Farfetch escolhe arquiteto dinamarquês Bjarke Ingels para projetar polo tecnológico em Matosinhos

O Fuse Valley será projetado pelo arquiteto dinamarquês Bjarke Ingels. O projeto promete ser uma revolução no conceito de espaço de trabalho e um marco arquitetónico e paisagístico.

A Farfetch, plataforma global para a moda de luxo, anunciou que o seu novo edifício de escritórios em Matosinhos, que estará concluído em 2025, será projetado pelo gabinete do arquiteto dinamarquês Bjarke Ingels (BIG).

“Estamos muito entusiasmados com este projeto e com a visão que o Bjarke Ingels nos apresentou. Este projeto com o BIG vai ser uma revolução sobre aquilo que são os conceitos atuais de espaços de trabalho, marcado pelo cunho futurista, pela orientação para a sustentabilidade e para o bem-estar. Será um espaço não só para a Farfetch, mas sim para toda comunidade”, conta José Neves, fundador, CEO e chairman da Farfetch, citado em comunicado.

Bjarke Ingels, sócio fundador e diretor criativo do atelier, afirma que “tentaram unir todos os aspetos da organização da Farfetch – o negócio, a arte e a tecnologia – numa vila criativa sob um único telhado. Os pátios conectados e os jardins em cascata estendem o ambiente de trabalho ao ar livre, fazendo da Farfetch uma extensão integral da paisagem natural original e da cultura urbana local”.

Assente nos pilares de sustentabilidade, inovação e wellbeing, o projeto promete ser uma revolução no conceito de espaço de trabalho e um marco arquitetónico e paisagístico. O novo polo tecnológico, intitulado de “Fuse Valley”, foi desenhado de forma integrada numa área total de cerca de 140 mil metros quadrados abrangendo não só os edifícios da Farfetch, que representam cerca de 45% da área total, mas também toda a área de outros edifícios de escritórios, serviços e unidade hoteleira que serão promovidos pelo Castro Group.

Para a presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro, o Fuse Valley representa um importante investimento na região e “vem confirmar a capacidade e potencial de Matosinhos para fazer parte da revolução digital, atraindo e fixando talento, gerando emprego qualificado, incentivando a criatividade, a inovação e a excelência. Este projeto, assinado por um arquiteto mundialmente reconhecido, será mais um marco de afirmação nacional e internacional do concelho.”

O concurso para a obra foi aberto pela Farfetch juntamente com a Castro Group, que atua nas áreas da promoção imobiliária e construção, e contou com propostas de seis gabinetes de arquitetura nacionais e internacionais. No entanto, a proposta vencedora pertence ao gabinete do arquiteto dinamarquês Bjarke Ingels.

O grupo conhecido por BIG, trabalhou em projetos que marcam o panorama arquitetónico mundial e é reconhecido pelas suas preocupações ambientais e projetos inovadores, das quais são exemplo o seu projeto para redesenhar o planeta e parar as alterações climáticas, o Masterplanet, apresentado no final do ano passado.

O Museé Atelier Audemars Piguet e o Wildflower Studios, de Robert de Niro – a ser construído em Nova Iorque -, são alguns dos projetos em que o atelier dinamarquês esteve envolvido.

 

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Ministra da Saúde diz que Lisboa poderá estar no pico da pandemia

  • Lusa
  • 16 Julho 2021

“Em Lisboa, talvez neste momento estejamos no pico, mas precisamos dos dados dos próximos dias para ter a certeza de que passámos a fase pior”, disse a ministra Marta Temido.

A ministra da Saúde afirmou esta sexta-feira que Lisboa poderá estar no pico da pandemia de Covid-19, mas disse serem precisos os dados dos próximos dias para se ter a certeza de que passou “a fase pior”.

Questionada à margem de uma visita ao centro de vacinação Covid de Carnaxide, concelho de Oeiras, se há uma previsão relativamente ao pico da pandemia, Marta Temido afirmou que uma das coisas que se sabe relativamente a esta epidemia é que só depois de passar esse pico é que se pode dizer que foi atingido.

“Em Lisboa, talvez neste momento estejamos no pico, mas precisamos dos dados dos próximos dias para ter a certeza de que passámos a fase pior”, disse a ministra.

Contudo, advertiu, mesmo que isso aconteça, é preciso continuar a apostar nas medidas de precaução básicas. “Elas não são muito exigentes” face à segurança que dão.

Marta Temido, acompanhada pelo Coordenador Nacional da task force, vice-almirante Gouveia e Melo e pelo presidente da ARS LVT, Luís Pisco, visita esta três Centros de Vacinação, esta sexta-feira.

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Banca avança com nova ação de 27 milhões contra Isabel dos Santos

Caixa Geral de Depósitos, BCP e Novo Banco colocaram uma nova ação contra Isabel dos Santos, no valor de 26,98 milhões. O processo tem mais dois visados: a Unitel International Holdings e a Kento.

Caixa Geral de Depósitos, BCP e Novo Banco colocaram uma nova ação contra Isabel dos Santos. O processo dos três bancos, no valor de 26,98 milhões de euros, tem mais dois visados além da própria empresária angolana: a Unitel International Holdings e a Kento Holding.

Nenhuma das instituições financeiras envolvidas comentou ainda a ação, que deu entrada esta sexta-feira no tribunal de Lisboa.

Quem são os visados? Além da filha do antigo presidente de Angola, o processo visa ainda a Unitel International Holdings (Holanda) e a Kento Holding (sociedade da empresária angolana em Malta), que detêm participações indiretas na Nos que chegam a mais de 26% da operadora portuguesa através da Zopt, um veículo criado em parceria com a Sonae (a holding da família Azevedo está a desfazer esta união).

Estas participações de Isabel dos Santos estão arrestadas no âmbito das investigações judiciais decorrentes do Luanda Leaks, juntamente com mais ativos da empresária angolana.

A CGD já tinha avançado com uma ação de execução em março contra a Kento, no valor de seis milhões de euros. O banco público já assumiu, de resto, o controlo de parte de posição que a empresária angolana detém indiretamente na operadora, enquanto entidade beneficiária do penhor das ações detidas pela Kento na Zopt.

Não é a primeira ação que estes três bancos colocam em conjunto contra Isabel dos Santos. No final do ano passado, também avançaram com um processo contra a holding maltesa Winterfell Industries e no qual reclamam 26,39 milhões de euros — que terão sido emprestados no âmbito do negócio para a compra de parte da Efacec em 2015.

Antes desse processo, também moveram duas ações em novembro contra a Winterfell 2 no valor de 29 milhões de euros, com o intuito de assegurar o direito a uma futura a indemnização no âmbito da nacionalização da Efacec.

(Notícia atualizada pela última vez às 18h07)

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CTT afundam mais de 11%, BCP e Galp também pesam em Lisboa

A condicionar o desempenho do PSI-20 estiveram os CTT, cujos títulos afundaram mais de 11%, após o Barclays ter cortado a recomendação, bem como as quedas do BCP e Galp Energia.

A bolsa de Lisboa terminou a última sessão da semana com perdas avultadas e a liderar as quedas entre as principais praças europeias. A condicionar o desempenho do índice nacional estiveram os títulos dos CTT, que afundaram mais de 11% depois de o Barclays ter cortado a recomendação atribuída à empresa, bem como as quedas do BCP e da Galp Energia.

Pela Europa, o Stoxx 600 cedeu 0,41%, enquanto o o alemão DAX recuou 0,64%, o francês CAC-40 perdeu 0,62%, o britânico FTSE 100 deslizou 0,11% e o espanhol IBEX-35 desvalorizou 0,40%.

Lisboa liderou as quedas entre as praças do Velho Continente, com o PSI-20 a recuar 1,58%, para 5.030,02 pontos, com apenas duas das 18 cotadas em “terreno” positivo, uma inalterada e as restantes no “vermelho”.

A penalizar fortemente o índice de referência nacional estiveram os CTT, que afundaram 11,21%, para 4,475 euros por ação. Trata-se da maior queda percentual desde janeiro de 2017 e surge depois de o Barclays ter cortado a recomendação atribuída à empresa de correios, de “equalweight” para “underweight“.

A condicionar o desempenho do PSI-20 estiveram ainda o BCP e a Galp Energia. As ações do banco liderado por Miguel Maya recuaram 3,64%, para 12,45 cêntimos por título, enquanto a petrolífera portuguesa cedeu 1,72%, para 8,46 euros, contrariando a subida das cotações de petróleo nos mercados internacionais. O Brent desvalorizou 0,37%, para 73,73 dólares.

Ainda no setor energético, a EDP cedeu 0,15%, para 4,589 euros, enquanto a EDP Renováveis desvalorizou 0,50%, para 19,81 euros. Já a REN cedeu 0,64%, para 2,34 euros.

Nota ainda para as quedas das papeleiras. A Semapa recuou 1,57%, para 11,28 euros, a Navigator cedeu 2,61%, para 2,908 euros, e a Altri recuou 2,38%, para 5,125 euros.

A evitar uma queda mais expressiva do PSI-20 esteve a Jerónimo Martins, que valorizou 0,18%, para 16,86 euros, bem como a Ramada, que avançou 1,03%, para 5,86 euros.

Fora do índice principal, o Benfica destacou-se pela positiva, ao registar um ganho de 15%, para 4,14 euros por ação. A subida dá-se no contexto do interesse já demonstrado na compra de uma posição no capital da SAD por parte do investidor norte-americano John Textor.

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CTT abre programa de trainees. Tem até 15 vagas para estágio remunerado

Candidatos selecionados têm direito a “uma bolsa de estágio 1.200 euros + subsídio de alimentação de 9,01 euros”, clarifica fonte oficial dos CTT à Pessoas.

Os CTT arrancaram com mais uma edição do programa de trainees “com o objetivo de atrair jovens talentos em fase inicial da sua carreira profissional.” O operador postal tem até 15 vagas, para programa de estágios remunerado com duração de um ano. As candidaturas decorrem até 19 de setembro e o programa arranca em outubro.

“Os jovens e recém-graduados, que pretendam fazer parte do “Programa Trainee CTT”, devem consultar os requisitos de acesso no site dos CTT, sendo relevante o resultado final do seu percurso académico e as áreas de formação, preferencialmente as de Mestrados nas áreas de Gestão, Economia, Engenharia; Matemática e Analitycs”, informa os CTT em comunicado.

O operador postal tem “entre 10 a 15 vagas” e aos candidatos selecionados têm direito a “uma bolsa de estágio 1.200 euros + subsídio de alimentação de 9,01 euros”, clarifica fonte oficial dos CTT à Pessoas.

A companhia valoriza candidatos com “vontade em aprender, foco em gerar valor para a empresa, capacidade analítica, iniciativa e proatividade, responsabilização e muita energia e atitude positiva”. Durante o ano de estágio, os trainees passarão por duas áreas de negócio diferentes da companhia, mas também irá “participar em projetos de voluntariado”, bem como desenvolver, em equipa, “um projeto lançado pelas Direções de Estratégia e de Inovação e que no final terá que apresentar ao CEO e restantes elementos da Comissão Executiva.

As candidaturas à V Edição do “Programa de Trainees CTT 2021/2022” estão abertas até dia 19 de setembro, mas a seleção inicia-se já a partir de 26 de julho, com o programa, com a duração de 12 meses, a arrancar em outubro.

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Portugal vai receber 295 mil vacinas da Janssen no fim de semana

O líder da "task force" que coordena o plano de vacinação revelou que o reforço da vacinação vai ter a ajuda de mais 295 mil doses da vacina da Janssen, que chegam a Portugal este fim de semana.

Portugal vai receber 295 mil doses da vacina da Janssen este fim de semana. A informação foi revelada esta sexta-feira pelo líder da task force que coordena o plano de vacinação contra a Covid-19, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, em declarações transmitidas pela RTP3 a partir de Alcabideche.

Além disso, a chegada destas vacinas dá-se depois de uma semana em que o Infarmed teve de suspender um lote de vacinas da Janssen, depois de vários casos de desmaios em Mafra. Mas os testes realizados ao lote vieram a comprovar “a conformidade de todos os lotes que se encontram no circuito de distribuição” com os critérios de qualidade, pelo que o Infarmed levantou a suspensão ao final do dia de quinta-feira.

Questionado pelos jornalistas sobre quantas vacinas da Janssen estavam por administrar, o militar referiu que esta semana o país tinha “cerca de 150 mil vacinas [da Janssen] para serem inoculadas” — e, quando se deu a suspensão, “cerca de 60 mil já [tinham sido] inoculadas”. Ou seja, faltavam ainda 90 mil.

Com a suspensão, as pessoas do sexo masculino — os homens de todas as idades podem levar a vacina da Janssen, enquanto só as mulheres acima dos 50 anos de idade podem receber este fármaco — tiveram de levar outras vacinas, ficando mais doses desta farmacêutica por utilizar. Todo o processo de suspensão afetou o ritmo de vacinação, mas Gouveia e Melo disse que teve de respeitar a decisão do Infarmed por uma questão de segurança. Agora o objetivo é recuperar e avançar na vacinação.

E Portugal vai receber uma ajuda para o efeito. “Vamos receber um esforço de 295 mil vacinas da Janssen no fim de semana e por isso vamos fazer casa aberta para esta vacina”, revelou o vice-almirante.

Esta remessa vai, então, ser afeta à modalidade “Casa Aberta”, numa altura em que o país está a empenhar todos os esforços no reforço da vacinação. As vacinas vão permitir “recuperar” o ritmo de vacinação no país.

A modalidade “Casa Aberta” para pessoas com mais de 40 anos foi retomada durante a tarde desta sexta-feira. Como só está a ser utilizada a vacina da Janssen, as mulheres até aos 50 anos não poderão ser vacinadas nesta modalidade, pois não estão autorizadas a tomar esta vacina.

(Notícia atualizada às 16h58)

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Cabrita acusa Sporting de não cooperar no inquérito aos festejos. Governo vai mudar lei do direito à manifestação

Eduardo Cabrita apontou o dedo ao Sporting, que não colaborou com a IGAI no inquérito aos festejos do campeonato nacional a 11 de maio. E anunciou que Governo vai mudar lei das manifestações.

Eduardo Cabrita apresentou esta sexta-feira as conclusões do inquérito realizado pela Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) aos festejos do título de campeão nacional do Sporting, no dia 11 de maio. O ministro acusa o clube de não ter colaborou com os inspetores nesta investigação. E adiantou que o Governo vai avançar com uma revisão da lei das manifestações.

“Regista-se a ausência de cooperação por parte do Sporting Clube de Portugal às solicitações feitas pela IGAI”, começou por dizer o ministro da Administração Interna, em declarações aos jornalistas.

“Foram feitas diligências junto de um número muito variado de instituições. Todas responderam, colaboraram com a IGAI, [mas] o Sporting não respondeu a qualquer dos pedidos de esclarecimento”, acrescentou, fazendo notar que o clube leonino, por ser uma instituição com estatuto público, tinha uma obrigação especial neste processo.

Cabrita revelou ainda que o Governo vai rever a lei das manifestações. Segundo o ministro, a manifestação convocada pela claque do Sporting Juve Leo teve por base um pedido “manifestamente abusivo da figura do direito de manifestação”.

“A figura de manifestação é um direito fundamental, que tem de ser salvaguardado e é salvaguardado todos os dias para manifestações de natureza política, natureza sindical, religiosa, em que não se prevê a possibilidade de proibição de manifestação”, afirmou Eduardo Cabrita

Nesse sentido, o Governo vai proceder a uma verificação do “quadro legal que permita agir relativamente a formas impróprias de utilização do direito de manifestação”. E vai iniciar, desde já, “um processo de revisão deste diploma de 1974”, que está “desatualizado”, segundo Cabrita.

O inquérito do IGAI analisou a atuação da PSP no quadro das celebrações da conquista do campeonato nacional de futebol pelo Sporting, que mereceram muitas críticas devido à situação de pandemia no país e às regras que vigoravam na altura.

Cabrita fez um elogio ao profissionalismo dos efetivos da PSP, que “evitaram incidentes de gravidade mais significativa” e adiantou que terão continuidade autónoma outros processos relativos a queixas na noite dos festejos, como o disparo de tiros.

Também vai ser apurado autonomamente as circunstâncias que “permitiram a aglomeração de um elevado número de adeptos junto ao estádio dos leões na tarde de 11 de maio”, quando havia determinações para a criação de um perímetro de segurança em redor do recinto e que não foram cumpridas, disse o ministro.

IGAI conclui que PSP “cumpriu missão” durante festejos

Já a inspetora-geral da Administração Interna, Anabela Cabral Ferreira, disse que o IGAI concluiu que “globalmente” a PSP “cumpriu a sua missão” durante os festejos do Sporting como campeão nacional de futebol, não tendo sido aberto qualquer processo disciplinar quanto à sua atuação.

“Quanto à atuação da PSP a conclusão de que a IGAI chegou é que globalmente não há razões para instaurar processos de natureza disciplinar”, disse a inspetora-geral da Administração Interna, Anabela Cabral Ferreira, na conferência de imprensa de apresentação do relatório sobre a atuação da Polícia de Segurança Pública nos festejos do Sporting como campeão nacional de futebol, em maio.

A inspetora-geral reconheceu que a PSP podia “ter agido de uma forma melhor” junto ao estádio do Sporting e no Marquês de Pombal, mas, “globalmente apreciado”, cumpriu a sua missão, que “era num quadro dificílimo”.

Consulte aqui o relatório da IGAI sobre os festejos do Sporting

(Notícia atualizada pela última vez às 16h31)

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Wall Street recua apesar da subida das vendas a retalho

Índices norte-americanos abriram no verde, animados pelas vendas a retalho, mas rapidamente inverteram essa tendência. Seguem a desvalorizar.

Os principais índices de Nova Iorque abriram a valorizar, animados pelos dados das vendas a retalho nos Estados Unidos, mas rapidamente inverteram a tendência e estão a desvalorizar.

O Departamento do Comércio norte-americano revelou esta sexta-feira que as vendas a retalho subiram 0,6% em junho, superando as previsões dos analistas que esperavam uma ligeira descida. Dados que animaram a abertura de Wall Street.

Contudo, a subida transformou-se rapidamente em queda. Os três principais índices estão a desvalorizar: o S&P 500 perde 0,23%, para 4.350,10 pontos, enquanto o Dow Jones desvaloriza 0,28%, para 34.889,89 pontos. Pelo mesmo caminho segue o Nasdaq, a recuar 0,13%, para 14.524,4 pontos.

Nas empresas, as principais quedas cabem à Boeing (-0,40%) e ao JPMorgan Chase (-0,39%).

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Mais de metade das empresas nacionais têm dificuldade em recrutar

Em Portugal, 60% das empresas admitem sentir dificuldade em preencher as vagas que lançam para o mercado, três pontos percentuais acima do valor registado em 2019.

Quase 70% dos empregadores em todo o mundo relatam dificuldades na contratação de novos colaboradores. Este é o valor mais elevado desde 2006, evidenciando os problemas de escassez de talento que o mercado de trabalho atravessa. Em Portugal, o valor alcança os 60%, três pontos percentuais acima do valor registado em 2019, de acordo com o estudo “Talent Shortage 2021”, realizado pela ManpowerGroup junto a mais de 40 mil empregadores a nível global, dos quais mil em Portugal.

“A pandemia está a provocar uma profunda transformação no mundo do trabalho. Nos últimos meses, novos modelos de trabalho ganharam protagonismo, bem como novas preferências e aspirações dos trabalhadores, ao nível das oportunidades de carreira, dos valores ou do propósito da empresa. Ao mesmo tempo, a revolução nas competências está a intensificar-se e observamos uma procura crescente de novas competências e funções especializadas por parte das organizações”, começa por explicar Rui Teixeira, chief operations officer do ManpowerGroup Portugal, em comunicado.

“A escassez de talento é uma realidade para muitas empresas nacionais, e só aqueles empregadores que souberem responder às novas necessidades, e construir uma proposta relevante e alinhada com os valores dos candidatos, serão capazes de atrair e reter o melhor talento.”

Os dados do estudo “Talent Shortage 2021”, do ManpowerGroup, que inquiriu 42.000 empregadores globalmente, dos quais 1.000 portugueses, mostram que 18% e 42% das empresas nacionais sentem muita e alguma dificuldade em recrutar, respetivamente, sendo que 29% afirma não ter dificuldade na contratação e 11% não sabe dar uma resposta.

Logística e operações entre as mais difíceis de preencher

Em Portugal, as funções de operações e logística são aquelas que registam o maior número de empregadores a relatar dificuldades em contratar (25%), seguindo-se as funções de indústria e produção, com 20%.

Já em vagas relacionadas com as áreas de recursos humanos, administração e office suport, a escassez de talento é também uma realidade: 17%, 13% e 11% dos empregadores, respetivamente, assumem dificuldade em preencher estas posições.

Nas funções ligadas a tecnologia e data e a vendas e marketing, a dificuldade na atração das competências certas é relativamente menor, sendo relatada por 8% e 4% dos empregadores, respetivamente, indica o ManpowerGroup.

Na região EMEA (Europa, Oriente Médio e África), a dificuldade em contratar talento nas funções de IT e data é claramente mais acentuada na região EMEA, onde atinge os 14%, colocando estas skills na terceira posição do ranking de maior escassez de talento.

Soft skills ganham cada vez mais importância no CV

“Se já antes da pandemia a procura de competências transversais estava a crescer, com a aceleração da digitalização, aumenta a necessidade, por parte das empresas, de atraírem e comprometerem as competências soft que complementam a automatização e lhes conferem uma maior agilidade e resiliência face aos momentos de disrupção”, pode ler-se.

Em Portugal, 32% dos empregadores definem a responsabilidade e a disciplina como a competência em maior escassez, em linha com o resultado a nível da região EMEA (34%).

Seguem-se a capacidade de liderança e de influência social, mas também a colaboração e o trabalho em equipa, ambas priorizadas por 26% dos recrutadores nacionais. Também a resiliência, tolerância ao stress e adaptabilidade são apontadas como competências em falta (24%), seguidas do raciocínio e resolução de problemas (21%).

Pequenas e microempresas com maiores dificuldades na atração de talento

No que toca à dimensão, é nas organizações mais pequenas que a escassez de talento é mais sentida, com 67% das microempresas e 69% das pequenas empresas a declararem ter dificuldade em recrutar. A situação é ligeiramente atenuada no caso das médias e das grandes empresas, muito embora mais de metade destes empregadores – 52% e 58%, respetivamente – declarem também ter dificuldades em aceder ao talento que necessitam.

Inversamente, a nível global, a escassez de talento é sentida de forma mais acentuada nas grandes empresas, com 74% dos empregadores com mais de 250 de colaboradores a identificar dificuldades em contratar, à semelhança de 72% das médias empresas.

França de um lado, China na ponta oposta

A escassez de talento é especialmente sentida no continente europeu. O destaque vai, contudo, para a França, onde 88% dos empregadores revelam dificuldade em contratar. Seguem-se a Roménia, com 86%, e a Itália, com 85%.

No polo oposto estão a China, Estados Unidos da América, Índia e África do Sul, países onde apenas 28%, 32%, 43% e 46% das empresas dizem que a tarefa de adquirir as competências que procuram nos candidatos é um obstáculo.

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175 concelhos têm mais de 120 casos por 100 mil habitantes. Veja como está o seu

Em 36 municípios do país, a incidência da Covid-19 já ultrapassa os 480 casos por 100 mil habitantes. Albufeira, Loulé e Lagoa (nos Açores) ultrapassam os 960 casos por 100 mil habitantes.

Há 175 concelhos do país com uma incidência cumulativa da Covid-19 acima dos 120 casos por 100 mil habitantes. São mais 45 do que na semana passada, segundo mostram os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS). Existem ainda três concelhos no nível mais alto de risco, com mais de 960 casos por 100 mil habitantes, ou seja, mais um do que na semana anterior.

As incidências concelhias da Covid-19 divulgadas esta sexta-feira mostram um agravamento claro da situação pandémica em Portugal. O país, contabilizando não só o território continental como as regiões autónomas, tem agora mais de metade dos seus municípios a acumularem mais de 120 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.

Ora, a taxa de incidência é um dos principais indicadores a definirem, até esta semana, em que fase do desconfinamento são colocados os diferentes concelhos. Como é sabido, 120 é o limiar de referência para um concelho de alta densidade ser considerado de “risco elevado”, e uma leitura de 240 coloca-o na lista dos de “risco muito elevado”. Para os concelhos de baixa densidade, as referências duplicam-se, para 240 e 480, respetivamente.

Em breve, a forma de gestão da pandemia pode mudar. Especialistas vão apresentar um balanço da pandemia aos políticos, bem como novas ideias para o controlo da transmissão do coronavírus, numa altura em que mais de 10 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 já foram administradas em Portugal continental. O encontro na sede do Infarmed está marcado para 27 de julho, uma terça-feira.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h07)

Veja em que escalão está o seu concelho:

> 960 casos:

  • Albufeira
  • Lagoa [R.A. Açores]
  • Loulé

480-960 casos:

  • Aljustrel
  • Almada
  • Amadora
  • Arraiolos
  • Avis
  • Barreiro
  • Cascais
  • Elvas
  • Faro
  • Lagoa
  • Lagos
  • Lisboa
  • Loures
  • Lourinhã
  • Mafra
  • Matosinhos
  • Moita
  • Nazaré
  • Odivelas
  • Oeiras
  • Olhão
  • Pedrógão Grande
  • Portimão
  • Porto
  • Sesimbra
  • Silves
  • Sines
  • Sintra
  • Sobral de Monte Agraço
  • Vila do Bispo
  • Vila Franca de Xira
  • Vila Nova de Gaia
  • Viseu

240-480 casos:

  • Albergaria-a-Velha
  • Alcochete
  • Alcoutim
  • Alenquer
  • Arouca
  • Aveiro
  • Azambuja
  • Batalha
  • Benavente
  • Castro Marim
  • Chaves
  • Constância
  • Espinho
  • Fafe
  • Gondomar
  • Guarda
  • Ílhavo
  • Lousada
  • Maia
  • Mira
  • Mogadouro
  • Monchique
  • Montemor-o-Novo
  • Montijo
  • Oliveira do Bairro
  • Palmela
  • Paredes
  • Paredes de Coura
  • Peniche
  • Ponta Delgada
  • Póvoa de Varzim
  • Ribeira Grande
  • Santiago do Cacém
  • Santo Tirso
  • São Brás de Alportel
  • Seixal
  • Serpa
  • Setúbal
  • Tavira
  • Trancoso
  • Vagos
  • Valongo
  • Valpaços
  • Viana do Alentejo
  • Vila Nova de Famalicão
  • Vila Real
  • Vila Real de Santo António
  • Vila Viçosa

120-240 casos:

  • Águeda
  • Alcobaça
  • Aljezur
  • Almeida
  • Almodôvar
  • Alpiarça
  • Alvaiázere
  • Amarante
  • Anadia
  • Arruda dos Vinhos
  • Barcelos
  • Beja
  • Bombarral
  • Braga
  • Bragança
  • Cadaval
  • Caldas da Rainha
  • Calheta [R.A. Madeira]
  • Cantanhede
  • Carregal do Sal
  • Cartaxo
  • Castelo de Paiva
  • Celorico da Beira
  • Celorico de Basto
  • Chamusca
  • Cinfães
  • Coimbra
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Governo já tem estratégia para evitar chumbo do plano de reestruturação da TAP

O plano de reestruturação não foi aprovado ainda e vai para “investigação aprofundada”. Mas o Governo já montou uma estratégia para tentar evitar o chumbo. Ajuda pública pode encolher em 512 milhões.

Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e da Habitação, que tutela a TAP.

A Comissão Europeia voltou a aprovar esta sexta-feira a ajuda de emergência de 1,2 mil milhões de euros à TAP, mas resolveu enviar para “investigação aprofundada” a aprovação do plano de reestruturação.

Esta nova fase de investigação, segundo apurou o ECO, deve demorar pelo menos mais três meses e durante este período o Governo vai ter de negociar com a Comissão Europeia no sentido de convencer Bruxelas da bondade do plano de restruturação.

O próximo passo será o de publicar o plano de reestruturação no Jornal Oficial da União Europeia para auscultação e para ouvir os interessados e os concorrentes da TAP.

Mas para blindar este plano de reestruturação e evitar que as ajudas sejam chumbadas pela Direção Geral da Concorrência europeia ou até pelo Tribunal Europeu (que recebeu uma queixa da Ryanair), o Governo terá de reformular algumas premissas desde plano de ajuda à TAP.

Portugal vai ter de mexer no plano de reestruturação ou no valor das ajudas públicas para tentar cumprir os critérios mais exigentes de Bruxelas nesta “investigação aprofundada”. Há um indicador chamado “Own Contribution” que na prática mede a relação entre os sacrifícios impostos pelo plano de reestruturação (1,8 mil milhões de euros) e a soma das ajudas públicas (3,2 mil milhões) e do valor da reestruturação (1,8 mil milhões).

Atualmente, este rácio está nos 36%, mas para que Bruxelas dê “luz verde” ao plano da TAP este indicador terá de subir para perto dos 50%.

As alternativas em cima da mesa

Uma das possibilidades de aumentar este rácio é naturalmente aumentar os sacrifícios da TAP, seja com cortes nos salários, despedimentos ou venda de mais aviões. Mas o Governo não quer ir por esta via para não emagrecer ainda mais a TAP.

Baixar o valor das ajudas públicas

Outra alternativa é naturalmente reduzir o valor de ajudas públicas. O plano entregue a Bruxelas prevê uma injeção de 3,2 mil milhões na TAP de dinheiros públicos: 1,2 mil milhões de empréstimos de emergência que já entraram na companhia, mas 2,73 mil milhões de injeções adicionais de capital e ainda, a partir de 2022, está previsto um apoio adicional de cerca de 512 milhões de euros sob a forma de garantia estatal concedida a empréstimos contraídos no mercado.

O ECO apurou que o Governo poderá deixar cair esta última tranche de 512 milhões de euros, até porque nessa altura a TAP até poderá vir a estar em condições de ir ao mercado sozinha, sem a bengala do Estado. Com esta opção, o tal indicador aumentava de 36% para 41%. Mesmo assim ainda não será suficiente.

Adiantamentos de emergência ajudam

Outra opção que faria aumentar o tal rácio do “Own Contribution” seria o de descontar nas contas os adiantamentos de emergência que a TAP recebeu e que está a ter por conta da Covid-19.

Recebeu 462 milhões de euros em março do ano passado e o Governo já está negociar mais um adiantamento por conta do segundo semestre de 2020 e do primeiro semestre de 2021 (provavelmente serão 150 milhões de euros em cada). Aliás, serão com estes adiantamentos que a TAP deverá sobreviver até o plano de reestruturação ter “luz verde” do Bruxelas, o que não deverá acontecer antes de um prazo de três meses.

Se a Comissão Europeia aceitar deduzir estes milhões, o tal indicador ganha mais uma folga de mais 3 pontos percentuais, aproximando-se dos 45%.

Lufthansa, o último trunfo

Mas o Governo tem ainda um “trunfo na manga” para tentar “piscar o olho” a Margrethe Vestager, a responsável pela política de concorrência. Ao assumir negociações com a Lufthansa para entrar no capital da TAP, isso implicaria a entrada de dinheiro privado na companhia, algo que é muito valorizado por Bruxelas nestes processos de concorrência.

A Lufthansa também recebeu ajudas públicas e, enquanto não devolver esse dinheiro, está impedida, pelas regras comunitárias, de adquirir uma posição no capital de uma outra empresa. Mas a informação que existe no mercado é que a companhia alemã poderá conseguir devolver o auxílio estatal até ao final de setembro (provavelmente financiando-se através de uma emissão de obrigações), e nessa altura ficará livre para, se o negócio avançar, entrar no capital da TAP.

Os slots que a TAP não quer perder

Além deste indicador do “Own Contribution” há um outro tema que vai ser determinante neste processo de auscultação pública.

São os slots, ou seja, o direito de aterrar ou descolar em determinados aeroportos. Para respeitar as regras de concorrência dos auxílios de Estado, a Lufthansa e a Air France, por exemplo, tiveram de abrir mão de cerca de 20 slots, cada uma, nos respetivos países.

É provável que a TAP — que tem cerca de metade dos slots no aeroporto de Lisboa, — também tenha de perder alguns, mas o Governo não antevê que possam ultrapassar a meia dúzia.

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Desconfinamento quase duplica casamentos. Mas estão aquém do pré-pandemia

  • Carolina Bento
  • 16 Julho 2021

Em maio de 2021, realizaram-se 2.602 casamentos, mais 88,4% face ao período homólogo de 2020. Ainda assim, estes números não chegam a igualar os que se registaram em maio de 2019.

Com a Covid-19, menos portugueses quiseram dar o nó. Mas, aos poucos, os casamentos começam a voltar. Em maio, mês em que as medidas para controlar a pandemia se tornaram menos restritivas, o número de bodas quase duplicou face ao mês anterior, mas também face ao mesmo mês do ano passado. Contudo, ainda faltam muitas festas para se regressar aos níveis anteriores aos da chegada do novo coronavírus a Portugal.

Em maio de 2021, celebraram-se 2.602 casamentos, correspondendo a um crescimento de 88,4% face a abril, mostram os dados estatísticos divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Este número representa também uma recuperação face ao mesmo mês, em 2020, quando foram celebrados apenas 745 casamentos, segundo dados do INE. Contudo, o aumento, ainda que significativo, mantém o total de bodas longe dos níveis alcançados antes da pandemia. Em maio de 2019, houve 3.081 casamentos.

Abril e maio foram meses de recuperação no total de bodas, isto depois de no primeiro trimestre de 2021, fruto das medidas de confinamento que estavam em vigor, terem sido celebrados apenas 1.431 casamentos, quase metade dos que foram celebrados no mesmo período, em 2020, ainda antes da pandemia de Covid-19 ter atingido Portugal. Celebraram-se menos 2.524 matrimónios do que no primeiro trimestre do ano passado.

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