Pensões mais baixas aumentam no total 60 euros em 2021

As pensões até 1,5 vezes o Indexante dos Apoios Sociais têm garantido um apoio extraordinário, que chegará a meio do próximo ano.

Com a inflação muito perto de zero, a generalidade dos pensionistas não tem garantidos aumentos pela via normal no próximo ano. Ainda assim, o Governo assegurou na proposta de Orçamento do Estado para 2021 uma subida extraordinária das pensões até 658,22 euros, reforço que chegará a partir de agosto e representará, no conjunto do ano, um ganho de 60 euros.

Diz a lei que, quando a média do crescimento do PIB nos últimos dois anos anteriores é inferior a 2%, as pensões mais baixas são atualizadas em linha com o índice de preços no consumidor (IPC) e as demais beneficiam de um aumento menos expressivo também ditado pela inflação.

Ora, uma vez que a inflação deverá ficar muito perto de zero este ano — segundo projeta o Governo — as pensões mais modestas deverão ter aumentos muito baixos a partir de janeiro de 2021 ou até mesmo inexistentes. As restantes deverão ficar estagnadas, segundo as estimativas macroeconómicas do Executivo.

Face a este cenário, o Governo preparou, no âmbito do Orçamento do Estado, um aumento extraordinário das pensões nos mesmos moldes dos anos anteriores, isto é, apenas para as pensões com valores iguais ou inferiores a 1,5 vezes o Indexante dos Apoios Sociais (658,22 euros). A subida será de dez euros, à exceção das pensões que tenham sido atualizadas entre 20211 e 2015, que beneficiarão de um aumento de seis euros.

Ao contrário do que aconteceu e 2020 — altura em que o aumento foi aplicado a partir de janeiro –, esta subida será sentida só a partir de agosto de 2021, sendo abrangidas as pensões de invalidez, velhice e sobrevivência atribuídas pela Segurança Social, bem como as pensões de aposentação, reforma e sobrevivência atribuídas pela Caixa Geral de Aposentações. No total, estão em causa cerca de 1,5 milhões de pensões, garante o Governo.

De acordo com as simulações da EY para o ECO, este aumento extraordinário será traduzido em mais 60 euros na carteira dos beneficiários, no total do ano.

Por exemplo, um pensionista que hoje recebe uma pensão de 650 euros mensais ganha, no total do ano, 9.100 euros. Com o aumento extraordinário, passará a ganhar 9.160 euros, mantendo-se de qualquer modo isento de IRS.

Já um pensionista que hoje recebe uma pensão de 2.000 euros ou de 3.000 euros não beneficiará de qualquer aumento nos seus rendimentos. Os totais anuais mantêm-se, assim, inalterados, neste caso.

Os dados que confirmam a estagnação das pensões pela via normal são conhecidos no próximo mês. O Orçamento do Estado para 2021 é votado, na generalidade, a 28 de outubro, e ainda não está garantida a sua aprovação.

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Corte de apoios a empresas com lucros que despeçam é “inaceitável”, diz AEP

As críticas da AEP vão além desta medida e abrangem de forma mais alargada o OE que, dizem, deixou a iniciativa privada "completamente esquecida". Defendem que não há estímulo à atividade produtiva.

A proposta de Orçamento do Estado para 2021 apresentada pelo Governo não agradou à Associação Empresarial de Portugal (AEP). A organização liderada por Luís Miguel Ribeiro considera que a iniciativa privada foi “completamente esquecida” e há mesmo medidas que considerada “erradas”, como o caso do corte dos benefícios fiscais a empresas que tenham lucros e despeçam.

“A AEP constata que há medidas que dão um sinal completamente errado ao estímulo, à atratividade e ao reforço do tão desejado e necessário investimento privado, como é o caso do regime extraordinário e transitório de incentivo à manutenção de postos de trabalho, que pretende condicionar o acesso às linhas de crédito com garantia pública e a incentivos fiscais à capitalização e ao investimento (incluindo investimento produtivo e I&D), por parte de grandes empresas com resultado líquido positivo no período de 2020, à observância da manutenção do nível de emprego, avaliada trimestralmente”, diz a associação, em comunicado.

Em causa está uma medida inscrita pelo Governo na proposta de OE que implica que grandes empresas que tenham lucros em 2020 e recorram a apoios públicos ou usufruam de alguns benefícios fiscais fiquem impedidas de despedir trabalhadores ao longo de 2021, sob pena de permitirem o acesso a estes apoios e benefícios.

O objetivo é limitar os despedimentos de trabalhadores por parte de empresas de maiores dimensões, mas a para o presidente da AEP, Luís Miguel Ribeiro, “esta é uma medida inaceitável, inibidora do investimento privado e da gestão normal de recursos humanos, agravando a enorme rigidez já existente para a atividade empresarial — a que se juntarão as novas condicionantes na área laboral negociadas em paralelo ao Orçamento”. Considera que, na prática, ao penalizar o investimento, a medida poderá mesmo ter o resultado oposto ao anunciado.

As críticas da AEP vão além desta medida e abrangem de forma mais alargada o OE que, dizem, deixou a iniciativa privada “completamente esquecida”. Defendem que não há estímulo à atividade produtiva, perdendo-se a oportunidade de implementar medidas favoráveis à recuperação económica do país. E mesmo as medidas que existem — como a eliminação do agravamento das tributações autónomas para micro, pequenas e médias empresas com prejuízo devido à pandemia ou o IVAucher — são vistas como “pouco expressivas e com limitações”.

“Este não é o Orçamento que o país precisa, está muito longe disso. Face ao elevado nível de endividamento, se não tivermos uma economia a crescer de forma forte e sustentável, voltaremos a enfrentar problemas muito sérios. Esta é uma oportunidade que não pode ser perdida. Ainda estamos a tempo de modificar políticas e com isso restabelecer a confiança dos agentes económicos, em prol da rápida recuperação e da prosperidade duradoura dos portugueses”, acrescenta Luís Miguel Ribeiro.

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Nova SBE lança mestrados em empreendedorismo e políticas públicas

Os dois novos mestrados em empreendedorismo de impacto e políticas públicas reforçam a "aposta no impacto" da Nova SBE e querem responder aos desafios do futuro. Arrancam em 2021 com quase 200 vagas.

A Nova SBE vai lançar dois novos cursos no próximo ano, os mestrados em empreendedorismo de impacto e em desenvolvimento internacional e políticas públicas. O objetivo da nova oferta é ajudar a desenvolver competências para responder à necessidade de transformação dos desafios do futuro, aliando o ensino teórico ao contacto direto com o tecido empresarial e das startups em Portugal.

Os dois mestrados têm como base uma metodologia de project-based learning, e um propósito de se aproximarem das empresas e das necessidades reais do mercado através do empreendedorismo, da inovação e do impacto.

Empreendedorismo para desenvolver soft skills

O mestrado em empreendedorismo de impacto e inovação terá 100 vagas disponíveis e destina-se a candidatos vindos de qualquer área de formação, com ou sem experiência profissional. O programa destina-se a empreendedores que procurem um programa de mestrado para desenvolver e implementar a sua própria ideia de negócio com impacto, por isso, ao contrário da maioria dos mestrados, pretende-se que os alunos integrem a formação já com um projeto em mente.

A componente académica aparece a reforçar a componente aplicada e do projeto que se quer desenvolver. Acreditamos muito que no ensino, com as expectativas desta geração, já não há tanta vontade de estar só a ouvir, querem fazer. Queremos cada vez mais que as pessoas aprendam, não só a ouvir-nos, mas também a fazer”, realça Daniel Traça dean da Nova SBE, em conferência de imprensa.

Além de alavancar projetos, o curso pretende ser um espaço para potenciar o desenvolvimento de soft skills, tais como a capacidade de tomar decisões e de colaboração. “Consideramos que o empreendedorismo é a melhor plataforma para desenvolver este tipo de competências“, detalha à Pessoas Daniel Traça.

“Queremos que o que sai destes mestrados e destes projetos não seja só algo que reforça as competências dos alunos, mas vamos fazê-lo em colaboração com empresas, para fortalecer o tecido de empresas e startups em Portugal“, sublinha o responsável.

Melhorar Estado com ferramentas de gestão

O mestrado em desenvolvimento internacional e em políticas públicas da Nova SBE vai arrancar com 80 vagas.

Para Daniel Traça, este é “mais um desafio de transformação”, por isso o curso tem como objetivo aliar as competências da gestão — de projetos, de objetivos e resultados –, à transformação da própria gestão das políticas públicas do Estado.

“Consideramos que, neste mundo em transformação, onde é preciso mais competências técnicas e de inovação, também é preciso reformar a capacidade do Estado“, sublinha o dean da Nova SBE. O curso destina-se a candidatos sem experiência profissional, que procuram um programa full-time, formados nas áreas de economia, gestão, mas também outras ciências sociais, ciências naturais ou engenharia. A universidade refere ainda que a especialização também poderá interessar a jovens já profissionais em organizações com dimensão de política pública ou com interesse numa abordagem prática para o desenvolvimento internacional e políticas públicas.

Em fevereiro deste ano, a Nova SBE lançou o mestrado em business analytics [análise de negócio], com o objetivo de dar resposta às necessidades do mercado nesta área e ainda fazer a ponte entre as empresas e a tecnologia. “Cada um destes três mestrados é uma alavanca para aquilo que consideramos que é o impacto”, conclui o responsável, que reforça a vontade de que estes mestrados possam dar o exemplo a outras escolas do país. Os dois novos mestrados arrancam em setembro de 2021.

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China é a única grande economia que vai crescer este ano

  • Lusa
  • 13 Outubro 2020

A China vai ser a única grande economia do mundo a crescer em 2020, um ano marcado pela pandemia da covid-19, estimou hoje o Fundo Monetário Internacional (FMI) no relatório Global Economic Outlook.

O FMI estimou que a economia chinesa cresça 1,9%, este ano, e 8,2%, em 2021.

Trata-se de uma subida em nove décimas das projeções de crescimento para este ano, destacando a “rápida recuperação” da economia chinesa, no segundo trimestre. A projeção para 2021 manteve-se inalterada.

As perspetivas para a China “são muito melhores” do que para as restantes economias emergentes, acrescentou a agência.

“A atividade normalizou-se mais depressa do que o esperado, depois de quase todo o país ter reaberto em abril”, ressaltou.

“O segundo trimestre registou uma surpresa positiva, graças ao forte apoio do Estado e à resistência das exportações”, acrescentou.

A China, onde a pandemia do novo coronavírus começou em dezembro passado, foi o primeiro país a tomar medidas de confinamento altamente restritivas, mas também o primeiro a reabrir, em março, depois de o Partido Comunista ter declarado vitória no combate à doença.

A economia chinesa alcançou uma expansão inesperada de 3,2%, no segundo trimestre do ano.

A outra grande economia asiática, a Índia, sofrerá um colapso de 10,3% este ano (bem acima dos 4,5% projetados anteriormente), antes de retornar à trajetória positiva, em 2021, com um crescimento de 8,8% (2,8% acima do cálculo anterior).

O Fundo realiza esta semana a sua tradicional reunião anual, na qual discutirá os principais desafios económicos gerados pela pandemia do novo coronavírus.

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Covid-19 obriga Galp a interromper de novo produção na refinaria de Matosinhos

Com o encerramento temporário da refinação em Matosinhos, para já apenas Sines se mantém operacional, mas Galp garante o abastecimento normal de combustíveis ao mercado nacional.

A Galp decidiu voltar a suspender temporariamente no passado sábado, 10 de outubro, a produção de combustíveis na sua refinaria de Matosinhos, confirmou fonte oficial da petrolífera ao ECO, depois da notícia avançada pelo Jornal de Negócios e pelo Público.

Esta é já a segunda vez este ano que a empresa decide encerrar parte da sua atividade de refinação. Entre abril e julho a unidade de combustíveis da refinaria de Matosinhos também esteve suspensa pela Galp face à impossibilidade de escoar a produção devido à pandemia. Esta semana a Galp comunicou à CMVM que as suas vendas de produtos petrolíferos da Galp 30% no terceiro trimestre do ano em relação ao período homólogo.

Voltam assim a estar em causa “condições no mercado nacional e internacional, em grande parte decorrentes dos impactos provocados pela pandemia de COVID-19, que forçaram a Galp a avançar com um ajustamento operacional planeado do seu sistema refinador”.

Para já, apenas a refinaria de Sines está operacional mas a Galp garante que “o abastecimento do mercado nacional manter-se-á assegurado, com um nível adequado de produtos para satisfazer as necessidades dos portugueses, das empresas e das unidades industriais, suportado pelos stocks existentes em Matosinhos e pela produção que se mantém na Refinaria de Sines”.

Fonte oficial da empresa garante que a suspensão temporária não terá qualquer impacto nos colaboradores da Galp afetos a essa atividade. “As demais atividades de produção de Óleos Base e de Aromáticos da Refinaria de Matosinhos continuarão com o seu funcionamento normal”, refere a mesma fonte, acrescentando que “a Galp monitoriza diariamente as condições de mercado e adequa os planos operacionais em função da sua evolução, garantindo a sustentabilidade das suas atividades e o abastecimento dos seus clientes”.

Também a refinaria da Galp em Sines esteve encerrada durante um mês, entre maio e junho deste ano, já que as medidas de confinamento e de paralisação da maioria das atividades económicas levaram a partir de março a uma queda da procura de produtos petrolíferos (e sobretudo de jet-fuel, utilizado na aviação), o que obrigou a diminuir a oferta, devido à capacidade limitada de armazenagem destes produtos.

(Notícia atualizada)

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Lisboa contraria Europa com EDP Renováveis em máximo histórico

As ações da família EDP deram alento ao principal índice nacional, destacando-o de um mercado europeu que enfrentou um dia de perdas. Assim, o PSI-20 somou quase 1% com a EDP Renováveis a brilhar.

A bolsa de Lisboa contrariou a tendência das restantes praças europeias e norte-americanas, fechando a sessão com ganhos expressivos pela segunda sessão consecutiva, à boleia da valorização da família EDP.

Enquanto o Stoxx 600 recuou 0,65%, e a generalidade das bolsas europeias apresentou perdas entre 0,5% e 1%, o português PSI-20 destacou-se pela positiva com uma subida de 0,90%, para 4.285,52 pontos.

Os ganhos foram encabeçados pela EDP Renováveis. A elétrica somou 3,44%, para 16,84 euros, um máximo histórico, enquanto a casa-mãe EDP somou 3,20%, para 4,646 euros.

Cotação das ações da EDP Renováveis em Lisboa

No retalho, a Jerónimo Martins avançou 1,29%, para 14,96 euros, enquanto a operadora Nos valorizou 0,26%, para 3,07 euros, também contribuindo para a subida do índice.

Pela negativa, as ações do BCP impediram uma valorização mais significativa, depois de recuarem 1,24%, para 7,94 cêntimos cada título. No setor petrolífero, a Galp Energia também travou os ganhos, derrapando 0,53%, para 8,234 euros por ação.

Mas os piores desempenhos do dia acabaram protagonizados pelos CTT e, sobretudo, pela Mota-Engil. A empresa postal recuou 1,77% em bolsa, para 2,5 euros, enquanto a construtora perdeu 2,38%, cotando agora em 1,148 euros.

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OMC autoriza UE a avançar com tarifas retaliatórias de 3,4 mil milhões contra EUA

  • Lusa
  • 13 Outubro 2020

m causa está a disputa comercial entre Washington e Bruxelas por causa de ajudas públicas à aviação norte-americana (Boeing) e europeia (Airbus), que já dura há vários anos.

A Organização Mundial do Comércio (OMC) autorizou a União Europeia (UE) a avançar com tarifas retaliatórias de 3,4 milhões de euros contra os EUA, no caso que opõe os dois blocos por ajudas diretas à aviação.

“O painel de arbitragem […] conclui que a UE pode solicitar autorização para adotar contramedidas em relação aos Estados Unidos a um nível não superior, no total, a quatro milhões de dólares [cerca de 3,4 milhões de euros]”, indica a decisão do órgão de apelação da OMC, publicada na página da internet da instituição.

Em causa está a disputa comercial entre Washington e Bruxelas por causa de ajudas públicas à aviação norte-americana (Boeing) e europeia (Airbus), que já dura há vários anos, e no âmbito da qual a OMC já declarou como culpados tanto os EUA como a UE.

Numa decisão publicada, o órgão de apelação da OMC justifica que o montante total destas tarifas retaliatórias que a UE pode agora adotar é “proporcional ao grau e natureza dos efeitos adversos” das ajudas públicas dos EUA à Boeing.

E neste acórdão que é favorável à UE, a OMC precisa que essas contramedidas contra os EUA podem traduzir-se na “suspensão de concessões pautais e outras obrigações” nomeadamente relativas a uma “lista de produtos norte-americanos a ser definida oportunamente”.

Em outubro passado, a OMC decidiu a favor dos EUA e autorizou o país a aplicar tarifas adicionais de 7,5 mil milhões de dólares (quase sete mil milhões de euros) a produtos europeus, em retaliação pelas ajudas da UE à fabricante francesa de aeronaves, a Airbus. Esta foi a sanção mais pesada alguma vez imposta por aquela organização.

Entretanto, em dezembro passado, os juízes da OMC defenderam que estas tarifas adicionais deviam ser reduzidas em cerca de dois mil milhões de dólares para perto de cinco mil milhões de dólares.

Com esta permissão, os EUA adotaram taxas aduaneiras de 10% na aeronáutica e de 25% na agricultura.

Em retaliação, Bruxelas avisou logo que iria adotar medidas semelhantes quando tivesse luz verde da OMC – o que hoje aconteceu – já que Washington também foi considerado culpado por apoiar a Boeing.

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Presidência da República confirma erro no OE. Dotação é a mesma do ano passado

A Presidência da República esclareceu que a proposta para o Orçamento foi a mesma que o ano passado, e não o valor inscrito no Orçamento do Estado, que é praticamente o dobro.

mais um lapso na proposta do Governo para o Orçamento do Estado para 2021. Desta vez prende-se com a dotação inscrita para a Presidência da República, que se fixa nos 32,6 milhões de euros e que será afinal cerca de metade. A Presidência emitiu uma nota a explicar que é, de facto, um erro, e que a proposta era a mesma do que para este ano, cerca de 16,8 milhões.

“A proposta da Presidência da República para o Orçamento do Estado para 2021 contém exatamente o mesmo montante do Orçamento de 2020, aliás, também o mesmo do Orçamento de 2019. Não há, portanto, qualquer aumento de despesas para 2021″, esclarece a Presidência da República, numa nota publicada na página oficial.

Esta nota vem no seguimento de uma notícia da Agência Lusa de que poderia existir um erro de soma, bem como de um comentário da deputada do PAN, Inês Sousa Real, que na sua intervenção de reação ao OE notou que não se pode ter “medidas que vêm servir mais do mesmo”, como é o caso do aumento do orçamento da Presidência da República.

Esclarecendo a questão, a Presidência aponta que “infelizmente, a proposta de lei do Governo contém um erro no novo mapa de Classificação Orgânica em que os montantes são praticamente duplicados, o que acontece também com outras entidades”, explica a Presidência. Estas outras entidades poderão ser, nomeadamente, o Tribunal Constitucional e a Assembleia da República, cujos valores são bastante superiores àqueles inscritos no Orçamento anterior.

Este não é o primeiro erro do OE, entregue no Parlamento esta segunda-feira. A versão entregue figurava também um empréstimo de 468,6 milhões de euros para o Fundo de Resolução, que veio depois a ser corrigido. O destino do empréstimo era afinal a CP-Comboios de Portugal, um montante que servirá para amortizar dívida da empresa, segundo explicou o ministro das Finanças na conferência desta terça-feira de manhã.

(Notícia atualizada às 16h50)

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Do novo apoio ao provedor do animal. As medidas à medida da esquerda no OE

O Governo inclui algumas medidas no OE 2021 para tentar agradar aos seus parceiros parlamentares, mas algumas já foram alvo de críticas por parte, nomeadamente, do BE.

O Governo apresentou o Orçamento do Estado para 2021 ainda sem garantias de aprovação. Para tentar conquistar a esquerda e o PAN, o Executivo introduziu várias medidas que tentar ir ao encontro das exigências desses partidos. É o caso do novo apoio social, do provedor do animal, do subsídio de risco para os profissionais do SNS ou do aumento das pensões.

Contudo, estas medidas parecem não ser aproximações suficientes do Governo ao BE e ao PCP. O Bloco de Esquerda foi o mais vocal ao avançar esta manhã que não deverá viabilizar a proposta do OE 2021: “Com aquilo que se conhece neste momento, não creio que o BE tenha condições para viabilizar o Orçamento do Estado“, disse Catarina Martins, em entrevista à Antena 1, acusando o Governo de não ter continuado as negociações com os bloquistas.

Já Jerónimo de Sousa não foi tão longe, mas avisou que o PCP não aceitará a “chantagem” de “ou votam, ou criam uma crise [política]”. “Não me obriguem a votar numa coisa que não corresponde aos interesses dos trabalhadores e do povo português”, disse o líder comunista à TVI24 este domingo. Do PAN, a líder parlamentar, Inês Sousa Real, disse esta segunda-feira que o partido, “tendo em conta a falta de capacidade de acolhimento de forma mais profunda das medidas, está mais distante daquilo que podia ser um voto favorável”.

O que “oferece” o Governo a estes partidos para colher o seu voto favorável na Assembleia da República? Há vários exemplos, de acordo com o Orçamento do Estado para 2021 entregue pelo Governo no Parlamento, mas nem todos ficaram exatamente como os partidos pretendiam, mantendo-se aquém das suas ambições. É o caso do novo apoio social que abrangerá vários tipos de trabalhadores em diferentes situações, sobre o qual Mariana Mortágua, do BE, já disse ser um “fogacho orçamental”.

A área que encaixa melhor nas reivindicações de, maioritariamente, um partido é o que se prevê para os animais de companhia, uma preocupação particular do PAN. A proposta do OE 2021 prevê a criação de um provedor do animal de companhia (que estava previsto no programa do atual Governo), um reforço do financiamento para centros de recolha oficial de animais, apoio à esterilização e à promoção do bem-estar animal e ainda um reforço do investimento nos hospitais veterinários universitários, com vista a melhorar a prestação de serviços veterinários de assistência.

Há depois várias medidas que foram reivindicadas tanto pelo BE como pelo PCP, sendo algumas também realçadas pelo PAN, ainda que alguns partidos sejam mais ou menos vocais sobre determinadas exigências. É o caso dos comunistas relativamente ao aumento extraordinário das pensões mais baixas ou é o caso dos bloquistas relativamente à proibição de despedimento nas grandes empresas que tenham apoios do Estado, o que ainda assim fica aquém da proposta do BE.

O Governo propõe ainda a continuação da exclusão das offshores de usufruírem apoios públicos ligados à Covid-19, a isenção das PME (cuja desproteção foi um dos motivos para o PCP votar contra o Suplementar) relativamente à penalização nas tributações autónomas, subsídio extraordinário de risco para profissionais de saúde — que também já foi alvo de críticas por parte de Catarina Martins relativamente ao desenho da medida que o Governo fez –, a contratação de mais 3.000 funcionários para as escolas e mais 4.200 profissionais de saúde.

Mais: há a previsão de um programa de investimento para alargamento e requalificação dos equipamentos sociais da rede pública e do setor social e solidário de lares e creches e a extensão da gratuitidade das creches para famílias no segundo escalão.

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Programa de estágios da Farfetch recebeu 2.500 candidaturas. Quase 40% dos estagiários são mulheres

  • Trabalho
  • 13 Outubro 2020

A 5.ª edição do programa de estágios remunerados da Farfetch arranca esta semana com 37 participantes, na sua maioria das áreas de engenharia e data science. Quase 40% dos estagiários são mulheres.

A 5ª edição do programa de estágios remunerados da Farfetch, plataforma tecnológica para a indústria da moda de luxo, e que decorre pela primeira vez de forma remota, vai arrancar esta semana com 37 estagiários, em Lisboa, Porto e Braga. A edição deste ano recebeu mais de 2.500 candidaturas, sendo a maioria de participantes formados em áreas de engenharia e data science. Quase 40% dos estagiários selecionados são mulheres.

Durante seis meses, os participantes vão estagiar nas áreas de tecnologia, produto e data, em equipas internacionais, e acompanhados por mentores de várias áreas da Farfetch, dedicando-se a criar soluções disruptivas para a indústria da moda e para o futuro do comércio online.

“Num contexto em que o mercado se ressente por alguma incerteza, é com muita satisfação que damos oportunidade a mais 37 talentos para se desenvolverem na Farfetch. Nas quatro edições anteriores, tivemos 142 a iniciarem as suas carreiras connosco e, desses, hoje mais de 90% continuam a fazer parte das nossas equipas. São números que comprovam a robustez do programa, que procura as melhores competências técnicas, mas também o fit com a cultura e forma de trabalhar da Farfetch”, sublinha Ana Sousa, VP People da Farfetch.

Desde a primeira edição, o programa já recebeu 142 estagiários. Em 2019, o programa de estágios na plataforma da indústria da moda de luxo acolheu 38 estagiários e, atualmente, tem uma taxa de retenção superior a 90%. A Farfetch tem 14 escritórios espalhados pelo mundo e emprega mais de 4.500 colaboradores.

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Cristiano Ronaldo está infetado com coronavírus

Após o encontro da Seleção portuguesa com os franceses, Cristiano Ronaldo testou positivo ao coronavírus. Jogador não vai disputar partida contra a Suécia.

Depois do encontro da Seleção portuguesa com os franceses, no domingo, Cristiano Ronaldo testou positivo ao coronavírus. A notícia foi confirmada esta terça-feira pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF). O madeirense fica, assim, impossibilitado de jogar contra a Suécia.

“Cristiano Ronaldo foi dispensado dos trabalhos da Seleção Nacional após teste positivo para Covid-19, pelo que não defrontará a Suécia”, uma partida que está marcada para esta quarta-feira, lê-se no comunicado do site da FPF. O jogador “está bem, sem sintomas e em isolamento”.

A FPF acrescenta que os restantes jogadores da Seleção nacional fizeram novos testes esta manhã, “todos com resultado negativo”, e estão, assim, “à disposição de Fernando Santos para o treino desta tarde”.

Cristiano Ronaldo é o terceiro caso de infeção por coronavírus na Seleção. O defesa central José Fonte testou positivo na semana passada, assim como o guarda-redes Anthony Lopes, que foi dispensado na passada quinta-feira.

(Notícia atualizada às 15h23 com mais informação)

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Ordem dos Advogados premiada pela transparência em contratação pública

A Ordem dos Advogados foi reconhecida como uma entidade pública que mais contribuiu para o aumento da competitividade, da igualdade e da transparência em matéria de contratação pública.

A Ordem dos Advogados (OA) foi uma das vencedoras da 10.ª edição do Programa para a Excelência nas Compras da Administração Pública (PECAP), uma iniciativa da plataforma de contratação pública Vortal.

A OA é assim reconhecida como uma “entidade pública que, nos seus procedimentos, mais terá contribuído para o aumento da competitividade, da igualdade e da transparência ao abrir os seus procedimentos pré-contratuais com convite ao maior número de fornecedores”, refere a OA em comunicado.

No Programa para a Excelência nas Compras da Administração Pública, a Ordem dos Advogados ficou classificada em terceiro lugar.

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