou superior a 75%.

E esse recuo deve ser registado no mês civil completo imediatamente anterior ao pedido — neste caso, julho — em comparação com o mês homólogo — julho de 2019 — ou com a média mensal dos dois meses anteriores ao mês imediatamente anterior ao pedido — neste caso, maio e junho.

Cumpridos estes passos, o empregador terá de anexar a certificação do contabilista relativamente à quebra de faturação (modelo RC3058-DGSS, em pdf e com até 3Mb) e a lista dos trabalhadores abrangidos (em formato .csv e com até 3Mb).

Depois, o requerente terá ainda de declarar, sob compromisso, que: comunicou aos trabalhadores a sua adesão ao regime em causa, não aderiu ao incentivo extraordinário à normalização da atividade empresarial, e autoriza a Segurança Social a verificar a sua situação tributária.

Registado o pedido, a Segurança Social enviará uma mensagem ao empregador, na mesma plataforma, a indicar todos os detalhes do pedido.

Como funciona o apoio à retoma progressiva?

O apoio extraordinário à retoma progressiva está disponível para as empresas com quebras iguais ou superiores a 40% e permite reduzir os horários, consoante o recuo da faturação. Ao contrário do lay-off simplificado, este novo regime não possibilita a suspensão dos contratos de trabalho, o que tem gerado críticas por parte dos empresários.

No caso das empresas com quebras de, pelo menos, 40% (mas inferiores a 60%), será possível reduzir os horários em 50%, entre agosto e setembro, e em 40%, entre outubro e dezembro. Já as empresas com quebras superiores a 60% poderão reduzir os horários em 70%, entre agosto e setembro, e 60%, entre outubro e dezembro.

No quadro deste novo regime, as empresas ficam, de resto, responsáveis pelo pagamento de 100% das horas trabalhadas e 30% de uma fatia variante das horas não trabalhadas (66% entre agosto e setembro e 80% entre outubro e dezembro), pagando a Segurança Social os outros 70%. A exceção são as empresas com quebras de faturação iguais ou superiores a 75%. Nestes casos, a Segurança Social pagará ainda 35% das horas trabalhadas, além dos tais 70% da fatia variante das horas não trabalhadas.

O apoio é aprovado e renovado mensalmente, até ao final de dezembro de 2020. Os empregadores podem, de resto, entrar e sair deste regime, quando quiserem, sem que tal prejudique a possibilidade de prorrogarem o mesmo; Isto é, o apoio pode ser requerido em meses interpolados.

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Wall Street em queda com investidores a aguardar estímulos

As bolsas norte-americanas regressam às perdas, enquanto ainda não são anunciados estímulos. Foram conhecidos dados do desemprego que, apesar de abaixo do esperado, continuam elevados.

As bolsas norte-americanas começaram a penúltima sessão da semana com perdas ligeiras, numa altura em que os mercados aguardam o novo pacote de estímulos do Governo para impulsionar a economia. Foram também conhecidos os pedidos para o subsídio de desemprego, que caíram ligeiramente mas mantiveram-se elevados.

Os pedidos iniciais de subsídio de desemprego totalizaram os 1,186 milhões na semana encerrada a 1 de agosto, número que compara com 1,435 milhões na semana anterior, revelou o Departamento do Trabalho norte-americano esta quinta-feira. Estes números ficaram bastante abaixo das estimativas dos analistas.

O índice de referência nos mercados norte-americanos, o S&P 500, recua 0,13% para 3.323,31 pontos e o industrial Dow Jones cai 0,11% para 27.170,82 pontos. Também o tecnológico Nasdaq desvaloriza, no arranque desta sessão, apesar de negociar próximo da linha de água. Perde 0,08% para 10.989,98 pontos.

Nas perdas, nota para a Disney, que recua 0,094% para os 127,49 depois de ter anunciado que perdeu mais de 4,2 mil milhões de dólares (3,6 mil milhões de euros) no primeiro semestre, devido ao encerramento dos parques de diversão, por causa da pandemia do novo coronavírus, bem como a Boeing, que cai 0,98% para os 172,61 dólares.

Entre as tecnológicas, destaque para o Facebook, que sobe 0,25% para os 249,75 dólares. A rede social apresentou ontem uma nova plataforma integrada no Instagram, que irá concorrer com o TikTok. Por outro lado, a Microsoft, que está em negociações para comprar a aplicação chinesa, cai 0,39% para os 212,12 dólares.

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Há mais três mortes e 213 novos casos de Covid-19

Foram identificados 213 novos casos de infeção pelo novo coronavírus em Portugal nas últimas 24 horas. O número total de casos sobe para 52.061.

Portugal registou 213 novos casos de infeção por Covid-19, elevando para 52.061 o número de infetados desde o início da pandemia. Trata-se de uma subida de 0,41% face ao dia anterior. Nas últimas 24 horas morreram mais três pessoas com a doença, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde (DGS).

No seguimento do que se tem observado ao longo das últimas semanas, a maioria das novas infeções foram na região de Lisboa e Vale do Tejo. Foram identificados 147 novos casos nesta região, o que representa 69% do total e uma estabilização face ao dia anterior. Isto significa que quase sete em cada dez novas infeções foram registadas nesta região.

Lisboa é, assim, a região com mais casos registados até ao momento (26.720 casos de infeção e 608 mortes), surgindo à frente do Norte (18.891 casos e 831 mortes), do Centro (4.494 casos e 252 mortes), do Algarve (905 casos e 15 mortes) e do Alentejo (762 casos e 22 mortes). Nas regiões autónomas, os Açores registam 170 casos e 15 mortos, enquanto a Madeira tem 119 pessoas infetadas.

Boletim epidemiológico de 6 de agosto:

Quanto à caracterização clínica, a maioria dos infetados está a recuperar em casa, sendo que 369 estão internados (menos 15 face a ontem), dos quais 42 em unidades de cuidados intensivos (mais um). Há 1.317 pessoas a aguardar resultados laboratoriais, enquanto 37.783 pessoas estão sob vigilância das autoridades de saúde.

Desde que a pandemia chegou a Portugal, a 2 de março, já morreram 1.743 pessoas vítimas da doença, mais três nas últimas 24 horas. Quanto ao número de pessoas dadas como recuperadas, são agora 37.840, ou seja, mais 275.

(Notícia atualizada pela última vez ás 14h43)

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Insolvências sobem 32% em julho e criação de novas empresas continua a cair

  • Lusa
  • 6 Agosto 2020

O mês de julho voltou a registar um crescimento no número de insolvências em Portugal. A evolução foi superior a 32%, num período em que a constituição de novas empresas caiu quase 26%.

As insolvências aumentaram 32,3% em julho, para 445, face a igual mês do ano passado, enquanto a constituição de novas empresas caiu 25,9%, para 2.931, em termos homólogos, apontam dados da Iberinform.

Em julho, as insolvências aumentaram 32,3% na comparação com igual mês do ano passado, “mais 111 insolvências para um total de 455”, refere a Iberinform, filial da seguradora Crédito y Caución, adiantando que nos primeiros sete meses deste ano a subida foi de 8,4%, com 3.145 insolvências, mais 243 que em igual período de 2019”, mas com valores inferiores aos observados em 2018 e 2017.

Quanto à criação de novas empresas verificou-se uma redução de 25,9% em julho, com o mês a encerrar com 2.931 constituições, menos 1.026 que em idêntico mês do ano passado. Até julho, o diferencial é “ainda mais significativo” com menos 10.317 novas empresas que em 2019, ou seja, um decréscimo de 32,7%, salienta a Iberinform.

Os distritos de Lisboa e do Porto são aqueles que apresentam mais insolvências, 651 e 795 respetivamente, e face ao ano passado observou-se um aumento de 9,2% em Lisboa e de 8,2% no Porto. O cenário é mais positivo em seis distritos onde diminuem as insolvências face ao ano passado, com a Guarda (-35,7%) a liderar, seguindo-se Coimbra (-24,3%), Vila Real (-11,1%), Bragança (-4%), Viseu (-1,4%) e Aveiro (-0,4%).

A Iberinform refere ainda que o número mais significativo de novas constituições se verificou em Lisboa, com 6.704 novas empresas, representando uma queda 35,3% face ao ano passado. Já o distrito do Porto apresenta um total de 3.861 novas empresas, valor que traduz, contudo, uma diminuição de 32,4% face ao período homólogo do ano passado.

Até julho, todos os distritos apresentaram quedas nas constituições de novas empresas, com destaque para os distritos de Aveiro (-45,3%), Setúbal (-37,1%), Guarda (-36,9%), Ponta Delgada (-36,2%) e Madeira (-35,4%). Angra do Heroísmo teve uma diminuição de 28,9%, enquanto Horta registou uma queda de 28,3%.

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Jornalismo em Portugal ficou mais precário com a pandemia

  • Lusa
  • 6 Agosto 2020

A situação económica resultante do estado de emergência "adensou a perceção" dos jornalistas acerca da falta de expectativas sobre o seu emprego, concluiu um inquérito da CCPJ.

A crise nos media, a crescente precarização do jornalismo e a diminuição das expetativas destes profissionais destacam-se num inquérito sobre os efeitos do estado de emergência no jornalismo no contexto da pandemia de covid-19.

A pandemia dominou a agenda dos jornalistas durante a declaração do estado de emergência, e o domicílio passou a ser o local de trabalho para a maioria destes profissionais, que passaram a usar mais tecnologia e a sair menos em reportagem, segundo as conclusões de um estudo com base em uma parceria entre a Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ), o Sindicato dos Jornalistas, a Universidade de Coimbra, a Universidade de Lisboa e a Universidade do Minho.

As 890 respostas dos jornalistas a um questionário online, que representaram 13,3% do total de jornalistas registados em maio na CCPJ (6.678), revelaram que a situação económica resultante do estado de emergência “adensou a perceção” dos jornalistas acerca da falta de expectativas sobre o seu emprego e “aumentou significativamente” o número de profissionais que admitem a possibilidade de deixar de exercer a profissão.

As respostas dos jornalistas mostraram também ter quintuplicado o número de profissionais para quem, depois da declaração do estado de emergência, no decurso da pandemia de covid-19, era muito provável ou provável perder o trabalho de jornalista a curto prazo.

O estudo mostra que 47% dos jornalistas com atividade profissional (principal ou secundária) tinham um rendimento bruto inferior a 900 euros, e que cerca de metade estava em regimes de contrato de trabalho sem termo.

A Declaração do Estado de Emergência (DEE) afetou diretamente 11,8% dos 890 jornalistas inquiridos, maioritariamente em resultado da aplicação do regime de ‘lay-off’ e da cessação de contratos de trabalho em regime de prestação de serviços.

A DEE, segundo o estudo, foi responsável por alterações na condição laboral de 15,5% dos 799 profissionais com atividade profissional (principal ou secundária) de jornalista, sendo a maior parte das novas situações resultante da aplicação do regime de lay-off por parte das entidades empregadoras, em primeiro lugar, e do fim de colaboração com jornalistas sob o regime freelancer, em segundo.

Os autores do estudo constatam ainda um aumento do desemprego, com 17% de novas situações, e em termos salariais, contabilizam 205 jornalistas com alterações nos vencimentos naquele período, mais de metade nos escalões mais baixos de rendimento (inferior a 900 euros), e diminuindo à medida que aumenta o valor do salário.

“É possível comprovar que 47% dos jornalistas tinham um rendimento bruto mensal igual ou inferior a 900 euros, quando essa percentagem era de 41,9% antes da DEE“, lê-se no documento.

O estudo revela que, durante o estado de emergência, aumentou para 59% a percentagem de jornalistas a trabalhar no domicílio, e para 68,9% quando se junta os que já antes trabalhavam fora das redações.

Quanto aos temas cobertos pelos jornalistas, 35,3% disseram que a pandemia ocupou 75% do seu trabalho, e mais de 91% dos inquiridos disse ter realizado trabalhos sobre a covid-19, admitindo ainda sair menos em reportagem (aumentou de 10% para 30%).

O inquérito debruçou-se sobre um eventual aumento de produção, por jornalistas, dos chamados “conteúdos patrocinados” – produtos de meios de comunicação criados para compensar a diminuição das receitas de publicidade tradicional – com a maioria (90,4%) dos inquiridos a negar que os seus editores/diretores lhes tenham pedido trabalhos desse tipo naquela fase do estado de emergência.

“Em contrapartida, 5,3% dos inquiridos admitiram que tais pedidos lhes foram feitos, enquanto 2,4% disseram que lhes foram solicitados trabalhos desse tipo, mas sem prévia informação do que, na verdade, se tratava”, destaca o estudo que, somando as duas parcelas, contabiliza 7,7% dos inquiridos a confirmar pedidos para produzir “conteúdos patrocinados” naquele período.

Mas os dados do inquérito sugerem alguma diferença de situações em função dos seus títulos profissionais dos inquiridos: nos detentores de título provisório de estagiário, foram 11,4% os que admitiram ter recebido aqueles pedidos, a que se somam 9,1% que os receberam, mas sem prévia informação, atingindo no total os 20,5%.

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Presidente da Proteção Civil e ex-governante arguidos no caso das golas antifumo

  • Lusa
  • 6 Agosto 2020

O processo sobre alegada corrupção no negócio das golas antifumo tem 18 arguidos, entre os quais o ex-secretário de Estado da Proteção Civil Artur Neves e o presidente da Proteção Civil Mourato Nunes.

O processo sobre alegada corrupção no negócio das golas antifumo tem 18 arguidos, entre os quais o ex-secretário de Estado da Proteção Civil, Artur Neves, e o presidente da Proteção Civil Proteção Civil, Mourato Nunes.

A informação foi prestada à agência Lusa pela Procuradoria-Geral da República que não avançou mais pormenores, nomeadamente sobre as 10 buscas realizadas na quarta-feira nem quando os arguidos foram constituídos, alegando que o processo está em segredo de justiça.

Uma nota do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) adiantava que as quatro buscas domiciliárias e seis não domiciliárias decorreram em diversos locais do país e estavam relacionadas com o inquérito “que investiga factos suscetíveis de integrarem fraude na obtenção de subsídio, corrupção passiva, participação económica em negócio ou abuso de poderes e branqueamento de capitais”.

“Em causa estão práticas levadas a cabo no contexto de uma operação cofinanciada pelo Fundo de Coesão da União Europeia e pelo Orçamento do Estado, de que é beneficiária a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e que envolve a Secretaria de Estado da Proteção Civil”, referia a nota.

As comparticipações financeiras europeia e do Orçamento do Estado investigadas destinavam-se à realização de “Ações de Sensibilização e Implementação de Sistemas de Aviso às Populações para Prevenção do Risco de Incêndios Florestais“, enquadradas nos Programas “Aldeia Segura, Pessoas Seguras” e “Rede Automática de Avisos à População”.

As cerca de 70 mil golas antifumo faziam parte do ‘kit’ distribuído à população no âmbito do programa “Aldeia Segura, Pessoas seguras”, que custou cerca de 125 mil euros.

O presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Mourato Nunes, e o ex-secretário de Estado da Proteção Civil Artur Neves foram constituídos arguidos em setembro de 2019 na investigação ao negócio das golas antifumo.

Poucos dias depois, o adjunto do secretário de Estado, Francisco Ferreira, demitiu-se do cargo, após ter sido noticiado o seu envolvimento na escolha das empresas que produziram os ‘kits’ de emergência que incluíam as golas.

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Rendimento “per capita” sobe 1,3% apesar da queda do PIB

  • Lusa
  • 6 Agosto 2020

O rendimento "per capita" em Portugal subiu 1,3% em cadeia no primeiro trimestre, mas o PIB "per capita" caiu 3,9%. O fenómeno é explicado pela OCDE com as medidas de apoio por causa da pandemia.

O rendimento disponível per capita na OCDE cresceu 0,1% no primeiro trimestre face ao último de 2019, apesar de o Produto Interno Bruto (PIB) real per capita ter diminuído em média 2% no mesmo período. No caso de Portugal, os dados indicam que o rendimento disponível per capita caiu 1,3% e o PIB real per capita se contraiu 3,9% no primeiro trimestre face ao último trimestre de 2019.

Num comunicado, a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) explica que a diferença da evolução do rendimento disponível per capita — um indicador para o qual são deduzidos impostos e contribuições e são adicionados vários benefícios sociais — e do PIB real per capita se explica pelas políticas que muitos governos puseram em prática para compensar a queda de atividade face aos primeiros efeitos da epidemia do novo coronavírus.

Para as sete principais economias da OCDE (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá) o PIB per capita diminuiu 2,1% em geral, enquanto que o rendimento disponível aumentou 0,1%. Neste grupo, os Estados Unidos foram os únicos onde o rendimento disponível aumentou 0,7%, refletindo em parte um impacto mais limitado nesse trimestre da crise sanitária, com medidas de contenção mais limitadas.

Em contraste, houve quedas de até 1,8% em Itália e 1,2% na Alemanha, enquanto quedas mais moderadas foram registadas no Reino Unido (0,7%), França (0,3%) e Canadá (0,2%).

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Máscara portuguesa que “mata” vírus da Covid-19 chega a Espanha

Após ter sido lançada em Portugal, a primeira máscara com capacidade para "matar" o novo coronavírus está a ser vendida nas cadeias de supermercados do grupo Eroski em Espanha.

Pouco tempo depois de começar a ser comercializada em Portugal, a primeira máscara têxtil e reutilizável com capacidade para inativar o novo coronavírus, uma inovação portuguesa, chega agora ao mercado espanhol.

Lançada no mercado nacional no final de abril e numa altura em que já é vendida em diversos espaços no país, incluindo nas lojas dos CTT, este equipamento de proteção individual está agora a ser comercializado também nas cadeias de supermercados espanholas do grupo Eroski. Cada unidade custa 9,95 euros, um preço ligeiramente inferior aos dez euros que custa em Portugal, noticiou o El Economista.

A máscara MOxAd-Tech superou com sucesso os testes realizados pelo Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes, o que levou o consórcio promotor a proclamar que esta é a primeira máscara com capacidade para “matar” o vírus que provoca a Covid-19. O grupo é composto pela fabricante Adalberto, a Mo (grupo Sonae Fashion), o próprio instituto molecular, o Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal e a Universidade do Minho, num projeto “de cooperação entre a comunidade empresarial, académica e científica”.

Depois de realizados testes, a conclusão do consórcio foi a de que esta máscara beneficia de um revestimento inovador que neutraliza o vírus SARS-CoV-2 quando este entra em contacto com o tecido, um efeito que se mantém após 50 lavagens.

Os promotores asseguram 99% de eficácia, sendo ainda que estas máscaras inovadoras têm um “tecido com tecnologia de secagem rápida”, propriedades antimicrobianas e agem “como um escudo contra vírus e bactérias”, informou uma nota de imprensa divulgada aquando do seu lançamento. Além disso, as MOxAd-Tech permitem uma utilização interrupta de quatro horas sem perda de eficácia.

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