BCE mantém “bazuca”, mas está pronto a ajustá-la perante a pandemia
Depois de aumentar o valor da "bazuca" em 500 mil milhões de euros, o BCE não fez qualquer alteração às "armas" com que tenta ajudar a região a recuperar da crise. Mas está atento.
O Banco Central Europeu (BCE) manteve os juros, mas também o valor da “bazuca”. Depois de aumentar o montante das compras de dívida em 500 mil milhões de euros no final do ano, a instituição liderada por Christine Lagarde não mexeu nas “armas”, mas diz que está preparada para eventuais ajustes perante o agudizar da crise sanitária.
“O Conselho do BCE continua a estar pronto a ajustar todos os seus instrumentos, conforme apropriado, para assegurar que a inflação avance no sentido do seu objetivo de uma forma sustentada, de acordo com o seu compromisso de simetria”, refere o BCE após a conclusão de política monetária, a primeira de 2021.
Esta postura é relevante numa altura em que a crise sanitária está a agravar-se. Com as novas infeções a aumentarem exponencialmente, vários países europeus estão novamente confinados, o que provocará forte quebras no PIB. Estes confinamentos desafiam a projeção do BCE de uma rápida recuperação económica a partir do segundo trimestre, podendo exigir mais estímulos.
A ameaça às perspetivas económicas deverá estar em foco na conferência de imprensa de Christine Lagarde, sendo que os economistas consultados pela Reuters esperam que a presidente do BCE apresente um tom equilibrado, argumentando que as perspetivas a longo prazo permanecem em grande medida inalteradas, mesmo que o próximo trimestre ou dois possam ser mais fracos do que o previsto.
(Notícia atualizada às 13h09 com mais informação)
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