1.727 rondas depois, termina leilão do 5G. Rende 566,8 milhões no total

A fase principal do leilão do 5G terminou esta quarta-feira, ao fim de 1.727 rondas de licitações. Meo, Nos, Vodafone, Nowo, Dense Air e Dixarobil vão oferecer serviços de quinta geração em Portugal.

A fase principal do leilão do 5G terminou esta quarta-feira, pondo fim a um longo processo que começou no final de dezembro. Nas duas fases da operação, as licenças postas à venda foram adquiridas pela Meo, Nos e Vodafone, mas também pela Nowo, Dense Air e Dixarobil, anunciou a Anacom. Estas são as empresas que vão oferecer em Portugal redes de comunicações eletrónicas de quinta geração.

O produto total da venda dos direitos de utilização das frequências superou ligeiramente os 566,8 milhões de euros, mais do dobro dos 237,9 milhões de euros que eram pedidos inicialmente pelo regulador. Parte do dinheiro deverá ser usado pelo Governo para financiar um conjunto de projetos rodoviários.

Das três principais operadoras, foi a Nos que mais investiu na aquisição de licenças. A empresa liderada por Miguel Almeida aplicou mais de 165 milhões de euros no leilão e fica com dois lotes na faixa dos 700 MHz (relevante nesta fase de transição), dois lotes na faixa dos 900 MHz (que podem ser usados para melhorar a rede 4G), um lote nos 2,1 GHz e 10 lotes na faixa dos 3,6 GHz, ambas frequências de quinta geração.

A segunda empresa que mais investiu foi a Vodafone. A companhia presidida por Mário Vaz aplicou pouco mais de 133,2 milhões de euros na compra 11 lotes: dois nos 700 MHz e os restantes nos 3,6 GHz. Seguiu-se a Meo, com um investimento de quase 125,23 milhões de euros. A atual operadora líder de mercado fica com um lote na faixa dos 700 MHz, dois lotes nos 900 MHz (4G), um lote nos 2,1 GHz e nove lotes nos 3,6 GHz.

Além destas, outras três empresas compraram licenças no leilão do 5G. A Másmóvil, através da operadora Nowo, investiu quase 70,22 milhões de euros e ficou com dois dos três lotes nos 1.800 MHz que a Anacom pôs à venda numa fase exclusiva para novos entrantes. O grupo comprou também licenças nos 2,1 GHz e nos 3,6 GHz, o que indicia que a empresa tenciona lançar redes 4G e 5G em Portugal.

O nome menos conhecido entre os vencedores deste leilão é o da Dixarobil. O ECO confirmou tratar-se de uma subsidiária criada em Portugal pelos romenos da Digi Communications, através do ramo que tem em Espanha. O grupo investiu cerca de 67,34 milhões de euros, dos quais 30 milhões num lote nos 900 MHz, 18,2 milhões num lote nos 1.800 MHz e o restante montante em lotes nos 3,6 GHz. A empresa deverá avançar também com redes 4G e 5G em Portugal.

A empresa que menos investiu foi a Dense Air. A operadora britânica já tinha licenças de 5G que herdou de uma empresa antiga e foi ao leilão prolongar os seus direitos e adquirir um pouco mais de espetro. Aplicou 5,765 milhões de euros no total e deverá oferecer serviços grossistas a outras empresas do setor.

“Terminou hoje a fase de licitação principal do Leilão 5G e outras faixas relevantes após 1.727 rondas e, consequentemente, concluiu-se a fase de licitação do leilão”, anunciou o regulador num comunicado. Foi convocada uma conferência de imprensa com o presidente da Anacom, João Cadete de Matos, para as 11h00 de quinta-feira.

Quem investiu mais no leilão do 5G?

  • Nos: 165,091 milhões de euros
  • Vodafone: 133,205 milhões de euros
  • Meo: 125,229 milhões de euros
  • Nowo: 70,215 milhões de euros
  • Dixarobil: 67,337 milhões de euros
  • Dense Air: 5,765 milhões de euros

Cadete debaixo de fogo

A conclusão da fase mais importante do leilão português do 5G acontece numa altura em que o Conselho de Administração da Anacom, liderado por João Cadete de Matos, tem estado sob fogo cerrado das operadoras e dos políticos. Há exatamente uma semana, no Parlamento, o primeiro-ministro lançou fortes críticas à atuação da entidade reguladora, considerando que “inventou o pior modelo de leilão possível” para o 5G.

As declarações de António Costa tornaram o leilão do 5G e a Anacom em concreto num autêntico facto político. Paulo Rangel, candidato anunciado a presidente do PSD, veio sugerir depois que o Governo deveria demitir Cadete de Matos. O tema nem sequer passou ao lado do debate do Orçamento do Estado para 2022, com Adão Silva (PSD) a criticar o Governo pelo nome escolhido há uns anos para a liderança do regulador.

Uma semana depois do ataque de António Costa, o leilão do 5G termina e a Anacom anuncia os resultados da venda a poucos minutos da votação do Orçamento do Estado para 2022 no Parlamento. O documento acabou por ser chumbado, desencadeando uma crise política. António Costa disse que não se demite. Resta saber se é o Governo que cai, por via da possível dissolução da Assembleia da República se for essa a vontade de Marcelo Rebelo de Sousa.

O ECO contactou o Ministério das Infraestruturas e Habitação no sentido de obter uma reação à conclusão do leilão de frequências do 5G. Encontra-se a aguardar resposta.

Nos diz-se “vencedora do leilão”

Num comunicado divulgado após o anúncio dos resultados do leilão, a operadora Nos clama vitória: “Terminou hoje [quarta-feira] o leilão para a atribuição de frequências 5G com a Nos a ser a empresa com maior quantidade de espetro adquirido e o mais elevado investimento de todos os participantes, cumprindo em absoluto todos os objetivos traçados na sua estratégia para a quinta geração de redes móveis.”

Falando no “mais longo leilão de sempre” (foi, efetivamente, um dos mais longos, senão mesmo o mais longo em toda a União Europeia até ao momento), a Nos afirma ter adquirido “todo o espetro possível para a exploração da nova tecnologia”. Além do 5G, a empresa aponta para um “reforço da sua rede 4G e melhoria da qualidade do serviço em todo o território nacional”.

A Nos assume querer “liderar o 5G” no país. “É uma oportunidade para conquistarmos a liderança das comunicações em Portugal. Não podíamos estar mais satisfeitos com o desfecho do leilão, desde o desenho da estratégia até à concretização plena dos objetivos, apesar de ter sido um processo atípico, que ficou marcado pela situação pandémica e manchado pela atuação do regulador”, diz Miguel Almeida, presidente executivo da operadora, citado no comunicado.

“Assumimos desde o início que sairíamos vencedores deste leilão. Graças ao espetro que adquirimos, garantimos a melhor rede 5G, a qual permitirá acelerar a transição de Portugal para um país mais digital e garantir o desenvolvimento sustentável da sociedade e da economia nacional”, acrescenta o gestor.

Também a Vodafone anunciou, em comunicado, ter adquirido espetro, “garantindo o lançamento do 5G em Portugal”. A empresa diz ter comprado 110 MHz de espetro por 133,2 milhões de euros, e Mário Vaz, presidente executivo, aproveitou a ocasião para criticar o regulamento promovido pela Anacom.

“Estou desapontado com o facto de o regulamento do leilão ter sido mal pensado e desenhado e pela sua demora excessiva, que resultou num atraso significativo na implementação do 5G em Portugal em relação a outros países europeus — com consequências prejudiciais para os portugueses, as empresas e a economia em geral”, afirma o presidente executivo da Vodafone, citado em comunicado.

Meo, Nos e Vodafone tentaram por várias vezes travar o leilão do 5G por via de processos em tribunal e providências cautelares, sem sucesso. A Anacom chegou a criticar estas operadoras por, alegadamente, estarem a fazer arrastar o processo com licitações de valores muito baixos, de 1% e 3% (as operadoras recusam essa intenção). Para tentar acelerar a venda, o regulador acabou por aprovar duas alterações ao regulamento do leilão, no início e no fim do verão.

(Notícia atualizada pela última vez a 28 de outubro, 11h15)

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Ana Jorge será a nova presidente da Cruz Vermelha Portuguesa

  • Lusa
  • 27 Outubro 2021

O Conselho Supremo chegou esta quarta-feira a consenso em torno de Ana Jorge, nome que irão agora propor ao primeiro-ministro e ao ministro da Defesa Nacional para ocupar o cargo de presidente da CVP.

O Conselho Supremo da Cruz Vermelha Portuguesa aprovou esta quarta-feira Ana Jorge, médica pediatra, como futura presidente da instituição, substituindo no cargo Francisco George, disse à Lusa a secretária-geral da CVP.

Ana Jorge, antiga ministra da Saúde, foi o nome indicado pelo Governo para presidir à Cruz Vermelha Portuguesa.

Reunidos esta quarta-feira, os conselheiros chegaram a consenso em torno de Ana Jorge, nome que irão agora propor ao primeiro-ministro e ao ministro da Defesa Nacional para ocupar o cargo de presidente da CVP.

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BCP ainda tem 730 milhões de euros de crédito em moratória

Apesar do fim do regime das moratórias no final de setembro, o banco liderado por Miguel Maya ainda tem 730 milhões de euros de crédito suspenso pela medida.

O regime público das moratórias acabou no final de setembro, mas o BCP ainda tem cerca de 730 milhões de euros de crédito abrangido por esta medida, de acordo com as contas apresentadas esta quarta-feira.

Estas moratórias dizem respeito a adesões que tiveram lugar entre janeiro e março e que permitiu aos clientes beneficiarem da medida por mais nove meses no máximo, com as moratórias a terminarem agora entre outubro e dezembro.

Segundo o banco, das moratórias ainda ativas, 624 milhões de euros dizem respeito a crédito de empresas e outros 106 milhões são relativos a particulares.

Ainda assim, estes números representam uma pequena parte das moratórias que o BCP chegou a ter. Em setembro, com a descontinuação do regime, expiraram 6,2 mil milhões de euros em moratórias, divididas em igual parte entre empresas e famílias.

O banco adianta que 90% do montante das moratórias corresponde a crédito “performing”, sendo que 9,5% está em “stage 3″.

“Estamos muito tranquilos com a evolução destas moratórias. Mas não quer dizer que não haja situações preocupantes. Estamos tranquilos com a floresta, mas cada situação em si pode ser preocupante e merece a nossa maior atenção”, disse Miguel Maya na apresentação dos resultados.

O banco registou um lucro de 60 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma redução de mais de 59% em termos homólogos.

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Lucro da Jerónimo Martins sobe 48% para 324 milhões até setembro

A dona do Pingo Doce registou uma subida de 48% nos lucros nos primeiros nove meses do ano, com as vendas a ascenderem a 15,2 mil milhões de euros. Soares dos Santos prevê "atingir objetivos" em 2021.

A Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce, registou uma subida de 47,7% nos lucros, para 324 milhões de euros, durante os primeiros nove meses de 2021, segundo um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Nos primeiros nove meses do ano, as vendas da retalhista portuguesa, que tem operações também na Polónia e na Colômbia, ascenderam a 15,2 mil milhões de euros, o que corresponde a uma subida de 7,1% face a igual período do ano passado.

No documento divulgado esta quarta-feira, o presidente e administrador-delegado, Pedro Soares dos Santos, destaca que as insígnias detidas pelo grupo terminaram os primeiros nove meses do ano com “posições de mercado mais fortes, em resultado da consistência do trabalho desenvolvido para consolidar liderança em preço e qualidade”.

“A dois meses do final do ano, com a época do Natal a aproximar-se e mesmo com incerteza em torno da evolução da pandemia, os resultados já conseguidos reforçam a nossa confiança de que atingiremos os objetivos de crescimento traçados para o ano”, acrescentou o gestor.

Se as vendas progrediram 7%, “o desempenho registado em todas as insígnias permitiu a alavancagem operacional”, levando o EBITDA a crescer 11,1%, acima do incremento das vendas, com o valor a incluiu 13 milhões de euros de custos relacionados com a Covid-19.

Os custos financeiros líquidos ascenderam a 119 milhões de euros até setembro (compara com 140 milhões de euros no período homólogo), “incorporando perdas de conversão cambial de 4 milhões de euros, relativas a ajustes de valor das responsabilidades com locações operacionais denominadas em euros na Polónia”, que no período homólogo tinham sido de 20 milhões de euros.

Impulso polaco e recuperação colombiana

O Pingo Doce e o Recheio aumentaram vendas e resultados, “apesar de as circunstâncias de mercado se terem mantido exigentes, sobretudo até julho, com a circulação de pessoas a permanecer baixa e um setor Horeca ainda muito fragilizado”. Até setembro, com mais cinco lojas, o Pingo Doce aumentou as vendas em 3,9%, para 3.000 milhões de euros; e o Recheio vendeu 660 milhões de euros (+3,2%).

Na Polónia, a Biedronka abriu 75 lojas (59 adições líquidas) e remodelou 232 localizações durante este ano, fechando os três primeiros trimestres com um crescimento de 10,3% nas vendas, em moeda local. A faturação da Hebe teve um registo semelhante (10,8%), com destaque para as vendas online, que mais do que duplicaram.

A colombiana Ara registou um “forte” crescimento de vendas (31,6% em moeda local) no período em análise, beneficiando da melhoria do “ambiente operacional” no terceiro trimestre, “à medida que o número diário de infeções foi controlado e as tensões sociais, apesar de persistirem, não terem impactado a cadeia de abastecimento nacional da mesma forma que no segundo trimestre”.

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Portuguesa Square AM comprou 10 supermercados Carrefour e Cash Lepe em Espanha

  • Lusa
  • 27 Outubro 2021

As dez lojas estão agrupadas numa carteira chamada ‘Project Sun’, detida pela Supersol, que foi adquirida pelo Carrefour no ano passado.

O fundo de investimento português Square AM comprou 10 supermercados Carrefour e Cash Lepe, localizados entre Madrid e a Andaluzia, de acordo com a consultora imobiliária Cushman & Wakefield, que intermediou a operação, adiantou a Efe.

Esta é, segundo a consultora, a primeira compra da Square AM em Espanha, sublinhando o interesse em “ativos relacionados com o setor da alimentação, dada a sua resiliência já demonstrada”.

As dez lojas estão agrupadas numa carteira chamada ‘Project Sun’, detida pela Supersol, que foi adquirida pelo Carrefour no ano passado.

A marca transformou oito desses supermercados para que operem com a sua insígnia e trespassou os restantes à cadeia andaluza Cash Lepe.

A Cushman prevê que o investimento total em Espanha em carteiras com supermercados e hipermercados alcance, este ano, 760 milhões de euros, um valor recorde, que supera os 600 milhões de euros do ano passado e os 335 milhões de euros de 2019, destaca a Efe.

Em setembro, o Carrefour fechou a venda de outros sete imóveis ao fundo de investimentos americano Realty Income por 93 milhões de euros, uma estratégia que também foi usada pela Mercadona.

A Efe explica que estas operações são em sale-leaseback, ou seja, uma venda que não implica alterações no funcionamento das lojas, que continuam a operar da mesma forma, em regime de aluguer.

A Square AM, a operar há 16 anos, contava, no final de agosto, com 1.280 milhões euros de ativos sob gestão, de acordo com a informação prestada no seu ‘site’.

A empresa opera em três áreas: fundos de rendimento, fundos de reestruturação e consultoria imobiliária e outros veículos.

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GREENH2Sines da EDP no lote de 73 projetos eleitos por Bruxelas para aceder a financiamento de mil milhões de euros

Este foi o último convite à apresentação de propostas no âmbito do Horizonte 2020. Portugal foi selecionado com o GREENH2Sines, da EDP Inova, e PHOENIX, do CES. 73 projetos foram escolhidos.

Comissão Europeia deu hoje conta do resultado do último convite do programa Horizonte 2020 no âmbito do Pacto Ecológico Europeu. No total, os 73 projetos foram selecionados para receberem financiamento no valor de mil milhões de euros.

Várias entidades portuguesas participam em diferentes projetos. Dois projetos têm entidades portuguesas a coordenar os consórcios: a EDP Inovação no projeto GREENH2SINES, que visa contribuir para que a Europa alcance a eletrólise ecológica e a um preço acessível à escala do GW, em 2030, desenvolvendo e demonstrando um eletrolisador alcalino pioneiro de 100 MW em TRL8, impulsionando a expansão, normalização e automatização da produção;

E também o Centro de Estudos Sociais, que através do projeto PHOENIX, está desenvolver um processo iterativo a fim de aumentar o potencial transformador das inovações democráticas para abordar temas específicos do Pacto Ecológico Europeu em 11 projetos-piloto em 7 países.

Este foi o último convite à apresentação de propostas no âmbito do Horizonte 2020, o programa de investigação e inovação da UE para 2014-2020, que representa um marco no sentido de alcançar os objetivos do Pacto Ecológico Europeu.

“Agradeço à comunidade de investigadores pela sua resposta entusiástica ao convite do Green Deal para o Horizonte 2020. Estou animado para ver como vão inventar soluções concretas para uma transição para uma sociedade neutra para o clima e uma recuperação sustentável. Aguardo com expectativa os benefícios concretos que os projetos selecionados para financiamento trarão para a vida quotidiana dos europeus”, disse em comunicado Mariya Gabriel, comissária europeia para a Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude.

A Comissão lançou o convite à apresentação de propostas em setembro de 2020, versando diretamente as principais prioridades do Pacto Ecológico Europeu e abrindo caminho a novas iniciativas de investigação e inovação do mesmo género, no contexto do Horizonte Europa, o programa de investigação e inovação da UE para 2021-2027.

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Lucro do BCP cai 59% para 60 milhões pressionado por Polónia e reestruturação

Banco pôs de lado mais de 300 milhões de euros para enfrentar os riscos legais associados a créditos em francos suíços na Polónia, enquanto ajustamento do quadro de pessoal custou cerca de 80 milhões.

O lucro do BCP caiu 59,3% para 59,5 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, pressionado pelo tema dos créditos hipotecários em moeda suíça na Polónia, que obrigou a provisões de 313,5 milhões de euros, e pelos custos de 87,6 milhões com a reestruturação dos trabalhadores.

Apesar da quebra acentuada do resultado líquido, os indicadores da atividade bancária dão conta de uma evolução positiva entre janeiro e setembro, com a margem financeira a crescer 1,3% para 1.168,6 milhões de euros e o produto bancário a avançar 2,6% para 1.706,4 milhões de euros. As receitas com comissões cresceram quase 7%.

Para este crescimento contribuiu a expansão do volume de negócios neste período: os depósitos aumentaram 8,5% para 68,3 mil milhões de euros – beneficiando do comportamento das famílias durante a pandemia — e o crédito a clientes cresceu 4,8% para 56,4 mil milhões de euros.

Os custos operacionais cresceram 4,8%, mas o banco ressalva que, excluindo itens específicos, esta rubrica teria registado uma descida de 1,7% para 764 milhões de euros.

Por geografias de atividade, enquanto o negócio internacional gerou um prejuízo de 55,7 milhões de euros — devido sobretudo à situação do banco polaco em relação ao caso “Francowicze”, que enfrenta mais de 9.500 processos em tribunal –, foi a atividade em Portugal a puxar pelos resultados com lucro de 115 milhões de euros.

Ativos tóxicos baixam antes do fim das moratórias

Ao nível da qualidade do balanço, o BCP dá conta de uma redução dos ativos não produtivos (NPE) de 800 milhões de euros, naquilo que foi um esforço de limpeza que foi feito “num contexto adverso”. O banco chegou a setembro com um rácio de NPE de 4,9%, antes do fim das moratórias — terminaram a 30 de setembro.

A instituição diz mesmo que registou uma “melhoria generalizada dos indicadores de qualidade de crédito”, destacando a redução do custo do risco em 30 pontos base para 60 pontos base.

Quanto aos indicadores de robustez, o rácio de capital total e rácio CET 1 fully implemented atingiram os 15,2% e 11,8%, respetivamente, descendo ligeiramente face a setembro do ano passado. Considerando o impacto da venda do banco na Suíça, estes rácios situam-se nos 15,3% e 12%.

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CEO da Talkdesk é um dos “100 empreendedores mais intrigantes de 2021”, segundo Goldman Sachs

O português lidera a empresa que, em agosto, triplicou a sua avaliação para mais de dez mil milhões de dólares.

O Goldman Sachs reconheceu o fundador e CEO da Talkdesk, Tiago Paiva, como um dos 100 empresários mais intrigantes de 2021 (“100 Most Intriguing Entrepreneurs of 2021”). O português que lidera os comandos do unicórnio de software na cloud para contact centers foi homenageado durante o evento “Builders + Innovators Summit”, em Healdsburg, Califórnia. Daniela Braga, fundadora e CEO da DefinedCrowd, também consta da lista.

“A inovação não acontece em qualquer lugar; prospera onde há uma vasta gama de pensamentos e perspetivas. Um dos nossos grandes pontos fortes é a nossa capacidade de reunir pessoas de diferentes estilos de vida e de desencadear conversas hoje, que levarão a avanços amanhã. Os líderes que escolhemos para destacar na nossa ‘Cimeira dos Builders + Innovators 2021’ são verdadeiramente notáveis, e temos o prazer de reconhecer o Tiago como um dos empreendedores mais intrigantes deste ano”, diz David M. Solomon, presidente e CEO do Goldman Sachs, citado em comunicado.

Para o empreendedor, que começou a Talkdesk há dez anos como um jovem engenheiro com um sonho e a determinação de mudar para sempre a experiência do cliente, a distinção é uma “enorme satisfação”.

“Nunca foi tão importante fornecer uma experiência única ao cliente e este tipo de reconhecimento é um reflexo do quão crítica é esta necessidade a que a Talkdesk responde, à medida que as empresas procuram crescer no contexto atual. Agradeço o apoio e a confiança dos investidores, clientes e parceiros que continuam a subscrever a visão da Talkdesk para criar as soluções mais inovadoras e flexíveis para o contact center moderno”, afirma Tiago Paiva.

Tiago Paiva, fundador e CEO da Talkdesk.D.R.

Durante a última década, a Talkdesk cresceu rapidamente e passou de uma pequena organização de dez pessoas para um líder global na indústria software as a service (SaaS) com quase dois mil empregados em 16 países. Em agosto de 2021, a avaliação da Talkdesk triplicou para mais de dez mil milhões de dólares, colocando-a entre as empresas privadas mais valorizadas no setor SaaS ou software empresarial.

O unicórnio com ADN português marcou também o seu terceiro ano consecutivo na “Forbes Cloud 100”, saltando 36 pontos para a 17.ª posição.

Daniela Braga, a fundadora e CEO da DefinedCrowd, faz também marca presença na lista do Goldman Sachs. Com duas décadas de experiência em investigação, indústria e empreendedorismo, e uma formação que abrange desde a linguística à engenharia e à inteligência artificial, Daniela Braga é uma cidadã do mundo e faz parte dos líderes mundiais da adoção do crowdsourcing em grandes empresas. A empresária angariou mais de 63 milhões de dólares, sendo a empresária que angariou a maior série B numa empresa de IA nos Estados Unidos.

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Quedas de Galp e BCP levam Lisboa a terceira sessão consecutiva de perdas

O dia foi negativo nas praças europeias e Lisboa não foi exceção. A Galp Energia caiu mais de 2% e pressionou o PSI-20, que foi também penalizado pelo BCP.

A bolsa nacional registou perdas pela terceira sessão consecutiva, num dia em que acompanha também o sentimento negativo vivido nas principais praças europeias. As quedas de 2% da Galp Energia, numa altura em que o preço do barril de petróleo desvaloriza nos mercados internacionais, e de mais de 1% do BCP pesam no índice de referência nacional.

O PSI-20 recuou 0,40% para os 5.691,16 pontos na sessão desta quarta-feira. Entre as 19 cotadas, apenas seis terminaram o dia em “terreno” verde, enquanto duas — a Nos e a Semapa — ficaram inalteradas e as restantes registaram desvalorizações.

Nas quedas, destaque para a Galp Energia, que caiu 2,18% para os 9,15 euros, num dia em que o barril de Brent, que serve de referência às importações nacionais, desvaloriza 1,63%, para 84,25 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, recua 1,65%, para 83,25 dólares.

Galp cai mais de 2%

Já o BCP perdeu 1,72% para 0,1540 euros, na véspera de apresentar as contas trimestrais. Esta manhã, o seu banco na Polónia reportou prejuízos de 181,2 milhões nos primeiros nove meses do ano, penalizado pelas provisões para os riscos legais com os casos em tribunal relativos a contratos de empréstimo à habitação em francos suíços.

Nota ainda para a Jerónimo Martins, que caiu 0,88%, para 19,16 euros, antes de apresentar resultados trimestrais, bem como para a Altri, que perdeu 2,93% para 5,47 euros e para a sua subsidiária, Greenvolt, que desvalorizou 1,99% para os 6,89 euros.

No extremo oposto, a liderar os ganhos do PSI-20, ficou a família EDP. A subsidiária EDP Renováveis ganhou 1,44% para os 24,02 euros, enquanto a casa-mãe EDP avançou 0,99% para 4,89 euros.

Já pela Europa, o dia também foi de perdas. O índice de referência Stoxx 600 caiu 0,4%, tendo sido acompanhado por outras importantes praças do Velho Continente. É o caso do índice alemão Dax, que também recuou 0,4%, do espanhol Ibex, que desvalorizou 0,5%, e do britânico FTSE, que perdeu 0,3%.

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EUA emitem primeiro passaporte com indicação de género ‘X’

  • Lusa
  • 27 Outubro 2021

Os EUA juntam-se assim a países como a Austrália, a Nova Zelândia, o Nepal e o Canadá, ao permitir aos seus cidadãos que indiquem outro género além do masculino ou feminino nos seus passaportes.

Os Estados Unidos emitiram o seu primeiro passaporte com a designação de género ‘X’, um marco no reconhecimento dos direitos das pessoas que não se identificam como homens ou mulheres, indicou esta quarta-feira o Departamento de Estado.

Trata-se de uma terceira opção de género que o Estado federal norte-americano espera poder apresentar em maior escala à população no próximo ano, segundo a mesma fonte.

A enviada diplomática especial dos Estados Unidos para os direitos LGBTQ (Lésbicas, ‘Gays’, Bissexuais, Transexuais e ‘Queer’), Jessica Stern, classificou a medida como histórica e digna de celebração, afirmando que ela alinha os documentos oficiais com a “realidade vivida” de que existe um espetro mais amplo de características sexuais humanas do que o que estava refletido nas duas anteriores designações.

“Quando uma pessoa obtém documentos de identificação que refletem a sua verdadeira identidade, ela vive com maior dignidade e respeito”, sustentou Stern.

O Departamento de Estado não divulgou para quem foi o primeiro passaporte emitido. Um responsável escusou-se a dizer se foi para Dana Zzyym – um intersexual residente no Estado do Colorado que tem estado envolvido numa batalha judicial com aquele departamento governamental desde 2015 -, argumentando que o departamento habitualmente não discute pedidos individuais de passaporte devido a questões de privacidade.

Foi negado a Zzyym um passaporte por não ter assinalado os géneros masculino ou feminino no formulário do seu pedido. De acordo com documentos judiciais, Zzyym escreveu “intersexual” acima dos quadrados com as opções ‘M’ e ‘F’ e, numa carta à parte, pediu que ali fosse colocada a designação de género ‘X’.

Zzyym nasceu com características físicas sexuais ambíguas, mas foi criado como um rapaz e submetido a várias cirurgias que não conseguiram dar-lhe uma aparência masculina total, segundo documentos judiciais.

Serviu na Marinha como pessoa do género masculino, mas mais tarde passou a identificar-se como intersexual, enquanto trabalhava e estudava na Colorado State University.

A recusa pelo Departamento de Estado de emissão de passaporte a Zzym impediu-o de viajar até ao México, para assistir a uma reunião da Organização Intersexo Internacional.

O Departamento de Estado anunciou em junho que estava a trabalhar no sentido de adicionar uma terceira opção de género para os não-binários, intersexuais e outras pessoas que não se identificam com nenhum género, mas disse que tal levaria tempo, porque exigia extensas atualizações nos seus sistemas informáticos.

Um funcionário do departamento indicou que o formulário para pedir passaporte e a atualização informática com a opção de designação de género ‘X’ ainda terão de ser aprovados pelo Gabinete de Gestão e Orçamento, que aprova todos os formulários oficiais, antes de poderem ser emitidos.

O Departamento de Estado norte-americano permite agora também aos requerentes de passaporte que apenas indiquem o seu género como masculino ou feminino, deixando de lhes exigir a apresentação de um atestado médico caso o seu género não coincida com o que consta dos seus restantes documentos de identificação.

Os Estados Unidos juntam-se assim a países como a Austrália, a Nova Zelândia, o Nepal e o Canadá, ao permitir aos seus cidadãos que indiquem outro género além do masculino ou feminino nos seus passaportes.

Stern indicou que o seu gabinete planeia falar por todo o mundo sobre a experiência dos Estados Unidos com a mudança nas suas interações e que espera que tal possa inspirar outros Governos a apresentarem essa opção.

“Encaramos isto como uma forma de afirmar e defender os direitos humanos das pessoas trans e intersexuais e não-identificadas com qualquer género e não-binárias em todo o lado”, frisou.

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Vilamoura quer construir 1.400 quartos em seis anos

  • Lusa
  • 27 Outubro 2021

A Marina de Vilamoura será também alvo de remodelação. Projeto deve ser conhecido até ao início de 2022.

Os novos donos de Vilamoura, no Algarve, pretendem construir 1.400 unidades de alojamento em seis anos, apostar no mercado nacional e no conceito de teletrabalho, sendo a expansão da marina outro dos objetivos, disse o presidente executivo à Lusa.

Realçando que Vilamoura atravessou um período de várias administrações, vários donos e “alguma convulsão” com uma “aposta no curto e médio prazo”, o presidente executivo da Vilamoura World revelou à Lusa que pretende fazer uma aposta a “longo prazo” e desenvolver produto imobiliário, o que “ultimamente se tem feito muito pouco”.

“Achamos que Vilamoura é um destino sobejamente conhecido, muito português, onde 50% dos compradores de mobiliário e dos que habitam são portugueses. Temos como perspetiva para os próximos seis anos construir cerca de 1.200 a 1400 unidades [quartos] divididas entre residencial e hoteleiro”, revelou João Brion Sanches à Lusa, à margem da conferência ‘The Resort and Residential Hospitality Forum’ (R&R), que decorre em Vilamoura.

João Brion Sanches liderou um grupo de investidores nacionais que, apoiados num fundo do grupo inglês Arrow Global, adquiriu em maio deste ano o resort Vilamoura World (Lusotur) à norte-americana Lone Star.

O gestor assumiu existir uma “ambição grande de construção” de todo o tipo de imobiliário, desde “moradias individuais, moradias em banda, apartamentos, aparthotéis e hotéis”, e não uma aposta na venda de lotes.

O primeiro projeto deverá ser apresentado no “final deste ano, princípio do próximo”, acrescentou.

A aposta no cliente nacional, “sem esquecer o estrangeiro”, traduz-se em construção com estacionamento em cave, piscinas privadas para cada moradia e conforto térmico. No fundo, “tudo aquilo que dá conforto para uma pessoa viver numa casa e não apenas passar 15 dias de férias”, notou ainda.

A Marina de Vilamoura, uma das estruturas geridas pela empresa, será também alvo de remodelação, que, não podendo detalhar o projeto por “não estar ainda aprovado em Conselho de Administração”, propõe uma expansão e a criação de condições para que haja uma “quantidade alargadíssima” de postos de amarração para barcos grandes – de 20 a 40 metros de comprimento.

Há muitos barcos que fazem o trajeto do Mediterrâneo para o Atlântico e regressam antes do verão e na costa portuguesa praticamente não têm onde ficar”, sustentou.

Questionado sobre os constrangimentos de ordem ambiental que limitaram a construção do projeto a cidade lacustre, João Brion Sanches afirmou que é um projeto “completamente para abandonar”, assumindo que era “desadequado” à localização e ao mercado que existe atualmente no mundo onde quem tem mais poder de compra “não quer essa densidade de construção”.

A intenção é fazer “quase o oposto”, com construções “completamente integradas na natureza, respeitando totalmente aquilo que existe”, defendeu, realçando que pretendem que a zona dos lagos seja usufruída em termos de paisagem natural, com a “mínima intervenção humana”.

“O máximo que poderemos fazer é regularizar períodos de cheias, que pode haver, com chuvas torrenciais, regular esses extremos da natureza, mas conviver completamente com o ambiente e com a natureza”, notou.

Questionado sobre as restrições que os vistos dourados (‘gold’) vão passar a ter no início de 2022, onde, no Algarve, contemplam apenas os apartamentos de regime turísticos e não residencial, lamentou a atitude do Governo.

É pena que o Governo tenha tido esta alteração legislativa numa altura que até se justificasse quase o contrário, com um período de pandemia no qual o imobiliário e o turismo sofreram. Não se justificava (…), a nível nacional teria sido muito melhor não ter mexido nessa legislação”, lamentou

João Brion Sanches defendeu que é um segmento de mercado muito “interessante” porque procura apartamentos de 500 mil euros, mas acaba por gastar “600, 700, 800 mil euros” já que se “entusiasmam” e descobrem que é “muito mais que fazer um investimento para ter um visto”.

O presidente executivo da Vilamoura World revelou que a retoma já se sente, que o fluxo pedonal na Marina está “10% abaixo de 2019 e 20% acima de 2020”.

“Se os meses de novembro e dezembro continuarem neste ritmo, iremos ficar muito perto dos valores de 2019”, concluiu.

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Países Baixos retiram licença a fornecedor de energia devido aos preços elevados

  • Lusa
  • 27 Outubro 2021

Esta é a primeira vez, desde que os preços do gás começaram a subir, que o regulador holandês retira uma licença a um fornecedor de energia.

A Autoridade holandesa de Consumidores e Mercados revogou esta quarta-feira a licença do fornecedor Welkom Energie, já que os altos preços da energia o impedem, a partir de novembro, de fornecer gás e eletricidade aos seus 90.000 clientes.

Esta é a primeira vez, desde que os preços do gás começaram a subir, que a Autoridade de Consumidores e Mercados (ACM) holandesa retira uma licença a um fornecedor de energia, cujos clientes serão absorvidos pela Eneco, um dos maiores produtores de gás natural e eletricidade dos Países Baixos.

A Welkom Energie, fornecedora de energia ecológica, pediu à ACM que revogasse a sua licença e confirmou que, a partir do dia 1 de novembro, não consegue garantir o fornecimento de eletricidade e gás aos 90.000 consumidores que contrataram os seus serviços devido aos atuais altos preços da energia.

Estes clientes vão, entretanto, passar a pagar preços mais elevados pelo consumo de energia, já que obterão contratos com base na situação atual, embora só fiquem vinculados à Eneco até 1 de dezembro, data a partir da qual poderão mudar de fornecedor.

A ideia é que estas 90.000 pessoas não tenham de se preocupar com a possibilidade de não ter luz e gás pelo menos durante o próximo mês.

Os preços aumentaram drasticamente nos últimos meses, fazendo disparar as contas da energia elétrica de residências e empresas.

Nos Países Baixos, o Governo decidiu alocar cerca de três mil milhões de euros para medidas de apoio às famílias e empresas, a maioria dos quais será usada para reduzir o imposto de energia sobre gás e eletricidade.

Além disso serão disponibilizados fundos aos cidadãos para garantir um melhor isolamento das suas casas de forma a reduzir a necessidade de consumir energia para aquecimento.

Por outro lado, a Netherlands Oil Company (NAM), detida em partes iguais pela Shell e pela ExxonMobil, anunciou que irá agrupar os seus pequenos campos de petróleo e gás em terra e no mar em quatro novas entidades regionais, que serão sociedades limitadas e postas à venda.

A empresa, fundada em 1947, registou um prejuízo de 315 milhões de euros no ano passado, devido aos preços do gás, à baixa produção e à necessidade de fazer provisões adicionais para pagar os dados causados por um terramoto em Groningen, cujo campo de extração de gás será fechado no próximo ano.

A NAM, que tem mais de 70 concessões de campos de gás em terra nos Países Baixos e cerca de 40 no Mar do Norte, espera concluir a sua reestruturação no próximo ano para depois começar a procurar compradores.

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