“Esta não é altura para vetos, mas sim de solidariedade”, diz ministro alemão sobre Hungria e Polónia

O ministro alemão para os Assuntos Europeus apela a todos na União Europeia que "cumpram as suas responsabilidades” para avançar com o pacote de apoios para responder à crise pandémica.

O ministro alemão para a Europa alerta que “esta não é altura para vetos”, perante a intenção da Hungria e da Polónia de votarem contra a versão final da “bazuca” europeia acordada entre a presidência alemã e o Parlamento Europeu. Há decisões no processo que exigem o voto favorável de todos os Estados-membros, o que leva a que um veto bloqueie a operação.

“Peço a todos na União Europeia (UE) que cumpram as suas responsabilidades”, disse o ministro responsável pela pasta dos Assuntos Europeus na Alemanha, Michael Roth, antes de uma videoconferência com os colegas europeus, em declarações citadas pela Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

O político reitera que esta “não é altura de vetos, mas sim de agir com celeridade e no espírito da solidariedade”, para garantir que o pacote de apoios de emergência projetado para ajudar os países a combater a pandemia de Covid-19 possa ser pago rapidamente.

A reticência dos países a dar “luz verde” aos passos legais necessários para avançar com o Quadro Financeiro Plurianual (QFP) 2021-2027 e o plano de recuperação (Próxima Geração UE) contra a crise pandémica prendem-se com as questões do Estado de direito ligadas ao dinheiro europeu, como critério.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Três coisas que mudam na escolha do sucessor de Centeno no BdP

É isto o que vai mudar na nomeação do governador e dos demais membros do conselho de administração do Banco de Portugal a partir do início do próximo ano.

Tomada de posse do novo Governador do Banco de Portugal, Mário Centeno - 20JUL20
Mário Centeno cumprimenta Carlos Costa no dia da tomada de posse como governador do Banco de Portugal.Hugo Amaral/ECO 20 julho, 2020

Quatro meses depois de Mário Centeno ter tomado posse como governador do Banco de Portugal, foram finalmente publicadas em Diário da República as novas regras para a designação dos membros da administração do supervisor da banca, que entram em vigor apenas no início do próximo ano.

Foi um processo turbulento e envolveu até o tribunal: a Iniciativa Liberal tentou travar a viagem do ex-ministro das Finanças do Terreiro do Paço para a Rua de São Julião, mas não conseguiu. E até o Presidente da República deixou críticas às mudanças.

Veja as três coisas que mudam nomeação do governador e dos demais membros do conselho de administração do Banco de Portugal.

Período de nojo de 3 anos para quem vem banca comercial ou auditores

As novas regras passam a consagrar um regime de incompatibilidades mais apertado. A partir de agora, não podem ser designados como como governador ou membro do conselho de administração quem nos últimos três anos desempenhou funções na banca comercial e outras entidades que também estão sujeitas à supervisão do Banco de Portugal. O mesmo se aplica a quem tenha passado por empresas de auditoria ou consultoria.

A proposta inicial do PAN era ainda mais rigorosa em termos de incompatibilidades: queria incluir membros do Governo neste período de nojo, nomeadamente o ministro das Finanças ou o secretário de Estado responsável pela articulação com o supervisor. Ainda assim, esta proposta caiu com alguns partidos a considerarem que não faria sentido dado que os dois lados têm o mesmo objetivo: tanto o governante como o supervisor têm como missão, no geral, a defesa do bem público.

Aquando da sua promulgação, o Presidente da República fez notar que “em matéria de incompatibilidades”, as alterações à lei ficaram “aquém das expectativas criadas pelos debates dos últimos anos e meses”.

Governo passa a escolher outros administradores

O governador do Banco de Portugal já era escolhido pelo Governo, com a sua designação a ser feita por resolução do Conselho de Ministros, sob proposta do ministro das Finanças. Agora, também os outros administradores passam a ser designados pelo Executivo, no Conselho de Ministros, sob proposta do responsável pela pasta das Finanças, quando dantes era o governador a propor os nomes.

Também neste ponto Marcelo Rebelo de Sousa deixou críticas: as novas regras suprimem “a intervenção do governador na escolha dos restantes membros do conselho de administração” e “reforçam a intervenção governamental”.

O papel do Parlamento regista ligeiras mudanças: em vez de a comissão parlamentar competente (geralmente é a comissão de orçamento e finanças) elaborar um “relatório descritivo”, passa a ter de redigir um “parecer fundamentado”, após as audições aos candidatos. Mas continua sem ter poder para vetar qualquer nome.

Em relação ao perfil do governador e administradores, mantendo-se os requisitos de idoneidade, de capacidade de gestão e de conhecimentos técnicos, acrescentam-se outros dois fatores: “sentido de interesse público” e “experiência profissional”.

Maior igualdade de género na administração

As novas regras trazem maior igualdade de género na administração do Banco de Portugal. Dantes, devia-se procurar “tendencialmente” a representação mínima de 33% de cada género.

Agora, a designação dos membros do conselho de administração deve assegurar a representação mínima de 40% de cada um dos sexos, arredondada, sempre que necessário, à unidade mais próxima.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Advocatus Summit: “A notícia da morte dos bancos foi exagerada”, diz Paulo Bandeira, sócio da SRS

  • ADVOCATUS
  • 17 Novembro 2020

Paulo Bandeira, sócio da SRS, João Amaral, CEO do Zeuro, e Sebastião Lancastre, CEO da Easypay, são os participantes da primeira talk da Advocatus Summit.

Sobre o tema “Fintech Law – revolução em curso”, Paulo Bandeira, sócio da SRS Advogados, João Amaral, CEO do Zeuro, e Sebastião Lancastre, CEO da Easypay, apresentam-se na primeira talk da 3.ª edição da Advocatus Summit Lisboa.

Em conversa esteve o assunto do papel dos bancos na criação de novas fintech, a previsão sobre o futuro, nomeadamente com o desaparecimento dos cartões, e ainda os desafios emergentes como a criação de uma soundbox regulatória.

A conversa entre os três convidados já está disponível. Veja aqui o vídeo.

Até dia 26 de novembro, será lançado no site da Advocatus e ECO, diariamente, um novo painel.

Esta iniciativa é considerada o principal evento que liga a advocacia de negócios aos agentes empresariais e da economia e contou, nas duas edições em Lisboa de 2018 e 2019, com a participação das principais sociedades de advogados a operar em Portugal.

Os escritórios patrocinadores serão Abreu Advogados, Cerejeira Namora, Marinho Falcão & Associados, CMS Rui Pena & Arnaut, Cuatrecasas, Miranda & Associados, Morais Leitão, PLMJ, PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados, Serra Lopes, Cortes Martins & Associados, Sérvulo & Associados, SRS Advogados e Vieira de Almeida.

Conheça aqui o programa da Advocatus Summit

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Teletrabalho com vista para a piscina? Zmar abre espaço a nómadas digitais

  • Trabalho
  • 17 Novembro 2020

Eco Resort perto da Zambujeira do Mar criou pacotes especiais para profissionais em teletrabalho e nómadas.

Zmar quer receber teletrabalhadores e nómadas digitais.D.R.

“Compatibilizar a rotina e tarefas do dia-a-dia com a sensação de férias e liberdade”. É assim que o Zmar apresenta a nova campanha especial para estadias prolongadas perto da Zambujeira do Mar, na costa alentejana. O Eco Resort com 81 hectares quer captar um novo público e, a preços especiais, quer atrair profissionais em teletrabalho e nómadas, à semelhança de outras iniciativas semelhantes de que a Pessoas já deu conta.

O Zmar, o Eco Resort com 81 hectares localizado perto da Zambujeira do Mar, lança uma campanha especial para estadias prolongadas e dirigida a profissionais em teletrabalho e nómadas.

“Cada vez mais as empresas optam por ter os funcionários em teletrabalho. Existem também cada vez mais profissões compatíveis com esta forma de trabalhar e acreditamos que é uma tendência. No caso do Zmar temos a vantagem de poder aliar o teletrabalho ao contacto com a natureza e à família”, assinala fonte do Eco Resort citada em comunicado, acrescentando que, ainda que trabalhar em casa possa ser um desafio pela dificuldade de conjugação da atividade laboral com a doméstica e parental, “no Zmar é possível conciliar tudo num só espaço, pois existem as condições adequadas para o teletrabalho assim como espaço e atividades para as crianças desfrutarem do ar livre, e da natureza – e sempre em segurança.”

O preço de uma casa em madeira para até três adultos ou dois adultos e duas crianças com dois quartos, kitchenette equipada, casa de banho com duche, ar condicionado, TV LCD HD, WiFi ilimitado e com livre acesso às infraestruturas do Zmar como as piscinas (interior e exterior), ginásio e campo desportivo custa 250 euros para 7 dias ou 400 euros para 14 dias. O resort conta ainda com um work space que permite a quem está alojado no Zmar ter uma área de trabalho com Wi-Fi ilimitado (fibra ótica de 1 GB), e a possibilidade de alugar uma sala privada de trabalho.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Maioria das empresas de retalho quer reduzir custos em 2021

  • Lusa
  • 17 Novembro 2020

De acordo com um estudo da Altran, "a aeronáutica, retalho e transportes ainda recuperam do impacto" da pandemia, apontando a redução de custos como uma das prioridades para 2021.

Um estudo da Altran, divulgado esta terça-feira, refere que a grande maioria das empresas de retalho (88%) quer reduzir custos em 2021, enquanto 24% identificam a eficiência como prioridade e 19% a flexibilidade, face ao impacto da pandemia.

“Perante a pandemia de covid-19, algumas indústrias foram mais afetadas do que outras. A aeronáutica, retalho e transportes ainda recuperam do impacto, pois a redução de custos foi apontada como uma das prioridades para 2021. Consequentemente, após analisarem os valores que procuram num parceiro tecnológico, surgem a eficiência e a flexibilidade com mais frequência”, revelou o Business Priorities.

De acordo com o estudo, 88% das empresas de retalho inquiridas têm como prioridade a redução de custos no próximo ano, objetivo partilhado por 50% das empresas de aeronáutica e 39% das indústrias de transporte. Por sua vez, a eficiência vai ser prioritária para 25% das empresas de aeronáutica, 24% de retalho e 19% de transporte. Já a flexibilidade será um dos principais objetivos para 19% das empresas de retalho, 17% de aeronáutica e 12% de transportes.

No que concerne à escolha de um parceiro tecnológico, as relações (capacidade de responder a compromissos e estabilidade) e a estratégia (qualidade, flexibilidade e redução de risco) surgem entre as principais prioridades com, respetivamente, 38% e 34%, seguidas pela produtividade (eficiência, transparência, redução do rácio tempo/esforço) com 28%.

“Apesar de a qualidade ser um valor a ter em conta na escolha de parceiros tecnológicos, a maioria dos entrevistados escolhe a escalabilidade como o principal fator de sucesso no próximo ano, quando aliada à capacidade de inovação, qualidade do produto, serviços e terceirização”, sublinhou. Por setor, o automotivo, transporte, manufatura e telecomunicações consideram a escalabilidade como um fator de sucesso, à semelhança do que acontece em setores como finanças, gestão ou engenharia.

A qualidade do produto ou do serviço aparece como relevante para 24% dos inquiridos, destacando-se aqui o setor do retalho, seguido pelo setor público e os transportes. No sentido inverso, este tópico não é decisivo para os responsáveis por tomar decisões, como, por exemplo, os presidentes executivos.

Do mesmo modo, embora a inovação seja vista como a “prioridade chave” para muitas pessoas, isso não se aplica aos presidentes executivos, que pretendem recuperar do impacto da pandemia em linha com o cenário económico. Para estes responsáveis, o aumento da receita deve ser assim a principal prioridade em 2021.

Para a realização deste estudo foram auscultadas 250 empresas em Portugal, sobretudo, de grande dimensão em mais de dez setores de atividade. A Altran, que está há mais de 35 anos no mercado global, é uma empresa de consultoria de engenharia que conta com mais de 50 mil colaboradores em 30 países.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pandemia atira easyJet para prejuízos de 1.418 milhões, os primeiros da história

A companhia aérea britânica registou prejuízos pela primeira vez na sua história, naquele que é um ano marcado pela pandemia. Número de passageiros caiu para metade.

A pandemia está a marcar o ano de todas as empresas, especialmente as do setor da aviação. Exemplo disso é a easyJet, que registou prejuízos de 1.273 milhões de libras (1.418,69 milhões de euros) entre janeiro e setembro, num período em que o número de passageiros caiu 50%. Apesar de antecipar uma quebra de 20% nos voos para o primeiro trimestre de 2021, o CEO da companhia britânica mostra-se confiante quanto ao futuro.

As receitas da easyJet caíram 52,9% para 3.009 milhões de libras (3.353,38 milhões de euros), refere a companhia low-cost, em comunicado. Depois de o número de passageiros ter recuado 50% para 48,1 milhões, também as receitas por assento/lugar diminuíram 10,6% para 54,35 libras (60,57 euros).

A capacidade aérea da empresa nos primeiros nove meses do ano caiu 47,5% e, com base nas atuais restrições às viagens, “a easyJet espera voar 20% abaixo da capacidade planeada para o primeiro trimestre de 2021”. Apesar disso, o CEO Johan Lundgren destaca que “será mantida a flexibilidade para aumentar rapidamente [a capacidade] quando a procura regressar”.

Para fazer face ao impacto provocado pela pandemia na atividade e nas contas, a empresa financiou-se em 3.100 milhões de libras (3.454,79 milhões de euros). “Respondemos de forma robusta e decisiva [à crise], minimizando as perdas, reduzindo o consumo de caixa e lançando o maior programa de redução de custos e reestruturação da nossa história”, refere o responsável, que se diz “extremamente orgulhoso”.

A pandemia levou a companhia aérea a encerrar as bases aéreas de Southend, Stansted e Newcastle, no Reino Unido, mas em contrapartida já anunciou a abertura de duas novas bases sazonais na primavera de 2021: uma em Málaga (Espanha) e outra em Faro.

Atualmente com 342 aviões, 11 a mais do que ano passado, a empresa diz estar “fortemente posicionada para ser líder na recuperação da indústria aeronáutica europeia”, lê-se no comunicado. “A easyJet não apenas resistiu ao impacto da pandemia, como agora tem uma base sem paralelo sobre a qual poderá emergir mais forte da crise. A nossa incomparável rede de curta distância e marca confiável farão com que os clientes escolham a easyJet quando regressarem aos céus”, afirma Johan Lundgren.

Esta segunda-feira, no dia em que foi anunciado o lançamento da segunda vacina contra o coronavírus, a easyJet viu as reservas dispararem 50%. Em declarações à rádio BBC esta terça-feira, citado pela Reuters, o CEO adiantou que “só com essa notícia, as reservas na última segunda-feira subiram perto de 50%”. “Sabemos que no futuro as pessoas querem viajar”, sublinhou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bancos portugueses lideram queda do malparado na Europa. DBRS alerta para perigo das moratórias

A DBRS analisou contas de 38 bancos europeus e concluiu que banca nacional teve a maior descida do rácio de malparado este ano. Alerta, ainda assim, que moratórias estão a travar o incumprimento.

Numa análise às contas de quase 40 bancos na Europa, a DBRS Morningstar concluiu que a banca portuguesa registou a maior descida do rácio de malparado este ano. A agência de rating alerta, ainda assim, que o nível de crédito em incumprimento nos bancos nacionais é dos mais elevados no Velho Continente. Por outro lado, com o fim das moratórias no crédito, mais empréstimos vão entrar em “default”.

Segundo a DBRS Morningstar, o nível de NPL (non performing loans) caiu 11% em Portugal nos primeiros nove meses do ano, sendo o país com a maior descida entre os pares europeus.

Se tivermos em conta a variação registada no terceiro trimestre, os bancos nacionais voltam a distinguir-se pela positiva: o malparado desceu 6%, também a maior quebra na Europa.

Fonte: DBRS

Ainda assim, a agência relativiza este desempenho: “Notamos que embora a redução de NPL tenha sido mais pronunciada na nossa amostra de bancos em Portugal e, em menor extensão, Itália e Espanha, estes países continuam a deter elevados níveis de NPL e estão entre os que apresentam os maiores níveis de NPL entre os bancos europeus”.

Há ainda outro alerta, mas este estende-se a todo o setor: os níveis de malparado estão “artificialmente” baixos e deverão começar a subir assim que as moratórias no crédito chegarem ao fim. Em Portugal, as moratórias deverão terminar a 30 de setembro de 2021. Os bancos nacionais já defenderam medidas para reforçar as empresas. O Presidente da República, porém, abriu a porta a uma prorrogação da medida.

“É expectável que uma deterioração da qualidade dos ativos dos bancos europeus seja mais visível no quarto trimestre assim que terminarem os prazos das moratórias. Também esperamos que os incumprimentos de empresas acelerem à medida que os países europeus continuem a sofrer as consequências económicas da crise pandémica”, explicam os analistas da DBRS Morningstar.

A agência também analisa a evolução do custo do risco, que tem em conta o dinheiro que os bancos colocaram de lado para enfrentar a crise. A conclusão vai no mesmo sentido: os bancos vão ter de reforçar as provisões e as imparidades no futuro face ao agravamento das condições económicas com a segunda vaga.

Também neste capítulo, a banca portuguesa — a amostra incluiu dois bancos: a Caixa Geral de Depósitos e o BCP — foi mais prudente do que a maioria dos pares europeus na medida que em que viu o custo do risco subir mais do que nos outros países.

Os cinco principais bancos nacionais colocaram de lado mais de 800 milhões de euros para fazer face à crise provocada pela Covid-19, de acordo com as contas do último trimestre.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

AON contrata CEO para área de renováveis

  • ECO Seguros
  • 17 Novembro 2020

O novo reforço da AON vem da Swiss Re, acumula experiência em grandes riscos de engenharia e energia, e assumirá a chefia do departamento de Global Renewables na primavera de 2021.

Guido Benz, executivo que soma 25 anos de experiência internacional em seguros e subscrição na Ásia e na Europa, tendo exercido função de presidente no Comité Europeu para as Eólicas, vai assumir a presidência executiva global (CEO) de linhas comerciais do grupo AON Plc no setor das renováveis.

Transitando da Swiss Re Corporate Solutions, onde dirige a carteira global de construção e engenharia para renováveis, Benz assumirá funções na Aon a partir da primavera de 2021. Integrando a AON Plc vai reportar a Lee Meyrick, corresponsável de global specialties e CEO da companhia em soluções comerciais para riscos do setor marítimo.

Comentando a contratação de Benz, Meyrick referiu: “O setor das renováveis está em rápido crescimento, é complexo e dinâmico, em constante evolução, e os nossos clientes deparam-se com volatilidade acrescida em consequência de riscos tradicionais e outras formas emergentes de risco. O investimento é fundamental para que a divisão Global Renewables da Aon assegure o melhor desempenho e liderança nesta área. Por isso, é um prazer acolher o Guido na equipa.

Complementando as responsabilidades nas práticas relacionadas com as renováveis, Guido Benz trabalhará ainda em estreita ligação com a área de energia e combustão, incluindo o centro de transição energética da Aon em Londres (London Global Broking Centre).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo admite “restrições suplementares” nos municípios mais atingidos

  • ECO
  • 17 Novembro 2020

Governo afasta a ideia de um confinamento geral para travar a escalada de casos de Covid-19. Contudo, Siza Vieira admite "restrições suplementares" nos municípios mais atingidos pela pandemia.

O Governo não prevê repetir um confinamento como o vivido em abril, mas admite que possam ser precisas mais medidas para travar a escalada de casos de infeção pelo novo coronavírus em zonas específicas. Siza Vieira abre a porta a “restrições suplementares” nos municípios que apresentam mais casos por 100 mil habitantes.

“Neste momento, não temos ideia de um confinamento geral”, disse o ministro de Estado e da Economia na entrevista ao Polígrafo SIC. É algo que o Governo tem tentado evitar, tendo em conta o custo que tal tem para a economia.

Contudo, com o número de casos de Covid-19 a disparar, e a pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS), Siza Vieira lembrou as palavras recentes de António Costa, que alertou para diferentes realidades entre os 191 concelhos atualmente considerados de risco elevado.

“Não excluímos a possibilidade de ter de fazer algumas restrições suplementares naqueles municípios em que o nível de contágio” esteja muito acima dos 240 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, disse o ministro. Questionado se era o caso de Paços de Ferreira, Siza indicou que sim, mas apontou para a existência de mais municípios em situação idêntica.

De acordo com os dados mais recentes da Direção-Geral de Saúde (DGS), Paços de Ferreira e Lousada são os concelhos onde a situação está pior. Vizela, Manteigas e Paredes fecham o top 5 dos concelhos mais preocupantes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Apesar de prejuízos de 700 milhões, Airbnb avança com entrada em bolsa

Apesar de ter visto os prejuízos aumentarem para quase 700 milhões de dólares, a empresa de reserva de alojamento já apresentou os documentos para se estrear em bolsa.

Depois de anúncio atrás de anúncio, o Airbnb vai finalmente estrear-se em bolsa, naquele que é considerado um dos IPO (initial public offerings) mais esperados pelo mercado. O anúncio oficial é feito numa altura em que a empresa de reserva de alojamento viu os prejuízos aumentarem para quase 700 milhões de dólares devido à pandemia, avança o Business Insider (conteúdo em inglês).

Nos primeiros nove meses do ano, a Airbnb registou uma queda de 32% nas receitas para 2,5 mil milhões de dólares (2,11 mil milhões de euros), enquanto os prejuízos aumentaram para 696,9 milhões de dólares (588,3 milhões de euros). Foi fortemente afetada pela pandemia devido às restrições nas viagens que foram implementadas em todo o mundo. Este ano foram reservadas 146,9 milhões de noites em alojamentos na plataforma, menos 41% do que no mesmo período do ano passado.

E a empresa diz que antecipa quebras ainda mais acentuadas nas reservas e nos cancelamentos para o quarto trimestre, já que os casos de infeção estão a aumentar novamente e deverão continuar durante o inverno.

Contudo, este cenário não foi impedimento para o Airbnb avançar, finalmente, com a documentação para entrar em bolsa. Os documentos do IPO foram tornados públicos esta segunda-feira, após vários meses de antecipação. A empresa planeia cotar as suas ações no índice tecnológico norte-americano Nasdaq, sob o símbolo “ABNB”, diz o Business Insider.

Os bancos Morgan Stanley e Goldman Sachs são apontados como os bancos responsáveis por este IPO, através do qual o Airbnb espera captar mil milhões de dólares (844 mil milhões de euros). Contudo, o The New York Times avança que o objetivo são cerca de três mil milhões de dólares (2,53 mil milhões de euros). As últimas estimativas avaliavam a empresa em 18 mil milhões de dólares (15,2 mil milhões de euros), de acordo com o The Wall Street Journal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bolsas recuperam fôlego após entusiasmo com nova vacina

Depois do rally nos últimos dias, à boleia das vacinas contra a Covid-19, as bolsas europeias recuperam algum fôlego. Lisboa segue a mesma tendência, registando perda ligeira.

Depois da euforia na última sessão com a nova vacina da Moderna contra a Covid-19, as bolsas europeias abriram o dia em perda ligeira, recuperando algum fôlego após o recente “rally”. Lisboa também segue ligeiramente abaixo da linha de água.

O PSI-20, o principal índice português, cede 0,09% para 4.422,15 pontos, sendo que apenas quatro cotadas mantêm-se em zona de ganhos.

O BCP lidera com uma subida de 0,66% para 0,1064 euros, dando continuidade ao bom desempenho das últimas sessões: na semana passada disparou 30% e ontem ganhou mais 6%. Isto numa altura em que o mercado olha com maior atenção para o setor financeiro, à espera que uma onda de fusões e aquisições que está a arrancar em Espanha. Depois da fusão entre Bankia e CaixaBank, esta segunda-feira o Sabadell e o BBVA confirmaram negociações com vista a uma junção dos dois negócios.

Na energia, a EDP Renováveis e a REN ganham 0,47% e 0,43%, respetivamente. A Sonae, dona do Continente, avança 0,32%.

Do outro lado, a Galp Energia é quem está sob maior pressão. As ações da petrolífera desvalorizam 2,28% para 8,92 euros no arranque da sessão, num movimento de correção após o disparo de quase 6% registado esta segunda-feira.

Lá por fora, a tendência é semelhante. Após os ganhos expressivos das últimas sessões, é dia de recolher algumas mais-valias. O Stoxx 600 desliza cerca de 0,2%. De Madrid a Frankfurt, as perdas situavam-se entre 0,1% e 0,3%.

No caso particular da banca, o índice Stoxx Europe 600 Banks recua 0,45%. O Sabadell acelera 5,37% e o BBVA perde 3,28%, sendo os dois bancos que concentram as maiores atenções dos investidores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nas notícias lá fora: Warren Buffett, Airbnb e dividendos

  • ECO
  • 17 Novembro 2020

Warren Buffett decidiu investir em quatro farmacêuticas, numa altura em que o mercado de fusões e aquisições começa a recuperar.

Em plena pandemia, Warren Buffett decidiu investir em quatro farmacêuticas, numa altura em que já se anunciaram duas vacinas contra o coronavírus. Com esta última notícia, aliás, o mercado de fusões e aquisições começou a recuperar. Dado o contexto de pandemia, os dividendos dos bancos terão de ficar suspensos durante mais algum tempo, isto numa altura em que o setor passará a cobrar mais pelos depósitos.

Reuters

Multimilionário Warren Buffett investe em quatro farmacêuticas

A Berkshire Hathaway, empresa do multimilionário Warren Buffett, começou a investir em ações de quatro grandes farmacêuticas, numa aposta que mostra que este setor poderá sair beneficiado quando o mundo começar a recuperar da pandemia. Num documento emitido pela própria empresa, refere-se que esta adquiriu 5,7 mil milhões de novas participações na indústria da saúde, incluindo mais de 1,8 mil milhões (cada) na Abbvie, Bristol-Myers Squibb e Merck & Co e 136 milhões de dólares na Pfizer. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Financial Times

Mercado de fusões e aquisições recupera com a vacina

Notícias positivas de uma vacina contra o coronavírus, bem como a conclusão das eleições nos Estados Unidos, estão a impulsionar as fusões e aquisições. Só esta segunda-feira, foram anunciados quase 40 mil milhões de dólares em negócios por todo o mundo, numa claro sinal de que as empresas estão a tentar usar o dinheiro armazenado durante a crise, ou a recorrer à divida barata, para realizarem compras estratégicas. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

El Economista

Banco de Espanha alerta que bancos vão cobrar mais aos clientes pelos depósitos

O Banco de Espanha alerta que os bancos vão cobrar mais aos clientes pelos depósitos. O Governador do banco central espanhol, diz que num primeiro momento se evitou cobrar, mas com a perspetiva de manutenção por um período longo de tempo das taxas do BCE em terreno negativo. Mas que “a pouco e pouco” se começou a cobrar pelo dinheiro estacionado nas instituições. E os bancos vão continuar a fazê-lo: a empresas, grandes clientes e até pequenos com avultadas somas depositadas. “Se estas taxas [negativas] se mantiverem, o mais provável é que se estenda” a cobrança pelos depósitos, diz. Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Financial Times

Basileia pede que dividendos da banca continuem suspensos

A secretária-geral do Comité de Supervisão Bancária de Basileia considera ser muito cedo para os bancos recuarem nas medidas adotadas para combater a pandemia. Carolyn Rogers afirma que os pagamentos dos dividendos aos acionistas devem continuar suspensos até que o impacto a longo prazo da pandemia seja claro. A responsável nota que os investidores terão de continuar à espera de dividendos ou de programas de recompra de ações, apesar da pressão dos bancos para poderem retomar a remuneração aos acionistas. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Business Insider

A caminho da bolsa, Airbnb revela prejuízos de 700 milhões

A Airbnb já apresentou os documentos para se estrear na bolsa, naquele que é um dos IPO mais esperados pelo mercado. Com isso, a plataformas de reserva de alojamento revelou o impacto da pandemia nas suas contas: queda de 32% das receitas para 2,5 mil milhões de dólares e prejuízos de quase 700 milhões de dólares nos primeiros nove meses do ano. Tal como outros setores do turismo, também a Airbnb foi fortemente afetada pelas restrições em relação às viagens em todo o mundo por causa da pandemia. Leia a notícia completa no Business Insider (acesso livre, conteúdo em inglês)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.