Produzir a própria energia renovável pode reduzir até 24% a fatura das empresas

A análise da Helexia revela que, ao nível da pegada carbónica, a aposta no solar fotovoltaico pode representar para as empresas uma redução de emissões na ordem das 2.000 toneladas de CO2.

Apostar na instalação de uma central fotovoltaica para produção e autoconsumo de eletricidade pode resultar para as empresas de vários setores exportadores numa redução da fatura energética até 24%, dependo da área disponível e do perfil de consumo. Ao nível da pegada carbónica, a aposta no solar fotovoltaico pode representar para as empresas uma redução de emissões na ordem das 2.000 toneladas de CO2.

As conclusões são de um estudo realizado pela Helexia, que diz também que as empresas podem aumentar o seu EBIT (lucros antes de juros e impostos) em dois pontos percentuais com energia renovável descentralizada. As vantagens refletem-se também na hora de internacionalizar o negócio, já que “a exportação de bens com uma menor pegada de carbono dá vantagem competitiva ao exportar para mercados sofisticados”, conclui a Helexia.

“As empresas podem obter uma forte vantagem competitiva ao utilizar energia renovável endógena — solar, eólica ou biomassa. Agroalimentar, plásticos/borrachas e cerâmica e vidro são alguns dos setores exportadores com potencial para redução dos custos com energia renovável”, sublinha a empresa.

O estudo partiu da análise dos dados de consumo de energia elétrica (em 2019) de projetos solares já implementados nestes três setores eletrointensivos. Pela sua dimensão (9,2% do produto interno bruto e 22% das exportações), o agroalimentar tem então o maior consumo dos três e também a maior quantidade energia autoproduzida.

Neste setor, mostra o estudo, o autoconsumo representa 3,2% do total da energia consumida no setor agroalimentar, face aos 0,5% registados nos restantes setores, que se destacam pela importância do mercado de exportação no seu volume de negócios (57% da cerâmica e 61% nos plásticos/borrachas).

“Baseada em projetos de clientes e análise de mercado, a Helexia estima um potencial médio superior a 10% de energia elétrica consumida proveniente de autoconsumo para os três setores, o que corresponderia a 730,8 GWh gerados a partir de fonte renovável, ou seja 4,3% do consumo de energia elétrica na indústria”, refere a empresa.

Mostra o estudo que, em dezembro de 2020, a potência instalada das centrais descentralizadas de fonte fotovoltaica era de 494 MW, um valor que deverá “atingir cerca de 3 GW durante a próxima década, impulsionado por investimento próprio e por financiamento especializado”.

Para já, diz a Helexia que a medida mais popular de redução de custos com energia entre as empresas passa mesmo pela instalação de uma central fotovoltaica para produção de energia renovável, “devido ao enquadramento legal favorável ao autoconsumo e à disponibilidade anual média de radiação solar global no território entre 1572 e 1987 kWh/m2”.

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Com tabelas prontas, próximo foco é regularizações com privados, diz presidente da ADSE

Novas tabelas da ADSE incluem mais preços fechados, o que limita as regularizações. No entanto, é preciso fechar os cálculos das regularizações dos últimos anos e fazer contas com os privados.

O grande objetivo da ADSE para este ano está concluído: a entrada em vigor das novas tabelas do regime convencionado, que se deu a 1 de setembro. Agora, o foco vai estar nas regularizações com os grupos privados, um tema que levou a um agudizar das tensões entre a ADSE e os prestadores e está ainda por resolver.

“O grande objetivo primeiro deste ano era que as tabelas entrassem em vigor em setembro, como entraram. De facto a outra tarefa que vamos abraçar, vamos completar os cálculos das regularizações que temos estado a fazer e falar com os nossos parceiros sobre esse tema”, assumiu a presidente do Conselho Diretivo da ADSE, ao ECO.

Este que “vai ser um tema proximamente a ser abordado” é um tópico que já gerou polémica. Em 2018, a entidade exigiu aos prestadores privados a devolução de 38 milhões de euros por excesso de faturação em 2015 e 2016, o que agravou as relações entre as duas partes, que já estavam tensas devido ao modelo das regularizações.

Alguns grupos, como a Luz Saúde, CUF e Lusíadas Saúde, chegaram a cortar relações e suspender o vínculo com o subsistema de saúde, mas acabaram por recuar na decisão, nomeadamente devido à vontade expressa pelo Conselho Diretivo da ADSE para reiniciar negociações.

Existem ainda contas a fazer referentes aos últimos anos, mas no parecer do Conselho Geral e de Supervisão do subsistema de saúde dos funcionários públicos sobre o Relatório de Atividades e Contas de 2020 é sinalizado que as regularizações a faturação dos prestadores da rede convencionada poderão atingir o valor total de 84.513.179 euros, referentes aos exercícios de 2015 a 2020.

De sinalizar que um dos objetivos destas tabelas foi também definir mais preços fechados, o que “na esmagadora maioria dos casos vai evitar as regularizações”, segundo aponta a presidente do Conselho Diretivo da ADSE. Isto já que deixa de existir espaço para praticar preços diferentes.

É algo que “serve todas as partes”, defende Manuela Faria, acrescentando que “quanto mais para o futuro melhor se poderá constatar que é uma mais-valia” para os prestadores. Para a ADSE, traz “grande previsibilidade em termos de custos”, enquanto os beneficiários “já não correm o risco de terem surpresas no final da apresentação de uma fatura”.

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Hoje nas notícias: Marcelo, Vieira e o leilão do 5G

  • ECO
  • 3 Setembro 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Marcelo Rebelo de Sousa está convicto de que António Costa não se vai recandidatar à liderança do PS. A marcar o dia está ainda a notícia de que Vieira deverá pagar a dívida dos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC) sob a forma de bens pessoais. Ao mesmo tempo, A Altice avançou com uma nova providência cautelar contra o regulador das telecomunicações, enquanto o Governo quer aumentar as bolsas de estágio para 878 euros.

Marcelo acredita que Costa prepara saída do PS em 2023

O Presidente da República acredita que António Costa prepara a saída da liderança do PS em 2023. “A minha análise é que ele não se recandidata”, disse Marcelo Rebelo de Sousa em Belém, em m declarações citadas pelo Expresso, no rescaldo do congresso socialista, que colocou em cima da mesa uma lista de potenciais sucessores do atual líder socialista. Na análise do antigo comentador político, as razões que levarão o chefe do Governo a anunciar em tempo útil a sua decisão prendem-se com desgaste pessoal e falta de perspetivas.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

FdR propõe bens pessoais de Vieira como garantia do pagamento de dívidas

Luís Filipe Vieira deverá apresentar bens pessoais como garantia para a dívida dos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC) que tem junto do Novo Banco. É o Fundo de Resolução que recomenda esta hipótese ao Novo Banco, estando ainda em discussão a possibilidade de alargar o prazo de pagamento dos VMOC por dois anos. Os restantes acionistas da Promovalor II e da Inland também têm a possibilidade de entregar bens pessoais como garantia.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Altice vai a tribunal para travar nova alteração das regras do leilão 5G

A Altice Portugal avançou com uma nova providência cautelar contra a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) para travar a segunda alteração às regras do leilão 5G, que visa acelerar a venda das licenças. O processo deu entrada no Tribunal Administrativo de Lisboa na quinta-feira, segundo consta no portal Citius.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

Banca vai pedir 500 milhões a investidores internacionais até ao fim do ano

Até ao final do ano, algumas instituições da banca nacional vão realizar emissões dívidas junto de investidores internacionais, num valor de, pelo menos, 500 milhões de euros – uma estimativa que o Expresso admite ser conservadora. Entre elas está a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Crédito Agrícola. A CGD tem de pedir a mais para poder reembolsar a emissão mais cara realizada em 2017, enquanto o Crédito Agrícola vai, sozinho, emitir cerca de 250 milhões de euros. Pode haver mais operações, dado que o BCP, o Novo Banco e o Montepio são ainda incógnitas.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

Governo quer aumentar as bolsas de estágio de jovens licenciados para 878 euros

O Governo quer aumentar em 88 euros o valor das bolsas de estágio para jovens licenciados abrangidas pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), segundo a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, passando assim dos atuais 790 euros para 878 euros no próximo ano. A proposta vai estar em discussão já esta sexta-feira na reunião com a Concertação Social sobre a “agenda do trabalho digno”. As bolsas têm a duração de nove meses e têm como condição que os licenciados esteja inscritos nos centros de emprego.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

 

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Marcelo acredita que Costa prepara saída do PS em 2023

  • ECO
  • 3 Setembro 2021

Se ainda fosse comentador político, Marcelo Rebelo de Sousa acredita que António Costa prepara a saída da liderança do PS em 2023. Desgaste pessoal e falta de perspetivas são as razões apontadas.

Se ainda fosse comentador político, o Presidente da República acredita que António Costa prepara a saída da liderança do PS em 2023. “A minha análise é que ele não se recandidata”, disse Marcelo Rebelo de Sousa em Belém no rescaldo do congresso socialista, em declarações citadas pelo Expresso (acesso pago).

Antonio Costa foi reeleito secretário-geral do PS em junho até 2023. Não obstante, no congresso socialista do passado fim de semana, foi colocado em cima da mesa uma lista de potenciais sucessores do atual líder socialista. Numa entrevista anterior ao mesmo jornal, o chefe do Executivo ter dito que só decidiria sobre uma eventual recandidatura em 2023.

Para Marcelo, as razões que levarão Costa a anunciar em tempo útil a sua decisão prendem-se com desgaste pessoal e falta de perspetivas. O atual primeiro-ministro terá percebido que mesmo que consiga ganhar as próximas legislativas já não terá condições de governabilidade melhores do que as atuais. “Ele não volta a ter isso nunca mais na vida e se se recandidatar corre pior”, comenta-se nos corredores de Belém.

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Fundo de Resolução propõe bens pessoais de Vieira como garantia do pagamento de dívidas

  • ECO
  • 3 Setembro 2021

O Fundo de Resolução propõe ao Novo Banco que Vieira pague a dívida sob a forma de bens pessoais, uma hipótese que se estende aos restantes acionistas da Promovalor II e da Inland.

Luís Filipe Vieira deverá dar bens pessoais como garantia do pagamento da dívida dos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC), no valor de 160 milhões de euros. É o Fundo de Resolução que recomenda esta hipótese ao Novo Banco, estando ainda em discussão a possibilidade de alargar o prazo de pagamento dos VMOC por dois anos, revela o Correio da Manhã (acesso condicionado).

A possibilidade de entregar bens pessoais como garantia estende-se também aos restantes acionistas da Promovalor II e da Inland, empresas que emitiram os VMOC, designadamente a mulher e os dois filhos do empresário Almerindo Duarte.

A proposta do Novo Banco ao Fundo de Resolução para o prolongamento do prazo de maturidade desses títulos deve-se à difícil situação financeira do grupo Promovalor. A entidade pública que detém 25% do capital social do Novo Banco não se opõe a essa solução, mas recomenda que o banco procure obter garantias reais dos VMOC. Luís Filipe Vieira terá de verificar o património que pode oferecer, como garantia da dívida, e o Novo Banco terá de o avaliar.

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Fábrica portuguesa de antenas da Continental pode ter incentivos fiscais

O projeto conta com um incentivo comunitário de 5,6 milhões de euros e, no futuro, poderá vir a ter incentivos fiscais ao nível do programa SIFIDE, ou seja, deduzir à coleta de IRC despesas de I&D.

O investimento de 10,2 milhões de euros da Continental Advanced Antenna Portugal em Vila Real, em consórcio com mais sete parceiros, para além de um incentivo de 5,6 milhões de euros em fundos europeus, poderá vir a usufruir também de incentivos fiscais, revelou ao ECO fonte oficial da empresa.

Em causa está um projeto que vai criar a “fábrica do futuro” e que se compromete a contratar 60 novos profissionais qualificados. Os primeiros passos para essas contratações serão dados em breve. O primeiro ponto foi a assinatura, no final de julho, do contrato de investimento entre a Aicep e as oito entidades envolvidas — Continental Advanced Antenna, Up Motion, Neoception, Follow Inspiration e quatro entidades não empresariais Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Universidade do Minho, Universidade do Porto e INESC TEC – Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência.

“O projeto envolve um investimento global elegível de 9,1 milhões de euros e com um incentivo global na ordem dos 5,6 milhões, podendo vir a ter no futuro incentivos fiscais ao nível do programa SIFIDE“, sublinhou ao ECO fonte oficial da empresa. Ou seja, o regime fiscal que permite às empresas deduzir à coleta do IRC as despesas com investigação e desenvolvimento.

Apesar do investimento total ser de 10,2 milhões há sempre uma parte que não é elegível para obter apoios do Portugal 2020.

O projeto visa a criação de novo conhecimento técnico-científico de ponta nas áreas das tecnologias de digitalização e computação, cibersegurança, relação simbiótica Homem-Máquina e Homem-Fábrica, integrados com sistemas híbridos. Mas, tendo em conta a sua dimensão, a Continental considera que “nesta altura ainda difícil dizer quais os produtos a serem desenvolvidos primeiro, sendo que o objetivo final é que todas as soluções funcionem em simbiose”. Mas as áreas de recolha de informação, em parte por sensorização e IoT, “serão as de maior foco no início do projeto, bem como a definição da arquitetura e estrutura das linhas orientadoras à execução dos protocolos de cibersegurança”, esclareceu a mesma fonte.

Recrutamento será feito a nível nacional e internacional

O sucesso deste projeto, que foi atingido em cheio pela pandemia, sofrendo “um atraso controlado”, vai depender da qualidade dos recursos humanos. O próximo “passo oficial” — isto porque as várias entidades já estão a trabalhar desde que soube que o projeto estaria aprovado — será a contratação dos recursos humanos a alocar ao projeto, “em especial as entidades do sistema de I&I que estão dependentes da assinatura do contrato para poderem lançar os concursos de bolseiros e investigadores”.

Em causa está “a participação de 150 recursos humanos, incluindo 60 novas contrações de bolseiros e quadros qualificados”, revelou, na data de assinatura do contrato, Miguel Pinto, presidente executivo da Continental Antenna, que já tem mais de 500 trabalhadores, sendo mais de 100 os altamente qualificados.

“Estamos a falar de recursos altamente qualificados (nível 6,7 e 8). Este recrutamento terá de ser obrigatoriamente a nível nacional e possivelmente internacional (como sabemos que tem acontecido em outros projetos deste género), sendo que a nossa expectativa será atrair e fixar recursos nas áreas do interior”, acrescentou a mesma fonte oficial.

Também aqui os fundos europeus se revestem de especial importância porque “ajudam as empresas a criarem internamente um ambiente de qualificação mais avançada a nível da sua força laboral e também criar esse ambiente mais favorável a um ecossistema saudável e frutífero de parceria win win com o sistema científico-tecnológico”.

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Primeiro-ministro japonês prepara saída do poder

  • Lusa
  • 3 Setembro 2021

Suga tem enfrentado críticas sobre a gestão do combate ao novo coronavírus. Decidiu não se candidatar às eleições para liderar Partido Liberal Democrático (LDP).

O primeiro-ministro japonês Yoshihide Suga não se candidatará às eleições para liderar Partido Liberal Democrático (LDP), indicando que vai abandonar o cargo no Governo no final deste mês, noticiou a emissora pública NHK.

Suga disse aos dirigentes do LDP, o partido no poder, que não se candidatará à corrida pela liderança marcada para 29 de setembro, segundo a NHK. Isto significa que o Japão terá um novo primeiro-ministro indicado pelo LDP, devido à maioria do partido no parlamento.

Suga tem enfrentado críticas sobre a gestão do combate ao novo coronavírus e decisão de realizar os Jogos Olímpicos no atual contexto pandémico, ignorando as preocupações de saúde pública.

Ainda assim, Suga, de 72 anos, era visto como o favorito na votação interna para continuar a liderar o LDP, apesar do recorde de impopularidade do seu Governo nas sondagens.

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Suíça Fischer entra em Portugal com investimento de 5,6 milhões em Amarante

A multinacional suíça Fischer Connectors vai investir 5,6 milhões de euros na construção de uma nova fábrica em Amarante. O grupo prevê contratar cerca de 400 colaboradores em Portugal.

A multinacional suíça Fischer Connectors, especializada em conectores de alta tecnologia, escolheu Portugal para expandir o seu negócio e vai investir 5,6 milhões de euros na construção de uma nova fábrica de eletrónica em Amarante, mais concretamente em Aboadela. O grupo pretende vir a contratar um total de cerca de 400 colaboradores.

“Numa primeira fase, a área fabril e administrativa conta com 150 pessoas; na fase 2A, faremos um aumento da área fabril para mais 150 postos de trabalho; e na fase 2B, teremos um edifício para serviços e investigação, a pensar em mais 100 pessoas”, detalhou o arquiteto Alexandre Burmester, durante a apresentação da nova unidade fabril, localizada em plena Serra do Marão.

A nova unidade fabril, que estará concluída no final de 2022, será direcionada à montagem de conectores e é a primeira do género fora da Suíça, marcando assim uma nova era de expansão global para o Grupo Fischer Connectors. A construção da nova fábrica em Amarante irá reduzir os custos de produção.

“Este investimento é fundamental para a cidade de Amarante. Quando falamos em multinacionais estrangeiras que pretendem aumentar a sua competitividade e produtividade e escolhem uma cidade como Amarante é um excelente indicador e pode provocar um efeito de arrastamento”, adianta ao ECO, José Luís Gaspar, presidente da Câmara Municipal de Amarante.

Para a Fischer Connectors, o historial industrial, base de custos, ambiente de trabalho, fatores culturais, talento e disponibilidade foram os principais motivos que levaram o grupo suíço a escolher a cidade de Amarante. Para o presidente da autarquia este investimento “vem acrescentar valor e fixar as pessoas da região tendo em conta que se trata de trabalho qualificado”.

O CEO do grupo, Jonathan Brossard, explica que a unidade fabril em Portugal “é uma das pedras angulares da estratégia de crescimento operacional do grupo como parceiro de conectividade global de original equipment manufacturer a nível mundial”, refere Jonathan Brossard, citado em comunicado.

A primeira pedra vai ser lançada na próxima segunda-feira e vai contar com a presença do presidente da Câmara de Amarante, José Luís Gaspar, o CEO do grupo Jonathan Brossard, que pertence à terceira geração da família Fischer, do CFO, Cyrill Schuler e do COO, Emmanuel Rapin. A nova fábrica de eletrónica da Fischer em Amarante será liderada pelo antigo diretor de produção da Continental Advanced Antenna Portugal, Filipe Silva.

Fundada em 1954, a Fischer Connectors concebe, desenvolve e implementa soluções de conectividade de alto desempenho. As soluções de conectividade vão desde conectores e conjuntos de cabos ultra resistentes, soluções eletrónicas como o PCB, switches, routers e pen drives. O grupo emprega 500 pessoas a nível mundial e conta com dez filias na Europa, Oriente Médio e África, América e Ásia-Pacífico.

(Notícia atualizada a 8 de setembro com informação sobre o total de contratações)

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Do teletrabalho aos contratos temporários, Governo e parceiros sociais voltam a negociar lei laboral

O Governo apresentou mais de seis dezenas de propostas laborais a sindicatos e patrões, que responderam com os seus pareceres. Negociação é retomada esta sexta-feira.

Mês e meio depois de ter apresentado 64 propostas laborais aos parceiros sociais, o Governo reúne, esta sexta-feira, com sindicatos e patrões para discutir essas medidas, que passam pelo trabalho temporário, mas também pelos contratos a prazo, pelo reforço da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e pela conciliação da vida profissional, pessoal e familiar.

Tanto os representantes dos trabalhadores como as confederações empresariais enviaram ao Executivo, em meados de agosto, os seus pareceres ao pacote de medidas que recebeu o nome de Agenda do Trabalho Digno e da Valorização dos Jovens no Mercado de Trabalho, ouvindo-se críticas de ambos os lados.

Da parte dos sindicatos, a principal exigência é que o Governo vá mais longe e inclua outras matérias importantes, como os salários e a eliminação das normas introduzidas durante o período da troika. A CGTP, por exemplo, considera que as medidas, como estão desenhadas, são “meros paliativos, na melhor das hipóteses”, na medida em que não atacam “a raiz do problema”. Já a UGT faz uma avaliação globalmente positiva, mas deixa um alerta: os acordos são para cumprir e o de 2018 — que serviu de base à revisão laboral de 2019 — ainda tem medidas por concretizar, como a taxa de rotatividade para penalizar os empregadores que recorram, em excesso, a contratos precários. O ECO questionou o Governo especificamente sobre esta matéria, mas ainda não obteve resposta. A central de Carlos Silva garante, contudo, que vai insistir neste ponto.

Da parte dos patrões, as exigências vão no sentido contrário. As confederações empresariais querem mais flexibilidade e criticam as propostas que oneram os empregadores com mais custos e obrigações burocráticas. A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), por exemplo, ataca a intenção do Governo de ter a ACT a travar despedimentos para lá da crise pandémica. A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) quer ver revogada a “moratória” da caducidade da contração coletiva. E a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) defende que as empresas não podem ser fiscais uma das outras, daí ser contra a responsabilização de toda a cadeia de contratação nos casos de recrutamento de trabalho temporário feito à margem da lei.

Mas, afinal, o que propõe o Governo? A Agenda do Trabalho digno surge na sequência da discussão do Livro Verde sobre o Futuro do Trabalho e organiza-se em torno de dez grandes temas: trabalho temporário, “falsos” empresários, contratação a prazo, período experimental, trabalho não declarado, plataformas digitais, negociação coletiva, trabalhadores-estudantes e estagiários, ACT, conciliação da vida profissional, pessoal e familiar.

No trabalho temporário, o Governo defende nomeadamente o reforço das regras sobre a sucessão de contratos de utilização e que é preciso tornar mais rigorosas as regras destes contratos, “aproximando-as dos contratos a termos”. Diz também estar a ponderar a introdução de quotas de vínculos estáveis nas empresas de trabalho temporário, reforçar a ação da ACT e a responsabilização das cadeias de contratação, bem como densificar as contraordenações associadas a incumprimentos para com trabalhadores temporários e estabelecer que a integração do trabalhador, no caso da empresa de trabalho temporário não ser licenciada, dever ser feita sem termo na empresa utilizadora.

Relativamente aos “falsos” empresários, há uma medida particularmente polémica. O Executivo quer alargar a taxa contributiva sobre as empresas beneficiárias relativamente aos empresários em nome individual economicamente dependentes.

Já sobre o trabalho não permanente, há três grandes propostas: reforçar as regras da sucessão de contratos a termo de modo a evitar abusos, reforçar os mecanismos de intervenção da ACT para a conversão dos contratos a termo em permanentes, e definir “critérios de estabilidade de vínculos e trabalho digno nos cadernos de encargos” dos contratos de prestação de serviços pelo Estado e demais entidades públicas.

No período experimental, o Governo avança com propostas, que acabaram por gerar muitas críticas por parte dos empregadores. Neste ponto, o Executivo propõe clarificar na lei o que ficou disposto na decisão do Tribunal, estabelecer um prazo de 30 dias de aviso prévio para denúncia do contrato durante este período, depois de decorridos os primeiros 120 dias (dos 180) e introduzir o dever de comunicar à ACT, no prazo de 15 dias, a denúncia após 90 dias, nos contratos sem termo de pessoas à procura do primeiro emprego. Quer também avaliar a definição de trabalhador à procura do primeiro emprego, avaliar a criação de uma compensação específica para situações de denúncia do contrato durante o período experimental de trabalhadores à procura do primeiro emprego após os primeiros 120 dias, e estabelecer que o empregador tem de justificar ao trabalhador as razões da denúncia.

A Agenda do Trabalho tem também um pacote de propostas relativas à conciliação da vida pessoal e profissional, que tem gerado muita discussão. Neste âmbito, o Governo propõe, por exemplo, “alargar aos trabalhadores e trabalhadoras com filhos menores de oito anos de idade ou filhos com deficiência ou doença crónica o direito a exercer a atividade em teletrabalho, condicionado a partilha entre homens e mulheres e quando compatível com as funções”. Não está, contudo, claro se o empregador poderá ou não opor-se a esta adoção do teletrabalho.

A regulação do trabalho em plataformas digitais é outro dos temas mais quentes do momento. Neste ponto, o Governo propõe criar um mecanismo de presunção de existência de contrato de trabalho com a plataforma ou com a empresa que nela opere, afastável apenas mediante demonstração com base em indícios objetivos por parte do beneficiário de que o prestador da atividade não é trabalhador subordinado.

No que diz respeito ao trabalho não declarado, há várias propostas na Agenda do Trabalho Digno, nomeadamente o reforçar as sanções, atribuir à ACT o poder de presunção da existência da prestação de trabalho no caso de trabalho por conta de outrem não declarado e aumentar para dois anos antes o período relevante para a verificação da presunção de laboralidade, bem como fixar uma sanção para as empresas associadas a trabalho não declarado.

Na negociação coletiva, destaque para estas duas propostas: alargar a cobertura da negociação coletiva aos trabalhadores em outsourcing e aos trabalhadores independentes economicamente dependentes, bem como introduzir incentivos através do acesso a apoios públicos, financiamento comunitário e contratação pública.

No que diz respeito à ACT, a medida mais polémica passa por tornar permanente o poder de suspender despedimentos com indícios de ilicitude, introduzido de forma transitória em 2020. Esta medida gerou críticas logo no seu nascimento, mas tendo em conta o seu caráter transitório acabou por ser aceite. Agora o Governo quer torná-la definitiva, o que tem merecido ataques do lado dos patrões.

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Três dias, 40 mil pessoas, 50 hectares e milhares de prejuízo. Os números da Festa do Avante

A Festa do Avante arranca esta sexta-feira com os 50 hectares da Quinta da Atalaia a albergarem um máximo de 40 mil pessoas. O legado do ano passado são os milhares de prejuízo para o PCP.

Arranca esta sexta-feira a segunda edição da Festa do Avante em plena pandemia, menos polémica do que a primeira. Desta vez poderão estar no recinto 40 mil pessoas espalhadas pelos 50 hectares da Quinta da Atalaia, mas mantendo várias regras do ano passado, às quais acresce a necessidade de apresentar um teste negativo ou o certificado de vacinação (ou de recuperação da doença) para aceder ao recinto. O legado do ano passado, além da polémica à volta do evento, são os milhares de prejuízo para o PCP.

São muitos os números que marcam a festa política do PCP que marca a reentré dos comunistas todos os anos em setembro. Conheça-os aqui:

40 mil pessoas

“A lotação máxima no recinto da Festa do Avante! licenciada em anos anteriores para 100 mil visitantes (e apenas considerando a área da Quinta da Atalaia) é atualizada este ano para a lotação de 40 mil”, dita o plano de contingência (elaborado em conjunto com as autoridades de saúde) divulgado pelo partido. Este número corresponde a menos de metade da lotação possível, mas é superior aos 16 mil permitidos no ano passado. As portas vão abrir às 16h para evitar aglomerados, sendo que as atividades arrancam às 19h na sexta-feira e terminam à 1h30.

Três dias a celebrar os 100 anos do PCP

Esta edição de três dias da Festa do Avante tem a particularidade de coincidir com o centenário do Partido Comunista Português. “O Centenário do Partido Comunista Português, que este ano se assinala, terá uma forte expressão na Festa, sendo um elemento transversal na sua programação, merecendo particular relevo a exposição que no Espaço central lhe será dedicada“, de acordo com o partido. Além dos três grandes palcos centrais, há outros espaços como o da Feira do Livro, o Espaço Ciência, o Espaço das Artes, entre outros. O Palco 25 de Abril terá uma plateia de 16.000m², o Auditório 1º de Maio terá cerca de 5.000m², o Palco Paz 2.000m², o Avanteatro 4.500m² e o Cineavante passará a ter uma área de 3.300m².

27 euros

Era o preço da entrada (“EP”) no recinto até esta quinta-feira, 2 de setembro. Nos dias da festa — 3, 4 e 5 de setembro –, o preço será de 40 euros e os passes são vendidos em exclusivo nas bilheteiras da festa. Se for apenas um dia, o preço é de 29 euros na sexta-feira, 34 euros no sábado e 22 euros no domingo. As crianças até aos 14 anos, inclusive, não pagam EP desde que acompanhadas por um adulto portador de EP. Só haverá duas caixas de multibanco de forma a promover a utilização do cartão bancário, nomeadamente com a tecnologia contactless. Há duas entradas para o recinto: Quinta do Cabo e Quinta da Princesa.

44 artistas portugueses

De acordo com a contabilização feita pelo PCP, há pelo menos 44 artistas portugueses, de língua portuguesa ou residentes em Portugal, a atuar na Festa do Avante, seja no Palco 25 de Abril seja no Auditório 1.º de Maio da Festa do Avante! 2021. Paulo de Carvalho, Tim, Linda Martini e Aline Frazão são alguns dos principais artistas que vão estar presentes nesta edição. “Mantém-se a redução de dez palcos para três grandes palcos centrais e, como o cinema e o teatro, continuam a funcionar ao ar livre”, nota o PCP. As cadeiras terão de estar distanciadas com pelo menos 1,2 metros e é necessário assegurar uma distância mínima de três metros face à boca de cena do palco.

50 hectares da Quinta da Atalaia

Os 40 mil “festivaleiros” da Festa do Avante poderão andar nos 50 hectares da Quinta da Atalaia. Ao todo, há 5,2 quilómetros de “vias de circulação formalizadas com asfalto”, com largura entre os seis e os 16 metros, “perfazendo um total de 39.000m2 de área de circulação” — o objetivo é evitar o cruzamento de pessoas. Haverá sete sanitários fixos (masculinos/femininos), com urinóis e cabines individuais e mais uma instalação específica para crianças. O recinto conta ainda com um Posto de Saúde, com área coberta de 160m² e uma área descoberta de 1.400m².

78 espaços de restauração

Com a restauração a poder ficar aberta até mais tarde, face ao ano passado, a Festa do Avante conta com 78 espaços de restauração e similares que “ocupam uma área construída de aproximadamente 4.500m² e as áreas de esplanada mantêm a significativa ampliação verificada em 2020 para uma área de 40.000m²”. Esta é uma das principais diferenças face à edição do ano passado em que foi proibida a venda de álcool a partir das 20h, sendo que agora os restaurantes apenas fecharão à 1h na sexta-feira e sábado e às 22h30 no domingo.

Prejuízos de 930 mil euros em 2020

A edição mais polémica da Festa do Avante, que é uma ação de angariação de fundos, registou um prejuízo histórico de 930 mil euros, mais 65% do que o resultado negativo de 564 mil euros em 2019. O evento realizado a 3, 4 e 5 de setembro do ano passado arrecadou 846.319,8 euros de receita e registou uma despesa de 1.777.218,67 euros, de acordo com as contas de 2020 entregues pelo PCP à Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP) e consultados pelo ECO. Entre 2014 e 2020, o evento acumula um prejuízo de 2,81 milhões de euros.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 3 Setembro 2021

Os sindicatos bancários reúnem-se com o Governo por causa dos despedimentos coletivos na banca e termina a consulta pública das alterações que a Anacom introduziu ao regulamento do leilão do 5G.

O último dia da primeira semana de setembro fica marcado com o início da Festa do Avante, a discussão em Concertação Social das propostas sobre o trabalho digno e a reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia sobre o Afeganistão.

Patrões, sindicatos e Governo reúnem para discutir estas propostas do trabalho digno

Esta sexta-feira há uma reunião plenária da Comissão Permanente de Concertação Social, liderada por Francisco Assis, com uma ordem de trabalhos que inclui a agenda do trabalho digno. Os patrões, os sindicatos e o Governo vão discutir as propostas que estão em cima da mesa. Além disso, haverá um ponto de situação sobre a evolução da Covid-19 em termos económicos e sociais. O Governo levou 64 propostas aos parceiros sociais no âmbito da agenda do trabalho digno e os sindicatos e patrões já fizeram saber as suas opiniões, sendo que ouvem-se críticas de ambos os lados.

Sindicatos bancários reúnem-se com Governo sobre despedimentos coletivos

Os despedimentos coletivos em curso no Santander Totta e Millennium BCP levaram os sindicatos bancários da UGT a pedir uma reunião ao Governo, a qual vai acontecer esta sexta-feira. O Mais Sindicato, SBN e SBC disseram a 23 de agosto que estavam a estudar “medidas concertadas”, que podem incluir uma greve geral, em protesto contra a saída de 350 trabalhadores no Santander. Além disso, pediram à ACT (Autoridade para as Condições do Trabalho), PGR (Procuradoria Geral da República) e Provedoria de Justiça para analisar a postura do banco relativamente a um “política de assédio e de discriminação, passível de investigação e condenação”.

Termina consulta pública do regulamento ao leilão do 5G

De acordo com a Lusa, é esta sexta-feira que termina a consulta pública do projeto de regulamentação ao leilão do 5G que introduz novas alterações aprovadas pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom). Depois de reduzir o tempo das rondas, para aumentar o número destas em cada dia, a Anacom decidiu agora acabar com a possibilidade de as operadoras poderem licitarem valores 1% a 3% mais altos em cada ronda, sendo que o lance mínimo passará a ser de 5%.

Ministros dos Negócios Estrangeiros da UE discutem Afeganistão

Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos Estados-membros da União Europeia reúnem-se esta sexta-feira de forma informal, no âmbito da presidência eslovena do Conselho da UE. As atenções estarão focadas na situação que se vive no Afeganistão. A reunião é presidida por Josep Borrell, vice-presidente da Comissão Europeia e Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, e Portugal está representado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

Arranca Festa do Avante que comemora os 100 anos do PCP

A edição de 2021 da Festa do Avante arranca esta sexta-feira e prolonga-se até domingo, dia em que deverá ser proferido o habitual discurso do líder do PCP, Jerónimo de Sousa. É expectável que o líder comunista se foque na execução do Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021), mas que também frise exigências para as negociações do Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022) que estão em curso. Além disso, deverá haver uma atenção especial para as autárquicas, um ato eleitoral importante para o partido que teve uma derrota há quatro anos.

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Altice interpõe providência cautelar para travar alterações ao leilão do 5G

  • Lusa
  • 3 Setembro 2021

Operadora de telecomunicações entende que a "alteração preconizada pela Anacom no projeto de regulamento de alteração é manifestamente ilegal".

A Altice interpôs uma providência cautelar, na quarta-feira, ao final do dia, no Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa, contra a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) para travar uma nova alteração ao regulamento do leilão de 5G.

“A Altice Portugal deu entrada de uma providência cautelar tendo em vista intimar a Anacom a abster-se de aprovar a alteração ao Regulamento 5G e, caso essa aprovação venha a ter lugar, suspender a alteração, então, aprovada”, indica a empresa, num documento a que a Lusa teve acesso.

A empresa, dona da Meo, entende que “a alteração preconizada pela Anacom no projeto de regulamento de alteração é manifestamente ilegal, por desrespeitar exatamente aquilo que se considera ser absolutamente necessário num processo como este: o da garantia total e absoluta da estabilidade das regras da licitação, em obediência a elementares princípios de segurança e certezas jurídicas”.

A operadora assegura que, “caso a versão do regulamento colocada em consulta pela Anacom venha a entrar em vigor, ocorre uma alteração substancial nas regras do procedimento do leilão, que não só obriga os concorrentes a uma inesperada e drástica adaptação da sua estratégia daqui em diante como, inclusivamente, desvirtua algumas opções estratégicas já adotadas em momentos anteriores, e que não podem mais ser alteradas”.

Para a empresa são “assim, violados os princípios da boa-fé, da proteção da confiança e da segurança jurídica, situação com a qual a Altice Portugal não se pode conformar”.

“Mais uma vez, a Anacom, de forma atabalhoada e fazendo ‘tábua-rasa’ da posição dos participantes, procura resolver um problema de raiz, que se funda na deficiente configuração e ‘desenho’ das regras do Regulamento 5G”, acusa a operadora.

Contactada pela Lusa, fonte oficial da Altice confirmou que a empresa entregou esta providência cautelar.

Esta quinta-feira, foi noticiado que a Altice enviou uma carta à Comissão Europeia (CE) em que transmitiu “o seu desacordo face às sucessivas alterações ocorridas nas regras do leilão” de 5G, que, diz, “geram incertezas” e “comprometem a estratégia” de cada operador.

Na missiva, a que a Lusa teve acesso, assinada pelo presidente executivo, Alexandre Fonseca, a empresa começa por dizer que já em novembro do ano passado, a Meo alertou a CE para o facto de o regulamento “favorecer indevidamente a entrada de novos operadores, falseando as condições de investimento e de concorrência num mercado que, apesar de pequeno, está sujeito a concorrência ativa”.

A operadora lembra depois o pedido que fez, em abril, junto da DG Connect (Direção-Geral das Redes de Comunicação, Conteúdos e Tecnologias) para que fosse dada atenção a este assunto, informando que a Autoridade Nacional de Comunicações “decidira estabelecer novas regras para o concurso com o alegado objetivo de acelerar o ritmo do leilão”.

Segundo o documento, as autoridades europeias deram conhecimento à Altice da receção desta carta e das anteriores “dando conta que o assunto estava a ser analisado em conjunto com os demais serviços competentes“.

“Em 29 de junho de 2021, a Anacom concretizou a projetada alteração do regulamento do leilão, estabelecendo que cada ronda passaria a ter a duração de 30 minutos, tendo as rondas lugar nos dias úteis entre as 09h00 e as 19h00”, refere a Altice, acrescentando que, em 12 de agosto o regulador anunciou nova alteração.

Esta mudança, realça a operadora, visa “impedir que os licitantes utilizem incrementos mínimos mais baixos, de 1% e 3%, uma vez mais na esperança de que tal medida possa acelerar a conclusão do procedimento concursal, que se arrasta há mais de 150 dias”.

A empresa garantiu depois que “tem transmitido à Anacom, às autoridades competentes e ao Governo português o seu desacordo face às sucessivas alterações ocorridas nas regras do leilão, que geram incertezas contraproducentes e comprometem a estratégia definida por cada operador”, escreve a Altice.

Além disso, realça a operadora, “não há motivo de celeridade que justifique as consequências de valorização desproporcionada do encaixe público inerente a incrementos de 10%, 15% ou 20%”.

“O regulador português parece assim mais preocupado em otimizar a receita decorrente da disponibilização de espectro do que em concluir o leilão obtendo contrapartidas compatíveis com os esforços de investimento que os operadores serão chamados a realizar”, garante a operadora, acrescentando que é uma política que, na sua opinião, “contraria os objetivos nacionais e europeus de rápido desenvolvimento do 5G”.

O projeto de regulamento com as novas alterações ao leilão 5G aprovadas pela Anacom foi publicado em Diário da República (DR) no dia 27 de agosto, estando em consulta pública até hoje.

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