Dinamarca vai deixar de usar vacina da AstraZeneca

Vários jornais dinamarqueses avançam que a Dinamarca se prepara para anunciar a decisão. Decisão estará relacionada com os raros casos de coágulos sanguíneos observados em algumas pessoas vacinadas.

A Dinamarca vai deixar de administrar a vacina da AstraZeneca aos seus cidadãos, tornando-se no primeiro país do mundo a adotar uma medida deste tipo. A informação foi noticiada por vários jornais dinamarqueses e citada pela Reuters.

Uma conferência de imprensa foi marcada para as 13h00 desta quarta-feira, onde se espera que as autoridades de saúde confirmem a decisão de tirar aquela vacina do respetivo plano nacional de vacinação contra a Covid-19.

O motivo para esta decisão será a preocupação com os casos de tromboembolias observadas em poucas dezenas de pessoas, em dezenas de milhões de inoculações sem registo de problemas. Apesar de extremamente raros, o problema é suficientemente sério para levar a Dinamarca a desistir da vacina da AstraZeneca, o que poderá atrasar em quatro semanas vacinação da população.

A vacina da AstraZeneca, desenvolvida em conjunto com a Universidade de Oxford, é de duas tomas e pode ser armazenada num frigorífico comum.EPA/Sean Gallup

Na semana passada, a Agência Europeia do Medicamento (EMA) admitiu poder existir uma ligação entre a formação de coágulos e a vacina. Porém, a avaliação de risco levou a autoridade a concluir que o risco de morte pela doença Covid-19 é “muito superior” ao risco de morte por causa da vacina.

Todos os medicamentos têm efeitos secundários e, na sequência do anúncio, as tromboembolias passaram a ser listadas como uma possível reação adversa na bula do medicamento. A EMA deixou ao critério dos Estados-membros a elaboração das suas próprias avaliações de risco. Em Portugal, por exemplo, foi decidido não administrar a vacina da AstraZeneca a pessoas com menos de 60 anos de idade, pois o risco de formação de coágulos aparenta ser superior em pessoas mais novas.

Já esta semana, foi suspensa nos EUA a vacina da Janssen, empresa do grupo Johnson & Johnson, devido a casos muito raros de tromboses do seno venoso cerebral.

Enquanto as autoridades investigam casos de seis mulheres que tiveram este problema depois de receberem a vacina em quase sete milhões de pessoas vacinadas, a farmacêutica decidiu “proativamente atrasar” a distribuição da vacina na Europa. Portugal deveria ter recebido 30 mil doses esta semana, mas estas acabaram por ficar retidas na Bélgica.

Entre 27 de dezembro de 2020 e 11 de abril de 2021, Portugal vacinou quase 1,6 milhões de pessoas com pelo menos uma primeira dose, das quais mais de 632 mil têm a vacinação completa, segundo informação da Direção-Geral da Saúde.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h15)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

UE garante mais 50 milhões de doses da Pfizer para este trimestre

A Pfizer vai fornecer 50 milhões de doses adicionais da sua vacina contra a Covid-19 à União Europeia durante este trimestre.

A Presidente da Comissão Europeia anunciou esta quarta-feira que a Pfizer vai fornecer 50 milhões de doses adicionais da sua vacina contra a Covid-19 durante este trimestre. O anúncio foi feito numa altura em que se continuam a verificar atrasos por parte das farmacêuticas e que a Janssen decidiu atrasar proativamente a entrega das vacinas na Europa.

Estes 50 milhões de doses estavam inicialmente previstos para serem entregues no quarto trimestre de 2021 e vão agora ser distribuídas no segundo“, disse Ursula Von der Leyen, em conferência de imprensa esta terça-feira. Nesse sentido, a presidente da Comissão Europeia referiu que as primeiras doses começavam a chegar já em abril.

Além disso, Ursula Von der Leyen disse que está a ser negociado um terceiro contrato com a Pfizer/BioNTech para a entrega de 1,8 mil milhões de doses em 2022 e 2023. “E vai envolver não só a produção da vacina, mas também [a produção de] componentes essenciais, que estará localizada na União Europeia”, explicou.

Este anúncio surge cerca de 24 horas depois de a farmacêutica do Johnson & Johnson ter decidido “atrasar proativamente” a distribuição da sua vacina contra a Covid-19 na Europa, após as autoridades de saúde dos EUA terem suspendido a administração desta vacina ao nível federal. Esta suspensão foi decidida após notificados seis casos raros de coágulos sanguíneos, em mulheres com idades compreendidas entre os 18 e os 48 anos, seis a 13 dias após a vacinação, e tem como finalidade o estudo mais aprofundado dos referidos casos. De notar que, nos Estados Unidos já foram dadas cerca de sete milhões de doses deste fármaco.

Esta quarta-feira, o jornal italiano La Stampa avançou que a Comissão Europeia decidiu não renovar os contratos da vacina contra a Covid-19 no próximo ano com a empresa anglo-sueca Astrazeneca e o grupo norte-americano Johnson & Johnson. Mas esta decisão, que ainda não foi confirmada oficialmente, não coloca em causa os contratos já assinados. Bruxelas acordou com a Janssen, farmacêutica do grupo Johnson & Johnson a compra de 200 milhões de doses para este ano, com uma opção de compra de 200 doses adicionais. Quanto à vacina da AstraZeneca estão acordadas 400 milhões de doses.

Por fim, a presidente da Comissão Europeia anunciou ainda que a UE atingiu o marco de 100 milhões de doses administradas, sendo que mais de 27 milhões de cidadãos europeus já têm o processo de vacinação completo, isto é, as duas doses das vacinas.

(Notícia atualizada às 13h39)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fábrica de Startups e Turismo de Portugal lançam novo programa de inovação aberta

O objetivo do programa organizado pela Fábrica de Startups e pelo Turismo de Portugal é contribuir para a inovação do setor, colocando as empresas em contacto com startups inovadoras.

Tourism adVenture é o nome do mais recente programa, organizado pela Fábrica de Startups e pelo Turismo de Portugal. O objetivo contribuir para a inovação do setor do turismo, colocando as empresas do setor em contacto com startups para dar resposta e criar soluções para os desafios das empresas.

“Programas como o Tourism adVenture são cruciais, no momento em que vivemos”, diz o fundador e CEO da Fábrica de Startups, António Lucena de Faria, citado em comunicado. “O turismo continua a ser uma indústria absolutamente fundamental para o futuro do nosso país e, por isso, precisamos de novos negócios, de novos empreendedores, que, em conjunto com o tecido empresarial deste setor, desenvolvam novas experiências para os turistas”, continua.

Com candidaturas abertas até 1 de maio, o programa é dirigido a todas as startups de turismo e de outras áreas que tenham uma solução que possa ser aplicada a este setor e que dê resposta a, pelo menos, um dos desafios propostos no programa.

O Tourism adVenture está dividido em três principais momentos: o primeiro é um workshop de matchmaking, que assegura que a solução proposta pela startup vai ao encontro daquilo que é o desafio real da empresa, o segundo é um conjunto de seis bootcamps de validação da solução face à realidade dos clientes da empresa parceira e, por último, um “demo day”, onde as startups apresentam as suas soluções às empresas parceiras. Neste dia, as empresas parceiras poderão, ainda, selecionar as startups com as quais têm interesse em desenvolver um piloto. Cada startup selecionada receberá um incentivo de 5.000 euros, para o desenvolvimento desse mesmo piloto.

"O Turismo continua a ser uma indústria absolutamente fundamental para o futuro do nosso país e, por isso, precisamos de novos negócios, de novos empreendedores, que, em conjunto com o tecido empresarial deste setor, desenvolvam novas experiências para os turistas.”

António Lucena de Faria

Fundador e CEO da Fábrica de Startups

De acordo com a Fábrica de Startups, o programa vai decorrer em formato 100% digital e os participantes vão poder contar com “feedback sobre o potencial dos seus produtos e serviços”, “validação em ambiente real”, “acesso a novos mercados”, “acesso a mentores especialistas no setor”, “oportunidade de fazer scale-up”, entre outros benefícios.

“Os programas de inovação aberta aceleram a adoção da inovação, permitindo aos empreendedores aplicar e adaptar as soluções ao mercado, enquanto as empresas têm a oportunidade de testar soluções para otimizar as operações de negócio, seja na gestão ou na comercialização”, diz Sérgio Guerreiro, diretor coordenador da direção de gestão do conhecimento do Turismo de Portugal. “Todos ganham. As startups testam em ambiente real e as empresas reforçam a sua rentabilidade e competitividade, introduzindo inovação nos seus processos”, remata.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Têxtil Coelima pede insolvência após quebra de 60% nas vendas devido à pandemia

  • Lusa
  • 14 Abril 2021

A Coelima apresentou insolvência, na sequência da quebra de vendas “superior a 60%” provocada pela pandemia e da não aprovação das candidaturas que apresentou às linhas de crédido Covid-19.

A Coelima apresentou-se esta quarta-feira à insolvência, na sequência da quebra de vendas “superior a 60%” provocada pela pandemia e da não aprovação das candidaturas que apresentou às linhas de crédito Covid-19, disse à Lusa fonte oficial da têxtil.

“A empresa decidiu avançar com o pedido de insolvência, fruto da situação criada pela pandemia, que provocou uma forte redução das vendas e uma pressão sobre a tesouraria insustentável”, adiantou a mesma fonte.

A empresa diz, contudo, pretender, conforme previsto na lei, apresentar um plano de recuperação aos credores no prazo de 30 dias.

Com cerca de 250 trabalhadores, a têxtil de Guimarães integra o grupo MoreTextile, que em 2011 resultou da fusão com a JMA e a António Almeida & Filhos e cujo acionista principal é o Fundo de Recuperação gerido pela ECS Capital.

De acordo com fonte oficial da têxtil, após “todos os esforços realizados, a empresa decidiu apresentar-se à insolvência de forma a minimizar os impactos nos vários stakeholders, nomeadamente dos colaboradores, que apesar da situação têm todos os salários em dia”.

Depois da restruturação realizada ao longo dos últimos anos, a Coelima esteve perto de ser alienada em março do ano passado, mas a operação acabou por não avançar, num contexto de incerteza gerada com a pandemia.

Com o objetivo de “assegurar a manutenção de postos de trabalho e minimizar impactos na região” a empresa diz ter procurado diferentes alternativas para prosseguir a atividade, salientando, entre as várias ações promovidas, as candidaturas apresentadas às várias linhas de crédito Covid-19, mas que até à data não foram aprovadas.

Os cerca de 250 trabalhadores da Coelima têm idade média de 51 anos e uma antiguidade de 27 anos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Máscaras S, M ou L? Estão à venda as primeiras FFP2 para todas as caras

Com um lápis e uma régua o cliente pode descobrir qual o tamanho ideal para si mediante o seu rosto. Os preços variam entre os 0,54 cêntimos e os 1,75 euros.

Com a pandemia, as máscaras tornaram-se uma peça do dia-a-dia, mas o tamanho destas — até aqui era universal — era um problema. O Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), em Espanha, resolveu este problema e desenvolveu máscaras FFP2 para todos os tamanhos (S, M ou L) para homem, mulher e criança, de acordo com a fisionomia de cada pessoa.

Para saber qual o melhor tamanho para o rosto de cada pessoa, a instituição tem um vídeo e um guia para que todos encontrem a proteção ideal com o tamanho certo. Para descobrir qual o tamanho ideal, o consumidor deve colocar-se em frente a um espelho e usar uma régua e um lápis. O zero da régua deve ser colocado à altura da pupila do olho (em posição vertical e perpendicular ao lado da face), avançou o El Econimista.

Em seguida, deve colocar o lápis numa posição horizontal apoiando-o sobre o osso do queixo e cruzá-lo com a régua para ver qual o centímetro que atinge. Uma vez anotada a medição, o CSIC fornece a seguinte guia de tamanhos: S quando o valor dá 11,5 centímetros, M para valores entre 11,5 e 13 centímetro e L para rostos com mais de 13 centímetros. Se o cliente tiver alguma dúvida entre um tamanho ou outro, o recomendado é escolher o mais pequeno, informa a CSIC.

A máscara EPI anticovid com tamanho diferenciado tem um preço de 1,75 euros por unidade e é vendida em caixas de 10, 25 e 50 unidades. A cirúrgica tem um preço de 0,54 cêntimos e pode ser comprada em caixas de 50 unidades, enquanto a máscara biodegradável tem um custo de 0,90 cêntimos por unidade e é vendida em caixas de 30 unidades.

As máscaras para os mais novos têm o preço de 0,54 cêntimos por unidade e são vendidas em caixas de 50 unidades. Os envios são gratuitos a partir dos 240 euros e as máscaras podem ser adquiridas através da Proveil.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ivo Rosa denuncia: foram mais de 100 processos distribuídos de forma ilegal

A suspeita recai sobre o período temporal de setembro de 2014 e abril de 2015. Ou seja; na altura em que o processo, vindo do Ministério Público, foi parar às mãos de Carlos Alexandre. MP investiga.

O juiz de instrução Ivo Rosa — que na sexta-feira pronunciou Sócrates de seis crimes, numa das decisões mais polémicas da história da Justiça portuguesa — não deixou escapar outra suspeita, igualmente polémica.

Na decisão instrutória — com mais de 6 mil páginas – o magistrado denuncia que a maioria dos processos que foram parar ao Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) – onde atualmente estão apenas colocados Carlos Alexandre e o próprio Ivo Rosa — e foram distribuídos de forma manual, sem sorteio. O que não é conforme à lei, já que obriga a que estes sorteios sejam eletrónicos, para evitar distribuições arbitrárias. Ivo Rosa vai mais além: explica que esta suspeita recai sobre o período temporal de setembro de 2014 e abril de 2015.

Ou seja; na altura em que o processo, vindo do Ministério Público, foi parar às mãos de Carlos Alexandre – a 9 de setembro de 2014 – que ficou o responsável pelo mesmo na fase de inquérito. E que resultou na prisão preventiva do ex-líder do Governo por quase um ano e numa detenção, filmada em direto pelas televisões portuguesas. no aeroporto de Lisboa. No total, foram distribuídos 215 processos, 128 de forma manual, segundo as contas do próprio Ivo Rosa, no despacho de instrução.

Segundo Ivo Rosa, entre setembro de 2014 e abril de 2015, Carlos Alexandre terá recebido 26 processos por distribuição eletrónica, 33 por sorteio manual e 56 por atribuição manual.

Já para João Bártolo — o juiz que à época estava no Ticão — foram 26 processos por distribuição eletrónica (sorteio), 38 por sorteio manual e 72 por atribuição manual.

Perante estas suspeitas, Ivo Rosa mandou extrair uma certidão do processo do Marquês, que seguiu para o Ministério Público investigar.

“Houve situações em que no mesmo dia foi utilizada a modalidade de distribuição eletrónica e a modalidade de distribuição manual, o que evidencia que a 9 de setembro de 2014 o sistema eletrónico estava em perfeito funcionamento, aliás como confirmado” pelo Ministério da Justiça, que tutela o IGFEJ, que por sua vez tutela o sistema informático dos tribunais.

Esta questão já tinha sido levantada pelos arguidos José Sócrates e Armando Vara. Ambos contestaram a distribuição manual do processo, em setembro de 2014. O Conselho Superior da Magistratura já fez saber que em todos os tribunais, nomeadamente no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), “existem regras transparentes sobre atribuição e transição de processos, com respeito pelo princípio do juiz natural”

Segundo adianta o CSM – órgão de gestão e disciplina dos juízes – “na sequência da reforma do Mapa Judiciário de 2014, o CSM deliberou em plenário “estabelecer regras gerais a transparentes no que concerne à transição de processos, com respeito pelo princípio do juiz natural”, que é um dos princípios basilares do processo penal. “De acordo com essa deliberação, em todos os tribunais, nomeadamente o Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), os processos foram atribuídos ao juiz que já os tramitava, sem prejuízo das operações de igualação de pendências”, avança o CSM, antecipando-se assim a eventuais pedidos de esclarecimento que venham a ser solicitados a tal órgão da judicatura acerca da questão levantada no âmbito da fase inicial da “Operação Marquês”.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Católica deixa de prever contração do PIB em 2021. Aponta para crescimento de 1%

O cenário central de contração do PIB de 2% passou a ser o cenário pessimista. Os economistas da Católica antecipam agora um crescimento de 1%. O cenário otimista aponta para 4%.

Quando foi decretado o segundo confinamento, a meio de janeiro, os economistas da Católica foram os primeiros a adaptar as suas previsões à nova realidade, dando como perdido 2021, ano anteriormente visto como de forte retoma, ao prever uma contração anual do PIB de 2%. Três meses depois, o cenário central está mais otimista ao prever um crescimento de 1%, principalmente por causa de uma contração menor em 2020 face ao estimado, mas não se exclui a possibilidade de haver uma contração.

“Para o conjunto do ano de 2021, o cenário central é agora de crescimento em torno de 1%, uma revisão em alta de três pontos percentuais face ao ponto central da previsão anterior (-2%)”, escreve o Católica Lisbon Forecasting Lab na folha trimestral de conjuntura do primeiro trimestre divulgada esta quarta-feira, explicando que “a razão principal para esta revisão é a nova informação do INE sobre as contas nacionais de 2020, com uma contração do PIB inferior ao anteriormente previsto“. Além disso, os dados do primeiro trimestre, apesar das restrições reforçadas, também deram confiança aos economistas da Católica.

O cenário central de janeiro passa agora a ser o cenário pessimista com o PIB a cair 2%. Porém, dada a “muito elevada” incerteza das previsões, não é de excluir à partida uma “hipótese de crescimento mais forte” se houver uma retoma rápida como se viu no terceiro trimestre do ano passado. Nesse caso, o cenário otimista aponta para um crescimento de 4% este ano, o que até está acima das previsões do Conselho das Finanças Públicas (3,3%), Banco de Portugal (3,9%) e Fundo Monetário Internacional (3,9%).

Quanto ao mercado de trabalho este ano, a expectativa é que a taxa de desemprego suba para valores entre os 7,2% e os 8%, com um ponto central de 7,6%. Ao contrário de outras crises, esta contou com apoios à manutenção do emprego, o que tem contido a subida do desemprego e permitido a manutenção dos rendimentos (a nível agregado), levando a um reforço da poupança “forçada” por causa das restrições à mobilidade e consumo. “O regresso da poupança e depósitos aos níveis normais poderá ajudar à recuperação do consumo privado e da atividade económica quando os confinamentos terminarem de forma definitiva“, notam.

A economia portuguesa permanece num ambiente de elevada incerteza associada à evolução da pandemia, da administração de vacinas e das medidas de confinamento“, explicam os economistas, assinalando que “as previsões de curto prazo dependem, acima de tudo, da severidade das medidas de confinamento adotadas ou ainda a adotar em 2021”. O que explica a disparidade das previsões é a probabilidade que se dá à hipótese de novos confinamentos severos: “Na perspetiva do NECEP, o ambiente político, mediático e social é favorável a confinamentos severos caso se vislumbre uma deterioração significativa nos indicadores sanitários diários da pandemia, com o cenário central de crescimento fraco do PIB em 2021 a refletir o valor esperado desse efeito“, notam.

Nos anos seguintes, o NECEP não tem dúvidas de que a economia portuguesa vai crescer, mas está menos otimista do que outras instituições, desde logo porque só vê o PIB a recuperar o nível do quarto trimestre de 2019 em 2023, ao contrário da Comissão Europeia e do Governo que veem isso a acontecer a meio de 2022. Para 2022 apontam para um crescimento do PIB de 4,5% e de 3,5% em 2023, perspetivando uma “baixa probabilidade de confinamento” nesse período.

PIB contrai cerca de 7% no primeiro trimestre. Há o risco de orçamento retificativo

O NECEP estima que o PIB tenha contraído 5% em cadeia e cerca de 7% em termos homólogos no primeiro trimestre, existindo indicadores com quebras “relativamente pequenas” mas outros com quebras “substantivas”. Com estas variações, “a economia portuguesa deve ter operado a cerca de 90% do nível do quarto trimestre de 2019, o último período «normal» antes da pandemia“, estima.

Porém, dado que um segundo confinamento severo não estava nas contas do Governo, há o “risco de forte deterioração das contas públicas e a necessidade de um orçamento retificativo para 2021“, avisam os economistas da Católica, apontando ainda para outros problemas pendentes como as as moratórias publicas e privadas, as quais consideram ser “um risco acrescido significativo sobre a economia portuguesa e o sistema financeiro, notando que correspondem a quase 25% do PIB de 2019”.

“No curto prazo, as moratórias têm ajudado a mitigar o choque do confinamento ao reduzir as necessidades de tesouraria das empresas, permitindo também aliviar os orçamentos de muitas famílias. Mas a médio prazo podem tornar-se num risco de crédito que pesará no balanço das instituições financeiras e também na despesa pública por via das garantias assumidas pelo Estado“, recordam.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Linha circular em 2024. Mudanças nos transportes permitiram que “saíssemos do congelador”, diz Costa

A linha circular do Metro de Lisboa deve abrir em 2024. Primeiro-ministro aponta que vai ajudar a atingir objetivo da neutralidade carbónica, e permitir a melhoria da rede.

O projeto da linha circular no Metropolitano de Lisboa vai avançar, e deverá abrir ao público em 2024. O primeiro-ministro aponta que esta empreitada vai contribuir para atingir o objetivo da neutralidade carbónica no país, sublinhando também que a descentralização das competências das autoridades de transportespermitiu que saíssemos do congelador onde nos encontrávamos para a atividade em que estamos”.

António Costa salientou que “esta obra é muito importante, porque apesar de estarmos a passar pela maior crise sanitária, económica e social, o metro não vai parar e vai alargar”, na assinatura do auto de consignação do Lote 1 do Plano de Expansão do Metropolitano de Lisboa. É também um passo para atingir a neutralidade carbónica em 2050, sendo que o investimento tem de “começar já hoje”.

O primeiro-ministro aponta que cada decisão de linha de metro leva muito tempo a ser concretizada, sendo que toda rede tem que ser construída, tem de ser desenvolvida e incorporada na vida dos cidadãos”. Desta forma, “mudança de paradigma” é algo que “implica tempo” e é por isso que as obras têm de avançar, aponta. A nova linha circular está prevista abrir ao público em 2024, segundo o plano do Metropolitano.

A “linha circular é muito mais do que apanhar o metro no Rato e ir até ao Cais do Sodré”, defende Costa, apontando que a “criação deste anel como elemento central da rede de metro tem um valor essencial”. Serve “todos aqueles que são utentes da linha do metro” e “permite melhoria do metro em toda sua rede”.

Para além disso, Costa salienta ainda que “está bem demonstrado o acerto da opção de descentralização, seja para municípios ou áreas metropolitanas, das competências próprias das autoridades de transportes: mudou completamente panorama e permitiu que saíssemos do congelador onde nos encontrávamos para a atividade em que estamos, mesmo e apesar do confinamento e todos constrangimentos que Covid-19 nos tem imposto”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PRA: Pedro Raposo passa a chairman e Miguel Miranda a managing partner

Após 20 anos, Pedro Raposo abandona o cargo de managing partner e assume a posição de chairman da PRA. O sócio Miguel Mirandapassa a managing partner.

A PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados procedeu a uma reestruturação interna. O até então managing partner, Pedro Raposo, vai abandonar o cargo, após 20 anos, e assumir a posição de chairman do escritório. Por outro lado, será o sócio fundador, Miguel Miranda, que irá assegurar a pasta de managing partner.

O sócio fundador e agora managing partner centra a sua prática nas áreas de Comercial, Contratos e Concorrência. Miguel Miranda é ainda membro da Comissão de Concorrência da International Chamber of Commerce Portugal, membro da Task force “Private Enforcement” – International Chamber of Commerce (Paris), e árbitro do Centro de Arbitragem Comercial do Instituto de Arbitragem Comercial.

Para o novo chairman, Pedro Raposo, os escritórios não podem ser criados à imagem dos fundadores, devendo antes ser a imagem dos sócios e dos colaboradores. O sócio fundou a Pedro Raposo & Associados em 2001. É ainda membro da UIA – Union Internationale des Avocats e integra a lista de Árbitros da CONCÓRDIA – Centro de Conciliação e Mediação de Conflitos e Arbitragem e a lista de Árbitros do Centro de Arbitragem Comercial da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo remete para arbitragem pedido de compensação dos CTT

  • Lusa
  • 14 Abril 2021

O Governo remeteu para a arbitragem o pedido dos CTT para a compensação pela extensão unilateral do contrato de concessão do serviço postal universal (SPU), disse o Ministério das Infraestruturas.

O Governo remeteu para a arbitragem o pedido dos CTT para a compensação pela extensão unilateral do contrato de concessão do serviço postal universal (SPU), disse fonte oficial do Ministério das Infraestruturas à Lusa.

“O assunto será remetido e tratado em sede de arbitragem, conforme contratualmente previsto”, afirmou a mesma fonte.

Em março, o presidente executivo dos CTT, João Bento, disse, em declarações à Lusa, que os Correios tinham iniciado “formalmente o processo” para serem compensados pela extensão unilateral do contrato de concessão do serviço postal universal, até final deste ano, e “pelos efeitos extraordinários da pandemia” de Covid-19.

Durante a audição regimental de 24 de março, quando questionado pelos deputados sobre o tema, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, considerou “normal” o pedido de compensação, salientando que os Correios estão a fazer valer os seus direitos decorrentes das regras previstas no contrato.

“Sobre os CTT, a única coisa que vos posso dizer é que há regras que estão previstas no contrato e é no quadro dessas condições que os CTT fazem valer os seus direitos, sobre isso não há muito a fazer”, afirmou, na altura, o governante.

“Os CTT têm normas no contrato que permitem pedir estar compensação e é isso que fizeram junto da Anacom [Autoridade Nacional de Comunicações] e nós temos que viver com isso, é a realidade do contrato que existe, que é o normal”, salientou o ministro.

O contrato de concessão do serviço postal universal dos CTT, que estava previsto terminar no final de 2020, foi prorrogado por um ano, até 31 de dezembro de 2021.

Em 25 de fevereiro, os CTT anunciaram que tinham apresentado ao Governo uma proposta de criação de uma comissão de negociação para rever as condições do contrato de concessão do SPU.

Entretanto, o Governo criou um grupo de trabalho para “proceder à análise da evolução” do SPU, cujas conclusões devem ser entregues até meados deste mês, segundo despacho do secretário de Estado Adjunto e das Comunicações.

Os rendimentos dos CTT subiram 0,7% no ano passado, face a 2019, para 745,2 milhões de euros, com o segmento de expresso e encomendas a subir 26,6% para 193 milhões de euros e os do Banco CTT a avançarem 30,5% para 82 milhões de euros.

O segmento correio e outros registou uma quebra dos rendimentos de 10,8% para 426,1 milhões de euros.

O lucro dos CTT caiu 42,9% para 16,7 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Já pode dar gorjetas digitais através de um QR Code

Uma startup portuguesa criou o Classihy Tips, um sistema que, através de um QR Code, dá aos clientes a possibilidade de recompensarem funcionários da hotelaria e restauração pelo serviço prestado.

A startup portuguesa Classihy criou um sistema que dá aos clientes do setor da hotelaria e da restauração a possibilidade de oferecerem gorjetas aos prestadores de serviços de forma totalmente digital. Em causa está o Classihy Tips: através de um QR Code, o sistema possibilita aos funcionários receberem gratificações até um máximo de 100 euros.

A Classihy já permitia aos clientes avaliarem o serviço prestado por um certo funcionário, mas permite agora, também, que sejam recompensados pelo seu trabalho. Para tal, o colaborador terá de estar registado na Classihy, para que depois o cliente possa, através do scan ao QR Code (uma espécie de código de barras para os telemóveis), transferir uma gorjeta de, pelo menos, dois euros.

Para que a transferência do dinheiro se efetive, o cliente deve identificar o colaborador que o atendeu e o método de pagamento ao qual pretende recorrer. Este pode ser o cartão bancário, Apple Pay ou Google Pay. Neste momento, esta forma de gratificação está já disponível em dois espaços na cidade de Lisboa, nomeadamente no Tapas Bar 52 (no Príncipe Real) e no Restaurante da Associação Naval de Lisboa (na Doca de Belém).

O sistema permite ainda que os funcionários definam certos objetivos pessoais para a aplicação do total das suas gorjetas, através da Classihy, podendo torná-los públicos para que os clientes os conheçam, e ser indicado o montante que tem de ser angariado para que o objetivo se concretize. Mas, nestes casos, o montante apenas será transferido para a conta do funcionário quando o objetivo final for alcançado, através das contribuições dos clientes.

Não sendo necessário descarregar qualquer aplicação por parte dos clientes, este sistema pretende oferecer uma alternativa às típicas gorjetas em dinheiro, mais um passo em direção aos pagamentos digitais e ao contactless, cada vez mais presentes no canal horeca, sobretudo na pandemia.

Como avança a Classihy num comunicado, os “funcionários não pagam qualquer comissão para ter acesso a este serviço”. No entanto, o mesmo não está livre de encargos: 5% do montante total das gorjetas reverte para a startup, para “cobrir os custos relacionados com as transações bancárias e a manutenção da conta”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Juan Miguel Estallo: CEO da Liberty Europa estuda aquisições

O crescimento orgânico do ramo europeu não vai ser suficiente para as ambições da companhia que vai definitivamente para teletrabalho com aprovação de 99,2% dos colaboradores.

Juan Manuel Estallo, CEO da Liberty no mercado europeu: “Se os segurados querem 15 coberturas por que hão de pagar por 45?”

O ramo europeu da seguradora Liberty está a estudar aquisições de companhias de seguros revelou Juan Miguel Estallo, o CEO que entrou para o cargo há 4 meses, em conferência de imprensa realizada esta quarta-feira. A gigante norte-americana, que tem a operação europeia baseada em Espanha, abrange ainda os mercados de Portugal, Irlanda e Irlanda do Norte.

Num primeiro balanço à posta numa profunda reorganização, Estallo afirmou que 99,2% dos colaboradores da companhia aderiram ao teletrabalho incentivados por um apoio inicial de 460 euros e por um subsídio de 55 euros mensais, valores comum a todas as quatro regiões sob gestão europeia.

Em relação a eficiência, o CEO refere que o facto de se estar a trabalhar de forma digital a 100% e na Nuvem, permitiu “mudar a maneira de trabalhar”, a par com o lançamento de serviços e produtos modulares e uma boa adaptação às modificações de negócios trazidas pela Covid, como o click and collect.

Crescer através da rede de mediação vai continuar a ser uma aposta em Portugal, mercado onde a quota deste canal é significativa, disse Estallo, salientando um esforço grande de digitalização durante o último ano.

Para Juan Manuel Estallo a Liberty dotou os mediadores de ferramentas e apoiou, até financeiramente, os profissionais durante a pandemia e vai continuar fazê-lo, disse. Também aludiu ao facto de a Liberty estar a apresentar produtos modulares e multi-tarifas, permitindo uma oferta mais completa. Desta estratégia resulta uma competitividade de preços, disse, “se os segurados querem 15 coberturas por que hão de pagar por 45”, questionou.

A consolidação bancária, principalmente a que se verifica em Espanha, torna “o mercado cada vez mais reduzido”, referiu o CEO a propósito de acordos de bancassurance . O canal direto vai seguir um desenvolvimento normal.

Com a transferência para teletrabalho e Liberty vai deixar de precisar de todos os espaços que ocupa nos quatro países onde opera na Europa. No entanto, Juan Manuel Estallo que, embora com menos viagens, continua a ser um local a manter para os colaboradores se juntarem, a bem da “criatividade e da inovação”.

O CEO ainda foi questionado sobre a espanholização da Liberty na Europa e respondeu dizendo que “onde há talento as empresas crescem, inovam e reorganizam-se, seja qual for o país onde estão”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.