Ministra admite descontos nas ex-SCUT abaixo dos 50% em relação a janeiro

  • Lusa
  • 14 Julho 2021

Ana Abrunhosa foi confrontada pelo deputado Carlos Peixoto, do PSD, no parlamento, que acusou o Governo de “batota” ao anunciar descontos de 50% para as antigas SCUT a partir de 1 de julho.

A ministra da Coesão Territorial admitiu esta quarta-feira que os descontos nas portagens das ex-SCUT, em vigor desde 01 de julho, estão abaixo dos 50% em relação aos preços aplicados desde janeiro porque tiveram em conta valores de 2020.

A ministra Ana Abrunhosa foi confrontada pelo deputado Carlos Peixoto, do PSD, no parlamento, que acusou o Governo de “batota” ao anunciar descontos de 50% para as antigas SCUT (vias Sem Custos para o Utilizador) a partir de 1 de julho, conforme previsto no Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), que na verdade se traduzem apenas em descontos “de 30%, 40, 45% no máximo”.

Ana Abrunhosa explicou que o Governo aplicou os 50% de desconto tendo em conta preços que estavam em vigor antes dos descontos que foram já aplicados em 01 de janeiro deste ano.

Segundo a ministra, o Governo aprovou, no início de novembro de 2020, descontos de quantidade (consoante o número de passagens) nas antigas SCUT a partir de 01 de janeiro.

No final do mesmo mês, a Assembleia da República aprovou a Lei do OE2021, que determinava para estas vias descontos de 50%, superiores aos definidos pelo Executivo, a partir de 01 de julho.

“Sim, os descontos efetivos são esses, porque o nosso entendimento foi de que, quando no início de novembro foi aprovada uma redução de quantidades e no final de novembro a AR aprova outro regime de descontos, portanto, nós, quando aplicámos esse regime de descontos, foi em substituição”, disse, salientando que a resolução que aprovou os descontos “é clara” e refere que revoga a anteriormente aprovada pelo Governo.

“A própria UTAO [Unidade Técnica de Apoio Orçamental], quando analisa a proposta e os impactos, faz referência a isso, dizendo que a norma deveria ser refeita, fazendo referência ao valor base sobre o qual deveria incidir a taxa de desconto”, afirmou.

A ministra destacou contudo que é compromisso do Governo continuar “com a redução gradual até à extinção” das portagens das vias do interior.

O deputado Carlos Peixoto considerou, contudo, que “lá fora ninguém percebe essas explicações” porque “aquilo que a AR aprovou foi um desconto de 50% sobre as taxas em vigor”.

“É isto que toda a gente percebe. Quando a AR decreta um desconto é sobre as portagens em vigor. Não é sobre as portagens que estavam em vigor há um ano atrás, há dois ou três, há 10. Isso não faz o menor sentido. A ideia que dá é que o Governo andou aqui com artimanhas. Isso chama-se chico-espertismo. E isso não fica bem. Enfraquece as instituições, a democracia”, defendeu.

A medida de redução das portagens na antigas SCUT, proposta pelo PSD e aprovada pela AR, causou polémica, e o Governo na altura apontou que era eventualmente inconstitucional, o que foi descartado.

Apesar da oposição, em 19 de Maio, a ministra da Coesão Territorial comprometeu-se, no parlamento, com o cumprimento da Lei do Orçamento do Estado para 2021 quanto à redução de 50% das portagens nas ex-SCUT a partir de 1 de Julho deste ano.

Ana Abrunhosa salientou, então, que a redução das portagens nas ex-SCUT também “implica questões contratuais complexas” com as concessões e as subconcessões, com quem é preciso “negociar equilíbrios financeiros”, tendo em conta que grande parte das concessões termina em 2023.

O Governo estimou um impacto de 160 milhões de euros anuais devido a esta redução nas portagens.

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98% dos trabalhadores conhecem medidas de segurança adotadas no local de trabalho. E sentem-se seguros

O processo de retoma ao escritório está a agradar à quase totalidade dos colaboradores, que diz estar a par das medidas de segurança que a sua empresa tem vindo a adotar durante a pandemia.

Os trabalhadores conhecem os protocolos de segurança da sua empresa relativamente à Covid-19, sentem-se seguros a trabalhar e estão satisfeitos com o processo de retoma. Estão também “satisfeitos com as suas funções” durante a pandemia. Estas são as principais conclusões de um projeto de acompanhamento da Randstad junto de vários colaboradores.

“Os resultados mostram que as empresas estão no bom caminho ao optarem por uma comunicação transparente e direta com todos os seus colaboradores, tendo por base a preocupação pela saúde e segurança de todos. Mais do que nunca, é fundamental que qualquer profissional inserido numa organização conheça os protocolos de segurança e se sinta seguro, sobretudo quando as suas funções implicam trabalho presencial junto de outros colegas de trabalho”, considera Vítor Peliteiro, diretor de staffing da Randstad Portugal, citado em comunicado.

O estudo da empresa de recrutamento não deixa margem para dúvidas: 98% dos inquiridos conhece todas as medidas de segurança a adotar no seu local de trabalho. E a mesma percentagem garante que sente que tem todas as condições de segurança reunidas para executar as suas tarefas.

A Randstad começou a acompanhar os 6.260 trabalhadores que fizeram parte do projeto em junho de 2020 e esteve durante um ano em contacto permanente com os mesmos, de modo a assegurar que conheciam as medidas de segurança das empresas onde estavam inseridos, bem como para avaliar o nível de segurança e satisfação durante estes meses de pandemia.

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Governo vai prolongar o programa Apoiar para empresas que continuam encerradas por causa da pandemia

O Apoiar vai ser estendido para as empresas que continuem encerradas por causa da pandemia. Em causa está um programa de apoio à tesouraria sob a forma de subsídios a fundo perdido.

O Governo vai estender o Apoiar — programa de apoios a fundo perdido — para as empresas que continuem encerradas por causa da pandemia, nomeadamente bares e discotecas. A medida foi anunciada, esta quarta-feira, pelo ministro da Economia, que está a ser ouvido, numa audição regimental, na Assembleia da República.

“A perspetiva mais vigorosa que tínhamos para o terceiro trimestre tem de ser, obviamente, agora mais moderada, designadamente porque a procura turística está a ser menos significativa em função da situação pandémica. Isso significa também que algumas atividades que se mantinham encerradas desde o início da pandemia, como, por exemplo, os espaços de animação noturna, provavelmente vão ter mais algumas semanas antes de permitirmos o seu acesso e é, por isso, que o Governo decidiu que irá estender a aplicação do programa Apoiar para aquelas atividades que continuam impedidas de funcionar“, explicou Siza Vieira, não dando mais detalhes.

O programa Apoiar fez chegar às empresas mais castigadas pela pandemia cerca de 1,1 mil milhões de euros, só no primeiro semestre de 2021, segundo adiantou recentemente o gabinete do ministro da Economia. Em causa está um programa de apoio à tesouraria sob a forma de subsídios a fundo perdido destinados às empresas dos setores mais prejudicados pela pandemia de coronavírus. Há vários apoios previstos neste âmbito, nomeadamente ajudas para o pagamento de rendas e para compensar as quebras de faturação.

Já questionado pelo PCP sobre a operacionalização dos vários apoios extraordinários, o ministro da Economia, atirou: “O caminho que o Governo está empenhado em fazer é assegurar que somos capazes de [concretizar] as medidas que foram aprovadas no OE, que correspondem a compromissos que o Governo assumiu perante os partidos que viabilizaram o OE”. Estas declarações são feitas num momento em que se estão a preparar as negociações do Orçamento para 2022.

Na sua intervenção inicial na audição desta quarta-feira, Siza Vieira também fez questão de sublinhar que o Estado estará disponível para dar garantias públicas sobre 25% do crédito atualmente sob moratória das empresas dos setores mais afetados pela crise pandémica e que firmem acordos com os seus respetivos bancos no sentido da reestruturação das dívidas.

“Esta medida cria um incentivo que permite assegurar uma transição suave para as empresas em mais dificuldades“, defendeu o governante, detalhando que o objetivo é que, na sequência da reestruturação das dívidas, os devedores possam beneficiar de mais seis meses de carência de capital e mais um ano para o reembolso.

As destinatárias desta medida são as empresas não financeiras, viáveis e que, independentemente da sua dimensão, cumpram os seguintes critérios: ter operações estabelecidas em Portugal; Ter, pelo menos, uma operação de crédito em moratória; Ter a atividade principal nos setores mais afetados — “toda a fileira do turismo“, uma parte do comércio não alimentar, cultura e entretenimento e de “alguns segmentos da indústria transformadora“, detalhou Siza Vieira –; Ter tido, à data do financiamento, a situação financeira regularizada; Registar quebras da receita operacional iguais ou superiores a 15% no ano de 2020, face a 2019, sem terem retomado ainda os níveis de 2019.

O regime público das moratórias bancárias termina em setembro. Siza Vieira voltou a sublinhar, esta quarta-feira, que não será possível prolongá-lo. E na terça-feira já tinha defendido que acredita que “grande parte das empresas não terá dificuldades em ultrapassar o fim das moratórias bancárias”.

Já sobre o Fundo de Capitalização — que servirá para facilitar o acesso das empresas ao financiamento para investimento produtivo –, Siza Vieira disse que a política de investimento deverá ser definida este trimestre. O Governo estima, assim, que em outubro, já tenha as regras do Fundo fixadas e as verbas disponíveis.

(Notícia atualizada às 12h36 com mais informação)

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O PRR e a transformação da economia. Veja a conferência

  • ECO
  • 14 Julho 2021

O ECO e o Novo Banco promovem uma conferência sobre o Plano de Recuperação e Resiliência e a transformação da economia. Veja a conferência.

O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e a transformação da economia. É este o mote para uma conferência promovida pelo Novo Banco e pelo ECO, com três painéis: O financiamento às empresas, a inovação empresarial e os negócios sustentáveis. A presidente executiva do Banco Português de Fomento (BPF), Beatriz Freitas, revelou, pela primeira vez, os instrumentos financeiros que estarão disponíveis para o apoio às empresas, num debate com o presidente do Novo Banco, António Ramalho.

Nelson de Souza, ministro do Planeamento, encerrou a conferência.

(Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para ver o vídeo)

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Groundforce considera “inaceitáveis” condições do adiantamento proposto pela TAP

  • Lusa
  • 14 Julho 2021

Em causa está a proposta da TAP para assegurar, a título de adiantamento de pagamento, o subsídio de férias dos trabalhadores da SPdH, conhecida pelo nome comercial Groundforce.

A Groundforce considerou esta quarta-feira “inaceitáveis” as condições do adiantamento sugerido pela TAP, para o pagamento do subsídio de férias, e apelou à companhia aérea para que pague os serviços já prestados.

“A SPdH [Groundforce] respondeu ontem [terça-feira], numa carta escrita com a autoridade de quem, nos últimos dois meses, adotou uma postura construtiva, com a reserva que o processo de venda em curso exige e sem contribuir para o ruído mediático, que tanto prejudicou a empresa o e os seus trabalhadores. E respondeu, explicando que os termos e as condições nos quais assenta o adiantamento proposto pela TAP são inaceitáveis”, informou a empresa de serviços de assistência em aeroportos (‘handling’), em comunicado.

Em causa está a proposta da TAP para assegurar, a título de adiantamento de pagamento, o subsídio de férias dos trabalhadores da SPdH, conhecida pelo nome comercial Groundforce, mas agora a empresa de ‘handling’ diz não quer adiantamentos da TAP, mas que a companhia aérea “pague os serviços já prestados”.

“Com efeito, a 30 de junho de 2021, a TAP devia à SPdH a quantia global de 7.196.431 euros, sendo que 3.048.349 euros se encontram vencidos”, apontou a Groundforce.

Segundo a empresa liderada por Alfredo Casimiro, se os serviços já tivessem sido pagos, a Groundforce “teria tido condições para honrar os seus compromissos com as Finanças e com a Segurança Social, que vencem a 20 de julho, bem como com os trabalhadores, pagando os salários deste mês e os subsídios de férias”.

“A proposta [da TAP], aparentemente bem intencionada, foi de imediato partilhada com a comunicação social, não deixando grandes dúvidas sobre as suas reais intenções a dois dias de começar a ser julgado o processo de insolvência movido precisamente pela TAP”, referiu a Groundforce, que disse estranhar “o calendário da proposta”, por lhe parecer que o objetivo da TAP é “posicionar-se no processo de insolvência, antes da audiência de produção de prova”.

A empresa de ‘handling’ considera que se trata de um “estratagema jurídico de última hora” por parte da TAP, “consciente de que não possui qualquer crédito sobre a Groundforce” e, assim, propondo-se ser “sub-rogada em créditos de trabalhadores para poder dizer que, afinal, é credora privilegiada”.

A Groundforce lembrou que a operação deste verão permitiu não só manter os 2.400 postos de trabalho, como justificou a contratação de mais 128 profissionais, tendo também conseguido pagar, esta semana, o valor em falta relativo aos salários de junho, “mesmo não tendo beneficiado de qualquer empréstimo a que por lei tem direito para mitigar o impacto da covid-19”.

Honrar os compromissos de julho está, agora, nas mãos da TAP, não por via de adiantamentos, mas sim do pagamento dos serviços já prestados, aos quais corresponde uma dívida comercial”, realçou a empresa.

Em comunicado enviado na segunda-feira, a TAP referiu que a proposta efetuada à SPdH (Groundforce) contempla a realização de um novo adiantamento “por conta de serviços prestados e a prestar” com o objetivo de viabilizar o pagamento daquele subsídio, evitando que “se precipite um cenário de disrupção numa altura crítica para os clientes”.

A TAP disponibilizará de forma imediata e a título excecional fundos a título de adiantamento do pagamento de serviços prestados ou a prestar pela SPdH (Groundforce) à TAP”, refere o comunicado, com a TAP a sublinhar que, no âmbito deste acordo, a Groundforce “apenas poderá utilizar este montante para o pagamento do subsídio de férias dos seus trabalhadores, assim como os montantes inerentes a IRS e Segurança Social das remunerações”.

Além de pretender evitar um cenário de disrupção operacional nesta altura de verão e em que o movimento de passageiros já regista algum acréscimo, esta solução permitirá também, salienta a TAP, contribuir “para a estabilidade socioeconómica dos trabalhadores da Groundforce”.

A Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal, de Alfredo Casimiro, e em 49,9% pelo grupo TAP, que, em 2020, passou a ser detido em 72,5% pelo Estado português.

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Já são conhecidas as vencedoras dos prémios da comunidade Portuguese Women in Tech

Celebrar o ecossistema tecnológico nacional feminino e inspirar a próxima geração de mulheres no mundo da tecnologia é o grande objetivo deste prémio.

A comunidade Portuguese Women in Tech acaba de anunciar as vencedoras do PWIT Awards, que têm como objetivo celebrar o ecossistema tecnológico nacional feminino e, ao mesmo tempo, inspirar a próxima geração de mulheres no mundo das tech.

Esta foi a quarta edição dos prémios e, pela primeira vez, estiveram 14 categorias a votos, apostando fortemente na inovação, transformação digital e ativismo. Saiba quem são as vencedoras de cada uma das categorias deste ano.

Sara Rodrigues, people associate director na Deloitte, é vencedora do prémio na categoria de “HR & Talent Acquistion Pro by Landing.Jobs. Está na empresa há mais de seis anos, tendo assumido a função de people associate director em setembro de 2019. Maksen, GMS Consulting e Arthur Andersen Business Consulting fazem parte do seu percurso profissional. Sara Rodrigues é formada em economia e conta com um MBA em gestão, pelo Iscte Executive Education.

Já na categoria de “Software Developer by Volkswagen Digital Solutions“, Ana Silvério, team leader na Deloitte desde janeiro de 2019, é a grande vencedora. Ana Silvério está na consultora desde setembro de 2014, tendo entrado como trainee. A nível académico, é licenciada em Informática para a Saúde e conta com um mestrado em Tecnologia da Informação e Gestão de Sistemas de Informação Médica, pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

Vinda da mesma empresa, Cristina Dias, senior tech consultant na Deloitte, é a vencedora da categoria de “Systems and network engineer by Cisco Portugal. Integra a empresa desde setembro de 2017, tendo assumido funções de engineering analyst, tech consultant e, desde setembro do ano passado, senior tech consultant. Vodafone e NAV Portugal fazem parte do currículo profissional da mestre em engenharia eletrotécnica e de computadores.

Mas ainda há mais colaboradores da Deloitte a receber os prémios da comunidade Portuguese Women in Tech. Mariana Santos Silva, senior manager na consultora, destacou-se na categoria de “Data & Analytics Expert by Bosch Portugal. Formada em communication network computer engineering pelo Instituto Superior Técnico, a profissional está na Deloitte desde setembro de 2008.

Cândida Jesus, senior consutlant na Deloitte Digital, levou para casa o prémio na categoria de “Product Manager by tb.lx”. Está na consultora desde 2017 e conta com uma licenciatura em arquitetura e dois mestrados, um em gestão de programas e projetos, pelo Indeg – Iscte Executive Education, e outro em business administration, pelo Iscte Businss School.

Já Ana Pinho, UX director na Deloitte, foi distinguida na categoria de “Lead Designer by Dashlane”. Ana Pinho está na consultora há quase quatro anos, tendo passado pela Wingman, Havas, Universidade de Aveiro, Multislide e Escola Superior de Comunicação Social. A nível académico, conta com uma licenciatura em audiovisual e multimédia e um mestrado em comunicação digital e multimédia.

A head of technology finance transformation na Deloitte, Paula Mateus, foi a vencedora da categoria “Digital Tansformation Lead by NOS”, uma das novas categorias da edição deste ano. Formada pela Iscte, todo o seu percurso profissional foi na consultora.

Finalmente, para terminar as distinções a colaboradoras da Deloitte, Filipa Beleza, customer experience (CX) manager, foi distinguida na categoria de “Marketing & Sales Expert by Natixis”. A profissional é a mais recente na consultora entre as premiadas, tendo integrado a empresa há apenas cinco meses, em plena pandemia. Antes desempenhava funções na PwC, onde esteve mais de cinco anos. Filipa Beleza é licenciada em engenharia mecânica pela Universidade do Porto e concluiu uma pós-graduação em business intelligence & analytics.

Do mundo das startups chega-nos Joana Pinto, cofundadora e CEO da Clynx, um projeto “made in Técnico” que tem como propósito tornar a experiência da fisioterapia mais agradável para os pacientes, podendo os exercícios ser feitos num ambiente de videojogo, apto para funcionar em clínicas ou na própria casa do utente, venceu, por sua vez, a categoria de “Founder/co-founder by OLX Group. É formada em engenharia biomédica pela Instituto Superior Técnico, foi project manager na JUNITEC – Júnior Empresas do Instituto Superior Técnico, professora na Happy Code Portugal e junior research fellow no Instituto de Telecomunicações.

Andreia Tulcidás, community engagement manager na OutSystems, vence, por seu turno, o prémio de “Community Leader by Sky Technology Centre – Portugal”. A profissional está no unicórnio de ADN português há quase três anos e conta com uma passagem pela Microsoft, onde desempenhou funções de startup program manager e, mais tarde, de partner marketing advisor. Formou-se no ISEG, licenciando-se em gestão e, de seguida, realizado um mestrado em marketing.

Já a vencedora da categoria de “Impact inTechnology by Metyis vem da Bosh Portugal. Mónica Cerquido, optical developer na tecnológica, licenciou-se em engenharia física e, antes de ingressar na Bosh, em 2019, passou pelo IFIMUP – Instituto de Física de Materiais Avançados, Nanotecnologia e Fotónica e pela Amkor Technology.

Startups e projetos com mulheres ao comando

O prémio de “Best startup in Portugal started by a woman”, promovido pela Novabase, vai para a Sensei, cofundada por Joana Rafael. A profissional é a mulher cofundadora da startup portuguesa que pretende revolucionar o mercado do retalho. A Sensei desenvolveu uma tecnologia alternativa àquela que a Amazon Go está a testar nas lojas físicas, que permite aos consumidores fazerem compras num supermercado sem terem de pagar as compras à saída, base tecnológica da primeira loja sem caixas do Continente, no Arco do Cego, em Lisboa.O valor dos produtos é automaticamente debitado na conta bancária do cliente, quando este passa da porta para fora.

Joana Rafael é cofundadora da Sensei.D.R.

Já o projeto As raparigas do Código é o vencedor da categoria “Best Digital Inclusion Project started by a women”, promovida pela .Pt. As Raparigas do Código são uma comunidade jovem focada em promover a inclusão digital através da realização de atividades associadas ao ensino da programação para raparigas em idade escolar. “Queremos desmistificar o papel da mulher na tecnologia, encorajando mais raparigas e mulheres a ingressar no setor das tecnologias de informação. A par com o ensino da programação, As Raparigas do Código promovem outras atividades associadas como clubes de programação, hackatons, webinars e encontros”, pode ler-se no site do projeto.

Carolina Cruz, por sua vez, foi a vencedora da categoria “Female Activist focus on sustainability and/or climate emergency”, promovida pela GoWithFlow. A consultora C-More, de Carolina Almeida, quer ajudar as empresas a tornarem-se mais sustentáveis.

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Portugal capta 914 milhões nos mercados. Paga juro mais baixo pela dívida a nove anos

O IGCP foi ao mercado esta quarta-feira e conseguiu emitir dívida a nove anos com um juro mais baixo do que na emissão anterior equiparável.

Depois de recomprar mais de 1,12 mil milhões de dólares em dívida, Portugal financiou-se em 914 milhões de euros junto dos investidores internacionais. O IGCP concluiu esta quarta-feira com sucesso um duplo leilão de dívida de longo prazo, com maturidades a 9 e a 16 anos, obtendo juros mais baixos em um dos prazos e mais elevados no outro.

A nove anos, a agência que gere a dívida pública conseguiu emitir 622 milhões de euros em dívida com uma taxa de juro de 0,127%, o que compara com 0,237% da emissão equiparável a 10 de março, de acordo com os dados da Bloomberg.

A 16 anos, Portugal emitiu 292 milhões de euros em dívida com uma taxa de juro de 0,609%. Porém, nesta maturidade o país não conseguiu emitir a juros mais baixos do que na emissão anterior, pelo contrário: os juros subiram dado que na emissão equiparável tinham sido de 0,472%.

Em termos de procura, a nove anos esta foi 2,29 vezes superior à oferta, o que ainda assim representa uma ligeira queda face aos 2,32 registados na emissão anterior. No caso da emissão a 16 anos, a procura foi superior à da emissão anterior: 2,49 vezes face a 2,29.

O objetivo anunciado pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) na semana passada era de emitir Obrigações do Tesouro num valor entre 750 milhões de euros e mil milhões de euros nos prazos a nove e a 16 anos.

A tendência descendente nas yields da dívida soberana tem-se mantido desde maio, o que permitiu taxas mais baixas na emissão de hoje“, comenta Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa, em reação ao leilão desta quarta-feira, notando que as “novas variantes do Covid-19, acabaram por abrandar as expectativas do ritmo da recuperação económica”.

Para o analista “os setores mais afetados pela pandemia, ainda estão longe de uma normalidade, e os discursos dos líderes dos Bancos Centrais continuam cautelosos, pelo que falar em abrandamento dos estímulos ou fim dos programas de compras de ativos, ainda não é assunto“. Foi esse mesmo o sinal dado pelo Banco Central Europeu na semana passada quando reviu a sua estratégia de política monetária, acrescentando “margem de manobra” para continuar a apoiar a economia, a qual o governador do Banco de Portugal quer ver refletida já na reunião de 22 de julho.

Assim, “teremos de assistir a uma recuperação evidente da atividade económica como um todo, para que possamos assistir a uma real inversão desta tendência nas taxas de juro de longo prazo“, conclui Filipe Silva.

(Notícia atualizada às 11h29 com mais informação)

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Miguel Oliveira acelera comunicação da Via Verde

  • ECO
  • 14 Julho 2021

Parceria com piloto surge num momento em que a Brisa aposta na descarbonização, com a instalação até ao final do ano, da rede de postos de carregamento elétrico rápido e ultrarrápido.

O Miguel Oliveira é o novo embaixador da Via Verde. A parceria “estratégica” entre o piloto e o sistema de mobilidade da Brisa surge numa altura em que a marca assinala 30 anos e aposta no carregamento elétrico. “Até ao final do ano, a rede de postos de carregamento elétrico rápido e ultrarrápido do Via Verde Electric, estará instalada de norte a sul do país.

“É uma enorme satisfação recebermos o Miguel Oliveira na família Via Verde, como embaixador da marca. Ao longo dos últimos 30 anos, a Via Verde fez um percurso que colocou a inovação portuguesa no mapa mundial, criando a primeira solução de cobrança de portagens automática e eletrónica, uma tecnologia à frente do seu tempo. Hoje, é uma marca icónica, muito próxima dos portugueses e líder na mobilidade em Portugal. É uma parceria que faz todo o sentido: a Via Verde e o Miguel Oliveira são dois campeões portugueses habituados a correr à frente do tempo”, diz o presidente da comissão executiva da Brisa, António Pires de Lima, citado em comunicado.

Enquanto embaixador oficial da Via Verde, o piloto será o rosto e a voz da marca, relativamente aos serviços que assegura – pagamento de portagens, de estacionamento (32 municípios), abastecimento de combustível, acesso a transportes e outros serviços e, “em breve”, a Via Verde Electric -, mas a parceria tem ainda uma vertente pedagógica ao nível da segurança rodoviária. “Através da publicação de vídeos de curta duração nas redes sociais do piloto e da Via Verde, os fãs de Miguel Oliveira poderão ficar a conhecer melhor certos aspetos da vida do primeiro português da história do motociclismo nacional a competir no Moto GP, a alcançar uma pole position e a vencer provas”, informa a Brisa em comunicado.

“Fazer parte desta grande família representa a partilha de valores comuns, que são os de encarar os desafios de frente e traçar objetivos muito ambiciosos. A Via Verde celebra 30 anos e este é o momento ideal para iniciarmos esta jornada de crescimento e partilha de serviços sustentáveis na área da mobilidade”, diz por seu turno Miguel Oliveira, o embaixador da marca.

Criada em 1991, a Via Verde conta mais de 4,3 milhões de identificadores e mais de 2,7 milhões clientes em Portugal, tendo o programa de fidelização Viagens & Vantagens conta com mais de 800 mil aderentes (2021).

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Produção industrial sobe 20,5% em maio na Zona Euro e 21,2% na UE

  • Lusa
  • 14 Julho 2021

Portugal registou a sexta maior subida homóloga (27,1%) na produção industrial e o quarto recuo em cadeia (-4,5%) entre os Estados-membros, em maio.

A produção industrial aumentou em maio na zona euro e na União Europeia (UE) na variação homóloga, mas recuou face a abril, divulga esta quarta-feira o Eurostat. Na comparação com maio de 2020, a produção industrial acelerou 20,5% na zona euro e 21,2% na UE.

Na zona euro, a produção de bens de consumo duráveis aumentou 37,6%, a de bens de capital 27,6%, de bens intermédios 24,1%, de bens de consumo não duradouros 9,7% e a de energia 7,1%. Face a abril, segundo o serviço de estatística da UE, a produção industrial recuou 1,0% na zona euro e 0,9% na UE.

Nos países da moeda única, a produção recuou 2,3% nos bens não duráveis, 1,9% na energia, 1,6% nos bens de investimento e 0,2% nos bens intermédios, tendo aumentado 1,6% nos bens de consumo duráveis.

Face a maio de 2020, a produção industrial aumentou em todos os Estados-membros para os quais existem dados disponíveis, com as maiores acelerações registadas na Hungria (40,3%), Eslováquia (36,8%) e Polónia (30,2%).

Na variação em cadeia, as maiores quedas no indicador foram registadas na Roménia (-8,5%), Grécia (-4,7%) e Irlanda (-4,6%) e os maiores aumentos observaram-se na Lituânia (7,7%), Hungria (3,4%) e Finlândia (2,2%). Portugal registou a sexta maior subida homóloga (27,1%) e o quarto recuo em cadeia (-4,5%) entre os Estados-membros, em maio.

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Combustíveis estão em máximos. ENSE aponta o dedo à margem das gasolineiras

ENSE analisou os preços dos combustíveis, numa altura em que estes atingem máximos. Afasta culpas à fiscalidade, apontando como explicação o aumento da margem das gasolineiras.

Os preços dos combustíveis não param de subir. A escalada das cotações do petróleo explica o custo agravado que os automobilistas suportam de cada vez que vão aos postos de abastecimento, mas não só. De acordo com a Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE), tem-se assistido a um diferencial cada vez mais elevado entre os valores de referência calculados pela entidade fiscalizadora do mercado de combustíveis e o de venda ao público. Esse diferencial começou a aumentar com o primeiro confinamento, mantendo-se desde então. A margem supera os 20 cêntimos por litro tanto na gasolina como no gasóleo.

Depois de confirmar que “os preços médios de venda ao público estão em máximos de dois anos, em todos os combustíveis”, a entidade liderada por Filipe Meirinho foi perceber porque é que isto está a acontecer, num contexto de agravamento dos preços do petróleo a nível internacional. Há esse efeito de base, mas a ENSE vê outros, que já se verificam desde que a pandemia chegou ao país.

Logo que a Covid-19 obrigou o país a confinar, o consumo de combustíveis afundou. Com o petróleo a afundar, os preços desceram, mas o ritmo de queda do preço de referência ENSE foi ligeiramente superior ao ritmo da descida do preço médio de venda ao público (PMVP) entre 1 de março 2020 e o final do ano de 2020, tendo sido mais acentuado no período crítico da pandemia entre março e maio de 2020 com um aumento mais pronunciado da margem bruta”.

Este ano, com a retoma global, muito por causa das perspetivas positivas por causa da vacinação, os preços do petróleo dispararam. E o dos combustíveis seguiram a tendência, mas se em 2020 o PMVP desceu mais devagar, agora está a subir mais rapidamente. “Entre março e junho de 2021, é possível observar um aumento generalizado no PMVP de todos os combustíveis analisados”, diz a ENSE.

“No caso da gasolina, este aumento é superior ao aumento do preço de referência ENSE, tendo-se reforçado em 4 cts/l, sendo que no gasóleo houve uma descida de 1 cts/l na margem pois enquanto o PMVP aumentou 10 cts/l o preço de referência aumentou 11 cts/l”, sublinha.

O resultado deste movimento é um aumento da margem entre ambas as medidas, margem essa da qual as gasolineiras estarão a beneficiar. “No que diz respeito às margens apuradas pela ENSE, durante o ano de 2020 e 2021 a margem média anual foi superior à média registada para o ano de 2019 – período anterior à pandemia”, diz a ENSE.

A entidade fiscalizadora compara as margens médias registadas no primeiro semestre deste ano e as de 2020 e 2019. A conclusão é de que desde o ano passado que está acima dos 20 cêntimos por litro tanto na gasolina como no caso do gasóleo, o combustível mais utilizado no mercado nacional. São inferiores às registadas em 2020, mas registam um aumento de 33% face a 2019 no caso da gasolina e de 8% no diesel.

“É de destacar que a margem bruta (spread entre PMVP e Preços de referência ENSE) era a 30 de junho de 2021 de 27,1 cts/l na gasolina (+9,6cts/l do que em 1/1/2019) e de 20,8 cts/l no gasóleo (+2,3 cts/l do que em 1/1/2019)”, diz a ENSE, sublinhando, com estes dados, que a subida dos preços dos combustíveis nos postos de abastecimento é mais justificada pelo aumento dos preços antes de impostos e das margens do que pelo aumento do peso da fiscalidade”.

Apesar de afastar responsabilidade à fiscalidade, a realidade é que Portugal é dos países europeus em que a carga fiscal sobre os combustíveis é mais elevada, representando cerca de 60% do custo suportado pelos consumidores. A fiscalidade não sofreu grandes alterações neste período, contudo não deixa de ter influência na subida dos preços.

A grande “fatia” de impostos sobre os combustíveis é da responsabilidade do ISP, que é uma componente fixa, havendo outros, como a contribuição para o setor rodoviário. Em cima deste imposto — que permitiu ao Estado arrecadar 590,5 milhões de euros até abril deste ano — e do preço base dos combustíveis recai, depois, o IVA a 23%. Com a subida do preço base, a “fatura” do IVA também sobe, acabando por ampliar o efeito do aumento dos preços na hora de atestar.

(Notícia atualizada às 10h50 com mais informação)

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A eficiência energética chegou à estrada. Pneus vão ter novos rótulos

Os pneus recauchutados -- importantes para os veículos pesados "pelo aumento da sua vida útil e no contributo para os objetivos da economia circular" -- estão também incluídos nas novas regras.

A partir de agora os pneus dos veículos ligeiros e pesados vão ter novos e melhorados rótulos. Em decreto-lei publicado esta quarta-feira em Diário da República, o Governo assegura assim a transposição para a lei nacional do Regulamento da UE 2020/740, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de maio de 2020, “relativo à rotulagem dos pneus no que respeita à eficiência energética e a outros parâmetros”.

Com estes novos rótulos normalizados e em português, o objetivo é “permitir que os utilizadores finais façam escolhas informadas no momento da aquisição” e comprem pneus “mais eficientes em termos energéticos, mais duradouros, mais seguros e mais silenciosos”, refere o decreto-lei.

“A melhoria da rotulagem dos pneus permitirá que os consumidores obtenham informações mais pertinentes e mais facilmente comparáveis em matéria de eficiência energética, segurança e ruído dos pneus existentes no mercado”, refere ainda o documento, sublinhando como consequência desta medida “o aumento da segurança rodoviária, da proteção da saúde e da eficiência económica e ambiental do transporte rodoviário”.

Também a partir de agora os rótulos terão informações sobre o desempenho dos pneus especificamente concebidos para utilização em condições extremas de neve e gelo e ainda sobre os parâmetros de abrasão e quilometragem, “quando os respetivos métodos de ensaio e de medição dos pneus sejam fiáveis, precisos e reprodutíveis e estejam disponíveis para serem utilizados pelos organismos de normalização europeus ou internacionais”.

No que diz respeito aos pneus recauchutados — importantes no mercado de pneus para veículos pesados “pelo aumento da sua vida útil e no contributo para os objetivos da economia circular” — estão também incluídos no novo regulamento.

No entanto, isto só acontecerá na prática quando estiver disponível um método de ensaio adequado para medir o desempenho desses pneus, avisa o decreto-lei, que prevê sanções e coimas caso as regras dos novos rótulos não sejam cumpridas pelos fornecedores e distribuidores de pneus e veículos.

A fiscalização cabe à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE). Além disso, o IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação, a Direção-Geral de Energia e Geologia, o Instituto da Mobilidade e dos Transportes e a Autoridade Tributária e Aduaneira também terão responsabilidades no processo de implementação dos novos rótulos.

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Governo clarifica travão aos custos de chamadas para linha de apoio ao cliente

Lei dita que serviços públicos com números começados por 808 e 30 têm 90 dias, a partir de 1 de novembro, para ter uma alternativa com o prefixo 2.

O regime do travão aos custos de chamadas para as linhas telefónicas para os consumidores foi clarificado, numa mudança que entra em vigor a 1 de novembro de 2021. No diploma, é também definido que os serviços públicos com números começados por 808 e 30 têm 90 dias para ter uma alternativa com o prefixo 2.

A lei prevê que a “disponibilização de linha telefónica para contacto no âmbito de uma relação jurídica de consumo não implica o pagamento pelo consumidor de quaisquer custos adicionais pela utilização desse meio, além da tarifa base, sem prejuízo do direito de os operadores de telecomunicações faturarem aquelas chamadas”.

O decreto publicado esta quarta-feira em Diário da República tem como objetivo “esclarecer e densificar as regras a que se encontra sujeita a disponibilização de linhas telefónicas para contacto do consumidor, condensando, num único diploma, as diversas normas que o problema convoca”, nomeadamente a definição de tarifa base e a abrangência da lei.

A lei aplica-se às “linhas telefónicas para contacto do consumidor disponibilizadas por fornecedores de bens ou prestadores de serviços e por entidades prestadoras de serviços públicos essenciais”. Estas têm um dever de informação quanto ao preço das chamadas, que não pode agora exceder a tarifa base, isto é, o custo de uma comunicação telefónica comum que o consumidor espera suportar de acordo com o respetivo tarifário.

Para cumprir estas regras, o “fornecedor de bens ou o prestador de serviços está obrigado a disponibilizar ao consumidor uma linha telefónica gratuita ou, em alternativa, uma linha telefónica a que corresponda uma gama de numeração geográfica ou móvel”.

Para além disso, a lei define que “todas as entidades públicas que disponibilizam linhas telefónicas com números especiais, com os prefixos «808» e «30», devem proceder à criação de uma alternativa de números telefónicos com o prefixo «2», no prazo máximo de 90 dias, a contar da data de entrada em vigor da presente lei”, que é 1 de novembro.

Já o artigo que diz respeito às contraordenações que derivam desta lei apenas produz efeitos a partir de 1 de junho de 2022. Violar o dever de informação constitui uma contraordenação económica grave, enquanto para as restantes regras, não cumprir é considerado uma contraordenação muito grave.

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