Há dois concelhos em risco extremo de infeção por Covid-19

  • Lusa
  • 29 Outubro 2021

A entrada de Penamacor para a categoria de risco extremo é a principal alteração do boletim. Os concelhos em risco muito elevado caíram de nove para três.

Penamacor e Penedono são os únicos concelhos de Portugal no nível de risco extremo de infeção pelo vírus SARS-CoV-2, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) esta sexta-feira divulgado.

O risco extremo de infeção ocorre quando um concelho tem uma incidência cumulativa a 14 dias acima dos 960 casos de infeção por 100 mil habitantes. Face à semana passada, a entrada de Penamacor para esta categoria é a principal alteração, com uma incidência acumulada a 14 dias (entre 14 e 27 deste mês) de 1.185 casos, ainda assim atrás da incidência de 1.400 registada em Penedono, que era na última sexta-feira o único concelho em risco extremo.

Apesar da incidência cumulativa mais elevada do país, Penedono apresenta uma descida em relação ao relatório da DGS da semana anterior, no qual apresentava uma incidência cumulativa de 2.138 casos.

Na nota explicativa dos dados por concelhos é referido que a incidência cumulativa “corresponde ao quociente entre o número de novos casos confirmados nos 14 dias anteriores ao momento de análise e a população residente estimada”.

Nos concelhos em risco muito elevado, ou seja, com uma incidência de entre 480 e 959,9 casos por 100 mil habitantes, regista-se um decréscimo de nove para apenas três numa semana.

Ponte da Barca (523), São Pedro do Sul (493) e Seia (483) são os concelhos agora em risco muito elevado de infeção, saindo deste lote Campo Maior (51), Ferreira do Alentejo (397), Pedrógão Grande (234), Proença-a-Nova (179), Rio Maior (449) e Penamacor (1.185).

Em sentido inverso, regista-se um agravamento do número de concelhos em risco elevado (entre 240 e 479,9 casos por 100 mil habitantes a 14 dias), já que o boletim contabiliza 18 concelhos nessa categoria, enquanto no relatório anterior eram somente 13.

Segundo o boletim, entre os 120 e os 239,9 casos por 100 mil habitantes a 14 dias estão 50 concelhos, mais 21 do que os 29 registados na semana anterior.

Com uma incidência de zero casos estão agora 31 concelhos, menos dois do que o registado pela DGS há sete dias.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Despedimentos coletivos sobem 28% em setembro

Setembro trouxe uma subida dos despedimentos coletivos. Ainda assim, no conjunto do terceiro trimestre do ano, foram comunicados menos que entre abril e junho.

Os despedimentos coletivos aumentaram, em setembro, face ao mês anterior. De acordo com os dados divulgados pela Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), deram entrada 23 processos, no nono mês de 2021, o que é sinónimo de um salto em cadeia de cerca de 28%. Ainda assim, no conjunto do terceiro trimestre, foram comunicados menos processos tanto em comparação com os três meses anteriores como com o período homólogo de 2020.

Dos 23 processos de despedimento coletivo comunicados à DGERT em setembro, 44% dizem respeito a pequenas empresas, 26% a microempresas, 17% a médias empresas e 13% a grandes empresas, tendo a quase metade (48%) sido registado na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Por outro lado, foi na indústria transformadora (26%) e no comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos automóveis e motociclos (26%) que se verificou a maior incidência de despedimentos coletivos, mantendo-se a tendência registada nos últimos meses.

A DGERT detalha, além disso, que em setembro havia 324 trabalhadores a despedir, no âmbito de processos de despedimento coletivo, e 271 que foram efetivamente despedidos. Em comparação com o mês anterior, verificou-se um recuo do número de trabalhadores a despedir (menos 29), mas um acréscimo do número de trabalhadores despedidos (mais 79), sendo que a maioria destes últimos (79%) ficou nessa situação por força de redução de pessoal dos empregadores para os quais prestavam serviços.

Os dados divulgados esta sexta-feira pela Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho permitem, por outro lado, calcular já a evolução dos despedimentos coletivos, no terceiro trimestre de 2021. Assim, entre julho e setembro, foram comunicados 69 processos, menos dez que no trimestre anterior e menos 85 do que no trimestre homólogo de 2020.

No conjunto dos primeiros nove meses do ano, já foram comunicados 271 processos de despedimento coletivo, bastante abaixo dos 521 registados em 2020 e quase em linha com os 253 verificados em 2019.

É importante notar, a propósito, que a crise pandémica provocou um disparo dos despedimentos coletivos, sobretudo nos primeiros meses de luta contra a Covid-19. Desde o início de 2021 que a tendência tem sido, contudo, já decrescente — com exceção de julho e setembro. Tanto os sindicatos, como os partidos mais à esquerda têm alertado para o impacto dos despedimentos coletivos no emprego, pedindo ao Governo medidas que os travem.

O Executivo tem lançado, por sua vez, uma série de apoios extraordinários às empresas, que, em contrapartida, exigem que os empregadores não avancem com despedimentos nomeadamente coletivos durante alguns meses mesmo após a concessão dos subsídios. Por exemplo, o apoio à retoma progressiva impede que os empregadores que saiam desse regime, a partir de outubro, avancem com despedimentos coletivos por 90 dias.

Ainda assim, vários têm sido os processos polémicos de despedimento coletivo. O BCP avisou que iria abrir um procedimento deste tipo para 62 trabalhadores. E também a Altice avançou nesse sentido.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Um mês depois, banca fala em fim “controlado” das moratórias. Mas critica solução para as empresas

Moratórias bancárias terminaram há um mês. Bancos falam em situação controlada e não está preocupada com o nível de incumprimento dos clientes. Mas já deixaram críticas à solução para as empresas.

Um mês depois do fim das moratórias, os bancos falam em “normalidade” e situação “controlada” e não preocupante no que diz respeito aos incumprimentos dos clientes, mas deixam críticas sobre a solução encontrada pelo Governo para ajudar as empresas.

“Por enquanto, o balanço é positivo, estando o incumprimento controlado quer em particulares quer em negócios”, revela ao ECO fonte oficial do Santander, onde mais de seis mil milhões de euros de crédito deixaram de estar protegidos pela moratória no início deste mês.

Também o BPI, com contas a apresentar na próxima semana, diz que “a evolução do processo e o diálogo com os clientes estão a decorrer nos termos previstos, com inteira normalidade”.

Esta quarta-feira, o presidente do BCP disse que “não está preocupado com a evolução crédito vencido resultante das moratórias” face ao diagnóstico atual. “Preocupa-nos cada uma das situações em concreto. O que nos preocupa é estarmos atentos a cada um dos clientes que tenham condições e viabilidade e que devemos ajudar. (…) Na visão global, não há motivo de preocupação especial”, assumiu Miguel Maya na conferência de resultados do trimestre.

No BCP, ainda estão vivas moratórias no valor de 730 milhões de euros que vão expirar até final do ano, sendo que 90% das moratórias estão em situação regular.

Há duas semanas, a agência Fitch disse que o período após o fim das moratórias era o “elefante na sala” para os bancos portugueses, antecipando que entre 10% a 20% das moratórias possam transformar-se em crédito malparado.

Dados do Banco de Portugal revelados esta sexta-feira revelam que o montante global de empréstimos abrangidos por moratórias afundou 17,2 mil milhões de euros no espaço de um mês, fixando-se em 19,2 mil milhões de euros no final de setembro, data em que terminou a moratória pública para a generalidade dos contratos.

Por enquanto, o balanço é positivo, estando o incumprimento controlado quer em particulares quer em negócios.

Santander

Fonte oficial

Solução para as empresas com muitas críticas e com fraca adesão

Para assegurar uma transição tranquila do fim das moratórias, o Governo anunciou várias medidas para apoiar famílias e empresas.

Quanto aos particulares, os bancos não revelam quantos acordos foram estabelecidos com os clientes no âmbito do PARI, o plano de ação para o risco de incumprimento cujo enquadramento legal foi reforçado pelo Executivo, nomeadamente ao obrigar os bancos a contactar e apresentar soluções às famílias em situação de dificuldade. A exceção foi mesmo a Caixa, que revelou que já estabelecido acordos de reestruturação de créditos com 2.000 clientes.

Para as empresas, o Executivo lançou no final de setembro uma linha de 1.000 milhões de euros em garantias públicas para reestruturações de crédito nos setores mais vulneráveis do turismo, transportes e comércio. Contudo, o programa está a merecer muitas críticas dos bancos: chegou tarde e as regras de utilização colocam muitos entraves para aderir a esta solução. Razão pela qual as empresas e a banca não estão muito virados para esta solução.

“O feedback que temos tido da rede é de que têm existido poucas consultas por parte de clientes. Por outro lado, as condições de elegibilidade previstas pela Linha reduzem em muito o universo de clientes e operações potencialmente enquadráveis”, aponta o Santander, juntando-se ao coro de críticas que tinha sido feitas pelos presidentes do BCP e Caixa Geral de Depósitos, que pediram afinações no programa.

Uma das preocupações que Miguel Maya tinha com este programa residia no facto de os contratos de leasing não se encontrarem abrangidos. Mas o CEO do BCP revelou que já teve uma conversa com o ministro da Economia, Siza Vieira, que lhe assegurou que estes contratos também são elegíveis.

Há duas semanas, Paulo Macedo disse que poucas empresas estão a aderir ao programa porque “as restrições foram tantas que há poucas empresas a qualificarem-se para o programa”.

Por sua vez, contactado pelo ECO, o Banco Português de Fomento não esteve disponível para fornecer dados sobre as adesões ao programa que arrancou operacionalmente em meados do mês, sendo cedo para fazer um balanço.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ikea dá bónus de 465 euros a trabalhadores em Portugal

O grupo destinou 110 milhões de euros a distribuir pelos colaboradores de todos os países onde está presente. Portugal incluído, sabe a Pessoas.

Depois de a pandemia ter colocado inúmeros desafios, tanto aos líderes como aos colaboradores, o Grupo Ingka, o maior retalhista da Ikea, decidiu premiar as suas pessoas pela dedicação e esforço durante a Covid-19. O grupo destinou 110 milhões de euros a distribuir pelos colaboradores de todos os países onde está presente. Portugal incluído, sabe a Pessoas. Os funcionários portugueses vão receber um bónus de 465 euros.

“A medida vai ser replicada em todos os países onde o Grupo Ingka está presente, onde Portugal está incluído. O valor (bruto) será 465 euros por colaborador”, revela fonte oficial da Ikea Portugal.

O prémio aplica-se a totalidade dos colaboradores do grupo (Ikea Retail, Ingka Centers e Ingka Investments), mais de 170.000 a nível global, e “será distribuído pelos países com base na proporção de salários totais em cada mercado”, detalha o Grupo Ingka, em comunicado. Além disso, são elegíveis os funcionários empregados a 31 de agosto de 2021 e que estejam na organização à data de pagamento em janeiro de 2022.

“Desde o início da pandemia temos realizado múltiplos esforços para apoiar os nossos colaboradores de forma profissional, próxima e atenta. O Grupo Ingka ultrapassou grandes desafios e conseguimos, em conjunto, demonstrar a nossa agilidade de negócio”, afirma Ulrika Biesèrt, people & culture manager do Grupo Ingka.

“Não teríamos conseguido superar sem a coragem, dedicação e empreendedorismo de todos os nossos colaboradores, em especial os que nas lojas e apoio ao cliente ajudaram a cumprir a nossa ambição de tornar a vida em casa melhor para milhões de pessoas, quando elas mais precisavam”, acrescenta Tolga Öncu, retail operations manager do grupo.

O presente “Uppskatta” — que significa apreço em sueco — é uma demonstração pontual de gratidão que vai para além da política de compensações e benefícios que o Grupo Ingka já oferece aos seus colaboradores. A companhia tem por normal oferecer um bónus anual, com base no desempenho da empresa e da unidade, o “One Ikea Bonus”, bem como contribuir para a pensão de reforma, através do programa de fidelidade “Tack”, para colaboradores que façam parte da Ikea por um período mínimo de cinco anos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Metro e Carris criam novo passe e carreira dedicada à Web Summit

  • Lusa
  • 29 Outubro 2021

Os passes Web Summit podem ser de um dia, três dias ou de cinco dias, com o custo de 9,5 euros, 18,50 euros ou 25 euros.

A Carris e o Metropolitano de Lisboa vão disponibilizar um passe Web Summit, de um, três ou cinco dias, e uma carreira dedicada ao evento, que decorre entre 1 e 04 de novembro, no Parque das Nações, em Lisboa.

Consoante a escolha do participante, os passes Web Summit podem ser de um dia, três dias ou de cinco dias, com o custo de 9,5 euros, 18,50 euros ou 25 euros, respetivamente, e vão abranger as zonas de Lisboa, Sintra e Cascais.

O passe permite viagens nos transportes públicos de Lisboa, incluindo autocarros, ascensores, comboios, elétricos, elevador e metro.

Já a carreira dedicada ao evento – Huttle Web Summit – vai fazer o percurso entre a Praça de Comércio (Cruzamento Rua da Prata com Rua da Alfândega) e a Estação do Oriente (Av. D. João II), com um intervalo médio de 22,5 minutos.

A primeira viagem da Praça do Comércio arranca às 08:00 e a última às 20:00, enquanto a primeira e última viagem da Estação do Oriente está agendada para as 08:45 e as 20:45, respetivamente.

Os títulos válidos para a carreira são a tarifa de bordo, o passe de transporte Web Summit, os títulos ocasionais e os passes válidos na rede Carris (exceto passe Carreiras de Bairro).

Fundada em 2010 por Paddy Cosgrave, Daire Hickey e David Kelly, a Web Summit é considerado um dos maiores eventos de tecnologia, inovação e empreendedorismo do mundo e evoluiu em menos de seis anos de uma equipa de apenas três pessoas para uma empresa com mais de 150 colaboradores.

A cimeira tecnológica, que nasceu em 2010 na Irlanda, passou a realizar-se em Lisboa em 2016 e vai manter-se na capital portuguesa até 2028.

Há um mês, o presidente executivo da Web Summit, Paddy Cosgrave, disse esperar cerca de 40 mil participantes na edição deste ano da cimeira tecnológica, salientando que, no início, a organização indicava que o número de participantes seria de 10.000.

A edição 2021 da cimeira tecnológica, que este ano volta a ser presencial, decorre entre 1 e 4 de novembro.

A comediante Amy Poehler, o presidente da Microsoft, Brad Smith, a comissária europeia Margrethe Vestager e o jogador de futebol Gerard Pique irão juntar-se aos mais de 1.000 oradores, às cerca de 1.250 ‘startups’, 1.500 jornalistas e mais de 700 investidores, numa cimeira na qual serão discutidos temas como tecnologia e sociedade, entre outros, de acordo com a organização.

Entre os vários oradores está o responsável pela Alexa da Amazon, Tom Taylor, o jogador de futebol espanhol e campeão mundial Iker Casillas, a portuguesa Daniela Braga, fundadora da ‘DefinedCrowd’, que foi convidada para integrar a task-force da Administração de Joe Biden para a estratégia da inteligência artificial, e a presidente executiva da Ofcom, Melanie Dawes, entre outros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PSI-20 desliza na última sessão de outubro, mas mês foi positivo com subida de 4,97%

O PSI-20 desvalorizou ligeiramente esta sexta-feira, a última sessão do mês. Contudo, outubro foi positivo para o índice lisboeta que acumulou um ganho de quase 5%.

O PSI-20 desvalorizou 0,27% para os 5.732,03 pontos esta sexta-feira ao ser penalizado sobretudo pelo setor energético. Cotadas como a Greenvolt, a EDP, a EDP Renováveis e a Galp Energia registaram as maiores perdas do dia.

A bolsa lisboeta destoou assim da tendência positiva das principais praças europeias, à exceção do alemão DAX que caiu 0,1%. O francês CAC 40 e o espanhol IBEX subiram 0,3% ambos e o Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, valorizou 0,1% na última sessão de outubro.

No conjunto do mês, os índices europeus ficam bem na fotografia. O Stoxx 600 acumula um ganho de 4,5% e o PSI-20 chega a valorizar 4,97%, subindo pelo terceiro mês consecutivo.

Regressando à sessão desta sexta-feira, a maior parte das cotadas (10) até valorizou, contra oito que desvalorizaram. Mas as que desceram tiveram mais força e levaram o PSI-20 para terreno negativo.

Foi esse o caso da Greenvolt, cujas ações desceram 2,85 para os 6,82 euros, da EDP Renováveis, que desvalorizou 2,74% para os 24,1 euros, da EDP, que caiu 1,23% para os 4,88 euros, e da Galp Energia, que encolheu 1,03% para os 8,99 euros.

A travar mais perdas no PSI-20 esteve a Navigator, cujos títulos valorizaram 5,36% para os 3,38 euros, atingindo um máximo de fevereiro de 2020, período que antecedeu o momento em que as bolsas começaram a cair por causa do receio com a pandemia. Esta quinta-feira, após o fecho da bolsa, a empresa revelou que lucrou 114,2 milhões de euros até setembro, o que corresponde a uma subida de 52% dos lucros em termos homólogos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Processos judiciais e impugnações sobre 5G continuam, avança a Altice

  • Lusa
  • 29 Outubro 2021

"Pessoalmente considerei [as declarações do primeiro-ministro] a maior humilhação pública que um responsável de telecomunicações já sofreu em Portugal desde sempre", disse Alexandre Fonseca.

O presidente executivo da Altice Portugal afirmou esta sexta-feira que, apesar do leilão 5G ter terminado, os processos judiciais, as impugnações e os processos junto da Comissão Europeia continuam, porque a operadora tem a “convicção plena” que tem razão.

Questionado sobre os processos que a dona da Meo colocou no âmbito do processo do leilão 5G, Alexandre Fonseca disse que são para continuar.

“Todos os processos judiciais, as impugnações e os processos junto da Comissão Europeia continuam e continuarão com certeza até ao fim, porque não vamos desistir deles porque temos a convicção plena de que temos razão”, garantiu o gestor, que falava num encontro com jornalistas na Altice, em Lisboa.

“As impugnações que foram aplicadas continuam, continuo a dizê-lo: o nosso entendimento é que este é um leilão ilegal que tem um conjunto de situações, incluindo a configuração de ajudas de Estado, foi por isso que também apresentámos o caso às autoridades da União Europeia, porque entendemos que aquilo que foi feito exatamente com os novos entrantes é ilegal”, sustentou Alexandre Fonseca.

“Os processos em tribunal administrativo irão continuar, acredito que as providências cautelares, pelos motivos que são mais ou menos evidentes agora tenham de facto pouca aplicabilidade“, acrescentou.

Questionado se perante as críticas do primeiro-ministro, António Costa, ao processo do leilão o presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) deveria apresentar demissão, Alexandre Fonseca recordou que já tinha defendido em outubro do ano passado que João Cadete de Matos “não tinha condições para continuar no cargo”.

Portanto, “fico muito feliz que algumas pessoas e entidades, não falo só do senhor primeiro-ministro – houve muitas outras entidades que na sequência das declarações do senhor primeiro-ministro vieram a público dizer que não havia condições para este regulador continuar em funções – limito-me apenas a constatar que agora há publicamente muito mais opiniões sobre aquilo” que já tinha dito há um ano e que “aliás juntam-se a opiniões de bancos de investimento, consultoras, fabricantes de tecnologia, que todos, em coro, sempre criticaram este processo e o seu líder, o presidente da Anacom“, prosseguiu.

“Eu pessoalmente considerei [as declarações do primeiro-ministro] a maior humilhação pública que um responsável de telecomunicações já sofreu em Portugal desde sempre“, afirmou.

“Quando alguém não tem de facto o caráter, perante este coro de críticas […] de assumir” aquilo que se impõe, “sabendo que perdeu toda e qualquer autoridade” para dizer o quer que seja sobre este processo do 5G e da regulação do setor, “penso que não há muito dizer”, criticou o gestor, apontando tratar-se de um “elemento que está hoje moribundo no que toca ao setor das telecomunicações”.

Sobre o atraso do 5G, “o principal perdedor deste processo é Portugal, o país perdeu desde logo uma extraordinária oportunidade de continuar a liderar num setor tão importante como as telecomunicações”, que vale quase 3% do PIB, “de continuar a liderar internacionalmente” e depois “perdeu a economia”, concluiu.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fortuna de Elon Musk equivale a 37 Galps ou 111 BCPs

O património de Elon Musk superou a fasquia dos 300 mil milhões de dólares, tendo disparado na semana em que a Tesla atingiu, pela primeira vez, um valor de mercado de um bilião. Veja o top 5.

A fortuna de Elon Musk já ultrapassa os 302 mil milhões de dólares (260 mil milhões de euros), de acordo com o índice de multimilionários que é elaborado pela Bloomberg. Transpondo para a realidade bolsista nacional, é o equivalente a 11,3 vezes a EDPs Renováveis, a 37 Galps ou a 111 BCPs.

O fundador da Tesla e da SpaceX é o homem mais rico do mundo, a larga distância de Jezz Bezos, da Amazon (199 mil milhões de dólares), tendo visto o seu património engordar substancialmente nos últimos dias, à boleia da capitalização da fabricante norte-americana de veículos elétricos.

Esta segunda-feira, a Tesla atingiu, pela primeira vez, um valor de mercado de um bilião de dólares, juntando-se assim ao grupo onde já estavam a Apple, a Microsoft, a Alphabet (empresa-mãe da Google) ou a Amazon.

A subida foi impulsionada pela encomenda de 100 mil veículos Tesla até ao final de 2022 que foi feita pela empresa de aluguer de automóveis Hertz, e pela notícia de que o Model 3 foi o carro mais vendido em setembro na Europa, naquela que foi a primeira vez que um elétrico liderou as vendas mensais no Velho Continente.

No Twitter, rede social em que é bastante ativo, Elon Musk escreveu esta sexta-feira que está a pensar lançar uma nova universidade – a Texas Institute of Technology & Science -, com uma oferta “épica” e que seja “admirada em todo o mundo”. Entre vários elogios, abundam as referências irónicas àquelas que seriam as iniciais (TITS) da instituição de ensino superior a sediar no estado para onde vai mudar a sede da Tesla.

O valor líquido da fortuna dos multimilionários americanos praticamente duplicou desde o início da pandemia, superando os 5 biliões de dólares em outubro. Números que impressionaram o diretor executivo do Programa Mundial de Alimentação da ONU, David Beasley, que calculou à CNN que 2% da fortuna de Musk seria suficiente para salvar 42 milhões de pessoas que passam fome no mundo.

Top 5 do Índice de multimilionários da Bloomberg:

  1. Elon Musk: 302 mil milhões de dólares (US$)
  2. Jeff Bezos: US$ 199 mil milhões
  3. Bernard Arnault: US$ 168 mil milhões
  4. Bill Gates: US$ 135 mil milhões
  5. Larry Page: US$ 129 mil milhões

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Agricultores admitem regressar à Concertação Social para permitir subida do salário mínimo

CAP pode regressar à Concertação Social para permitir que o salário mínimo suba, a partir de janeiro. E o líder da CTP adianta que patrões desejam um Governo "suficientemente estável".

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) admite regressar à Concertação Social — neste momento, a sua participação está suspensa — para permitir que o salário mínimo suba em 2022, uma vez que o Código do Trabalho determina que o Governo só pode fazer atualizações nesse sentido após ouvir os parceiros sociais. Também a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) está aberta a voltar a esse órgão, assim que haja um “esclarecimento cabal” da situação de “desrespeito” registada na semana passada, disse ao ECO António Saraiva.

As confederações patronais estiveram reunidas, esta sexta-feira, com o Presidente da República, uma semana depois de terem anunciado a suspensão da sua participação na Concertação Social — em protesto contra a aprovação, sem negociação prévia com os parceiros sociais, de medidas laborais — e dois dias após o chumbo da proposta de Orçamento do Estado para 2022.

Foi na sequência desse encontro, que a CAP divulgou um comunicado, em que explica que o seu “regresso pleno” à Comissão Permanente da Concertação Social (CPCS) só deverá ser efetivado “após a realização das eleições” legislativas. A confederação admite, ainda assim, voltar a participar nesse órgão, nesta legislatura, “exclusivamente” para permitir que o salário mínimo suba, em 2022. “Sem a auscultação da CPCS, nos termos legais, o SMN não pode ser atualizado de forma unilateral pelo Governo“, sublinha. “Pressupondo que o Governo quererá apresentar a subida do SMN para 705 euros mensais, conforme publicamente anunciado, a CAP comunica que viabilizará esta atualização“, é acrescentado na referida nota.

Já em declarações ao ECO, o presidente da CIP sublinha que esta confederação “não abandonou a Concertação Social”. Antes, suspendeu a sua participação “até ao cabal esclarecimento do desrespeito” registado na semana passada. “Já está meio esclarecido”, reconheceu António Saraiva, acrescentando: “Retomaremos seguramente [a participação na CPCS] depois da reunião do senhor primeiro-ministro, se dessa reunião sair um cabal esclarecimento”.

A participação dos parceiros sociais da Concertação Social foi, de resto, um dos grandes temas da reunião desta sexta-feira com o Chefe de Estado. O outro foi o chumbo da proposta de Orçamento do Estado para 2022, pedindo os agricultores que seja agora feita uma “clarificação através da realização de eleições legislativas”. O Presidente da República chegou a sinalizar que, perante a reprovação do OE2022, dissolveria a Assembleia da República — antecipando a ida às urnas — mas ainda não anunciou, oficialmente, essa decisão.

A propósito, a CAP defende que, nesse contexto, seja dada aos partidos “a oportunidade para realizarem uma campanha eleitoral esclarecedora e que permita a efetivação de escolhas informadas por parte dos eleitores”, sem comprometer a “necessidade de uma resposta eleitoral célere”.

Os agricultores transmitiram, além disso, a sua apreensão a Marcelo Rebelo de Sousa “sobre a possibilidade de promulgação de diplomas oriundos da Assembleia da República neste período que antecede a dissolução daquele órgão”. Isto porque, dizem os mesmos, “existe agendamento de matérias com impacto negativo no setor agrícola“. A CAP frisa, por isso: “Não questionando a legitimidade legislativa do Parlamento antes da sua dissolução, é entendimento da CAP que ao Presidente da República compete, nesta fase, um especial dever de apreciação e fiscalização sobre a produção legislativa. Preocupa a CAP que, por motivos de tática político eleitoral, sejam aprovados diplomas de forma precipitada, apenas destinados a servirem interesses táticos e conjunturais”.

Em declarações aos jornalistas, à saída da reunião desta sexta-feira com o Presidente da República, o líder da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros adiantou, por sua vez, e em nome das quatro confederações patronais, que o importante é que se consiga “um figurino suficientemente estável“, em termos de Governo, para assegurar o crescimento da economia nacional. “O que as entidades patronais desejam é que saia um figurino que seja suficientemente estável para fazer as reformas estruturais que o país tanto precisa e voltarmos ao crescimento económico“, disse o responsável.

Francisco Calheiros notou ainda que “ninguém desejaria” uma crise política, quando a pandemia ainda “não está debelada” e o país enfrenta uma escalada os preços dos combustíveis. O líder da CTP adiantou também que as confederações patronais vão pedir uma audiência com caráter de urgência ao primeiro-ministro, na qual pretendem abordar o aumento do salário mínimo nacional.

É relevante explicar que, mesmo com o OE2022 chumbado, o Governo pode atualizar o salário mínimo nacional, após ouvir os parceiros sociais, já que tal não depende do Orçamento, mas de um diploma próprio para esse fim. A decisão está, portanto, nas mãos do Executivo de António Costa.

O Presidente da República recebe esta sexta-feira também a CGTP e a UGT.

(Notícia atualizada às 19h09)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PAN diz ser “incompreensível” a “precipitação” do PR em avançar para eleições

  • Lusa
  • 29 Outubro 2021

Marcelo, ao ter decidido pela dissolução do Parlamento, antes de "ouvir os partidos" e "sem ter considerado que havia outras possibilidades", não pôs "os interesses do país à frente”, defende o PAN.

A porta-voz do PAN considerou esta sexta-feira “um pouco incompreensível” a “precipitação do Presidente da República” em decidir em antemão a dissolução do parlamento e eleições antecipadas decorrente do ‘chumbo’ do Orçamento do Estado.

Contactada pela agência Lusa, Inês Sousa Real referiu que, “para o PAN, é claro que houve uma precipitação do Presidente da República” em considerar apenas um cenário de eleições legislativas antecipadas como consequência da rejeição da legislação orçamental para o próximo ano.

Fazê-lo sem ter ouvido os partidos, fazê-lo sem ter considerado que havia outras possibilidades que não se esgotassem na dissolução [da Assembleia da República] é não pôr os interesses do país à frente”, sustentou, acrescentando que com este cenário “só lá em meados de maio” do de 2022 é que haver um Orçamento do Estado e “isso não serve o país” neste momento de recuperação socioeconómica.

Na audiência de sábado com Marcelo Rebelo de Sousa, a dirigente do PAN disse que vai expressar a “incompreensão” pela maneira “como todo este processo foi gerido”.

O parlamento ‘chumbou’ na última quarta-feira, na generalidade, o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) com os votos contra do PSD, BE, PCP, CDS-PP, PEV, Chega e IL, abrindo caminho a eleições legislativas antecipadas.

O PS foi o único partido a votar a favor da proposta orçamental, que mereceu as abstenções do PAN e das duas deputadas não inscritas, Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues.

Antes da votação, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já tinha avisado que perante um chumbo do OE2022 iria iniciar “logo, logo, logo a seguir o processo” de dissolução do parlamento e de convocação de eleições legislativas antecipadas.

Horas depois, Marcelo reuniu-se com o primeiro-ministro, António Costa, e o presidente do parlamento, Ferro Rodrigues, no Palácio de Belém, em Lisboa.

As legislativas antecipadas têm de se realizar nos 60 dias seguintes à dissolução do parlamento e de ser marcadas nesse mesmo momento, de acordo com o artigo 113.º da Constituição da República Portuguesa.

Para dissolver a Assembleia da República, o Presidente tem de ouvir os partidos parlamentares, o que acontece no sábado, e o Conselho de Estado, que se reúne na quarta-feira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Banco Montepio perde 14 milhões até setembro penalizado por reestruturação

Banco liderado por Pedro Leitão registou prejuízos de 14,2 milhões nos primeiros nove meses do ano. Resultado foi penalizado pelos custos com a reestruturação.

O Banco Montepio registou um prejuízo de 14,2 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, com o resultado a ser sobretudo penalizado pelos custos com a reestruturação em curso.

Ainda assim, trata-se de uma melhoria face às perdas que registava há um ano, na ordem dos 56,8 milhões de euros.

Em comunicado, o banco liderado por Pedro Leitão adianta que, retirando os impactos relacionados com o plano de ajustamento do quadro de colaboradores (no valor de 8,5 milhões de euros), a imparidade para o fecho de balcões (5,7 milhões) e os custos com a alienação de ativos não estratégicos, como a venda da Almina e da Monteiro Aranha (1,4 milhões), o prejuízo teria sido menor, de quase dois milhões de euros.

No âmbito da reestruturação, já foram encerrados 73 balcões “sem impacto material no negócio”, tendo saído 344 trabalhadores, com o banco a dizer que o ajustamento do quadro de pessoal a três anos segue em “linha com o delineado”.

Apesar do resultado negativo até setembro, o Banco Montepio registou um lucro de 19 milhões de euros no terceiro trimestre do ano, facto que leva a instituição enfatizar o esforço que está a fazer na redução dos prejuízos ao longo de 2021.

Ao nível da operação, a margem financeira caiu quase 2% para 179 milhões de euros e o produto bancário cedeu mais de 5% para 260 milhões de euros, enquanto os custos operacionais caíram 0,1% para 196,6 milhões de euros.

A carteira de crédito encolheu 1,3% para 12,4 mil milhões de euros e os depósitos de clientes subiram 3% para 12,7 mil milhões.

Ao nível da qualidade do crédito, o banco dá conta de uma descida do rácio de NPE (non performing exposures) para 9,4% no final de setembro, sendo que está em curso a venda de uma carteira de malparado de cerca de 300 milhões e ainda uma operação para desconsolidar uma carteira de 1.000 milhões em malparado e imobiliário para um veículo externo.

Os capitais próprios do banco melhoraram, atingindo os 1.376 milhões de euros no final de setembro, data em que apresentava rácios de capital CET1 e total de 11,6% e 13,9%, respetivamente.

O Banco Montepio é detido pela Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), que tem cerca de 600 mil associados e vai a eleições no final do ano com quatro listas candidatas.

(Notícia atualizada às 16h44)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Leão delega competências na secretária de Estado do Orçamento com efeitos a junho de 2020

  • Lusa
  • 29 Outubro 2021

O despacho “produz efeitos desde o dia 15 de junho de 2020”, data em que João Leão passou de secretário de Estado do Orçamento a ministro de Estado e das Finanças, após a saída de Mário Centeno.

O despacho do ministro de Estado e das Finanças, João Leão, que delega competências na secretária de Estado do Orçamento, Cláudia Joaquim, foi publicado na quinta-feira, produzindo efeitos desde 15 de junho de 2020.

Delego na secretária de Estado do Orçamento, mestre Cláudia Sofia de Almeida Gaspar Joaquim, as minhas competências relativas a todos os assuntos e à prática de todos os atos respeitantes aos serviços, organismos e entidades a seguir indicados, com faculdade de subdelegação nos respetivos dirigentes”, pode ler-se no despacho publicado em Diário da República.

O despacho “produz efeitos desde o dia 15 de junho de 2020”, data em que João Leão passou de secretário de Estado do Orçamento a ministro de Estado e das Finanças, após a saída de Mário Centeno para governador do Banco de Portugal (BdP). Desta forma, ficam “expressamente ratificados todos os atos que, no âmbito das competências ora delegadas, tenham sido praticados pela secretária de Estado do Orçamento”, estabelece o despacho.

Na quarta-feira, o jornal ECO noticiou que, apesar de Cláudia Joaquim ser, há mais de um ano, secretária de Estado do Orçamento, o ministro das Finanças ainda não lhe tinha delegado as respetivas competências, sinalizando que João Leão concentrava assim em si esse poder.

O despacho publicado na quinta-feira define então que João Leão delega em Cláudia Joaquim as suas competências em organismos como a Direção-Geral do Orçamento (DGO), a Unidade de Implementação da Lei de Enquadramento Orçamental, a Caixa Geral de Aposentações (CGA), a Inspeção-Geral de Finanças (IGF) ou o Instituto de Proteção e Assistência na Doença (ADSE), entre outros.

As competências abrangem a decisão de contratar e a autorização da despesa inerente, a autorização prévia de despesas com seguros em casos excecionais e a autorização das deslocações em serviço.

Cláudia Joaquim tem competências (com faculdade de subdelegação) em matéria de aprovação dos orçamentos relativos aos organismos e serviços inseridos no Programa Orçamental da Finanças, sem prejuízo das competências próprias do ministro das Finanças e das competências delegadas no secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais, Mendonça Mendes, no secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, e no secretário de Estado do Tesouro, Miguel Cruz.

A secretária de Estado do Orçamento tem competências em matérias de gestão orçamental que decorram de lei orçamental ou do decreto-lei de execução orçamental, “designadamente em matérias relativas a transferências e alterações orçamentais, utilização condicionada de dotações orçamentais, cativações e descativações, transição e aplicação de saldos”, define o despacho. É também a Cláudia Joaquim que competem “assuntos e atos relativos às transferências para fundações previstos na Lei-Quadro das Fundações”.

A emissão de parecer “para efeitos de verificação do impacto e ou da viabilidade da despesa pública, para mudanças de categoria ou posto e graduações de acordo com as disposições orçamentais em vigor, exceto quanto ao setor empresarial do Estado, até ao limite de 50 trabalhadores” é outra das competências delegadas na secretária de Estado.

Cláudia Joaquim pode ainda emitir pareceres prévios à contratação de trabalhadores docentes e não docentes e de investigadores e não investigadores, que decorram de lei orçamental ou decreto-lei de execução orçamental, bem como sobre a celebração ou renovação de contratos de prestação de serviços na modalidade de tarefa ou de avença.

A secretária de Estado do Orçamento pode igualmente autorizar a abertura de procedimentos concursais para contratar trabalhadores por tempo indeterminado ou a termo, para carreira geral ou especial, até ao limite de 50 trabalhadores, bem como autorizar “valorizações remuneratórias que decorra de lei orçamental ou decreto-lei de execução orçamental”, também até ao limite de 50 trabalhadores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.