Especialistas recomendam manter teletrabalho na atual fase de desconfinamento

Apesar de a tendência ser para o alívio de medidas, os especialistas continuam a recomendar o desfasamento de horários e o teletrabalho sempre que possível, do nível 1 ao nível 3. 

Os especialistas propuseram um novo plano de desconfinamento, tendo em conta uma maior percentagem da população vacinada. Apesar de a tendência ser para o alívio de medidas, os peritos continuam a recomendar o desfasamento de horários e o teletrabalho sempre que possível, do nível 1 ao nível 3.

Com base em seis pilares, o plano proposto assenta em quatro níveis, sendo que do nível 1 (onde o país se encontra) ao nível 3, os peritos propõem medidas de caráter geral. Para todo o território nacional, os peritos apelam à “promoção de atividades remotas sempre que possível”, leia-se teletrabalho, bem como ao “desfasamento de horários”, explicou Raquel Duarte, pneumologista e ex-secretária de Estado, na reunião desta terça-feira, no auditório do Infarmed, em Lisboa.

Atualmente, o teletrabalho é obrigatório nos concelhos de maior incidência da Covid-19, isto é, nos 116 considerados de “risco elevado” e “muito elevado”, pelo que nos restantes municípios, o trabalho remoto é apenas uma recomendação e, nesses cassos, depende de um acordo escrito entre trabalhador e empregador.

É importante explicar que esta diferenciação das regras por municípios só é possível ao abrigo do decreto-lei que o Governo prorrogou até ao final do ano e que permite ao Executivo impor a modalidade remota nas áreas territoriais “em que a situação epidemiológica o justifique”, definidas mediante resolução do Conselho de Ministros, isto é, nos concelhos onde a incidência ultrapasse os 120 novos casos por 100 mil habitantes ou 240 novos casos por 100 mil habitantes, nos municípios de baixa densidade.

Paralelamente, o Governo está também a preparar um diploma para que os pais e mães com filhos menores de oito anos possam ficar em teletrabalho caso as funções desempenhadas o permitam. Esta foi uma das propostas apresentadas pelo Executivo aos parceiros sociais na reunião da semana passada em concertação social onde se discutiu o Livro Verde sobre o Futuro do Trabalho.

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Pessoal de voo acusa TAP de usar algoritmo cego que despede “marido e mulher”

  • Lusa
  • 27 Julho 2021

Despedimento coletivo na TAP abrange 124 trabalhadores do grupo, dos quais 28 são tripulantes de cabine.

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) acusa a TAP de utilizar um algoritmo “cego” que despede “no mesmo dia marido e mulher”, no âmbito do despedimento coletivo que a companhia aérea iniciou segunda-feira.

“A cegueira do algoritmo é tanta que esta gestão sem qualquer sentido social coloca no desemprego no mesmo dia marido e mulher”, denunciou o SNPVAC, em comunicado, referindo-se ao algoritmo utilizado para a seleção dos trabalhadores abrangidos pelo despedimento coletivo que a companhia está a levar a cabo, no âmbito do processo de reestruturação.

O despedimento coletivo iniciou-se na segunda-feira e abrange 124 trabalhadores do grupo, dos quais 28 são tripulantes de cabine.

O SNPVAC classificou o processo como o “momento laboral mais difícil dos 76 anos de história da TAP” e lamentou que não tenham dado fruto a “série de diligências” levadas a cabo junto da empresa, do Governo, dos grupos parlamentares e da própria União Europeia, “com o objetivo de demonstrar as incongruências de um processo muito pouco claro”, visto pela direção do sindicato como “ilegal, imoral e plenamente evitável”.

Os representantes dos tripulantes de cabine lembraram ainda que todas as alternativas que apresentaram tiveram como resposta um “mecânico ‘não’”.

“A nova gestão da TAP tornou-se também ela refém de um ‘Velho Algoritmo’ que a todos prejudica”, reiterou o sindicato, lamentando “veementemente” a decisão tomada pela companhia aérea e pelo Governo.

O processo de despedimento coletivo de 124 colaboradores iniciado pela TAP abrange 35 pilotos, 28 tripulantes de cabina, 38 trabalhadores da manutenção e engenharia e 23 funcionários da sede, segundo uma mensagem enviada pela administração aos trabalhadores.

Na mensagem interna enviada em 8 de julho, a que a Lusa teve acesso, a presidente executiva (CEO) da TAP, Christine Ourmières-Widener, destaca que este número fica abaixo do inicialmente previsto e exigido pelo plano de reestruturação da companhia, que ascendia a 2.000 trabalhadores, tendo essa redução sido conseguida através da adesão a medidas voluntárias, como acordos temporários de emergência com os sindicatos, rescisões por mútuo acordo e integrações na Portugália.

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Oeiras, Lisboa e Cascais são os concelhos onde se ganha mais

  • Joana Abrantes Gomes
  • 27 Julho 2021

Oeiras volta a ter os rendimentos declarados mais elevados. Destacam-se 42 cidades com valores medianos superiores a 10.000 euros por sujeito passivo, mais dez municípios do que em 2018.

Um quinto dos municípios (65 em 308) apresentou valores medianos do rendimento superiores à média nacional durante 2019, fixada em 9.539 euros, um valor 4,5% superior em relação ao ano anterior. Com um valor médio de 14.009 euros, Oeiras volta a ser o município com rendimentos declarados mais elevados. Há ainda 42 cidades com valores medianos superiores a 10.000 euros por sujeito passivo, mais dez municípios do que em 2018, revelou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Com, respetivamente, 12.898 euros e 11.859 euros, Lisboa e Cascais completam o “pódio” de municípios com valores medianos mais elevados do rendimento bruto declarado deduzido do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), logo a seguir a Oeiras. Os 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa (AML) ficaram acima da referência nacional, a par com “19 municípios na região Centro, 13 no Alentejo, 7 no Norte, 4 na Região Autónoma dos Açores, 3 na Região Autónoma da Madeira e apenas Faro no Algarve”, revelam as estatísticas do rendimento ao nível local relativas a 2019.

Figura 1 – Valor mediano do rendimento bruto declarado deduzido do IRS liquidado por sujeito passivo, Portugal, NUTS III e município, 2019

Por sub-regiões, a Área Metropolitana de Lisboa (11.283 euros), a Região de Coimbra (9.715 euros), a Região de Leiria (9.709 euros), o Alentejo Central (9.655 euros) e a Região de Aveiro (9.579 euros) registaram os rendimentos medianos mais elevados, superiores à referência nacional, enquanto as sub-regiões do Alto Tâmega (7.531 euros) e do Tâmega e Sousa (7.843 euros) apresentaram os rendimentos medianos mais baixos. Ou seja, os valores mais baixos (inferiores a 8.000 euros) pertencem sobretudo à região Norte. O INE aponta, ainda assim, que os 308 municípios do país acompanharam a tendência de crescimento.

Quanto à amplitude do rendimento entre municípios, com 1.147 euros, a Lezíria do Tejo voltou a ser a sub-região com a menor amplitude, em que o menor valor de rendimento anual se registou na Chamusca (8.420 euros) e o maior em Santarém (9.867 euros). Na AML, por outro lado, verificou-se a maior disparidade de rendimento (3.956 euros), com o menor valor a registar-se na Moita (10.053 euros) e o maior em Oeiras.

A análise estatística indica ainda que, em 2019, o rácio P80/P20 do rendimento, um indicador que traduz o número de vezes que o rendimento do sujeito passivo situado no percentil 80 é superior ao rendimento do sujeito passivo do percentil 20, “era 2,8 em Portugal e 50 municípios apresentaram um valor superior a este referencial”. Com maior disparidade, destacaram-se Lisboa (3,7), Porto (3,6) e Cascais (3,4), observando-se o menor rácio em Vizela (2,0).

Figura 2 – Percentil 20 e percentil 80 do rendimento bruto declarado deduzido do IRS liquidado por sujeito passivo, Portugal e municípios, 2019

 

Em 2019, o coeficiente de Gini, indicador habitualmente utilizado para sintetizar o grau de desigualdade de uma distribuição de rendimentos, registou uma “ligeira redução face a 2018 (37%)”, fixando-se em 36,5%. “As regiões autónomas dos Açores (38,1%) e da Madeira (36,6%), as áreas metropolitanas de Lisboa (37,6%) e do Porto (36,5%) e as sub-regiões contíguas do Alto Tâmega (37,8%), do Douro (37,5%) e de Terras de Trás-os-Montes (36,9%) apresentaram coeficientes iguais ou superiores ao valor nacional, sugerindo uma maior desigualdade relativa na distribuição do rendimento”, refere o INE. Por outro lado, o Alentejo Central (31,8%) apresentou o menor nível de concentração do rendimento entre as 25 sub-regiões NUTS III do país.

Figura 3 – Mediana e desigualdade na distribuição do rendimento declarado deduzido do IRS liquidado (P80/P20) por sujeito passivo, Portugal e municípios, 2019

 

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Uma em cada quatro pessoas entre 26 e 65 anos com resistência às vacinas

  • Lusa
  • 27 Julho 2021

Uma em cada quatro das pessoas entre os 26 e os 65 não querem tomar a vacina por ceticismo quanto à sua eficácia, medo de efeitos secundários e terem necessidade de mais informação.

Uma em cada quatro pessoas entre os 26 e os 65 anos mostrou resistência a tomar a vacina contra a Covid-19 e os motivos mais apresentado são a falta de eficácia, o medo de efeitos secundários e a necessidade de mais informação.

Os valores foram apresentados na reunião de peritos que decorre esta terça-feira nas instalações do Infarmed, em Lisboa, por Carla Nunes, da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, que indicou uma percentagem de 13% de resistência nos maiores de 65 anos no inquérito feito pelos especialistas.

Outras das razões apresentadas para a resistência relativamente às vacinas são a existência de doenças que não permitiram ainda a vacinação, considerarem que as vacinas não foram suficientemente testadas e não terem conseguido falar com o médico para apoiar a decisão.

Quanto à perceção de risco de doença avançada por Covid-19, Carla Nunes disse que os mais velhos apresentam valores mais elevados, com uma percentagem de 60,9%.

No que se refere à saúde mental, adiantou que as perguntas relativas ao estado de ansiedade e/ou tristeza por causa das medidas de confinamento revelaram que os mais novos apresentam maiores valores, com cerca de 30% a dizerem que se sentiram ansiosos ou tristes todos os dias ou quase todos os dias. Os maiores de 65 anos apresentaram valores de 11%.

Centro de Vacinação "Casa Aberta" na Cidade Universitária - 06JUL21

Sobre quando consideram que serão levantadas todas as restrições por causa da pandemia, a grande maioria considera que deverá ser em dezembro ou para lá dessa data.

Quanto à adequação das medidas de restrição, 47% consideram-nas pouco ou nada adequadas, um valor que vem aumentando desde o ano passado e que se faz sentir sobretudo nos homens e nos mais jovens.

No que se refere à facilidade de adoção das medidas definidas pelas autoridades, tem crescido o grupo do que as consideram difíceis e muito difíceis de adotar e são os mais jovens que apresentam maiores dificuldades.

Segundo a especialista, 31,4% das pessoas referem ser difícil ou muito difícil manter o distanciamento; 16,8% dizem ser difícil o uso da máscara (com os de idade entre 26 e 45 a manifestar maior dificuldade). A lavagem de mãos apresenta uma dificuldade residual, sempre menor de 10% nas diferentes faixas etárias. Já quanto à facilidade de evitar confraternizar com amigos e familiares, a maior dificuldade é apontada pelos mais novos.

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Talkdesk abre candidaturas para programa de estágio totalmente remoto. Há 20 vagas

Há 20 vagas para o programa de estágios "Tech Dojo" do unicórnio de ADN português, destinado a recém-licenciados e mestres em engenharia informática.

A Talkdesk acaba de anunciar a abertura de 20 vagas para o programa de estágios “Tech Dojo”, destinado a recém-licenciados e mestres em engenharia informática. O programa tem a duração de seis meses, vai ser, pelo segundo ano consecutivo, totalmente remoto e conta com uma taxa de retenção, em todas as edições anteriores, a rondar os 100%. As candidaturas estão abertas até 3 de setembro.

“Esta iniciativa permite aos recém-graduados uma experiência desenhada às suas necessidades, sendo integrados numa tecnológica de referência em Portugal, e naquela que mais cresce no setor do software para contact centers a nível mundial. Trabalhar na Talkdesk é fazer parte de um projeto global cujos desafios tecnológicos são de grande relevância, e ao ingressar o programa de ‘Tech Dojo’ pode ser o primeiro passo para uma colocação permanente nesta que é uma das cinco empresas unicórnio de ADN português”, afirma Cristina Marques, talent manager na Talkdesk, citada em comunicado.

O programa de estágios pretende proporcionar aos novos talentos uma experiência imersiva na empresa, colocando os participantes lado a lado com engenheiros seniores, a desenvolver projetos reais em áreas como desenvolvimento de software, ciências de dados, desenvolvimento de operações, segurança e suporte, bem como qualidade e testes.

“No final dos seis meses alocados ao programa, o objetivo é que os jovens selecionados para o programa tenham os conhecimentos e ferramentas para desempenharem mais autonomamente a sua função”, lê-se.

O programa acontecerá, pelo segundo ano consecutivo, em formato remoto, uma vez que a Talkdesk mantém as equipas nesse regime de trabalho. Desta forma abre-se também um leque de oportunidades para jovens do país inteiro.

Sobre o onboarding neste formato, Cristina Marques explica que o processo de acolhimento e boas-vindas é especialmente ajustado para o contexto virtual, contando com “acompanhamento pessoal próximo para facilitar a integração dos selecionados nas equipas, onde irão implementar o que aprenderam e contribuir para o desenvolvimento dos produtos da Talkdesk”.

As candidaturas acabam de abrir e permanecerão abertas até 3 de setembro. Os interessados deverão enviar a sua candidatura através deste link.

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Explorer vende participação no capital da Espaço Casa

  • Carolina Bento
  • 27 Julho 2021

A empresa alienou a sua participação no capital da Espaço Casa ao acionista fundador, Manuel Martino da Rocha.

A Explorer Investments concluiu “a alienação da sua participação no capital da Espaço Casa” a Manuel Martino da Rocha, acionista fundador.

Manuel Martino da Rocha é administrador e acionista da Espaço Casa, que fundou em 2006. Concluída a venda, Martino da Rocha “passou a deter a totalidade do capital da empresa em conjunto com a equipa de gestão”, diz a Explorer Investments.

Reabertura da Espaço Casa em Eiras, CoimbraExplorer Investments 27 Julho, 2021

Assim, os investidores do Fundo Explorer III vão obter o dobro do capital investido na Espaço Casa. “Esta venda permite um retorno notável para os investidores e é resultado da resiliência e do potencial da empresa, mesmo num contexto económico muito desafiante, especialmente no setor do retalho não-alimentar“, refere o comunicado.

A Espaço Casa é uma empresa de venda de produtos para casa, entre utensílios de cozinha e casa de banho, a produtos de decoração. Em 2014, ano de entrada da Explorer Investments, a Espaço Casa tinha 43 lojas e apenas uma era localizada fora de Portugal, em Espanha, não tendo um espaço online.

Espaço CasaExplorer Investments 27 Julho, 2021

Em 2021, a empresa detém 81 lojas, 54 em Portugal, 27 em Espanha e oito em Angola. Para além disso, tem já um volume de vendas de 72,8 milhões de euros e opera online. “As lojas passaram a apresentar um novo layout e conceito com um diferente posicionamento, o que permitiu o aumento de vendas de produtos de decoração”, lê-se no comunicado, “o objetivo da empresa é ser reconhecida como uma insígnia ibérica de referência no setor”.

A Explorer Investments nasceu em 2003 e é a “principal sociedade gestora independente em Portugal”. A empresa gere e faz assessoria de fundos com ativos de mais de 1.300 milhões de euros, nas áreas de Private Equity, Capital de Expansão, Imobiliário e Turismo. O Fundo Explorer III, criado em 2009 com 135 milhões de euros, já investiu em participações na Totalmédia, GlobalTest, Grestel, Finieco, Brandcare e ROQ.

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Vacinas da Pfizer e Moderna têm eficácia de 68% a 78% em idosos com mais de 65 anos

As vacinas de RNA mensageiro garantiram uma efetividade de 68% a 78% na população com mais de 65 anos, quando concluído o esquema vacinal. Só com uma dose, efetividade cai para 37% e 35%.

As vacinas contra a Covid-19 desenvolvidas através da tecnologia RNA mensageiro (Pfizer e Moderna), garantiram uma efetividade de 68% a 78% na população com mais de 65 anos, quando completado o processo vacinal. Só com uma dose, efetividade cai para entre 37% e 35%.

Na reunião do Infarmed, Ausenda Machado, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), apresentou os dados relativos à efetividade das vacinas de RNA mensageiro, sendo que esta análise foi feita nas populações mais velhas, isto é, entre os 65 e os 79 anos e a população com mais de 80 anos.

Assim, entre os 65 e os 79 anos, para quem tomou apenas uma dose da vacina a efetividade destas vacinas é de 37%, ao passo que nos maiores de 80% essa percentagem caiu ligeiramente para 35%.

Já no caso da vacinação completa, e tal como expectável, a efetividade foi significativamente superior, situando-se nos 78% na população dos 65 aos 79 anos e para os 68% na população com mais de 80 anos.

Além disso, a especialista destacou a efetividade da vacina na prevenção de hospitalizações, apesar de sublinhar que dado o aumento de casos de infeção, provocado pela subida da incidência “é normal que o número de casos também aumente na população vacinada”. Não obstante, verificou-se uma redução de 85% no número de hospitalizações na população com 80 ou mais anos.

Também no início da reunião André Peralta Santos, da Direção-Geral da Saúde (DGS), tinham apresentado dados que demonstram o impacto da vacinação na prevenção de consequências mais graves. Fazendo um balanço entre as pessoas internadas em enfermaria geral e que estavam vacinadas, o perito aponta que “até à semana 26” a maioria das pessoas internadas não estavam vacinadas, sendo que “só 2% tinham o esquema vacinal completo”.

Quanto às pessoas internadas em unidades de cuidados intensivos, do total de internados nessas unidades nesse período só “5% tinham esquema vacinal completo”, isto é, as duas doses da vacina contra a Covid. Assim, André Peralta Santos aponta que “é muito notória” a redução de risco em pessoas vacinadas, sendo o risco de hospitalização ser três vezes inferior se o paciente for infetado pela doença.

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Peritos propõem quatro níveis de desconfinamento, em função da evolução da vacinação

À luz da maior cobertura vacinal, os especialistas propõem quatro novos níveis de desconfinamento com medidas gerais para todo o território nacional e que assenta em três "regras fundamentais".

Os especialistas apresentaram esta terça-feira ao Governo um novo plano para prosseguir o desconfinamento, à luz da maior cobertura vacinal contra a Covid-19. Este plano divide-se em quatro níveis com medidas gerais para todo o território nacional e que assenta em três “regras fundamentais”.

Com seis pilares que vão desde a vacinação, à testagem, passando pelo uso de máscara, há três regras “fundamentais” que devem ser cumpridas para a passagem ao nível seguinte, são elas: “a ventilação e climatização adequada nos espaços fechados sempre, a utilização do certificado digital Covid nos espaços públicos e auto avaliação de risco”, apontou Raquel Duarte, pneumologista e ex-secretária de Estado, na reunião desta terça-feira, no auditório do Infarmed, em Lisboa.

Neste contexto, o plano assenta em quatro níveis, sendo que do nível 1 (onde o país se encontra) ao nível 3, os peritos propõe medidas de caráter geral, que passam pela “promoção de atividades retomas sempre que possível”, leia-se teletrabalho, pelo “cumprimento da distância física (com número de pessoas por metro quadrado), pela utilização obrigatória de mascara em ambientes fechados e em eventos de públicos” bem como por “evitar todas as situações não controladas de aglomeração populacional”.

Os especialistas apontam, assim, que as medidas gerais sejam sempre cumpridas, quer em ambiente escolar, quer a nível laboral (onde aconselham o desfasamento de horários e o teletrabalho), dando um especial enfoque na utilização de máscara obrigatória em espaços fechados “sempre que não seja possível manter a distância preconizada”.

Tal como no plano apresentado em final de maio, há algumas diretrizes para determinados setores ou atividades, dando primazia os espaços ao ar livre. No setor da restauração, os especialistas continuam a recomendar que haja limites à lotação de pessoas por mesa. Assim, entre o nível 1 e o nível 3 poderá haver entre 6 pessoas a 8 na mesma mesa no interior. Já no exterior, o nível 1 prevê 10 pessoas na mesma mesa, 15 pessoas no nível 2 e sem restrição de pessoas no nível 3.

Quanto às atividades desportivas e apesar de serem recomendadas as medidas gerais, “continua a haver uma proposta de promoção das atividades em ambiente exterior”, sublinha Raquel Duarte. No que toca aos grandes eventos em espaços limitados, devem existir “circuitos de circulação” e as pessoas devem respeitar os lugares definidos. Já no caso dos eventos exteriores em espaço não delimitado, se não for possível garantir estas condições “estes eventos não devem ocorrer entre o nível 1 e o nível 2”, ao passo que no nível 3 “aquilo que se propõe é que sejam cumpridas as medida gerais”, explica a antiga secretária de Estado.

Quanto aos grandes eventos interiores, como casamentos e batizados, também está previsto um aumento da lotação gradual, passando de 50%, a 75% até às medidas de caráter geral, no nível 3.

Apesar de os peritos continuarem a recomendar a utilização de máscara em ambientes fechados, o uso obrigatório de máscara ao ar livre poderá deixar de ser obrigatório no nível 2, sempre que o distanciamento seja mantido, pelo que nesses casos a máscara deve continuar a ser usada. Especificamente nas praias e parques de campismo, a máscara deverá ser mantida apenas em “locais comuns” e em que haja uma forte aglomeração de pessoas.

Por fim, no que toca aos transportes públicos, os peritos defendem que deve ser privilegiada a ventilação, sendo que se não for possível estes espaços devem recorrer à climatização natural (janelas) e a máscara deve continuar a ser obrigatória.

Segundo explicou Raquel Duarte, este plano foi elaborado com base na experiência de países como Reino Unido e Israel, sendo que a especialista alertou ainda que “importante ter controlo na mobilidade, fronteiras terrestres, marítimas e aéreas”.

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Conversas de Praia #4: O que querem as gerações futuras que as atuais não queiram ouvir? Como comunicar sem comprometer?

  • BRANDS' ECO
  • 27 Julho 2021

Jorge Borges, ISEG, Nuno Pinto Magalhães, Sociedade Central de Cervejas, Rodolfo Oliveira, Bloomcast Consulting, e Vanda Jorge, Ecoolhunter, são os protagonistas de mais uma conversa. Assista aqui.

Transparência, propósito, sustentabilidade, inclusão e diversidade, inovação, tecnologia são alguns dos elementos considerados fundamentais para as gerações mais jovens – e não só. Se são cruciais para os consumidores, as marcas precisam de saber integrá-los na sua comunicação multiformato e, mais do que isso, precisam de falar a mesma linguagem. “O que querem as gerações futuras que as atuais não queiram ouvir? Como comunicar sem comprometer?” é o mote do quarto episódio das “Conversas de Praia”, iniciativa promovida pelo WYgroup em parceria com o ECO, que juntou Jorge Borges, diretor de Marketing do ISEG, Nuno Pinto Magalhães, diretor de comunicação e relações institucionais da Sociedade Central de Cervejas, Vanda Jorge, diretora do Ecoolhunter, e Rodolfo Oliveira, managing partner da Bloomcast Consulting.

O debate desenrolou-se em torno de algumas questões centrais: como se gere a eficácia dos conteúdos adequando-os às diferentes gerações? O que querem as novas gerações ouvir ou saber sobre as marcas? Onde se vê a maior evolução na forma como as gerações mais novas consomem conteúdos? Como é que as marcas se têm adaptado às multiplataformas para comunicarem? Qual a importância de fazer uma segmentação dos conteúdos? Como será a comunicação intergeracional daqui a cinco anos?

As Conversas de Praia, uma iniciativa promovida pelo WYgroup em parceria com o ECO, pretendem abordar temas transversais da atualidade, como tecnologia, comunicação, inovação, media, em conversas descontraídas, dando voz a líderes e especialistas com experiência para partilhar as suas histórias. Poderá acompanhar as Conversas todas as terças-feiras, no Facebook do ECO, durante os meses de julho e agosto (veja o programa completo aqui).

A próxima é já dia 3 de agosto, terá como tema “Inovação: como a cultivar e implementar?, e conta com a participação de:

  • Daniel Riscado, Head of Center for Transformation da Fidelidade
  • Diogo Cunha, CTO da Bliss
  • Flávio Nunes, jornalista de tecnologia do ECO
  • Jorge Simões, Head of the Digital Factory da EDP

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BCP afunda mais de 5% após queda dos lucros por causa da Polónia

Queda das ações acontece depois da apresentação das contas referentes aos primeiros seis meses do ano, período em que os lucros afundaram mais de 80%.

O Banco Comercial Português (BCP) está a ser fortemente castigado em bolsa. As ações do banco liderado por Miguel Maya seguem a cair mais de 5%, com os investidores a reagirem negativamente aos resultados do primeiro semestre.

Os títulos arrancaram a sessão já em “terreno” negativo, pesando no desempenho da bolsa de Lisboa, isto num dia que está a ser de queda para a generalidade das bolsas do Velho Continente. Enquanto o PSI-20 cai 1,18%, o Stoxx 600 recua 0,3%.

Depois de estarem estado a cair 2,5% nos primeiros instantes da negociação, a queda foi ganhando expressão. Os títulos seguem agora a perder 5,16% para cotarem nos 12,14 cêntimos.

BCP afunda em bolsa

Esta queda, que mais do que anula os ganhos registados na sessão anterior, acontece depois da apresentação das contas referentes aos primeiros seis meses do ano.

O lucro do BCP caiu mais de 80% para 12,3 milhões de euros, com os resultados a serem penalizados com o reforço das provisões para os riscos legais com o caso dos empréstimos em francos suíços na Polónia e com os custos de reestruturação.

Na apresentação das contas, Miguel Maya alertou ainda para as provisões por causa do negócio na Polónia, deixando por isso de lado qualquer meta em termos do regresso ao pagamento de dividendos. Prefere aguardar pelas contas de setembro.

 

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Banco de Portugal publica Relatório de Sustentabilidade. Já tem energia 100% verde e quer mais financiamento sustentável

O primeiro relatório de Sustentabilidade do Banco de Portugal foi preparado de acordo com as normas internacionais de referência definidas pela Global Reporting Iniciative.

O Banco de Portugal publicou recentemente o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade, no qual dá conta do seu desempenho na promoção do desenvolvimento sustentável, entre 1 de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2020, com base nos temas identificados como mais importantes pelos seus stakeholders.

No documento, a instituição financeira dá conta que celebrou já no ano passado um contrato de fornecimento de energia elétrica 100% verde, que participou na criação do primeiro fundo de investimento em obrigações verdes do Banco de Pagamentos Internacionais e subscreveu unidades de participação desse fundo, e ainda publicou o Compromisso do Banco de Portugal para a Sustentabilidade e o Financiamento Sustentável.

Além disso, aderiu também ao Compromisso Lisboa Capital Verde 2020, no âmbito do qual assumiu a responsabilidade de implementar até 2030 dez ações em áreas-chave para o combate às alterações climáticas.

Outra das iniciativas passou por “robustecer regras e procedimentos em matéria de governação interna”, através de: um “pacto de não concorrência”; uma política sobre ofertas; princípios de conformidade e de ética e conduta aplicáveis a todas as entidades que lhe fornecem bens ou serviços; um plano de gestão de riscos de corrupção e infrações conexas; e uma política e um plano de proteção de dados;

no contexto da crise pandémica, o Banco de Portugal reforçou as ações de informação e de formação financeira, estatística e económica, com destaque para as ações de comunicação sobre as moratórias e sobre os serviços de pagamento eletrónicos, bem como o protocolo assinado com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social para a promoção dos serviços mínimos bancários;

Por fim, desenvolveu também projetos de responsabilidade social e voluntariado e implementou medidas excecionais de proteção dos trabalhadores no contexto da pandemia, obtendo a certificação “Global Safe Site”, atribuída pelo Bureau Veritas.

O primeiro relatório de Sustentabilidade do banco de Portugal foi preparado de acordo com as normas internacionais de referência para o reporte de sustentabilidade, definidas pela Global Reporting Initiative.

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Procurador-Geral dos EUA declara “vitória” contra fusão Aon-WTW

  • ECO Seguros
  • 27 Julho 2021

O abandono do projeto que era prejudicial para empresas, empregadores e reformados dos EUA, ajudará a preservar a concorrência no mercado da corretagem de seguros, afirma Merrick Garland.

Merrick Garland, procurador-geral dos EUA, fez publicar uma nota no sítio eletrónico do Departamento de Justiça (DOJ), onde afirma que o cancelamento da fusão – decidido pelas proponentes Aon Plc e Willis Towers Watson Plc (WTW) – constitui uma “vitória das empresas americanas e da concorrência e, em última análise, para os clientes, empregadores e reformados de todo o país.”

Associando o anúncio de desistência à ação cível que o DOJ levou aos tribunais, a 16 de junho, para impedir a fusão estimada em 30 mil milhões de dólares (cerca 26 mil milhões euros), Garland explica que, a combinação planeada entre a 2ª e a 3ª das ‘Big Three’ apresentava-se prejudicial para a indústria de corretagem de seguros, reduzindo a concorrência que hoje se faz a três (Marsh, Aon e WTW), a um jogo disputado por dois.

Sustentando que o mercado, empregadores, empregados e reformados dependem muito de operadores com a dimensão e importância da Aon e a WTW no acesso a planos de benefício de empresa, corretagem de seguros e consultoria de risco, a decisão de abandonar o projeto para uma combinação “anti-concorrencial ajudará a preservar a concorrência no mercado da corretagem de seguros,” afirma o procurador-geral no comunicado do DOJ.

Visto nos corredores da política como um “institucionalista,” Merrick Garland, advogado e juiz que tomou posse como procurador-geral em março último, conclui a declaração com agradecimento a todo o pessoal (advogados, economistas e restantes funcionários do DOJ) que investigou o processo de fusão e participou na litigância “para travar a combinação em benefício dos consumidores americanos”.

O projeto de fusão Aon-WTW, anunciado há 16 meses para criar o novo líder global no setor de corretagem de seguros, fracassou esta semana por causa do impasse a que chegou o processo negocial e de litigância com o DOJ. Com o movimento de consolidação caído por terra, deverão ficar sem efeito os acordos de desinvestimento (venda de ativos) que as proponentes concluíram com terceiros para remediar objeções da Comissão Europeia e de reguladores outras jurisdições. É disso exemplo, o negócio assinado com a Arthur J. Gallagher, que acordou pagar cerca de 3000 milhões de euros por ativos da WTW, conforme anunciado em maio num comunicado conjunto Aon-WTW.

Embora não se conheça ainda posição oficial sobre o assunto, o revés no processo de combinação Aon-WTW também deverá deixar sem efeito alterações organizacionais e outras medidas que foram sendo anunciadas ao longo de mais de um ano (novo organograma e nomeações para órgãos de liderança e departamentais do que seria a nova Aon).

No comunicado de cancelamento do acordo de fusão, as proponentes prometem fornecer mais informação (financeira e outlooks) nas conferências sobre resultados trimestrais, a Aon a 30 de julho e a Willis Towers Watson a 3 de agosto.

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