Mercado automóvel em Portugal volta a cair em agosto

  • Joana Abrantes Gomes
  • 1 Setembro 2021

Agosto registou um total de 10.003 veículos automóveis matriculados, ou seja, menos 37,6% do que no mesmo mês de 2019 e menos 31,8% quando comparado com agosto de 2020.

O mercado automóvel em Portugal continua a cair, depois de o mês de agosto registar um total de 10.003 veículos automóveis matriculados, ou seja, menos 37,6% do que no mesmo mês de 2019 e menos 31,8% quando comparado com agosto de 2020.

De acordo com os dados revelados esta quarta-feira pela Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP), entre janeiro e agosto de 2021 foram colocados em circulação 123.544 novos veículos, o que, apesar de mostrar um aumento de 11,5% em relação a 2020, corresponde a uma diminuição de 34,5% face a 2019.

Fonte: ACAPACAP 01 Setembro, 2021

 

Por categorias e tipos de veículos, foram matriculados em Portugal 7.971 automóveis ligeiros de passageiros novos durante o mês de agosto, novamente uma queda quando comparado com o período homólogo de 2019 e 2020 – menos 35,9% e 35,8%, respetivamente. “Em termos acumulados, de janeiro a agosto de 2021, as matrículas de veículos ligeiros de passageiros totalizaram 101.739 unidades, o que se traduziu numa variação negativa de 36,2% relativamente ao período homólogo de 2019″, aponta a ACAP. Porém, em comparação com os primeiros oito meses de 2020, já em pandemia, o comércio de automóveis ligeiros de passageiros registou um aumento de 10%.

Ao oitavo mês de 2021, foram matriculadas 1.817 unidades de ligeiros de mercadorias, uma evolução negativa de 44,8% face ao mês homólogo de 2019. Em relação a agosto de 2020, a queda foi menor (7,3%). Este mercado atingiu 18.748 unidades matriculadas entre janeiro e agosto deste ano, representando um decréscimo de 26,3% face a agosto de 2019, mas um aumento de 16,4% em comparação com o período homólogo de 2020.

Já o mercado de veículos pesados, tanto de transporte de passageiros como de mercadorias, comercializou 215 veículos em agosto de 2021, uma queda de 30% face a agosto de 2019 e de 24,6% em comparação com o mesmo mês de 2020. “Nos oito meses de 2021, as matrículas desta categoria totalizaram 3.057 unidades, o que representou um decréscimo do mercado de 15,1% relativamente ao período homólogo de 2019 e um aumento de 40,3% quando comparado com o mesmo período de 2020”, assinala a associação.

A nível europeu, os dados mais recentes datam de junho deste ano e mostram que o mercado automóvel em Portugal teve, novamente, a segunda maior queda percentual entre os 27 Estados-membros da União Europeia.

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Norte, Centro e Alentejo já têm 85% da população com a primeira dose

Mais de 7,5 milhões de portugueses, ou 73% da população, estão completamente vacinados e 8,6 milhões, ou 83%, têm a primeira dose contra a Covid-19.

A vacinação dos portugueses está na reta final agora que 73% dos portugueses já tem a vacinação completa e 83% tem pelo menos uma dose, avança o relatório da vacinação divulgado esta quarta-feira. No Norte, no Alentejo e no Centro a percentagem de população com pelo menos uma dose já chegou aos 85%. Será preciso que 85% da população esteja totalmente vacinada para que o país avance para a terceira fase de desconfinamento.

É expectável que Portugal chegue a esse patamar antes da terceira semana de setembro, antecipando o calendário inicial do Governo, tal como aconteceu no arranque da segunda fase do último plano de desconfinamento. Na terceira fase será possível os restaurantes, cafés e pastelarias deixarem de ter limites à sua lotação, assim como os espetáculos culturais, e este será também o momento da reabertura normal dos bares e discotecas, mediante apresentação de certificado digital.

Para já, 7.576.336 portugueses já têm a vacinação completa e 8.607.939 portugueses têm pelo menos uma dose, o que faz de Portugal um dos países do mundo mais avançados na inoculação da sua população. Os dados confirmam ainda que uma grande parte dos jovens (74%) entre os 12 e os 17 anos já receberam pelo menos uma dose, sendo que apenas 7% concluiu a vacinação dado que ainda passou pouco tempo desde que começaram a ser vacinados em massa.

Na faixa etária entre os 18 e os 24 anos, metade da população já concluiu o processo de vacinação, sendo que 82% já recebeu pelo menos uma dose. Entre os 25 e os 49 anos, 91% recebeu pelo menos uma dose e 82% tem a vacinação completa. Nas faixas etárias seguintes a vacinação já está muito perto da totalidade da população.

Relatório de vacinação com dados de 29 de agosto

Por distribuição geográfica, a vacinação conhece neste momento uma situação de relativa homogeneidade em todo o território nacional, mas há um avanço ligeiramente superior na administração de pelo menos uma dose no Norte (86%), Alentejo (85%) e Centro (85%). Segue-se Lisboa e Vale do Tejo com 81%, a Madeira com 80%, os Açores com 79% e o Algarve com 77%.

A região mais a sul de Portugal Continental é a que está mais atrasada também na vacinação completa, registando 67% da população nesse patamar. Nesta ótica, a região mais avançada é o Norte com 75%, seguindo-se o Centro e a Madeira com 74%, Alentejo com 73% e Lisboa e Vale do Tejo e os Açores com 72%.

A vacinação em Portugal arrancou no dia 27 de dezembro de 2020. Desde então, Portugal já recebeu mais de 17,4 milhões de vacinas, tendo distribuído mais de 15,1 milhões de doses.

(Notícia atualizada às 17h38 com mais informação)

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CP rescinde contrato com empresa de limpeza com salários em atraso

  • Lusa
  • 1 Setembro 2021

A CP rescindiu o contrato com a Ambiente e Jardim e lançou uma consulta para a contratação urgente de outra empresa de prestação de serviços de limpeza.

A CP rescindiu o contrato com a Ambiente e Jardim, cujos trabalhadores estão em greve contra os salários em atraso, e lançou uma consulta para a contratação urgente de outra empresa de prestação de serviços de limpeza.

“A CP – Comboios de Portugal comunicou hoje à empresa Ambiente e Jardim a rescisão do contrato de limpeza de comboios e instalações que detinha com esta empresa”, diz um comunicado emitido esta quarta-feira pela transportadora.

De acordo com a mesma nota de imprensa, “foi também lançada uma consulta para contratação urgente de serviços de limpeza, cuja adjudicação se prevê realizar no próximo dia 03 de setembro, permitindo, assim, retomar o normal funcionamento da limpeza dos comboios e instalações da CP.

Os trabalhadores da Ambiente e Jardim iniciaram esta quarta-feira uma greve de seis dias contra a falta de pagamento dos salários de julho e agosto por parte da empresa de limpeza industrial e, segundo o Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Actividades Diversas (STAD), a adesão foi quase total a nível nacional.

A CP tinha admitido que esta greve poderia causar algumas perturbações na circulação de comboios, mas fonte oficial da empresa disse à Lusa que não houve qualquer supressão esta quarta-feira.

“Apesar dos constrangimentos associados à greve dos trabalhadores afetos ao atual prestador de serviços, a circulação de comboios está a realizar-se com normalidade, não se registando qualquer supressão de serviços”, diz o comunicado divulgado.

Os cerca de 500 trabalhadores já concretizaram várias ações de luta e o STAD tem tido reuniões com os clientes da Ambiente e Jardim, que têm vindo a substituir esta empresa por outras do setor, que asseguraram aos trabalhadores a manutenção dos respetivos postos de trabalho.

O Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, e a Câmara Municipal de Sintra também tomaram essa decisão recentemente.

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OPEP+ mantém plano: vai aumentar produção em 400 mil barris por dia

  • ECO
  • 1 Setembro 2021

Acordo alcançado em julho foi ratificado esta quarta-feira naquela que foi uma das reuniões mais rápidas na história da OPEP: vai aumentar a produção em 400 mil barris por dia a cada mês.

A OPEP e os aliados concordaram em seguir com o plano de aumentos graduais na produção de petróleo, conforme já havia sido aprovado em julho, depois daquela que terá sido uma das reuniões mais rápidas da história da organização.

Os membros da OPEP+ — que junta a OPEP e outros grandes produtores, como a Rússia – ratificaram o aumento mensal de 400 mil barris por dia programado para outubro. Foi preciso menos de uma hora para chegar a este acordo, em contraste com as prolongadas negociações ocorridas há dois meses.

No seguimento desta decisão de aumentar a oferta, o barril de petróleo desliza mais de 1% em Londres e Nova Iorque. O contrato de Brent para entrega a 30 de setembro recua 1,01% para 70,90 dólares por barril na praça londrina. O Crude para entrega a 21 de setembro perde 1,04% para 67,79 dólares.

Barril desliza mais de 1%

Com este passo, o cartel mantém em curso o processo de reversão dos cortes de produção sem precedentes que implementou no pico da crise pandémica no ano passado, depois de os preços do barril terem negociado com valores negativos pela primeira vez na história.

Agora, com os preços já recuperados mesmo depois da quebra verificada este mês e com as perspetivas de oferta apertadas para o resto do ano, os membros da OPEP+ não tinham motivos para mudar o calendário estabelecido para aumentar gradualmente a produção mensal.

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PSI-20 sobe 1% e atinge máximos de três anos

O principal índice nacional arrancou em setembro a valorizar 1%, após a subida de 7% em agosto, e atingiu máximos de agosto de 2018. Já recuperou totalmente do impacto da pandemia.

O PSI-20 fechou esta quarta-feira, a primeira sessão deste mês, a subir 1,02% para os 5.472,53 pontos. Com a subida de 7% em agosto e este arranque positivo em setembro, o principal índice nacional atingiu um máximo de agosto de 2018, ou seja, de três anos. Um ano e meio depois, o PSI-20 recupera totalmente do impacto da pandemia que se fez sentir principalmente em fevereiro e março do ano passado.

É preciso recuar a 28 de agosto para ver uma cotação do PSI-20 superior (acima dos 5.500 pontos) à de fecho deste dia. Em fevereiro de 2020, o índice não estava muito longe desse nível (5.435 pontos a 20 de fevereiro, por exemplo) e aí começou a derrocada provocada pela propagação da Covid-19, levando o PSI-20 a tocar nos 3.600 pontos.

Desde então, o índice tem recuperado, com algumas correções pelo meio, e só agora recuperou do nível pré-pandemia, após três sessões consecutivas de ganhos e um mês de agosto que foi o melhor do ano com uma valorização acumulada de 7%.

Fonte: Refinitiv/Reuters.

Nesta quarta-feira em Lisboa apenas quatro cotadas fecharam em terreno negativo, com destaque para a Galp Energia que caiu 0,88% para os 8,59 euros. As três restantes são a Altri, a Sonae e a Navigator.

As restantes cotadas fecharam em terreno positivo com destaque para a Pharol cujas ações valorizaram 4,71% para os 10 cêntimos. Segue-se a Semapa, que valorizou 3,33% para os 12,4 euros, e a EDP, que subiu 2,9% para os 4,78 euros, após a Berenberg ter revisto em alta a avaliação dos seus títulos. O BCP também avançou 2,9% para os 13,5 cêntimos.

Ainda com valorizações superiores a 1% está a Corticeira Amorim, a EDP Renováveis, Novabase, Ramada Investimentos e Ibersol. Nota ainda para a Mota-Engil que valorizou 0,89% para os 1,36 euros antes de divulgar os resultados semestrais esta quinta-feira.

O PSI-20 seguiu assim a tendência globalmente positiva das bolsas europeias nesta sessão. O Stoxx 600, o índice europeu que agrega as 600 principais cotadas europeias, valorizou 0,5%.

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Sonae fecha venda de 50% da Maxmat por 68 milhões

Retalhista alienou metade do capital da Maxmat à Cimentos Estrada Pedra. Negócio vai gerar mais-valia de 42 milhões de euros, acima do previsto inicialmente.

A Sonae fechou a venda de 50% do capital da Maxmat à Cimentos Estrada Pedra por 68 milhões de euros, numa operação que vai gerar uma mais-valia de 42 milhões de euros para a retalhista nacional, refere um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“A Sonae anuncia que a sua subsidiária Sonae MC concluiu a alienação de 50% do capital social da Modelo – Distribuição de Materiais de Construção (Maxmat) à Cimentos Estrada Pedra, uma entidade integralmente detida pela Buildings Materials Europe (Groupe BME)”, que já controla os restantes 50% da empresa, lê-se no documento publicado esta quarta-feira.

Esta venda, refere a Sonae, “irá gerar uma mais-valia de aproximadamente 42 milhões de euros nas contas consolidadas da Sonae“, acima dos 40 milhões de euros previstos inicialmente, tal como anunciou a empresa a 27 de maio. O negócio já recebeu “luz verde” da Autoridade da Concorrência.

Em maio, a Sonae afirmou que esta operação “permitirá à Sonae MC fortalecer o seu balanço e continuar a gerir ativamente o seu portfólio, capitalizando numa atrativa transação para criar valor para o seu acionista”.

A Maxmat é uma retalhista hard-discount no mercado de bricolage, construção, banho e jardim, que opera uma rede de 30 lojas, apoiada por mais de 500 colaboradores e que registou um volume de negócios de 116 milhões de euros no ano passado.

(Notícia atualizada às 17h24 com mais informação)

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Regulador europeu alerta para potencial “grande correção” nos mercados

Bolsas e mercados obrigacionistas já deixaram a pandemia para trás. ESMA duvida que os preços dos ativos estejam sustentados e alerta para possível "grande correção" nos mercados.

Com os mercados financeiros da União Europeia em níveis iguais ou superiores à pré-pandemia, os investidores institucionais e de retalho poderão ser surpreendidos com uma “correção significativa” dos preços dos ativos, alertou esta quarta-feira o regulador europeu do mercado de capitais.

A Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados (ESMA) vê os mercados obrigacionistas “muito acima dos níveis pré-Covid-19”, enquanto lembra que o “aumento do comportamento de risco levou à volatilidade nas ações (por exemplo, movimentos de mercado relacionados com a GameStop) e mercados de criptoativos, bem como à materialização de riscos com eventos como os casos Archegos ou Greensill”.

“No futuro, esperamos continuar a ver um período prolongado de risco para os investidores institucionais e de retalho de mais – e possivelmente significativas – correções de mercado”, avisou a ESMA no relatório sobre tendências, riscos e vulnerabilidades nos mercados, publicado esta quarta-feira.

É certo que a primeira metade do ano trouxe uma melhoria das perspetivas económicas, à boleia dos planos de vacinação e das intervenções dos governos e banco central. Ainda assim, a ESMA tem dúvidas sobre se os preços estão devidamente sustentados.

“As avaliações crescentes em todas as classes de ativos, as oscilações maciças de preços dos criptoativos e riscos impulsionados por acontecimentos observados no primeiro semestre, perante elevados volumes de negociação, levantam questões sobre o aumento do comportamento de tomada de risco e possível exuberância do mercado”, considera.

Nesse sentido, frisa: “As tendências atuais do mercado precisarão mostrar a sua resiliência durante um longo período de tempo para que seja feita uma avaliação de risco mais positiva”.

Segundo a ESMA, a materialização destes riscos irá depender “de forma crítica” daquilo que foram as expectativas dos investidores em relação à evolução das medidas de apoio lançadas pelos governos e pelo Banco Central Europeu (BCE) para mitigar o impacto económico do surto de coronavírus e relançar a retoma.

Aliás, o ritmo de recuperação económica e as expectativas de inflação também jogarão um papel decisivo, considera o regulador.

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Alemanha: Teletrabalho agravou custos das empresas expostas a ciberataques

  • ECO Seguros
  • 1 Setembro 2021

Nove em cada 10 empresas alemãs foram afetadas este ano por eventos cibernéticos de natureza criminosa. Nos EUA, os preços de seguro cibernético subiram 25% no segundo trimestre.

Com os funcionários a trabalharem “a partir de casa” durante a pandemia, as empresas alemãs registaram cerca de 53 mil milhões de euros de prejuízos causados por ciberataques, estimou o Instituto de Pesquisa Económica de Colónia.

Os danos globais resultantes de roubo de dados, espionagem e ações de sabotagem informática atingiram um valor recorde de 223 mil milhões de euros no ano 2020, mais do dobro do valor reportado noutro inquérito de 2018-2019. O aumento do trabalho remoto foi responsável por cerca de um quarto do aumento, segundo a investigadora Barbara Engels, referenciando um inquérito da Bitkom Research GmbH.

O estudo especializado mostra que nove em cada 10 empresas (88%), foram afetadas por ciberataques no período 2020-2021, mais do que os 75% de vítimas quantificadas no período anterior (2018-2019), indica o estudo da associação Bitkom abrangendo mais de mil empresas alemãs de diversos setores.

Em muitas situações, “não havia computadores portáteis da empresa, cursos de formação e recomendações de segurança“, disse Engels admitindo que o montante real de danos pode ser maior, uma vez que os dados do inquérito não incluem empresas mais pequenas que provavelmente terão sido obrigadas a maior esforço para salvaguardar os sistemas de informação (TI).

As ligações WiFi domésticas são tipicamente mais fáceis de piratear do que as redes das empresas, e apenas 16% das empresas alemãs aumentaram os seus orçamentos de segurança de TI durante a pandemia, revelou outro inquérito do Gabinete Federal de Segurança das Comunicações.

EUA: prémios do seguro cibernético disparam no 2º trimestre

O prémio de seguro cibernético aumentou no segundo trimestre de 2021, de acordo com um índice de preços divulgado pelo Council of Insurance Agents & Brokers (CIAB) para o mercado norte-americano de linhas comerciais de seguros gerais (P&C).

No conjunto dos ramos de seguro, embora observando moderação na tendência altista, os preços aumentaram pelo 15º mês consecutivo, registando crescimento de 8,3% entre abril e junho, depois de terem crescido 10% no 1ºT. Nos seguros cibernéticos, com o incremento de incidentes verificados no segundo trimestre, o aumento médio do prémio para esta linha de proteção atingiu 25,5%, contra 18% no trimestre precedente e 11% no último trimestre de 2020.

O rápido aumento de eventos do tipo ransomware (ciberataques com plano de resgate) potenciou a necessidade de os corretores de seguros “trabalharem com os clientes no sentido de desenvolverem e aplicarem medidas mais robustas de gestão de risco para lidarem com a ameaça crescente”. Num mundo onde os ciberataques “dispendiosos estão a tornar-se a norma em vez da exceção, o corretor está numa posição única para ajudar os clientes a identificar vulnerabilidades, encontrar coberturas e protegerem as suas empresas,” salientou Ken Crerar, presidente do CIAB.

O estudo da organização profissional indica que 95% dos intermediários de seguros participantes no inquérito do CIAB disseram ter registado aumento da procura de seguro cibernético. Deste universo, um terço afirmou que “o aumento da procura foi significativo.”

Mais de três quartos dos inquiridos (79%) confirmou ter recebido mais participações de sinistros cibernéticos, um dado que também explica o incremento no valor do prémio, refere a organização acrescentando que os processos de litigância também agravaram os custos com a sinistralidade.

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Daniel Barbosa é o novo CFO da OGMA

Profissional tem mais de 20 anos de carreira na área da energia. Transita da Siemens Energy onde era financial manager.

Daniel Barbosa é o novo CFO da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, transitando da Siemens Energy onde era até aqui financial manager. Profissional tem mais de 20 anos de carreira na área da energia, em várias funções e geografias.

“É com muita motivação que encaro esta oportunidade de integrar uma empresa como a OGMA, que alia a inovação tecnológica e a elevada competência técnica dos seus colaboradores a mais de 100 anos de experiência no setor aeronáutico. Acredito que posso dar o meu contributo para que a OGMA possa superar os desafios atuais e futuros que se colocam a uma indústria tão competitiva como é a aviação”, afirma Daniel Barbosa, citado em nota de imprensa.

Licenciado em Gestão pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (Universidade Técnica de Lisboa), com 20 anos de experiência na área de gestão no setor da energia, Daniel Barbosa era até aqui financial manager na Siemens Energy Portugal, empresa onde ocupou diferentes funções em diferentes geografias.

“Entre 2019 e 2020, foi Vice-Presidente Sénior de energy transmission solutions Latin America na Siemens Colômbia, liderando as áreas de vendas, engenharia, execução de projetos, compliance e segurança, que acumulou com a função de CFO que vinha desempenhando desde 2017”, informa nota de imprensa. Foi CFO na área de energy high voltage products Central America na Siemens México, liderando as áreas financeiras da região, assim como controlling, compras e IT (2014-2017).

“Na Siemens Portugal assumiu diferentes posições, nomeadamente CFO da área energy transmission (2011- 2014), liderando a área financeira da área de negócio; CFO da área energy transmission and distribution (2006-2011), tendo a seu cargo a área financeira da área de negócio de projetos, produtos, serviços, análise e implementação de investimentos, e commercial project manager da área Power Generation, tendo a seu cargo o controlo financeiro geral do projeto, de cada especialidade e movimentos financeiros”, informa a mesma nota. A sua entrada no mercado laboral deu-se em 2000 como estagiário na área de Power Service.

Assume agora o desafio de liderar a área financeira e de tecnologias da informação da OGMA, empresa de aeronáutica detida, desde 2005, em 65% pela Airholding SGPS (100% EMBRAER) e em 35% pela Empordef (100% Estado Português).

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Pandemia cria divisões entre Norte e Sul da UE

  • Joana Abrantes Gomes
  • 1 Setembro 2021

Um estudo divulgado esta quarta-feira constata que os cidadãos europeus se sentem na generalidade menos livres do que há dois anos e avisa que tal pode promover um "clima frágil" na política europeia.

A Norte, Sul, Ocidente ou Leste do continente europeu, a pandemia de Covid-19 não afetou todos por igual. Um estudo do European Council on Foreign Relations (ECFR, na sigla em inglês) veio revelar algumas divisões geográficas e geracionais potencialmente duradouras por toda a União Europeia (UE). Segundo a sondagem publicada esta quarta-feira, 54% das 16.200 pessoas inquiridas, provenientes de 12 Estados-membros, diz “não ter sido afetada de todo” pelo coronavírus, uma percentagem que baixa para 22% entre os que se sentem livres apesar das restrições à Covid-19.

Porém, o cenário muda de figura quando se analisa país a país. Mais de metade dos inquiridos em seis países do Norte e Ocidente da UE – Dinamarca, Alemanha, França, Holanda, Suécia e Áustria – afirmaram não ter sido de todo impactados pela pandemia, mas, nos seis países do Sul e Leste – Bulgária, Hungria, Itália, Polónia, Portugal e Espanha -, a percentagem de inquiridos que disseram o mesmo é menos de 50%, com a maioria a declarar ter sido afetada pela doença ou financeiramente. Entre os portugueses, 39% afirmam não ter sido afetados de todo pela pandemia, enquanto 31% dizem ter apenas sofrido impacto financeiro e 30% afetados pela doença.

A estas diferenças soma-se uma divisão geracional, com quase dois terços dos inquiridos acima dos 60 anos de idade a afirmarem que não tiveram repercussões pessoais da Covid-19, uma percentagem que baixa para 43% entre os menores de 30 anos. A idade é ainda fator quanto à atribuição de responsabilidades pela propagação da pandemia: 51% das pessoas com mais de 60 anos culpa os indivíduos, enquanto os europeus abaixo de 30 anos responsabilizam sobretudo os governos e outras instituições (49%) em vez dos indivíduos (42%).

O relatório do ECFR observa que, “em alguns aspetos, isto não é surpreendente”, porque muitas políticas são organizadas “em torno dos interesses dos cidadãos mais velhos que votam e não dos mais jovens que herdarão a terra”. Além do mais, “há um sentimento generalizado em muitas sociedades de que o futuro dos jovens tem sido sacrificado em benefício dos seus pais e avós”, acrescenta.

O think tank, sedeado em Bruxelas, destaca ainda uma terceira divisão, que diz respeito à ideia de liberdade. Da totalidade dos inquiridos, apenas 22% disseram sentir-se livres apesar das restrições à Covid-19, contra 64% que o dizia antes da pandemia. A percentagem de pessoas que dizem não se sentir livres aumentou entretanto para 27%, quando há dois anos era de 7%. A perda de liberdade é particularmente sentida na Áustria e nos Países Baixos, onde a percentagem de pessoas que se sentem livres diminuiu mais de 60 pontos percentuais nos últimos dois anos, fixando-se em 15% e 19%, respetivamente. Em Portugal, apenas 16% dos inquiridos consideram-se livres.

Numa declaração, o diretor e fundador do ECFR e coautor do inquérito, Mark Leonard, alertou que as “grandes divisões” que surgiram devido à Covid-19 “podem ser tão graves como as que se verificaram durante as crises do euro e dos refugiados“. “Isto promove um clima frágil em muitas partes da Europa e, para os governos nacionais e a UE, pode representar um problema, numa altura em que procuram restaurar as liberdades pessoais e implementar os seus planos de recuperação da Covid-19″, afirmou.

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Unicre avalia forma de poder participar no IVAucher

  • Lusa
  • 1 Setembro 2021

A Unicre está a avaliar a “melhor forma” de poder participar no IVAucher, de forma a disponibilizar na rede de TPA da Reduniq o serviço associado ao programa de desconto do IVA.

A Unicre está a avaliar a “melhor forma” de poder participar no IVAucher, de forma a disponibilizar na rede de TPA da Reduniq o serviço associado ao programa de desconto do IVA, disse à Lusa fonte oficial da empresa.

Neste momento, estamos a avaliar a melhor forma de poder participar neste programa de recuperação da economia, disponibilizando aos nossos clientes empresariais o serviço IVAucher através da rede de TPA [terminais de pagamento automático] da Reduniq”, referiu.

Criado no Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), o IVAucher pretende estimular o consumo nos setores da restauração, alojamento e cultura, três dos mais afetados pela pandemia, permitindo que os consumidores possam acumular o IVA suportado em gastos nesses setores e descontá-lo em novas compras.

A fase de acumulação do IVA decorreu de 1 de junho a 31 de agosto, bastando para o efeito que os consumidores associassem o seu NIF às faturas naqueles três setores.

De 1 de outubro a 31 de dezembro decorrerá a fase do desconto do valor acumulado, podendo este ser usado para pagar até 50% de um novo consumo na restauração, alojamento ou cultura.

Na resposta à Lusa, a Unicre, que detém a rede de aceitação de cartões Reduniq, assinala contudo já ser possível aos seus clientes particulares “registar o seu cartão de pagamento Unibanco” ao aderirem IVAucher, podendo desta forma usar com este cartão o valor de IVA acumulado através deste programa.

Na segunda-feira, um comunicado do Ministério das Finanças adiantava ter sido desenvolvida em conjunto com a Saltpay, a entidade operadora do programa, uma solução para integrar os bancos, “com o propósito de tornar a utilização do saldo do IVAucher mais universal” e de facilitar a adesão dos comerciantes.

“Esta solução permite que os comerciantes integrem o Programa IVAucher mantendo os seus métodos de pagamento eletrónicos habituais, sendo o saldo IVAucher reembolsado diretamente pelas instituições bancárias na conta bancária do consumidor”, precisou o Ministério das Finanças.

Os comerciantes mantém também a opção de disponibilizar aos clientes os descontos através da rede da entidade operadora do sistema, a Saltpay, nomeadamente TPA, aplicação IVAucher e software de faturação.

Neste caso, o desconto não é feito via reembolso, sendo imediato, ou seja, é logo processado quando a pessoa paga a conta.

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Onde é que os líderes de RH vão buscar inspiração? Ter “role models” é fundamental para a gestora de pessoas da Glintt

Ter os exemplos de outras pessoas na sua vida -- quer profissional, quer pessoal -- é a maior fonte de inspiração da gestora de pessoas da Glintt.

Liderar pessoas, definir processos e conciliar interesses requer uma boa dose de flexibilidade mental e inovação. Mas nem sempre a inspiração está no auge. A Pessoas foi perguntar a vários líderes de recursos humanos onde é que vão buscar inspiração para a sua liderança.

Inês Pinto, head of human resources da Glintt desde 2018 mas na empresa desde 2013, revela onde se inspira para desenvolver em pleno as suas funções. Formada em Psicologia dos Recursos Humanos, do Trabalho e das Organizações, a responsável de RH lidera as mais de mil pessoas da consultora que está, neste momento, com um processo de recrutamento em curso. À procura de praticamente uma centena de novos talentos, a empresa inaugura novo escritório em setembro. Bragança recebe o quarto escritório da Glintt, juntando-se aos já localizados em Sintra, Porto e Coimbra.

Inês Pinto, head of human resources da Glintt.

Ter os exemplos de outras pessoas na sua vida — quer profissional, quer pessoal — é a maior fonte de inspiração da gestora. “Ao longo da minha vida tive a sorte de ter vários role models, que têm sido a minha inspiração e que me acompanharam e acompanham no meu percurso profissional. Falo, naturalmente, da família, amigos e das pessoas que tive a sorte de conhecer profissionalmente e que, ainda hoje, me inspiram”, refere Inês Pinto, em conversa com a Pessoas.

“Liderar pelo exemplo é, para mim, uma das maiores qualidades de um líder, porque envolve uma gestão conjunta das suas hard e soft skills”, continua, acrescentando que as pessoas estão mais predispostas a evoluir quando veem os seus gestores a dar o exemplo. “Aqui o ditado inverte: ‘faz o que eu faço…’, porque as ações oferecem uma experiência que as palavras (sozinhas) não conseguem.”

As empresas, por sua vez, cada vez mais globais, têm colaboradores “mais diversificados do que nunca”. “A comunicação tem de ser cada vez mais transparente e criativa, e os processos internos mais colaborativos e menos hierárquicos, defende. Já não só apenas os quadros superiores que podem ser líderes, no limite cada um pode ser líder de si próprio.

Liderar pelo exemplo é, para mim, uma das maiores qualidades de um líder, porque envolve uma gestão conjunta das suas hard e soft skills.

Inês Pinto

Head of human resources da Glintt

“Há muitas formas de liderança e na Glintt isso é bem visível”, diz. “Mais do que um cargo ou uma posição na hierarquia, liderar é ter uma atitude empreendedora. Ter ao nosso lado alguém que inspire, guie, motive, instrua, corrija, oriente e influencie — oferecendo aos colegas e à equipa o melhor caminho para a conquista dos resultados e para o crescimento profissional e humano de cada um — é o que mais me inspira e que procuro espelhar”, finaliza.

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