Espanha promete a Bruxelas cobrar mais portagens nas autoestradas
O Governo espanhol incluiu no PRR a criação de uma rede mais robusta de portagens nas suas autoestradas, para financiar manutenção. Défice de investimento está perto de oito mil milhões de euros.
O Governo espanhol comprometeu-se com a Comissão da Europeia a alargar o pagamento de portagens nas autoestradas, para financiar a respetiva manutenção. O défice de investimento aproxima-se de oito mil milhões de euros, noticiou o El Economista.
“É preciso desenvolver um sistema de pagamento por uso da rede de estradas de alta capacidade que permita cobrir os custos da manutenção e integrar as externalidades negativas do transporte rodoviário, como acontece com as restantes infraestruturas”, lê-se no Plano de Recuperação, Transformação e Resiliência espanhol, que foi apresentado esta semana e será enviado para Bruxelas nos próximos dias.
A medida é impopular e está a merecer contestação das empresas de transporte. Mas vem a ser defendida pelo Governo, nomeadamente por José Luis Ábalos, ministro dos Transportes, Mobilidade e da Agenda Urbana, em várias ocasiões.
A rede de autoestradas pagas em Espanha encolheu de 3.304 quilómetros para menos de 2.000 quilómetros em três anos. Segundo o jornal, significa que a rede sujeita a portagens encolheu de 18% para 11,5% nesse período, o que contrasta com a realidade de outros países da Europa onde a generalidade destas vias são pagas.
Em Itália, 86% da rede de autoestradas cobra portagens. Em França é de 79% e na Irlanda é de 38%, havendo ainda alguns países que cobram portagens em 100% da rede de autoestradas. Apenas Chipre, Estónia, Liechtenstein, Malta e Montenegro não cobram portagens.
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