Grupo europeu Isagri compra portuguesa CentralGest

  • Lusa
  • 26 Outubro 2021

Com esta aliança, os agricultores passam a ter “um produto que gere a sua contabilidade, que emite a faturação, a parte dos ativos”, ou seja, que junta “a parte administrativa e a gestão agrícola".

O grupo europeu Isagri adquiriu a CentralGest, o que permitirá ter “uma solução completamente integrada” para o setor agrícola em Portugal, disse esta terça-feira à agência Lusa o diretor da empresa da Mealhada, Tiago Carreira.

“Com este negócio, vamos liderar o setor agrícola em Portugal, com uma solução completamente integrada que inclui a gestão e a parte agrícola”, avançou Tiago Carreira, acrescentando que o objetivo é também serem “líderes em Portugal no setor da contabilidade”.

Os agricultores passam assim a ter “um produto que gere a sua contabilidade, que emite a sua faturação, a parte dos ativos”, ou seja, que junta “a parte administrativa e de gestão com a parte agrícola”, frisou.

O grupo Isagri é o principal editor europeu de software para a agricultura, para o setor dos gabinetes de contabilidade e seus clientes, enquanto a CentralGest é uma editora portuguesa de software de gestão para a área contabilística e empresas.

“A partir do próximo ano, em junho, as duas empresas serão fundidas numa só”, avançou Tiago Carreira.

O responsável explicou que este passa a ser “o único negócio em Portugal que verdadeiramente está integrado entre um sistema de gestão administrativo puro (CentralGest) e toda a parte agrícola, que é o que a Isagri tem, porque é líder europeu na área agrícola”.

“Mais nenhum outro software em Portugal consegue esta integração tão grande. Existem algumas integrações mas só especificamente de um produto. A ideia com este negócio é que a Isagri passe a ser líder nacional”, acrescentou.

Segundo Tiago Carreira, a Isagri Luso já tem 650 clientes e a CentralGest “acrescenta cerca de 5.500 clientes novos ao grupo Isagri”.

A CentralGest é uma empresa com 50 colaboradores e temos uma das soluções mais evoluídas, se não a mais evoluída, para os gabinetes de contabilidade. Temos mais de mil gabinetes de contabilidade a trabalhar connosco, de muito grande dimensão, e estes têm clientes que podem ser clientes em potencial para a Isagri”, frisou.

Sem querer referir valores, Tiago Carreira referiu que este negócio envolveu um “investimento relevante”.

Vamos passar a ter 2,5 milhões de euros de negócios. A CentralGest tem dois milhões, a Isagri Luso tem meio milhão, mas a perspetiva é de crescimento muito rápido”, avançou.

O responsável contou que “o crescimento da CentralGest é sempre de dois dígitos para cima, mais de 20%”, até no ano passado, apesar da pandemia.

“Vamos expandir-nos brutalmente na área de software para empresas, porque aumenta-nos a notoriedade, e também na área de gabinetes de contabilidade, porque vamos estar integrados com uma empresa que é um dos líderes no setor em França”, acrescentou.

Na área agrícola, é esperada uma liderança incontestável, porque “a Isagri já tem uma posição muito boa em Portugal, mas passa a ser a única solução com integração total em várias áreas de negócio na área agrícola e não só num”.

Segundo Tiago Carreira, “o que existiam eram integrações feitas pontualmente numa área agrícola”, como, por exemplo, os vinhos.

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Eurostat alerta para “volatilidade extrema” nos preços dos combustíveis na UE

"Os preços dos combustíveis e lubrificantes para transporte pessoal na UE têm sido extremamente voláteis, com taxas de inflação anuais que variam entre  -20% e +20%", aponta o Eurostat.

Numa altura em que a subida das cotações do petróleo e derivados nos mercados internacionais está resultar em aumentos expressivos nos preços de combustíveis, ameaçando a retoma económica em vários setores, o Eurostat alertou esta terça-feira para um cenário de “volatilidade extrema” dos preços dos combustíveis rodoviários e lubrificantes na União Europeia (UE).

Nos últimos 20 anos, “os preços dos combustíveis e lubrificantes para transporte pessoal na UE têm sido extremamente voláteis, com taxas de inflação anuais que variam entre -20% e +20%”, indica o gabinete de estatísticas.

Neste contexto, o Eurostat sinaliza que esta volatilidade tem sido cada vez mais pronunciada nos últimos meses, com a taxa de variação anual a disparar de uma queda de 20% em maio de 2020, na sequência dos lockdowns provocados pela pandemia de Covid-19, para uma subida de 23% em setembro de 2021.

Em setembro de 2021, o Luxemburgo registou a maior taxa de variação anual entre os países da UE (+30,7%) no preço dos combustíveis e lubrificantes, seguido pela Roménia (+29,3%) e pela Eslovénia (+28,7%). Quanto a Portugal, está na 19.ª posição, com a taxa de variação a registar um aumento de 19,5% no preço dos combustíveis e lubrificantes.

Taxa de variação anual do preço dos combustíveis e lubrificantes em setembro de 2021Fonte: Eurostat

A taxa de variação anual do preço dos combustíveis e lubrificantes em território nacional está, assim, abaixo da média dos países do bloco comunitário (+22,9%), bem como de países como a Alemanha (+28,2%) e Espanha (+22,5%).

De recordar que, perante a subida do preço dos combustíveis, o governo português anunciou novas medidas. Assim, a partir de novembro o Executivo vai devolver aos portugueses 10 cêntimos por litro de combustível, até um máximo de 50 litros por mês, através do IVAucher. A medida vai vigorar até março de 2022 e é tomada depois de o Governo ter decidido decidiu devolver a receita extraordinária que o Estado está a receber em IVA sobre o ISP.

Em contrapartida, as taxas de inflação anuais mais baixas na UE foram registadas na Irlanda (+15%), seguidas por Itália (+17,5%) e pela Finlândia (+17,8%).

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CEO da Blackrock vê petróleo a custar 100 dólares o barril

Preço do "ouro negro" já esteve a cotar a 86 dólares nos mercados internacionais, em máximos desde 2018, mas há quem acredite que possa subir muito mais.

O preço do barril de petróleo tem estado em máximos, mas há quem acredite que a subida pode ir bastante mais longe. Atualmente, tanto o Brent como o WTI estão a cotar acima dos 80 dólares (o Brent já chegou mesmo a passar os 86), mas o CEO da Blackrock considera ser altamente provável que o preço chegue mesmo aos 100 dólares.

O barril de Brent, que serve de referência às importações nacionais, está atualmente a desvalorizar 0,28%, para 84,93 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, recua 0,5%, para 83,34 dólares. Apesar destas descidas ligeiras, o “ouro negro” tem estado a subir, cotando em máximos de 2018.

Mas as subidas poderão não ficar por aqui. Larry Fink, o presidente executivo da maior gestora de ativos do mundo e um dos nomes mais influentes nos mercados, disse esta terça-feira, durante uma conferência na Arábia Saudita, que o preço da matéria-prima tem uma alta probabilidade de alcançar os 100 dólares por barril.

De recordar que, há dias, Vladimir Putin também admitiu esta escalada de preços. “É bem possível”, disse o presidente russo a 13 de outubro, durante uma sessão na Semana da Energia da Rússia, referindo-se ao petróleo a valer 100 dólares o barril. E explicou que o país e os parceiros na OPEP+ “estão a fazer tudo o que é possível para estabilizar totalmente o mercado de petróleo”.

Esta terça-feira, durante a conferência Future Investment Initiative, o CEO da Blackrock aproveitou para pedir mais colaboração entre o setor público e o setor privado para enfrentar os problemas mundiais, como as mudanças climáticas. “Ao juntar os setores público e privado, grandes mudanças globais podem ser feitas”, disse Larry Fink, citado pelo Alarabiya News.

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Congelar renda ou subir até 10% a troco de um contrato longo. Espanha apresenta nova Lei do Arrendamento

Governo espanhol vai apresentar hoje a nova Lei do Arrendamento, com uma série de medidas pensadas para proprietários e inquilinos. Isto é o que já se sabe.

O Governo espanhol vai apresentar esta terça-feira — com mais de um ano de atraso — o projeto da nova Lei do Arrendamento, diz o jornal Expansión. Deste documento fazem parte uma série de medidas pensadas tanto para senhorios como para inquilinos. Embora ainda não tenha sido apresentado oficialmente, algumas já são conhecidas.

A principal novidade mais parece uma espécie de “doce ou travessura” para os senhorios, tendo em conta que está próximo o Halloween. Empresas com mais de dez imóveis terão de estender o contrato de arrendamento por mais três anos ou assinar um novo. Contudo, ao assinarem um novo, devem fazê-lo com uma renda controlada — congelam ou baixam o valor.

Para os restantes proprietários, há também duas opções: estender o contrato por mais três anos, congelando as rendas, ou assinar um novo mais longo. Nesta segunda hipótese, a renda pode subir 10% caso se verifiquem uma destas condições: contrato com duração de dez ou mais anos; obras de melhoria na casa; reabilitação energética que permita poupar 30% no consumo de energia ou obras para melhorar os acessos à habitação.

A nova Lei do Arrendamento prevê que haja um controlo das rendas, sem que chame a isso efetivamente um controlo. Isto é, nas zonas de pressão urbanística, o inquilino pode ver o contrato estendido por mais três anos, sem haver alteração da renda. Atualmente, os contratos têm a duração de cinco anos (sete anos se o proprietário for uma empresa), mas poderão ser estendidos por mais três anos se ambos concordarem.

Além dos 30% de novos empreendimentos habitacionais que terão de ser destinados a habitação social, o documento prevê que os promotores imobiliários indemnizem os clientes ou seguradoras em caso de atraso nas obras.

Outra das medidas previstas na nova Lei do Arrendamento diz respeito às deduções. Atualmente, os proprietários podem deduzir 60% do lucro líquido auferido do imposto de renda pelo arrendamento de um imóvel para primeira habitação. Mas a proposta do Governo prevê um corte nessa dedução para menos de 50%, podendo haver aumentos em alguns casos.

Em Espanha, as autarquias poderão penalizar em até 150% os imóveis devolutos para uso residencial, diz o Expansión. Qualquer proprietário que ficar com a casa vazia por dois anos e possuir mais de quatro casas pode sofrer essa sobretaxa (que já existia, mas que era apenas de 50%).

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Solvência II: UE quer flexibilizar medidas para seguradoras

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  • 26 Outubro 2021

A União Europeia quer baixar os requisitos da Solvência II para as seguradoras. O objetivo é liberar recursos para fornecer mais seguros às empresas e aumentar a atividade económica.

A Solvência II é uma diretiva da União Europeia, em vigor desde 2016, que visa manter a estabilidade do sistema financeiro, mas, para isso, obriga as seguradoras a aumentarem o seu capital de forma a garantir que, a todo o momento, estejam resguardadas contra qualquer risco frente às apólices emitidas.

Apesar de ajudar na estabilidade, o requisito de aumento de capital para as seguradoras constitui uma limitação, uma vez que retira recursos do mercado. Assim, para ajudar a combater isso, Bruxelas está a elaborar um plano que visa flexibilizar alguns dos requisitos da Solvência II e facilitar às seguradoras a emissão de mais garantias.

Com a flexibilização dos requisitos de capital, as seguradoras poderiam emitir mais apólices com prémios previsivelmente mais baixos para os seus clientes. Isto ajudaria a atividade empresarial, incluindo a participação em mais concursos, com a finalidade de evitar uma possível estagnação da economia da UE.

Neste âmbito, os seguros de caução destacam-se dentro das opções disponíveis, já que não comprometem recursos financeiros e oferecem às empresas a possibilidade de participarem em mais concursos, o que possibilita o aumento do seu volume de negócios.

A longo prazo, as mudanças planeadas pela UE, com implementação gradual, libertariam cerca de 120 mil milhões de euros para dois objetivos principais: assegurar que a Europa lidere o caminho em direção a uma economia mais verde e que os seus mercados se recuperem o mais rápido possível da Covid-19.

Nesse sentido, os fundos europeus Next Generation vão disponibilizar 30 mil milhões de euros a Portugal, precisamente para serem investidos nas áreas de infraestruturas e transição energética. As empresas que queiram aproveitar esta oportunidade devem contar com um broker internacional de confiança para as ajudar no processo.

A Sammy Free, sendo um broker wholesale que atua em 27 países do EEE e focada unicamente no ramo dos seguros de caução para empresas, está apta para ajudar as companhias interessadas e garantir a sua participação num número maior de concursos, cumprindo os prazos estabelecidos.

Ao substituir garantias bancárias por seguros de caução, a Sammy Free pode auxiliar as empresas a reduzir o seu risco bancário, a aumentar a sua tesouraria, e, consequentemente, a incrementar a sua solvência.

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Nas notícias lá fora: “Chips”, Economist e rendas em Espanha

  • ECO
  • 26 Outubro 2021

Fabricantes automóveis não podem depender tanto dos "chips" asiáticos. Revista Economist põe capa à venda na internet. Governo espanhol prepara nova Lei do Arrendamento.

O presidente da Associação Europeia de Construtores Automóveis (ACEA) defende que as fabricantes devem tomar medidas para não estarem tão dependentes do mercado asiático, prevenindo uma nova crise de falta de chips. Em Espanha, o Governo vai dar a conhecer aos cidadãos a nova Lei do Arrendamento — e já se conhecem alguns pormenores. Estas e outras notícias estão a marcar a atualidade internacional esta terça-feira.

Reuters

Larry Fink vê petróleo chegar aos 100 dólares por barril

Larry Fink, o presidente executivo da maior gestora de ativos do mundo (a Blackrock), acredita que existe uma grande probabilidade de o preço do petróleo chegar aos 100 dólares por barril. Estas declarações foram feitas durante a conferência Future Investment Initiative, que decorreu esta terça-feira na Arábia Saudita, onde o responsável aproveitou para pedir mais colaboração entre os setores público e privado para enfrentar os desafios globais, como as mudanças climáticas. O barril de petróleo está em máximos de 2018 e a cotação recente superou os 86 dólares.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso pago, conteúdo em inglês).

Financial Times

Setor automóvel arrisca nova crise de chips no futuro

As fabricantes europeias de automóveis devem reduzir a sua dependência do mercado asiático no que toca à produção de semicondutores. Caso contrário, arriscam enfrentar uma nova crise como aquela que está a levar ao encerramento de fábricas de automóveis em todo o continente, avisa o presidente da Associação Europeia de Construtores Automóveis (ACEA) numa carta endereçada à Comissão Europeia. “Esta crise sem precedentes revela o quão inesperadamente vulnerável é a cadeia de fornecimento de semicondutores atual e como é urgente minimizar a nossa dependência dos mercados estrangeiros, especialmente da Ásia, para esses componentes vitais”, disse Oliver Zipse, que também é CEO da BMW.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago/conteúdo em inglês).

The Economist

Revista The Economist vende a própria capa num NFT

Quando um jornal é notícia, alguma coisa se passa. É o caso da britânica The Economist. A revista está a tentar vender a capa de uma edição recente para pôr à prova a tecnologia NFT. A capa é dedicada, precisamente, a essa inovação do universo dos criptoativos e a revista espera doar a receita a uma fundação do setor da educação. A tecnologia NFT permite gerar “escassez” digital, o que não era possível até há bem pouco tempo. Por volta das 8h50 desta terça-feira, a capa estava avaliada em 10 ETH, uma criptomoeda, o que equivale a mais de 42 mil euros. Mas o preço deverá continuar a subir.

Leia a notícia completa na The Economist (acesso pago/conteúdo em inglês).

Expansión

Governo espanhol apresenta hoje Lei do Arrendamento

O Governo espanhol vai dar a conhecer aos cidadãos esta terça-feira a nova Lei do Arrendamento — com mais de um ano de atraso –, que deverá incluir uma série de medidas pensadas para o setor. Entre as principais decisões que foram tomadas estão duas condições impostas aos proprietários: congelar o valor das rendas por três anos ou aumentar as rendas até 10%, mas assinando um novo contrato de arrendamento com a duração de dez anos, ou realizando obras no imóvel. Já para as empresas com mais de dez imóveis, será exigido que congelem ou baixem mesmo o valor das rendas nas zonas de maior pressão.

Leia a notícia completa no Expansión (acesso pago/conteúdo em espanhol).

Reuters

EUA muda regras nas viagens para vacinados

O presidente dos EUA assinou uma ordem executiva que impõe novas regras para as viagens internacionais para a China, Índia e grande parte da Europa a partir de 8 de novembro. Com esta atualização, todos os viajante que tenham a vacinação completa contra a Covid-19 vão poder viajar para território norte-americano sem qualquer restrição, desde que tenham recebido uma das vacinas aprovadas pela Organização Mundial da Saúde. “É do interesse dos Estados Unidos acabar com as restrições ‘país a país’ aplicadas durante a pandemia e adotar uma política de viagens aéreas que se baseie principalmente na vacinação, para avançar na retoma segura das viagens aéreas internacionais para os EUA”, sublinhou Joe Biden.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

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Só um país cumpre as metas do Acordo de Paris

  • Lusa
  • 26 Outubro 2021

Somente um país, a Gâmbia, cumpre o acordo de Paris sobre redução de emissões. A União Europeia, analisada em bloco, encontra-se na "lista laranja".

A poucos dias da cimeira do clima de Glasgow, onde é esperado que os países anunciem cortes nas emissões de gases com efeito de estufa, apenas um, a Gâmbia, cumpre o acordo de Paris sobre redução de emissões.

De acordo com estimativas independentes e científicas, referentes a este mês, das organizações que elaboram o índice Climate Action Tracker (CAT), só o pequeno país africano está no caminho de cumprir as metas definidas no Acordo de Paris, alcançado em 2015, para evitar um aquecimento do planeta superior a 1,5 graus celsius (ºC) acima dos valores da era pré-industrial.

Há dois anos a Gâmbia já estava na linha da frente da luta contra as alterações climáticas, a par de Marrocos, que está agora no grupo de países com metas quase suficientes para cumprir o acordo de Paris, a par da Costa Rica, Etiópia, Quénia, Nepal, Nigéria e Reino Unido.

A União Europeia – na escala de cores do CAT em que a verde aparece apenas a Gâmbia e os “quase lá” estão a amarelo – aparece no grupo dos países cor de laranja, com metas insuficientes e no mesmo grupo de países como o Chile, o Japão, o Peru, a África do Sul ou os Estados Unidos, entre outros. Os Estados Unidos estavam há dois anos na lista negra, que representa os piores países do mundo em termos de metas para evitar um aquecimento global que os cientistas consideram catastrófico para a humanidade.

O CAT é produzido por duas organizações, a Climate Analytics e o New Climate Institute, e rastreia as promessas e políticas climáticas de 37 países/regiões, cobrindo cerca de 80% das emissões globais de gases com efeito de estufa.

O Acordo de Paris, assinado por praticamente todos os países do mundo em 12 de dezembro de 2015, pretende ser um plano de ação, assente em compromissos concretos dos países, para limitar o aquecimento global a menos de 2ºC, de preferência menos de 1,5ºC, acima dos valores médios da era pré-industrial.

Segundo o CAT, as medidas da União Europeia são insuficientes, permitem um aumento de temperatura que ultrapassa os 2ºC, mas ainda assim o bloco está no bom caminho.

A vermelho, com medidas altamente insuficientes, estão 15 países, entre eles grandes economias e grandes emissores de gases com efeito de estufa, como a Argentina, Austrália, Brasil, Canada, China, Índia, Indonésia, México ou Ucrânia estão neste grupo, cujos compromissos de redução de emissões resultam num aumento do aquecimento global que ultrapassa os 3ºC.

Em situação crítica, na lista negra do CAT, estão seis países, praticamente sem medidas para conter as emissões de gases com efeito de estufa. A Federação Russa, a Arábia Saudita, o Irão, Singapura, Tailândia e Turquia estão neste grupo, e pelas suas políticas diz o CAT que a temperatura global aumentaria 4ºC.

O CAT foi atualizado há menos de duas semanas, mas a Climate Analytics e o New Climate Institute dizem que desde maio, quando foi feita a ultima atualização, quase nada mudou em relação às promessas de redução de emissões de gases com efeito de estufa. Desde novembro do ano passado um reduzido número de países concluiu as suas propostas de redução de emissões para 2030.

Por isso as duas organizações consideram ser “absolutamente necessário” que mais governos aumentem as chamadas “contribuições nacionalmente determinadas” (NDC na sigla original) de redução de gases com efeito de estufa. “Há demasiados, especialmente entre os grandes emissores e países desenvolvidos, que ainda não o fizeram. Cerca de 70 países não atualizaram de todo as suas NDC”, segundo a organização.

O esquema de classificação do CAT foi alterado e tornado mais abrangente, juntando as políticas, a ação e as metas de cada país/região, classificando agora 37 países/regiões, mais quatro do que anteriormente: Nigéria, Irão, Tailândia e Colômbia.

Dos 37, apenas a Gâmbia tem uma ação climática global compatível com o Acordo de Paris, em sete píses a ação climática global é quase suficiente, o que significa que ainda não são compatíveis com o limite de 1,5ºC, mas podem alcançar esse patamar com pequenas melhorias, e os restantes três quartos dos países analisados têm “lacunas significativas” na ação climática. Portugal não é analisado individualmente, apenas a União Europeia em bloco.

No CAT a União Europeia deu “grandes passos” na mitigação das alterações climáticas em 2020, como o chamado “Green Deal”, ou a aprovação já este ano da Lei Europeia do Clima.

No entanto, a ação climática da União Europeia, segundo as organizações que compilam o índice, ainda pode melhorar, “especialmente em torno da aceleração da eliminação gradual do carvão, aumentando o financiamento da ação climática no estrangeiro, e indo além do atual objetivo de redução das emissões” de gases com efeito de estufa em 55% até 2030.

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BCP e Galp Energia impedem ganhos em Lisboa

Lisboa arranca a sessão com perdas ligeiras, contrariando a tendência da generalidade das praças europeias. Quedas de mais de 1% do BCP e da Galp Energia travam desempenho do PSI-20.

A bolsa de Lisboa arranca a sessão desta terça-feira com perdas ligeiras, contrariando a tendência da generalidade das praças europeias. Quedas de mais de 1% do BCP e da Galp Energia prejudicam desempenho do PSI-20.

Pela Europa, o Stoxx 600 avança 0,2% a par com o britânico FTSE 100, enquanto o alemão DAX ganha 0,5% e o francês CAC-40 soma 0,1%. Ao mesmo tempo, o espanhol IBEX-35 está inalterado. Lisboa contaria os ganhos da generalidade das europeias, prolongando as quedas da sessão anterior, com o PSI20 a recuar 0,15% para 5.727,970 pontos.

A condicionar o desempenho do índice estão o BCP e a Galp Energia. Os títulos do banco liderado por Miguel Maya cedem 1,67% para 15,30 cêntimos, na véspera de a instituição financeira apresentar os resultados relativos ao terceiro trimestre.

Já a petrolífera portuguesa recua 1,97% para 9,2640 euros, penalizada pela queda das cotações de petróleo nos mercados internacionais. O Brent recua 0,14% para 85,87 dólares, enquanto o WTI cede 0,27%, para 83,53 dólares. Na segunda-feira, a empresa liderada por Andy Brown apresentou as contas referentes ao terceiro trimestre, tendo registado lucros de 327 milhões até setembro.

Ainda pelo setor energético, a EDP ganha 0,12% para 4,901 euros, ao passo que a subsidiária EDP Renováveis cede 0,17% para 23,74 euros. Já a REN recua 0,19% para 2,645 euros. Quanto à Greevolt, soma 0,83% para 7,3 euros, depois de ter disparado 6% na sessão anterior.

Nota positiva ainda para o setor da pasta e do papel. A Altri ganha 1,51% para 5,715 euros, a Navigator soma 0,25% para 3,196 euros, ao passo que a Semapa valoriza 2,16% para 12,28 euros.

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O que precisa para trabalhar quando tem 20, 30 anos… E mais de 50?

Existem capacidades cruciais em determinada faixa etária ou fase da vida, que podem determinar o sucesso num trabalho. Estas são algumas que deverá possuir no início e numa fase posterior da carreira.

Há competências e características que se adquirem com o passar dos anos, podendo abrir portas a novas oportunidades de trabalho, mais desafiantes e normalmente melhor remuneradas. O que precisa para trabalhar quando tem 20, 30 anos… E mais de 50? E que características são fundamentais em qualquer candidato? As recrutadoras Roberts Walters, Egor e Kelly Services enumeram os requisitos considerados essenciais à Pessoas.

Se num candidato com 20 anos é valorizada a capacidade de aprendizagem e a curiosidade, num profissional na casa dos 50 é imprescindível uma vertente de coaching, de mentoria e um conhecimento profundo do setor.

“Mais anos de experiência significam, geralmente, um conjunto mais amplo de habilidades e conhecimentos”, começa por dizer François-Pierre Puech, country manager da Robert Walters Portugal. Um perfil sénior deve ter uma “mentalidade estratégica”, “capacidade de liderança” e de “gestão de equipa”.

Comunicação positiva, disponibilidade, coaching e mentoria são também comportamentos esperados num profissional mais sénior. Já ao nível do conhecimento, é exigida uma profunda experiência setorial e funcional, bem como fortes redes externas e internas para criar valor agregado, detalha o líder da empresa de recrutamento em Portugal.

Já de um perfil júnior — colaborador muito recente no mercado de trabalho — espera-se, sobretudo, capacidade de aprendizagem, de melhoria e de escuta, bem como uma mente aberta, humildade, dinamismo e veracidade. Ao nível do conhecimento, um candidato com 20 anos demonstra, geralmente, apenas conhecimento teórico, de línguas estrangeiras e habilidades digitais.

Tânia Coelho, talent acquisition manager da Kelly Services Portugal, considera que a aquisição de talento tem vindo a tornar-se cada vez mais “criteriosa”, não somente em relação às hard skills, mas principalmente no que diz respeito às soft skills. E é sobretudo nestas que os candidatos mais jovens se podem destacar.

“Estas [soft skills] ganharam destaque quando se procura talento que faça a diferença na empresa ou função, assim como ganham projeção quando falamos da geração Z (nativos digitais) e/ou geração Y (millennials), sendo também transversal à geração X, chamada de geração individualista”, explica a responsável da Kelly Services Portugal à Pessoas, acrescentando que soft skills como a criatividade e a adaptabilidade têm ganho destaque perante este período de mudança constante em que vivemos e trabalhamos.

A meio da carreira, entre um perfil júnior e um perfil sénior, a Robert Walters explica que estão os “perfis plenos”. Estes são candidatos que, além da capacidade de aprendizagem e melhoria, devem também mostrar que são capazes de trabalhar em equipa, dar suporte aos seniores da organização e evoluir os juniores.

Além disso, os perfis plenos revelam “compromisso com o projeto e valores da empresa, confiabilidade, capacidade de comunicação top/down e down/top, boa gestão das necessidades de trabalho, proatividade, organização interna e capacidade de identificação dos principais tomadores de decisão internos”, detalha François-Pierre Puech.

Há, no entanto, certas skills que são fundamentais em qualquer profissional, independentemente da sua idade ou até mesmo da experiência profissional que possua. “Há características que se adequam tanto a alguém com 20 anos como com 30, 40 ou 50 anos. São soft skills e competências essenciais para quem vai entrar, está ou pensa reentrar no mercado de trabalho seja para que indústria, função ou geografia for”, salienta Afonso Carvalho, CEO do grupo Egor, à Pessoas.

Criatividade, pensamento crítico, colaboração, inteligência emocional, flexibilidade, autonomia, iniciativa, inovação, comunicação eficaz e capacidade de organização são as dez competências que o líder do grupo Egor enumera e considera fundamentais em qualquer candidato.

Promover o vínculo geracional e prever conflitos

O mais interessante para as três empresas especialistas em recrutamento que a Pessoas entrevistou é conseguir diversidade etária nas equipas. O ideal é que “as camadas mais jovens aprendem com os mais seniores e vice-versa”, refere Tânia Coelho, Kelly Services.

“Há uma partilha de valores, conhecimentos, ideologias e vivências que por serem diferentes, ajudam no engagement do capital humano. Na diversidade etária, temos a visão do hoje e do amanhã, nunca esquecendo que a visão do ontem é muito importante, pois foi essa visão que nos abriu portas para aquilo que alcançámos hoje e que estamos a projetar para o amanhã”, acrescenta.

François-Pierre Puech concorda com esta visão e salienta que o conhecimento não é transmitido apenas de cima para baixo, “pode ser também de baixo para cima, principalmente no aspeto tecnológico, e também na capacidade dos juniores de expressarem impressões frescas e sem filtro”.

Durante a Covid-19, com as equipas obrigadas a trabalhar remotamente, este vínculo geracional pode, contudo, ter saído prejudicado. “Muitas empresas identificaram que muitos perfis júnior estavam a perder a oportunidade de aprender e crescer graças à liderança sénior e que os perfis sénior estavam a perder a oportunidade de aprender e de ajudar as suas equipas a crescer, fazendo com que se sentissem menos úteis para suas organizações”, esclarece.

Algumas empresas identificaram que muitos perfis júnior estavam a perder a oportunidade de aprender e crescer graças à liderança sénior e que os perfis sénior estavam a perder a oportunidade de aprender e de ajudar as suas equipas a crescer, fazendo com que se sentissem menos úteis para suas organizações.

François-Pierre Puech

Country manager da Robert Walters Portugal

Mas neste ambiente transgeracional nem tudo é um mar de rosas. Choques e conflitos geracionais são relativamente comuns nas equipas com maior diversidade etária. No entanto, é preferível isso do que abdicar dessa diversidade, assegura Afonso Carvalho. “É preferível ter este tipo de locais de trabalho que permitem e garantem à maioria das pessoas níveis elevados de recompensas intrínsecas e extrínsecas.”

Além disso, o choque entre gerações não tem de ser necessariamente negativo. “O conflito geracional, tal como outro tipo de conflitos deve ser antecipado, gerido e até aproveitado, uma vez que é exatamente do conflito e da discussão entre gerações que muitas vezes nascem oportunidades, boas ideias e soluções para desafios que possamos ter”, afirma o CEO da Egor.

“Temos de conhecer bem as pessoas que temos e que colocamos a trabalhar em equipa porque ao fazermos essa análise proativa estamos a evitar muitos dos problemas que possam aparecer mais à frente e por outro lado ter uma chefia atenta, formada e qualificada e com muita sensibilidade para gerir pessoas é sempre meio caminho andado para ter sucesso”, finaliza.

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Pais do Amaral deixa Edge Group após vender participação a Pinto Basto

Miguel Pais do Amaral vendeu a participação que detinha numa das holdings do The Edge Group ao fundador do grupo, José Luís Pinto Basto, colocando um ponto final a uma ligação de cerca de dez anos.

O empresário Miguel Pais do Amaral já não é sócio de José Luís Pinto Basto no The Edge Group, isto depois de o empresário ter vendido a sua participação numa das holdings ao fundador do grupo, de acordo com as informações recolhidas pelo ECO.

“Com a venda da participação que tinha na Edge International Holdings à The Edge SGPS (100% detida por José Luís Pinto Basto), o engenheiro Pais do Amaral deixou de ter qualquer relação com as holdings do The Edge Group”, adiantou José Luís Pinto Basto, que fundou o grupo em 2002, sem revelar mais detalhes da operação por dever de confidencialidade.

Também Pais do Amaral confirmou ao ECO a sua saída do Edge Group, após uma ligação de cerca de uma década e da qual faz um balanço “muito positivo”.

“Os acionistas acordaram em seguir caminhos independentes, embora tenham mantido uma parceria em um dos imóveis da Edge International Holdings”, afirmou o empresário e fundador da Quifel Group, com interesses nas energias renováveis, imobiliário e vinhos e azeite.

Criado há quase duas décadas, o The Edge Group é um conjunto de holdings de investimento e capital de risco, lideradas por José Luís Pinto Basto, focadas sobretudo em projetos imobiliários.

Foi uma holding de Pinto Basto e Pais do Amaral (a Edge Capital) que em 2018 vendeu a cadeia de ginásios Fitness Hut aos espanhóis da Viva Gym Group Limited, do fundo britânico Bridges Ventures, numa das maiores operações de private equity realizadas naquele ano.

Mais recentemente, o grupo liderado por Pinto Basto e a Ardma venderam o edifício “A Garagem”, em Lisboa, ao fundo norte-americano European Core Fund, através da sociedade veículo Tishman Speyer, por um valor a rondar os 50 milhões de euros.

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Rui Rio quer adiar diretas do PSD em Conselho Nacional extraordinário

  • ECO
  • 26 Outubro 2021

O atual presidente do PSD estuda convocar um Conselho Nacional extraordinário com o intuito de propor um adiamento das eleições diretas do partido, caso o Orçamento seja chumbado.

Numa altura em que Orçamento de Estado para 2022 está na iminência de ser chumbado, e tendo em conta que o Presidente da República já admitiu o cenário de eleições antecipadas, o atual presidente do PSD está a estudar convocar um Conselho Nacional extraordinário com o intuito de propor novamente o adiamento das eleições diretas do partido, avança o Correio da Manhã (acesso pago).

O objetivo de Rui Rio é candidatar-se a primeiro-ministro e evitar ir a legislativas com um PSD dividido, segundo o mesmo jornal. No último Conselho Nacional do PSD, o social-democrata já tinha levantado esta hipótese, mas foi acusado de estar “sentado à espera da queda do Governo”. Contudo, os desenvolvimentos dos últimos dias, nomeadamente a formulação de uma crise política no horizonte, vieram reforçar a tese de Rio junto do círculo do PSD.

Entretanto, fonte oficial do PSD já reagiu a esta notícia, negando ter o intuito de propor um Conselho Nacional extraordinário e deixando duras críticas a Paulo Rangel. Em comunicado, os social-democratas lamentam que” a candidatura alternativa esteja a tentar lançar a confusão” através “de notícias falsas e contra-informação” com o intuito de “criar cenários especulativos em nome da Direção do Partido”. O PSD diz ainda que este é um momento ” de apelar à serenidade e não à guerrilha interna”.

As eleições diretas do PSD, que vão escolher o próximo presidente do partido, estão marcadas para 4 de dezembro, sendo que Paulo Rangel vai disputar o lugar contra Rui Rio. Caso o Orçamento seja chumbado, o Presidente da República já avisou que vai dissolver o Parlamento, pelo que o país vai avançar para eleições antecipadas. Marcelo Rebelo de Sousa está ciente de que o PSD pode mesmo vir a disputar a sua liderança em dezembro, o que poderia dificultar a escolha das listas a apresentar nas eleições legislativas, pelo que poderá esticar os prazos, de modo a que as eleições legislativas ocorram em fevereiro ou março, em vez de janeiro.

(Notícia atualizada às 14h11 com reação de fonte oficial do PSD)

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“Empresas internacionais vêm cá ser subsidiadas com recursos nacionais”, diz presidente da APB

  • ECO
  • 26 Outubro 2021

Presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) alerta que a proibição de cobrar taxas negativas nos depósitos de grandes empresas está a prejudicar o setor bancário e o país.

O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) defende o fim da fiscalidade que “apenas incide” sobre os bancos portugueses. Em entrevista ao Público (acesso pago), Vítor Bento afirma também que a proibição imposta à banca de cobrar taxas negativas nos depósitos está a ter consequências para o setor, nomeadamente a vinda de empresas internacionais para se subsidiarem com recursos nacionais.

A medida “mais importante” que o Governo devia adotar seria “acabar com a fiscalidade que apenas incide sobre a banca portuguesa”. Mas o responsável acrescenta a “eliminação das várias proibições de comissionamento que distorcem o modelo de negócio”, referindo o facto de em Portugal ser proibido cobrar taxas negativas nos depósitos de grandes empresas. “E, que eu saiba, é o único país a fazê-lo”, diz.

Vítor Bento acrescenta que essa medida está a prejudicar o setor e o país. “O resultado está à vista: as empresas internacionais vêm cá fazer os seus depósitos para serem subsidiadas com recursos nacionais“, critica.

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