DGS e SNS24 só recebem resultados de 1% dos autotestes vendidos

  • ECO
  • 25 Agosto 2021

A DGS recebeu informação sobre o resultado de menos de 1% dos autotestes vendidos nas farmácias e parafarmácias. Comunicação pelos cidadãos não é obrigatória, mas é recomendada.

Desde o início de abril, quando a venda de autotestes à Covid-19 foi permitida ao público, foram vendidos mais de 3,8 milhões de autotestes em farmácias e parafarmácias. No entanto, a DGS e o SNS24 só receberam dos cidadãos os resultados de 0,8% dos testes vendidos, ou seja, 32.906 resultados. A notícia foi avançada pelo Jornal de Negócios (acesso condicionado).

Ainda que a comunicação dos resultados não seja obrigatória, as autoridades de saúde apontam que essa notificação deve ser feita qualquer que seja o resultado. “Os dados de vigilância epidemiológica permitem monitorizar a evolução da infeção da SARS-CoV-2 no país”, apontam, considerando o autoteste “um instrumento adicional para a deteção precoce dos casos de infeção, contribuindo assim para o controlo das cadeias de transmissão”.

Dos 19.287 resultados reportados através do formulário eletrónico da DGS, apenas 11% foram de casos positivos (2.050). Quanto aos 13.619 resultados comunicados ao SNS24, o Ministério da Saúde indica que não é possível saber o número de casos positivos reportados através desse meio, sabendo-se apenas que resultou, daí, a prescrição de 13.428 testes PCR para confirmação. Estes dados não incluem a venda de autotestes em supermercados e hipermercados.

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Governo pondera manter travão nas rendas antigas

  • ECO
  • 25 Agosto 2021

Período de transição para a atualização das rendas mais antigas termina em novembro do próximo ano, mas Governo diz estar "a avaliar os diversos cenários de intervenção" no âmbito do OE 2022.

A cerca de um ano para que os contratos de arrendamento celebrados antes 1990 poderem vir a sofrer atualizações, o Governo mantém todas as opções em cima da mesa em relação a esta matéria, incluindo a de manter estas rendas congeladas, numa altura em que negoceia o Orçamento do Estado para 2022, disse a Secretaria de Estado da Habitação ao Diário de Notícias.

O período de transição para a atualização das rendas mais antigas termina em novembro do próximo ano, depois de ter sido prorrogado por duas vezes desde que entrou em vigor a chamada “Lei Cristas”.

Agora, “tendo em consideração estes prazos, o Governo está a avaliar os diversos cenários de intervenção no âmbito da elaboração do OE 2022″, disse a secretaria de Estado de Marina Gonçalves ao jornal.

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Com salas reabertas, Nos injeta dois milhões no negócio do cinema

A Nos realizou um aumento de capital na Nos Lusomundo Audiovisuais, de mais de dois milhões de euros, numa altura em que, apesar da reabertura, as vendas continuam abaixo da era pré-Covid.

Os cinemas da Nos NOS 0,80% receberam dinheiro fresco este mês. A operadora injetou mais de dois milhões de euros na Nos Lusomundo Audiovisuais, ramo que gere o negócio do cinema, face às dificuldades provocadas pela pandemia.

O aumento de capital da acionista única foi concluído a 23 de agosto, por via do aumento do valor nominal de cada ação. Contactada, fonte oficial limitou-se a dizer que “a Nos entendeu ser oportuno reforçar os capitais próprios da empresa no contexto atual”.

O “contexto atual” é o de pandemia, depois de vários meses em que os cinemas foram obrigados pelo Governo a fechar portas, durante o estado de emergência, na tentativa de se controlar a propagação do coronavírus.

Atualmente, as salas de cinema já podem receber os fãs da “sétima arte”. Mas ainda existem restrições. No primeiro semestre, as 208 salas de cinema da Nos geraram vendas de 567,7 mil bilhetes, contra os quase 1,53 milhões de bilhetes vendidos no primeiro semestre de 2020 e os 6,7 milhões vendidos no primeiro semestre de 2019, fora do período da pandemia.

Na apresentação de contas do segundo trimestre, a Nos recordou que a lotação foi limitada a 50% no segundo trimestre, permitindo o regresso, e que, apesar da venda de 552 mil bilhetes entre abril e junho, o volume continua “longe dos níveis de ocupação” registados antes da Covid-19.

Nesse trimestre, a Nos gerou uma receita média de 5,4 euros por cada espetador, num total de 3,6 milhões de euros. Apesar de a queda das receitas refletir também “o impacto da restrição de vendas de alimentos e bebidas e do consumo dentro das salas”, a empresa assume que, “com esforços significativos de contenção de custos”, foi possível “reduzir o impacto negativo da pandemia na rentabilidade”.

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Universidade do Minho lidera pedidos de patentes até junho

  • Lusa
  • 25 Agosto 2021

Neste período, o instituto recebeu 407 pedidos de invenção, menos 31,1% face ao mesmo período de 2020, quando foram verificados 591.

A Universidade do Minho liderou no primeiro semestre em número de pedidos de invenções nacionais com 13, seguida de Rui Manuel Dias Ferreira (11) e pela Universidade do Porto (10), segundo o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

De acordo com o relatório estatístico do primeiro semestre, entre os cinco maiores requerentes de patentes aparecem ainda uma empresa, a japonesa Yazaki Corporation (nove), e António Jorge de Oliveira Rodrigues (sete).

No que toca ao ranking das empresas, além da Yazaki Corporation, destacam-se as portuguesas Fravizel – Equipamentos Metalomecânicos, com sete pedidos, e a Hovione Farmaciencia, com seis.

Neste período, o instituto recebeu 407 pedidos de invenção, menos 31,1% face ao mesmo período de 2020, quando foram verificados 591.

Por região, entre janeiro e junho, 120 pedidos (35,1%) tiveram origem na região Norte, 115 (33,6%) na Área Metropolitana de Lisboa e 79 (23,1%) no Centro.

Já na Madeira verificaram-se dois pedidos (0,6%), enquanto nos Açores não houve qualquer solicitação de patente.

No primeiro aemestre de 2021, dos pedidos de invenções nacionais de origem portuguesa, 41,8% foram apresentados por inventores independentes (143), 29,8% por pessoas coletivas (102), 20,5% por instituições de ensino superior (70) e apenas 7,9% por instituições de investigação (27), lê-se no documento.

O INPI concedeu 166 patentes no primeiro semestre, mais 56,6% do que no período homólogo.

Por modalidade de Direitos de Propriedade Industrial (DPI), entre janeiro e junho, os pedidos de marcas, logótipos e dos Outros Sinais Distintivos de Comércio (OSDC) foram os que tiveram maior procura junto do instituto, com uma subida de 34,8% para 13.930, contra os 10.330 verificados no primeiro semestre do ano anterior.

No total, foram concedidas 10.179 marcas e OSDC nacionais, um aumento de 26% em comparação com os primeiros seis meses do ano anterior.

Por sua vez, a via nacional do design caiu, no período em causa, em número de pedidos, 4,4%, “apresentando um volume total de 642 objetos para 152 pedidos”.

Contabilizaram-se ainda 114 concessões de design nacional para 516 objetos concedidos, ou seja, um recuo de 70,8%.

Criado em 1976, o INPI dedica-se a registar e proteger os direitos de propriedade industrial, marcas, patentes e designs em Portugal, promovendo a respetiva proteção no estrangeiro, segundo informação disponível na sua página online.

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Hoje nas notícias: Autotestes, rendas e vagas no Superior

  • ECO
  • 25 Agosto 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

As farmácias venderam mais de 3,8 milhões de testes rápidos desde abril, mas só 0,8% dos resultados foram comunicados pelos cidadãos às autoridades de saúde. O Governo pondera manter congeladas as rendas de habitação celebradas antes de 1990. Dezenas de Câmaras estão a promover Orçamentos Participativos, apesar de a Comissão Nacional de Eleições (CNE) os proibir em ano de Autárquicas. Estas e outras notícias marcam a atualidade nacional.

Só 1% dos resultados dos autotestes chega à DGS

Foram vendidos desde abril mais de 3,8 milhões de testes rápidos em farmácias e parafarmácias, mas somente 0,8% — 32.906 resultados — acabaram por ser reportados à DGS pelos cidadãos. Ainda que o reporte não seja obrigatório, as autoridades de saúde recomendam a comunicação dos resultados dos autotestes, mesmo dos negativos, sendo que apenas 11% das comunicações efetuadas foram de casos positivos. Os dados não incluem as vendas em supermercados e hipermercados, pelo que a comunicação de resultados face ao total de vendas poderá ser ainda inferior.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (ligação indisponível).

Governo pondera manter rendas antigas congeladas

A cerca de um ano para que os contratos de arrendamento celebrados antes 1990 podem vir a sofrer atualizações, o Governo mantém todas as opções em cima da mesa em relação a esta matéria, numa altura em que negoceia o Orçamento do Estado para 2022. O período de transição para a atualização das rendas mais antigas termina em novembro do próximo ano, depois de ter sido prorrogado por duas vezes desde que entrou em vigor a chamada “Lei Cristas”. “O governo está a avaliar os diversos cenários de intervenção no âmbito da elaboração do OE 2022”, disse a Secretaria de Estado da Habitação.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre).

Mais 2.000 vagas estarão disponíveis no ensino superior no início de setembro

O Governo vai aprovar no Conselho de Ministros de quinta-feira um aumento extraordinário de vagas no Ensino Superior, de modo a responder ao número histórico de candidatos (63.878, o valor mais elevado desde 1996). O ministro do Ensino Superior, Manuel Heitor, aponta que estarão abertos mais dois mil lugares nos primeiros três dias de setembro, após a primeira fase do concurso de acesso ter terminado na passada sexta-feira. A Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES) já deu parecer favorável ao aumento de vagas.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Câmaras promovem Orçamentos Participativos proibidos em ano de eleições

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) não admite a realização de Orçamentos Participativos em anos de eleições Autárquicas, considerando que chocam com a lei da publicidade comercial. No entanto, pelo menos 51 autarquias estão a promovê-los, apesar de as eleições Autárquicas realizarem-se a 26 de setembro. A CNE alega que estas iniciativas servem de “promoção” aos presidentes incumbentes. Autarcas que têm esses projetos em curso, como os de Gaia e de Cascais, respondem que o organismo eleitoral “desconhece o terreno”.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Parceria franco-turca soma 400 milhões em projetos imobiliários em Portugal

Presente em Portugal há cerca de dois anos, a Optylon Krea, que nasceu de uma joint-venture entre a Optylon Capital, fundada por franceses, e a turca Krea Real Estate, já soma investimentos de cerca de 400 milhões de euros em projetos imobiliários no país e pretende duplicar esse valor nos cinco próximos anos, com apostas “principalmente em Lisboa e sobretudo em projetos de reabilitação para aparthotéis e espaços comerciais”, revelou o CEO da empresa, Charles Wanecq.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

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Só sobram 1.032 “cheques” do incentivo reforçado para bicicletas elétricas

Governo deu mais 500 mil euros para reforçar "cheques" para bicicletas elétricas e convencionais. Retirando os pedidos por satisfazer, sobram pouco mais de mil apoios para novas candidaturas.

O Governo decidiu dar mais “cheques” para apoiar a compra de bicicletas, mas mais de metade dos incentivos pela introdução no consumo de veículos de baixas emissões adicionais já estão “reservados”. Restam 1.032 apoios de até 350 euros, cada, para ajudar quem pretende comprar uma bicicleta elétrica.

De acordo com o despacho publicado em Diário da República, há um aumento de 500 mil euros face à dotação inicial para o Fundo Ambiental, definida no Orçamento do Estado para 2021. No entanto, este montante extra é destinado apenas para as bicicletas elétricas e as convencionais, deixando de fora, entre outros, os carros elétricos.

Muitos dos 500 mil euros são destinados às bicicletas elétricas, para as quais foram destinados 1.285 dos 1.785 novos “cheques” disponibilizados no âmbito da revisão em alta da dotação para o Fundo Ambiental. Assim, em vez dos 1.857 apoios, há agora 3.142 incentivos para distribuir no caso das duas rodas alimentadas por uma bateria.

Muitos destes “cheques” estão, contudo, já “reservados”. Consultando os dados do Fundo Ambiental, percebe-se que foram já entregues 1.300, mas há 2.769 candidaturas, muitas delas ainda em análise. Retirando as 102 excluídas, há ainda 810 pedidos que terão de ser respondidos, podendo agora ser todos satisfeitos.

Se 557 dos pedidos em espera serão ainda pagos com a dotação original, há 253 que já só serão suportados com este reforço do incentivo, ficando a sobrar 1.031 “cheques” para novos pedidos que venham a ser feitos por quem compre uma bicicleta elétrica. O incentivo corresponde a 50% do valor de aquisição do veículo, até ao máximo de 350 euros.

Se ainda sobram “cheques” nas bicicletas elétricas, nas convencionais não há apoios para novos pedidos. O Governo decidiu duplicar os apoios, bem como a dotação para estes apoios, de 500 para 1.000 e de 50 mil euros para 100 mil euros, mas esta medida deverá apenas dar resposta aos muitos pedidos já existentes e que ainda não foram satisfeitos.

Estava prevista a atribuição de 500 “cheques”, mas o Fundo Ambiental já aceitou 613 candidaturas de um total de 1.349 recebidas. Ou seja, há ainda 387 apoios disponíveis face ao novo total de incentivos a distribuir, mas os pedidos — mesmo deduzidos das 122 candidaturas excluídas — são bem superiores ao novo total de “cheques”.

Assim, dificilmente um pedido feito agora por parte de quem comprou uma bicicleta convencional será contemplado com o incentivo pela introdução no consumo que se traduz num apoio correspondente a 20% do valor de aquisição do veículo, até ao máximo de 100 euros.

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Rui Rio arranca pré-campanha a um mês das Autárquicas

  • Lusa
  • 25 Agosto 2021

O presidente do PSD, Rui Rio, arranca esta quarta-feira, no distrito do Porto, a sua "volta" pelo país a um mês das Autárquicas de 26 de setembro, já com ritmo de campanha eleitoral.

O presidente do PSD, Rui Rio, inicia esta quarta-feira no distrito do Porto a sua “volta” pelo país, a um mês das Autárquicas de 26 de setembro, já com ritmo de campanha eleitoral.

De acordo com a agenda do líder social-democrata até domingo, divulgada pelo partido, Rio terá esta quarta-feira quatro iniciativas de pré-campanha, na quinta outras quatro e na sexta-feira mais cinco.

A primeira iniciativa pública de Rui Rio depois das férias será, pelas 10h30, uma visita a um lar em Marco de Canaveses, seguindo-se um almoço com empresários do turismo da região de Baião e uma visita de barco no Douro. Ao final do dia, o líder do PSD estará em Freamunde, Paços de Ferreira, onde visitará o comércio tradicional.

Do distrito do Porto, Rio segue na quinta-feira para o de Vila Real, com uma visita à Santa Casa da Misericórdia de Ribeira de Pena e outra à GNR de Mondim de Basto, passando ainda por São Martinho da Anta, Sabrosa, e com a primeira arruada e comício desta pré-campanha marcada para o final da tarde em Chaves.

Na sexta-feira, o líder do PSD ruma ao distrito de Viseu, com visitas à Santa Casa da Misericórdia e uma empresa, ambas em Resende, um almoço com os candidatos autárquicos de Lamego e terminando o dia em Vila Nova de Paiva, onde inaugurará uma sede de campanha e visitará os bombeiros voluntários.

No fim de semana, Rio estará no Algarve, sendo o “ponto alto” desta primeira semana na estrada o Fórum Nacional Autárquico, no sábado em Faro, num fim de semana em que também decorre na mesma região o Congresso do PS, marcado para Portimão.

No Fórum, estão previstas intervenções de cerca de uma dezena de candidatos, entre eles os cabeças de lista a Lisboa, Carlos Moedas, ao Porto, Vladimiro Feliz, a Setúbal, Fernando Negrão, à Amadora, Suzana Garcia, ou à Figueira da Foz, Pedro Machado, entre outros.

Caberá ao presidente do partido encerrar a iniciativa, mais perto da hora do jantar, e, no domingo, presidir à apresentação dos candidatos do partido no Algarve, uma sessão que decorrerá em Albufeira.

A volta, que irá passar até 24 de setembro pelos 18 distritos de Portugal Continental (não estão previstas deslocações nem à Madeira nem aos Açores), prosseguirá na próxima semana pelo Alentejo (dias 30 e 31) e pelo distrito de Lisboa no dia 1, com ações já confirmadas na Amadora e em Torres Vedras, segundo explicou à Lusa o secretário-geral e coordenador autárquico do PSD, José Silvano.

Só a última semana de campanha está ainda por fechar, mas será nesse período que Rui Rio se deverá juntar aos candidatos às principais câmaras do país. Pelo menos até essa altura, não estão previstos nesta “volta” os tradicionais jantares-comício com militantes, devido às restrições ainda impostas pela pandemia de Covid-19.

“O objetivo é, nos concelhos por onde passarmos, integrarmos uma ação do próprio candidato”, explicou José Silvano, o que poderá passar por visitas a instituições ou almoços de trabalho com representantes locais. A estrutura de campanha, adiantou Silvano, será “pequena”, com um carro de apoio e um carro-palco, de onde Rui Rio poderá fazer as intervenções ou prestar esclarecimentos à comunicação social.

De acordo com o coordenador autárquico, a volta do líder privilegiará “médios e pequenos concelhos”, onde a direção do PSD considera que a presença de Rui Rio pode ter “mais influência no resultado final”.

Por enquanto, e seguindo a lei em vigor pelo menos até 12 de setembro, o uso de máscara será obrigatório em todas as iniciativas.

Nas Autárquicas de 26 de setembro, o PSD concorre sozinho a 153 municípios, integra 146 coligações (lidera 142 e as outras quatro são encabeçadas pelo CDS-PP), e em nove concelhos apoia listas de cidadãos independentes (a maioria nos Açores e na Madeira).

Em 2017, o PSD teve o seu pior resultado autárquico de sempre (e que levou à demissão do então presidente Pedro Passos Coelho): os sociais-democratas perderam oito câmaras em relação a 2013 e conquistaram 98 presidências (79 sozinhos e 19 em coligação), embora sem grandes variações em termos de votos e percentagens, tendo o partido somado, sozinho, 16,08% dos votos (contra os 16,7% de 2013).

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Acabam hoje as letras pequeninas nos contratos

  • Lusa
  • 25 Agosto 2021

Bancos, operadoras e fornecedores de água, entre outros, estão impedidos a partir desta quarta-feira de incluírem cláusulas com letras minúsculas nos contratos celebrados com os consumidores.

Contratos com letras pequeninas, pouco espaço entre linhas e palavras e com cláusulas contratuais previamente redigidas para o consumidor, nomeadamente por bancos ou fornecedores de telecomunicações ou água, estão proibidos a partir desta quarta-feira.

Uma quarta revisão do regime das cláusulas contratuais gerais, de 1985, publicada em maio, com entrada em vigor hoje, acrescentou uma nona cláusula: Estão em absoluto proibidas cláusulas que “se encontrem redigidas com um tamanho de letra inferior a 11 ou a 2,5 milímetros, e com um espaçamento entre linhas inferior a 1,15″.

O tamanho da letra e espaçamento de linhas juntam-se agora a outras cláusulas proibidas, como alterar regras respeitantes ao ónus da prova (obrigação de provar facto ou afirmação) ou à distribuição do risco.

Para garantir que não são aplicadas, por outras entidades, as cláusulas já consideradas proibidas por decisão de um tribunal, a lei prevê que seja criado, por regulamentação do Governo, um sistema de controlo e prevenção de cláusulas abusivas.

As novas regras do regime das cláusulas contratuais gerais resultaram de projetos do Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) e Bloco de Esquerda (BE), apresentados em 2020, e foram aprovadas em abril por maioria, com a abstenção do PS, o CDS a votar contra e votos a favor do PSD, BE, PCP, PAN, PEV, Chega, Iniciativa Liberal e das duas deputadas não inscritas Joacine Katar Moreira (ex-Livre) e Cristina Rodrigues (ex-PAN).

O Presidente da República promulgou em 22 de maio esta alteração legislativa.

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Mais de um milhão de famílias podem vir a ter alívio no IRS em 2022

António Costa admitiu baixar o IRS em 2022, o que poderá passar por um reforço das deduções à coleta previstas para descendentes. A concretizar-se, medida trará alívio a mais de um milhão de famílias.

O próximo ano poderá trazer uma redução do imposto aplicado sobre os rendimentos dos portugueses. O primeiro-ministro já admitiu estar a trabalhar nesse sentido, indicando que tal alívio poderá acontecer por via de um novo desdobramento dos escalões do IRS ou através do reforço das deduções à coleta previstas para as crianças. A concretizar-se esse segundo caminho, mais de um milhão de agregados familiares sairiam beneficiados.

Questionado sobre se 2022 trará alterações aos escalões do IRS, António Costa fez questão de lembrar, este fim de semana, em entrevista ao Expresso (acesso pago), que essa é uma das medidas inscritas no programa do Governo e deixou claro que está a ser estudada e conversada com os parceiros. “Estamos a medir. Se me disser que vamos adotar uma única medida, posso escolher se vou mexer nos escalões, se vou aumentar as deduções para todas as crianças… Se me disser que ambas são necessárias, então tenho de compatibilizar o quadro orçamental”, adiantou o chefe do Executivo ao semanário.

O alívio fiscal poderá chegar, assim, no próximo ano, por várias vias, ideia que, entretanto, também o Correio da Manhã (acesso pago) veio reforçar ao escrever que o Governo está a ponderar aumentar o valor das deduções fiscais fixas por filho como forma de reduzir o IRS das famílias de classe média, em alternativa à revisão dos escalões, sendo certo, ainda assim, que por agora o desenho do Orçamento para o próximo ano ainda está em aberto.

O Código do IRS prevê atualmente um “desconto” de 600 euros por dependente à coleta devida pelos contribuintes, bónus que pode, além disso, beneficiar de algumas “majorações”. Por exemplo, no caso da idade do filho de um determinado contribuinte não ultrapassar os três anos, a dedução é de 726 euros em vez de 600 euros. Já no caso de a família contar com um segundo filho menor de três anos (independentemente da idade do primeiro dependente), a dedução relativa a esse dependente sobe para 900 euros. E se estiver em causa um terceiro filho com menos de três anos, o “bónus” associado a essa criança é, então, de 450 euros.

De acordo com as estatísticas da Autoridade Tributária, quase 1,3 milhões de agregados beneficiaram de deduções à coleta por dependentes (no valor de 998 milhões de euros) no IRS relativo a 2019. São essas famílias que poderão sentir algum alívio fiscal, em 2022, se o Governo decidir reduzir o IRS pela via do reforço das deduções para as crianças.

Os dados do gabinete de estatísticas da União Europeia (Eurostat) ajudam a compor o retrato. Portugal tinha, em 2020, 806,5 mil agregados com somente um dependente. Aliás, cerca de 57% das famílias portuguesas com filhos tinham apenas um dependente, o que significa que a maioria pode beneficiar apenas da dedução à coleta de 600 euros ou 726 euros por descendente, não tendo direito às demais “majorações”.

Por outro lado, 519,2 mil agregados tinham dois filhos e 88,5 mil tinham três filhos ou mais. Contas feitas, cerca de 608 mil famílias estavam potencialmente aptas a beneficiar de “descontos” mais robustos no IRS.

Mais de metade das famílias portuguesas com filhos só têm um descendente

Fonte: Eurostat

Ainda no que diz respeito às famílias, António Costa admitiu incluir, no Orçamento do Estado para 2022, um “aumento significativo” das prestações para as famílias com crianças “em particular a partir do segundo filho”.

Atualmente, o valor do abono de família para crianças e jovens varia em função da idade dos dependentes, da composição do agregado e do rendimento de referência da família, estando previstas majorações para famílias monoparentais e famílias com dois filhos ou mais. Sem majorações, o abono varia entre 28 euros e 149,85 euros. Já com as majorações para as famílias numerosas, pode chegar aos 224,77 euros.

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Marcelo veta decreto da AR que muda Programa de Apoio à Economia Local. Espera pelas eleições

  • Lusa
  • 25 Agosto 2021

O Presidente da República devolveu ao Parlamento, sem promulgação, um decreto da Assembleia da República que altera o Programa de Apoio à Economia Local. Marcelo pede que se espere pelas Autárquicas.

O Presidente da República vetou o diploma do Parlamento que altera as regras de enquadramento do Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), aprovado por PS, PCP e PEV, com oposição de PSD, BE e PAN.

Numa nota divulgada no site da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa afirma ter tomado esta decisão “atendendo a que pode produzir efeitos concretos em autarquias locais e respetivos responsáveis e a que foi submetido a promulgação já depois de convocadas as eleições [autárquicas de 26 de setembro] e iniciado o prazo de apresentação de candidaturas”.

O chefe de Estado devolveu o diploma à Assembleia da República “solicitando que sobre ele se pronuncie depois da realização do ato eleitoral, ou seja daqui a um mês e dois dias”, lê-se na mesma nota.

Na carta enviada ao presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, Marcelo Rebelo de Sousa refere que deste diploma “decorre, em termos de facto, a eventual não aplicação de sanções a um número preciso e limitado de autarquias locais, relativas ao PAEL”.

“Afigura-se de meridiano bom senso não suscitar, com ele, interferências eleitorais e mesmo danos reputacionais para autarquias e autarcas, assim salvaguardando a separação entre a legislação sobre gestão autárquica e o período eleitoral em curso”, considera o Presidente da República.

De acordo com o portal da Assembleia da República, este diploma, um texto final saído da Comissão de Poder Local, com base num projeto de lei do PS, foi aprovado em votação final global em 22 de julho com a abstenção de CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal.

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Partidos apostam na descida do IRS no OE2022. Veja o caderno de encargos da esquerda

Os partidos começam a revelar que medidas querem ver no Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022), tendo para já o foco no alívio do IRS, na área da saúde e do trabalho.

O país ainda está a banhos com as reuniões entre partidos em banho-maria, mas já só falta menos de dois meses para que o Governo tenha de apresentar o Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022) ao Parlamento, com umas eleições autárquicas pelo meio. As negociações arrancaram no final de julho e, apesar de ainda não terem revelado tudo, os partidos começam a formar o seu caderno de encargos: PCP, Bloco, PAN, PEV e deputadas não inscritas já têm exigências a fazer ao Executivo PS.

Transversal a todos os partidos — incluindo até o próprio PS, segundo o Expresso (acesso pago) — está a pressão que vai incidir sobre o Governo para aliviar o IRS, o imposto que incide sobre os rendimentos do trabalho, dos portugueses neste Orçamento, cumprindo uma promessa eleitoral das legislativas de 2019. Além disso, a área da saúde e do trabalho também deverão dar que falar nas negociações entre o Executivo e a esquerda. Conheça em detalhe as exigências que cada partido já revelou para o OE 2022.

Entretanto, em entrevista ao Expresso, o primeiro-ministro abriu o jogo sobre o Orçamento: admite a descida do IRS com a revisão dos escalões que beneficie a classe média, mas se caírem outras prioridades. Quase certo é o aumento “substancial” do abono de família no caso do segundo filho. A ideia é continuar com medidas de apoio criadas na pandemia, como o lay-off simplificado, para as empresas que ainda precisarem em 2022. Em termos salariais, a prioridade é valorizar a carreira dos técnicos superiores da função pública e continuar o aumento do salário mínimo.

PCP aposta na negociação pós-autárquicas com os olhos no trabalho e no IRS

Os comunistas estão fechados em copas e focados na execução do atual Orçamento, sem revelar exigências concretas para o OE 2022, nem confirmando a repetição de medidas que se tem repetido ano após ano como o aumento extraordinário das pensões mais baixas ou o aumento do salário mínimo. O PCP parece apostar nas negociações apenas depois das autárquicas e até à apresentação na AR: “O Governo teve pressa em marcar as eleições para as autarquias para 26 de setembro. Não teria grande lógica misturar uma coisa com a outra”, disse Jerónimo de Sousa a propósito do OE2022. Em entrevista ao ECO, o líder parlamentar do PCP, João Oliveira, admitiu que o calendário “só cria dificuldades”.

Porém, há sinais que os comunistas vão dando, desde logo a prioridade que dão às mudanças na lei laboral. “Essa estabilidade política será possível de encontrar se forem respeitados os direitos de quem trabalha, os direitos daqueles que estão ameaçados de encerrarem as suas portas, os direitos daqueles a quem se levanta o cutelo do despedimento coletivo”, disse o líder do PCP. Na sessão legislativa que terminou o PS viabilizou propostas do PCP sobre o trabalho, mas desceram à especialidade e não é claro que mudanças vão ver a luz do dia.

A par das leis laborais, os comunistas querem ver aumentos nos rendimentos dos portugueses. “O aumento geral dos salários para todos os trabalhadores, incluindo os da Administração Pública, a valorização das carreiras e profissões, o aumento do salário mínimo nacional para 850 euros, são essenciais”, disse Jerónimo de Sousa no início deste mês, aproveitando para criticar os despedimentos coletivos em empresas como a PT/Altice e Galp Energia. Nessa altura, o líder do PCP tocou no problema dos baixos salários dos jovens, o que casa com a ideia dada pelo Expresso de que o Governo quer que o OE2022 seja focado nessa faixa etária.

Além da área do trabalho, existe a expectativa, tal como em anos anteriores, que o Governo cumpra algumas promessas eleitorais como a introdução de mais escalões de IRS e o englobamento obrigatório para quem tem rendimentos elevados. “No último OE, apresentámos várias propostas relacionadas com o IRS, não apenas de desagravamento fiscal sobre os rendimentos mais baixos mas também tributação mais elevada para os rendimentos de maior valor, nomeadamente por via do englobamento obrigatório de todos os rendimentos acima de 100 mil euros, considerando que esse era um elemento de avanço na justiça fiscal. Quando tivermos condições para isso, faremos a ponderação relativamente ao que é adequado levar a discussão ao nível do OE 2022”, respondeu João Oliveira ao ECO.

Em junho, Jerónimo de Sousa tinha pedido a descida do preço dos passes intermodais dos transportes públicos de 40 para 30 euros. Mais recentemente, o PCP disse ser necessária a gratuitidade das fichas de exercícios para todos os alunos do ensino obrigatório, à semelhança dos manuais escolares, como forma de “valorização da escola pública”.

BE repete exigências que levaram ao voto contra no OE 2021

Após ter votado contra no ano passado, o Bloco de Esquerda decide ir a jogo com as mesmas exigências que foram recusadas pelo PS: as áreas da saúde, do trabalho e da proteção social continuam a ser as bandeiras orçamentais dos bloquistas. “As prioridades do Bloco de Esquerda são conhecidas: saúde, trabalho e proteção social“, disse Catarina Martins no final de julho, referindo que o que o partido “dizia há um ano mantém-se como absolutamente urgente”, pelo que vai “voltar a apresentar as mesmas prioridades”.

Em concreto, por exemplo na área da saúde, a coordenadora do Bloco disse ser necessário contratar mais equipas de saúde pública que libertem os profissionais dos cuidados de saúde primários ocupados com a Covid-19. Em maio, na convenção do partido, Catarina Martins já tinha garantido que não ia ceder nas exigências feitas há um ano, nomeadamente a reversão das medidas da troika no Código de Trabalho e a transformação do Rendimento Social de Inserção numa nova prestação social permanente.

Além disso, os bloquistas pretendem pressionar o Governo a cumprir a promessa eleitoral do PS de aumentar os escalões do IRS e com isso desagravar os impostos. “O Governo parece ter já abandonado o compromisso do seu próprio programa. Pela nossa parte, não esquecemos“, disse Catarina Martins na convenção, referindo ainda as prioridades da habitação e da transição climática.

No OE 2021, o Bloco apresentou 12 propostas para viabilizar o Orçamento. Na saúde, os bloquistas queriam que os hospitais tivessem autonomia administrativa e financeira na contração de novos profissionais, a exclusividade para os profissionais do SNS, com a dedicação plena ao setor público, e a criação da carreira de técnico auxiliar de saúde. Na lei laboral, propunham a redução do prazo de garantia para atribuição do subsídio de desemprego para 180 dias, a redução do período experimental (revertendo a decisão do ex-ministro do Trabalho Vieira da Silva), o aumento das indemnizações que as empresas têm de dar aos trabalhadores em caso de despedimento, a obrigação de manutenção do nível de emprego nas empresas beneficiadas pelos apoios do Estado e mudanças na contratação coletiva.

PAN focado no alívio do IRS e na transição climática e proteção animal

À saída da reunião com o Governo, o partido liderado por Inês Sousa Real foi vocal na prioridade de baixar o IRS através do aumento dos escalões e, a par disso, a valorização dos salários: “Precisamos de garantir não só que existe uma recuperação da trajetória do ordenado mínimo nacional, mas também do rendimento médio para que não haja um achatamento e perda de rendimentos da classe média“, disse a nova líder do PAN em julho.

O PAN tem outras prioridades como a preservação ambiental dos rios, a criação de mapas de risco de alterações climáticas nas áreas metropolitanas, o reforço das linhas de apoio para a proteção animal, a revisão de carreiras em áreas como os auxiliares de saúde ou os intérpretes de língua gestual, o aumento do Rendimento Social de Inserção e o fim das parcerias público-privadas no setor rodoviário. Além disso, quer mais avanços na resposta à emergência climática dado que são necessárias “medidas urgentes” para combater a crise climática que têm de estar previstas no OE 2022.

A líder parlamentar do partido, Bebiana Cunha, disse que sentiu “vontade de aproximação” por parte do Governo, mas não se deixa convencer: “Falta saber se ela é apenas simbólica ou se será de facto efectiva“, afirmou em entrevista ao ECO, notando que tal se verá nas próximas reuniões em que se vai “dissecar” temas e propostas. E avisa que “não põe de lado nesta fase qualquer posicionamento em relação ao Orçamento do Estado”, admitindo votar contra. Porém, recordou que o PAN se tem “pautado por elevado sentido de responsabilidade e disponibilidade para o diálogo”.

PEV quer ver medidas do OE 2021 executadas

Tal como o PCP, também o PEV está focado na execução das medidas do atual Orçamento, evitando falar do próximo. “Em relação ao Orçamento do Estado para 2021, consideramos que há um otimismo moderado e a esperança de que, até ao fim do ano, todas as propostas dos Verdes sejam executadas”, disse em julho José Luís Ferreira, líder parlamentar dos Verdes. De resto, nada de sabe sobre as exigências do PEV para o OE 2022.

Cristina Rodrigues quer agravamento do IVA nas raspadinhas e venda de animais

As deputadas não inscritas, Cristina Rodrigues e Joacine Katar Moreira, que viabilizaram o OE 2020 e OE 2021 com a sua abstenção, também se reuniram com o Governo no âmbito do OE 2022. No final de julho, Cristina Rodrigues revelou as medidas que iria negociar com o Executivo: na área económica, a deputada quer aumentar a taxa de IVA de 23% aos jogos tipo raspadinhas, implementando “medidas apropriadas para regular o jogo”, aumentar o IVA de 6% para 23% nos serviços associados à compra e venda de animais de companhia e propõe um “apoio financeiro incondicional, com valor base mínimo de 1 IAS (Indexante de Apoio Social) para os trabalhadores do setor da Cultura, até dezembro de 2022”.

O ECO contactou Joacina Katar Moreira, mas não obteve resposta até à publicação deste artigo.

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Goldman Sachs passa a exigir máscara e vacinação aos trabalhadores

  • ECO
  • 24 Agosto 2021

A máscara passa a ser obrigatória já esta quarta-feira, dia 25 de agosto, e quem não estiver completamente vacinado no dia 7 de setembro terá de trabalhar a partir de casa.

O Goldman Sachs vai passar a exigir aos funcionários o uso de máscara e vacinação contra a Covid-19, avança a agência Bloomberg. O grupo financeiro, que esteve entre os primeiros a promover o regresso aos escritórios no mês de junho, junta-se a outros bancos e empresas norte-americanasque estão a apertar as regras com o avanço da variante delta nos EUA.

A máscara passa a ser obrigatória já esta quarta-feira, dia 25 de agosto, e quem não estiver completamente vacinado no dia 7 de setembro terá de trabalhar a partir de casa, de acordo com as orientações comunicadas à equipa. O uso da máscara aplica-se às zonas comuns dos edifícios e em algumas cidades, como São Francisco ou Washington, até é obrigatória na própria secretária.

Agora, com a decisão do Goldman Sachs, os seis maiores bancos dos EUA têm em vigor diretivas obrigatórias para os respetivos trabalhadores, ainda que com variantes. O Morgan Stanley, por exemplo, exige uma prova de vacinação aos trabalhadores mas não requer máscara nos escritórios de Nova Iorque.

Com estas medidas, também já adotadas pelas gigantes tecnológicas, as empresas tentar evitar surtos da doença num momento em que a variante delta se está a espalhara rapidamente pelos EUA, colocando em alguns estados o sistema de saúde sobre grande pressão.

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