Tecnologia e energias renováveis entre os setores com maior previsão de crescimento de salários em 2021

Em 2021, os aumentos salariais não vão além dos 5%, mas as empresas estão focadas no bem-estar dos trabalhadores. IA e energias renováveis são os setores com maior crescimento, prevê a Robert Walters.

Devido ao impacto da pandemia da Covid-19, prevê-se que os aumentos salariais sejam muito moderados e quase metade dos trabalhadores não espera receber qualquer aumento durante este ano. As empresas estão focadas na transformação digital e no impacto ambiental, na produtividade dos trabalhadores e na aposta na gestão de benefícios para a saúde mental e para o bem-estar, o que faz com que o setor das tecnologias e das energias renováveis estejam entre aqueles para os quais se prevê um maior crescimento em 2021.

Por isso mesmo, entre os perfis mais procurados estão profissões relacionadas com as novas tecnologias, Inteligência artificial, energias renováveis e até do setor dos recursos humanos. Estas são algumas das conclusões do estudo Salary Survey Global 2021, da consultora Robert Walters, realizado em dezembro do ano passado a 100 empresas e 300 de profissionais em Portugal.

2021 sem aumentos e mais foco no desempenho

Em 2021, os aumentos salariais não serão expressivos e, de acordo com a Robert Walters, a maioria dos aumentos salariais ficará entre os 1% e 5%. Na mesma linha, 43% dos profissionais não espera receber um aumento salarial em 2021 e 35% não vai receber bónus. Apesar de a previsão não apontar para aumentos, 67% dos profissionais sentem-se confiantes relativamente a oportunidades de emprego no seu setor.

Relativamente aos bónus, em 45% dos casos este será definido pela antiguidade do colaborador na empresa e pelo cumprimento de metas individuais (39%). Embora muitas empresas esperem vir a cortar nos bónus este ano, nos casos em que estes existam será entre 1% e 15% do salário base total.

Relativamente aos aumentos, 65% das empresas afirma que irá basear os aumentos salariais no desempenho e produtividade do empregado e 45% nos resultados do setor e empresa. 29% das empresas irá também realizar melhorias na remuneração com base no potencial demonstrado pelo colaborador.

Setores da inteligência artificial e energias renováveis vão crescer em 2021

Transformação digital, e-commerce, analytics e business intelligence, inteligência artificial, data e robótica e energias renováveis serão os setores com previsão de maior crescimento em 2021, prevê a Robert Walters.

"As organizações devem implementar benefícios como flexibilidade e trabalho remoto, pois cada vez mais profissionais procuram oportunidades de emprego com esses benefícios, além de oportunidades de formação, melhor uso de tecnologias e maior foco no bem-estar.”

François-Pierre Puech

Senior manager da Robert Walters Portugal

Em grande medida, esta procura deve-se à melhoria de processos e implementação de metodologias lean nas organizações, à otimização de processos através da inteligência artificial e pelo crescimento do investimento exponencial nas energias renováveis a nível europeu em 2021.

entre os perfis mais procurados para 2021 estão as profissões de financial controller, business development, industrial technical director, talent acquisition specialist, compensation & benefits manager, data & analytics manager, DevOps engineer, digital marketing manager ou e-commerce manager.

Empresas querem mais “soft skills”

Cerca de 68% dos responsáveis de contratação está preocupado com a escassez de habilidades no seu setor, refere o estudo, e a procura intensifica-se por competências de personalidade e comportamento, as designadas soft skills. Em 2021, as competências mais requisitadas serão a capacidade de comunicação, de trabalho em equipa, de resolução de problemas, resiliência e pensamento crítico, revela a consultora.

Para atrair e reter talento, “as organizações devem implementar benefícios como flexibilidade e trabalho remoto, pois cada vez mais profissionais procuram oportunidades de emprego com esses benefícios, além de oportunidades de formação, melhor uso de tecnologias e maior foco no bem-estar. Os profissionais de change management, talent acquisition e especialistas de compliance & benefits irão ajudar as organizações em Portugal a reter o seu melhor talento, a encontrar os melhores profissionais disponíveis no mercado e a definir um pacote salarial equilibrado e atrativo”, sublinha François-Pierre Puech, senior manager da Robert Walters Portugal, citado em comunicado.

O estudo refere ainda que 68% dos responsáveis de contratação está preocupado com a escassez de talento e habilidades na área para a qual recrutam, sendo que sete em cada 10 consideram que a escassez de talento é especialmente preocupante para perfis mais seniores.

Para os responsáveis de contratação inquiridos, os maiores desafios quando procuram contratar novos profissionais são expectativas salariais e de benefícios demasiado elevadas por parte dos candidatos (62%), falta de soft skills essenciais (52%), falta de experiência no setor (51%) e falta de qualificações técnicas (28%). Para 24% dos inquiridos, existe uma e elevada competição por candidatos, principalmente na área de IT.

Este ano, o relatório da Robert Walters foi lançado numa plataforma digital, que inclui uma calculadora salarial que permite consultor os salários e funções em todos os países em que a consultora opera.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

2021 será de retoma, mas pandemia pode baralhar as contas

A incerteza sobre a economia é menor, mas esta continuará a condicionar 2021. O ano será de recuperação, porém as instituições oficiais e os economistas dividem-se quanto ao ritmo do crescimento.

Incerteza. Desde o início da pandemia que quando se fala de previsões económicas esta palavra surge. Sabia-se que o impacto seria grande, mas era difícil prever a dimensão exata. O número final da queda do PIB só se conhecerá daqui a um mês, mas agora as atenções estão viradas para 2021: após uma queda monumental, segue-se um ano também com incerteza, ainda que menor, e com a esperança de que a recuperação acelere ao longo do ano.

No quarto trimestre, a economia portuguesa vai interromper a recuperação que se registou no terceiro trimestre, de acordo com a expectativa da maioria dos economistas. Tal terá um efeito de arrastamento no primeiro trimestre de 2021, atrasando a recuperação económica. Pelo menos os três primeiros meses do ano ainda deverão ser condicionados severamente pela pandemia, com o inverno a pressionar o SNS e o arranque da vacinação ainda sem permitir um alívio das medidas.

Para 2021, há previsões para o PIB português para todos os gostos, do pessimismo da OCDE (+1,7%) ao otimismo do Fundo Monetário Internacional (+6,5%). No entanto, é de notar que estas foram feitas em momentos diferentes, o que é determinante para explicar os números — também determinante é a previsão para 2020, a qual influencia logo o valor do ano seguinte (quanto maior queda, maior o crescimento, tendencialmente). A da OCDE foi divulgada em dezembro enquanto a do FMI foi em outubro. Entre uma e outra encontram-se as restantes previsões: Banco de Portugal (+3,9%, dezembro), Conselho das Finanças Públicas (+5,4%, setembro), Ministério das Finanças (+5,4%, outubro) e Comissão Europeia (+5,4%, outubro).

Principais previsões para 2020 e 2021

Fonte: Conselho das Finanças Públicas.

Mas é provável que estas previsões mexam significativamente nas próximas revisões destas instituições porque a situação económica e pandémica regista avanços e recuos constantemente. Segundo uma comparação feita por José Nuno Santos, do Gabinete de Estratégia e Estudos, as previsões de crescimento do PIB português em 2021 foram crescendo à medida que se antecipava uma queda ainda maior em 2020 e depois começaram a baixar no final do ano com a expectativa de uma quebra inferior e uma recuperação mais lenta.

“As projeções para a taxa de variação em volume do PIB em 2021 de outras instituições oficiais não só denotam diferenças significativas como apresentam, mais recentemente, um pessimismo face à recuperação que contrasta com a perspetiva do Ministério das Finanças no OE 2021“, refere o economista, assinalando os “casos contrastantes” do FMI e da OCDE, “o primeiro com um otimismo crescente para 6,5%, a segunda com um pessimismo intenso, prevendo um crescimento de apenas 1,7% em 2021”.

Os economistas consultados pelo ECO encontram-se a meio caminho, entre a OCDE e o FMI. “Atualmente a previsão do FMI, feita antes do agravamento da segunda vaga da crise sanitária, parece um pouco otimista. Pelo contrário, a previsão da OCDE afigura-se demasiado pessimista, pressupondo um ano de dificuldades ou um controlo da pandemia apenas quando o ano já for bastante avançado”, sintetiza António Ascenção Costa, do ISEG. O economista não compreende a previsão por ser quase metade do crescimento previsto para a Zona Euro (3,6%)

É certo que em Portugal o peso do setor turístico pode limitar o crescimento, mas Portugal não costuma desalinhar muito do crescimento médio da área do euro“, argumenta, acrescentando ainda que “também não se percebe porque é que Espanha, apesar de ter decrescido mais em 2020, cresceria 5% e Portugal apenas 1,7%”. Menos afastado da OCDE está Pedro Braz Teixeira, do Fórum para a Competitividade, que prevê um crescimento entre 1 a 4% do PIB português em 2021, o que no cenário mais pessimista iria ao encontro do número da Organização. O economista nota que, independentemente dos números exatos, há um “padrão” nas previsões de dezembro da OCDE e do BCE: são menos pessimistas para 2020, mas menos generosas quanto ao ritmo de recuperação em 2021.

No caso de Ascenção Costa, o grupo de análise económica do ISEG ainda não adiantou uma previsão para 2021, mas o economista considera que, “em princípio, a expectativa é de aceleração da recuperação ao longo do ano à medida que as condições sanitárias forem melhorando“. “Depois de ter sido ganha a confiança no controle da crise sanitária a procura e a economia poderão crescer mais livremente, com menos constrangimentos, sobretudo os setores mais afetados dos serviços”, antecipa. Braz Teixeira também concorda que, “em princípio, sim, haverá uma aceleração da recuperação ao longo do ano”. Quanto a números concretos, António Ascenção Costa não se compromete para já: “Se o PIB irá crescer mais em 2021 ou 2022 depende, pois a fase de crescimento mais acelerado pode não coincidir com um ano civil“.

Ao ECO, Francesco Franco, professor da Nova SBE, também admite ser difícil fazer previsões, arriscando apenas cenários: no mais otimista, as vacinas são distribuídas rapidamente e a economia recupera entre 4 a 7%; no moderado, a distribuição é lenta e há novas variantes do vírus com a economia a crescer 1 a 3%; no pior cenário, as vacinas são distribuídas muito lentamente e a situação epidemiológica piora bastante com a economia a não crescer. “Penso que o primeiro cenário é ainda o mais provável“, admite Francesco Franco.

João Borges da Assunção, economista da Católica, revela que a previsão “é que o PIB de 2021 possa ficar entre 5 a 12% abaixo do produto de 2019, o que dependendo do que terá sido a evolução da economia em 2020 é compatível com os intervalos de previsão entre 1 e 7%”. O economista nota a imprevisibilidade da evolução da pandemia e da vacinação, antecipando “ressaltos e quebras”. “Tudo isso me parece essencialmente imprevisível, pelo menos com precisões de crescimento reduzidas apenas a um ou dois pontos percentuais”, sintetiza.

Os economistas do banco BIG — que não arriscam uma previsão — concordam que “2021 será um ano de recuperação económica, pois a presença da vacina vai possibilitar que vários setores voltem a operar numa certa ‘normalidade'”, mas alertam que “esta recuperação será sobre uma base económica inferior pelo que no final de 2021 o PIB de diversas economias continuará abaixo do registado no final de 2019“.

Já os economistas do Bankinter antecipam um crescimento de 5,5%, em linha com o Governo (5,4%), mas abaixo dos 5,7% que estimavam em setembro. “A reincidência da pandemia deve implicar nova queda no produto económico, desenhando uma recuperação económica em ‘W’“, antecipam, apostando numa recuperação “principalmente a partir do segundo trimestre”. Na liderança da recuperação económica estará o consumo privado, o consumo público e as exportações, na análise do Bankinter.

Riscos não desaparecem em 2021

Com 2020 pelas costas, os economistas avisam que “não vai ficar tudo bem” de repente e que ainda há riscos para a recuperação económica. Ao ECO, Pedro Braz Teixeira destaca três, a começar pelas contas públicas que “estão muito limitadas” em comparação com outros países europeus com uma resposta orçamental maior. “Portugal não está [a dar uma resposta orçamental maior] porque não tem margem para isso”, diz o economista, referindo que mesmo o fundo de recuperação europeu poderá ter um uso limitado este ano.

Em segundo lugar, o facto de Espanha ter previsões ainda piores que as de Portugal vai condicionar a recuperação da economia portuguesa. “Estamos muitos dependentes” de Espanha, recorda, assinalando que é normal “os países terem comércio sobretudo com os seus vizinhos”. Em terceiro lugar, o turismo. “O turismo português tem uma característica desagradável [neste tempo de pandemia] que é estar muito dependente do turismo externo dado que o turismo interno tem um peso relativamente pequeno”, alerta, argumentando que os turistas nacionais “não são suficientes” para recuperar o setor.

Já António Ascenção Costa avisa que “alguns dos impactos económicos e sociais da crise sanitária ainda podem vir a agravar-se” antes de melhorarem, nomeadamente pela lentidão do processo de controlo da pandemia e a eventualidade de haver “alguns retrocessos”. “Não antevendo este cenário como a mais provável, deve admitir-se que não é impossível”, confessa.

O economista do ISEG reconhece a implementação de um “conjunto de medidas necessário e de alívio do imediato e de curto prazo (um pouco por todo o lado) que tem empurrado alguns problemas para a futuro, na esperança de que então, quando o crescimento económico voltar, seja mais fácil lidar com eles“. Contudo, não se sabe o que acontecerá quando certas medidas terminarem, como é o caso das moratórias, daí que muitos responsáveis, incluindo o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, estejam a pedir uma retirada gradual (e lenta) dos apoios à economia.

Será útil perceber qual a dimensão da perda de capacidade produtiva da economia portuguesa, e por outro lado a velocidade de recuperação quando a economia reabre“, recorda João Borges da Assunção, referindo que “neste momento uma perda permanente na casa de 5 pontos percentuais do PIB potencial parece verosímil, mas ainda é cedo para estabilizar esse cálculo”. O economista lembra que há “claramente assimetrias setoriais”, com o setor da construção a sofrer “pouco” com a crise mas o setor do turismo (hotelaria, restauração e transporte aéreo) já perdeu “muito”, sendo que uma parte “de forma permanente”. “As políticas orçamental e monetária têm ajudado muito a economia, mas não podem repor a totalidade do que falta ao nosso produto potencial“, avisa.

Para os economistas do Bankinter será necessário ter em atenção três fatores para que a recuperação da economia seja “robusta”: resiliência do mercado de trabalho, resiliência do mercado imobiliário — “ambos com efeitos positivos na manutenção do poder de compra dos portugueses”, notam — e a aplicação dos fundos europeus ao longo dos próximos anos, o que será um “fator importante na retoma do investimento e no aumento da competitividade e estabilidade futura da economia”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Agência de notação financeira espanhola Axesor baixa rating de Portugal

  • Lusa
  • 11 Janeiro 2021

Axesor Rating estima que a economia do país só venha a recuperar em 2023 para os níveis pré-crise covid-19.

A agência de notação financeira espanhola Axesor Rating baixou esta segunda-feira a classificação de Portugal de BBB+ para BBB com tendência estável, avançando que a economia do país só irá recuperar em 2023 para os níveis pré-crise covid-19.

Na atualização da notação, a Axesor explica que a redução das perspetivas económicas se deve ao impacto que a crise sanitária está a ter na economia portuguesa altamente dependente do setor terciário (serviços) e turismo.

A empresa sublinha que a economia portuguesa só irá recuperar em 2023 dos níveis do nível que tinha antes da crise provocada pela pandemia de covid-19 iniciada em março de 2020. A Axesor estima que o défice orçamental se agrave para 7,3% e que o nível da dívida pública atinja um “máximo histórico” de 135%.

“Apesar do choque económico, Portugal mantém a força do seu mercado de trabalho, com uma taxa de desemprego estimada no final de 2021 de 7,7% e 6,0% em 2022.

A notação “valoriza a notável melhoria no sistema financeiro português”, bem como o papel que a banca, “mais capitalizada, com maiores níveis de qualidade de ativos e liquidez”, terá no processo de recuperação.

A empresa sublinha que esta classificação “não foi solicitada” pelo Estado português, o que indica a independência da nota atribuída. Depois da última crise financeira muitas instituições puseram em causa a independência das empresas de notação em relação aos Estados que pagavam para que essas classificações fossem publicadas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cerejeira Namora, Marinho Falcão abre novo escritório em Lisboa

A Cerejeira Namora, Marinho Falcão abriu um novo escritório em Lisboa em alinhamento com a estratégia de crescimento que está planeada para a sociedade nos próximos anos.

A sociedade de advogados Cerejeira Namora, Marinho Falcão começou a trabalhar desde o início do ano nas novas instalações do seu mais recente escritório em Lisboa. Este passo representa um “total alinhamento com a estratégia de crescimento que está planeada para a sociedade nos próximos anos”, segundo comunicado do escritório.

Para Nuno Cerejeira Namora representa ainda “um sério compromisso com a cidade de Lisboa onde a nossa atividade tem vindo a crescer nos últimos anos e onde os clientes procuram uma resposta mais rápida e exigente da nossa parte”.

“Este é um passo que demonstra a resiliência que temos vindo a adotar contra as adversidades do vírus e da pandemia, bem como um reforço no voto de confiança que os clientes depositam na nossa capacidade de criar valor em qualquer mercado. Hoje, mais do que nunca, estamos preparados para dar resposta a qualquer desafio”, nota Pedro Marinho Falcão.

O novo escritório de Lisboa foi concebido para privilegiar o “conforto dos espaços comuns e de clientes”, estando alinhado com as necessidades e estratégia de crescimento da sociedade. Situado no Edifício Castil, no cruzamento entre a Rua Castilho e a Braamcamp, o novo espaço conta agora com uma “decoração moderna e totalmente renovada”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Novo Banco quer espaços de proximidade com cliente

O Espaço Novo Banco onde decorreu a entrevista com António Ramalho foi uma uma experiência-piloto para uma nova forma de relacionamento com os clientes. Veja a fotogaleria.

A escolha do local não foi aleatória: António Ramalho recebeu o ECO no novo Espaço Novo Banco, em Lisboa, um novo formato de balcão… em que o balcão está quase escondido.

António Ramalho, CEO do Novo Banco, em entrevista ao ECO - 08JAN21
António Ramalho, CEO do Novo Banco, fotografado em frente ao balcão de São Domingos de BenficaHugo Amaral/ECO

Este espaço é o futuro. Aquilo que nós, desde 20 de julho do ano passado, começámos a pensar a relação com os clientes do ponto de vista físico. Portanto, transformámos os balcões do passado naquilo a que chamamos este espaço de encontro, este espaço de relacionamento, este espaço de portugalidade. É isto que está subjacente à criação destes espaços, modulares, com funcionalidades distintas”, afirma António Ramalho, o presidente executivo do Novo.

É um balcão-piloto, uma experiência, onde estamos a dar os primeiros passos da banca de futuro, de encontro, de relacionamento de proximidade, e por isso tem de ter um espaço diferente“, acrescenta o gestor, que começou neste início do ano um novo mandato de quatro anos.

Veja a fotogaleria do Espaço Novo Banco.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cortiça, calçado e vinhos verdes esperam reforço das exportações

  • Lusa
  • 11 Janeiro 2021

A vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais dos EUA é encarada com “expectativa” pelos setores portugueses da cortiça, calçado e vinho verde.

A vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais dos EUA é encarada com “expectativa” pelos setores portugueses da cortiça, calçado e vinho verde, para quem o mercado norte-americano assume particular relevância e poderá agora ganhar novo fôlego.

“É bom termos hoje novamente alguém nos Estados Unidos que possa voltar a olhar para as relações com a Europa de uma forma aberta e que reinicie um diálogo histórico e de sucesso entre aqueles que são os dois maiores blocos de consumo e de comércio a nível mundial, com respeito pelas práticas ambientais e pela responsabilidade que os grandes países e nações têm na condução das grandes políticas internacionais”, afirmou o presidente da Associação Portuguesa da Cortiça (APCOR) em declarações à agência Lusa.

Segundo João Rui Ferreira, o desafio já assumido pelo presidente eleito Biden de inversão das políticas ambientais norte-americanas, após o seu antecessor Donald Trump ter decidido abandonar o Acordo de Paris, é “uma boa notícia para todo o mundo” e, em particular, para o setor português da cortiça.

“Os Estados Unidos ambicionam voltar a liderar o mundo no combate às alterações climáticas, trazendo o ambiente para a ordem do dia, e a cortiça, com todo o potencial e com todas as credenciais ambientais e de economia circular que transporta, será certamente um dos produtos ganhadores neste contexto global”, salienta.

Adicionalmente, o líder da APCOR nota que a escolha por parte de Joe Biden (que toma posse em 20 de janeiro) de nomes como Antony Blinken para secretário de Estado e de Linda Thomas-Greenfield para embaixadora nas Nações Unidas- em ambos os casos “políticos com uma perspetiva muito global de diplomacia e de relações globais” – evidencia a vontade de “uma abertura maior nas relações bilaterais nos EUA com outras regiões do mundo”.

“E eu olho com particular atenção para as relações bilaterais entre os Estados Unidos e a União Europeia e, sobretudo, com os países da União Europeia que têm forte produção vitivinícola”, salientou.

Segundo os dados da APCOR, as exportações portuguesas de cortiça para os EUA aumentaram 50% entre 2010 e 2019, passando dos 120 para os 180 milhões de euros, destacando-se este país “tradicionalmente como o segundo maior mercado para as exportações” do setor, a seguir à França, mas que em 2020 terá ascendido à primeira posição do ‘ranking’.

“A cortiça é o segundo maior exportador para o mercado [norte-americano], com cerca de 6 a 7% do total das exportações portuguesas de bens para os EUA nos últimos anos”, destacou João Rui Ferreira.

Não surpreende, por isso, que os Estados Unidos tenham captado a maior fatia do investimento em promoção feito pelo setor na última década e vão agora absorver um terço do orçamento da campanha internacional a iniciar este ano (1,1 milhões de euros de um total de três milhões de euros a investir em promoção entre janeiro de 2021 e meados de 2022).

Também para os vinhos verdes portugueses os EUA se destacam, há já mais de uma década, como o principal mercado de exportação, com compras de 14,5 milhões de euros em 2019 e uma subida percentual de dois dígitos prevista para 2020.

Até outubro já tínhamos chegado aos 14 milhões de euros, estávamos com um aumento de 14% para o mercado norte-americano, portanto vamos terminar o ano bastante acima disso”, disse à agência Lusa o presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV).

Segundo Manuel Pinheiro, os vinhos portugueses foram passando “no meio dos pingos da chuva” de tarifas levantadas pela administração Trump sobre vários vinhos europeus, nomeadamente franceses e alemães, pelo que registaram até “alguns ganhos de mercado” face aos concorrentes no mercado norte-americano.

Convicto, por isso, de que a mudança de liderança nos EUA “não irá beneficiar ou prejudicar” diretamente a região dos vinhos verdes, o presidente da CVRVV considera, contudo, que a previsível alteração da “política estratégica” norte-americana face à União Europeia favorecerá as relações comerciais entre os dois blocos e, logo, também o setor.

“Parece-nos que o ambiente de diálogo União Europeia/EUA se vai favorecer, o que é importante para as tarifas e para a proteção nos Estados Unidos das denominações de origem europeias, que é um ponto muito relevante para nós. Portanto, vemos com expectativa positiva esta evolução, mesmo não tendo o nosso setor sido muito prejudicado”, afirmou.

Destacando-se como o maior importador mundial de calçado, os EUA foram há já alguns anos assumidos como “o mercado com mais potencial de crescimento para a indústria portuguesa de calçado e de artigos de pele”, conforme recordou à Lusa o diretor de comunicação da Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS).

“Esta radiografia mantém-se válida. Os Estados Unidos são o mercado mais relevante, onde todas as grandes marcas internacionais estão presentes”, reiterou Paulo Gonçalves.

Salientando que, nos últimos cinco anos, as exportações de calçado português para aquele país “quase que duplicaram”, Paulo Gonçalves precisou que as vendas para os Estados Unidos e Canadá se aproximam já dos 100 milhões de euros, dos quais cerca de 80 milhões para os EUA, o que traduz um crescimento de “quase cinco vezes” face aos 20 milhões de euros do início da década.

Esta “grande expectativa” do calçado face ao mercado norte-americano foi, contudo, refreada durante a presidência de Trump, dadas as “dificuldades adicionais” criadas com a suspensão do acordo de livre comércio entre a União Europeia e os EUA, designadamente “um conjunto de barreiras alfandegárias e não alfandegárias que impede as empresas portuguesas de serem mais competitivas naquele mercado”.

“Ainda que nos últimos quatro anos as nossas exportações para os Estados Unidos não tenham deixado de crescer, foram anos frustrantes, na medida em que as expectativas que tínhamos com a assinatura deste acordo de livre comércio e o desenvolvimento natural do mercado que esperávamos não aconteceu”, explicou o diretor de comunicação.

Com a tomada de posse de Joe Biden, a APICCAPS aguarda a retoma do acordo de livre comércio com a União Europeia, considerando que “pode ser uma excelente oportunidade para as empresas portuguesas”: “Devido à pandemia estamos numa fase completamente extraordinária das nossas vidas, mas, assim que tivermos condições de regressar aos mercados, um dos países onde vamos apostar vai ser certamente o norte-americano”, assegurou Paulo Gonçalves.

Nova Iorque, Boston, Atlanta, Chicago, San Francisco e Los Angeles são as seis cidades identificadas pela associação como podendo ser “muito interessantes para as empresas portuguesas de calçado”, pelo que serão o alvo direto do setor, avançou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PSD paga multa de 5 mil euros por falha nas contas da recandidatura de Passos Coelho

  • ECO
  • 11 Janeiro 2021

O Tribunal Constitucional multou o PSD em 5 mil euros por uma falha de justificação nas contas da campanha de 2015. Em causa estão os 600 mil euros pagos à empresa do diretor de campanha da PAF.

A Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP) identificou a falha e, depois de ouvido o partido, o Tribunal Constitucional (TC) decidiu confirmar a multa de cinco mil euros ao PSD e outra do mesmo montante ao CDS, o qual fazia parte da coligação Portugal À Frente (PAF). Em causa está uma falha de justificação nas contas da campanha que se refere aos 600 mil euros pagos à agência do publicitário brasileiro André Gustavo, o diretor de campanha, avança a TSF esta segunda-feira.

A ECFP e o TC consideram que as “notas fiscais” emitidas pela Secretaria das Finanças da Prefeitura do Recife (Brasil) em nome da Arcos de Propaganda (agência de publicidade do estratega André Gustavo) são demasiado genéricas, referindo apenas “planejamento e assessoria na campanha”, o que não permite “fazer qualquer tipo de luz sobre a natureza e duração dos serviços contratados, sendo [as faturas] manifestamente insuficientes”.

A necessidade de detalhe prende-se com a norma das contas eleitorais de que os gastos — que são maioritariamente pagos pelos contribuintes — têm de estar em linha com os valores de mercado, tendo em conta a sua razoabilidade. Perante a falta de clarificação, a ECFP concluiu que não havia “dados comparativos de mercado”. Os juízes do Palácio Ratton acabaram por concluir que houve “dolo eventual” por parte da PAF.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nas notícias lá fora: Santander, China e Sanofi

Santander vai encerrar mais de mil agências, enquanto Sanofi compra fabricante de anticorpos Kymab por 1,45 mil milhões de dólares. China com mais de uma centena de casos, valor mais alto desde julho.

O coronavírus continua a marcar a atualidade internacional. Em Espanha, o Banco Santander vai encerrar mais de mil agências entre fevereiro e julho deste ano. Em Itália, o Presidente Sergio Mattarella apelou aos partidos para aprovarem o plano de recuperação da União Europeia (UE) antes de enfrentarem uma crise política que se aproxima. O número de contágios por Covid-19 está a aumentar a uma escala global, sendo que a China enfrenta o valor mais alto desde julho do ano passado. A empresa farmacêutica Sanofi acaba de comprar o fabricante de anticorpos Kymab por 1,45 mil milhões de dólares. A nível tecnológico, a operadora de telecomunicações sueca Tele2 escolheu a Nokia para a rede central 5G.

Expansión

Santander arranca em fevereiro com encerramento de mil agências

O Banco Santander, que acaba de iniciar um programa de despedimentos coletivos por razões financeiras, anunciou que entre fevereiro e julho de 2021 fechará 1.033 balcões em Espanha. Estes encerramentos vão afetar 3.600 empregados e vão reduzir a sua rede para cerca de 2.000 agências. Em 2019 Santander fechou 1.150 agências para eliminar a duplicação após a absorção do Banco Popular.

Leia a notícia completa no Expansión (acesso pago, conteúdo em espanhol)

U.S.News

Itália pede aos partidos que aprovem Plano de Recuperação da UE antes de qualquer crise

O Presidente italiano, Sergio Mattarella, apelou aos partidos para aprovarem o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) da União Europeia antes de enfrentarem uma crise política que se aproxima. O primeiro-ministro Giuseppe Conte vai defrontar o seu parceiro de coligação e antigo primeiro-ministro Matteo Renzi o que poderá derrubar o Governo. O pequeno partido Italia Viva de Renzi, cujos deputados sustentam a maioria parlamentar de Conte, apelou a mudanças radicais nos planos do Executivo com vista a relançar a economia.

Leia a notícia completa na U.S.News (acesso livre, conteúdo em inglês)

Financial Times

China com mais de uma centena de casos, valor mais alto desde julho

A Comissão de Saúde da China anunciou esta segunda-feira que identificou 103 casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, o valor mais alto desde finais de julho, com 85 casos por contágio local. A maior partes dos casos locais (82) foram registados na província de Hebei, que circunda Pequim, onde foi detetado um novo surto. Desde então, as autoridades chinesas impuseram uma quarentena à capital, Shijiazhuang, com 11 milhões de habitantes, de pelo menos uma semana, e vão testar todos os residentes.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso livre, conteúdo em inglês)

Bloomberg

Sanofi compra fabricante de anticorpos Kymab por 1,45 mil milhões de dólares

A empresa farmacêutica Sanofi concordou em comprar o fabricante de anticorpos monoclonais Kymab no valor de 1,45 mil milhões de dólares (1,19 mil milhões de euros) para obter medicamentos experimentais para doenças inflamatórias. O fabricante francês de medicamentos ganhará direitos globais ao KY1005, um anticorpo monoclonal humano com um novo mecanismo de ação, afirmou em declaração. O medicamento desenvolvido por Cambridge tem o potencial de tratar uma variedade de doenças imuno-mediadas e distúrbios inflamatórios. A Sanofi quer reforçar o seu pipeline de novos medicamentos. No ano passado, concordou em gastar 3,4 mil milhões de dólares (2,8 mil milhões de euros) para a empresa americana de biotecnologia Principia Biopharma Inc. (Principia Biopharma Inc.).

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Reuters

Tele2 da Suécia escolhe Nokia para a rede central 5G

A operadora de telecomunicações Tele2 vai estabelecer uma parceria com a Nokia da Finlândia para a implementação da sua rede central 5G na Suécia e no Báltico, avançou esta segunda-feira a operadora. “Estamos orgulhosos de expandir a nossa relação de longa data com a Tele2 à medida que avançamos para a era 5G”, disse Raghav Sahgal, Presidente da Nokia Cloud and NetworkServices, em comunicado.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Após vitória de Biden, Guterres quer segundo mandato na ONU

  • ECO
  • 11 Janeiro 2021

O atual secretário-geral das Nações Unidas já informou os países de que quer fazer um segundo mandato no cargo. A vitória de Joe Biden terá ajudado a tomar a decisão.

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, terá dito este domingo aos cinco membros permanentes do conselho de segurança da ONU (EUA, Reino Unido, França, China e Rússia) que quer fazer um segundo mandato, de acordo com a Bloomberg que cita dois diplomatas. Guterres deverá informar o presidente da assembleia-geral da ONU em breve, ainda que oficialmente o seu gabinete não faça comentários sobre este tema.

Os anteriores secretários-gerais da ONU também serviram durante dois mandatos. O ex-primeiro-ministro está no cargo desde 2017 com um mandato de cinco anos que terminará no final de 2021. Os diplomas que falaram com a Bloomberg explicaram que a decisão de recandidatar-se estava pendente dos resultados das eleições norte-americanas. A vitória de Joe Biden dá mais conforto ao português uma vez que Donald Trump criticou a organização, ameaçando cortar a contribuição dos EUA.

Já o democrata Biden pretende reverter a política isolacionista de Trump, regressando ao multilateralismo através da ONU, desde logo ao restabelecer a posição dos EUA no acordo nuclear com o Irão sob certas condições, além de voltar a colaborar com outras organizações internacionais como a OMS e entrando novamente no acordo climático de Paris. Este último pormenor é importante para Guterres que tem feito da emergência climática uma das prioridades do seu mandato.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Japão deteta uma nova estirpe do vírus em passageiros provenientes do Brasil

  • Lusa
  • 11 Janeiro 2021

Japão detetaram uma nova estirpe do vírus que provoca a Covid-19 distinta das identificadas no Reino Unido e África do Sul, em passageiros provenientes do Brasil.

As autoridades sanitárias do Japão detetaram uma nova estirpe do vírus que provoca a Covid-19 distinta das identificadas no Reino Unido e África do Sul, em passageiros provenientes do Brasil.

Segundo o Ministério da Saúde do Japão e o Centro Nacional de Doenças Infecciosas nipónico (NIID, na sigla original), os doentes infetados, um homem na faixa dos 40 anos, uma mulher de cerca de 30 e dois adolescentes, tiveram resultado positivo nos testes de Covid-19 realizados à chegada ao aeroporto internacional de Tóquio, no dia 02 de janeiro, num voo proveniente do Brasil.

Três manifestaram sintomas da doença, como dificuldades respiratórias, febre e dores de garganta, durante a quarentena obrigatória para viajantes que chegam ao Japão.

Apesar de a variante detetada “ter semelhanças com as estirpes” identificadas recentemente no Reino Unido e na África do Sul, “que são motivo de preocupação por serem mais contagiosas”, o tipo de vírus em causa não parece ter sido identificado antes, explicou o NIID em comunicado.

O Ministério da Saúde nipónico já informou as autoridades do Brasil e a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Em comunicado, as autoridades brasileiras precisaram que, “segundo informações fornecidas ao Ministério da Saúde brasileiro pelas autoridades sanitárias japonesas, a nova variante possui 12 mutações, sendo que uma delas é a mesma encontrada em variantes já identificadas no Reino Unido e na África do Sul, o que implica um maior potencial de transmissão do vírus”.

Na nota, o Ministério da Saúde do Brasil informou ainda que os quatro passageiros chegaram ao Japão “após uma temporada no Amazonas”.

O Ministério brasileiro já pediu ao Japão “informação sobre a nacionalidade dos viajantes” e sobre os locais por onde passaram no Brasil, para fazer o rastreio de contactos, pode ler-se no comunicado.

De acordo com as autoridades japonesas, para já “é difícil determinar a infecciosidade, patogenicidade ou impacto nos testes e vacinas”.

O Japão registou 34 infeções com estirpes detetadas recentemente no Reino Unido e África do Sul, incluindo três casos de transmissão local, dois dos quais com origem numa pessoa que tinha estado no Reino Unido.

Na quinta-feira, o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, declarou um novo estado de emergência em Tóquio e na área metropolitana durante um mês, perante o aumento de novas infeções diárias devido ao novo coronavírus.

Desde o início da pandemia, o Japão registou mais de 280 mil casos de Covid-19, além de cerca de 4.000 mortes provocadas pela doença.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.926.570 mortos resultantes de mais de 89 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Franceses da Saur compram Aquapor e vencem Carlos Slim na corrida

A Aquapor é responsável pela gestão de sistemas de água e resíduos em Portugal, e está presente em Moçambique, Cabo Verde e Arábia Saudita.

A Saur chegou a acordo com a DST Ambiente para comprar a Criar Vantagens, detentora de 100% da Aquapor, empresa líder na gestão de concessões municipais de água em Portugal. A empresa francesa de purificação de água venceu assim Carlos Slim que também estava na corrida para a compra da empresa portuguesa.

“A operação irá gerar sinergias significativas, nomeadamente através da partilha das melhores práticas, da mobilização do reconhecido expertise da Aquapor para o desenvolvimento internacional e da viabilização do acesso do mercado português a soluções e tecnologias da Saur”, de acordo com o comunicado da empresa enviado às redações.

A Aquapor é responsável pela gestão de sistemas de água e resíduos em Portugal, e está presente em Moçambique, Cabo Verde e Arábia Saudita, onde tem uma participação na empresa que fornece serviços de abastecimento de água e tratamento de esgotos para as cidades industriais de Jeddah 2 e 3, onde a Saur já é uma operadora líder.

A “cobertura nacional única” da Aquapor “é uma vantagem competitiva decisiva no mercado”, sublinha a Saur em comunicado, prometendo aos clientes da Aquapor “acesso aos recursos de um grupo internacional líder em água pura, em termos de digitalização, experiência em engenharia, investigação e desenvolvimento e capacidades de investimento”.

A Saur, que também tem presença internacional na Europa, Médio Oriente e América Latina, é especializada em gestão de concessões de água municipal, engenharia, e gestão de água industrial e tem um portfolio de soluções tecnológicas para ajudar na transição para soluções mais ecológicas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EDP Renováveis cai mais de 5% e arrasta PSI-20 para o vermelho

A bolsa nacional está a desvalorizar quase 2% no arranque da sessão desta segunda-feira. A maior parte das cotadas está em baixa, incluindo a EDP Renováveis que cede mais de 5%.

O principal índice nacional está a cair 1,95% para os 5.145,12 pontos esta segunda-feira, acompanhando as perdas que se registam no resto da Europa. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, também segue em baixa. As bolsas corrigem assim dos máximos de março alcançados na semana passada.

Na Europa, a bolsa alemã, a britânica e a francesa seguem com perdas ligeiras, sendo penalizadas pelo aumento de infeções e o reforço das restrições para controlar a pandemia. Nos EUA, os investidores aguardam pelos desenvolvimentos dos próximos dias, nomeadamente se haverá um ‘impeachment’ do atual Presidente, mas o foco está nas políticas que Joe Biden, o próximo Chefe de Estado cuja tomada de posse acontece dia 20, vai implementar agora que os democratas controlam as duas câmaras do Congresso norte-americano.

Em Lisboa, a maioria das cotadas do PSI-20 estão a desvalorizar no início desta sessão. A maior queda é protagonizada pela EDP Renováveis cujas ações descem 5,66% para os 24,15 euros. Porém, este deslize acontece depois de a cotada ter quebrado máximos consecutivamente nas últimas semanas, beneficiando do esperado boom das renováveis em todo o mundo.

Ainda nas quedas, destaque para o BCP que perde 2,33% para os 13,84 cêntimos e a Ibersol que desvaloriza 4,77% para os 4,99 euros. A Pharol, Semapa, Navigator, a Ramada e a EDP também descem mais de 1%.

A única cotada que neste momento está a subir é a Nos que valoriza 0,72% para os 3,07 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.