Amazon vai contratar 55 mil nos próximos meses para ganhar poder de fogo

As novas contratações representam um aumento de 20% no pessoal da área tech e corporativa da Amazon, áreas que absorvem cerca de 275 mil colaboradores em todo o mundo. 

A Amazon quer contratar 55 mil colaboradores a nível global nos próximos meses para dar maior poder de fogo à companhia na resposta à procura dos serviços na área do retalho, na nuvem (cloud) e publicidade, bem como de outras áreas de negócio do gigante tecnológico, anunciou o novo CEO Andy Jassy, em entrevista à Reuters.

As contratações deverão arrancar já em meados de setembro, altura em que a Amazon organiza a feira anual de recrutamento. Dos mais de 55 mil empregos anunciados, cerca de 40 mil são para posições nos Estados Unidos, com as restantes para mercados como a Índia, Alemanha e Japão. As novas contratações representam um aumento de 20% no pessoal da área tech e corporativa da Amazon, áreas que absorvem cerca de 275 mil colaboradores em todo o mundo.

Jassy, na sua primeira entrevista desde que assumiu funções em julho, referiu que a empresa precisa de maior poder de fogo para dar resposta à procura de serviços das diversas unidades. A empresa, com o projeto Kuiper está a apostar no lançamento de satélites para aumentar o acesso à banda larga, iniciativa que irá exigir o recrutamento de mais e novos talentos, apontou. Engenharia, research science e robótica são algumas das posições para as quais a companhia procura profissionais.

A Amazon já é o segundo maior empregador privado nos Estados Unidos, tendo contratado mais de 500 mil pessoas em 2020, a sua grande maioria para a área de armazéns e entregas, área que tem uma rotatividade significativa de colaboradores.

A empresa está a investir fortemente na construção de armazéns e a aumentar o salário para atrair mais colaboradores, de modo a responder ao aumento do ecommerce. A Amazon tem sido “muito competitiva em termos de compensação”, diz Andy Jassy. “Lideramos com o salário mínimo de 15 dólares” e, em alguns estados, em média, “o salário é na verdade 17 dólares/hora”.

A companhia tem estado sob o escrutínio público devido às suas práticas laborais. Questionado sobre como poderia mudar essa cultura, Jassy considera que o foco no cliente e a capacidade de invenção da empresa dá espaço para melhoria. “Todas as pessoas na empresa têm a liberdade — e na verdade a expectativa — de olhar criticamente para a forma como podemos fazer melhor e inventar novas formas de fazer melhor”, disse.

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Tribunal Supremo espanhol confirma multa de 900 mil euros à EDP

  • Lusa
  • 1 Setembro 2021

A multa sanciona o incumprimento medidas de proteção ao consumido, estabelecidas na lei espanhola do setor elétrico.

O Tribunal Supremo espanhol confirmou esta quarta-feira uma multa de 900 mil euros aplicada à EDP em 2017 pela Comissão Nacional de Mercado e Concorrência (CNMC), por não cumprir medidas de proteção ao consumidor.

Segundo avança a agência Efe, a coima sanciona o incumprimento destas medidas, estabelecidas na lei espanhola do setor elétrico.

A CNMC considerou indevida uma penalização aplicada pela EDP a uma empresa, de 2.400 euros, por mudar de fornecedor, apesar de esta ter cumprido com o pré-aviso de 15 dias previsto na lei.

De acordo com a Efe, o regulador impôs assim a multa a EDP, depois de comprovar que a empresa incluía estas cobranças nos contratos de baixa tensão dos clientes não domésticos, contrariando o determinado na lei.

Por isso, o organismo obrigou a EDP a mudar estes contratos para que incluam uma série de condições em caso de rescisão por parte do cliente.

Em comunicado, a CNMC explica que esta decisão teve origem numa queixa contra a Hidrocantábrico Energía (agora EDP) enviada ao regulador em 2014.

A EDP, de acordo com este comunicado, discordou da decisão do regulador, considerando que “as medidas de proteção ao consumidor só devem aplicar-se em contratos de fornecimento de determinados consumidores merecedores de especial proteção”, nomeadamente os domésticos.

“A possibilidade de resolver antecipadamente um contrato de fornecimento não é equiparável” ao direito de mudar de fornecedor “sem nenhum custo”, alegou.

O Tribunal espanhol discordou destes argumentos, considerando que estas provisões “também são aplicáveis às empresas conectadas à rede de baixa tensão e não só aos consumidores domésticos”.

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Law Momentum é a nova consultora de comunicação do setor da advocacia

A nova consultora especializada no setor da advocacia empresarial, a Law Momentum, quer colaborar com as firmas de advogados que pretendam encontrar o seu próprio posicionamento no mercado.

A Law Momentum é a nova consultora especializada no setor da advocacia empresarial, na área da comunicação nacional e internacional. O principal objetivo é colaborar com as firmas de advogados que pretendam encontrar o seu próprio posicionamento com vista à “intensificação da sua notoriedade no mercado global”.

“Esta consultora de comunicação surge numa altura em que as sociedades de advogados começam a apostar numa estratégia de comunicação, ou ações pontuais neste âmbito, que se demonstram essenciais na edificação da sua atividade core, através de uma divulgação sustentada e permanente”, refere em comunicado.

Rita Proença Varão é a mentora do projeto. A Law Momentum conta ainda com profissionais especializados em todas as vertentes de comunicação, reunindo as valências necessárias ao desenvolvimento de uma oferta de serviço que pretende agilizar e muscular uma comunicação fluida e sistemática entre as sociedades de advogados suas clientes e os meios de comunicação a nível nacional e internacional, dinamizar os seus suportes digitais, colaborar na implementação de eventos, desenvolver canais próprios de articulação com o mercado, criando sinergias numa oportunidade ampla de comunicação.

“O serviço a prestar tem como base a experiência adquirida pelos seus colaboradores. Presta um serviço “intangível” de conhecimento, especializado e qualificado, e que se personaliza de acordo com as necessidades de cada sociedade e com a sua própria cultura e personalidade corporativa”, refere Rita Proença Varão.

Para a mentora, face à concorrência existente nos dias de hoje, o setor da advocacia empresarial está continuamente sob escrutínio e as firmas veem como imperativo a divulgação e o reconhecimento dos seus serviços, para aumentar a sua visibilidade entre o mundo empresarial.

“As sociedades precisam alavancar os seus serviços através da comunicação para eficazmente estabelecerem uma imagem credível no setor, distinguirem-se pelas suas características, imporem-se pela sua cultura e atividade, e assim construírem uma marca e notoriedade própria, que engloba a organização e cada um dos seus advogados como um todo. A Law Momentum, ciente desta realidade, criou a estrutura adequada para ser um parceiro eficaz neste caminho que se impõe”, acrescenta.

Desde a articulação com diretórios internacionais, que avaliam as diversas áreas de prática de uma sociedade, à formação dos seus colaboradores em temas de comunicação, preparando-os para situações de articulação com os media, assessoria na sua atividade nas redes digitais, ou acompanhamento na construção de uma imagem personalizada e única que faz o ADN de cada sociedade, a Law Momentum pretende ser o parceiro da sociedade e do seu departamento de comunicação, com um apoio eficaz, canalizado e eficiente neste contexto.

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Wall Street arranca setembro em alta. Zoom recupera após queda de 16%

Os três principais índices norte-americanos estão a negociar em alta nesta primeira sessão de setembro, após as férias.

Wall Street arrancou a sessão desta quarta-feira em “terreno” positivo, após o S&P 500 ter alcançado sete meses consecutivos de ganhos. Os três principais índices norte-americanos fecharam agosto em alta e mantêm a tendência no início de setembro num dia em que os investidores digerem os dados do emprego.

Os números mostram uma evolução menos positiva do que a esperada: as empresas criaram menos empregos em agosto do que o previsto, num total de 374 mil postos de trabalho, o que compara com a estima do Dow Jones de 600 mil empregos.

Os mercados aguardam agora pelos dados mais completos que vão ser divulgados na sexta-feira, mas já existe a expectativa de que piores número do mercado de trabalho levem a Reserva Federal norte-americana a atrasar a redução da compra de ativos que está prevista ainda para este ano, o que tenderia a beneficiar os mercados bolsistas.

O Dow Jones está inalterado nos 35.361,38 pontos, o S&P 500 valoriza 0,12% para os 4.528,28 pontos e o Nasdaq avança 0,47% para os 15.331,46 pontos, quebrando mais um recorde.

De acordo com a CNBC, são as ações mais cíclicas, que beneficiam da reabertura da economia, que estão a ganhar “terreno” neste momento, nomeadamente os casinos como o Las Vegas Sands. O setor da energia, como a Exxon Mobil, e o setor da banca, como o Citigroup e o Bank of America, também estão a valorizar.

Entre as cotadas, o destaque vai para as ações do Zoom que estão a subir quase 3% após a queda de 16% na sessão anterior. A conhecida investidora Cathie Wood revelou que comprou cerca de 200 mil ações da empresa durante essa quebra da cotação.

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Concurso para nova ponte rodoviária sobre o Douro entre Porto e Gaia com sete candidatos

  • Lusa
  • 1 Setembro 2021

As propostas deverão incluir um estudo prévio da solução global da ponte que os candidatos se propõem executar, cumprindo com os requisitos técnicos e outros impostos nas peças de concurso.

O concurso público de conceção-construção de acessos e da nova ponte rodoviária sobre o Douro, que vai ligar o Porto e Vila Nova de Gaia, tem sete candidatos, anunciou esta quarta-feira a Câmara Municipal de Gaia.

“De seguida, irá decorrer a respetiva análise do júri, a fim de selecionar os candidatos que cumpram com os requisitos técnicos e financeiros estabelecidos no concurso”, adiantou esta autarquia do distrito do Porto, em comunicado.

O município recorda que este é “um Concurso Limitado por Prévia Qualificação, cuja primeira fase do procedimento, em curso, visa a qualificação prévia dos candidatos”. Numa segunda fase, acrescentou, os candidatos selecionados serão convidados a apresentar propostas, tendo um prazo de sete meses para o fazer.

É ainda descrito que as propostas deverão incluir um estudo prévio da solução global da ponte que os candidatos se propõem executar, cumprindo com os requisitos técnicos e outros impostos nas peças de concurso.

Terminada a fase de concurso, que culmina com a adjudicação ao concorrente vencedor, iniciar-se-á a fase de execução contratual, a qual é composta por dois momentos: a execução de estudos e projetos, durante os primeiros 12 meses, e a execução da empreitada, nos 24 meses seguintes, acrescidos de dois meses de ensaios.

O preço base do concurso de conceção-construção é de 38,5 milhões de euros e determina um prazo máximo de execução de 1.150 dias, cujo custo da obra será totalmente assumido pelos dois municípios.

Esta nova travessia, que foi anunciada em abril de 2018 com um custo estimado de 12 milhões de euros, será construída a montante da ponte de São João (ferroviária) e a jusante da ponte do Freixo (rodoviária), ligando a zona de Quebrantões, em Oliveira do Douro, concelho de Gaia, à marginal ribeirinha do Porto, mas especificamente à Avenida Paiva Couceiro.

O nome “Ponte D. António Francisco dos Santos” foi escolhido em homenagem ao bispo da Diocese do Porto que morreu em setembro de 2017.

A travessia terá uma extensão total aproximada de 625 metros, dos quais 300 metros sobre o leito do rio Douro e os restantes 325 metros sobre terrenos de Vila Nova de Gaia. O desenho prevê um tabuleiro com duas faixas de rodagem, duas vias de circulação cada, um separador central, assim como passeios e ciclovias unidirecionais de ambos os lados.

Em Vila Nova de Gaia, o acesso à futura ponte será realizado através da construção de uma rotunda e de um novo arruamento com aproximadamente 590 metros de extensão, que por sua vez ligará à rotunda Gil Eanes.

Já do lado do Porto, os acessos à nova travessia preveem a construção de uma rotunda sobrelevada à atual avenida Paiva Couceiro, interligada a esta através de dois ramos de ligação em viaduto.

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Portugal regista mais 14 mortes e 1.565 casos por Covid-19. Incidência sobe para 303,5 casos/100 mil habitantes

Morreram mais 14 pessoas por Covid-19 e foram identificadas 1.565 novas infeções nas últimas 24 horas. A incidência a nível nacional subiu para 303,5 casos por 100 mil habitantes.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 1.565 novos casos de Covid-19, elevando o número total de infetados desde o início da pandemia para 1.039.492. O boletim diário desta quarta-feira revela ainda mais 14 mortes nas últimas 24 horas, para um total de 17.757 óbitos. A incidência média no território nacional subiu para 303,5 casos por 100 mil habitantes, enquanto o risco de transmissibilidade (Rt) estabilizou nos 0,98.

O boletim dá conta de um total de 978.462 recuperados, mais 2.365 do que no balanço anterior. Há, neste momento, 43.273 casos ativos em Portugal, menos 814 face a terça-feira.

A maioria dos infetados continua a recuperar em casa e volta a registar-se um ligeiro aumento no número de pessoas hospitalizadas com a doença. Atualmente, 681 doentes estão internados em unidades hospitalares (mais quatro nas últimas 24 horas), dos quais 131 em unidades de cuidados intensivos (menos cinco).

Em termos regionais, a maioria das novas infeções volta a ser registada em Lisboa e Vale do Tejo (LVT). Dos 1.565 novos casos confirmados, 572 localizam-se nesta região (36,5%), seguindo-se a região Norte, que contabilizou 495 novas infeções (31,6%).

Boletim epidemiológico de 1 de setembro:

Neste contexto, LVT é a região com mais casos e mortes registados até ao momento (403.424 casos de infeção e 7.594 mortes), seguindo-se o Norte (400.128 casos e 5.512 mortes), o Centro (138.499 casos e 3.095 mortes), o Alentejo (37.331 casos e 1.006 mortes) e o Algarve (39.809 casos e 437 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 8.557 casos e 41 mortos, enquanto a Madeira regista 11.744 casos e 72 vítimas mortais.

Há ainda 44.712 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, por terem tido contacto com casos confirmados de Covid-19, ou seja, menos 218 face a terça-feira.

Rt estabiliza, mas incidência sobe

Os dados da DGS revelam ainda que o valor do Rt, que mostra quantas pessoas cada infetado contagia em média, está em 0,98 a nível nacional e em 0,99 no continente. Trata-se, portanto, de uma uma estabilização quer a nível nacional, quer no continente, o que coloca Portugal na zona laranja da matriz de risco do Governo.

Matriz de risco com dados de 1 de setembro de 2021Fonte: Direção-Geral da Saúde

Em contrapartida, a incidência (média de novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias) subiu ligeiramente, estando agora em 303,5 casos por 100 mil habitantes a nível nacional e em 310,2 casos por 100 mil habitantes no continente (na última atualização anterior estes valores eram 297,7 por 100 mil habitantes e 303,3 por 100 mil habitantes, respetivamente).

(Notícia atualizada pela última vez às 14h56)

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Marcelo veta alteração à Lei do Cibercrime após “chumbo” do Constitucional

  • ECO
  • 1 Setembro 2021

Presidente da República devolveu diploma à Assembleia da República, sem promulgação, isto depois de Tribunal Constitucional ter considerado as alterações inconstitucionais.

O Presidente da República vetou a alteração à Lei do Cibercrime, que previa o acesso a e-mails sem ordem de um juiz, na sequência do “chumbo” do Tribunal Constitucional.

“Na sequência do Acórdão do Tribunal Constitucional, que considerou inconstitucionais normas do diploma que submeteu a fiscalização preventiva da constitucionalidade, o Presidente da República devolveu à Assembleia da República, sem promulgação, nos termos do artigo 279.º, 1. da Constituição, o Decreto que alterou a Lei do Cibercrime (Decreto n.º 167/XIV, da Assembleia da República, na parte em que altera o artigo 17.º da Lei n.º 109/2009, de 15 de setembro, conhecida como Lei do Cibercrime)”, lê-se na nota publicada no site da Presidência.

O Tribunal Constitucional declarou esta segunda-feira, por unanimidade, a inconstitucionalidade de normas da Lei do Cibercrime que previam o acesso a e-mails sem ordem de um juiz, na sequência do pedido de fiscalização do Presidente da República.

Num comunicado lido pelo presidente do TC, João Caupers, os juízes entenderam que as normas resultariam numa “restrição dos direitos fundamentais à inviolabilidade da correspondência e das comunicações e à proteção dos dados pessoais no âmbito da utilização da informática, enquanto manifestações específicas do direito à reserva de intimidade da vida privada, em termos lesivos do princípio da personalidade”.

O diploma agora vetado teve como base uma proposta de lei do Governo, da qual resultou um texto final apresentado pela Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, aprovado em votação final global em 20 de julho, com votos a favor de PS, PSD, BE, PAN, PEV, Chega e das deputadas não inscritas Cristina Rodrigues e Joacine Katar Moreira, com abstenções de PCP, CDS-PP e Iniciativa Liberal.

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Fusões e aquisições em Portugal caem 68% no 1.º semestre

  • Lusa
  • 1 Setembro 2021

Imobiliário é o setor mais ativo do ano em relação ao capital movimentado, surgindo o setor de tecnologia em segundo lugar, diz a TTR.

O mercado de fusões e aquisições em Portugal caiu 68% em volume e 24% em número de transações, durante o primeiro semestre, face ao semestre homólogo anterior, segundo uma análise da plataforma TTR – Transactional Track Record.

A plataforma, que analisa mensalmente este mercado, registou até 24 de agosto 52 fusões e aquisições, entre anunciadas e fechadas, mobilizando um capital de 1,3 mil milhões de euros e uma diminuição de 24% no volume de transações no setor imobiliário.

Este setor, segundo a TTR, é o mais ativo do ano em relação ao capital movimentado, surgindo o setor de tecnologia em segundo lugar, com 904 milhões de euros, e em terceiro o setor financeiro e seguros, com 855 milhões de euros.

“Até 24 de agosto de 2021, em comparação ao mesmo período do ano passado, houve uma diminuição de 24% no número de transações, bem como uma queda de 68% no valor total das operações”, conclui a plataforma.

Dos últimos 12 meses, setembro de 2020 foi o mais ativo no setor imobiliário, com 13 transações e um total de 998 milhões de euros, enquanto agosto de 2020 e abril de 2021 foram os períodos com menor atividade, registando uma transação cada.

A maioria das transações não foram domésticas: entre as 52 transações realizadas, 30 ocorreram no âmbito cross-border, sendo Espanha o maior investidor em Portugal, com oito transações e mobilizando um total de 466 milhões de euros, seguida pelo Reino Unido, com sete operações e 44,75 milhões de euros. Espanha foi o país escolhido pelos portugueses para investir, com uma transação pelo valor de 5,10 milhões de euros, segundo a TTR.

A maior transação registada até 24 de agosto, num contexto cross-border, foi a aquisição de um portfolio residencial em Portugal pela Memoryzoom, empresa controlada pela francesa Tikehau Capital, a espanhola Talus Real Estate, e pela portuguesa Albatross Capital, cujo valor foi de 300 milhões de euros. A TTR destaca também o aporte de capital de 300 milhões de euros da IAD – Imobiliária ao Domicílio recebido pela norte-americana Insight Partners.

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É preciso “reforçar a presença internacional” do têxtil nacional, diz João Neves

As empresas portuguesas de têxtil e vestuário estão em força na Munich Fabric Start. O secretário de Estado da Economia realça que "Portugal sabe fazer, tem design, preço e proximidade aos mercados".

O secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Neves, que está a acompanhar a comitiva lusa na Munich Fabric Start, considera que este tipo de feiras tem uma”grande importância para o desenvolvimento das exportações” e que é um sinal claro de que o setor está a arrancar. João Neves realça ainda que Portugal está bem posicionado, mas que é necessário “reforçar a presença internacional”.

Da confeção aos tecidos, na Munich Fabric Start estão 31 empresas portuguesas de setor têxtil e vestuário. Para o secretário de Estado Adjunto e da Economia, este número é “a demonstração da enorme capacidade do tecido industrial português (…) Num momento muito difícil as empresas estão presentes para mostrar que o cluster está vivo e que temos produtos que correspondem ao que o mercado precisa”, destaca João Neves, em declarações aos jornalistas na feira, em Munique.

Para o secretário de Estado Adjunto e da Economia, “Portugal sabe fazer, tem design, preço e proximidade aos mercados”, mas está dependente da sustentação da procura tendo em conta a pandemia que levou os consumidores a refugiarem-se em casa. No entanto, João Neves realça que as “pessoas estão a retomar os seus hábitos de consumo”.

O presidente da Anivec e presidente da Calvelex, considera que o balanço da Munich Fabric Start “é bastante positivo” e que as empresas portuguesas querem mostrar que “estão na linha da frente da produção industrial“. César Araújo realça que a “Europa é líder mundial na moda e Portugal quer ter uma palavra nessa liderança”.

Face à importância da exportação para o tecido empresarial português, o secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Neves, realça que o Governo vai reforçar as verbas no próximo quadro financeiro plurianual (2030) destinadas à promoção externa da indústria. “Queremos continuar uma trajetória de ganhos nos mercados internacionais, principalmente na Europa”, destaca João Neves, sem adiantar valores.

“Temos um indicador muito expressivo que é o peso das exportações no PIB, tivemos um percurso muito forte e queremos continuar a reforçar esse caminho”, destaca o secretário de Estado Adjunto e da Economia.

Cerca de 80% do que é produzido no cluster da moda provem de países asiáticos como Vietname, Bangladesh ou Paquistão. A pandemia mostrou ao tecido industrial português que não pode estar dependente desses mercados. João Neves refere que o Governo quer encontrar formas de reduzir esta dependência e “reforçar a capacidade competitiva na proximidade com os mercados de destino”.

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Banco de Portugal inclui ativos virtuais como prioridade na estratégia até 2025

  • ECO
  • 1 Setembro 2021

Banco central divulgou o plano estratégico para 2021-2025, com cinco orientações estratégicas e mais de três dezenas de prioridades, incluindo os ativos virtuais.

O Banco de Portugal divulgou o novo plano estratégico para o período entre 2021-2025. Entre outros aspetos, o supervisor pretende assegurar a proteção do mercado bancário. Neste âmbito, os ativos virtuais surgem como uma das prioridades: “Reforçar a eficácia da supervisão das entidades que exercem atividades com ativos virtuais”.

O plano contempla cinco orientações estratégicas e mais de três dezenas de objetivos que a entidade liderada por Mário Centeno considera ser prioritários nos próximos cinco anos.

1. Robustez do sistema financeiro

  • Contribuir para a reflexão sobre a estratégia, o enquadramento de longo prazo e a implementação da política monetária do Eurosistema;
  • Avaliar as implicações da emissão de uma moeda digital de banco central por parte do Eurosistema e participar no seu desenho e implementação; Plano Estratégico 21-25
  • Revisitar e desenvolver metodologias internas de análise de novos riscos com implicações para a estabilidade financeira e para a política monetária;
  • Acompanhar as implicações das alterações climáticas e da transição energética sobre a política monetária e a estabilidade financeira;
  • Influenciar os desenvolvimentos regulatórios no sistema financeiro, designadamente nas dimensões macroprudencial, microprudencial, de conduta, de resolução e na arquitetura da União Bancária;
  • Robustecer a capacitação operacional da função de resolução em contexto de gestão de crises.

2. Proteção do mercado bancário

  • Monitorizar os impactos da pandemia nos agentes económicos, em particular na qualidade de crédito e na evolução dos ativos não produtivos; definir expectativas de supervisão, avaliar o cumprimento dos planos dos bancos para lidar com os riscos e problemas e com as medidas de supervisão emitidas;
  • Promover adequado governo, conduta e controlo interno das instituições supervisionadas;
  • Acompanhar a evolução e a sustentabilidade dos modelos de negócio das instituições, com foco nas dimensões de transformação digital, resiliência operacional e de gestão dos riscos ambientais;
  • Fazer respeitar o perímetro das entidades supervisionadas e a efetividade do princípio da exclusividade;
  • Reforçar a eficácia da supervisão das entidades que exercem atividades com ativos virtuais;
  • Promover a acessibilidade do público em geral às diferentes soluções de pagamento disponibilizadas, tornando o mercado de pagamentos de retalho em Portugal mais seguro, eficiente e inovador;
  • Avaliar e promover a qualidade dos reportes de informação por parte das instituições e robustecer a informação interna sobre contas bancárias e pagamentos;
  • Proceder à revisão dos modelos de análise de risco de BCFT das entidades supervisionadas, tendo em vista a promoção da eficácia da supervisão preventiva do BCFT;
  • Contribuir para o cumprimento das condições de resolubilidade e de capacidade de absorção de perdas das instituições de crédito;
  • Desenvolver mecanismos de aceleração processual no âmbito do exercício da função sancionatória;
  • Dinamizar uma estratégia de médio/longo prazo de literacia financeira digital para Portugal, que promova a inclusão financeira através da utilização adequada e segura dos canais digitais no acesso a produtos bancários de retalho.

3. Recuperação e resiliência da economia

  • Contribuir para o reforço do conhecimento em questões de política pública através de uma abordagem mais sistematizada, promovendo um maior debate, análise e uma cultura de avaliação;
  • Investir na compilação e produção de dados para suporte de análises e estudos necessários ao aconselhamento sobre a atuação dos agentes económicos;
  • Promover e apoiar projetos no âmbito da Data Science;
  • Aprofundar a colaboração com as outras autoridades estatísticas nacionais;
  • Promover o diálogo com setores relevantes da economia no contexto da produção estatística e análises económicas publicadas.

4. Confiança e influência na sociedade

  • Promover a literacia económica, explicando as atividades e funções do Banco, com ênfase no seu papel no contexto europeu, criando um ambiente de confiança e de compreensão acerca da sua respetiva missão;
  • Interagir regularmente com empresas e com a sociedade civil, aproximando o banco da comunidade;
  • Incrementar a responsabilidade social e a sustentabilidade nas dimensões ESG.

5. Governação e gestão interna

  • Potenciar a valorização e o desenvolvimento dos colaboradores, dotando a organização e as pessoas das competências e perfis necessários, diversificando as oportunidades de desenvolvimento e fomentando a mobilidade;
  • Robustecer o modelo de governo, otimizar o modelo organizacional e aprofundar a cultura de responsabilização pelos resultados;
  • Consolidar o projeto de gestão integrada de informação, evoluindo nos modelos de governação da informação e na arquitetura de dados;
  • Reforçar a capacidade tecnológica e digital do banco: identificar oportunidades de automação, desenvolvendo projetos com as áreas de negócio;
  • Definir o modelo de gestão da inovação associado ao processo de transformação digital;
  • Desenvolver o projeto de concentração dos serviços dispersos em Lisboa num novo edifício;
  • Ampliar a interligação entre os instrumentos de projeção de resultados e de controlo;
  • Adaptar o modelo de alocação estratégica de ativos;
  • Diversificar os ativos sob gestão, tendo em consideração os vetores de rentabilidade e risco;
  • Definir o nível adequado de buffers financeiros do seu balanço

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BE vai ser “teimoso” na luta pela dignidade do trabalho e por contratos justos

  • Lusa
  • 1 Setembro 2021

“O país não se recupera anunciando que vêm muitos milhões para distribuir não se sabe para quem, o país recupera se houver salários e se houver trabalho digno”, vincou Catarina Martins.

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) garantiu esta quarta-feira que o partido vai ser “teimoso” na luta pela “dignidade do trabalho” e pela necessidade de as pessoas terem “contratos como deve ser e não com empresas abutres”.

“Nós seremos talvez teimosos, mas a dignidade do trabalho e a necessidade de as pessoas terem contratos como deve ser e não contratos com empresas abutres continua a ser uma reivindicação do BE em relação às novas regras”, afirmou Catarina Martins aos jornalistas, no Porto, depois de se reunir com funcionários de limpeza que prestam serviços na Comboios de Portugal (CP) e outras entidades públicas, através da empresa Ambiente e Jardim, e que iniciaram esta quarta-feira uma greve de seis dias.

A líder bloquista garantiu que o BE quer “mesmo recuperar” o país e, para isso, é preciso respeitar quem trabalha.

A ideia de que as pessoas estão condenadas ao trabalho temporário, às empresas de ‘outsourcing’ e aos intermediários que lhes ficam com parte do salário e que lhes tiram os direitos é uma ideia que “puxa a economia e o país para baixo”, não permitindo que nenhuma economia recupere, entendeu.

O país não se recupera anunciando que vêm muitos milhões para distribuir não se sabe para quem, o país recupera se houver salários e se houver trabalho digno”, vincou Catarina Martins.

Na sua opinião, para o país recuperar e para os milhões prometidos serem mesmo para a recuperação de todo o país é preciso garantir que não há empresas a ficarem com parte dos salários dos trabalhadores, a desaparecerem de um dia para o outro e a retirar-lhes os direitos básicos.

Dizendo que as questões laborais são uma “prioridade” para o BE, Catarina Martins disse que, nesse sentido, também é prioritário garantir os salários em atraso aos trabalhadores da Ambiente e Jardim, empresa que tem contratos com várias instituições públicas e privadas e que, em vários sítios, deixou de pagar salários.

A bloquista referiu que esse pagamento tem de ser feito de imediato porque há trabalhadores em “absoluto desespero”, estando “na mão” do Ministério das Infraestruturas garantir os salários sem prejuízo, depois de assacar responsabilidades à respetiva empresa.

“Tem de ser feito já, estamos a falar de pessoas com salários muito baixos e com horários muito penalizadores e que, neste momento, estão com dois ou três meses de salários em atraso, não tendo como viver, portanto, o que é urgente é garantir-lhes os salários”, ressalvou.

Dezenas de trabalhadores da empresa Ambiente e Jardim, responsáveis pelas limpezas das estações ferroviárias e comboios, concentraram-se esta quarta-feira em frente à Estação Ferroviária de Campanhã, no Porto, para reivindicar os salários em atraso.

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Queixas contra serviços de comunicações dão primeira queda na pandemia

  • Joana Abrantes Gomes
  • 1 Setembro 2021

Entre abril e junho de 2021, registaram-se 28,4 mil reclamações contra prestadores de serviços de comunicações, um valor que se aproxima do período pré-pandémico.

Entre abril e junho de 2021, registaram-se 28,4 mil reclamações contra prestadores de serviços de comunicações, revela a Anacom – Autoridade Nacional de Comunicações. Este número representa uma quebra de 8% face ao período homólogo de 2020 e 28% menos em relação ao primeiro trimestre deste ano — ou seja, menos cerca de 11 mil reclamações.

Segundo a autoridade reguladora, é a primeira vez que há uma diminuição do número de reclamações desde o início da pandemia de Covid-19, aproximando-se agora dos valores que se verificavam no período pré-pandémico. Do total de queixas, 66% dirigem-se aos prestadores de comunicações eletrónicas, o que significa que receberam 18,7 mil reclamações, menos 5% em termos homólogos e menos 23% do que no trimestre anterior.

A maioria das queixas dos utilizadores foi motivada por “demora ou reparação deficiente de falhas no serviço” e “demora ou não resolução de reclamações”, visados em 18% e 17% das reclamações do setor no segundo trimestre de 2021.

O prestador de comunicações eletrónicas mais reclamado foi a Nos, com 6,5 mil reclamações, representando 35% das queixas do setor. Foi “o único operador entre os mais reclamados cujas reclamações aumentaram, em termos homólogos, 13%”, constata a Anacom. Pelo segundo período consecutivo, a ativação de serviços sem consentimento aumentou nas reclamações contra a operadora liderada por Miguel Almeida (mais quatro pontos percentuais).

A MEO foi o segundo prestador mais reclamado, tendo recebido 5,9 mil reclamações (32% do total), mas foi o que registou a maior diminuição (menos 14%). Houve um aumento de queixas contra a empresa de Alexandre Filipe Fonseca quanto à falta de transparência contratual (mais quatro pontos percentuais).

O pódio de reclamações fecha com a Vodafone, a quem foram destinadas 30% das reclamações do setor, isto é, 5,6 mil reclamações – uma redução homóloga de 12%. “Na Vodafone aumentaram as queixas sobre a reparação de falhas nos serviços (mais 12 pontos percentuais)”, indica a reguladora.

A NOWO obteve 4% das reclamações sobre serviços de comunicações eletrónicas no segundo trimestre de 2021 (0,7 mil), menos 4%. No topo dos motivos mais reclamados está a demora na reparação de falhas nos serviços (29%).

Correspondendo a 34% do total de queixas do setor das comunicações, os serviços postais registaram, em igual período, 9,7 mil reclamações, uma quebra de 13% face ao trimestre homólogo e de 31% face ao trimestre anterior. A Anacom refere que “a falta de tentativa de entrega no domicílio motivou 21% das queixas no setor postal e foi o motivo de reclamação mais vezes mencionado pelos utilizadores destes serviços”.

Os CTT foram o operador postal mais reclamado no segundo trimestre, com 86% das reclamações registadas pela Anacom neste setor (8.400 queixas), o que corresponde a um aumento em 11% das reclamações sobre os seus serviços face ao segundo trimestre de 2020, mas a uma diminuição de 31% face ao trimestre anterior (ou seja, menos 3,8 mil reclamações). Houve um aumento de problemas com extravio (mais seis pontos percentuais).

Já a DPD teve 500 reclamações, menos 80% do que no período homólogo. Atrasos em entregas motivaram mais de um terço das reclamações contra a empresa (35%). Os restantes prestadores postais, no seu conjunto, foram alvo de 800 queixas, com os atrasos em entregas, sobretudo de objetos internacionais, a serem novamente o motivo mais reclamado (20%).

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