Trabalhadores dos CTT marcam greve geral para 19 de novembro

  • Lusa
  • 29 Outubro 2021

Os trabalhadores dos CTT vão estar em greve contra “a destruição dos CTT”, a “deterioração do serviço postal” e pelo aumento dos postos de trabalho e salários.

Os trabalhadores dos CTT vão estar em greve no dia 19 de novembro, contra “a destruição dos CTT”, a “deterioração do serviço postal” e pelo aumento dos postos de trabalho e salários, segundo um comunicado da Fectrans.

Na nota publicada esta sexta-feira, a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans) deu conta de que foi convocada uma “greve geral nos CTT e nas restantes empresas do grupo CTT no dia 19 de novembro de 2021”, sendo que, nesse dia, está ainda marcada uma manifestação nacional em Lisboa.

“Vamos lutar contra a destruição dos CTT que está a ser levada a cabo por esta administração, contra a deterioração do serviço postal, pelo aumento dos postos de trabalho, que é facto fundamental para prestar um serviço de qualidade, pelo aumento dos salários e pela manutenção dos direitos”, adiantou a Federação, na mesma nota.

A Fectrans realçou depois que a paralisação e protesto pretendem atingir “salários justos e dignos” bem como a “admissão de trabalhadores efetivos” e a “alteração do modelo organizacional em todos os setores da empresa”.

A Federação apelou ainda a um “serviço postal com qualidade, assegurado pelo estado português” e protestou contra “o assédio e perseguição aos trabalhadores”.

Os trabalhadores dos CTT também estiveram em greve há um ano, reivindicando aumentos salariais e reforço de colaboradores para o serviço postal, distribuição e chefes de estação.

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EDP e Goldenergy têm as tarifas de luz e gás mais baratas

Para uma família com dois filhos que queira contratar luz e gás, a oferta mais em conta é da EDP Comercial, com 103,60 euros por mês. Se quiserem só eletricidade, a mais barata é da Goldenergy: 81,26€

Na véspera do Dia Mundial da Poupança, que se assinala este domingo, dia 31 de outubro, a ERSE divulga o seu Boletim Ofertas Comerciais de Eletricidade para o 4º Trimestre de 2021, de acordo com o qual para uma família formada por um casal e dois filhos a oferta comercial de eletricidade com menor fatura custa 81,26 euros por mês e é da Goldenergy. Face à tarifa regulada representa uma poupança de 14%, ou seja 13,38 euros.

Segue-se a EDP Comercial, com uma fatura mensal para esta mesma família (tipo 2, consumo anual de 5.000 kWh, potência contratada de 6.9 KWh) de 81,63 euros, logo a seguir a Endesa, com 85,98 euros por mês, a Galp Power com 86,07 euros, e só então a tarifa regulada com 94,64 euros. Nesta banda de consumidores, a poupança face ao mercado regulado pode chegar mesmo a 161 euros por ano.

Se a opção for por uma oferta dual, ou seja, que inclua eletricidade e gás, estas famílias têm como ofertas mais baratas a da EDP Comercial (103,60 euros/mês), Goldenergy (109,01 euros/mês), Endesa (109,36 euros/mês) e Galp Power (109,70 euros/mês).

Já para uma família numerosa (tipo 3, casal com quatro filhos, consumo anual de 10.900 kWh e potência contratada de 13,8 kVA) a oferta mais em conta é da EDP Comercial neste momento, com uma conta da luz mensal de 173,57 euros, que corresponde a um desconto de 15% e uma poupança mensal de 29,71 euros em relação à Tarifa Regulada.

De seguida vem a Goldenergy, com 175,94 euros por mês, a Endesa, com 181,62 euros mensais, a Galp Power, com uma fatura de 184,42 euros e para completar o top 5 a tarifa regulada estabelecida pela ERSE, com 203,28 euros. Estes consumidores, com consumos mais elevados, podem chegar a poupar por ano 357 euros face ao mercado regulado.

Nas ofertas duais, de luz e gás, estes clientes têm como mais barata a EDP Comercial (217,30€/mês), depois a Galp Power (232,36€/mês), GoldEnergy (234,52€/mês) e Endesa 236,16€/mês).

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NAV controlou 283.900 movimentos até setembro, menos de metade do que em 2019

  • Lusa
  • 29 Outubro 2021

Apesar da melhoria sentida no terceiro trimestre do ano, o tráfego aéreo controlado pela NAV Portugal, em termos acumulados, continua mais de 50% abaixo do registo de 2019.

A NAV Portugal controlou 283.900 movimentos, entre janeiro e setembro, mais de 50% abaixo do valor registado em 2019, ano de referência, apesar de se ter verificado uma melhoria no terceiro trimestre do corrente ano, foi anunciado esta sexta-feira.

“Apesar da melhoria sentida no terceiro trimestre do ano, o tráfego aéreo controlado pela NAV Portugal, em termos acumulados, continua mais de 50% abaixo do registo de 2019, tendo sido geridos 283,9 mil movimentos entre janeiro e setembro, valor que compara com os 619 mil movimentos controlados nos primeiros nove meses de 2019, ano em que foram batidos recordes de tráfego”, apontou, em comunicado.

No terceiro trimestre, a NAV geriu 151.471 voos, uma redução de 33% face a igual período de 2019, mas “substancialmente acima” dos registos trimestrais desde a pandemia de Covid-19.

Nos primeiros três meses do ano, o tráfego aéreo foi 72,5% inferior ao de 2019, enquanto no segundo trimestre a quebra foi de 61%.

Segundo a empresa responsável pelo controlo do tráfego aéreo, a recuperação verificada nos dois primeiros trimestres ganhou “algum fôlego” nos meses de julho, agosto e setembro, com os melhores registos mensais de tráfego desde fevereiro de 2019.

Estes dados reforçam assim “os sinais de que está em curso uma retoma gradual, mas sustentada”, referiu, acrescentando que, em agosto, controlou mais de 53.000 movimentos, o que também não acontecia desde fevereiro de 2019.

O tráfego gerido pela NAV engloba aterragens, descolagens e sobrevoos, no espaço aéreo português sob a sua responsabilidade (5,8 milhões de quilómetros quadrados), dividido pelas regiões de informação de voo (RIV) de Lisboa e Santa Maria.

Na RIV de Lisboa, que inclui os movimentos de Portugal Continental e Madeira, a NAV controlou 120.000 voos, entre julho e setembro, um retrocesso de 33% face aos 179.000 movimentos geridos no mesmo período de 2019.

A empresa responsável pelo controlo de tráfego aéreo disse também que, no primeiro trimestre, o total de movimentos cedeu 77% face ao período homólogo de 2019, enquanto no segundo trimestre o retrocesso foi de 63%.

Já na RIV de Santa Maria, que inclui o tráfego numa “vasta área” do Oceano Atlântico Norte e nos Açores, os movimentos, contabilizados no terceiro trimestre, recuaram 34% em comparação com 2019.

Nos dois primeiros trimestres do ano, o tráfego caiu mais de 50% face aos registos de 2019.

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Notas de euro em circulação triplicam em 20 anos

  • Lusa
  • 29 Outubro 2021

A nota de 50 euros é a mais utilizada na área do euro, embora em Portugal a nota padrão seja a de 20 euros.

Mais de 27 mil milhões de notas de euro estavam em circulação em junho, três vezes mais do que as notas em circulação há 20 anos, em 2002, revela o boletim de notas e moedas do Banco de Portugal.

“O euro físico circula agora em muito maior quantidade do que há duas décadas”, refere o banco central no documento, dando conta de que, no final do primeiro semestre, existiam quase 140 mil milhões de moedas de euro em circulação, num valor próximo de 31 mil milhões de euros.

Os dados mostram que a nota de 50 euros é a mais utilizada na área do euro, embora em Portugal a nota padrão seja a de 20 euros, que há 13 milhões de notas desta denominação em circulação e que o euro é a moeda comum de 340 milhões de europeus e a segunda moeda no mundo mais utilizada em pagamentos internacionais, empréstimos e para constituição de reserva.

No boletim, o Banco de Portugal aborda também o tema da procura de notas, reconhecendo que, apesar de o dinheiro ser o meio de pagamento mais usado nos pontos de venda e nas transações entre pessoas, o peso das transações em numerário, em relação a outros meios de pagamento, “tem diminuído” ao longo do tempo, ainda que “lentamente e a um ritmo diferente” entre os países da área do euro.

“Muitos seriam, por isso, levados a pensar que a procura por notas acompanhasse essa tendência. No entanto, os dados revelam que o valor da emissão líquida de notas de euro aumentou, em média, 5% ao ano nos últimos dez anos e que esse crescimento subiu até aos 11%, em 2020, com a pandemia de covid-19”, lê-se no boletim.

Sobre o que chama de “paradoxo das notas”, o banco central lembra que o tema foi analisado em detalhe pelo Banco Central Europeu (BCE) e que “as evidências atribuem a origem do fenómeno ao efeito conjugado” da procura do numerário para pagamento em transações de retalho na área do euro, como moeda de referência fora da área do euro e como instrumento de reserva de valor.

Segundo o boletim, o BCE estima que, em 2019, entre 27,5% e 50% do montante de notas em circulação fosse utilizado como reserva de valor, estimando que a poupança individual por adulto, empresa ou instituição, expressa em numerário, se situaria entre os 1.270 e os 2.310 euros.

O Banco de Portugal lembra um estudo realizado à população com referência a 2019, que concluiu que um em cada três inquiridos, em média, assumiu manter dinheiro em casa como precaução, e que, em alguns países, a percentagem de indivíduos que guardam poupanças em casa ultrapassava os 50%.

Com grande parte do comércio encerrado, a pandemia de covid-19 fez abrandar a tradicional procura de numerário, mas, em contrapartida, intensificou a procura de numerário na área do euro para reserva de valor, tal como aconteceu noutras situações de crise.

O numerário é amplamente utilizado como ativo de refúgio em períodos de maior turbulência nos mercados, exigindo aos bancos centrais manter uma reserva estratégica de notas, para satisfazer uma procura extraordinariamente elevada.

O aumento da incerteza, o envelhecimento da população e o contexto de juros baixos são indicados pelo BCE como os principais motivos para o aumento da poupança em numerário, admitindo ser ainda uma incógnita a evolução da procura e da utilização do numerário num contexto de pós-pandemia.

Um inquérito à população em 2019, lembra o banco no boletim, concluiu que foram liquidadas em numerário 72% das transações de retalho na área do euro no ponto de venda (representando 47% em valor) e 83% das transações entre pessoas (57% em valor), e que as notas e moedas foram utilizadas de forma mais significativa em pagamentos abaixo dos 15 euros.

O Banco de Portugal lembra estudos anteriores que diz concluírem que, mesmo sendo o instrumento de pagamento mais utilizado, o peso do numerário diminuiu nos últimos três anos.

A quota dos pagamentos em numerário baixou desde 2016, quer no número quer no montante total de transações em pessoas e no ponto de venda, estimando o BCE que o numerário utilizado para transações na área do euro nesse ano representou entre 20 e 22% do valor das notas de euro em circulação.

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Wall Street em baixa com Apple e Amazon a pressionarem

Com a Apple e a Amazon em "terreno negativo", Wall Street abriu a última sessão da semana em baixa. Investidores estão também expectantes em relação à reunião da Fed.

Os mercados norte-americanos arrancaram a última sessão da semana em “terreno negativo“. Os resultados trimestrais da Apple e da Amazon ficaram aquém das expectativas, estando, por isso, a dar azo aos receios dos investidores em torno da escassez de mão-de-obra e de matérias-primas.

O índice de referência em Wall Street, o S&P 500, começou a sessão a recuar 0,51% para 4.572,87 pontos. Também no “vermelho”, está o industrial Dow Jones, que cai 0,05% para 35.712,28 pontos, e o tecnológico Nasdaq, que desvaloriza 0,81% para 15.323,29 pontos.

Esta sexta-feira, a Apple e a Amazon estão em destaque, entre as cotadas tecnológicas. As ações da empresa da maçã perdem 3,96% para 146,53 dólares e as da gigante do comércio eletrónico caem 3,43% para 3.328,21 dólares. Isto depois de ambas terem apresentado resultados trimestrais aquém das expectativas dos analistas.

A Apple anunciou, além disso, que as dificuldades sentidas na cadeia de abastecimento deverão sofrer um agravamento durante o último trimestre do ano, o que ajuda a explicar o sentimento negativo registado nesta sessão. E, na mesma linha, a Amazon reviu em baixa as suas previsões de vendas para os últimos três meses do ano, por força da escassez de mão de obra.

Abaixo da linha de água, está também o Starbucks, cujos títulos recuam 6,96% para 105,32 dólares, depois desta cadeia de cafés ter revelado que espera que as suas margens fiquem abaixo do previsto, por causa da inflação e dos investimentos levados a cabo.

Os investidores estão, por outro lado, expectantes quanto à reunião da Reserva Federal dos Estados Unidos marcada para a próxima semana, finda a qual deverá ser anunciada a retirada gradual dos estímulos.

Já no “verde”, estão os títulos da Chevron Corp e da Exxon Mobil, que avançam, respetivamente, 1,28% para 114,47 dólares e 1,07% para 65,00 dólares. Estas petrolíferas apresentaram resultados trimestrais fortes à boleia da escalada dos preços dos combustíveis. Também em “terreno positivo”, estão as ações da AbbVieInc, que somam 4,29% para 114,25 dólares, depois desta farmacêutica ter revisto em alta as suas previsões de lucro para 2021.

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Mulher de Rendeiro chora em tribunal e juíza suspende sessão

A mulher de Rendeiro não chegou a responder ao tribunal que a chamou para explicar o rasto de 15 obras de arte arrestadas em 2010. Advogados do BPP garantem que já lucrou 1,3 milhões com vendas.

A mulher do ex-banqueiro João Rendeiro foi interrogada esta sexta-feira pelo tribunal, depois de falhar o prazo de entrega à PJ 15 obras de arte apreendidas em 2010 e que em recente diligência não foram encontradas. Mas a sessão acabou por ser suspensa, devido à falta de condições psicológicas da mulher do ex-líder do BPP, que pode vir a incorrer no crime de descaminho e desobediência por não conseguir explicar o rasto de oito obras de artes arrestadas pela Justiça.

“Não estou em condições psicológicas para responder a nada sobre este processo”, disse perante a juíza, a chorar.

Segundo um despacho da juíza, Maria de Jesus da Silva de Matos Rendeiro tinha cinco dias para entregar à Polícia Judiciária as obras de arte apreendidos em novembro de 2010 e que em diligência realizada no início da semana passada à sua casa, na Quinta Patinõ, “não foram localizados”. Mas a mulher do ex-líder do BPP falhou este prazo.

Os advogados do BPP revelaram em tribunal que têm provas de que o ex-banqueiro terá lucrado 1,3 milhões de euros com a venda de oito obras de arte. Bens que terão sido vendidos entre outubro de 2020 e outubro de 2021, quando João Rendeiro já estava fora do país.

Na quinta-feira, o Expresso referia que três das obras de arte de João Rendeiro que estavam arrestadas pela Justiça, ao cuidado de Maria de Jesus Rendeiro, foram vendidas pela leiloeira Christie’s entre março e outubro de 2021. Só esta venda de três quadros do americano Frank Stella renderam ao arguido 229 mil euros.

 

A entrega dos bens justifica-se de forma “premente”, alega a juíza, sobretudo “pelo risco que constitui para a manutenção das garantias subjacentes à apreensão a recente indiciação de que três dos objetos apreendidos foram, entretanto, falsificados”.

O tribunal entendeu que, sendo Maria de Jesus Rendeiro a fiel depositária dos bens penhorados, teria de esclarecer a situação. Nesta diligência vai participaram o Ministério Público e o assistente [credores do BPP].

E por existirem indícios da falsificação de três quadros, a juíza Tânia Loureiro Gomes ordenou a extração de certidão do relatório da PJ e o envio para o Ministério Público “para os efeitos que tiver por convenientes, designadamente, tendo em vista eventual instauração de procedimento criminal”, lê-se no despacho datado de 14 de outubro. Em causa estará o crime de descaminho.

Diz o Código Penal que “quem destruir, danificar ou inutilizar, total ou parcialmente, ou, por qualquer forma, subtrair ao poder público a que está sujeito, documento ou outro objeto móvel, bem como coisa que tiver sido arrestada, apreendida ou objeto de providência cautelar, é punido com pena de prisão até cinco anos”.

João Rendeiro, que em 28 de setembro foi condenado a três anos, dez anos e cinco anos de prisão efetiva em três processos distintos, está em parte incerta, fugido à justiça.

Num requerimento entregue ao tribunal na passada segunda-feira a mulher de João Rendeiro informou já ter localizado “cerca de metade das obras não encontradas” pela PJ quando esta polícia se deslocou à sua residência, no dia 11, para recolher as obras penhoradas.

O colapso do BPP, banco vocacionado para a gestão de fortunas, aconteceu em 2010, já depois do caso BPN e antecedendo outros escândalos na banca portuguesa.

O BPP originou vários processos judiciais, envolvendo burla qualificada, falsificação de documentos e falsidade informática, bem como um outro processo relacionado com multas aplicadas pelas autoridades de supervisão bancária.

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Milhões do 5G vão construir estradas

O leilão do 5G acabou e rendeu mais de 566 milhões de euros. Até 143 milhões serão usados pelo Governo para construir estradas, daquelas de alcatrão.

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Acabou, finalmente, o leilão do 5G. As três grandes operadoras portuguesas vão oferecer serviços de quinta geração, mas não serão as únicas. O setor ganha dois novos players e uma terceira empresa vai construir uma rede para vender às outras operadoras. A venda rendeu mais de 566 milhões de euros e até 143 milhões serão usados para construir estradas.

O Boletim Digital é uma produção semanal do ECO, pela voz do jornalista Flávio Nunes. Siga-o no Spotify, no Google Podcasts, no Apple Podcasts ou onde quer que oiça os seus podcasts.

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Juros da dívida portuguesa disparam com BCE sob pressão

Custo de financiamento de Portugal e também dos países do sul da Europa agravaram-se consideravelmente, com os investidores a anteciparem-se a uma subida dos juros do BCE em julho.

A taxa de juro das obrigações portuguesas a dez anos regista esta sexta-feira a maior subida desde o início da pandemia, em março do ano passado, acompanhando o agravamento do custo de financiamento dos países do sul da Europa, com os investidores a anteciparem-se a uma subida dos juros do Banco Central Europeu (BCE) em julho.

A yield associada à dívida portuguesa a dez anos está a subir mais de 13 pontos base para os 0,547% ao início da tarde desta sexta-feira, o valor mais elevado desde maio.

Juros a 10 anos em forte alta

Fonte: Reuters

Também os juros das obrigações a cinco anos estão em alta de 11 pontos base, embora se mantenham em terreno negativo: -0,146% era a taxa que se registava há momentos no mercado secundário, de acordo com os dados da Reuters.

Espanha e Itália também observam um agravamento da perceção de risco da parte dos investidores. A taxa das obrigações espanholas a dez anos avança para 0,624%, a mais elevada desde junho de 2020, ao mesmo que os juros italianos no mesmo prazo sobem para 1,163%, o valor mais alto desde julho de 2020.

Já a taxa das bunds alemãs a dez anos, a referência na Zona Euro, embora continuando a negociar em valores abaixo de 0%, também se agrava para -0,082%.

Estas subidas surgem depois de a presidente do BCE, Christine Lagarde, não ter correspondido às expectativas dos investidores em relação às perspetivas de evolução das taxas de juro de referência na Zona Euro para responder à escalada dos preços. Os mercados monetários antecipam agora uma subida de dez pontos base das taxas diretoras em julho do próximo ano, o que deixa dúvidas sobre que implicações terá para o programa de compra de dívida.

“Os investidores foram rápidos a rejeitar as garantias de Lagarde após a reunião do BCE, claramente considerando que as previsões do banco central para a inflação não são confiáveis e que eventualmente serão forçados a subir muito mais cedo do que o previsto, já que as pressões sobre os preços persistem”, explica Craig Erlam, analista da Oanda.

“Vimos algumas grandes movimentações nas yields da área do euro desde a reunião do BCE, que continua até o final da semana”, acrescentou.

Segundo a Reuters, os membros do BCE discutiram o risco de a taxa de inflação, atualmente em máximos de 13 anos, permanecer acima da meta do banco central em 2022 e também se mostraram divididos sobre se irá cair em 2023.

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Portugal regista mais quatro mortes e 844 casos de Covid-19. Incidência sobe para 97,4

  • Joana Abrantes Gomes
  • 29 Outubro 2021

Morreram mais quatro pessoas por Covid-19 e foram identificadas 844 novas infeções nas últimas 24 horas. Rt mantém-se em 1,08, mas incidência continua trajetória de subida.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 844 novos casos de Covid-19, elevando para 1.088.977 o total de infetados desde o início da pandemia. O boletim desta sexta-feira indica ainda que, nas últimas 24 horas, morreram quatro pessoas com a doença, perfazendo um total de 18.153 óbitos.

A incidência média no território nacional subiu bastante, para 97,4 casos por 100 mil habitantes, enquanto o risco de transmissibilidade (Rt) se manteve 1,08.

A trajetória de aumento de casos nas últimas semanas está a levar a uma subida nos internamentos, havendo mais 13 doentes internados nas últimas 24 horas, num total de 331. Destes, 65 requerem cuidados intensivos (mais cinco). Os contactos sob vigilância das autoridades de saúde, por terem estado em contacto com outras pessoas entretanto diagnosticadas com a doença, ultrapassam os 22 mil.

a taxa de recuperados face ao anterior balanço foi de 755, aumentando o número de recuperados desde o início da pandemia para 1.039.284. Portugal regista ainda 31.540 casos ativos, mais 85 em relação a quinta-feira.

Boletim epidemiológico de 29 de outubro:

A região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) foi aquela que concentrou a maioria das novas infeções registadas nas últimas 24 horas. Dos 844 novos casos registados em todo o país, 332 foram nesta região, seguindo-se o Norte com 239, o Centro com 16, o Algarve com 45 e o Alentejo com 26. Os arquipélagos dos Açores e da Madeira registaram, respetivamente, 27 e 19 novas infeções por Covid-19.

A maioria dos quatro óbitos por Covid-19 registou-se também na região de LVT (três mortes), com o outro a registar-se no Norte.

Rt estabilizado, mas incidência sobe bastante

Os dados da DGS revelam ainda que o valor do Rt, que indica quantas pessoas cada infetado contagia em média, se mantém em 1,08 a nível nacional e no continente, o que coloca Portugal na “zona laranja” da matriz de risco do Governo.

A incidência (média de novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias) continua a subir, estando agora em 97,4 casos por 100 mil habitantes no território nacional e em 97,6 por 100 mil habitantes no continente (na última atualização estes valores eram 94,8 por 100 mil habitantes e 94,9 por 100 mil habitantes, respetivamente).

Notícia atualizada às 14h50

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EDP marca presença na Web Summit. Procura startups para combater alterações climáticas

No pavilhão 2, o "Climate Change Pitch" vai desafiar os empreendedores a apresentarem as suas ideias ou negócios em apenas um minuto.

A EDP está de volta à Web Summit, o maior evento tecnológico do país. “Welcome to 2030” é o mote da elétrica, que vai aproveitar a edição deste ano da cimeira tech para procurar startups com soluções inovadoras. O objetivo é convocar a sociedade para combater, em conjunto, as alterações climáticas.

“O ‘Climate Change Pitch’ da EDP, no pavilhão 2, desafia os empreendedores a apresentarem as suas ideias ou negócios num minuto, enquanto são confrontados com o impacto que as alterações climáticas podem ter nas nossas cidades, se nada for feito para as travar”, adianta a empresa ao ECO.

Depois de se ter comprometido a investir 24 mil milhões de euros até 2025 na transição energética e a ser 100% verde até 2030, a EDP quer agora encontrar empresas com soluções inovadoras para áreas-chave, como a sustentabilidade, as energias renováveis, a digitalização e as novas tecnologias do setor energético.

Além disso, a companhia conta, a 2025, investir dois mil milhões de euros em inovação e digitalização, temas centrais da Web Summit. Aumentar as equipas dedicadas à inovação, aumentar o número de parcerias e reforçar o fundo de investimento em startups fazem também parte dos planos.

“Nesta estratégia, a EDP procura oportunidades em sete domínios de inovação: produção renovável, produção de energia distribuída, redes inteligentes, descarbonização do consumo final, flexibilidade e armazenamento, hidrogénio e mobilidade”, detalha a empresa.

Desde a primeira edição da Web Summit em Lisboa, a EDP já ouviu mais de 800 startups de todo o mundo, tendo realizado mais de 200 reuniões de negócio, que resultaram em 12 projetos-pilotos e em quatro investimentos.

Final do “EDP Starter Business Acceleration”

No evento, que começa já dia 1 de novembro, segunda-feira, vai também realizar-se a final da edição deste ano do “EDP Starter Business Acceleration”, o concurso mundial para startups de energia. Depois de ter recebido mais de 700 inscrições de 78 países, os dez finalistas, de quatro nacionalidades, vão apresentar o seu pitch final num dos palcos da Web Summit, no último dia do evento.

“Para além dos projetos-piloto que já estão a desenvolver com várias empresas do grupo EDP, as equipas competem por um prémio de 50 mil euros para investirem no seu negócio”, esclarece a elétrica.

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PIB português está a 3,1% do nível pré-pandemia

Com o crescimento registado no terceiro trimestre, o PIB trimestral está a 3,1% de atingir o valor do quarto trimestre de 2019, o último antes da pandemia. No final do ano estará ainda mais próximo.

A economia portuguesa continuou a recuperar no terceiro trimestre e aproximou-se do nível pré-pandemia. Utilizando apenas os dados trimestrais, o PIB ainda estava cerca de 3,1% abaixo do valor do quarto trimestre de 2019, o último antes da pandemia. É uma diferença de aproximadamente 1,6 mil milhões de euros da produção líquida do país que ainda está por recuperar.

De acordo com os cálculos do ECO com base nos últimos dados disponíveis no Instituto Nacional de Estatística (INE) — os quais poderão ter sido revistos e só serão atualizados daqui a um mês –, o PIB trimestral português estava no terceiro trimestre deste ano cerca de 3,1% abaixo do valor pré-pandemia. A diferença encolheu-se no terceiro trimestre com o crescimento do PIB de 4,2% em termos homólogos e de 2,9% em cadeia (face ao trimestre anterior).

Apesar de Portugal ter crescido acima da média europeia nos últimos dois trimestres, a retoma portuguesa continua a ser mais lenta do que a retoma europeia. De acordo com os cálculos do ECO com base nos últimos dados disponíveis do Eurostat, o PIB da Zona Euro está a apenas 0,6% do nível pré-crise pandémica. Para isso contribuiu o crescimento do PIB de 3,7% em termos homólogos e de 2,2% em cadeia no terceiro trimestre.

Portugal recupera mais lentamente do que a Zona Euro

Fonte: Instituto Nacional de Estatística e Eurostat. Cálculos do ECO. PIB do quarto trimestre de 2019 = 100.

A diferença no ritmo de recuperação entre Portugal e a União Europeia tem estado no centro do debate político-económico entre o PSD e o PS. Os social-democratas acusam os socialistas de se contentarem com recuperar o PIB em 2022 quando vários países da UE lá chegarão ainda este ano. O contra-argumento do Governo do PS é que Portugal, dado o peso do turismo (atividade fortemente afetada pela pandemia) no PIB, só é comparável com os países europeus onde esse setor também é relevante — como é o caso de Espanha, Itália ou Grécia — e que nesse campeonato a economia portuguesa lidera a retoma económica.

O fosso que ainda separa a economia portuguesa da atualidade da situação pré-crise deverá continuar a encurtar-se no quarto trimestre, se o PIB crescer tal como está previsto. O Governo previa no Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022), o qual foi chumbado pelo Parlamento, um crescimento de 4,8% este ano, em linha com a previsão do Banco de Portugal.

Para lá chegar, segundo os cálculos do ECO com base nos dados do INE, o PIB terá de apresentar um crescimento em cadeia de 2% no quarto trimestre, o que corresponderia a um crescimento de 6,2% em termos homólogos. Caso se concretize, o PIB português estará nesse trimestre a 1,1% de alcançar o nível de produção líquida do quarto trimestre de 2019.

Salvo alguma surpresa — como uma maior disrupção das cadeias de valor mundiais, um maior impacto do aumento do preço dos combustíveis ou uma incerteza duradoura da crise política –, a economia portuguesa deverá conseguiu recuperar totalmente no primeiro semestre de 2022. A expectativa do Governo, contando com o OE2022, era crescer 5,5%. Em políticas invariantes, ou seja, sem o Orçamento, mas com o PRR, o Conselho das Finanças Públicas e o Fundo Monetário Internacional apontam para 5,1%.

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Novobanco quer rentabilidade de dois dígitos e malparado abaixo de 5%

Depois da fase dos prejuízos, instituição olha para a frente com otimismo e ambiciona ter uma taxa de rentabilidade acima de 10% e um rácio de crédito malparado abaixo de 5%.

O Novobanco ambiciona atingir uma taxa de rentabilidade “atrativa” acima dos 10% e mantém o objetivo de baixar o rácio de malparado para níveis inferiores a 5% para se alinhar com os pares europeus.

Estes objetivos fazem parte da nova estratégia que o banco acabou de comunicar ao mercado, um dia depois de ter anunciado lucros de 154 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, naquilo que representa o “virar de página” após milhões de prejuízos, segundo o CEO, António Ramalho.

A instituição chegou a setembro com uma rentabilidade dos capitais próprios de 8,7% (resultado antes de impostos/capitais próprios médios), mas tem agora como objetivo a médio prazo atingir taxas superiores a 10%, para concretizar aquilo que Ramalho tem prometido quanto à “rota de crescimento e de lucros” de agora em diante.

Desde que foi criado, em 2014, na sequência da resolução do BES, a rentabilidade tem sido negativa face aos prejuízos que resultaram em grande medida da limpeza dos ativos tóxicos herdados do antigo banco.

A Novobanco destaca mesmo “uma das maiores reduções de malparado na Europa” que protagonizou entre 2017 e setembro de 2021, ao baixar os níveis de ativos problemáticos em 78%, num esforço que permitiu alcançar um rácio de NPL (non performing loans) de 7,3% em setembro, menos 1,6 pontos percentuais em relação a dezembro de 2020.

Nesta frente, o banco vai continuar o esforço de limpeza do balanço até atingir um rácio de NPL abaixo dos 5%, tal como exigem as autoridades europeias e um nível onde os bancos portugueses, em média, já se encontram.

O Novobanco tem feito várias vendas de carteiras de créditos problemáticos nos últimos anos e tem, neste momento, dois processos de venda de carteiras em curso, o Harvey (640 milhões) e o Orion (200 milhões).

Do ponto de vista comercial, apostando sobretudo no mercado de crédito às empresas e ao consumo, o Novobanco pretende aumentar a carteira de empréstimos a um média de 2% a 3% por ano.

Esta semana, a instituição detida em 75% pelos americanos da Lone Star e 25% pelo Fundo de Resolução deixou cair a marca “Novo Banco” e passou a assumir-se como Novobanco, numa mudança que visa marcar o novo capítulo da sua vida.

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