CCA lança serviço de proteção de denunciantes, o SafeChannel

Para ajudar as empresas com a Diretiva de Proteção dos Denunciantes, a CCA lançou um serviço assente numa plataforma que permite o tratamento de denúncias de forma isenta, independente e transparente.

A sociedade de advogados CCA lançou o SafeChannel de forma a ajudar as empresas a estarem compliant com a Diretiva de Proteção dos Denunciantes, aprovada pela União Europeia em 2019. Este serviço assenta numa plataforma que permite o tratamento de denúncias de forma isenta, independente e transparente.

“As atividades ilícitas e o abuso de direito podem ocorrer em qualquer organização, seja ela pública, privada, de pequena ou grande dimensão e, se não forem combatidas, podem prejudicar gravemente a empresa, sociedade e o interesse público. Justamente por reconhecer que as denúncias ajudam à descoberta e à investigação de crimes cometidos no seio das empresas, a União Europeia adotou a Diretiva para a Proteção de Denunciantes. Para ajudar as empresas a garantirem a análise e acompanhamento efetivos de todas as denúncias, e a construírem um ambiente de trabalho mais seguro e ético, a CCA criou o SafeChannel, um serviço que permite o tratamento das denúncias de forma independente e transparente“, explica Marta Duarte, sócia do departamento de Contencioso da CCA e responsável pelo SafeChannel.

A Diretiva de Proteção dos Denunciantes pretende implementar regras que assegurem a proteção eficaz de pessoas que, em situação profissional obtenham, de forma lícita, conhecimento de infrações e que as queiram denunciar. Esta terá de ser transposta para todos os Estados-Membros (Portugal incluído) até dezembro de 2021, levando a que, empresas com 50 ou mais trabalhadores tenham obrigatoriamente de adotar canais de proteção de denunciantes.

“Em todo este processo a CCA desempenhará função de Examiner, ou seja, a entidade externa que irá analisar de forma rigorosa e isenta a denúncia e adotar os trâmites necessários para a resolução e conclusão da mesma”, sublinha a sócia da CCA.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal passa a “estado de alerta” em outubro

Portugal avança para a 3.ª fase do desconfinamento. Discotecas reabrem a 1 de outubro e certificado deixa de ser obrigatório nos restaurantes e hotéis. Máscara vai continuar em uso em alguns locais.

O fim dos certificados para acesso ao interior dos restaurantes e a reabertura das discotecas a 1 de outubro foram duas das medidas anunciadas pelo Governo esta quinta-feira, depois da reunião do Conselho de Ministros.

O primeiro-ministro, António Costa, disse ainda que o uso obrigatório de máscara vai manter-se em algumas situações, como para o acesso aos transportes públicos e nas grandes superfícies comerciais. Deixa de ser necessária noutras ocasiões, como para o acesso a pequenos estabelecimentos de comércio local.

Reveja aqui a conferência de imprensa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mulheres e desempregados com níveis mais baixos de literacia financeira

  • Lusa
  • 23 Setembro 2021

Os trabalhadores são o grupo populacional com melhores níveis de inclusão financeira e digital, fazendo proporcionalmente mais uso de serviços bancários e poupando mais.

As mulheres e os desempregados estão entre os grupos com baixos níveis de literacia financeira, segundo o relatório divulgado esta quinta-feira pelo Banco de Portugal sobre literacia financeira, baseado num inquérito feito em 2020.

Segundo o regulador e supervisor bancário, o inquérito de inclusão financeira (em que foram inquiridas 1.502 pessoas em entrevistas porta a porta) concluiu que “os portugueses apresentam um elevado nível de inclusão financeira”, com cerca de 70% dos entrevistados no nível mais elevado de inclusão financeira, pois utilizam com regularidade a conta de depósito à ordem e detêm outros produtos financeiros, caso de depósitos a prazo (41,6%) e cartões de crédito (36,2%).

O Banco de Portugal diz que é ainda significativa a proporção de entrevistados que sabe que existe a conta de serviços mínimos bancários (50,9%) e que mesmo 23% sabem que a condição de acesso é ter uma única conta de depósitos à ordem no sistema bancário (bem acima dos 4,9% de 2015).

Quanto à inclusão financeira digital, quase metade dos entrevistados utiliza os canais digitais (‘homebanking’ ou ‘apps’) para acesso à conta de depósito à ordem e a outros produtos e serviços bancários.

Dos inquiridos, 60% fazem poupança, sendo o principal motivo fazer face a despesas imprevistas (49,8% dos entrevistados). Também poupam para despesas futuras não regulares, como férias ou viagens (15,4%), para pagar a educação e ajudar os filhos (14%) ou para a reforma (9,5%).

Na contratação dos empréstimos, cerca de 75% referem que leem a informação pré-contratual e contratual. O conselho dos bancários da instituição é a fonte de informação de 63,9% dos entrevistados quando contratam empréstimos. Nos depósitos, o trabalhador bancário é a fonte de informação para 41,4% dos entrevistados.

Há, contudo, um problema em compreender conceitos financeiros, refere o Banco de Portugal, indicando que os entrevistados revelam falhas na descrição dos conceitos de Euribor (taxa de juros média resultante de empréstimos entre bancos da zona euro, usada em contratos como crédito à habitação) e de ‘spread’ (taxa de juros aplicada pelos bancos nos contratos de crédito, acima da taxa de referência, como Euribor, e que pode ser entendida como a margem de lucro do banco).

Nas entrevistas, segundo o relatório, são ainda visíveis diferenças significativas entre grupos. O índice de literacia financeira global (que junta inclusão financeira, inclusão financeira digital, gestão da poupança, escolha e gestão de produtos bancários e compreensão de conceitos financeiros) aumenta à medida que aumenta o rendimento e o nível de escolaridade.

“Os entrevistados com pelo menos o ensino secundário ou que vivem em agregados familiares com rendimentos mensais brutos acima de 1.000 euros destacam-se pelos resultados positivos no índice”, refere. As mulheres têm um índice de literacia financeira global (55,5) inferior ao dos homens (61,7).

Em proporção, menos mulheres têm contas de depósito à ordem do que os homens (89% das mulheres face a 93% dos homens) e também menos mulheres têm outros produtos financeiros para além dessa conta (66% face a 74%). As mulheres têm também um conhecimento ligeiramente inferior ao dos homens sobre serviços mínimos bancários.

Também usam menos canais digitais do que os homens, justificando com dificuldades em utilizar a tecnologia ou preferência pelas caixas automáticas (vulgo Multibanco). Na compreensão de conceitos financeiros, as mulheres respondem mais incorretamente do que os homens, sendo maior a diferença em questões sobre juros simples e juros compostos, na avaliação do grau de risco dos depósitos a prazo e no conceito de ‘spread’.

Por faixas etárias, 74,7% das pessoas com idades entre 25 e 39 anos utilizam canais digitais, mas com 70 ou mais anos apenas 8,1% os usam, destacando-se os mais velhos por baixo nível de literacia financeira digital. Já os jovens destacam-se pela inclusão financeira digital mas, por outro lado, apresentam um índice de literacia financeira global um pouco inferior ao dos restantes entrevistados.

Proporcionalmente, os entrevistados entre os 16 e os 24 anos têm menos conta de depósito à ordem e têm menor conhecimento sobre a conta de serviços mínimos bancários. A proporção de jovens que poupa (cerca de 60%) é semelhante à dos restantes entrevistados e poupam com mais regularidade, mas mais para despesas futuras (como férias e viagens) e menos para fazer face a gastos imprevistos.

Os conhecimentos dos jovens sobre conceitos financeiros são relativamente mais baixos do que os dos restantes entrevistados. Ainda assim, têm resultados acima da média quando questionados sobre o montante de juros a pagar num empréstimo de 25 euros, na leitura do de um extrato bancário e no cálculo de juros simples.

Os trabalhadores são o grupo populacional com melhores níveis de inclusão financeira e digital, fazendo proporcionalmente mais uso de serviços bancários e poupando mais (68,3% face a 50,6% dos restantes entrevistados). Os trabalhadores têm ainda melhores resultados em todas as questões sobre compreensão de conceitos financeiros.

Em oposição, o índice de literacia financeira global dos desempregados (53,1) é inferior ao dos restantes entrevistados (59,3), sendo o grupo que com maior frequência não poupa e tem também menor capacidade para pagar uma despesa inesperada.

Além disso, a percentagem de desempregados com conta de depósito à ordem (85,2%) é inferior à média dos restantes entrevistados e apenas nos estudantes esta proporção é mais baixa (84%), justificando os desempregados com mais frequência que a conta de outra pessoa é suficiente. Têm, contudo, um conhecimento sobre a conta de serviços mínimos bancários ligeiramente acima da média dos restantes entrevistados (26,1%), ainda que aquém do evidenciado pelos trabalhadores (28,2%).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nesta lista há mais de 70 de espaços de coworking de norte a sul do país e ilhas incluídas

Através desta lista, criada pela Remote Portugal, basta selecionar o seu destino e escolher o cowork que mais se adequa às suas necessidades.

Espaço de cowork no Selina de Vila Nova de Milfontes.

O mercado laboral mudou e os próprios modelos de trabalho e colaboradores mudaram com ele. Ao escritório acrescentaram o teletrabalho e ao trabalho à distância acrescentaram um “terceiro espaço”, que já foi apontado pela Accenture como uma nova tendência. E, a partir de agora, já pode procurar de uma forma muito mais simples espaços de coworking de norte a sul do país, e ilhas incluídas, que podem ser um destes “terceiros espaços” que permitem fugir da rotina do escritório e (voltar a) criar barreiras entre a vida profissional e pessoal, algo que se complicou com o teletrabalho obrigatório.

A Remote Portugal juntou mais de 70 coworks num só sítio web, filtrados por distritos e com informações sobre cada espaço. Há opções no Alentejo, Algarve, Aveiro, Braga, Castelo Branco, Leiria, Lisboa, Porto, Santarém, Setúbal e Viana do Castelo. Além disso, há também espaços nos Açores e Madeira.

“Com a ajuda de uma equipa de voluntários fantástica, criei na Remote Portugal a maior lista de espaços de coworking em Portugal. Em poucos meses temos mais de 70 espaços, de Norte a Sul do país e ilhas incluídas. Todo o tipo de espaços, para todo o tipo de pessoas. Com ofertas especiais!”, escreveu numa publicação no LinkedIn Matilde Leitão, cofundadora da empresa e consultora de nomadismo digital.

A lista pode ser consultada através deste link. Basta selecionar o seu destino e escolher o cowork que mais se adequa às suas necessidades. Ao clicar no espaço onde pretende trabalhar terá acesso a um série de detalhes sobre o mesmo, nomeadamente horário de funcionamento, morada, preços, condições especiais e facilidades.

A Remote Portugal é uma plataforma de educação e conexão no mundo do trabalho remoto, principalmente em Portugal. Reunindo conteúdo educativo e prático, bem como ferramentas úteis, e partilhando experiências e oportunidades, o objetivo é ajudar trabalhadores remotos individuais na sua jornada e empresas a implementarem trabalho remoto na sua organização.

Juntamente com Matilde Leitão, Gonçalo Hall, consultor de trabalho remoto, e Miguel Costa, marketing digital & web design, são os fundadores da Remote.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bruxelas quer carregador universal na UE “o mais rapidamente possível”

  • Lusa
  • 23 Setembro 2021

A Comissão Europeia espera que Parlamento e Conselho adotem “o mais rapidamente possível” a proposta para um carregador universal na UE para depois ser obrigatório.

A Comissão Europeia disse esta quinta-feira esperar que Parlamento e Conselho adotem “o mais rapidamente possível” a proposta para um carregador universal na União Europeia (UE), do tipo USB-C e apto para todos equipamentos eletrónicos, para depois ser obrigatório.

Isto [a proposta] tem de ser adotado, depois tem de ser transposto porque é uma diretiva e, claro, depois disso, será obrigatório” na UE, declarou o comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, falando em conferência de imprensa em Bruxelas.

Falando na apresentação da proposta do executivo comunitário para introdução de um carregador universal na UE, após 12 anos de compromissos voluntários do setor tecnológico, o responsável disse esperar que o aval dos colegisladores europeus – Parlamento e Conselho – aconteça “o mais rapidamente possível”, talvez “nos próximos semestres”.

Questionado sobre a oposição de tecnológicas como a Apple, Thierry Breton vincou que esta proposta “não é contra a inovação nem é contra ninguém, é a favor dos consumidores europeus”.

A Comissão Europeia divulgou esta quinta-feira ter dado “um passo importante contra o lixo eletrónico e os inconvenientes para os consumidores, causados pela prevalência de carregadores diferentes e incompatíveis para dispositivos eletrónicos”.

Assinalando que “anos de trabalho com a indústria, numa abordagem voluntária, já fizeram baixar o número de carregadores de telemóveis de 30 para três na última década”, Bruxelas admitiu que ainda não se chegou a uma “solução completa” na UE, razão pela qual apresentou esta quinta-feira uma “legislação para estabelecer uma solução de carregamento comum para todos os dispositivos relevantes”.

Em causa está uma revisão da diretiva comunitária RED (Radio Equipment Directive), que tem por objetivo assegurar que os equipamentos eletrónicos que utilizam radiofrequências no mercado europeu cumprem requisitos de proteção da saúde e de segurança.

Bruxelas defende, então, uma harmonização dos carregadores na UE, tornando-se o USB-C a porta padrão para todos os smartphones, tablets, câmaras fotográficas, auscultadores, altifalantes portáteis e consolas de videojogos portáteis.

A ideia de introdução de carregador comum para reduzir a produção de resíduos eletrónicos já foi por diversas vezes defendida na UE, nomeadamente pelo Parlamento Europeu, mas tem merecido a oposição de empresas tecnológicas como a Apple, que têm os seus próprios equipamentos.

Em concreto, a questão de criação de carregador universal está a ser falada desde 2009, quando existiam cerca de 30 modelos no mercado europeu e foi assinado um acordo voluntário entre as principais fabricantes de telemóveis na Europa para o harmonizar.

Isto permitiu reduzir o número de modelos e, atualmente, existem três principais tipos de carregadores no mercado europeu: USB 2.0 Micro B, USB-C e o sistema Lightning, utilizado exclusivamente por dispositivos Apple.

Porém, o acordo entre a indústria expirou em 2014 e, desde então, o Parlamento Europeu tem levantado a sua voz exortando à Comissão Europeia que adote regras vinculativas para desenvolver um único carregador.

A proposta desta quinta-feira para uma revisão da lei terá de ser adotada pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho, havendo depois um período de transição de 24 meses a partir da data de adoção para permitir à indústria adaptar-se antes da entrada em vigor.

PE saúda “fim de confusão de cabos nas gavetas” com carregador universal

O Parlamento Europeu saudou esta quinta-feira o “fim da confusão de cabos nas gavetas” com a introdução proposta pela Comissão Europeia de um carregador universal na União Europeia (UE), assente no tipo USB-C e apto para todos equipamentos eletrónicos.

“Durante a última década, o Parlamento Europeu pressionou a Comissão a apresentar uma proposta de um carregador comum, com vista a combater o lixo eletrónico, facilitar a vida aos consumidores e dar-lhes poder de escolha sustentável” e agora “podemos finalmente livrar-nos da confusão de cabos nas nossas gavetas”, reage em comunicado a presidente da comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores do Parlamento Europeu, Anna Cavazzini.

Para a também eurodeputada da banca dos Verdes na assembleia europeia, esta “harmonização de cabos de carregamento”, hoje proposta pelo executivo comunitário, “ajudará os consumidores a poupar dinheiro e a poupar os recursos do planeta”.

“Esta iniciativa inclui muitos elementos importantes para a nossa comissão, tais como a harmonização do ponto de carregamento, permitindo o bom funcionamento do mercado interno, um elevado nível de proteção do consumidor e a redução dos resíduos eletrónicos”, acrescenta Anna Cavazzini.

A responsável adianta que o Parlamento Europeu “irá agora trabalhar sobre esta proposta legislativa”, visando uma “cooperação harmoniosa com a Comissão e o Conselho para chegar a um acordo que beneficie tanto os consumidores europeus como a indústria”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Coordenação das Agendas Mobilizadoras criada a sete dias do fim do concurso

  • Lusa e ECO
  • 23 Setembro 2021

Comissão deve garantir articulação ágil entre as diferentes entidades envolvidas, que permitia celeridade e rigor técnico na tomada de decisão quanto à operacionalização e acompanhar a execução.

O Governo criou esta quinta-feira, por despacho, a comissão de coordenação das Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial, uma medida do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para reforçar o investimento das empresas portuguesas em produtos mais verdes e inovadores. Um despacho que surge sete dias antes de terminar o prazo para as empresas apresentarem as candidaturas às agendas mobilizadoras.

O ministro da Economia, que assina o despacho, publicado em Diário da República, salienta que as Agendas encerram uma “abordagem inovadora, sem correspondência” nos períodos de programação anteriores, apoiando simultaneamente a I&D (investigação e desenvolvimento) e a inovação produtiva, combinando conhecimento, transferência de tecnologia e inovação.

“Atendendo à relevância, complexidade e potencial transversalidade temática das Agendas, aliadas ao compromisso público do Governo de executar o PRR de uma forma transparente e com amplo envolvimento da sociedade civil, importa, pois, definir a estrutura de governação deste instrumento”, acrescenta Siza Vieira.

O ministro especifica que, tal instrumento “deve acautelar uma articulação ágil” entre as diferentes entidades envolvidas, que permitia celeridade e rigor técnico na tomada de decisão quanto à operacionalização e acompanhamento da execução dos projetos, “garantindo a obtenção tempestiva dos resultados esperados”.

A Comissão de Coordenação das Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial vai funcionar na dependência do ministro da Economia, com a missão de coordenar e apoiar a implementação e acompanhamento da execução das Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial, em articulação com a Agência para a Competitividade e Inovação – IAPMEI, enquanto entidade beneficiária intermediária, que estabelece o modelo de governação dos fundos europeus atribuídos a Portugal através do PRR.

A comissão é constituída pelo presidente do conselho diretivo da Agência IAPMEI, que coordena, e pelos presidentes da Agência Nacional de Inovação (ANI), da Autoridade de Gestão do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020), da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).

Esta medida do PRR conta com 930 milhões de euros de incentivos não reembolsáveis, numa fase inicial: 558 milhões de euros para as Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial e 372 milhões de euros para as Agendas Verdes para a Inovação Empresarial, como o Executivo já tinha anunciado em junho.

Os projetos a propor, neste âmbito, têm de ser desenvolvidos por consórcios, como de empresas, de associações empresariais, instituições académicas, entidades de investigação, inovação ou entidades municipais.

No despacho, Siza Vieira lembra que o pacote financeiro de apoio aos Estados-membros na implementação de reformas e investimentos, que “atenuem os impactos da atual crise” e aumentem a resiliência das economias da União, pretende promover a convergência económica e contribuir para um crescimento sustentável que responda ao duplo desafio da transição verde e da transformação digital.

O PRR de Portugal ascende a 16,6 mil milhões de euros, com um período de execução até 2026, e os apoios diretos às empresas ascendem a cinco mil milhões de euros, estando ainda previstos investimentos de 2,7 mil milhões de euros para benefício indireto do setor empresarial, segundo o diploma.

No despacho, Siza Vieira lembra que as Agendas têm de estar alinhadas com as prioridades estratégicas definidas na Estratégia Nacional de Investigação e Inovação para uma Especialização Inteligente (ENEI).

A ENEI identificou 15 prioridades estratégicas inteligentes, organizadas em cinco eixos temáticos: tecnologias transversais e suas aplicações; indústrias e tecnologias de produção; mobilidade, espaço e logística; recursos naturais e ambiente; e saúde, bem-estar e território.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Wall Street avança pelo segundo dia à boleia da Fed

Bolsas de Nova Iorque estão em alta pelo segundo dia, depois de a Fed ter descansado os investidores de que a subida dos juros só acontecerá depois de finalizado o tapering.

Wall Street avança pela segunda sessão consecutiva, perante o desanuviar dos receios em relação aos planos da Reserva Federal norte-americana (Fed) para dar início à retirada dos estímulos. Os índices sobem apesar da divulgação de dados que mostram uma subida inesperada nos pedidos de subsídio de desemprego nos EUA ao longo da última semana.

A Fed anunciou na quarta-feira que vai começar a reduzir as compras mensais de ativos “em breve”, possivelmente em novembro, conforme sinalizou o seu presidente, Jerome Powell, sendo que as taxas de juro poderão subir mais cedo do que o esperado, já no próximo ano.

Neste cenário, o S&P 500 soma 0,44%, para 4.415,00 pontos, acompanhado dos outros dois índices de referência em Nova Iorque: o industrial Dow Jones ganha 0,65% e o tecnológico Nasdaq avança 0,36%.

“A referência [da Fed] de que a subida de taxas de juro não se iria iniciar até ao final do tapering e que os estímulos possam ser prolongados caso a economia assim o necessite acabou por trazer otimismo para os mercados de ações”, explicam os analistas do BCP.

No plano empresarial as ações da Accenture e da Salesforce estão em destaque depois de terem revisto em alta as previsões para os lucros. Seguem em alta de 1,01% e 4,29%, respetivamente, na abertura da sessão.

Além da Fed, os investidores continuam atentos à situação da chinesa Evergrande. Receava-se que gigante do imobiliário chinês pudesse entrar em default, mas as preocupações aliviaram nos últimos dias à medida que a empresa tenta assegurar acordos com os credores, e numa altura em que Pequim se mantém atento aos desenvolvimentos.

Jerome Powell desvalorizou esta quarta-feira o impacto dos problemas da Evergrande nos EUA, dizendo que é uma “situação particular à China”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bruxelas sugere impostos especiais de consumo como alternativa aos aumentos da luz na UE

  • Lusa
  • 23 Setembro 2021

"Há uma série de instrumentos que os Estados-membros podem adotar para lidar com a questão do aumento dos preços" da eletricidade, disse um porta-voz da Comissão Europeia.

A Comissão Europeia sugeriu esta quinta-feira medidas nacionais como impostos especiais de consumo ou iniciativas dirigidas aos agregados familiares e empresas mais vulneráveis para os países da União Europeia (UE) lidarem com os aumentos do preço da eletricidade.

“Há uma série de instrumentos que os Estados-membros podem adotar para lidar com a questão do aumento dos preços [da eletricidade], como impostos especiais de consumo, medidas específicas que se aplicariam a agregados familiares e pequenas empresas vulneráveis e pobres em energia, bem como apoio direto aos consumidores”, elencou o porta-voz do executivo comunitário para a área da Energia, Tim McPhie.

Questionado na conferência de imprensa diária da Comissão Europeia, em Bruxelas, sobre o aumento acentuado dos preços da eletricidade nos últimos meses devido às subidas nos preços globais do gás, o responsável assinalou que a instituição vai apresentar “uma caixa de ferramentas que dará aos Estados-membros o que eles precisam para poderem tomar medidas ao nível nacional”. “Isto é algo em que estamos a trabalhar e é um calendário que seguiremos […] para as próximas semanas”, assinalou Tim McPhie.

As declarações do porta-voz para a área da Energia surgem um dia depois de a comissária europeia da tutela, Kadri Simson, ter dito que a Comissão Europeia está a acompanhar de perto” a subida dos preços da energia, bem como a debater com os Estados-membros “ferramentas” para os conter. “A conceção do mercado europeu não é uma das causas dos problemas, mas é claro que queremos muito ajudar os Estados-membros e os cidadãos a lidar com esta questão”, referiu Tim McPhie.

Questionado se isso significa criar novos instrumentos ao nível europeu, o porta-voz explicou que se trata antes de “fornecer aos Estados-membros orientação […] sobre o que podem fazer dentro do âmbito dos atuais regulamentos da UE”, diretrizes essas que serão divulgadas nas próximas semanas. “Trata-se de lhes mostrar o enquadramento do regulamento existente, mas não tenho mais nada a anunciar para além disso em termos de novas ferramentas”, adiantou.

Em meados de setembro, um grupo de cerca de 40 eurodeputados tinha pedido à Comissão Europeia que investigasse a gigante energética russa Gazprom, acusando-a de cortar o fornecimento de gás através da Ucrânia para pressionar a Alemanha a aprovar mais rapidamente o gasoduto Nord Stream 2 através do Mar Báltico e levando a preços europeus mais elevados.

A Gazprom tem negado qualquer manipulação de mercado. Espanha é particularmente afetada pela sua dependência do gás para a produção de eletricidade, que é muito superior à dos países vizinhos europeus como a França.

Mas França não é poupada: apesar de produzir a maior parte da sua eletricidade com as suas centrais nucleares, os preços de mercado seguem os das matérias-primas (gás e carvão), que aumentaram acentuadamente em resultado da recuperação económica pós-pandemia e do aumento das quotas de emissão de dióxido de carbono (CO2).

A subida dos preços ameaça exacerbar a pobreza de combustível em toda a UE, já que um estudo publicado na quarta-feira pela Confederação Europeia de Sindicatos estima que quase três milhões de trabalhadores pobres da Europa “já não poderão pagar” as suas contas de aquecimento neste outono e neste inverno.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal soma mais cinco mortes e 885 casos de Covid-19

Desde o início da pandemia, o país detetou 1.064.876 casos e registou 17.938 mortes por Covid-19. Há já 1.014.772 pessoas recuperadas da doença.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 885 novos casos de infeção por Covid-19, elevando para 1.064.876 o número de infetados desde o início da pandemia. O boletim desta quinta-feira indica ainda que, nas últimas 24 horas, morreram cinco pessoas com a doença, perfazendo um total de 17.938 óbitos.

Com este balanço, Portugal está há seis dias consecutivos a registar menos de 1.000 casos por dia. O boletim dá conta de um total de 1.014.772 recuperados, mais 983 do que no balanço anterior. Há, neste momento, 32.166 casos ativos em Portugal, menos 103 face a quarta-feira.

A maioria dos infetados continua a recuperar em casa e volta a registar-se um recuo no número de pessoas hospitalizadas com a doença. Atualmente, 412 doentes estão internados em unidades hospitalares (menos 14 nas últimas 24 horas), dos quais 75 em unidades de cuidados intensivos (menos três).

Em termos regionais, a maioria das novas infeções volta a ser registada em Lisboa e Vale do Tejo (LVT). Dos 885 novos casos confirmados, 330 localizam-se na região de LVT (37,3%), seguindo-se a região Norte, que contabilizou 258 novas infeções (29,2%).

Boletim epidemiológico de 23 de setembro:

Neste contexto, LVT é a região com mais casos e mortes registados até ao momento (411.948 casos de infeção e 7.666 mortes), seguindo-se o Norte (408.946 casos e 5.547 mortes), o Centro (142.260 casos e 3.134 mortes), o Alentejo (38.564 casos e 1.020 mortes) e o Algarve (42.244 casos e 457 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 8.756 casos e 42 mortos, enquanto a Madeira regista 12.158 casos e 72 vítimas mortais.

Há ainda 28.235 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, por terem tido contacto com casos confirmados de Covid-19, ou seja, menos 231 face a quarta-feira.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h25)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Regulador dos EUA aprova terceira dose da vacina para maiores de 65 anos e adultos de “alto risco”

O regulador do medicamento dos EUA autorizou a administração da terceira dose da Pfizer contra a Covid para todas as pessoas com mais de 65 anos, bem como a adultos de "alto risco". 

O regulador do medicamento norte-americano, a Food and Drug Administration (FDA), deu “luz verde” à administração da terceira dose da Pfizer para todas as pessoas com mais de 65 anos, bem como a adultos de “alto risco”.

No caso específico dos adultos de “alto risco”, em causa estão “profissionais de saúde, professores, trabalhadores de lares e de supermercados, bem como os que estão em casas-abrigo ou prisões”, apontou a presidente da FDA, Janet Woodcock, na quarta-feira à noite.

Esta decisão abre caminho a que as vacinas de reforço da Pfizer comecem a ser administrada ainda esta semana para as pessoas que receberam a segunda dose do fármaco há, pelo menos, seis meses, segundo a Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Até agora, o reforço da vacina contra a Covid-19 nos EUA era apenas autorizado para ser administrado em pessoas com o sistema imunológico mais frágil, isto é, imunodeprimidos, tal como acontece em Portugal. Recorde-se que a Pfizer já submeteu um pedido de autorização ao regulador norte-americano para administrar um reforço da vacina a pessoas com mais de 16 anos.

Regulador europeu deverá decidir sobre reforço da Pfizer em outubro

A Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) planeia decidir sobre um eventual reforço da vacina contra a Covid da Pfizer no início de outubro, avança a Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

A decisão da EMA sobre a terceira dose da Pfizer é esperada para o início de outubro”, apontou um fonte próxima do processo à agência.

Foi a 6 de setembro, que o regulador europeu anunciou que ia começar a avaliar, a pedido do consórcio farmacêutico Pfizer/BioNTech, uma eventual terceira dose de reforço da vacina contra a Covid-19. Pessoas que completaram a sua vacinação primária – para restabelecer a proteção depois de esta ter diminuído”, acrescentou o organismo, numa alusão a informação dada pelas farmacêuticas. Dois dias antes, também a Moderna tinha submetido o mesmo pedido à EMA.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Economia acelerou menos no segundo trimestre do que o estimado

O PIB cresceu menos quatro décimas em cadeia do que o previsto anteriormente. O INE fez várias revisões aos dados de 2020 e 2021.

A economia portuguesa cresceu 4,5% no segundo trimestre, em comparação com o primeiro trimestre, menos do que os 4,9% anteriormente estimados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Isto quer dizer que a atividade económica acelerou menos do que se antecipava.

A revisão foi feita esta quinta-feira numa série de atualizações feitas pelo gabinete de estatísticas, fruto da incorporação de informação nova e mais completa, que incluíram a queda do PIB de 2020, maior do que o previsto, e tiveram implicações para o passado e presente.

A revisão em baixa destes valores mostra não só que a retoma do segundo trimestre foi ligeiramente menos pujante do que o previsto, como poderá ter implicações nas comparações europeias. Segundo os dados do Eurostat, Portugal tinha sido um dos países da União Europeia que mais cresceu em cadeia no segundo trimestre, depois de ter sido um dos que mais contraiu no primeiro trimestre.

Fonte: INE.

Em termos homólogos, como a queda do PIB em 2020 até foi maior do que a prevista, o crescimento do PIB no segundo trimestre de 2021 até foi maior: em vez de crescer 15,5%, o PIB cresceu 16,2%. Em termos homólogos, de acordo com o INE, observou-se um “aumento mais pronunciado do consumo privado”. Com a revisão em alta, este continua a ser o maior crescimento homólogo num trimestre desde pelo menos 1996, ano em que começa a atual série histórica do INE.

Fonte: INE.

A incorporação dos resultados finais de 2019 e, sobretudo, dos resultados provisórios de 2020 das Contas Nacionais Anuais, na estimação das Contas Nacionais Trimestrais determinaram revisões significativas, salientando-se a revisão em alta (+0,7 p.p.) da variação homóloga em volume do PIB no segundo trimestre de 2021, para +16,2%, e uma revisão em baixa (-0,4 p.p.) da variação em cadeia, para 4,5%”, explica o gabinete de estatísticas.

No primeiro trimestre deste ano, o qual foi afetado por um segundo confinamento, o PIB contraiu 3,4% (3,3% anteriormente) em cadeia e 5,7% (5,3% anteriormente) em termos homólogos. De notar que há revisões em toda a linha nos trimestres desde pelo menos o final de 2018, como mostra esta tabela.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo vai testar 35 mil funcionários de creches e pré-escolar até 3 de outubro

  • Lusa
  • 23 Setembro 2021

Na operação de testagem estão a ser realizados testes antigénio, com resultados obtidos em cerca de 15 minutos, uma rapidez que contribuirá para uma ação mais célere em eventuais casos positivos.

Os funcionários das creches, do pré-escolar e a rede nacional de amas começaram a ser testados à Covid-19 esta quinta-feira, numa ação que abrangerá 35 mil pessoas em todo o país até 3 de outubro.

O início desta operação foi assinalado esta quinta-feira na Covilhã, distrito de Castelo Branco, com a presença da secretária de Estado da Ação Social, Rita Mendes, que lembrou a importância da medida para evitar surtos nos estabelecimentos de ensino dedicados à infância.

“Pese embora a taxa de vacinação que já temos no país, a verdade é que, nestas respostas sociais, tendo em conta também as particularidades das crianças e a sua dificuldade em aderir às medidas de prevenção, nunca é demais implementar medidas não farmacológicas que possam prevenir e conter a transmissão da Covid-19”, disse Rita Mendes.

A governante destacou ainda que esta é uma forma de “tranquilizar quer os profissionais, quer as organizações onde são desenvolvidas as respostas para a infância, quer as famílias”.

Rita Mendes explicou ainda que, à semelhança do que foi feito no início do ano letivo nas escolas, esta testagem abrangerá “todos os profissionais das respostas das infâncias”, num total de 35 mil profissionais.

O objetivo é detetar e isolar tão precocemente quanto possíveis situações positivas”, disse.

Questionada sobre se as ações se vão repetir ao longo do ano letivo, Rita Mendes explicou que tal será decidido “em função da evolução da situação epidemiológica e do estado vacinal verificado”.

Na operação de testagem estão a ser realizados testes antigénio, com resultados obtidos em cerca de 15 minutos, uma rapidez que contribuirá para uma ação mais célere em eventuais casos positivos.

Até ao final do dia desta quinta-feira está prevista a testagem de 1.350 profissionais no conjunto dos distritos da Guarda e Castelo Branco, sendo que 342 pessoas são da zona da Covilhã.

Paula Alves, funcionária no infantário Santa Casa da Misericórdia da Covilhã, foi uma das profissionais que foi testada esta manhã, assumindo a relevância desta ação para minimizar quaisquer riscos.

“É sempre importante porque lidamos com muitas crianças e muitos pais e claro que é importante sermos testadas e sabermos se há algum risco”, disse.

Opinião semelhante tem Sónia Luís, que trabalha na creche do Centro Paroquial das Donas, no concelho do Fundão, e que já fez vários testes integrados em ações de testagem, considerando que os mesmos ajudam a que todos possam estar mais tranquilos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.