Brinquedos, livros e roupa proibidos nos supermercados a partir de segunda-feira. Esta é a lista completa

Supermercados podem retirar os produtos, ocultar a visibilidade ou isolar as áreas de venda, ficando impedido o acesso aos consumidores. Podem, no entanto, continuar a vender online.

Os supermercados estão proibidos, a partir da próxima semana, de vender produtos que não seja essenciais ou de primeira necessidade. A decisão já tinha sido anunciada pelo Governo, que concretiza agora a lista completa de proibições num decreto publicado em Diário da República, que tem efeitos a partir das 0h00 de segunda-feira, dia 18 de janeiro.

O novo confinamento que o país vive implica o encerramento temporário das lojas que comercializam produtos não essenciais, como livrarias, por exemplo. Mas os hipermercados e supermercados estão autorizados a permanecerem abertos, mesmo que possam vender outro tipo de bens que não sejam considerados de primeira necessidade.

Exatamente devido a esta diferenciação, o Governo decidiu limitar a comercialização destes estabelecimentos apenas a bens essenciais e de primeira necessidade, forçando a retirada dos expositores de outros. O decreto “proíbe a venda de bens tipicamente comercializados nos estabelecimentos de comércio a retalho encerrados ou com a atividade suspensa devido à declaração do estado de emergência”, explica o documento.

“A partir das 00h00 do dia 18 de janeiro de 2021, os estabelecimentos de comércio a retalho que comercializem mais do que um tipo de bem e cuja atividade é permitida no âmbito do Decreto n.º 3-A/2021, de 14 de janeiro, não podem comercializar, em espaço físico, bens tipicamente comercializados nos estabelecimentos de comércio a retalho encerrados ou com a atividade suspensa nos termos do mesmo decreto”.

Os bens que integram as proibições são os das seguintes categoriais:

  • mobiliário, decoração e produtos têxteis para o lar;
  • jogos e brinquedos;
  • livros;
  • desporto, campismo e viagens; e
  • vestuário, calçado e acessórios de moda.

“Os operadores económicos devem retirar os produtos cuja comercialização não é permitida, ocultar a sua visibilidade ou isolar as áreas de venda respetivas, ficando impedido o seu acesso aos consumidores”, explica. Em alternativa, as grandes superfícies poderão continuar a vender estes produtos sem qualquer restrições nos canais online.

A medida já era conhecida pelo que super e hipermercados estarão já a preparar as alterações logísticas necessárias. Mas a decisão decisão tem sido alvo de críticas, nomeadamente pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP), que a classifica como “errada” por estar “longe de proteger os pequenos comerciantes que foram obrigados a encerrar os seus estabelecimentos”.

(Notícia atualizada às 10h20)

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Plano de retoma português “precisa de reforço nas reformas”

  • Lusa
  • 16 Janeiro 2021

A Comissão Europeia está a avaliar o plano de retoma e resiliência de Portugal. Comissário Dombrovskis revela que Governo preciso de ir mais longe nas reformas estruturais.

O vice-presidente da Comissão Europeia Valdis Dombrovskis considerou, em entrevista à Lusa, que o esboço do plano de recuperação e resiliência português precisa de reforço na área das reformas, salvaguardando, porém, que ainda não está fechado. “Informalmente posso dizer que sim, vemos [no plano] muitos dos elementos importantes que precisam de lá estar, em termos de prioridades e das transformações verdes e digitais. Como em muitos esboços de Estados-membros, é preciso algum reforço no lado das reformas e em assegurar exatamente a ligação com o Semestre Europeu”, disse Valdis Dombrovskis à Lusa.

Valdis Dombrovskis, vice-presidente da Comissão Europeia para o euro e o diálogo social.© European Union , 2018 / EC - Audiovisual Service

O responsável do colégio de comissários com a pasta ‘Uma Economia ao serviço das pessoas’ disse que as equipas técnicas europeias e portuguesas “estão a trabalhar muito intensamente nisto” e que, “em geral, o plano está a ir na direção certa”.

Questionado sobre mais detalhes, Valdis Dombrovskis afirmou que não poderia avançar mais, dado que os planos ainda não foram oficialmente submetidos e é “de um processo a decorrer”.

De acordo com o responsável letão, “alguns Estados-membros estão dispostos a avançar muito rapidamente e estão a preparar intensamente os seus planos e a partilhá-los com a Comissão e engajados, e Portugal é um dos países que está muito ativo nisso”.

Relativamente à velocidade da submissão dos esboços e dos planos entre os diferentes Estados-membros da UE, o também comissário com a pasta do Comércio referiu que “quanto mais rápido houver um plano, mais rapidamente é aprovado e mais rapidamente se pode começar a implementá-lo e a receber o dinheiro”.

“Quanto mais tempo levarem as preparações do plano, mais demorada é a receção do dinheiro. Pelo lado positivo, os países que são mais lentos podem aprender com a experiência e com as trocas de ideias dos Estados-membros que foram os primeiros e isso pode ajudar a um processo mais suave”, comentou.

Valdis Dombrovskis considerou ainda “realista” o objetivo de ter o dinheiro distribuído pelos Estados-membros durante o primeiro semestre do ano, durante a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia.

Depois de 2020 ter sido um ano de tomada de medidas, “este ano é acerca da entrega, de assegurar que o dinheiro começa realmente a chegar à economia”, estimando a aprovação dos primeiros planos na primavera.

Quanto à ratificação pelos 27 parlamentos nacionais da decisão que permitirá à Comissão Europeia ir arrecadar fundos aos mercados financeiros para assegurar sua distribuição pelos diferentes Estados-membros da UE, Valdis Dombrovskis disse que a mensagem que está a ser passada vai no sentido “de que é preciso que o façam o mais depressa possível”.

“Estivemos a discutir hoje com o ministro das Finanças na preparação do Ecofin [ministros das Finanças da União Europeia] que terá lugar na próxima terça-feira, e essa será exatamente uma das mensagens que tanto a presidência portuguesa como a Comissão Europeia irão passar”, asseverou.

O primeiro-ministro, António Costa, entregou no dia 15 de outubro, em Bruxelas, o primeiro esboço do Plano de Recuperação e Resiliência à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Em julho passado, o Conselho Europeu aprovou um Fundo de Recuperação de 750 mil milhões para fazer face à crise gerada pela covid-19.

Na quarta-feira, o Governo português aprovou, em Conselho de Ministros, a resolução relativa aos recursos próprios da União Europeia e requereu à Assembleia da República a ratificação do diploma com caráter de urgência.

Este passo legislativo dado pelo executivo, que visa permitir à Comissão Europeia proceder à emissão de dívida no âmbito do fundo de recuperação e resiliência, foi divulgado pelo próprio primeiro-ministro, António Costa, através de uma mensagem publicada na sua conta pessoal na rede social Twitter.

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EDP antecipa pagamento a mil fornecedores

  • Lusa
  • 16 Janeiro 2021

A elétrica liderada por Miguel Stilwell vai antecipar o pagamentos a mais de mil fornecedores, sobretudo PME, em Portugal e Espanha. Objetivo é apoiar empresas em temos de confinamento.

A EDP vai antecipar o pagamento a mais de mil fornecedores, sobretudo pequenas e médias empresas (PME) e pequenos negócios, em Portugal e Espanha a partir da próxima semana. Em comunicado, a elétrica liderada por Miguel Stilwell explica que esta decisão de avançar com os pagamentos a pronto “pretende ser um apoio no atual contexto de pandemia para garantir que essas empresas têm liquidez para pagar salários e mantêm a sua atividade, assim como os postos de trabalho”.

A iniciativa, à semelhança do que já aconteceu no último ano, vai manter-se para todos os pagamentos a fornecedores ao longo do primeiro trimestre deste ano. “A EDP espera assim contribuir para minimizar os efeitos negativos que a pandemia está a causar na atividade dessas empresas”, refere a empresa.

Atenta desde o início aos sinais de emergência causados pelo impacto da covid-19, a EDP sinaliza que “tem procurado desde o primeiro momento antecipar medidas que apoiem os cidadãos e as empresas a fazer frente a esta conjuntura excecional”.

Foi nesse contexto que, em março do ano passado e logo no início da pandemia, antecipou para abril o pagamento de mais de 30 milhões de euros que cerca de 1.200 fornecedores só deveriam receber em maio, recordou.

A pandemia de covid-19 provocou mais de dois milhões de mortos resultantes de mais de 93 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 8.543 pessoas dos 528.469 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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Prazo para trocar presentes de Natal está suspenso durante o confinamento

Um protocolo assinado entre o Governo e várias associações comerciais levou várias lojas a permitir que presentes comprados entre 4 de novembro e 25 de dezembro pudessem ser trocados até 31 de janeiro

Os prazos para trocas ou devolução dos presentes de Natal foram estendidos até final de janeiro em muitas lojas devido à pandemia. Mas com a imposição de um confinamento a todo o país a partir das 00h00 desta sexta-feira, estes prazos são suspensos, de acordo com o decreto-lei publicado em Diário da República sobre os mecanismos de apoio no âmbito do estado de emergência.

“Sempre que o operador comercial atribua ao consumidor o direito a efetuar trocas de produtos, solicitar o reembolso mediante devolução dos produtos ou conceda quaisquer outros direitos não atribuídos por lei ao consumidor, o prazo para o respetivo exercício suspende-se durante o período de suspensão de atividades e encerramento de instalações e estabelecimentos por determinação legislativa ou administrativa de fonte governamental, no âmbito do estado de emergência”, pode ler-se no diploma.

Apesar de normalmente o prazo para trocas ou devoluções ser de 15 dias, este ano, devido à pandemia, há lojas que admitem prazos de estender os prazos de trocas até três meses. Um protocolo assinado entre o Governo e várias associações comerciais levou várias lojas a permitir que presentes comprados entre 4 de novembro e 25 de dezembro pudessem ser trocados até 31 de janeiro.

Mas agora com o confinamento que obriga ao encerramento das lojas que não vendam bens essenciais, para garantir os direitos dos consumidores, o prazo das trocas é suspenso para direitos não contemplados na lei do consumidor.

Já quanto aos restantes direitos dos consumidores nos outros casos, os prazos para o exercício dos mesmos é prorrogado por 30 dias, quando as lojas são encerradas por decreto. “O prazo para o exercício de direitos atribuídos ao consumidor (…), que termine durante o período de suspensão de atividades e encerramento de instalações e estabelecimentos por determinação legislativa ou administrativa de fonte governamental, no âmbito do estado de emergência, ou nos dez dias posteriores àquele, é prorrogado por 30 dias, contados desde a data de cessação das medidas de suspensão e encerramento”, explica o artigo dedicado à proteção do consumidor.

Lojas podem fazer saldos sem limitações

O período de confinamento poderá abarcar o período em que as lojas normalmente fazem saldos e promoções. Apesar de as datas já não estarem regulamentadas, o período máximo de saldos é 124 dias por ano, que se dividem entre as duas estações. Durante o inverno este período decorre habitualmente entre o final de dezembro e o final de fevereiro. Caso as retalhistas queiram fazê-lo durante o confinamento, estes dias não contarão para o total.

“A venda em saldos que se realize durante o período de suspensão de atividades e encerramento de instalações e estabelecimentos por determinação legislativa ou administrativa de fonte governamental, no âmbito do estado de emergência, não releva para efeitos de contabilização do limite máximo de venda em saldos de 124 dias por ano“, aponta o decreto.

Acrescenta que o operador económico, que pretenda vender em saldos durante o período de suspensão de atividades e encerramento de instalações e estabelecimentos por determinação legislativa ou administrativa de fonte governamental, está dispensado de emitir, para este período, a declaração sobre os preços de referência, dirigida à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica.

(Notícia atualizada às 11h10 de dia 16 de janeiro)

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Já pode consultar os detalhes dos apoios para o novo confinamento

O Governo já publicou em Diário da República os diplomas que regulamentam os novos apoios para as empresas e cidadãos por causa do confinamento.

Com a chegada de mais uma vaga da pandemia, o Governo avançou com um novo confinamento e, também, mais uma vaga de apoios. Menos de 24 horas depois de pedir aos portugueses que fiquem em casa, surgem no Diário da República os diplomas que regulamentam as ajudas do Estado a famílias e empresas.

Um dos documentos é o decreto-lei que “estabelece mecanismos de apoio no âmbito do estado de emergência”. Esta lei, em concreto:

O Governo decidiu ainda alargar o programa Apoiar “aos empresários em nome individual sem contabilidade organizada com trabalhadores a cargo, bem como às empresas com mais de 250 trabalhadores cujo volume anual de faturação não exceda os 50 milhões de euros”.

“Assim, a medida Apoiar.pt, que apenas contemplava as perdas de faturação registadas nos três primeiros trimestres, passa a abranger todo o ano de 2020. Adicionalmente, é criado um apoio extraordinário à manutenção da atividade em 2021, equivalente ao incentivo apurado correspondente ao quarto trimestre de 2020″, lê-se noutro dos documentos, a Resolução do Conselho de Ministros da passada quinta-feira.

“Este reforço de liquidez é ainda acompanhado por uma antecipação da segunda tranche do pagamento do apoio referente aos três primeiros trimestres de 2020, inicialmente prevista para ocorrer 60 dias úteis após o primeiro pagamento, e que poderá ser solicitada de imediato”, explica o Executivo. Adicionalmente aos dois diplomas, o Governo publicou ainda uma portaria que altera o regulamento deste programa.

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Wall Street no vermelho com bancos a perderem quase 8%

As bolsas norte-americanas perderam valor na última sessão da semana. Mesmo depois dos resultados positivos, três dos maiores bancos registaram quedas tangentes a 8%.

As bolsas norte-americanas fecharam em baixa, encerrando uma semana em que os principais índices dos EUA acumularam perdas superiores a 1%. Apesar de um arranque da temporada de resultados com dados geralmente positivos de três grandes bancos, o agravar da pandemia está a preocupar os investidores.

O S&P 500 caiu 0,76%, para 3766,8 pontos, enquanto o industrial Dow Jones perdeu 0,60%, para 30.805,19 pontos. Na tecnologia, o Nasdaq cedeu 0,86%, para 13.000,1 pontos. Contas feitas, no acumulado das cinco sessões da semana, o S&P 500 desvalorizou 1,41%, o Dow Jones perdeu 0,91% e o Nasdaq caiu 1,51%.

No dia em que apresentaram resultados melhores do que o esperado, os bancos Wells Fargo, Citigroup e JPMorgan registaram desempenhos relativamente fracos. Respetivamente, as quedas foram de 7,8%, 6,91% e 1,65%.

O setor petrolífero também esteve sob pressão. O The Wall Street Journal revelou que a SEC, o regulador norte-americano dos mercados de capitais, está a investigar a Exxon Mobil por suspeitas de sobreavaliação de um dos principais ativos de petróleo e gás do grupo. A cotada desvalorizou 4,83% perante as alegações.

A penalizar ainda mais as bolsas estiveram os dados das vendas no retalho relativos a dezembro, que expôs uma queda de 0,7%, o terceiro mês seguido de recuos. As más notícias acabaram por ofuscar a aguardada apresentação de um pacote de estímulos pelo presidente eleito, Joe Biden, cujo valor ficou até acima do que era antecipado pelos investidores.

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WhatsApp adia mudança que permitia partilha de dados com o Facebook

O WhatsApp adiou a alteração dos termos e condições, que permitia à aplicação partilhar dados pessoais com o Facebook. A empresa assegura que a alteração foi mal compreendida pelos utilizadores.

O WhatsApp decidiu adiar uma alteração nos respetivos termos e condições do serviço, depois de o anúncio da mudança ter levado milhares de utilizadores a mudarem para plataformas concorrentes, como o Signal e o Telegram.

As novas regras foram anunciadas a 4 de janeiro e deveriam entrar em vigor a 8 de fevereiro. Entre as alterações está a autorização para que a aplicação partilhe os dados pessoais dos utilizadores com outros serviços do Facebook, mesmo que estes não tenham conta na rede social.

“Estamos agora a retroceder na data em que as pessoas serão solicitadas a ler e a aceitar os termos. Ninguém terá a sua conta suspensa ou apagada a 8 de fevereiro. Também vamos fazer muito mais para esclarecer a desinformação em torno de como a privacidade e a segurança funcionam no WhatsApp”, anunciou a empresa num comunicado.

O WhatsApp explica que a alteração visa introduzir no WhatsApp novas funcionalidades que permitem aos utilizadores comunicarem com empresas diretamente na plataforma. “Faremos então com que as pessoas revejam gradualmente a política ao seu próprio ritmo, antes de as novas opções para negócios estarem disponíveis a 15 de maio”, informa a nota.

“Temos ouvido de muita gente a confusão que há por aí em torno da nossa recente atualização. Tem havido imensa desinformação a provocar preocupação e queremos ajudar toda a gente a compreender os nossos princípios e os factos”, acrescenta a plataforma detida pelo Facebook.

Desde o anúncio das novas regras pelo WhatsApp, as aplicações concorrentes Signal e Telegram têm estado no top de downloads nas principais lojas de aplicações, no Android e no iOS. Estas plataformas, que também permitem comunicar de forma segura e cifrada, têm capitalizado sobre as críticas ao WhatsApp para atraírem novos utilizadores.

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PGR abre inquérito crime ao caso do procurador José Guerra

Em causa podem estar crimes de abuso de poder e falsificação de documento. Objectivo é apurar responsabilidades na prestação de informações falsas na nomeação do magistrado José Guerra.

A Procuradoria-Geral da República abriu um inquérito crime para investigar o caso da nomeação do procurador europeu José Guerra.

“Na sequência de denúncia apresentada pela Ordem dos Advogados e de denúncia anónima foi instaurado inquérito”, segundo fonte oficial do gabinete de Lucília Gago garantiu ao ECO/Advocatus. Em causa poderão estar os crimes de abuso de poder e falsificação de documento.

“A serem provados teriam um indiscutível impacto na visão que os cidadãos têm “das entidades que os regem”. Daí o pedido de inquérito: “Para que não subsistam dúvidas sobre o regular funcionamento das instituições, a bem da justiça, da legalidade, e do Estado de direito em Portugal e na Europa”, segundo explicou o bastonário Luís Menezes Leitão.

Numa carta enviada para a União Europeia (UE), o executivo apresenta dados falsos sobre o magistrado preferido do Governo para procurador europeu, José Guerra, depois de um comité de peritos ter considerado Ana Carla Almeida a melhor candidata para o cargo.

Na carta, que o ECO consultou, José Guerra é identificado com a categoria de “procurador-geral-adjunto”, que não tem, sendo apenas procurador, e como tendo tido uma participação “de liderança investigatória e acusatória” no processo UGT, o que também não é verdade, porque foi o magistrado escolhido pelo Ministério Público para fazer o julgamento e não a acusação.

Na passada semana, o diretor da Direção Geral da Política de Justiça (DGPJ), Miguel Romão, demitiu-se do cargo e garantiu que a ministra da Justiça tinha conhecimento do conteúdo integral do currículo do procurador José Guerra. A comunicação essa acusação foi, mais tarde, apagada pelo Ministério da Justiça.

Já o lugar da ministra da Justiça não está em risco, garantiu o primeiro-ministro após se ter encontrado com Francisco Van Dunem na segunda-feira. António Costa desvalorizou o caso das informações falsas no currículo do procurador europeu, que apelidou de “lapsos sem relevância”.

Esta segunda-feira, a ministra da Justiça enviou, ao representante português junto da União Europeia uma correção aos erros que constam do currículo do procurador.

Numa carta, enviada ao embaixador Representante Permanente de Portugal (REPER) junto da União Europeia, Francisca Van Dunem admite que uma nota enviada em 29 de novembro de 2019 tem “dois lapsos evidentes”, concretamente na categoria profissional de José Guerra.

Sobre a categoria profissional erradamente atribuída a José Guerra, a ministra considera que foi um erro de simpatia, justificando que a direção-geral da Política de Justiça presumiu que “os três candidatos reuniam as condições para ocupar os mais altos cargos do Ministério Público”. Sublinhou, porém, que a indicação errada da categoria não foi um fator de preferência ou diferenciação nem teve qualquer interferência na decisão do Conselho da União Europeia.

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Administrador cessante da TAP realça reestruturação financeira que encabeçou

  • Lusa
  • 15 Janeiro 2021

Raffael Quintas recordou que “a posição financeira da TAP era bastante frágil" quando assumiu “a área financeira" da empresa, numa missiva enviada aos colaboradores.

O administrador financeiro da TAP, Raffael Quintas, que renunciou esta sexta-feira a todos os cargos, realçou a reestruturação financeira que diz ter acontecido na companhia durante o seu mandato, numa mensagem enviada aos colaboradores.

Na missiva, a que a Lusa teve acesso, o gestor, que foi nomeado pela anterior gestão, recordou que “a posição financeira da TAP era bastante frágil” quando assumiu “a área financeira, com uma situação de tesouraria significativamente menor do que seria o recomendado para o setor aéreo, agravado pelo fato de o vencimento médio das dívidas da TAP ser inferior a dois anos”.

“Além disso, a TAP não possuía crédito com a banca e tinha dificuldades em financiar-se no mercado internacional”, salientou.

Por isso, “a equipa financeira colocou em prática um plano de ação para reestruturar o balanço e melhorar de forma significativa a liquidez da TAP”, disse Raffael Quintas, destacando a “abertura de linhas de crédito com bancos internacionais que nunca tinham financiado a TAP”.

O gestor relembrou ainda a “captação de 575 milhões de euros através de duas emissões de obrigações no mercado de capitais, sem garantia e com prazos bastante alargados”, que marcou “a estreia da TAP no mercado de capitais, despertando o interesse dos maiores fundos de investimento do mundo”.

Com estas medidas, garantiu, “a TAP terminou o ano de 2019 com a maior caixa de sua história e, mais importante, conseguiu alongar o prazo médio da sua dívida, de apenas dois anos para mais de cinco anos, já que boa parte dos recursos levantados foi utilizada para pagar dívidas de curtíssimo prazo que impunham uma pressão enorme à tesouraria da empresa”.

“Não tenho a menor dúvida de que os eventos acima foram de fundamental importância para conseguirmos sobreviver à maior crise da história da aviação”, escreveu Raffael Quintas.

“Antes da reestruturação do balanço, tínhamos que amortizar mais de 300 milhões de euros em dívida nos anos de 2020 e 2021. Após o refinanciamento, esse valor desceu para menos de 100 milhões de euros (após pré-pagamento da dívida com a banca portuguesa em fevereiro de 2020)”, de acordo com a mensagem.

Raffael Quintas disse ainda que “a área de planeamento financeiro da TAP foi reestruturada para atuar de modo muito mais estratégico, implementando um conjunto de mecanismos de intensificação de ‘controle’ e suporte às áreas de negócio e gestão da empresa”.

O gestor destacou “a reestruturação da TAP ME Brasil fazendo com que, após anos de prejuízos, esta empresa tenha apresentado, pela primeira vez desde a sua aquisição em 2005, resultados positivos em 2019” e a “redução do CASK (custo por assento km) em 2019 em -9%, representando uma economia para a empresa de mais de 300 milhões de euros em custos operacionais”.

“Quem atinge estas metas uma vez, poderá alcançá-las sempre, em equipa, com compromisso e competência. É na colaboração e no coletivo que está a base da saída da crise e da retoma e viabilidade da empresa”, salientou.

“Por isso tenho a firme esperança de que, a par da erradicação da pandemia e da retoma da aviação e da economia, a TAP retome, igualmente, o caminho da eficiência e da sustentabilidade, com a segurança e a paixão de sempre”, rematou Raffael Quintas.

A TAP comunicou esta sexta-feira a renúncia do gestor ao cargo de vogal do Conselho de Administração e às restantes posições que ocupava na companhia, de acordo com um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Raffael Quintas foi nomeado pelos anteriores acionistas da TAP, onde ocupava ainda o cargo de administrador financeiro (CFO – Chief Financial Officer).

Assim, “Raffael Guarita Quintas Alves apresentou a sua renúncia ao cargo de vogal do Conselho de Administração da TAP, com efeitos na presente data”, indicou a transportadora, acrescentando que o gestor renunciou igualmente “aos demais cargos por si assumidos na estrutura administrativa das restantes entidades que compõem o grupo TAP”.

No dia 8 de janeiro, o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava), que tinha estado reunido com a TAP, deu conta do “anúncio da saída de mais um elemento da Comissão Executiva”. Fonte do sindicato confirmou depois à Lusa que o administrador em causa era Raffael Quintas.

“Muito alertou o Sitava que este senhor administrador colocado pelos anteriores acionistas, por razões meramente éticas, há muito que devia ter sido substituído”, lê-se na mesma nota.

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OMS contra certificado de vacinação como condição de entrada num país

  • Lusa
  • 15 Janeiro 2021

A Organização Mundial da Saúde quer ainda que a vacinação chegue a todos os países dentro de 100 dias.

O Comité de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou esta sexta-feira que se opõe, “por enquanto”, à introdução de certificados de vacinação contra a Covid-19 como condição para permitir a entrada de viajantes num país.

“Ainda existem muitas dúvidas fundamentais em termos da eficácia das vacinas para reduzir a transmissão [do vírus] e as vacinas estão disponíveis apenas em quantidades limitadas”, adiantou o Comité de Emergência da OMS nas suas recomendações, ao acrescentar que a prova de vacinação não deve isentar outras medidas de prevenção sanitária.

Ainda esta sexta-feira, a Organização Mundial da Saúde avançou que pretende que a vacinação contra a Covid-19 chegue a todos os países num prazo de pouco mais de três meses, mas advertiu que a vacina “não é a solução para todos os problemas”.

Na habitual videoconferência de imprensa transmitida a partir da sede da OMS, em Genebra, o diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que quer “ver a vacinação a começar em todos os países nos próximos 100 dias para que os profissionais de saúde e as pessoas em risco estejam protegidos em primeiro lugar“.

A este propósito, lembrou que a rede mundial Covax, cogerida pela OMS, pretende “garantir a quem precisa” as vacinas para a Covid-19.

De acordo com a OMS, 46 países, a maioria (38) desenvolvidos, iniciaram as suas campanhas de vacinação contra a Covid-19. A meta estabelecida pela OMS para 2021 é vacinar 20% da população mundial, incluindo os habitantes dos países mais pobres.

Portugal começou a sua campanha de vacinação em 27 de dezembro com a inoculação de profissionais de saúde de hospitais.

O diretor-executivo do Programa de Emergências de Saúde da OMS, Michael Ryan, assinalou que a vacina, sendo “um grande avanço, não é a solução para todos os problemas“.

“Temos de ser realistas”, afirmou, sublinhado que é preciso “continuar com as medidas básicas”, como o distanciamento físico que, assinalou, diminuiu.

Segundo Michael Ryan, “as pessoas estão a aumentar os seus contactos“, o que tem levado à “aceleração rápida” de novas infeções em todas as regiões do mundo.

“O vírus está a explorar a nossa fadiga”, vincou, avisando, numa referência às novas variantes, mais contagiosas, que o coronavírus da Covid-19 “está mais adaptado”, pelo que é necessário “lutar de forma mais eficaz”.

Não estamos a conseguir romper as cadeias de transmissão comunitária“, referiu, por sua vez, o diretor-geral da OMS, alertando para a “imensa pressão” sobre os hospitais e serviços de saúde.

A pandemia da Covid-19 provocou pelo menos 1.994.833 mortos resultantes de mais de 93 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.

Em Portugal, morreram 8.543 pessoas dos 528.469 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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Apoio aos recibos verdes regressa mas só durante o confinamento

O apoio extraordinário à redução da atividade está de volta, mas desta vez terá uma duração inferior. Siza Vieira explicou que esta ajuda só vigorará durante o período de confinamento.

O apoio aos trabalhadores independentes que foi lançado na primavera do ano passado vai ser reativado. Perante o agravamento da pandemia de coronavírus, o Governo decidiu recuperar o apoio extraordinário à redução da atividade, que garante entre 219,4 euros e 665 euros aos “recibos verdes”. Mas segundo explicou o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, desta vez a ajuda terá uma duração menor, isto é, apenas vigorará enquanto o país estiver fechado.

Face ao agravamento da crise sanitária, o Governo decidiu voltar a fechar o país. O novo confinamento vem acompanhado de um pacote de apoios à economia, que foi apresentado esta quinta-feira por Siza Vieira e no qual se inclui o reforço dos subsídios a fundo perdido, o regresso do lay-off simplificado e a reativação do apoio à redução da atividade, medida inicialmente lançada em março — isto é, aquando da chegada da pandemia a Portugal — para ajudar os trabalhadores independentes com quebras de faturação.

A manter-se o desenho que esteve em vigor em 2020, o apoio à redução da atividade dará entre 219,4 euros e 665 euros aos “recibos verdes” que estejam em paragem total da sua atividade por causa do novo confinamento do país ou que registem uma quebra de, pelo menos, 40% da faturação, nos 30 dias anteriores ao pedido face à média mensal dos dois meses anteriores.

O apoio é calculado a partir da base de incidência contributiva do trabalhador. Caso esse valor seja inferior a 658,2 euros (1,5 vezes o Indexante dos Apoios Sociais), a ajuda tem como limite máximo 438,81 euros e mínimo 219,4 euros; Caso seja igual ou superior a 658,2 euros, o apoio é o correspondente a dois terços dessa base de incidência contributiva, com o limite máximo do salário mínimo (que passou para 665 euros, em 2021). O valor resultante destes cálculos deve ser ainda multiplicado pela quebra de faturação para se apurar a ajuda efetivamente a receber.

Na primavera, este apoio à redução da atividade podia ser pedido mensalmente, até seis meses. Questionado sobre se essa regra se manterá agora que a medida será reativada, o ministro da Economia esclareceu que, desta vez, o apoio só se manterá enquanto houver confinamento, ou seja, provavelmente apenas por um mês, segundo as expectativas do Governo.

“Relativamente ao apoio à redução da atividade, ele funcionará relativamente ao período de confinamento. É essa a referência”, disse Siza Vieira, em declarações aos jornalistas.

Este apoio esteve (e voltará a estar) disponível também para os sócios-gerentes de micro e pequenas empresas e para os empresários em nome individual.

Nos primeiros meses da pandemia, os trabalhadores independentes que aderiram a este apoio financeiro tiveram também direito ao diferimento do pagamento de contribuições devidas nos meses em que se aplicou a medida. Desta vez, o ministro da Economia referiu que estarão isentos de contribuições sociais, ou seja, há uma melhoria face ao modelo anterior.

A reativação desta medida acontece numa altura em que o Governo se prepara para lançar um novo apoio extraordinário para os trabalhadores em situação de desproteção social (que inclui trabalhadores independentes e sócios-gerentes) e que terá como valor máximo 501,16 euros, segundo está previsto no Orçamento do Estado para 2021.

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DGS defende que professores não são um grupo de risco

  • Lusa
  • 15 Janeiro 2021

A líder da Direção-Geral da Saúde (DGS) reconheceu a importância destes profissionais “para o funcionamento do país”, mas rejeitou considerá-los um grupo de risco.

Os professores não são considerados um grupo de risco que deva ser integrado entre as prioridades de vacinação contra a Covid-19 somente pelo critério de atividade profissional, defendeu esta sexta-feira a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

“Independentemente de serem trabalhadores em escolas, são pessoas com determinado grupo etário e determinados fatores de risco. Portanto, serão vacinados de acordo com esse risco, uma vez que pela profissão não têm um risco acrescido”, afirmou Graça Freitas, numa audição por videoconferência na Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia e do processo de recuperação económica e social.

Questionada pela deputada Bebiana Cunha, do PAN, sobre a eventual priorização da vacina ao pessoal docente e não docente, face à manutenção da atividade letiva presencial no novo confinamento decretado pelo Governo devido ao agravamento da pandemia em Portugal nas últimas semanas, a líder da Direção-Geral da Saúde (DGS) reconheceu a importância destes profissionais “para o funcionamento do país”, mas rejeitou considerá-los um grupo de risco.

“O seu risco na comunidade poderá ser maior do que o risco no exercício da profissão, uma vez que lidam com um grupo etário que não transmite muito a doença. Só pela profissão não são um grupo de risco”, observou, acrescentando que a operacionalização da testagem em escolas “é da responsabilidade das cinco ARS [Administrações Regionais de Saúde], em conjunto com os ACES [Agrupamentos de Centros de Saúde]”.

Graça Freitas rebateu ainda críticas a uma suposta indefinição em torno da política de critérios de seleção das escolas para testagem à Covid-19, assegurando que “a DGS deposita total confiança nas capacidades das ARS e ACES de se organizarem e de tratarem da aplicação destas estratégias”, enaltecendo a “responsabilidade” e “sofisticação” destas entidades para levar a cabo esse processo.

Já sobre a capacidade de testagem nacional, a diretora-geral da Saúde assegurou não ter conhecimento “de constrangimentos no fornecimento e acesso aos testes”, embora tenha reconhecido “incidências bastantes elevadas” da pandemia nos últimos dias.

A diretora foi secundada pelo diretor de serviços de Informação e Análise da DGS, André Peralta, que revelou que a taxa de positividade dos testes situa-se agora em 18%, sem deixar de notar que o “número absoluto de testes tem vindo sempre a crescer” e que a capacidade tem sido elástica e irá continuar a aumentar”, pelo que a “positividade irá diminuir” no futuro.

Portugal contabilizou hoje 159 mortes, um novo máximo de óbitos relacionados com a Covid-19 em 24 horas, e 10.663 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a DGS.

O boletim epidemiológico da DGS indica ainda que estão internadas 4.560 pessoas, mais 192 do que na quinta-feira, das quais 622 em cuidados intensivos, ou seja, mais 11, em ambos os casos, também novos máximos.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, Portugal já registou 8.643 mortes associadas à Covid-19 e 528.469 infeções pelo vírus SARS-CoV-2, estando esta sexta-feira ativos 125.861 casos, mais 4.046 do que na quinta-feira.

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