Governo disponível para receber associações e descarta empresários em greve de fome

  • Lusa
  • 1 Dezembro 2020

Há nove empresários da restauração em greve de fome que querem ser recebidos pelo Governo. Siza Veira diz que privilegia "associações representativas dos setores afetados pela pandemia".

O Governo está disponível para prosseguir os “contactos institucionais” com as associações representativas dos setores afetados pela pandemia da covid-19, “privilegiando as entidades e organizações institucionalmente estabelecidas”. É a resposta a um grupo de nove empresários da restauração e discotecas que iniciou na semana passada uma greve de fome em frente à Assembleia da República, tendo apresentado um pedido de audiência ao primeiro-ministro, António Costa, e ao ministro da Economia, Pedro Siza Vieira.

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital e os secretários de Estado da sua equipa têm mantido um diálogo permanente com as associações representativas dos diversos setores de atividade económica. Os membros do Governo privilegiam o contacto com as entidades e organizações institucionalmente estabelecidas, no sentido de auscultar as suas preocupações e de procurar soluções convergentes, especialmente numa circunstância singular e excecional como a que atravessamos“, afirma o gabinete de Siza Vieira, em nota divulgada esta terça-feira.

Nesse sentido, o Governo agendou para esta quarta-feira uma reunião com a Confederação do Turismo de Portugal e para quinta-feira com a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP).

A atual crise económica afeta milhares de portugueses. O Governo não deixa de ser sensível a todas e a cada uma destas situações e os secretários de Estado da equipa da Economia, em permanente ligação com o Ministro, têm-se reunido e mantido toda a disponibilidade para prosseguirem os contactos institucionais com as associações representativas dos setores“, lê-se na mesma informação.

O grupo dos nove empresários acampados à porta da Assembleia da República em greve de fome já garantiu que só abandona o local quando o Governo apresentar uma solução para o setor, ou então “de ambulância”. Entretanto, empresários da restauração do Porto iniciaram na noite de segunda-feira, em frente à Câmara Municipal, uma vigília por tempo indeterminado até o Governo discutir os apoios ao setor.

Apoios a fundo perdido de 267 milhões de euros

O Ministério da Economia adianta ainda que foram recebidas até às 15h00 desta terça-feira, 1 de novembro, 26.350 candidaturas no âmbito do programa Apoiar, “num montante estimado de apoios de 267 milhões de euros a fundo perdido”.

Na passada quarta-feira abriram as candidaturas “a apoios integralmente a fundo perdido”, no âmbito daquele programa, “num montante global de 750 milhões de euros, que compreende duas modalidades”.

A primeira, alargada a um vasto conjunto de atividades económicas, incluindo os estabelecimentos de restauração e similares, no sentido de apoiar as micro e pequenas empresas pelas quebras de faturação registadas nos três primeiros trimestres de 2020, relativamente a 2019, com um limite de 20% das quebras de faturação ou 7.500 euros para microempresas e 40.000 para pequenas empresas, sendo estes tetos majorados em 50% para estabelecimentos de animação noturna.

E uma segunda, cumulativa para os estabelecimentos de restauração e similares, no sentido de compensar as quebras de faturação dos fins de semana em que vigoram restrições especiais de circulação, com um limite de 20% das quebras de faturação para micro, pequenas e médias empresas, relativamente aos primeiros 44 fins de semana do ano de 2020.

O Governo aponta ainda outras medidas de apoio que têm estado a ser tomadas este ano, designadamente linhas de crédito, o regime de ‘lay-off’ simplificado, moratórias no arrendamento não habitacional e no crédito bancário e diferimentos de pagamentos ao Estado.

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Londres promove abordagem de insurtechs britânicas a Portugal e Espanha

  • ECO Seguros
  • 1 Dezembro 2020

Uma missão oficial apoiada pelo Governo do Reino Unido apresentou mais de uma dezena de insurtechs britânicas que procuram oportunidades de negócios em Portugal e Espanha.

Num evento virtual que contou com representantes da agência governamental de comércio internacional (DIT no original), da Associação Britânica de Seguradores (ABI), reunindo ainda como convidados representantes de patronal espanhola de seguros (UNESPA) e de José Galamba de Oliveira (APS), os participantes abordaram, entre outros temas, o papel das insurtechs britânicas na inovação e o panorama geral e tendências atuais nos mercados espanhol e português.

Na sessão realizada a 24 de novembro, além de se disponibilizarem a agendar reuniões com partes interessadas, os delegados responsáveis por cerca de uma dúzia de startups inovadoras no setor de seguros no Reino Unido fizeram breve apresentação dos respetivos projetos tecnológicos.

Para esta missão comercial (UK InsurTech Trade Mission Spain & Portugal) as autoridades britânicas de comércio externo selecionaram, entre outras, as seguintes insurtech: Tractable, Riskbook, Flock, Covernet, Paper Insurance, The Floow, Previsico, Insure Apps. Estas foram algumas das que se apresentaram a Portugal e Espanha, prontas para oferecerem os seus serviços e produtos.

O vídeo com a gravação das apresentações realizadas evento virtual está acessível através de password (https://dit.webex.com/recordingservice/sites/dit/recording/95e031e753524e2ea1cfbc865b6c3fae/playback). Informações adicionais sobre o evento estão acessíveis na nuvem (https://eu.eventscloud.com/website/3442/)

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Ex-JP Morgan é novo general manager da Uber Eats em Portugal

Diogo Aires Conceição tem 33 anos e, desde outubro deste ano, é responsável pela liderança do negócio da Uber Eats em Portugal. Passou pelo americano JP Morgan e pelo britânico HSBC.

Diogo Conceição, novo responsável da Uber Eats Portugal, em entrevista ao ECO - 25NOV20
Diogo Conceição, novo responsável da Uber Eats Portugal, em entrevista à Pessoas/ECOHugo Amaral/ECO

Diogo Aires Conceição, 33 anos, é o novo general manager da Uber Eats em Portugal. O gestor era, desde abril de 2018, senior operations manager da empresa a nível nacional.

Diogo Aires Conceição nasceu em Macau mas mudou-se para Portugal com apenas três anos. Estudou Gestão na Universidade Nova de Lisboa, fez um programa de intercâmbio no Canadá, numa cidade perto de Toronto e, no segundo ano de mestrado em Finanças, passou por Singapura, tendo-se mudado finalmente para Londres, onde esteve cerca de oito anos a trabalhar em banca de investimento.

Passou pelo HSBC e, durante cinco anos, trabalhou no banco americano JP Morgan em “fusões e aquisições”. “Estive envolvido em projetos muito interessantes, estava a cobrir maioritariamente o mercado britânico e havia uma componente muito estratégica do trabalho em si. Comecei a perceber que, realmente não era o meu sonho: estava à procura de algo que, com tantas horas de trabalho, me pudesse levar a uma coisa com mais impacto”, assinala Diogo, em entrevista à Pessoas/ECO.

O gestor regressou a Portugal em março de 2018 e, em abril, integrava a equipa fundadora da Uber Eats no país, poucos meses depois do lançamento do serviço no mercado nacional, que aconteceu em novembro de 2017. Atualmente, lidera uma equipa com mais de 30 pessoas.

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Uber Eats quer chegar a 75% dos portugueses até final de 2021

Plano de expansão da plataforma de food delivery passa por chegar a mais um milhão de clientes até final de 2021. Operação nacional cresceu 160% no primeiro semestre deste ano.

A Uber Eats quer chegar a mais um milhão de portugueses até ao final do próximo ano e aumentar para 75% a cobertura de habitantes em território nacional. O plano de expansão para 2021, detalha Diogo Aires Conceição, novo general manager da empresa para o mercado português, em entrevista ao ECO, passa por crescer em número de cidades e também pela diversificação da oferta.

Até ao final deste ano, a plataforma alarga a área de entregas e chega a localidades como Castelo Branco, Torres Novas, Portalegre, Felgueiras e Trofa. “No próximo ano, queremos chegar a 75% da população — estamos neste momento nos 65% e queremos, pelo menos, chegar a mais um milhão de pessoas”, explica o responsável ao ECO.

Além do alargamento geográfico, a Uber planeia alargar a oferta de produtos disponíveis aos utilizadores. “Queremos fazer com que este serviço não seja apenas de conveniência mas seja um serviço do dia-a-dia. Queremos que usar a Uber Eats seja quase tão natural como beber água, uma coisa que as pessoas fazem todos os dias. E, para isso, precisamos de ter uma diversidade de serviços na plataforma que faça com que as pessoas lá vão por várias razões, mas que o serviço seja acessível do ponto de vista monetário e financeiro”, sublinha.

No próximo ano, queremos chegar a 75% da população – estamos neste momento nos 65% e queremos, pelo menos, chegar a mais um milhão de pessoas.

Diogo Aires Conceição

General manager da Uber Eats Portugal

As vendas via Uber Eats dos restaurantes presentes na plataforma cresceram 160% na primeira metade deste ano, face aos números do mesmo período do ano anterior. Lançada em Portugal em novembro de 2017, a Uber Eats conta atualmente com mais de 6.000 parceiros de restauração na plataforma e está presente em 65 cidades portuguesas. Internacionalmente, a plataforma conta com mais de 500 mil parceiros em mais de 6.000 cidades de 30 países diferentes. Mundialmente, a pandemia fez crescer o negócio 135% face ao mesmo período do ano anterior, gerando 8,6 mil milhões de dólares no terceiro trimestre de 2020.

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Líder da AWS diz que pandemia acelerou “cloud” em vários anos

  • Lusa
  • 1 Dezembro 2020

O CEO da Amazon Web Services considera que a pandemia de Covid-19 levou a uma corrida aos serviços de computação em nuvem, acelerando o setor em vários anos.

O CEO da Amazon Web Services (AWS), Andy Jassy, disse esta terça-feira que a pandemia de covid-19 levou a uma corrida aos serviços de computação em nuvem e a indústria a avançar anos, em questão de meses.

“Nos primeiros dez meses desta ‘coisa’, virtualmente todas as empresas do mundo tentaram poupar dinheiro de todas as formas possíveis”, afirmou o executivo, durante o evento anual da empresa, AWS re:Invent.

Para as empresas que ponderavam investir em virtualização e serviços na nuvem, a disrupção provocada pela pandemia e pelo trabalho remoto foi decisiva. “Muitas empresas passaram de falar sobre isto para terem um plano a sério, e essa será uma das maiores mudanças”, afirmou Andy Jassy.

“Quando olharmos para trás, para a história da nuvem, vamos ver que a pandemia acelerou a adoção da nuvem em vários anos”, considerou.

De acordo com dados da consultora Canalys, reportados no final de outubro, o mercado global de computação na nuvem cresceu 33% no terceiro trimestre, atingindo os 36,5 mil milhões de dólares (33,4 mil milhões de euros).

Ainda assim, apesar do grande crescimento registado no último trimestre, a proporção de investimentos em Tecnologias de Informação (TI) que são feitos na nuvem representa apenas 4% do total de gastos, referiu Andy Jassy.

“Acreditamos que a vasta maioria da computação vai mover-se para a nuvem nos próximos dez a vinte anos, e isso significa que há muito crescimento à nossa frente”, considerou o CEO.

O executivo disse que a AWS cresceu 29% no terceiro trimestre de 2020, em relação ao mesmo período do ano passado, e atingiu um volume de negócios de 46 mil milhões de dólares, ou cerca de 42 mil milhões de euros.

“A AWS é agora a quinta maior empresa de TI do mundo, à frente de companhias como SAP e Oracle, e esse crescimento é impulsionado de forma significativa pelo crescimento da computação em nuvem e infraestrutura tecnológica”, descreveu o responsável.

Alguns dos principais concorrentes da AWS na nuvem obtiveram taxas de crescimento ainda maiores no terceiro trimestre, como foi o caso da Google Cloud, que subiu 44%, e da Azure, nuvem da Microsoft, que cresceu 48%.

Andy Jassy fundou a AWS em 2003 depois de seis anos na Amazon.Wikimedia Commons

Jassy sublinhou, todavia, que a dimensão do negócio da AWS é “muito maior” que a de qualquer concorrente e por isso a taxa de crescimento não reflete todo o avanço feito pela empresa, que nos últimos dez meses adicionou 10 mil milhões de dólares às receitas.

“É uma base muito maior do que aquilo que se vê em qualquer outra nuvem”, disse. “A percentagem de crescimento anual só interessa no que respeita à base das receitas”.

De acordo com os números da Gartner citados pelo CEO, que falou ao vivo a partir de Seattle, a AWS domina quase metade do mercado mundial de computação na nuvem, com 45% de quota. A Microsoft aparece a seguir, com 17,9%, a chinesa Alibaba tem 9,1%, a Google 5,3% e a IBM 2%. O restante é distribuído por fornecedores com quotas mais pequenas.

O CEO falou no arranque da 9ª edição do evento anual AWS re:Invent, que este ano é virtual, por causa da pandemia de covid-19, e decorrerá ao longo de três semanas.

Segundo Jassy, a expectativa da AWS é que cerca de meio milhão de pessoas se registe para assistir às várias sessões do evento, algumas das quais – como a apresentação inicial – feitas e transmitidas ao vivo.

Andy Jassy, que fundou a AWS em 2003 depois de seis anos na Amazon, é um dos executivos mais proeminentes da empresa e é considerado um potencial sucessor do fundador Jeff Bezos.

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Republicanos e democratas propõem estímulos de 908 mil milhões para recuperar economia dos EUA

  • Lusa
  • 1 Dezembro 2020

Representantes democratas e republicanos propuseram um plano de recuperação de 908 mil milhões de dólares para a economia dos EUA, num sinal de que as negociações entre ambos os partidos recomeçaram.

Um grupo de representantes democratas e republicanos propôs esta terça-feira um plano de recuperação de 908 mil milhões de dólares para a economia norte-americana, num sinal de que as negociações entre ambos os partidos recomeçaram.

Embora o pacote destinado a relançar a economia afetada pela crise da pandemia de Covid-19 não tenha tido ainda o aval da Casa Branca, poderá ser o princípio do fim do impasse que dura desde o verão.

Outro sinal será o contacto telefónico agendado para esta terça-feira entre a líder democrata da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, e o secretário do Tesouro da administração Trump, Steven Mnuchin, em que ambos discutirão uma futura lei orçamental e também medidas para combater os efeitos da pandemia.

“Seria indesculpável que saíssemos de Washington [para a pausa de Natal] sem acordo”, referiu o democrata Joe Manchin.

A proposta ultrapassa os 500 mil milhões que os republicanos estavam dispostos a apoiar até agora, mas menos do que os dois biliões que os democratas pretendiam.

O anúncio do recomeço das negociações acontece no mesmo dia em que o presidente eleito Joe Biden deverá apresentar a sua equipa para o setor económico.

Cerca de 12 milhões de norte-americanos estão prestes a perder os seus subsídios de desemprego, que terminam a 26 de dezembro. Além disso, as proteções sociais para arrendatários e alunos que contraíram empréstimos para financiar os seus estudos.

O presidente do banco central dos Estados Unidos (Fed), Jerome Powell, está há meses a pedir que seja votado um novo plano de ajuda à economia.

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Alemanha confiante em solução para veto da Hungria e Polónia a orçamentos europeus

  • Lusa
  • 1 Dezembro 2020

O ministro das Finanças alemão disse estar confiante de que será encontrada uma solução para o veto da Hungria e Polónia aos orçamentos europeus.

O ministro das Finanças e vice-chanceler alemão, Olaf Scholz, disse esta terça-feira estar confiante de que será possível encontrar uma solução para o veto da Hungria e da Polónia aos orçamentos comunitários.

“Fizemos muito progresso este ano, muitos compromissos foram possíveis que ninguém esperava há anos atrás. Penso que existe a possibilidade de, no final, ultrapassarmos as dificuldades que vemos hoje”, afirmou, durante um webinar organizado pela consultora Global Counsel, fundada pelo antigo comissário Europeu Peter Mandelson.

O Mecanismo de Recuperação e Resiliência, que equivale a cerca de 90% do Fundo de Recuperação para a crise da Covid-19, tem a aprovação bloqueada, juntamente com o orçamento comunitário para 2021-2027, devido ao veto da Hungria e da Polónia por se oporem a condicionar o acesso a verbas comunitárias ao respeito pelo Estado de Direito.

Em meados deste mês, a Hungria, apoiada pela Polónia, concretizou a ameaça de bloquear todo o processo de relançamento da economia europeia — assente num orçamento para 2021-2027 de 1,08 biliões de euros, associado a um Fundo de Recuperação de 750 mil milhões — , por discordar dessa condicionalidade no acesso aos fundos europeus.

A Alemanha detém a presidência rotativa da UE até ao final de dezembro e está a mediar o conflito para encontrar uma solução, mas Scholz recusou que consista em remover a referência ao Estado de Direito.

“A questão é se conseguimos encontrar um caminho que nos permita continuar na direção em que estamos hoje. Como sempre, na UE há conflito mas existe a possibilidade de uma solução. Vamos ter de fazer ambos para dar uma resposta contra a crise. É difícil, mas não é irresolúvel”, garantiu Scholz.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,4 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 4.577 em Portugal.

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Zurich realça crescimento em linhas comerciais até setembro

  • ECO Seguros
  • 1 Dezembro 2020

Os mercados alemão, suíço e britânico lideraram a evolução no negócio não Vida, impulsionando a progressão do conjunto europeu aos 7%. Os preços em linhas comerciais estão a crescer 15% na Europa.

O grupo Zurich registou progressão de 3% no volume bruto de prémios do negócio P&C (não Vida), em base like-for-like (perímetro comparável e ajustado às variações de câmbio), assinalando “forte crescimento em linhas comerciais” e melhoria acrescida nas taxas cobradas pelas coberturas, salienta o update operacional do Zurich Insurance Group (Zurich) relativo aos primeiros nove meses do exercício.

“O crescimento do nosso negócio comercial tem permanecido forte, com melhorias adicionais nos preços comerciais e no desempenho da subscrição subjacente. O nosso negócio Vida voltou a crescer no terceiro trimestre, apesar dos constantes desafios para os canais de distribuição presencial”, afirma George Quinn, administrador financeiro (CFO do grupo), citado no comunicado que não inclui resultados líquidos do período.

 

A instituição refere “recuperação” no volume de novo negócio no ramo Vida no terceiro trimestre, com variação de 7% no indicador APE (annual premium equivalent), igualmente em base like-for-like. No período de janeiro a setembro, o equivalente anual de prémios (APE) regista quebra de 8%, face a idêntico período de 2019.

De acordo com os números divulgados, o volume bruto de prémios em P&C (propriedade e danos) progrediu 3%, para 27,26 mil milhões de dólares (cerca de 23,11 mil milhões de euros ao câmbio corrente), enquanto o APE do negócio Vida caiu 8% (like-for-like), para 2,57 mil milhões de dólares. Já a Farmers Insurance, subsidiária norte-americana do grupo suíço, registou declínio de 3% em prémios, para cerca de 15,3 mil milhões de dólares.

O crescimento do negócio consolidado aconteceu nos mercados EMEA e da América do Norte (cada uma das regiões a superar os 12,3 mil milhões de dolares em volume bruto) mas a evolução foi claramente liderada pelos mercados europeus, que expandiram 7% em volume de prémios e com destaque para Alemanha, Suíça e Reino Unido, enquanto o segmento de retalho registou andamento mais modesto animado por evolução positiva no 3º trimestre, detalha a Zurich.

O contributo tarifário foi dado pelo incremento de 18% e 15% nos preços, respetivamente, percebidos nos mercados da América do Norte e Europa.

Ao longo do terceiro trimestre, o grupo “continuou a gerir com sucesso os desafios sem precedentes da Covid-19, a recessão global e um número recorde de furacões que devastaram regiões nos EUA”, comentou Quinn, que foi CFO da Swiss Re entre 2007 e 2013.

Ainda, de acordo com a atualização divulgada pela companhia, a estimativa de perdas com sinistros P&C relacionados com a pandemia (Covid-19) mantém-se inalterada em 450 milhões de dólares, descontando o efeito da menor frequência em sinistros, especifica o mesmo documento.

A 30 de setembro, a posição de capital aferida pela métrica Z-ECM (Zurich Economic Capital Model), – que o grupo revela que deixará de apresentar a partir do final do quarto trimestre – situou-se num nível “resiliente” de 110% (-19 pp face a setembro de 2019). À luz da metodologia Swiss Solvency Test (SST), o rácio da Zurich é calculado em 193%.

A adoção da métrica SST (regra no quadro regulatório suíço), em lugar do Z-ECM para reportar a situação de solvência, é uma opção de alinhamento com as práticas dos pares suíços e europeus, justifica a Zurich.

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Lisboa ignora ganhos na Europa. Família EDP pressiona

A bolsa de Lisboa desvalorizou num dia de ganhos na generalidade das praças europeias. As ações da EDP e da EDP Renováveis desvalorizaram e pressionaram o PSI-20.

As bolsas europeias fecharam em alta esta terça-feira, mas o índice português não resistiu às quedas da família EDP e também da Mota-Engil.

Os principais índices do Velho Continente valorizaram, num dia de maior otimismo nos mercados perante os pedidos de aprovação de duas vacinas contra a Covid-19 submetidos pela Pfizer e pela Moderna junto da Agência Europeia do Medicamento.

O Stoxx 600 subiu 0,82%, enquanto o espanhol IBEX-35 somou 0,44%, o francês CAC-40 avançou 0,10%, o britânico valorizou 0,38% e o alemão DAX ganhou 0,60%. Em contrapartida, o português PSI-20 caiu 0,37%, para 4.587,61 pontos.

A bolsa de Lisboa foi pressionada pelas quedas da EDP e EDP Renováveis, perante a saída antecipada de António Mexia e João Manso Neto, depois da suspensão do Ministério Público aos dois gestores. A EDP perdeu 1,25%, para 4,412 euros, enquanto a EDP Renováveis caiu 2,14%, para 17,38 euros.

A Mota-Engil também continuou em queda na bolsa. Depois do recuo de dois dígitos da sessão anterior, a construtora continua a corrigir dos ganhos verificados na semana passada após o anúncio da conclusão da entrada da CCCC no seu capital. Os títulos perderam esta terça-feira mais 4,98% e estão a cotar em 1,398 euros.

A impedir uma desvalorização maior da praça nacional estiveram os títulos do BCP e da Galp, que valorizaram, respetivamente, 0,42% e 0,22%. Os CTT brilharam com uma subida de 3,28%, para 2,52 euros.

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Audiências da TVI aproximam-se da líder SIC em novembro

As audiências da TVI recuperaram em novembro. O "share" do quarto canal está agora a 1,8 pontos percentuais de distância da líder SIC, revelou a Media Capital em comunicado.

As audiências da TVI aproximaram-se das da SIC no mês de novembro, apesar de a estação do grupo Impresa continuar na liderança. Num comunicado, a Media Capital informa que o quarto canal conseguiu um share de 16,6% em novembro, enquanto a SIC conseguiu 18,4%.

“Em novembro, a TVI reduz novamente a diferença para o canal líder, que é agora de 1,8 pontos percentuais, comparativamente com 2,2 pontos percentuais verificados em outubro”, indica a Media Capital, que sublinha que, “em janeiro deste ano, a diferença” entre as duas estações generalistas era de 6,5 pontos percentuais.

A SIC conquistou a liderança à TVI no ano passado, depois de ter contratado a apresentadora Cristina Ferreira à Media Capital. Este ano, a Media Capital contratou-a de volta e Cristina Ferreira voltou à antena da estação, ingressando ainda no Conselho de Administração como vogal e adquirindo uma posição minoritária no capital do grupo.

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Sporting com prejuízo de 4,2 milhões de euros no primeiro trimestre da época

  • Lusa
  • 1 Dezembro 2020

A SAD do Sporting registou um prejuízo de 4,2 milhões de euros no primeiro trimestre da época 2020/21. Pandemia da Covid-19 teve um impacto superior a 5 milhões.

A Sporting SAD anunciou um resultado líquido negativo de 4,2 milhões de euros no primeiro trimestre da época 2020/21, referindo que a pandemia de Covid-19 teve um impacto superior a cinco milhões de euros no período.

No documento enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a SAD dos “leões” explica que o exercício entre 1 de julho a 30 de setembro de 2020 foi marcado pelos efeitos da pandemia.

“Os resultados do primeiro trimestre da época 2020/21 resultam do efeito incontornável das consequências causadas pela pandemia da Covid-19, cujo efeito tem sido global, não sendo a Sporting SAD exceção, estimando-se um impacto negativo em cerca de cinco milhões de euros no trimestre agora findo e no total da época em 17,5 milhões de euros”, refere o documento.

A SAD explica que os valores em causa resultam da realização dos “jogos da equipa profissional à porta fechada, não permitindo a venda das habituais gamebox (lugares anuais), da bilheteira jogo a jogo, do corporate (camarotes e business seats)”, afetando ainda o merchandising, visitas ou os eventos.

Os “leões” revelam ainda que fecharam o primeiro trimestre da época desportiva de 2020/21 com um volume de negócios de 28,4 milhões de euros, o que representa uma redução de 59% face ao período homólogo da temporada passada. “Este decréscimo é explicado pela redução da receita corrente, consequência da realização dos jogos da Liga à porta fechada, da não qualificação para a Liga Europa e pela redução das vendas de jogadores”, acrescenta.

A quebra nas vendas de jogadores “resulta parcialmente dos efeitos da pandemia de Covid-19, que levou a uma retração no mercado de transferências, mas também pelo facto de o mercado de transferências em Portugal ter encerrado só no dia 6 de outubro”, referem, explicando que a venda de Wendel aos russos do Zenit, por 20,3 milhões de euros, apenas ocorreu em outubro e não entrou ainda nas contas.

Em termos de transferências, a SAD do Sporting destaca a venda de Marcos Acuña aos espanhóis do Sevilha, por 10,5 milhões de euros, mais objetivos. No documento, o Sporting realça a aposta de jogadores da formação na equipa principal, uma redução dos gastos com pessoal em cinco milhões de euros e a redução do défice operacional, sem transações de jogadores, em 37%, passando de 7,2 milhões de euros para 4,5 milhões de euros.

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Embraer revela ter sido vítima de ataque informático

  • Lusa
  • 1 Dezembro 2020

A fabricante brasileira Embraer, que tem duas fábricas em Portugal, anunciou ter sido vítima de um ataque informático aos seus sistemas. Problema foi identificado a 25 de novembro.

A fabricante aeronáutica brasileira Embraer informou esta terça-feira, em comunicado, que sofreu um ataque informático aos seus sistemas.

A Embraer frisou, em comunicado divulgado aos acionistas, que o ataque “resultou na divulgação de dados supostamente atribuídos à companhia na madrugada de 30 de novembro de 2020”.

“O referido ataque informático foi identificado em 25 de novembro de 2020, o qual indisponibilizou o acesso a apenas um único ambiente de arquivos da companhia”, diz o mesmo documento.

A empresa informou que iniciou os procedimentos de investigação e resposta ao incidente e isolou de alguns de seus sistemas informáticos para proteção, o que pode provocar impactos temporários em algumas operações.

A Embraer adiantou que continua a operar com o uso de alguns sistemas em regime de contingência, mas sem impactos importantes nas suas atividades.

Por fim, a empresa brasileira referiu que está a colocar “todos os seus esforços para investigar as circunstâncias do ataque, avaliar se existem impactos sobre seus negócios e terceiros, e determinar as medidas a serem tomadas”.

A Embraer é fabricante e líder mundial de aeronaves comerciais com até 150 assentos e tem mais de 100 clientes em todo o mundo. A empresa brasileira mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.

Em Portugal, no Parque de Indústria Aeronáutica de Évora, funcionam duas fábricas da Embraer, sendo que a empresa também é acionista da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, com 65% do capital.

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