IEFP distingue políticas de inclusão do grupo Jerónimo Martins

Sinais sonoros e luminosos nas empilhadoras e nas portas automáticas, bem como elevadores para colaboradores com mobilidade reduzida são alguns exemplos das adaptações feitas pelo Recheio.

O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) distinguiu as políticas de inclusão do grupo Jerónimo Martins, distinguindo a holding do Grupo e ao Recheio Cash & Carry a distinção “Marca Entidade Empregadora Inclusiva 2021”, graças às suas iniciativas no âmbito da empregabilidade de pessoas com deficiência e incapacidade.

“Esta distinção vem atestar o trabalho que o grupo Jerónimo Martins tem vindo a realizar enquanto empregador de referência focado na igualdade e inclusão social. Acima de tudo, é um reconhecimento à nossa equipa técnica, aos nossos tutores, aos nossos parceiros especialistas nas diferentes tipologias da deficiência que nos apoiam no recrutamento, formação e desenvolvimento dos candidatos, e, claro aos colaboradores que temos vindo a integrar através das nossas políticas de inclusão e que tanto têm contribuído para o reforço da cultura do grupo e para o nosso espírito de equipa”, afirma Susana Correia de Campos, diretora de relações laborais do grupo Jerónimo Martins, em comunicado.

Os programas de inclusão no mercado de trabalho, a adequação das infraestruturas, ou a adaptação das ferramentas de comunicação interna para serem acessíveis a todos estão entre as iniciativas que o IEFP valorizou.

No grupo Jerónimo Martins, as infraestruturas do edifício-sede foram adaptadas para os colaboradores com deficiência e os equipamentos em lojas do Recheio foram também adaptados de forma a serem usados por pessoas cegas e surdas. Sinais sonoros e luminosos nas empilhadoras, sinais sonoros nas portas automáticas e elevadores para colaboradores com mobilidade reduzida são alguns exemplos das adaptações feitas pelo Recheio.

O “Programa Incluir” foi criado em 2015 com o objetivo de promover a empregabilidade de grupos de pessoas em situação de desvantagem no acesso ao mercado de trabalho, com destaque para pessoas com deficiência, migrantes e refugiados.

O Recheio emprega pessoas com deficiência intelectual e cognitiva através do “Project Search” desde 2017. Integrado no âmbito do “Programa Incluir” e desenvolvido em parceria com a Cooperativa Focus, o “Project Search” chega a aproximadamente dez a 12 formandos por ano. Nos seus quadros, a 31 de dezembro de 2020, o Recheio tinha 31 colaboradores efetivos com deficiência e incapacidade.

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Tribunal condena seguradora de carro que passou barreiras em passagem de nível

  • Lusa
  • 27 Outubro 2021

Segundo acórdão da Relação de Guimarães, dois anos depois de acidente que ocorreu em julho de 2019, a seguradora ficou obrigada a indemnizar as família das vítimas.

O Tribunal da Relação de Guimarães fixou em 269.800 euros a indemnização a pagar às famílias das vítimas pela seguradora de um automóvel colhido por um comboio em Barcelos, numa passagem de nível que tinha as cancelas fechadas.

Por acórdão de 30 de setembro, consultado pela agência Lusa, a Relação reduz em 10 mil euros o valor da indemnização a pagar pela seguradora. Do acidente, registado em 19 de julho de 2019, em Carapeços, Barcelos, no distrito de Braga, resultou a morte de uma menina, de 10 anos, da sua avó, de 65, e ainda do condutor do automóvel, de 71 anos.

O tribunal deu como provado que, na altura do acidente, as cancelas, constituídas por “meias barreiras”, estavam fechadas e que os sinais luminosos estavam no vermelho, mas mesmo assim o automóvel “não deteve a marcha” e “invadiu os trilhos da linha férrea”. Deu igualmente como provado que a passagem, na Estrada Nacional 204, estava dotada de sinalização vertical.

A seguradora contestou, alegando que, “com todas as probabilidades, a cancela estaria aberta” e sublinhando que, se efetivamente estivesse encerrada, “qualquer homem médio pararia perante aquele obstáculo”.

Em relação à atuação do maquinista, a seguradora alegou que, numa passagem de nível, ele “não pode simplesmente limitar-se a cumprir o limite de velocidade e a não falhar no horário do comboio”. Segundo o tribunal, o comboio circularia a 95 quilómetros por hora, mas a seguradora diz que a velocidade deveria ser “bem mais moderada, de forma a controlar o veículo e a sua paragem em todas as circunstâncias”.

No dia do acidente, fonte da Infraestruturas de Portugal (IP) assegurou que o sistema de sinalização da passagem de nível estava “em pleno funcionamento”.

“Todo o sistema de sinalização estava em pleno funcionamento”, sublinhou a fonte, admitindo que o condutor do automóvel em que seguiam as três vítimas possa ter “contornado” as barreiras.

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Marcelo recebe partidos no sábado. Conselho de Estado reúne-se a 3 de novembro

A proposta de Orçamento do Estado para 2022 do Governo foi chumbada esta quarta-feira. O Presidente da República vai reunir-se com partidos e quer eleições. Costa pede "maioria estável e reforçada".

A proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2022 elaborada pelo Governo foi debatida na Assembleia da República e acabou por ser chumbada pela direita e pelo Bloco, PCP e PEV. Apenas o PAN e as duas deputadas não inscritas é que se abstiveram.

Esta quarta-feira, o Executivo de António Costa continuou a defender as opções da proposta no plenário, bem como a tentar convencer os parceiros da esquerda a viabilizarem o Orçamento.

Reveja aqui a discussão da proposta do OE para 2022 na generalidade.

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Nas notícias lá fora: Prendas de Natal, Al Gore e Evergrande

Retalhistas britânicos alertam para aumentos de preços antes do Natal. Fundador da Evergrande perde 25 mil milhões de dólares num ano. Companhias aéreas norte-americanas antecipam "longas filas".

As compras de Natal dos britânicos vão ser mais caras este ano. Os grupos retalhistas alertaram para aumentos de preços antes da época natalícia, sendo que três em cada cinco preveem subidas por causa dos constrangimentos nas cadeias de abastecimento. Conheça esta e outras notícias que estão a marcar a atualidade na imprensa internacional.

Reuters

Retalhistas britânicos alertam para aumentos de preços antes do Natal

Os retalhistas britânicos estão a prever aumentos de preços antes do Natal. Três em cada cinco pretendem subir preços antes da época festiva, o período mais importante de compras em todo o ano. “Agora é claro que o aumento dos custos devido à escassez de mão-de-obra, aos problemas na cadeia de abastecimento e ao aumento dos preços das mercadorias começaram a ser passados ao consumidor”, disse a presidente executiva da BRC, Helen Dickinson.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso pago/conteúdo em inglês).

Financial Times

Fundador da Evergrande perde 25 mil milhões de dólares num ano

Hui Ka Yan, fundador da Evergrande, viu a sua fortuna encolher em cerca de 25 mil milhões de dólares (21,5 mil milhões de euros) ao longo dos últimos 12 meses. A gigante chinesa do imobiliário deve cerca de 300 mil milhões de dólares e tem estado debaixo de fogo, com o regime de Xi Jinping a optar por não resgatar a empresa do possível colapso financeiro. O preço das ações da Evergrande já afundou mais de 80% este ano.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago/conteúdo em inglês).

Reuters

Companhias aéreas americanas preparam-se para as “longas filas”

O presidente executivo da Delta Air Lines, Ed Bastian, disse que os turistas devem estar preparados para longas filas quando os EUA levantarem as restrições às viagens internacionais para quem esteja totalmente vacinado contra a Covid-19 a partir de 8 de novembro. “Posso assegurar-vos de que haverá filas, infelizmente. Mas vamos conseguir resolver isto”, alerta Bastian. Será preciso alguma paciência.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês).

The Guardian

EUA tiram licença à China Telecom para operar no país

O regulador das comunicações dos EUA revogou a licença da China Telecom no país, citando preocupações relacionadas com a segurança nacional. A decisão da Comissão Federal de Comunicações (FCC) dá 60 dias à China Telecom para que suspenda os seus serviços. A maior operadora chinesa tinha autorização para prestar serviços de telecomunicações nos EUA há quase 20 anos.

Leia a notícia completa no TheGuardian (acesso pago/conteúdo em inglês).

California News Time

Al Gore lança gestora de ativos focada nas alterações climáticas

O antigo vice-presidente dos EUA, Al Gore, aliou-se ao gestor David Blood para fundar uma nova gestora de ativos que vai prioritizar investimentos que combatam as alterações climáticas, ao invés de procurar ganhos acelerados. Intitulado de Just Climate, a empresa vai canalizar capital para soluções que ajudem a limitar a subida da temperatura global a 1,5ºC face à era pré-industrial.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago).

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Dos fios de pesca às sapatilhas sustentáveis, conheça as ideias no forno empreendedor do Porto

Sapatilhas sustentáveis inspiradas em regiões e plástico e fios de pesca transformados em tecidos são algumas das soluções inovadoras apresentadas por 21 startups da comunidade UPTEC.

Dos computadores avariados aos fios de pesca, 21 startups da comunidade do Parque de Ciência e Tecnologia da U. Porto (UPTEC) apresentam esta quarta-feira soluções inovadoras que estão a marcar as tendências na arte, tecnologia e ciências. O evento vai contar com empreendedores, cerca de dez investidores, parceiros da UPTEC e alguns curiosos.

“O UPTEC Non Stop é o evento ideal para quem quer conhecer os projetos que estão agora a crescer e é a oportunidade perfeita para os empreendedores mostrarem todo o potencial das suas ideias”, afirma Maria Oliveira, diretora de negócios da UPTEC.

A iniciativa da UPTEC está integrada no BIN@Porto 2021, um evento internacional de junta cerca de 400 participantes, de países como Israel, Reino Unido, Polónia, Roménia, Brasil, Holanda, EUA, Estónia, Bélgica, Eslovénia, entre outros, vindos de universidades, parques científicos e tecnológicos, incubadoras, empresas de base tecnológica e, também, investidores para uma partilha de ideias e a criação de parcerias colaborativas.

As duas primeiras edições do UPTEC Non Stop juntaram mais de 100 empreendedores, cerca de 75 pitches de startups e mais de 200 pessoas a assistir às ideias de negócio apresentadas.

Conheça as ideias inovadoras das 21 startups:

  • FASTinov: A empresa de diagnóstico in vitro, liderada por Nuno Afonso, desenvolve tecnologias para ajudar os médicos a combater as doenças infecciosas e a combater a ameaça da Resistência Antimicrobiana (AMR) em ambientes de cuidados de saúde a nível mundial.
  • Invisible Cloud: A startup que nasceu da visão de José Carlos Alves permite às empresas criar campanhas de comunicação em massa, via SMS, voz, entre outros. Permite ainda a criação de subutilizadores/subcontas, aluguer de bases de dados, instalações WhiteLabel e HTTPS API para integradores.
  • Gripwise Tech: Mais de 50% da população europeia com mais de 50 anos de idade são pré-frágeis ou frágeis. Para ajudar a combater esta vulnerabilidade Ricardo Moura desenvolveu num sistema baseado na nuvem, com um dinamómetro portátil ligado que recolhe dados para a avaliação da fragilidade e sarcopenia (perda de massa muscular), num fluxo de trabalho simples e eficaz, visando manter a saúde e a qualidade de vida dos idosos.
  • ERGOFORM: A spin-off da Universidade do Porto fundada por Caroline Prufer desenvolve planos formativos de cultura ergonómica personalizada para o bem-estar produtivo de cada colaborador e empresa.
  • LTPlabs: Empresa de consultoria de gestão, liderada por Bernardo Almada-Lobo, Pedro Amorim e Luís Guimarães, tem como missão ajudar os clientes a alcançar melhorias significativas e sustentáveis no seu desempenho, através da combinação de análises avançadas com conhecimentos empresariais.
  • Tech4MED: Fundada por Raphaël Canadas, a startup concentra-se no desenvolvimento e engenharia de sistemas miniaturizados inteligentes, utilizando conhecimentos avançados, para as indústrias médica e farmacêutica.
  • Smartex.ai: O sistema Smartex.ai utiliza inteligência artificial, machine learning e computer vision para detectar e prevenir a ocorrência de defeitos nas máquinas de tricotar circulares. Com esta ideia Joana Nobre Anjo tem como objetivo reduzir o desperdício têxtil e a produção defeituosa para perto de 0%, proporcionando também a rastreabilidade dos tecidos.
  • Ecocubo: Ecocube consiste numa estadia em formato de “cubo” que permite um maior contacto com a natureza. A ideia é de António Fernandes que vê este tipo de estadia como uma forma melhor e mais sustentável de desfrutar da natureza ao máximo.
  • Flowtech: É uma empresa de software pioneira no desenvolvimento de sistemas manufacturing execution system (MES) para o setor agroalimentar. Através da solução Flow Manufacturing, do empreendedor Miguel Fernandes, os industriais conseguem aumentar a qualidade dos produtos, garantir a rastreabilidade e reduzir os custos de produção.
  • Wiselife: É uma plataforma digital dedicada à alfabetização sanitária e à gestão de doenças crónicas, totalmente centrada no paciente. A startup liderada por Maria João Nobre fornece informação sobre saúde, criada por profissionais qualificados, em texto, infografia e vídeo, centrada no paciente.
  • Wise Pirates: Liderada por Maria João Barbosa, apresenta-se como um parceiro digital & agência de marketing de desempenho. A startup não se focada apenas marketing digital, mas sobretudo no negócio e respetivos resultados.
  • Recycle Geeks: Desenvolvida por João Botelho, a start-up repara e vende computadores avariados que são doados pelos clientes. Posteriormente o lucro é partilhado com o doador e com uma instituição de caridade.
  • webet: Start-up de Henrique Capelas foca-se em mercados descentralizados de apostas peer-to-peer e de previsão DApp, alimentados por De-Fi.
  • Tagpeak: A ideia do empreendedor Luís Cabral consiste numa plataforma de comércio eletrónico com um clube único de recompensas em dinheiro, que permite aos membros receberem até 100% de volta do que gastam.
  • Hestia Delivery: A Hestia, liderada por Francisco Sousa Otto, é uma empresa de logística especializada na entrega de encomendas de comércio eletrónico. A missão da empresa consiste em permitir a todas as empresas online, independentemente da sua dimensão, consigam fornecer uma experiência de entrega semelhante à da Amazon aos seus clientes.
  • Corium Biotech: O Corium Biotech é um projeto de I&D idealizado por Maria João Maia que se dedica à bioprodução de couro através de peles exóticas.
  • AcademiCV: Liderado por Marina Beneton, a AcademiCV é uma plataforma de mercado global, onde o utilizador pode encontrar o caminho para transformar ou iniciar a sua carreira.
  • Effizency: É uma plataforma, liderada por Luís Oliveira, que tem como objetivo acelerar as vendas de PV Solar, carregadores EV e serviços de eficiência energética, permitindo gerar propostas comerciais instantâneas com o mínimo de esforço.
  • Skizo: A startup de André Facote transforma os plásticos e redes de pesca antigas em tecidos para produzir ténis e vestuário. Os produtos são recolhidos com a ajuda de pescadores.
  • PortfolYou: Liderada por Luís Silva é uma plataforma de software online para análise de carteiras e investimentos para ajudar o empreendedor a tomar decisões informadas. O conjunto de ferramentas abrange desde a criação de perfis, modelação de carteiras e testes de fundo até às simulações e otimização dos processos produtivos.
  • Shoevenir: A startup incubada na UPTEC, liderada por Gonçalo Marques, consiste numa marca 100% portuguesa de sapatilhas sustentáveis inspiradas em regiões portuguesas. Na produção é usada cortiça reciclada, pele sintética e uma sola 100% reciclável.

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Países de leste retomam restrições face ao agravamento da pandemia

Perante a escalada de infeções e mortes por Covid-19 no leste da Europa, da Bulgária à Letónia há já países a tomar medidas mais musculadas, voltando a impor restrições.

A pandemia está a agravar-se na Europa, com especial incidência nos países de leste que têm baixas taxas de vacinação contra a Covid. Perante a escalada de infeções e mortes por Covid-19, da Bulgária à Letónia há já países a tomar medidas mais musculadas, voltando a impor restrições.

As baixas taxas de vacinação estão a refletir-se num agravamento da pandemia no leste da Europa, com vários países a registar recordes de infeções e óbitos associados à doença. Para travar esta nova vaga, há já alguns países a apertarem nas restrições. É o caso da Ucrânia, cujas autoridades de saúde decidiram fechar as escolas em Kiev durante as próximas duas semanas e anunciou a exigência de apresentação de certificado digital Covid para os transportes públicos na capital.

A Ucrânia é um dos países da Europa com menor taxa de vacinação (apenas 16% da população está completamente imunizada) e esta decisão surge depois de o país ter batido, pelo segundo dia consecutivo, um novo recorde de infeções óbitos por Covid-19 na sexta-feira, com mais de 23 mil casos e 614 mortes nessas 24 horas.

Por outro lado, também na República Checa o certificado digital Covid vai ser obrigatório para entrar em restaurantes, bares, discotecas, bem como outros espaços fechados. Além disso, o Governo decidiu limitar o tempo de validade dos testes à Covid, segundo a AFP. Neste país, 56% da população está completamente imunizada.

O cenário é ainda mais preocupante na Roménia, numa altura em que o país luta contra uma enchente de pacientes nos hospitais, que está a colocar o sistema de saúde sob pressão. Neste contexto, a Roménia decidiu avançar com novas medidas, pelo que a partir de segunda-feira o certificado de vacinação tornou-se obrigatório para várias atividades do dia-a-dia, como para ir ao ginásio, ao cinema ou a um centro comercial.

Além disso, haverá ainda um toque de recolher obrigatório a partir das 22h, sendo que as lojas vão fechar às 21h, os bares e as discotecas vão encerrar portas e as escolas vão fechar durante este semestre. As máscaras vão ser obrigatórias em todos os locais públicos, de acordo com a Alljazeera. Neste país, apenas 30% da população está completamente vacinada.

Também a Bulgária decidiu tornar obrigatória a apresentação do certificado digital Covid para acesso a restaurantes, hotéis, cinemas, piscinas e centros comerciais. Estas medidas entraram em vigor na quinta-feira passada, numa altura em que o Governo búlgaro tenta combater o aumento de casos de infeção e as baixas taxas de vacinação. Na Bulgária só 20% da população tem a vacinação completa contra a Covid, o que a coloca como o país da UE com menor taxa de cobertura vacinal.

Mais incisivo foi o Governo da Letónia que anunciou um confinamento de um mês, tornando-se no primeiro país da Europa a retomar as restrições mais apertadas. Entre as medidas impostas está o recolher obrigatório em todo o país, entre as 20h e as 5h, o encerramento das escolas bem como do comércio não essencial, noticiou o The Guardian. Com 57% da população vacinada contra a Covid a Letónia tem atualmente a taxa de infeção mais elevada na União Europeia (UE), com 1.297 casos por milhão de habitantes.

Por outro lado, também a Eslováquia decidiu estender as restrições atualmente em vigor. Com 42% da população vacinada e uma taxa de infeção de 498 casos por milhão de habitantes, a sete dias, estas medidas incluem o encerramento de hotéis, bares e restaurantes, sendo apenas autorizada a venda ao postigo de refeições para levar, segundo a Lusa. Ginásios, piscinas e spas também foram encerrados.

Ao mesmo tempo, também na Polónia o Governo está a ponderar endurecer as medidas de contenção da Covid, numa altura em que o número de infeções está a duplicar a cada semana. “Se, no final de outubro, tivermos, em média, mais de 7.000 casos por dia, teremos de considerar tomar algumas medidas mais restritivas”, disse, Adam Niedzielski, ministro polaco da Saúde, citado pela Reuters. Este país tem 52,5% da população vacinada contra a Covid.

Infeções disparam na Rússia e no Reino Unido

Fora do leste europeu, há outros países da Europa a registarem aumento das infeções e óbitos associados à Covid. É o caso do Reino Unido, que tem vindo a registar, em média, entre 40 mil a 50 mil novos casos por dia, o que coloca o país em máximo desde meados de julho. Esta subida de infeções está a preocupar as autoridades de saúde, pelo que os responsáveis pedem ao Governo que avance para o “plano B”, voltando a implementar algumas restrições.

Por seu turno, o primeiro-ministro tem vindo a rejeitar pôr em marcha o “plano B”, contudo, a Agência de Segurança em Saúde do Reino Unido (UKHSA) já estará a contactar as autoridades de saúde locais para perceber se conseguem “implementar imediatamente o plano de inverno”, segundo o The Observer.

Já a Rússia desde há duas semanas consecutivas que tem vindo a bater novos máximos de infeções e óbitos, tendo registado na segunda-feira um novo recorde, com 37.930 casos (o número mais elevado desde o início da pandemia) e 1.079 mortes nessas 24 horas. Face ao agravamento da pandemia, Moscovo decidiu avançar com medidas mais restritivas, pelo que a partir de quinta-feira apenas estarão abertas as lojas essenciais, como supermercados e farmácias. As escolas também vão fechar portas.

Face ao crescente número de infeções, o Governo holandês admitiu voltar a impor novas restrições, numa altura em que os os hospitais estão sob pressão. Por outro lado, o governo austríaco admitiu voltar a impor restrições, mas apenas aos não vacinados.

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Diretora do FMI debaixo de fogo por suspeitas de “amaciar” relatório sobre o Brasil

  • Lusa
  • 27 Outubro 2021

Cerca de 200 funcionários do FMI exigiram que a diretora da instituição, Kristalina Georgieva, esclareça as alegações de que terá "amaciado" um alerta sobre os riscos ambientais para o Brasil.

Quase 200 funcionários do Fundo Monetário Internacional (FMI) exigiram que a diretora da instituição, Kristalina Georgieva, esclarecesse as alegações de que teria “amaciado” um alerta sobre os riscos ambientais para a economia brasileira.

Os esclarecimentos foram reclamados​​​​​​​ por 194 funcionários (7% do total) do FMI, em petição enviada para o provedor da instituição, conforme um e-mail consultado pela Bloomberg.

Este tipo de iniciativa é raro na história do Fundo e ocorreu depois de a Bloomberg ter noticiado que a análise da economia brasileira pelo FMI, ao abrigo do conhecido artigo IV, tinha sido “temperada”, depois de o governo de Bolsonaro ter questionado a linguagem.

Também em email consultado pela Bloomberg, dirigido na segunda-feira ao staff do FMI, Georgieva garantiu que neste caso todas as regras e todos os procedimentos tinham sido respeitados.

Georgieva foi recentemente visada numa auditoria que revelou pressões impróprias do Banco Mundial, quando a economista búlgara trabalhava na instituição, para favorecer a China num relatório sobre o clima de negócios.

A questão da manutenção de Kristalina Georgieva, de 68 anos, à frente do FMI, surgiu após a publicação, em 16 de setembro, das conclusões de uma investigação conduzida pelo escritório de advogados WilmerHale. Os autores do documento apontaram irregularidades na elaboração das edições de 2018 e 2020 do relatório “Doing Business” do Banco Mundial, acusando Georgieva de ter pressionado as suas equipas, quando era dirigente daquela instituição, para dar à China uma classificação mais favorável.

A investigação foi realizada a pedido do comité de ética do Banco Mundial, depois de o relatório, que classifica os países de acordo com a facilidade em fazer negócios, se ter tornado objeto de muita controvérsia e ter levado à demissão do antigo economista-chefe Paul Romer.

O FMI manifestou “plena confiança” em Georgieva após uma análise “exaustiva” das acusações que a visavam devido a estas pressões quanto estava no BM.​​​​​​​

“Não há dúvida sobre a credibilidade do FMI, dos nossos dados, das nossas pesquisas. Então, o problema está do outro lado da rua”, afirmou Georgieva a 13 de outubro, numa referência à sede do BM, situada em frente à do FMI no centro de Washington.

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Estas são as expectativas dos investidores para a COP26, diz análise da Schroders

  • Capital Verde
  • 27 Outubro 2021

Para os investidores, é sem dúvida, uma conferência para observar, digerir e calcular o impacto nas suas carteiras de investimento, diz a análise da gestora global de investimentos.

Esta análise espelha as expectativas da Schroders, gestora global de investimentos, face à COP26 e dos especialistas Vicki Owen, Senior Content Strategist, e Andrew Oxlade, Head of Editorial Content, em torno da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática COP26.

“[A COP26] Foi apontada como a última oportunidade da humanidade para salvar o planeta. Mesmo que desconfie da hipérbole, é difícil negar que a COP26 assinala um momento importante nos esforços encetados para reduzir as emissões de carbono e para mitigar as alterações climáticas.

Para os investidores, é sem dúvida, uma conferência para observar, digerir e calcular o impacto nas suas carteiras de investimento.

Como o nosso chefe executivo, Peter Harrison, sugeriu anteriormente, as mudanças que devem acontecer para enfrentar as alterações climáticas são semelhantes a um “momento de 1929”. Mudanças radicais foram feitas na contabilidade após o colapso de Wall Street Crash. Tal como a mudança sísmica, está agora em curso uma mudança com impacto nas operações das empresas que em breve se tornarão evidentes.

Nesta análise reunimos as opiniões de pessoas chave dentro da nossa organização, tais como os nossos especialistas em sustentabilidade, mas também os gestores de fundos que investem nas tendências das alterações climáticas. Estes respondem a questões centrais e realçam algumas nuances a ter em conta pelos investidores.

Vale também a pena ler o nosso guia para a COP26. Em resumo, foi alcançado um acordo na COP de Paris (Conferência das Partes) de 2015 para limitar as temperaturas a longo prazo “bem abaixo dos dois graus”, nos níveis da era pré-industrial. Mais de 120 líderes mundiais reunir-se-ão em Glasgow durante os primeiros dias antes de entregarem o testemunho aos ministros do ambiente e outros altos funcionários. Espera-se a presença de cerca de 25.000 pessoas na sexta-feira, dia 12 de novembro, mas a experiência passada das COP mostra-nos que é provável que se estendam até sábado e talvez até domingo.

Qual é o significado da COP26 e a emergência do conceito de uma “transição justa”?

Andy Howard, Global Head of Sustainable Investment comenta:

“As políticas individuais dos governos ficaram e continuam a ficar muito aquém dos compromissos globais assumidos em Paris, e continuam.”

“Esta conferência proporciona um “posto de reabastecimento”. Espera-se que os líderes nacionais regressem ao fórum com compromissos mais firmes, colmatando a lacuna entre a ambição partilhada e as suas ações individuais.”

“Pode revelar-se um momento de “make-or-break” para a diplomacia climática global. A pressão tem vindo a intensificar-se e na reunião deste ano pudemos assistir a uma verdadeira mudança na política climática.

“O princípio de uma “transição justa” – que assegura a transição para uma economia global de baixo carbono, não prejudica indevidamente as economias mais fracas ou partes das sociedades – também tem vindo a ganhar ritmo. Como desafio global, as alterações climáticas exigem uma ação coordenada. Através dessa lente, a transição justa é simultaneamente um objetivo e uma exigência: não será possível um acordo global entre os decisores políticos que representam cada parte da economia global, a menos que todos considerem o plano justo.”

“A incapacidade de chegar a tal acordo tem sido o principal vento de proa para uma ação mais rápida em conferências globais passadas. Como resultado, esperamos que a necessidade de coordenação e apoio global às economias menos desenvolvidas seja uma componente importante das negociações até, e durante, a COP26”.

Quais são os objetivos da COP26 e o que devem os investidores ter em atenção?

Kate Rogers, Head of Sustainability, Wealth comenta:

“Esta é uma oportunidade, um momento no tempo, em que espero olhar para trás e dizer que foi tomada uma ação coordenada.”

“O relatório de referência do IPCC (Painel Internacional sobre as Alterações Climáticas) publicado em agosto, continha quase 4.000 páginas de ciência que expunham as implicações da inação. Nomeadamente, que só é possível manter o aquecimento abaixo dos dois graus através de “reduções profundas nas emissões de CO2 e outros gases com efeito de estufa nas próximas décadas. O Acordo de Paris de 2015 foi agora ratificado por 191 países, sendo a Turquia, o Irão e o Iraque os únicos grandes emissores ainda por assinar”.

“Segundo este acordo, cada país deve estabelecer as suas próprias metas de redução de emissões, conhecidas como Contribuições Determinadas a Nível Nacional (CND). Atualmente, a soma destas CND não é suficiente para cumprir a meta de 1,5 graus de aquecimento, pelo que precisamos urgentemente de ver os países estabelecerem metas mais ambiciosas para a redução de emissões.”

“O objetivo global do Reino Unido para a conferência é ‘manter vivos 1,5 graus’ e como primeiro-ministro da nação anfitriã, Boris Johnson apelou à ação sobre carvão, carros, dinheiro e árvores:

  • Carvão: eliminação progressiva do carvão até 2030 (países desenvolvidos) e 2040 (países em desenvolvimento)
  • Carros: Abandonar carros com motores de combustível fóssil
  • Dinheiro: Para as nações mais ricas, reassegurar o compromisso de 100 mil milhões de dólares para ajudar as nações mais pobres na sua transição
  • Árvores: Comprometer-se a proteger e restaurar a natureza e plantar mais árvores do que aquelas que estamos a perder

“Uma conferência bem-sucedida assistiria tanto a compromissos significativos como à colaboração internacional. Uma forma poderosa de incentivar as empresas a descarbonizarem seria um preço de carbono acordado. Isto cobraria aos emissores com base na quantidade libertada para a atmosfera, alcançando o objetivo de colocar o custo novamente na fonte.

“Muitos países já têm alguma forma de fixação do preço do carbono, mas para sermos eficazes precisaríamos de uma adoção universal. Poderá a COP26 ser a oportunidade para tal? Embora seja um grande ponto positivo na luta contra as alterações climáticas, as implicações para os mercados de investimento poderiam ser significativas. O nosso modelo de Valor de Carbono em Risco aplica um preço de carbono de 100 dólares por tonelada métrica (o nível sugerido pelo UN Global Compact em 2016) e encontra 14% dos ganhos do MSCI World’s em risco”.

Como é que a dinâmica China/EUA irá afetar as negociações?

Simon Webber, Lead Portfolio Manager, que investiu nas tendências das alterações climáticas nos últimos 15 anos comenta:

“Algumas conferências podem ser uma formalidade, mas a COP26 é indiscutivelmente a conferência climática mais importante de uma década e há uma série de importantes fatores desconhecidos pela frente, sendo o eixo China/EUA o mais importante.

“Estamos todos conscientes da fricção comercial entre as duas nações, e de certa forma a administração Biden tem sido mais dura com a China do que a administração Trump foi. Podemos ver que essa batalha tecnológica comercial ainda está em curso, mas ainda há muitas negociações sobre as alterações climáticas que têm vindo a acontecer nos bastidores.

“O clima é uma questão em que ambos os países parecem querer cooperar. A questão é se a relação é suficientemente boa para ter um conjunto de anúncios de apoio sobre alterações climáticas na COP26.

“Precisamos de ver detalhes reais sobre a posição política da China, dado que no ano passado se comprometeram a atingir o zero líquido até 2060.

“Mas a posição dos EUA também precisa de ser firmada e apoiada por políticas detalhadas para implementar a mudança. Nas próximas semanas precisamos de ver compromissos reais e legislação que possa passar no Congresso para dar credibilidade aos planos dos EUA para descarbonizar. Isso será um catalisador fundamental para o investimento na mudança climática.

“Para além dos benefícios a longo prazo da prevenção de alterações climáticas perigosas, a preocupação pública aumentou consideravelmente em ambos os países, criando um incentivo político mais forte para que ambos trabalhem em conjunto na ação climática.”

“Um dos motores das recentes mudanças regulamentares da China é que as pessoas estão descontentes com a poluição e a desigualdade. A China tornou-se, recentemente, muito mais dura com uma série de indústrias poluidoras e há sinais claros de que a poluição ambiental e as normas estão a ser priorizadas de uma forma que não eram há três ou cinco anos.”

“Há um alinhamento de interesses entre a China e a administração Biden sobre este assunto. A questão é se as questões comerciais se interpõem ou não no seu caminho”.

Qual é a prioridade imediata?

Saida Eggerstedt, Head of Sustainable Credit, European and Sustainable Credit e especialista em investimento em neutralidadde carbono comenta:

“Gostaria de compromissos muito mais acionáveis por parte de todos os governos no sentido da neutralidade carbónica. É absolutamente bem-vindo que muitos países tenham autoestabelecido metas para atingirem o zero líquido. Mas para cumprir o caminho baseado na ciência de limitar o aumento global da temperatura, é necessário agir a curto e médio prazo. A divulgação e a governação sobre como os países irão atingir a neutralidade carbónica, e incluir o setor privado para se comprometerem, são fundamentais.

“Além disso, gostaria também de ver a atribuição de recursos financeiros e ajuda técnica aos países em desenvolvimento e zonas em perigo, imediata e urgentemente.

“Seria ótimo se a conferência abordasse a questão da divulgação de informações relacionadas com o clima por parte das empresas, com mais progressos no sentido de orientações. A partilha de tecnologias de captura e reciclagem de gases com efeito de estufa também precisa de ser priorizada”.

Qual será o impacto nos mercados emergentes?

Jonathan Fletcher, Emerging Markets Fund Manager and Head of EM Sustainability Research comenta:

“Estou realmente otimista em relação à COP26, e à oportunidade que isto traz de enfrentar os desafios climáticos do mundo. Como investidor em mercados emergentes, estou demasiado consciente do impacto das alterações climáticas.

Das dez principais cidades mais vulneráveis às alterações climáticas, nove encontram-se em países de mercados emergentes. A qualidade do ar é uma preocupação em muitos países emergentes. Das 50 principais cidades classificadas por maior poluição atmosférica, 45 estão no EM. A necessidade de ação coordenada, e de apoio financeiro para ajudar estes países, é absolutamente fundamental.

“Muitas das empresas em que investimos nos mercados emergentes são facilitadoras de um impacto ambiental positivo. É um dos cinco temas-chave do nosso processo de investimento. E embora os investidores, juntamente com as empresas públicas em que investem, possam ter um papel crítico, a coordenação com o governo, bem como a coordenação entre governos, é também essencial”.

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Portugal tem cerca de três meses para evitar ser último da UE no 5G

Ainda é possível que Portugal seja o último da UE a lançar o 5G, mas agora é mais improvável. A Lituânia anunciou esta semana um primeiro leilão de frequências, mas não avança antes do fim de janeiro.

Portugal ganhou um pouco de tempo na liga dos últimos do 5G europeu. A Lituânia anunciou na segunda-feira o seu primeiro leilão de frequências 5G, mas a venda não deverá arrancar antes do final de janeiro do próximo ano. Deste modo, o setor português ganha mais cerca de três meses para evitar ser o último da União Europeia (UE) a ter ofertas comerciais de quinta geração.

Os desenvolvimentos do 5G na Lituânia ganharam relevância em Portugal depois de o ECO ter noticiado em junho que os dois países são os únicos que ainda não têm 5G em toda a União Europeia. A informação acabou por ser confirmada em julho pelo Observatório Europeu do 5G, um organismo da esfera da Comissão Europeia.

Ora, como era esperado, na segunda-feira, a Autoridade Reguladora das Comunicações da Lituânia (RRT) anunciou o lançamento de um leilão de frequências 5G na faixa dos 700 MHz: “Usando estas frequências, uma nova geração de redes móveis de comunicação 5G será instalada no território da República da Lituânia e serviços de comunicações eletrónicas 5G serão fornecidos”, indicou a RRT.

Trata-se de um desenvolvimento de grande relevância, na medida em que, até ao momento, não se conheciam passos concretos da Lituânia no caminho em direção ao 5G. Mas se em Portugal se temia que o país pudesse ser o último a ter 5G na UE, o calendário do leilão lituano deixa implícito que aquele país não terá ofertas comerciais de quinta geração até ao fim deste ano: a RRT aceita candidaturas de entidades interessadas em comprar espetro até 25 de janeiro de 2022 e toma uma decisão “o mais tardar” até 8 de fevereiro.

Ou seja, Portugal ainda tem uma chance real de não ser o último Estado-membro da UE a ter 5G. Mas, para isso, o leilão de frequências da Anacom teria de acelerar e acabar de vez com a maior brevidade possível, o que não é certo que aconteça, na medida em que a fase principal que está em curso arrancou em janeiro e atingiu na terça-feira 200 dias de licitações por parte das operadoras.

O leilão português é muito mais abrangente do que o leilão lituano na quantidade e faixas do espetro disponibilizadas ao mercado. Além disso, uma série de outros países só têm 5G comercial porque alguma operadora decidiu lançar rede móvel de quinta geração em frequências de quarta geração, o que condiciona o desempenho da tecnologia, ou porque foi decidido dar licenças temporárias às operadoras, como aconteceu na Bélgica.

No caso da Lituânia, o país enfrenta dificuldades por causa de interferências na zona da fronteira, uma vez que a Rússia recorre a frequências na faixa dos 3,5 GHz — harmonizada na UE para o 5G — para fins militares. “Negociações difíceis com os países vizinhos, preparação responsável do espetro, como a libertação de parte das frequências de televisão, auscultação do mercado e expectativas dos consumidores — todos estes processos foram elementos essenciais para prepararmos apropriadamente este leilão”, comentou o diretor do regulador lituano, Feliksas Dobrovolskis.

O país vai vender em leilão três blocos de frequências, um de 2×10 MHz e dois de 2 x 5 MHz nas faixas 713-733 MHz e 768-788 MHz. O primeiro tem um preço de reserva de cinco milhões de euros e os segundos têm um custo inicial de três milhões cada. As licenças serão válidas por duas décadas e estão previstas obrigações de cobertura.

Para comparação, Portugal leiloou três lotes na faixa dos 1.800 MHz e um lote na faixa dos 900 MHz na primeira fase do leilão, exclusiva para novos entrantes — o espetro começou por valer 42 milhões, mas as licitações fizeram o encaixe alcançar os 84 milhões de euros. A fase principal, que decorre atualmente, caminha a passos largos em direção aos 500 milhões de euros e inclui lotes na faixa dos 700 MHz, 900 MHz, 2,1 GHz, 2,6 GHz e 3,6 GHz.

Assim como em Portugal, o setor das telecomunicações da Lituânia está pronto a ligar o 5G para os consumidores assim que as operadoras tenham as licenças nas mãos.

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Galp tira energia ao PSI-20 com alívio nos preços do petróleo

Lisboa segue a caminho da terceira sessão consecutiva de perdas, em linha com a tendência europeia. Setor energético pressiona índice.

A bolsa de Lisboa está a perder valor, com a maioria das cotadas no vermelho, acompanhando a tendência negativa das congéneres europeias. Em destaque estão as cotadas do setor da energia, que contribuem para uma descida mais acentuada do índice português.

Neste contexto, o PSI-20 perde 0,21%, para 5.704,27 pontos, caminhando para a terceira sessão consecutiva de perdas. Das 18 cotadas nacionais, apenas quatro estão a subir, enquanto quatro estão inalteradas. As restantes estão a cair.

A contribuir para este desempenho negativo do índice de referência nacional estão as ações da Galp Energia, que recuam 1,26%, para 9,236 euros, no dia em que o preço do barril de petróleo desvaloriza nos mercados internacionais, embora continue em máximos de 2018.

Ainda no setor energético, destaque para a EDP Renováveis, que recua 0,25%, para 23,62 euros, enquanto a EDP cai 0,04%, para 4,84 euros. Por sua vez, a REN perde 0,19%, para 2,625 euros.

Nas restantes cotadas, a Altri recua 0,89%, para 5,585 euros, acompanhada pela Sonae, que desce 0,48%, para 0,9315 euros.

No lado oposto, a travar uma descida mais acentuada do PSI-20 estão os títulos do BCP, que sobem 0,13%, para 0,1569 euros, acompanhados pela Jerónimo Martins, que avança 0,05%, para 19,34 euros, no dia em que apresenta resultados trimestrais. Destaque ainda para a GreenVolt, que ganha 0,71%, para 7,08 euros.

Lisboa acompanha deste modo a tendência de perdas do resto da Europa, no dia em que o índice de referência europeu, Stoxx 600, recua 0,09%, para 475,32 pontos. O mesmo sentimento observa-se nos índices espanhol e italiano, que desvalorizam 0,36% e 0,18%, respetivamente.

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Lucro do Santander cai 32% até setembro, para 172,2 milhões de euros

Banco viu o resultado líquido cair quase um terço nos primeiros nove meses do ano, com a margem financeira a continuar a descer, condicionada pelas taxas de juro.

O lucro do Santander Portugal recuou 32% entre janeiro e setembro, em termos homólogos, para 172,2 milhões de euros, um período que foi marcado pela contínua redução das margens financeiras, devido às baixas taxas de juro. As receitas recorrentes de natureza comercial continuaram afetadas por um “contexto adverso, fruto da conjuntura económica incerta decorrente da pandemia”, informou a instituição esta quarta-feira.

No mesmo período, o total de crédito concedido a clientes situou-se em 43,5 mil milhões de euros, um aumento de 2,2% face ao ano passado, destacando-se o crescimento do crédito à habitação, em 5,9%. As quotas de mercado de novos empréstimos de crédito a empresas e habitação (valores acumulados a agosto) situaram-se em 22,1% e 21,3%, respetivamente.

No que toca a linhas com garantia do Estado, foram apoiados mais de 15 mil clientes, num montante global de 1,8 mil milhões de euros. Os recursos de clientes ascenderam a 46,2 mil milhões de euros, um aumento de 6,7% “determinado pelo aumento de 4,5% em depósitos e de 18,3% em recursos fora de balanço”, refere o Santander.

O número de clientes digitais aumentou 8,6%, representando 58% do total de clientes de banco principal. “Os nossos clientes digitais são quase um milhão e têm contribuído todos os dias para que as vendas em canais digitais, feitas com toda a segurança, superem os 60% do total”, diz Pedro Castro e Almeida, presidente executivo do Santander Portugal, citado em comunicado.

O rácio de eficiência foi de 41,1% (3,4 pontos percentuais abaixo do valor alcançado em setembro de 2020), enquanto o rácio CET1 (fully implemented) foi de 23,9%, registando um acréscimo de 3,5 pontos percentuais em relação a setembro do ano passado.

A instituição destaca que, entre janeiro e setembro, participou em duas emissões — de 750 milhões de euros e de 1.250 milhões de euros — de dívida híbrida verde da EDP e também na emissão de 300 milhões de euros de green bonds da REN.

Pedro Castro e Almeida nota que, “apesar do ano desafiante” que está a ser 2021, a evolução destes indicadores do banco traz otimismo em relação ao futuro e “reflete a confiança” dos clientes. “2022 está à porta. O Santander está preparado para um novo ano — e para um novo ciclo. O banco é hoje uma instituição mais forte, melhor estruturada e dotada dos meios necessários para continuar a ser o parceiro das famílias e das empresas portuguesas.

(Notícia atualizada às 8h52 com mais informação)

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“Ronaldo” de Viseu oferece 10 milhões pela Dielmar

  • ECO
  • 27 Outubro 2021

Empresário propôs a transferência, sem contrapartidas, de dois milhões para massa insolvente, para pagar salários de outubro, e mais oito milhões no dia seguinte. Reunião de credores acabou adiada.

Cláudio Monteiro, empresário de Viseu, apresentou uma proposta de dez milhões de euros para ficar com a insolvente Dielmar. A proposta do empresário é 25 vezes superior à proposta do proprietário da Outfit21, empresa de Leiria, avança o Jornal de Notícias (ligação indisponível).

“Entrou ali um Ronaldo.” Foi desta forma que a dirigente sindical Anabela Leitão avançou a informação às dezenas de trabalhadores da Dielmar que aguardavam em frente ao Tribunal do Fundão por novidades sobre o futuro da empresa de vestuário, conta o JN, que explica que a oferta foi recebida por alguns com alguma desconfiança.

A versão final da proposta de Cláudio Nunes foi entregue às duas da manhã de terça-feira ao administrador de insolvência, João Maurício Gonçalves, horas antes da assembleia de credores. O empresário de Viseu propôs a transferir no dia seguinte, sem contrapartidas, dois milhões de euros para a massa insolvente, dinheiro destinado a pagar salários de outubro, e mais oito milhões no dia seguinte. Face a esta oferta, a assembleia de credores voltou a ser suspensa até dia 10 de novembro, como avançou o ECO.

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