Espanhola Atresmedia compra H2H e entra no marketing de influência

  • Servimedia
  • 3 Setembro 2020

A operação permite ao grupo espanhol alargar a sua oferta de comunicação num território em expansão.

A Atresmedia “dá mais um passo na sua estratégia de liderança no ambiente publicitário com a compra da H2H, Human to Human, a agência líder em marketing de influência em Espanha“, informou a empresa.

“Com a H2H, entramos num território que não ocupávamos até agora e pelo qual as marcas estão a demonstrar grande interesse. Isto permite-nos completar a nossa oferta que é claramente inigualável no mercado publicitário do nosso país”, referiu José Miguel García Gasco, diretor-geral da Atresmedia Publicidad.

De acordo com a agência publicitária espanhola, a H2H partilha com a Atresmedia os seus principais valores, “transparência, inovação, abordagem analítica e serviço ao cliente”. “Em apenas três anos”, a agência conta entre os principais clientes com empresas nacionais e multinacionais de vários setores, gerindo mais de 5.000 interações entre influenciadores e marcas, tendo ainda sido reconhecida com vários prémios, incluindo um Prémio de Eficácia, da Associação Espanhola de Anunciantes, na sua edição de 2018.

De acordo com o diretor-geral da H2H, Luis Díaz, “o acordo alcançado com o grupo Atresmedia é um grande desafio, pois esta operação irá acelerar a capacidade e o crescimento da H2H e trará diferenciação ao grupo. A publicidade através de influenciadores já foi consolidada como um meio de comunicação no âmbito dos planos de marketing dos anunciantes”. “Fazer parte do grupo líder das comunicações em Espanha”, acrescentou, “dá-nos uma posição privilegiada no setor”.

Atresmedia salienta que a escolha da H2H surge após uma análise detalhada do setor de marketing de influência e das diferentes agências que o compõem, e significa avançar no seu posicionamento na área digital, compreendendo assim a transformação que o setor está a sofrer e a necessidade de expandir o espetro com esta aquisição.

A H2H foi fundada por Luis Díaz em 2017 como uma agência de marketing de influência com uma abordagem analítica digital, trabalhando para profissionalizar o setor em Espanha, e “destacando os problemas que estavam a prejudicar a credibilidade do meio, como uma forma direta de abordar o problema.”

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Apelos de Costa catapultam downloads da app da Covid para 400 mil

Dados cedidos ao ECO pelo INESC TEC mostram que os downloads da app mais do que duplicaram de um dia para o outro. Já há mais de 400 mil portugueses a utilizar a Stayaway Covid.

“Essencial, voluntária, confidencial e segura”. É assim que António Costa classifica a aplicação criada para ajudar a rastrear eventuais contactos com pessoas infetadas pelo novo coronavírus. E, desde que foi apresentada oficialmente, o primeiro-ministro tem-se desdobrado em apelos para que os portugueses a descarreguem. Estão a funcionar: já há mais de 400 mil utilizadores.

“É um dever cívico que cada um de nós tem: evitar a transmissão da pandemia. E como é um dever cívico lavar as mãos, entendam também que é um dever cívico descarregar esta aplicação e sinalizarem se vierem a ser diagnosticados como estando positivos”, afirmou Costa na apresentação da Stayaway Covid, a 1 de setembro. Esta quarta-feira, enquanto valorizava as máscaras sociais, voltou a lembrar a importância da app.

Apelos sucessivos que estão a traduzir-se em cada vez mais downloads, a um ritmo mais acelerado. Se no dia em que foi apresentada contava com 120 mil descargas nas lojas da Google e da Apple, no dia seguinte, com o lançamento oficial, chegou aos 170 mil. E agora vai já em 412.330 downloads, de acordo com dados cedidos ao ECO pelo INESC TEC, que desenvolveu a app com o ISPUP, a Keyruptive e a Ubirider.

Houve um disparo no número de downloads da app desta quarta para esta quinta-feira, 3 de setembro. Mais do que duplicaram em ambas as lojas de aplicações: para Android, sistema utilizado pela maioria dos que descarregaram a app, registam-se, às 9h00 desta quinta-feira 277 mil downloads, contra 111 mil no dia anterior. No caso da Apple, as descargas passaram de 58 mil para 134.771.

É expectável que o número de downloads continue a acelerar nos próximos dias, numa altura em que o número de infetados pelo novo coronavírus tanto em Portugal como no resto da Europa, bem como a nível mundial, estão a aumentar de forma expressiva. O recurso à app permite aos seu utilizadores serem informados sobre potenciais contactos com pessoas que venham a ser infetadas e que sinalizem isso mesmo na aplicação.

Apesar da crescente adesão a este sistema de alerta para a Covid-19, nem todos estão a conseguir instalar a app. Primeiro porque muitos portugueses terão a capacidade do smartphone no limite, depois por causa do sistema operativo dos seus equipamentos. No caso dos Android, a app funciona com Android 6.0, ou “Marshmallow”, ou versões superiores, enquanto para os iPhones é preciso o iOS 13.5 ou posterior, enquanto no para os Huawei sem Google Play Store não existe ainda uma app.

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Bruxelas defende exploração de lítio em Portugal mas pede diálogo com comunidades

  • Lusa
  • 3 Setembro 2020

Bruxelas diz que a Europa necessitará de 18 vezes mais lítio até 2030 e de até 60 vezes mais até 2050 para as baterias dos automóveis elétricos e para o armazenamento energético.

A Comissão Europeia defendeu esta quinta-feira a exploração de lítio no norte de Portugal, no âmbito da nova estratégia da União Europeia (UE) para reduzir a dependência externa de matérias-primas essenciais, mas apelou ao diálogo com as comunidades locais.

“Portugal é muito forte na energia renovável, nomeadamente a solar e a eólica, e para isso é necessário armazenar a energia [através do lítio], não só para o setor automóvel, como também para as baterias industriais”, defendeu hoje o vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelas Relações Interinstitucionais e Prospetiva, Maroš Šefčovič.

Falando em conferência de imprensa em Bruxelas, na apresentação de um novo plano de ação para as matérias-primas essenciais, incluindo o lítio, que agora faz parte desta lista, Maroš Šefčovič observou que “existe um forte panorama tecnológico em Portugal”, pelo que “várias ‘startups’ iriam beneficiar bastante se um ‘hub’ moderno de tecnologia estivesse sediado” no país, aludindo assim aos planos do Governo português para criar um ‘cluster’ do lítio e da indústria das baterias no norte.

“Mas claro que esta é uma decisão que tem de ser tomada em conjunto com as comunidades locais e os governos nacionais e esperamos ser capazes de promover o diálogo e de facultar o apoio necessário no que toca ao financiamento, nomeadamente através do Banco Europeu de Investimento”, acrescentou o vice-presidente do executivo comunitário.

Questionado especificamente, na ocasião, sobre a oposição que os planos para a exploração mineira de lítio em Portugal têm recebido por parte das localizações das áreas com potencial identificado e de grupos ambientalistas, Maroš Šefčovič disse ter “conhecimento” de tal contestação, não só no país como noutros europeus.

“Temos, obviamente, conhecimento destes desafios e garanto que estamos em condições de negociar com os governos nacionais, mas também com as comunidades locais, porque é preciso assegurar a essas comunidades que esses projetos não só são da maior importância, como também beneficiarão a região e o país”, referiu o responsável.

Por isso, para Maroš Šefčovič, é necessário “olhar para esta nova forma de promover o acesso a matérias-primas essenciais” de uma “forma europeia e abrangente, com uma abordagem social e responsável”.

Também presente na apresentação desta nova estratégia da UE, o comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, destacou as “várias potencialidades” existentes em Portugal no que toca a estas matérias-primas essenciais.

O Governo português quer criar, ainda este ano, um ‘cluster’ do lítio e da indústria das baterias e vai lançar um concurso público para atribuição de direitos de prospeção de lítio e minerais associados em nove zonas do país, entre as quais as áreas de Serra d’Arga, Barro/Alvão, Seixo/Vieira, Almendra, Barca Dalva/Canhão, Argemela, Guarda, Segura e Maçoeira.

Porém, a exploração de lítio nestes potenciais territórios é contestada por vários movimentos cívicos, associações ambientais e associações culturais.

Contas feitas por Bruxelas indicam que a Europa necessitará de 18 vezes mais lítio até 2030 e de até 60 vezes mais até 2050 para as baterias dos automóveis elétricos e para o armazenamento energético.

A estratégia da UE, hoje lançada, visa então tornar o aprovisionamento europeu de matérias-primas mais seguro e sustentável, através de um plano de ação que analisa os desafios atuais e futuros e propõe medidas para reduzir a dependência da Europa em relação a países terceiros, diversificando o abastecimento a partir de fontes primárias e secundárias e melhorando a eficiência de recursos e a circularidade.

O lítio é, então, uma das matérias-primas essenciais abrangidas.

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Empresas não podem contrariar políticas comerciais da UE

  • Lusa
  • 3 Setembro 2020

Responsável do Banco Europeu de Investimento considera que as práticas das empresas europeias não podem contrariar as políticas da União Europeia, particularmente relação a Africa.

A responsável no Banco Europeu de Investimento (BEI) pelos empréstimos a África alertou que as práticas comerciais das empresas europeias não podem contrariar as políticas comerciais definidas pela União Europeia, particularmente relativamente ao continente africano.

“Precisamos de olhar para as nossas políticas de comércio, e a estratégia do relacionamento com África é muito clara, e as nossas políticas comerciais não podem contrariar isso, temos de garantir que as práticas comerciais das empresas não contrariam as diretrizes europeias”, disse esta quinta-feira Maria Shaw-Barragan, durante o Fórum Euro-África, que decorre até sexta-feira em formato virtual a partir de Cascais.

Maria Shaw-Barragan respondia ao diretor para África do Centro Europeu para a Gestão das Políticas de Desenvolvimento (European Centre for Development Policy Management), Bruce Byiers, que afirmou que apesar das boas intenções no papel, o dinheiro tinha um papel central na relação entre os dois continentes.

Não pode ser só acerca do dinheiro, as políticas das empresas têm de estar em consonância com as diretrizes europeias“, vincou Maria Shaw-Barragan, salientando que “não há um único investimento que não seja feito de acordo com a vontade dos governos africanos” e garantindo que “todas as operações do BEI têm em si um acordo explícito e assinado pelo Governo recipiente, havendo um diálogo constante relativamente às prioridades políticas desse Governo e à conformidade do projeto com essas políticas”.

Antes, já Bruce Byiers tinha alertado que não há nenhum africano nos centros de decisão sobre os empréstimos e as operações financeiras e defendido que é um erro para a União Africana querer emular a União Europeia.

Uma das razões para as dificuldades da UA é querer ser como a UE, querer ser a versão africana da UE, porque o trabalho diário é muito mais intergovernamental e tudo é muito mais negociado, África tem especificidades que a Europa não tem, e se for uma parceria é mais fácil equilibrar a balança e ter um saldo conjunto mais positivo”, defendeu o analista.

O Fórum Euro-África arrancou esta quinta-feira com o propósito de aproximar os dois continentes e conta com um debate virtual entre o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o seu homólogo do Gana.

O Fórum vai reunir personalidades dos setores público e privado, sociedade civil, empresários, ativistas e cientistas, que vão debater cinco desafios ao abrigo do tema “À procura de pontos comuns num mundo pós-covid”.

Os cinco painéis, que incluem uma conversa entre os Presidentes de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e do Gana, Nana Akufo-Addo, moderados pelo editor de África do Financial Times, vão debater as “Perspetivas sobre as relações entre a União Africana e a União Europeia”, a “Transição Justa da Matriz Energética”, “Made In Africa – Negócios Emergentes e em Aceleração”, “Cultura África a alimentar o Mundo”, e “Ligando os Desligados”.

O presidente do Conselho da Diáspora Portuguesa e organizador do Fórum Euro-África, Filipe de Botton, disse à Lusa que o grande objetivo do encontro é reaproximar dois continentes que estiveram de costas voltadas até há pouco tempo.

“Vemos dois continentes gémeos que têm vivido de costas voltadas nos últimos 50 anos, e o grande objetivo do Fórum é conseguir uma reaproximação da Europa com a África, e que Portugal seja a plataforma instrumental para a relação entre os dois continentes”, disse Filipe de Botton, na antecipação do Fórum, que se prolonga até sexta-feira, numa parceria com a Câmara de Cascais.

O Conselho da Diáspora Portuguesa é uma organização privada sem fins lucrativos, com 95 membros em cinco continentes e tem por missão “alavancar o poder da diáspora, de forma a promover conversas e conexões globais sobre assuntos de cultura, impacto social, ciência, negócios e economia”, segundo a organização.

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EDP Renováveis toca novo máximo após resultados e venda de ativos. Ação já vale 15 euros

Cada ação da eólica do grupo EDP tocou, na manhã desta quinta-feira, os 15 euros pela primeira vez. Capitalização de mercado da empresa atingiu os 12,7 mil milhões de euros.

A EDP Renováveis nunca valeu tanto em bolsa. Cada ação chegou mesmo a tocar o máximo histórico de 15 euros na manhã desta quinta-feira, após a empresa liderada por Rui Teixeira ter apresentado resultados e ter anunciado a venda de parques eólicos nos Estados Unidos. A casa-mãe EDP segue igualmente em alta na bolsa de Lisboa, mas menos expressiva.

No primeiro semestre do ano, a EDP Renováveis lucrou menos 26% devido à pandemia. Segundo dados divulgados antes da abertura do mercado, o resultado líquido foi de 255 milhões de euros, com o recuo de 9% das receitas conjugado com um aumento de 4% dos custos operacionais. No entanto, a quebra ficou em linha com o esperado pelos analistas e foi atenuada pela nova parceria do grupo.

Os resultados foram positivamente influenciados pelo reconhecimento de um ajustamento positivo de 145 milhões de euros no EBITDA devido à formalização da joint-ventureOceanWinds (OW) com a Engie”, explicam os analistas do CaixaBank / BPI, numa nota de research. “Excluindo não recorrentes, o EBITDA ficou 5% ou 15 milhões acima da nossa projeção ou 5% abaixo do consenso”.

Além dos resultados, a EDP Renováveis reage igualmente ao anúncio de que fechou um acordo para a venda de 80% de uma carteira de parques eólicos e solares nos EUA, num negócio que rendeu à companhia portuguesa 570 milhões de euros. “Se assumirmos a avaliação implícita do negócio na nossa avaliação, resulta num aumento de cerca de 1,5% no fair value da EDPR e de cerca de 1% na EDP“, diz ainda o CaixaBank / BPI, acrescentando que a EDP já executou cerca de 55% dos objetivos de encaixe com vendas de 4 mil milhões de euros entre 2019 e 2022.

Em reação, a empresa liderada por Rui Teixeira valoriza 3% no PSI-20 para 14,84 euros por ação, tendo já tocado durante a manhã os 15 euros, num novo máximo histórico. Já a EDP — que vai igualmente apresentar resultados após o fecho da sessão — sobe 0,5% para 4,38 euros por ação, numa altura em que o índice de referência nacional soma 1,5% para 4.393,51 euros.

Desempenho da EDP Renováveis no PSI-20

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Trabalhadores do Novo Banco pedem audiências para assegurar futuro do banco

  • Lusa
  • 3 Setembro 2020

“O constante ruído proveniente das notícias e das diversas declarações está a minar a confiança dos clientes”, adverte a comissão de trabalhadores do Novo Banco em comunicado.

A Comissão de Trabalhadores do Novo Banco pediu audiências aos partidos, ao Governo, ao Presidente da República e ao governador do Banco de Portugal, devido à preocupação com o futuro da instituição e dos 5.000 trabalhadores do banco.

O constante ruído proveniente das notícias e das diversas declarações está a minar a confiança dos clientes”, adverte a comissão de trabalhadores, em comunicado divulgado esta quinta-feira, enaltecendo o profissionalismo demonstrado pelos quase 5.000 trabalhadores que, ao longo dos últimos seis anos, tem sido exercido “sob pressão constante”.

A comissão explica ter feito pedidos de audiência “face às constantes notícias e declarações” que têm sido feitas sobre “os mais diversos temas referentes” ao Novo Banco e que “estão a causar um grande mal-estar e uma grande preocupação” em relação ao futuro do banco.

"O constante ruído proveniente das notícias e das diversas declarações está a minar a confiança dos clientes.”

Comissão de Trabalhadores Novo Banco

Comunicado

A comissão de trabalhadores, segundo o comunicado, já solicitou audiências a todos os partidos com assento parlamentar, às respetivas comissões parlamentares, aos ministros das Finanças, da Economia e do Trabalho, ao Presidente da República, ao primeiro-ministro e ao governador do Banco de Portugal.

O Ministério das Finanças anunciou, na terça-feira, em comunicado, ter recebido o relatório da auditoria externa que revela perdas líquidas de 4.042 milhões de euros no Novo Banco (entre 04 de agosto de 2014, um dia após a resolução do BES, e 31 de dezembro de 2018) e “descreve um conjunto de insuficiências e deficiências graves” no BES, até 2014, na concessão de crédito e investimento em ativos financeiros e imobiliários.

Segundo o Governo, o relatório “será remetido à Procuradoria-Geral da República considerando as competências constitucionais e legais do Ministério Público”.

Na quarta-feira, o presidente executivo do Novo Banco elogiou a sua equipa comparando-a com bombeiros que foram chamados a apagar um incêndio e disse que há gente que se esquece disso, nomeadamente políticos, desde logo de que foi “fogo posto”.

No final de uma conferência de imprensa, em Lisboa, a propósito da auditoria da Deloitte ao BES/Novo Banco entre 2000 e 2018, António Ramalho fez questão de fazer uma intervenção final em que elogiou a equipa que está à frente do Novo Banco e que, segundo disse, foi chamada a fazer face a um fogo “extremamente perigoso”.

“Confesso que por vezes me custa que quer a comunicação social, quer comentadores, quer políticos se esqueçam disso e procurem verificar qual a conta da água. Nós não esquecemos que estamos cá para apagar este incêndio e apagaremos este incêndio, sobretudo porque também sabemos que foi fogo posto”, afirmou Ramalho.

Na sequência da resolução do BES, em 03 de agosto de 2014, 75% do Novo Banco foi vendido em outubro de 2017 ao fundo de investimento norte-americano Lone Star, mantendo o Fundo de Resolução bancário 25%, numa solução acordada entre Banco de Portugal e Governo.

Por ocasião da venda, foi acordado um mecanismo de capital contingente, que prevê que até 2026 o Fundo de Resolução compensa o Novo Banco por perdas de capital num conjunto de ativos que ‘herdou’ do BES até 3.890 milhões de euros.

Desde então e até hoje, o Fundo de Resolução já injetou 2.976 milhões de euros e ainda poderá colocar mais de 900 milhões de euros, valores que em cada ano têm impacto nas contas públicas uma vez que o Fundo de Resolução é uma entidade da esfera do Estado.

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Vendas a retalho recuam na Zona Euro em julho, Portugal com maior subida

  • Lusa
  • 3 Setembro 2020

O volume de vendas do comércio a retalho recuou em julho 1,3% na Zona Euro, mas Portugal está em contraciclo. Vendas cresceram 3,9%

As vendas a retalho recuaram, em julho, 1,3% na Zona Euro e 0,8% na União Europeia (UE) face a junho, invertendo dois meses de crescimento, com Portugal a registar a maior subida mensal (3,9%), segundo o Eurostat.

De acordo com o gabinete estatístico europeu, o volume de vendas do comércio a retalho recuou em julho 1,3% na Zona Euro e 0,8% na UE, na variação em cadeia, depois de ter subido, respetivamente 20,6% e 18,4% em maio e 5,3% e 5,1% em junho, em resultado do alívio das medidas de confinamento adotadas devido à pandemia de Covid-19.

Já na comparação com julho de 2019, as vendas a retalho cresceram 0,4% na Zona Euro e 0,7% na UE.

Face a junho, Portugal, em contraciclo com a Zona Euro e a UE, foi o país que, a par da Roménia, registou a maior subida mensal das vendas a retalho (3,9%), seguido por Malta (3,2%), enquanto os maiores recuos se observaram na Bélgica (-5,1%), Finlândia (-2,0%) e Estónia (-1,5%).

Na variação homóloga, a Irlanda (9,1%), a Lituânia (6,8%) e a Holanda (6,0%) apresentaram as maiores subidas e a Bulgária (-17,5%), Malta (-8,1%) e Luxemburgo (-6,1%) as principais quebras. Em Portugal, as vendas a retalho de julho caíram 3,6% face ao mesmo mês de 2019.

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Reino Unido decide sexta-feira sobre permanência de Portugal no corredor aéreo

O ministro da Saúde britânico vai tomar uma decisão sobre a permanência de Portugal e Grécia no corredor aéreo na sexta-feira.

A expectativa era a de que o Governo britânico decidisse esta quinta-feira se Portugal iria permanecer no corredor aéreo que permite viajar de e para o país sem ter de passar por um período de quarentena. Mas afinal, o veredicto só será conhecido na sexta-feira. Quem o revelou foi o próprio ministro britânico da Saúde, Matt Hancock, depois de pressionado a esclarecer as especulações de que Portugal e Grécia poderão ser removidos deste corredor.

Vamos publicar uma decisão amanhã, com base nos dados existentes e não vou antecipar qualquer decisão”, disse Hancock, em declarações à Sky News. Quando pressionado a esclarecer se uma pessoa que viaje para Portugal na sexta-feira terá de cumprir uma quarentena no regresso, o responsável apenas disse: “A resposta simples é que acompanhamos os dados e fazemos estes anúncios de uma forma organizada, à sexta-feira, à hora de almoço”. No entanto, não é inédito que a lista publicada no site do Governo seja atualizada às quintas-feiras.

Estamos preparados para tomar decisões de colocar países individuais de volta na lista da quarentena se for necessário, e mantemos isso em avaliação constante. As pessoas só devem viajar se estiverem preparadas para fazer quarentena se o vírus aumentar quando estiverem nesse país”, acrescentou.

Nos últimos três dias, o número de casos em Portugal foi superior a 20 por 100 mil pessoas – o que é motivo de alerta para o país britânico. A média atual da taxa de infeção dos últimos sete dias é de 22,7, comparativamente a 14,2 na semana anterior. Caso Portugal seja removido da lista de ‘países seguros’, apenas duas semanas depois, será obrigatória a quarentena de 14 dias para quem chega de Portugal a partir de sábado, às 04h00.

A eventual suspensão do corredor aéreo entre Portugal e o Reino Unido levanta preocupações no setor hoteleiro. A ser excluído, e é o que parece [que vai acontecer], são péssimas notícias” para o turismo português. “O último trimestre do ano fica comprometido”, disse ao ECO, a presidente da Associação de Hotelaria de Portugal (AHP). Com o anúncio da entrada no corredor aéreo as reservas só para o Algarve aumentaram 13% para setembro.

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Centeno admite divulgar relatório sobre atuação do BdP no BES se tribunal o permitir

O governador do Banco de Portugal só admite divulgar o relatório sobre a ação do supervisor no caso do BES se houver uma decisão judicial.

O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, só admite divulgar o relatório sobre a atuação do regulador, nomeadamente do ex-governador Carlos Costa, no caso do Banco Espírito Santo (BES) se houver uma decisão judicial nesse sentido. Na ausência de indicação do tribunal, o banco central diz que não pode divulgar o apelidado “relatório Costa Pinto” que o BE requereu.

“A respeito da entrega pelo Banco de Portugal do Relatório da Comissão de Avaliação das Decisões e atuação do Banco de Portugal na Supervisão do Banco Espírito Santo, observa-se que o Banco de Portugal aguarda, por sua vez, decisão judicial que aprecie e decida acerca da eventual quebra do dever legal de segredo“, esclarece o banco central em comunicado divulgado esta quinta-feira de manhã.

Caso a decisão do tribunal seja favorável à divulgação do relatório, Mário Centeno mostra-se disponível a divulgar um relatório elaborado por João Costa Pinto, o então presidente da comissão de auditoria do Banco de Portugal, que incide sobre a atuação do ex-governador na resolução do BES em 2014. “A ser decidida essa quebra do dever legal de segredo, o Banco de Portugal colaborará, de imediato, com o Tribunal, ficando, nos exatos termos dessa decisão judicial, autorizado a disponibilizar, desde logo, esse documento ao Tribunal“, assegura o banco central, apesar de não revelar se, nesse caso, corresponderá ao requerimento feito pelo Bloco de Esquerda ou se tornará o documento público. Certo é que o tribunal ficará com o relatório nas mãos.

A quebra do dever legal de segredo relativamente ao relatório está a ser analisada pelos tribunais no processo de insolvência do Banco Espírito Santo (BES). Esse processo corre no Juízo de Comércio de Lisboa, no Tribunal Comarca de Lisboa.

No comunicado, o Banco de Portugal faz questão de sublinhar que este relatório “não se trata de uma auditoria interna, nem tem como objeto de análise o processo de resolução do BES”. Além disso, relembra que o banco central está vinculado ao “dever legal de segredo profissional” e que as exceções que existem na lei para a “derrogação” desse dever “não se afiguram verificar-se no quadro do Requerimento do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda”. “A violação do referido dever de segredo implica responsabilidade criminal nos termos do artigo 195.º do Código Penal”, assinala.

Esta é a resposta do Banco de Portugal às críticas dos bloquistas, após verem o seu pedido recusado. “Quero dizer ao sr. governador do BdP que o BE não aceita esta resposta e vai tentar por todos os meios obter este documento que é essencial para apurar as responsabilidades do Banco de Portugal e para compreender as perdas que hoje todos os contribuintes estão a pagar”, afirmou Mariana Mortágua, deputada do BE, esta quarta-feira.

O atual Governo (e o anterior), do qual o agora governador Mário Centeno fez parte enquanto ministro das Finanças, já tinha mostrado interesse em conhecer o conteúdo deste relatório. “Suscita curiosidade ao Presidente da República e até a mim próprio suscita porque gostaria de conhecer as auditorias do Banco de Portugal que nunca sequer foram transmitidas ao Governo“, disse António Costa num debate quinzenal em março de 2019. Há dois meses, Centeno disse que o supervisor “não pode viver numa torre de marfim”.

Face às críticas quanto à sua atuação na resolução do BES, o então governador do Banco de Portugal Carlos Costa solicitou em 2015 uma análise ao seu papel em todo o processo. Esta avaliação foi feita por João Costa Pinto, com a colaboração da consultora Boston Consulting Group. Segundo o próprio Costa Pinto, em entrevista ao ECO em julho, o relatório não aponta “falhas graves” a Carlos Costa.

(Notícia atualizada às 10h10 com mais informação)

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Nas notícias lá fora: Mais estímulos, rentabilidade da banca e Parlamento Europeu

Em França, o Governo prepara-se para avançar com um pacote de estímulos de 100 mil milhões de euros. Na Alemanha, o partido de Merkel deu luz verde para que haja défice em 2021.

Na Europa, as duas maiores economias estão a preparar terreno para gastar mais dinheiro para combater a crise pandémica. Em Bruxelas, o Parlamento Europeu corre um debate interno sobre se deve continuar as viagens periódicas para Estrasburgo. Em Espanha, a rentabilidade da banca está abaixo de 3%, o que poderá levar a consolidação do setor.

The Guardian

França avança com pacote de estímulos de 100 mil milhões

O Governo francês apresentou esta quinta-feira um pacote de estímulos de 100 mil milhões de euros para a recuperação da economia, após a recessão provocada pela crise pandémica. Chama-se “France Relaunch” e inclui subsídios para salários, cortes nos impostos para empresas, o financiamento para projetos relacionados com o ambiente, dois mil milhões para os transportes públicos e dois mil milhões para investir no hidrogénio. O objetivo do Executivo liderado por Jean Castex é que este plano de recuperação crie 160 mil postos de trabalho em 2021. Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre/conteúdo em inglês).

Politico

Regresso do Parlamento Europeu a Estrasburgo em dúvida

O regresso do Parlamento Europeu em setembro significa que as idas periódicas a Estrasburgo também estão de volta. Contudo, a pandemia poderá trocar as voltas aos eurodeputados e às suas equipas. De acordo com o Politico, apesar da insistência de França em continuar com este ritual, vários responsáveis do Parlamento Europeu consideram que é demasiado arriscado por causa do vírus. Além disso, a viagem obrigará a que os envolvidos sejam testados e vão para quarentena no regresso a Bruxelas — onde decorre a maior parte da atividade do Parlamento Europeu — devido às medidas tomadas pelo Governo belga. Leia a notícia completa no Politico (acesso livre/conteúdo em inglês).

El Economista

Rentabilidade da banca espanhola abaixo de 3%

A rentabilidade da banca espanhola caiu de forma significativa por causa da crise pandémica, prevendo-se que continue em queda por causa da quebra do PIB e da subida do crédito malparado, escreve o jornal espanhol El Economista. O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, deixou o aviso que a rentabilidade da banca espanhola não irá superar os 3%, em média, pelo que apelou a que se comece um processo de consolidação do setor que permita melhorar esse número. O Bankinter continua a ser o banco com maior rentabilidade. Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre/conteúdo em espanhol).

Bloomberg

Partido de Merkel apoia flexibilidade orçamental em 2021

A CDU, o partido conservador alemão, apoia os planos do Governo para continuar a flexibilidade orçamental no próximo ano, deixando as contas públicas incorrer num défice extraordinário, tal como este ano, por causa da crise pandémica. Em março, o Governo de Angela Merkel decidiu suspender temporariamente os limites constitucionais desenhados para manter a dívida pública em níveis baixos. Ainda assim, os deputados da CDU avisaram que, apesar de necessário no momento, o défice não deve continuar “por demasiado tempo”. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso parcial/conteúdo em inglês).

Reuters

Lefties começa a vender online em Portugal e Espanha

A Inditex, dona da Zara, começou a fazer vendas online na sua marca low-cost, a Lefties, em Portugal e Espanha esta quinta-feira, de acordo com a Reuters. O objetivo é que a marca tenha uma vantagem digital — principalmente durante a pandemia em que o online ganhou maior importância nas compras — contra a concorrente irlandesa, a Primark, que continua sem ter vendas online. Além de Portugal e Espanha, a Lefties está presente na Rússia, México, Qatar e Arábia Saudita, tendo mais de 100 lojas no total. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês).

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Adiamento de festivais “custa” 1,6 mil milhões de euros

  • ECO
  • 3 Setembro 2020

A previsão de quebra de volume de negócios na ordem dos 80% no setor dos festivais deverá significar menos 1,6 mil milhões de euros para a economia portuguesa.

A economia portuguesa deverá “perder” 1,6 mil milhões de euros por causa do adiamento de festivais, segundo o Jornal de Notícias (acesso pago) desta quinta-feira que cita um relatório anual da Associação Portuguesa de Festivais de Música (APORFEST). Este valor é equivalente às exportações anuais do setor do calçado e cerca de 0,8% do PIB de 2019.

Em causa está uma queda do volume de negócios na ordem dos 80% nas empresas que operam indiretamente no setor. Os quase 300 festivais que existiam em Portugal em 2019 geraram cerca de dois mil milhões de euros. Em 2020, o volume de negócios não deverá ultrapassar os 400 milhões de euros. A perda é também sentida nos concelhos que acolhem estes eventos.

A paralisação do setor está a afetar não só as empresas desse ramo, mas também a de transportes e da hotelaria, de acordo com o jornal, que acrescenta que o setor da cultura emprega 130 mil pessoas, “agora quase todas sem emprego”.

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Tribunal rejeita providência cautelar contra Festa do Avante

  • ECO
  • 3 Setembro 2020

Providência cautelar foi indeferida pelo Tribunal Cível de Lisboa por falta de factos que sustentem o argumento de que a festa do Avante iria agravar a disseminação da pandemia.

O Tribunal Cível de Lisboa não aceitou a providência cautelar interposta pelo empresário Carlos Valente, contra a Festa do Avante, avança a SIC Notícias.

O autor da ação, presidente do Palmelense Futebol Clube e fornecedor de equipamento para festivais e discotecas, viu a providência cautelar indeferida por falta de factos que sustentem o argumento de que a festa iria agravar a disseminação da pandemia de Covid-19, tendo em conta as novas medidas impostas pela DGS. “O que fundamentou o indeferimento nesta data do procedimento cautelar, foi considerado pelo digníssimo magistrado que se exigiria da parte do requerente um maior detalhe na indicação de factos concretos conducentes ao risco de um agravamento da Pandemia”, diz o próprio Carlos Valente, citado pela SIC Notícias.

Algumas das medidas definidas pela DGS são uma distância de dois metros entre as pessoas, a menos que vivam na mesma casa, concertos com lugares sentados afastados para o público, proibição de venda de álcool depois das 20h00 e a utilização de máscara para todos com mais de dez anos, sinaliza a publicação.

Carlos Valente admite avançar com outras ações judiciais, caso ocorra um surto significativo de Covid-19 relacionado com o evento, organizado pelo PCP. “Vou estar atento e, depois da Festa do Avante!, caso haja um surto grande de Covid-19 que me cause danos a mim e à sociedade em geral, tomarei as medidas que entender adequadas. Não consigo dizer agora o que irei fazer, mas há ferramentas legais a que poderei recorrer”, disse o empresário de Palmela, em declarações à Lusa.

Não tenho nada contra a política, mas acho que juntar 16.500 pessoas durante três dias, com acampamento, com tudo isso, tem uma probabilidade grande de contágio, caso haja alguém infetado”, sublinhou o empresário, que representa uma marca de equipamento audiovisual para discotecas e festivais de música.

(Notícia atualizada com mais declarações às 14h00)

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