Lightsource bp garante financiamento de 1,5 mil milhões para ter 25 GW de solar até 2025

Além desta carteira de projetos em fase de desenvolvimento, a Lightsource bp vai também desenvolver um portefólio de 9 GW exclusivamente para a bp.

A Lightsource bp anunciou esta segunda-feira que assegurou um novo pacote de financiamento de 1,5 mil milhões de euros que irá permitir o desenvolvimento de 25 GW de energia solar em 15 países na Europa, Médio Oriente e África, Américas e Ásia e Pacífico. Destes, 1,5 GW serão desenvolvidos em Portugal. Desde que foi fundada em 2010, a Lightsource bp já desenvolveu 3,8 GW de projetos solares.

O financiamento foi garantido por dez das principais instituições financeiras do mundo: BNP, SocGen, Santander, Natwest, Lloyds, Mitsubishi UFJ Financial Group, Sumitomo Mitsui Banking Corporation, Canadian Imperial Bank of Commerce, Toronto Dominion e Wells Fargo.

Além desta carteira de projetos em fase de desenvolvimento, a Lightsource bp vai também desenvolver um portefólio de 9 GW exclusivamente para a bp.

De acordo com Nick Boyle, CEO da Lightsource bp “o setor das energias renováveis está a deixar de pensar em gigawatts e a começar a pensar em terawatts. Os investimentos são de milhares de milhões e não apenas de milhões. E as grandes empresas como a Amazon, a McDonald’s e eBay estão a aderir à energia limpa. Esta tendência prova que as energias renováveis começam a ocupar uma posição dominante e a energia solar está a desempenhar um papel de relevo no combate à crise climática”.

“Para cumprirmos os compromissos do Acordo de Paris não basta fazermos o que sempre fizemos. O nosso objetivo de 25 GW até 2025 e o pacote financeiro que assegurámos, que não têm paralelo no setor, são a prova de que a Lightsource bp há muito que deixou o passado para trás”, frisou o responsável pela parceria criada em dezembro de 2017 da união da Lightsource e da bp.

Em 2021, a empresa aumentou a sua presença em muitos dos principais mercados europeus, incluindo Espanha, Itália e Portugal, tendo também anunciado a entrada na Grécia ao mesmo tempo que anunciou uma vitória no leilão de energia grego. Nos EUA conta com um portefólio de quase 10 GW, incluindo mais de 1,9 GW em fase de implantação ou construção só nos últimos 18 meses.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nas notícias lá fora: refugiados, legislativas russas e Honda

  • ECO
  • 20 Setembro 2021

Um ano após Moria, deflagrou um incêndio num campo de refugiados na ilha grega de Samos. Na Rússia, o partido no poder no Kremlin terá vencido as legislativas, mas tem maioria por apurar.

A unidade norte-americana da Honda planeia vender, nos primeiros anos, 70.000 veículos elétricos nos EUA a partir de 2024. Ainda nos EUA, empresas como a American Airlines e a Microsoft juntam-se aos esforços de Bill Gates no investimento em energia sustentável. Em Espanha, 86% dos CEO quer ampliar a mão-de-obra das suas empresas nos próximos três anos. E, cerca de um ano após dois incêndios destruírem o maior campo de refugiados da Europa, um incêndio deflagrou num campo de refugiados na ilha grega de Samos, entretanto já controlado. Na Rússia, houve eleições legislativas, que dão nova vitória ao partido no poder, mas cuja maioria permanece por apurar.

Expansión

86% dos CEO em Espanha planeiam aumentar mão-de-obra até 2024

O relatório CEO Outlook 2021, publicado este fim de semana pela consultora KPMG, revelou que 86% dos CEO de empresas espanholas planeiam expandir a sua força de trabalho nos próximos três anos, assim que esteja superado o pior da pandemia de Covid-19. O documento indica ainda que a confiança dos gestores na recuperação duplicou face a 2020, um aumento impulsionado pela digitalização e o teletrabalho.

Leia a notícia completa no Expansión (acesso condicionado, conteúdo em espanhol)

France 24

Campo de refugiados na ilha grega de Samos atingido por incêndio

Um incêndio de grandes proporções deflagrou domingo à tarde no campo de refugiados de Vathy, na ilha grega de Samos, mas foi controlado ao início da noite. “Não há perigo para aqueles que ainda lá se encontram, porque o fogo começou nuns barracões abandonados na parte ocidental do campo”, revelou o Ministério das Migrações da Grécia, em comunicado. Pouco antes, o presidente da câmara de Samos, Girgos Stantzos, indicara que o campo, que deverá ser desmantelado no fim do mês, tinha sido totalmente evacuado dos seus ocupantes, encontrando-se muitos migrantes concentrados num parque de estacionamento nas suas imediações. O campo chegou a albergar quase 7.000 requerentes de asilo entre 2015 e 2016, quando a sua capacidade inicial era de 680 pessoas.

Leia a notícia completa na France 24 (acesso livre, conteúdo em inglês)

Reuters

Rússia Unida anuncia vitória nas legislativas, com maioria ainda por apurar

O partido do Kremlin, Rússia Unida, reivindicou a vitória nas eleições legislativas russas de domingo, mas a sua maioria constitucional na Duma, a câmara baixa do parlamento, está ainda por apurar, após a contagem de 21% dos votos. “Permitam-me que vos felicite por uma clara e limpa vitória”, declarou Andrei Turchak, secretário-geral do partido no poder, na sua sede, em Moscovo, perante vários dos cabeças de lista do partido presidencial, mas com algumas ausências notadas, como as dos ministros da Defesa, Sergei Shoigu, e dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov. Segundo a Comissão Eleitoral Central (CEC), o Rússia Unida somou 43,31% dos votos, quando estão contados 21% dos boletins depositados nas urnas nos últimos três dias, ao passo que os comunistas serão o segundo partido mais votado, com quase 23%.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

American Airlines e Microsoft aderem ao programa de Bill Gates de energia sustentável

Várias empresas norte-americanas, entre as quais a American Airlines, a General Motors e a Microsoft, juntaram-se esta segunda-feira ao programa Breakthrough Energy, fundado pelo bilionário Bill Gates em 2015 e que visa acelerar a inovação em energia sustentável e em outras tecnologias para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Numa declaração, a American Airlines disse ter investido 100 milhões de dólares no programa, que, de início, centrar-se-á em quatro áreas-chave: captura direta de ar, hidrogénio verde, armazenamento de energia de longa duração e combustível sustentável para aviões.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Sunday Times

Honda quer vender 70 mil veículos elétricos por ano nos EUA a partir de 2024

A unidade norte-americana da Honda está a marcar como objetivo a venda anual inicial de 70.000 veículos elétricos desportivos Prologue, um modelo que estará disponível no mercado a partir de 2024. Adicionalmente, a fabricante de automóveis quer acrescentar outros modelos de veículos elétricos, tendo em conta que quer vender um total de 500.000 nos EUA até 2030, de modo a atingir 100% de vendas de veículos com emissões zero nos Estados Unidos até 2040.

Leia a notícia completa no Sunday Times (acesso livre, conteúdo em inglês)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fisco aplica multas por atraso na entrega do IRS antes do prazo legal

  • ECO
  • 20 Setembro 2021

O Fisco atrasou-se a disponibilizar os formulários de entrega do IRS, o que significa que o prazo para entregar a declaração se prolonga. Contudo, a AT começou logo a aplicar multas de forma indevida.

Os contribuintes que se atrasaram na entrega da declaração de IRS estão a receber multas por parte da Autoridade Tributária que, segundo a Ordem dos Contabilistas Certificados, não são de acordo com o que está previsto na lei. “Não temos a noção da dimensão do problema, mas será bastante grande, dados os casos que aqui nos chegaram”, diz Paula Franco, bastonária da OCC, ao Jornal de Negócios (acesso pago) esta segunda-feira.

Como o Fisco se atrasou este ano na disponibilização dos formulários necessários para a declaração de rendimentos, a data limite para o cumprimento da obrigação de entregar a declaração de IRS tem de prorrogar-se “pelo mesmo número de dias de atraso”. A aplicação dessa regra, que a AT não está a fazer, levaria o prazo final para 26 de julho, quase um mês após a data original, e determinaria que até aí nenhum contribuinte seria multado. No ano passado houve situações semelhantes e a Ordem chegou a ir para tribunal, mas ainda não há decisões definitivas (apenas há “algumas orientações para anulação” da multa).

A Ordem tem a expectativa de que o Fisco decida anular as multas já enviadas aos contribuintes e que seja possível manter os benefícios fiscais a que tenham direito — a retirada desses benefícios é uma das penalizações previstas na lei. A multa mínima prevista no Regime Geral das Infrações Tributárias é de 30 euros para um atraso de até 30 dias, aumentando progressivamente até a um máximo de 112,5 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Montepio dissolve filial “offshore” em Cabo Verde

O Montepio decidiu dissolver e liquidar a filial que tem em Cabo Verde, a qual era considerada uma "offshore" por ser apenas para clientes não residentes.

Perante a aprovação de uma nova lei que obrigaria todos os bancos a trabalharem também para clientes residentes em Cabo Verde, o Montepio anunciou esta segunda-feira que decidiu fechar a sua filial offshore, que se dedicava apenas a clientes não residentes, no arquipélago. Esta filial deu um prejuízo de 620 mil euros no ano passado.

“Considerando o novo enquadramento legal e a ponderação de todas as opções estratégicas relevantes, o Conselho de Administração do Banco Montepio concluiu pela não promoção das alterações necessárias à adaptação da sua filial como um banco de autorização genérica e, por conseguinte, deliberou aprovar as iniciativas processuais previstas na Lei tendentes à sua dissolução voluntária e liquidação“, anuncia o banco em comunicado enviado esta segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Em 2020, o Governo de Cabo Verde decidiu revogar o regime legal que se aplicava a bancos offshore como o do Montepio que lhes permitia ter serviços apenas para clientes não residentes e estabeleceu um regime transitório para que estes bancos se adaptassem à nova realidade, ou seja, para passarem a oferecer serviços também aos clientes residentes.

Apesar de não estar interessado nessa transformação, o Banco Montepio garante que “tem em curso a promoção de formas alternativas de cooperação com as Instituições apropriadas da República de Cabo Verde, com vista a manter e reforçar a sua contribuição para o desenvolvimento sustentado do país”.

O banco é o único acionista do Banco Montepio Geral – Cabo Verde, cuja conclusão do processo de dissolução está prevista para o dia 30 de novembro. No final de 2020, o banco tinha um total de ativos de 116,52 milhões de euros, menos 20,7% face a 2019. O banco registou prejuízos entre 2016 e 2020, exceto em 2019 em que conseguiu um lucro de 146 mil euros. Em 2015 tinha lucrado 1,2 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo tem 200 milhões para mexer no IRS

  • ECO
  • 20 Setembro 2021

Efeitos das mexidas no IRS podem ser divididos por 2022 e 2023. Ainda não é certo até que ponto as tabelas de retenção na fonte vão refletir a baixa de imposto decorrente das alterações de escalões.

São 200 milhões de euros que o Executivo está a prever reservar no Orçamento do Estado para 2022 para a descida do IRS, avança esta segunda-feira o Jornal de Negócios (acesso pago).

A mexida nos terceiros e sexto escalões de rendimento ainda está a ser calibrada, mas a ideia é que não implique um aumento da carga fiscal, tal como o ministro das Finanças já revelou. Embora os cálculos do impacto orçamental apontem para 200 milhões, os seus efeitos podem ser divididos por 2022 e 2023, isto porque ainda não é certo até que ponto as tabelas de retenção na fonte vão refletir a baixa de imposto decorrente das alterações de escalões. E se grande parte do efeito for repassado para 2023, ano de eleições legislativas, o Governo admite mesmo que a medida possa custar um pouco mais de 200 milhões.

Por definir está também em que ponto dos escalões será feito o desdobramento. Se no sexto escalão, que hoje abrange os rendimentos entre 36 mil e 80 mil euros aos quais é aplicada uma taxa de 45%, tudo aponta para que a divisão seja feita a meio, nos rendimentos anuais de 60 mil euros. No terceiro escalão, em cima da mesa está a possibilidade de fazer o corte de modo a concentrar dois terços dos contribuintes no patamar inferior o que faria o novo escalão começar nos 17 mil euros de rendimentos anuais, como avançou o Correio da Manhã. Mas a opção pode ser a inversa e concentrar antes um terço dos contribuintes do atual terceiro no extremo inferior e dois terços no superior. Este escalão abrange os rendimentos entre dez e vinte mil euros que são tributados a 28,5%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Greenvolt cai 5,3% na estreia no PSI-20. É a maior queda desde que é cotada

No dia de estreia da Greenvolt no PSI-20, as ações da empresa estão a cair mais de 5% e o índice cede mais de 1%, seguindo as perdas que se registam nas principais praças europeias.

A Greenvolt GVOLT 0,00% estreou-se no PSI-20 com o pé esquerdo. As ações da cotada estiveram a cair cerca de 3% nas primeiras horas desta sessão, mas as perdas intensificaram-se e neste momento os títulos desvalorizam 5,3% para os 5,91 euros, o que é a maior queda da Greenvolt desde que entrou na bolsa lisboeta caso feche neste patamar.

O PSI-20 segue a perder 1,59% para os 5.214,04 pontos, seguindo as perdas que se registam nas principais praças europeias. Além da Greenvolt, que é a cotada que mais desvaloriza nesta sessão, também o BCP contribui para a queda do PSI-20 ao ceder 3,63% para os 12,47 cêntimos. Com a entrada da GreenVolt, o PSI-20 passará a ser composto por 19 membros.

Esta segunda-feira é o dia em que a Greenvolt, a empresa de energias renováveis da Altri, passa a integrar o índice de referência nacional, o PSI-20. A empresa liderada por Manso Neto foi promovida ao PSI-20, o principal índice português, menos de dois meses depois da estreia em bolsa, com um valor de mercado de 713 milhões de euros. A Greenvolt estreou-se na bolsa de Lisboa, no PSI Geral, através de uma colocação privada dos títulos em julho, em vez de optar pela comum oferta pública de venda (OPV).

Esta queda em bolsa da Greenvolt acontece após uma subida de 2,6% na passada sexta-feira quando ainda estava no PSI Geral. Além disso, a cotada continua significativamente acima dos 4,8 euros da primeira sessão em bolsa em julho.

Nesta sessão, destaque também para a Galp Energia cujos títulos cedem 1,74% para os 8,12 euros. Este domingo, em campanha em Matosinhos, o primeiro-ministro disse que é preciso “dar uma lição” à petrolífera: “Era difícil imaginar tanto disparate, tanta asneira, tanta insensibilidade, tanta irresponsabilidade, tanta falta de solidariedade como aquela que a Galp deu provas aqui em Matosinhos” com a desativação da refinaria, disse António Costa.

Ainda nas quedas, tanto a Mota-Engil como a Corticeira Amorim desvalorizam mais de 2%. A Ramada, a Sonae, a Navigator, os CTT e a Altri cedem mais de 1%. No seu conjunto, o setor energético, que é o maior do PSI-20, cede 1,79% nesta manhã.

Em Lisboa, a única cotada que valoriza é a Ibersol neste arranque de segunda-feira ao subir 0,71% para os 5,7 euros, contendo as perdas do PSI-20. Todas as restantes cotadas estavam em terreno negativo neste momento.

Esta é a quinta queda consecutiva do PSI-20 num setembro que está a ser particularmente negativo. Este mês o principal índice português apenas conseguiu fechar em terreno positivo em três sessões.

Na Europa, no arranque da sessão, o alemão DAX estava a perder 1,6%, o britânico FTSE cedia 1%, o francês CAC 40 desvalorizava 1,8% e o espanhol IBEX recuava 1,7%. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, estava a cair 0,9%.

(Notícia atualizada às 11h04 com nova atualização das cotações)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Inquilinos defendem mais cinco anos para período de transição de rendas antigas

  • Lusa e ECO
  • 20 Setembro 2021

A Associação dos Inquilinos Lisbonenses propõe que o Orçamento de Estado de 2022 incorpore o prolongamento por mais cinco anos do período transitório para contratos de arrendamento anteriores a 1990.

A Associação dos Inquilinos Lisbonenses (AIL) defende o prolongamento por mais cinco anos do período transitório para contratos de arrendamento anteriores a 1990, sendo esta uma das medidas que quer ver incluída no Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).

A possibilidade de extensão do período transitório do Novo Regime de Arrendamento Urbano (NRAU) dos contratos habitacionais anteriores a 1990 foi avançada no final de agosto pela secretária de Estado da Habitação, Marina Gonçalves, ao Diário de Notícias e ao Jornal de Notícias, defendendo a AIL que tal extensão deverá ser por mais cinco anos.

Recorde-se que este período transitório, criado aquando da entrada em vigor na nova lei das rendas (também chamada de ‘Lei Cristas’), foi inicialmente definido em cinco anos, tendo depois sido aumentado para oito anos e posteriormente para 10 anos.

Entre as medidas que considera que devem integrar o próximo OE, o presidente da AIL, Romão Lavadinho, inclui a redução da taxa do Imposto Municipal sobre os Imóveis (IMI) para “os proprietários que tenham o seu património ao serviço das populações sem qualquer caráter especulativo” ou a criação de um subsídio para famílias, que por terem perdido os seus rendimentos devido à atual crise social e económica causada pela pandemia não consigam pagar a renda.

Em resposta à Lusa, a AIL coloca ainda no leque de medidas que devem constar do OE2022 o reforço da dotação do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e soluções que permitam colocar ao serviço das populações o património público e “o que sendo particular esteja degradado ou desabitado”.

A AIL defende também a revogação da chamada ‘Lei Cristas’ e a apresentação ao parlamento de nova legislação sobre o arrendamento que dê mais estabilidade às famílias, bem como a transferência para as autarquias de “verbas suficientes” para que estas possam responder à carência de habitação da população.

Proprietários pedem fim da “discriminação” fiscal entre contratos de rendas antigos e novos

A Associação Nacional de Proprietários (ANP) considera que o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) deve acabar com a diferença de tratamento fiscal no IRS entre senhorios com rendas antigas e senhorios com contratos de arrendamento de longa duração.

Na base da reivindicação da ANP está, segundo refere a direção desta associação em resposta à Lusa, a “discriminação fiscal” de que é alvo um contrato de arrendamento habitacional anterior a 1990 e sujeito a uma taxa autónoma de IRS de 28% sobre as rendas recebidas, e um contrato recente, de duração superior a 20 anos, que paga 10% de imposto.

Dando como exemplo uma renda de 500 euros mensais (6.000 euros anuais), a ANP sublinha que no arrendamento anterior a 1990, “com mais de 30 anos, vinculístico (perpétuo)”, o proprietário “em sede de IRS, está sujeito a uma tributação autónoma de 28% desse valor, ou seja, 1.680 euros”, enquanto um contrato mais recente, mas celebrado por um período de 20 anos, paga de IRS 600 euros, ou seja três vezes menos.

Neste contexto, a associação presidida por António Frias Marques sugere que no “Orçamento do Estado para 2022 seja equitativamente considerada uma tributação autónoma de 10% também para os contratos que já tenham uma duração superior a 20 anos“.

Em 2019, como forma de dar mais estabilidade aos inquilinos, entrou em vigor legislação que concede aos senhorios taxas de IRS mais baixas (face à taxa de 28%) em função do prazo de duração do contrato.

Para poder beneficiar desta medida fiscal, o senhorio tem de comunicar ao fisco a identificação do contrato de arrendamento em causa, indicando a data de início e respetiva duração, bem como as renovações contratuais subsequentes e respetiva duração.

A medida exige que os senhorios disponham do contrato de arrendamento que fundamenta o direito ao regime e do comprovativo de cumprimento da entrega da declaração Modelo 2 e o respetivo pagamento do Imposto do Selo.

Na inexistência de contrato de arrendamento escrito, será necessário que o senhorio disponha de outro documento que comprove a existência da relação jurídica do arrendamento e, caso haja lugar à cessação do contrato, será necessário estar munido do respetivo comprovativo.

Além da questão fiscal, a ANP defende ainda que o Governo “reavalie” a intenção em protelar o fim do período transitório das rendas.

“Protelar o fim do período transitório e concomitantemente implementar o subsídio de renda a conceder às famílias que não possam arcar com uma renda justa – o equivalente a 6,7% sobre o valor patrimonial tributário do imóvel que usufruem – representa a impossibilidade de reabilitar os edifícios e perpetua uma situação de injustiça social que tem levado à miséria muitas pessoas idosas detentoras de propriedades urbanas”, refere a ANP para quem o Governo deve reavaliar esta intenção.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Rio não se recandidata se autárquicas forem pouco melhores do que 2017

  • ECO
  • 20 Setembro 2021

Rui Rio admite não se recandidatar à liderança do PSD em janeiro do próximo ano caso as eleições autárquicas corram apenas "muito pouquinho melhor" face a 2017.

O líder do PSD vai ponderar após as eleições autárquicas se se recandidata à liderança dos social-democratas. “Não está em causa demitir-me de nada. Está em causa recandidatar-me ou não“, diz Rui Rio em entrevista à Rádio Renascença esta segunda-feira, admitindo que não se recandidata a presidente do PSD se o resultado destas eleições autárquicas “for igual ou pior ou muito pouquinho melhor” do que em 2017. Em causa está saber se o social-democrata se apresenta às eleições diretas em janeiro e ao congresso em fevereiro.

Sobre o Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022), o líder do PSD prevê que o PS vá ceder o que for necessário à esquerda para garantir o apoio no Parlamento. “Estou convencido que, mesmo que o PCP e o BE peçam tudo e mais alguma cosia, vai haver um momento em que o dr. António Costa lhes vai dar para conseguir o equilíbrio. A não ser que, de repente, lhe passe pela cabeça que era preferível para o PS criar uma crise política”, perspetiva Rui Rio.

Questionado sobre potenciais coligações autárquicas entre o PSD e o Chega, o atual líder é direto: “Não é desejável. Se fosse desejável, tinha permitido coligações pré-eleitorais”. “Se o Chega se moderar, o PSD pode conversar; se não se moderar, não há conversa possível. O que tenho assistido é o contrário: em vez de se moderar está cada vez pior“, classifica Rio, que tem sido alvo de ataques por parte de André Ventura, o líder do Chega.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: IRS, explicações e bicicletas

  • ECO
  • 20 Setembro 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Ministério das Finanças está a reservar 200 milhões de euros para aliviar o IRS pago pelos portugueses no Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022). Na política, Rui Rio diz que não se recandidata à liderança do PSD em janeiro do próximo ano se o resultado das autárquicas não for significativamente melhor ao de 2017.

Governo tem 200 milhões para mexer no IRS

São 200 milhões de euros que o Executivo está a prever reservar no Orçamento do Estado para 2022 para a descida do IRS. A mexida nos terceiros e sexto escalões de rendimento ainda está a ser calibrada, mas a ideia é que não implique um aumento da carga fiscal, tal como o ministro das Finanças já revelou. Embora os cálculos do impacto orçamental apontem para 200 milhões, os seus efeitos podem ser divididos por 2022 e 2023, isto porque ainda não é certo até que ponto as tabelas de retenção na fonte vão refletir a baixa de imposto decorrente das alterações de escalões. E se grande parte do efeito for repassado para 2023, ano de eleições legislativas, o Governo admite mesmo que a medida possa custar um pouco mais de 200 milhões.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Fisco aplica multas por atraso na entrega do IRS antes do prazo legal

Os contribuintes que se atrasaram na entrega da declaração de IRS estão a receber multas por parte da Autoridade Tributária que, segundo a Ordem dos Contabilistas Certificados, não são de acordo com o que está previsto na lei. Como o Fisco se atrasou este ano na disponibilização dos formulários necessários para a declaração de rendimentos, a data limite para o cumprimento da obrigação de entregar a declaração de IRS tem de prorrogar-se “pelo mesmo número de dias de atraso”. A aplicação dessa regra, que a AT não está a fazer, levaria o prazo final para 26 de julho, quase um mês após a data original, e determinaria que até aí nenhum contribuinte seria multado.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Rio admite não se recandidatar se resultado das autárquicas “for igual ou pior” face a 2017

Não está em causa demitir-me de nada. Está em causa recandidatar-me ou não“, diz Rui Rio em entrevista à Rádio Renascença esta segunda-feira, admitindo que não se recandidata a presidente do PSD se o resultado destas eleições autárquicas “for igual ou pior ou muito pouquinho melhor” do que em 2017. Em causa está saber se o social-democrata se apresenta às eleições diretas em janeiro e ao congresso em fevereiro. Questionado sobre potenciais coligações autárquicas entre o PSD e o Chega, o atual líder é direto: “Não é desejável. Se fosse desejável, tinha permitido coligações pré-eleitorais“.

Leia a notícia completa na Rádio Renascença (acesso livre)

UE defende pagar às pessoas por andarem a pé ou de bicicleta nas cidades

Matthew Baldwin, diretor adjunto da Direção-Geral da Mobilidade e Transportes da Comissão Europeia (DG MOVE), defende, em entrevista ao Público, que se passe a tratar os “utilizadores vulneráveis” do espaço público como “utilizadores valiosos”, que importa preservar, de forma a diminuir a sinistralidade rodoviária nas cidades europeias. Por outras palavras, o responsável da DG MOVE propõe que se devia estar a pagar às pessoas por andarem a pé ou de bicicleta nas cidades. Além disso, Baldwin afirma que Portugal conseguiu reduzir bastante o número de mortes nas estradas por milhão de habitantes, apesar de se encontrar ainda “ligeiramente acima da média europeia”. Em 2020, a média nacional fixou-se em 52 mortos por milhão.

Leia a entrevista completa no Público (acesso condicionado)

Cerca de 244 mil alunos deverão recorrer a explicações escolares em Portugal

Em Portugal não há estudos concretos e atualizados sobre o peso da indústria das explicações privadas na economia. Porém, um estudo interno da rede Ginásios da Educação Da Vinci — um dos maiores franchisings nacionais do setor, com mais de 40 centros de explicações e também uma plataforma online –, realizado em 2019, indicou que existirão cerca de 12 mil explicadores e aproximadamente mil centros de estudos. Ao mesmo tempo, mostrou que 22% de alunos nacionais recorrem a apoio escolar, 17% dos quais em regime de explicadores particulares e apenas 5% em centros de explicações. Tal traduz-se em 244 mil alunos que usufruem destes serviços, com a larga maioria (70%) a recorrer a explicações particulares, realizadas na casa de explicadores, que não passam recibo.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Altice, NOS e Vodafone regressam ao escritório num modelo híbrido

Centenas de trabalhadores das três principais operadoras estão a regressar ao escritório a partir desta semana. A opção tem sido num modelo que combina idas ao escritório com trabalho remoto.

É já a partir desta segunda-feira que os trabalhadores da Altice Portugal começam a regressar ao escritório num modelo híbrido e, no setor das telecomunicações, a operadora não é a única a tomar essa decisão. A NOS já adotou este modelo e, a partir do dia 27, o regresso à sede na Vodafone será também feito num misto de trabalho presencial e remoto. “A vacinação é uma opção individual de cada pessoa”, garante Luísa Pestana, administradora da Vodafone com o pelouro dos recursos humanos, à Pessoas.

Na dona do Meo esta segunda-feira é o dia 1 do regresso ao escritório depois do fim da obrigatoriedade do teletrabalho. “O regresso aos escritórios na Altice Portugal decorrerá a partir do próximo dia 20 de setembro de modo a garantir que a partir de 1 de outubro todos os colaboradores se encontram em escala de trabalho rotativo e com equipas em espelho, adotando, portanto, um modelo híbrido de trabalho presencial-remoto”, explica fonte oficial da Altice Portugal, à Pessoas.

No regresso, a operadora “continuará a praticar horários flexíveis, permitindo o desfasamento das deslocações ao escritório, sobretudo no que respeita à ocupação dos transportes públicos”, procurando com isso “garantir a segurança de todos os colaboradores”.

Para os dias em que se desempenha funções a partir de casa, de modo a garantir “todas condições técnicas para o exercício de trabalho remoto”, operadora “mantém um desconto significativo para colaboradores nos pacotes de telecomunicações e assegura a disponibilização das ferramentas necessárias para o desempenho das suas funções em regime de teletrabalho, como computadores, telemóveis, serviços com acesso à Internet e acesso à VPN corporativa”.

NOS: não há lugares marcados, agora é hot desking

Desde o passado dia 6 que os colaboradores da NOS regressaram aos escritórios, espaços que a empresa encara como “laboratórios vivos de inovação e cocriação, onde se desenvolvem relações de proximidade que são essenciais para o equilíbrio individual de cada um”. Por isso, na operadora liderada por Miguel Almeida a solução adotada passa por um modelo “que se adapta à atual fase da pandemia, mas que é flexível para poder evoluir”.

Na prática, o modelo “conjuga dois dias de trabalho presencial semanal com trabalho remoto, de forma rotativa”, explica fonte oficial NOS à Pessoas. “As pessoas estão organizadas em diferentes grupos de trabalho, distribuídos ao longo dos diferentes dias da semana, o que permite controlar a lotação dos edifícios, manter a distância de segurança recomendada e, ao mesmo tempo, promover a interação e o trabalho em equipa”, descreve.

Neste regresso, não há lugares fixos atribuídos aos colaboradores, sendo os postos de trabalho usados em regime de hot desking. “As garagens estarão abertas a todos os colaboradores até à sua capacidade máxima, mantendo-se a flexibilidade nos horários de entrada e saída para evitar a concentração de pessoas nos transportes públicos e no acesso aos edifícios”, adiantam.

O reforço da limpeza nos edifícios, bem como alterações no sistema de ventilação são medidas que se mantêm nesta nova fase.

Vodafone: ida ao escritório com marcação

“Depois de quase um ano e meio em teletrabalho, a quase totalidade dos colaboradores Vodafone que permanecia a trabalhar a partir de casa vai regressar ao escritório já a partir do próximo dia 27 num modelo híbrido, ou seja dividido entre trabalho remoto (60%) e trabalho presencial (40%)“, adianta Luísa Pestana, administradora com o pelouro dos recursos humanos da operadora.

Garantir um “bom equilíbrio entre a presença no escritório e o teletrabalho”, de forma a “garantir uma maior flexibilidade face às mudanças que se verificaram na sociedade desde o início desta pandemia” foi o objetivo da companhia no desenho deste novo modelo de trabalho. Por isso, “não há dias fixos no escritório, dando-se a liberdade aos colaboradores para que possam escolher, semana a semana, em que dias querem ficar a trabalhar de casa ou preferem o trabalho presencial.”

Para quem fica em casa, desde o início da pandemia, a Vodafone colocou à disposição de todos os colaboradores a “possibilidade de levarem para casa material de escritório como monitores e cadeiras de escritório, situação que se manterá mesmo com o regresso ao escritório”, explica Luís Pestana.

As idas ao escritório visam “promover a ligação entre as pessoas” e o desempenho de “atividades colaborativas e criativas em equipa”, precisa a responsável de RH. E está sujeita a marcação prévia. “A presença no escritório será alvo de um registo prévio numa plataforma digital interna por parte de cada colaborador, de forma a garantir que a taxa de ocupação dos espaços de trabalho não ultrapassa os 50%”, explica.

O próprio escritório evoluiu na sua configuração. Se ainda antes da pandemia a companhia já tinha “avançado com mudanças profundas no conceito de espaço de trabalho” — de gabinetes para postos de trabalho individuais em espaços amplos e abertos, em linha com o modelo hot desking — as restrições impostas pela crise sanitária levaram a que os espaços amplos e abertos de postos de trabalho individuais fossem transformados em zonas de trabalho colaborativo.

“A Vodafone tem em curso um programa de adaptação dos atuais espaços de escritório, com a criação, alteração ou ampliação de espaços específicos para: colaboração (espaços sem monitores individuais, com sistema de projeção coletiva e quadros de escrita), concentração (postos de trabalho tradicionais com um monitor) e reuniões”, refere Luís Pestana.

Máscaras obrigatórias, mas vacina é “opção individual de cada um”

O uso de máscara no escritório “é obrigatório” sempre que o colaborador abandonar o posto de trabalho individual, em deslocações dentro do edifício ou em reuniões com outros colegas, mas no que toca à vacinação a Vodafone considera que essa é uma decisão pessoal do colaborador, não impondo a vacinação como obrigatória. Nos Estados Unidos, por exemplo, inúmeras empresas têm no regresso ao trabalho presencial exigido a vacinação dos colaboradores. Em Portugal, o facto da vacina não ser de toma obrigatória, impede as empresas de exigir certificado de vacinação.

“A vacinação é uma opção individual de cada pessoa”, diz Luísa Pestana. “A relação que a Vodafone tem com cada um dos seus colaboradores é uma relação de confiança e a empresa acredita no sentido de responsabilidade de cada colaborador, nomeadamente no cumprimento das regras que previnem esta pandemia, como a higienização permanente das mãos, o distanciamento físico e o uso de máscara em reuniões e nas deslocações dentro do edifício, garantindo-se assim um espaço de trabalho seguro”, diz a administradora de RH.

E o mesmo ocorre na Altice. “Em conformidade com a legislação e recomendações oficiais, a Altice Portugal não exige qualquer certificado de vacinação aos seus colaboradores, fornecedores, clientes ou visitantes que se desloquem às suas instalações“.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Chegou a era das mega centrais solares. Solara4 já tem o OK final para injetar energia na rede

  • Capital Verde
  • 20 Setembro 2021

A exploração da maior central solar do país vai evitar anualmente a emissão de 177 mil toneladas de CO2 e permitirá abastecer de eletricidade o equivalente ao consumo de 200.000 casas.

A ligação à rede elétrica nacional chegou a estar prevista para o segundo trimestre de 2019, mas só agora, mais de dois anos depois, “a maior central fotovoltaica em território nacional” recebeu finalmente a sua licença de exploração.

O anúncio foi feito pela própria Direção Geral de Energia e Geologia, no seu site: Foi emitida no dia 15 de setembro, a licença de exploração para a Central Fotovoltaica de Alcoutim que passa a ser a maior central fotovoltaica do país e a maior central da Europa não subsidiada”, pode ler-se. Além do sim da DGEG, a central tinha já uma Avaliação de Impacto Ambiental favorável, da APA.

“Este tipo de infraestruturas é essencial para Portugal alcançar a promoção da descarbonização do setor energético e contribui para as metas de energias renováveis previstas alcançar no PNEC 2030, representando mais de 1,3% desse esforço no que se refere à nova capacidade renovável do setor eletroprodutor”, pode ler-se no comunicado da DGEG.

Recentemente, o secretário de estado da Energia, João Galamba, admitiu que existe um “subdesenvolvimento do solar fotovoltaico em Portugal. Apesar de ser o país com um dos maiores potenciais, a atual capacidade instalada solar é bastante baixa em termos percentuais no mix energético em Portugal (7,1% em agosto) quando comparado com os restantes países europeus”, disse o governante.

A exploração desta nova mega central solar vai evitar anualmente a emissão de 177 mil toneladas de CO2 e permitirá abastecer de eletricidade o equivalente ao consumo de 200.000 casas. Toda a energia ali produzida será comprada durante 20 anos pela espanhola Audax, na sequência de um contrato de longo prazo (PPA) assinado em 2019

De seu nome Solara4, o projeto foi anunciado com pompa e circunstância em março de 2017, numa cerimónia de lançamento da primeira pedra na freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, distrito de Faro. Além do então ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e do ex-secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, o evento de apresentação do projeto contou também com a presença dos responsáveis máximos das entidades promotoras internacionais, Barry O’Neill, da WELink, e Peng Shou, da China Triumph International Engineering.

Falava-se então de um investimento global de 200 milhões de euros. O projeto foi depois comprado pela Allianz Capital Partners, em representação da seguradora Allianz, também dona da central Ourika.

Hoje, quatro anos depois, a central Solara4 vai finalmente entrar em produção e começar a injetar energia elétrica na rede. Destrona assim a central fotovoltaica Ourika, situada em Ourique (Beja) e inaugurada em 2018, com 46 MW, que era até agora a maior do país. Antes desta, o título coube durante bastante tempo à central da Amareleja, a funcionar desde 2008, com 45 MW de potência instalada.

Em todo o país, incluindo regiões autónomas, o projeto e2p – Energias Endógenas de Portugal, uma parceria entre a APREN e o INEGI para o desenvolvimento de uma base de dados online com todos os centros eletroprodutores com base em fontes renováveis, dá conta da existência de 91 centrais fotovoltaicas com potência igual ou superior a 1 MW.

O salto agora é de gigante, dos 46 MW da Ourika, para os 219 MW da Solara4. Chegou assim a era das mega centrais solares a Portugal, com capacidades já na ordem das centenas de MW. Nas próximas a inaugurar, resultantes dos leilões de energia solar de 2019 e 2020, a próxima meta a superar poderá ser já de 1 GW. É esperado que até 2030 Portugal chegue a 8 GW de capacidade solar fotovoltaica.

Para já, a maior do país é mesmo a Central Fotovoltaica de Alcoutim, que ocupa uma área descontínua de 320 hectares, com mais de 660 mil painéis instalados, cada um deles com uma potência de cerca de 340 W, num total de 219 MW instalados e uma potência de injeção na rede limitada a 200 MVA, informa a DGEG.

Ligada à rede elétrica através de uma linha de serviço particular de 400 kV que liga a central à subestação de Tavira, a Solara4 tem 40 postos de transformação e 125 inversores com uma potência disponível de 1.600 kVA.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Termina prazo para empresas acederem ao último grande concurso do PT2020

As empresas têm até às 19h00 desta segunda-feira para se candidatar ao último grande concurso para apoiar as empresas no Portugal 2020. São 400 milhões em apoios.

O último grande concurso para apoiar as empresas no Portugal 2020 chega ao fim esta segunda-feira. Em causa estão 400 milhões de euros em incentivos para apoiar mil milhões de euros de novos investimentos em inovação produtiva de micro, pequenas, médias e grandes empresas de norte a sul do país. Para os territórios de baixa densidade estão reservados 145 milhões de euros.

As empresas têm até às 19h00 desta segunda-feira para se candidatar a este apoio à criação de novos estabelecimentos ou a aumentar a capacidade dos já existentes, a diversificação da produção para bens não fabricados anteriormente ou a alteração total do processo global de produção. Em causa estão taxas de cofinanciamento máximas de 75%.

Para este concurso, que arrancou com largas centenas de empresas já pré-registadas, são elegíveis desde PME a grandes empresas, de qualquer natureza e sob qualquer forma jurídica. E para conseguir a taxa de cofinanciamento máxima há várias majorações que podem obter de acordo com o local onde é feito o investimento, o tipo de investimento e o número de postos de trabalho criados.

Vejamos um exemplo: uma grande empresa, que pretenda fazer um investimento igual ou superior a 15 milhões de euros, parte de uma taxa de cofinanciamento base de 15 pontos percentuais. Mas se a aposta for feita num território de baixa densidade, então ganha uma majoração de dez pontos percentuais, e mais cinco pontos se houver a criação líquida de emprego qualificado. Mas como é de uma grande empresa, que estamos a falar, terão de ser 30 postos de trabalho. Além disso, é preciso ter em conta que a taxa de apoio a fundo perdido das empresas que não são PME nunca pode superar os 25%.

Mas se em causa estiver uma média então a sua taxa de cofinanciamento base é de 35%. Mais uma vez sempre que os investimentos sejam feitos em territórios de baixa densidade acrescem dez pontos percentuais de majoração. Mas se esta PME optar por desenvolver um projeto nas áreas da Indústria 4.0, onde a transformação digital permitirá mudanças disruptivas em modelos de negócios, em produtos e em processos produtivos, ou da transição climática então ganha mais 10 p.p. Para conseguir mais 5 p.p. terá de contratar 15 ou mais trabalhadores qualificados.

as micro e pequenas empresas partem à cabeça com uma taxa de cofinanciamento de 45% e têm apenas de contratar mais dez ou mais pessoas com qualificação igual ou superior ao nível 6, ou seja, ter “conhecimento aprofundado de uma determinada área de estudo ou de trabalho que implica uma compreensão crítica de teorias e princípios”.

Mas as PME ainda podem conseguir mais cinco pontos percentuais de majoração se tiverem capitais próprios equivalentes a 25% dos custos elegíveis, ou seja, se não recorrerem a qualquer financiamento estatal, ao chamado instrumento híbrido criado num protocolo entre o Estado e os bancos para que estes assegurem a parte do apoio reembolsável, sem cobrar juro às empresas. Não quer isto dizer que as empresas não possam recorrer a um normal empréstimo bancário.

Mas atenção, se os investimentos forem feitos no Algarve, a taxa máxima de comparticipação é de 60% e se forem em Lisboa desce para 40%. E há mais limitações. A componente do incentivo não reembolsável é atribuída a título não definitivo até à avaliação dos resultados do projeto, em função do grau de cumprimento das metas contratualmente fixadas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.