Altice Portugal admite que migração da TDT “vai voltar a atrasar”
Alexandre Fonseca, presidente executivo da Altice Portugal, informou o Governo de que a migração da TDT "vai voltar a atrasar" devido aos constrangimentos provocados pela Covid-19.
O presidente executivo da Altice Portugal admite novos atrasos na migração de frequências da Televisão Digital Terrestre (TDT), por imposição do agravamento da crise pandémica no país. “Informámos a tutela de que o avolumar de casos de Covid no país levou o nosso parceiro Rohde & Schwarz a indicar que teria de parar as viagens para Portugal, ou seja, o TDT vai voltar a atrasar”, disse Alexandre Fonseca, em declarações ao Dinheiro Vivo.
A Altice Portugal, que controla a Meo, ainda não sabe quanto tempo poderá atrasar este processo, que já foi interrompido uma vez este ano por causa da pandemia. É necessária a migração de frequências para libertar espetro que será usado para o 5G, a quinta geração de redes de comunicações, nomeadamente a faixa dos 700 MHz.
Na Mobi Summit, evento que decorre em Cascais, Alexandre Fonseca criticou ainda o facto de estar previsto que o leilão de direitos de utilização arranque neste mês de outubro, mas que ainda não seja conhecido o regulamento do mesmo. Segundo o calendário da Anacom, o regulamento deveria ter sido aprovado em setembro.
Ainda assim, Alexandre Fonseca recuperou um discurso já defendido no final de 2018, considerando que a pandemia veio mostrar que as atuais redes foram suficientemente resilientes: “Repensar o investimento do 5G é não cair na tentação de que o leilão de espetro seja uma forma de financiar o Estado, descapitalizando os operadores de telecomunicações”, apontou.
Tal inviabilizaria outros investimentos necessários para “que a rede 5G chegue onde ela é necessária”, nomeadamente às populações e empresas. “É como gastar o dinheiro todo a comprar um carro e depois não ter dinheiro para o combustível”, ilustrou o gestor.
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