Comprimido antiviral da Pfizer pode ser eficaz contra a variante Ómicron

O comprimido antiviral desenvolvido pela Pfizer poderá ser eficaz no tratamento de pacientes infetados com a variante Ómicron do coronavírus, avançou a farmacêutica.

O Paxlovid, comprimido experimental contra a Covid-19 da Pfizer, pode ser eficaz no tratamento de doentes infetados com a variante Ómicron do coronavírus, anunciou a farmacêutica norte-americana num comunicado.

O medicamento demonstrou ser 89% eficaz na redução do risco de hospitalização e morte em adultos com risco de doença grave pela Covid-19, se administrado três dias após o início dos sintomas, de acordo com os dados mais atualizados fornecidos pela empresa.

Em causa está um ensaio clínico com voluntários, que concluiu que apenas cinco dos 697 doentes de alto risco que receberam o medicamento até três dias depois do surgimento dos sintomas foram hospitalizados ou morreram com Covid-19, comparativamente com 44 dos 682 doentes que receberam o placebo.

A Pfizer adiantou também que os sinais encorajadores deste estudo apontam para que o comprimido antiviral pode ser eficaz contra a variante Ómicron, detetada pela primeira vez em África do Sul e que está a suscitar preocupações por poder ser mais transmissível do que a variante Delta.

“Variantes emergentes de preocupação, como a Ómicron, exacerbaram a necessidade de opções de tratamento acessíveis para aqueles que contraem o vírus, e estamos confiantes de que, se autorizado ou aprovado, este potencial tratamento pode ser uma ferramenta crítica para ajudar a conter a pandemia”, sinaliza Albert Bourla, presidente executivo da Pfizer, citado na nota de imprensa.

No mês passado, a Pfizer avançou com um pedido junto da norte-americana Food and Drug Administration, para a autorização uso de emergência deste medicamento em adultos de alto risco. A decisão deverá ser conhecida ainda este mês.

Esta terça-feira, foi ainda conhecido um estudo conduzido em África do Sul que aponta que a vacinação completa com a vacina da Pfizer terá reduzido em 70% o número de internamentos associados à Covid-19, segundo o jornal sul-africano Times.

As conclusões são da Discovery Health, a maior seguradora de saúde do país, e do Conselho de Investigação Médica da África do Sul (SAMRC), tendo por base 78 mil casos de infeção por Covid-19 detetados entre 15 de novembro a 7 de dezembro.

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Ifo revê em baixa para 3,7% crescimento da Alemanha em 2022

  • Lusa
  • 14 Dezembro 2021

O instituto alemão Ifo prevê um crescimento para a Alemanha em 2022 de 3,7%, menos 1,4 pontos percentuais. “A forte recuperação pós-pandémica” esperada "ainda não se materializou”, justifica.

O instituto alemão ifo reduziu hoje a previsão de crescimento para a Alemanha em 2022 para 3,7%, menos 1,4 pontos percentuais, e aumentou em 1,4 pontos percentuais para 2,9% a estimativa para 2023.

Num comunicado divulgado esta terça-feira, o diretor de previsões do ifo, Timo Wollmershäuser, sublinha que “os contínuos estrangulamentos de abastecimento e a quarta vaga do coronavírus estão a abrandar visivelmente a economia alemã”, adiantando que “a forte recuperação pós-pandémica inicialmente esperada para 2022 ainda não se materializou”.

Segundo as estimativas do ifo, a produção económica crescerá 2,5% em 2021, apenas 3,7% no próximo ano e 2,9% em 2023.

O Produto Interno Bruto (PIB) deverá contrair-se 0,5% neste trimestre face ao trimestre anterior e depois estagnar no início de 2022.

“No semestre de Verão de 2022, uma forte recuperação irá instalar-se à medida que a onda de coronavírus se atenuar e os estrangulamentos no fornecimento acabarem gradualmente”, diz Wollmershäuser.

Segundo o ifo, é provável que a produção económica global aumente significativamente no segundo e terceiro trimestres de 2022, designadamente 2,3% e 1,8%, e depois avance lentamente para taxas de crescimento médias.

A taxa de inflação deverá subir novamente de 3,1% este ano para 3,3% no próximo ano, refere o ifo, sublinhando que os aumentos de custos associados a estrangulamentos no fornecimento desempenharão aqui um papel motor, assim como um ajustamento tardio aos preços mais elevados da energia e das mercadorias.

O ifo também indica que “não se espera que os aumentos de preços no consumidor voltem ao normal até 2023, altura em que deverão voltar a descer para 1,8%”.

A taxa de desemprego diminuirá de uma previsão de 5,7% em 2021 para uma média de 5,2% em 2022 e 4,9% em 2023, com o número de pessoas empregadas portanto a aumentar em cerca de 409.000 em 2022 e em 311.000 em 2023, tendo sido 97.000 mais elevado em média em 2021 do que no ano anterior, afirma.

“Espera-se que o trabalho a tempo reduzido diminua de uma média estimada de pouco menos de 1,7 milhões de empregados este ano para cerca de 313.000 no próximo ano e 74.000 em 2023”, refere o instituto.

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Crescimento do PIB do G20 acelera 1,7% no terceiro trimestre

  • Lusa
  • 14 Dezembro 2021

Crescimento recuperou mais do que anteriormente estimado no Canadá (1,3%, contra -0,8%), e houve uma forte contribuição de alguns países europeus, incluindo França e Itália.

O Produto Interno Bruto (PIB) do G20 cresceu em cadeia 1,7% no terceiro trimestre, contra 0,4% no segundo trimestre, anunciou esta terça-feira a OCDE com base em estimativas provisórias.

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) sublinha, em comunicado, que esta evolução contrasta com a tendência de abrandamento verificada no conjunto da OCDE, cujo crescimento em cadeia passou de 1,7% no segundo trimestre para 1,1% no terceiro trimestre.

O crescimento relativamente forte do G20 no terceiro trimestre de 2021 reflete uma recuperação na Índia, onde o PIB aumentou 12,7% no terceiro trimestre, depois de uma contração de 11,6% no segundo trimestre, impulsionada principalmente pelo investimento fixo e pelo consumo privado.

O PIB também aumentou acentuadamente na Arábia Saudita (5,8% no terceiro trimestre, contra 1,1% no segundo trimestre), excedendo pela primeira vez o nível pré-pandemia, e na Turquia (2,7%, contra 1,5%).

O crescimento recuperou mais do que anteriormente estimado no Canadá (1,3%, contra -0,8%), e houve uma forte contribuição de alguns países europeus, incluindo França e Itália.

No entanto, a OCDE sublinha que em vários outros países do G20 se registou uma desaceleração ou mesmo uma contração do crescimento do PIB.

Na China, o crescimento em cadeia do PIB abrandou para 0,2% no terceiro trimestre, contra 1,2% no segundo, e na Coreia do Sul para 0,3%, contra 0,8%.

O PIB passou a registar recuos na Austrália (menos 1,9%), África do Sul (menos 1,5%), Japão (menos 0,9%), Indonésia (menos 0,6%) e México (menos 0,4%), e continuou a contrair-se no Brasil (menos 0,1%, contra menos 0,4% no segundo trimestre).

Estas contrações refletiram principalmente contribuições negativas do consumo privado na Austrália, Indonésia e África do Sul, e das exportações no Brasil e na África do Sul.

De facto, enquanto o PIB para o G20 como um todo excedeu o nível pré-pandemia no primeiro trimestre de 2021, metade das economias do G20, incluindo todas as economias do G7 exceto os Estados Unidos, permanecem abaixo dos níveis pré-pandemia.

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Altice diz que licenças do 5G custaram mais do que o esperado. Sobra “menos dinheiro” para investir na rede

CEO da Altice Portugal diz que as licenças do 5G custaram mais "do que era expectável", reduzindo a capacidade do setor de investir na construção da rede. Meo lança 5G a 1 de janeiro.

O CEO da Altice Portugal admitiu esta segunda-feira que o investimento na compra das licenças do 5G ficou “acima do que era expectável”, pelo que sobra “menos dinheiro” para investir na construção da rede. A empresa aplicou 125,23 milhões de euros na aquisição de espetro no leilão da Anacom.

“Vamos ter sempre menos investimento 5G do que teríamos se tivéssemos gastado menos dinheiro na aquisição das licenças”, alertou Alexandre Fonseca, numa intervenção na conferência Fábrica 2030, na qual também revelou que a Meo vai lançar o 5G no dia 1 de janeiro (o ECO confirmou depois que o lançamento acontecerá à meia-noite, na viragem do ano). Das três grandes operadoras, é a única que ainda não iniciou a exploração comercial da tecnologia.

O gestor reforçou que a capacidade de investimento das operadoras seria maior “se os preços tivessem sido mais razoáveis”, criticando a Anacom por promover “artificialmente” o encarecimento do espetro. Mesmo assim, assegurou que a Meo vai “desde o dia 1” de janeiro “avançar com 5G nacional, em todo o país”.

Conferência "Fábrica 2030" - 14DEZ21
Alexandre Fonseca, CEO Altice Portugal, na conferência Fábrica 2030, no Palácio da Bolsa, no PortoRicardo Castelo/ECO

Alexandre Fonseca explicou também que a cobertura de 5G não será “universal”, da mesma forma que não o é no atual 4G, que “chega a 99,5% da população”. Para colmatar os 0,5% de população que ainda não têm cobertura, o gestor voltou a apelar a “coinvestimentos” do Estado e dos privados na expansão da infraestrutura de comunicações eletrónicas às zonas que não são capazes de atrair investimento privado por si só.

As receitas de mais de 500 milhões de euros do leilão do 5G, bem como o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), seriam dois instrumentos a aproveitar para a realização desses coinvestimentos. Mas, na visão do CEO da Altice Portugal, o Governo já deu passos em falso em ambas as vertentes, ao ter canalizado receitas do leilão para a “construção de autoestradas em betão”, por um lado, e por “três quartos do PRR” serem canalizados para o Estado, ao invés das empresas, por outro. “Há Estado a mais e empresas a menos do PRR”, criticou o gestor.

Em concreto, sobre os fundos europeus da chamada bazuca, Alexandre Fonseca disse não ver “no PRR português bons exemplos de outros países”. E acrescentou: “O PRR de Espanha prevê a capacidade de se investir em zonas brancas de conectividade, onde não há cobertura de nenhum operador, e existe capacidade de fazer coinvestimento entre público e privado para a rede chegar onde não há capacidade para fazer esses investimentos.”

Alexandre Fonseca quer reformas

A conferência Fábrica 2030 do ECO, que decorre esta terça-feira no Porto, tinha como mote a pergunta “como pôr Portugal a crescer?”. Alexandre Fonseca aproveitou a deixa e elencou “três reformas” estruturais que defende serem necessárias para desbloquear crescimento económico em Portugal.

A primeira é a “reforma da Justiça”, para que “funcione de forma rápida e expedita”, resolvendo de forma mais célere os processos envolvendo as empresas. A segunda é uma “reforma fiscal”, para “atrair investimento” estrangeiro, como capital de risco e business angels, e para reter aquele que já está a ser feito no país. A terceira reforma pedida por Alexandre Fonseca é a “reforma das políticas laborais”, para aumentar a produtividade. “São as minhas respostas ao desafio de pôr Portugal a crescer”, afirmou.

O gestor enalteceu a qualidade das infraestruturas de comunicações instaladas no país, mas alertou para a falta de literacia digital da população e até dos empresários e gestores. Afirmando que não basta ter email e um site, o CEO da Altice Portugal apontou para a necessidade de pensar em “novos modelos de negócio” e no uso da tecnologia para alavancar a internacionalização do tecido empresarial.

De seguida, o responsável defendeu que o país deve apostar na formação dos jovens com competências digitais e na qualificação de adultos em idade ativa. “A digitalização é uma realidade incontornável a nível global. Portugal continua a ter um mau posicionamento nos rankings no que toca à inclusão e literacia digital e as competências digitais da população ativa são baixas, inexistentes ou muito básicas”, disse, acrescentando: “Não podemos pedir milagres aos gestores e funcionários.”

Na mesma intervenção, o CEO da Altice Portugal criticou ainda a falta de comunicação entre o Estado e as empresas, dando até como exemplo o setor da saúde, onde dois hospitais públicos não partilham informação ou um utente é forçado a repetir exames de diagnóstico quando é seguido no privado e no público. Na Administração Pública, o gestor criticou os sistemas proprietários, que fazem com que não haja partilha de informação entre serviços públicos e até entre ministérios no Governo.

“Temos de ser capazes de combater a iliteracia digital, garantir um acesso democrático às tecnologias da informação e do conhecimento e pôr as empresas no centro da economia. É fundamental termos um Estado com mais qualidade nas suas competências digitais, nos seus serviços e na sua liderança”, rematou o gestor.

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British Airways lança rotas low-cost e inclui Faro

Novas rotas de curta distância arrancam em março e começam nos 46 euros. Passageiros terão água e lanches gratuitos, taxas de bagagem acessíveis e escolha de assento grátis 24 horas antes da partida.

A companhia aérea British Airways vai lançar em março uma nova operação de voos de curta distância, com preços low-cost. De acordo com o The Telegraph, os voos serão feitos entre o aeroporto de Gatwick, em Londres, e outros 35 destinos, incluindo Faro. Com esta decisão, a empresa britânica passará a ser concorrente direta da easyJet, que é atualmente a maior companhia aérea no aeroporto de Gatwick.

A partir de março, será então possível viajar entre Londres e outras 35 cidades da Europa e de África, incluindo Atenas, Berlim, Faro, Ibiza, Madrid, Málaga, Marraquexe, Milão Malpensa, Santorini e Tenerife. Os bilhetes custarão a partir de 39 libras (46 euros).

Para avançar com esta operação — que será semelhante à BA City Flyer, subsidiária com sede no aeroporto de London City –, será criada uma “entidade totalmente separada”, embora os voos continuem a ser operados em nome da British Airways, escreve o jornal britânico. Para isso, foram negociados acordos sobre salários e condições de trabalho com pilotos e tripulantes de cabine.

Inicialmente, haverá três aviões Airbus a voar entre estas rotas, mas a companhia espera ter 18 aeronaves a operar no final de maio, bem antes do verão. A partir de outubro, os voos passarão a ser operados sob o nome BA Euroflyer.

Apesar de serem preços low-cost, a companhia promete aos passageiros “o mesmo alto nível de serviço que esperam da British Airways”, incluindo água e lanches gratuitos, taxas de bagagem acessíveis, escolha de assento gratuita 24 horas antes da partida e benefícios para passageiros frequentes.

“A criação de uma nova empresa de curta distância da British Airways significa que os clientes de Gatwick terão acesso a um serviço premium da companhia aérea de bandeira do Reino Unido a preços competitivos”, diz Sean Doyle, presidente e CEO, citado pelo jornal britânico.

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Preço da eletricidade bate novo recorde e chega aos 291,73 euros por megawatt hora nos mercados grossistas

Valor mais caro de sempre da energia elétrica no Mibel, na negociação intradiária, rebentou já todos os anteriores máximos históricos. Preço do gás e das licenças para a emissão de dióxido de carbono.

O preço da eletricidade no mercado grossista ibérico vai atingir um novo recorde. Na próxima quarta-feira, 15 de dezembro, o preço médio vai ascender a 291,73 euros por megawatt hora (MWh). O último recorde datava de 7 de outubro quando o preço da eletricidade no mercado grossista ibérico chegou à marca de 288,53 euros por MWh.

De acordo com o operador da plataforma de contratação diária do mercado ibérico de eletricidade (OMIE) os preços esta quarta-feira vão oscilar entre um máximo de 319,13 euros por MWh e mínimo de 261,73 euros MWh, um desempenho explicado pelo aumento dos preços do gás, mas também das licenças para a emissão de dióxido de carbono.

Na Europa e no Reino Unido, os preços do gás atingiram também novos recordes esta terça-feira no contexto de ameaças que uma potencial invasão russa da Ucrânia possa danificar as já escassas reservas para o Inverno. Os preços para o gás a ser negociado já para janeiro atingiram os 120,25 euros por MWh, depois de terem fechado nos 116€/MWh na segunda-feira, da conta o Financial Times.

Desde o início do mês, os preços do gás na Europa já aumentaram cerca de 30%, ultrapassando os recordes de outubro. Neste momento as reservas de gás europeias estão abaixo dos 70%, um número nada confortável para enfrentar o inverno.

Quanto às licenças de emissão, o valor de referência do carbono no bloco comunitário chegou já a atingir máximos históricos acima dos 90 euros por tonelada. O preço do carbono na União Europeia poderá atingir os 100 euros por tonelada até final do ano, segundo preveem os analistas, e isto depois de um disparo de 50% desde o início de novembro para níveis recorde à boleia do aumento do preço do gás.

O sistema de comércio de licenças de emissão, que estabelece os limites para a emissão de dióxido de carbono por parte das indústrias, empresas de energia e companhias áreas, tem um papel decisivo para aquilo que é a estratégia da União Europeia para reduzir as emissões de gases de efeito de estudo em 55% dos níveis de 1990 até 2030.

Os economistas sondados pela Reuters consideram que este mecanismo precisa de preços de cerca de 90 euros por tonelada para encorajar as empresas a mudarem-se para combustíveis limpos e tecnologias que cortem as emissões para níveis em linha com os objetivos do acordo climático de Paris, em 2015.

Os operadores de mercado e analistas acreditam que o preço poderá subir mesmo para os 100 euros, perante o aumento do preço do gás e com o fim de contratos de opções, fatores que podem encorajar um maior uso de centrais de carvão, que precisam comprar mais licenças de carbono por conta das suas emissões mais altas.

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Governo lança sete novos concursos no âmbito do Revive Natureza

Há seis casas florestais e um moinho disponíveis para serem reabilitados e destinados ao turismo. Candidaturas terminam a 14 de março.

O Governo lançou mais sete concursos no âmbito do Revive Natureza, uma iniciativa que prevê a reabilitação de imóveis devolutos do Estado para fins turísticos. Entre as concessões disponíveis destacam-se casas florestais e moinhos.

Os imóveis levados a concurso são: Casa Florestal de Sapadores (Figueira da Foz), Casa de Cantoneiros de Poio Negro (Manteigas), Casa de Jones (Manteigas), Moinhos da Corredoura (Celorico da Beira), Casas Florestais do Bloco do Talhão 1 (Marinha Grande), Casa Florestal de Praia (Marinha Grande) e Casa Florestal do Pedrógão (Leiria), refere um comunicado enviado pelo Ministério da Economia.

Estes imóveis serão, assim, alvo de “requalificação e valorização, promovendo o desenvolvimento regional e local, através de novas utilizações para fins turísticos”. Os interessados podem apresentar as candidaturas até 14 de março de 2022.

Os concursos foram lançados esta terça-feira, numa cerimónia onde a secretária de Estado do Turismo notou que, em cerca de ano e meio, foram lançados “38 concursos, dos quais 32 respeitantes, essencialmente, a antigos postos fiscais e casas de guardas-florestais e seis relativos a estações de caminho-de-ferro”. Isto “mostra o grande interesse por parte dos privados na recuperação e valorização destes imóveis”.

Dos três grupos de concursos já lançados, foram recebidas 367 candidaturas, encontrando-se adjudicados os imóveis respeitantes a 19 concursos dos dois primeiros grupos, sobre os quais foram celebrados dois contratos e encontra-se em processo de assinatura outro contrato, detalha o ministério.

Relativamente ao terceiro lote de seis imóveis, cuja fase para apresentação de candidaturas terminou no passado dia 19 de novembro, foram rececionadas um total de 45 propostas, tendo-se já iniciado o procedimento de análise das mesmas, com vista à sua adjudicação no início de 2022. Encontram-se ainda a decorrer, até 26 de janeiro, os concursos para a atribuição de direitos de exploração das seis estações ferroviárias.

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Ministério Público esperou por Carlos Alexandre para deter Manuel Pinho

Ministério Público vai promover uma medida de coação superior ao TIR. Tudo indica que terá sido por isso que foi detido. Em 48 horas, será decidido se ficará em preventiva

A detenção de Manuel Pinho — na sequência do interrogatório do DCIAP — acontece numa altura em que Carlos Alexandre volta a ‘receber’ o processo EDP, depois do juiz de instrução titular, Ivo Rosa, ter ficado em exclusivo com o caso BES.

Os procuradores Carlos Casimiro e Hugo Neto entenderam que, ao fim de mais de uma década de investigação, esta era a altura indicada para deter o ex-ministro socialista Manuel Pinho no âmbito do caso dos CMEC, numa altura em que Carlos Alexandre — que tem por hábito aplicar a prisão preventiva aos arguidos mediáticos investigados por crimes económicos — recebe o processo, depois de Ivo Rosa ter ficado em exclusivo com a instrução do processo do Universo BES. “O Ministério Público sente-se mais confiante com a figura do Carlos Alexandre”, acusou o advogado de Manuel Pinho, Ricardo Sá Fernandes.

O ECO sabe que o Ministério Público irá pedir a promoção de uma medida de coação mais gravosa (neste momento Manuel Pinho está apenas com o Termo de Identidade e Residência) e que essa poderá passar pela prisão preventiva. Questionado pelo ECO, fonte oficial da PGR não confirmou oficialmente essa questão. Carlos Alexandre poderá aceitar essa medida de coação pelo facto do ex-ministro e a sua mulher não terem residência atual em Portugal, mas sim em Alicante. O MP acredita que existe perigo de fuga. A mulher de Manuel Pinho, Alexandra Pinho, já tem mandado de detenção emitido em seu nome.

Alexandra Pinho deveria ter comparecido esta manhã nas instalações do DCIAP para um interrogatório que estava marcado desde o dia 4 de novembro.

Tal como aconteceu em novembro, Alexandra Pinho faltou com a justificação médica.

Manuel Pinho foi ao DCIAP prestar declarações no âmbito do caso EDP e acabou detido. O advogado Ricardo Sá Fernandes fala em “dia muito triste para a Justiça portuguesa”. Há ainda um mandado de detenção para deter a mulher, Alexandra Pinho. “Um abuso de poder”, disse o advogado.

O caso EDP está relacionado com os Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC) no qual Mexia e Manso Neto são suspeitos de corrupção e participação económica em negócio para a manutenção do contrato das rendas excessivas, no qual, segundo o Ministério Público, terão corrompido o ex-ministro da Economia Manuel Pinho e o ex-secretário de Estado da Energia Artur Trindade.

O processo tem também como arguidos o ex-ministro da economia do governo do PS Manuel Pinho, o administrador da REN e antigo consultor de Manuel Pinho, João Conceição, Artur Trindade, ex-secretário de Estado da Energia de um governo PSD, e Pedro Furtado, responsável de regulação na empresa gestora das redes energéticas.

Segundo o advogado, Manuel Pinho compareceu no DCIAP mas teve de esperar uma hora até que foi informado de que iria ser detido.

“Aqui ninguém foge, nem há motivos para suspeitar que fujam. É por isso que lamento profundamente este ato, que consubstancia um verdadeiro abuso de poder”, disse Ricardo Sá Fernandes, em declarações à saída do DCIAP.

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Programa educativo tecnológico Apps for Good chega a Angola e Timor-Leste

Nos objetivos de expansão do programa tecnológico, para além de países de língua oficial portuguesa, consta ainda o desejo de chegar a todas as comunidades portuguesas no estrangeiro.

O programa português Apps for Good chegou a Angola e a Timor-Leste. Depois do sucesso em Portugal, onde já vai na sua 8.ª edição, o programa educativo tecnológico avançou com a sua expansão internacional para replicar a utilização da tecnologia como forma de resolver problemas, através de um modelo educativo mais intuitivo, colaborativo e prático.

“É um enorme orgulho e satisfação poder levar para outros países este programa que pretende ser a ferramenta que permita capacitar os jovens e tornar o mundo em que vivemos mais sustentável. (…) Queremos continuar a impactar, a estimular e a desenvolver a capacidade criativa e empreendedora dos jovens”, afirma João Baracho, diretor executivo do CDI, citado em comunicado.

“Nos objetivos de expansão do Apps for Good, para além de países de língua oficial portuguesa, consta ainda o desejo de conseguir chegar a todas as comunidades portuguesas no estrangeiro, de forma a poder difundir a nossa cultura, apostando ainda na promoção e partilha do conhecimento global dos nossos jovens”, acrescenta.

Em Angola, o Apps for Good está a ser aplicado no Colégio S. Francisco de Assis Luanda Sul, pela segunda vez e em modo curricular, com duas turmas do 9.º ano, abrangendo 42 alunos (21 rapazes e 21 raparigas).

Já em Timor-Leste, o programa está a ser aplicado na Escola Portuguesa de Díli (Centro de Ensino e Língua Portuguesa Ruy Cinatti) por um professor que já tinha feito o Apps for Good em Portugal. É a primeira vez que o programa está a ser lecionado em Timor e em modo curricular com três turmas do 7.º ano, abrangendo um total 85 alunos (35 rapazes e 50 raparigas).

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Ageas compra edifício do Crédito Agrícola em Lisboa

Imóvel está localizado em Sete Rios e tem mais de 5.000 metros quadrados. É nele que se encontram algumas das empresas do Crédito Agrícola e foi vendido à Ageas Portugal.

O Crédito Agrícola ganhou um novo senhorio em Lisboa. O Edifício Bloom, onde o banco tem colaboradores, foi comprado pela Ageas Portugal. O imóvel, localizado em Sete Rios e com mais de 5.000 metros quadrados, foi vendido por um proprietário privado, sabe o ECO.

O ECO sabe que o negócio foi fechado na semana passada e fontes do mercado imobiliário referem-se a este imóvel como um “edifício de qualidade”, para além de ter um “bom inquilino”. A informação acabou por ser entretanto confirmada pela própria seguradora, em comunicado.

O Edifício Bloom está ocupado pelo Crédito Agrícola, nomeadamente pelo CA Seguros, CA Vida e CA Gest e conta no rés-do-chão com outras lojas. Foi construído em 2010 e tem uma área de 4.665 metros quadrados de escritórios e 1.232 metros quadrados de espaços comerciais, para além de três pisos de estacionamento abaixo do solo. Conta ainda com um terraço com uma zona de lazer e refeições para os colaboradores do banco.

O imóvel “enquadra-se por completo nos parâmetros de referências do Grupo Ageas Portugal”, diz a seguradora. “Além de apresentar uma excelente construção e acabamentos, foi um dos primeiros edifícios de escritórios em Portugal com certificação energética classe A”.

Esta é a quarta aquisição da seguradora em território nacional este ano, representando cerca de 100 milhões de euros investidos só em 2021, mas com uma carteira de mais de 500 milhões de euros, diz a empresa.

Para além da construção das novas sedes em Lisboa e Porto, a empresa pretende “continuar a construir progressivamente no seu portfolio imobiliário, com a ambição de se tornar referencia enquanto investidor responsável em Portugal.

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“Não vou regressar a Portugal”, diz Rendeiro no tribunal

Rendeiro foi apenas identificar-se ao tribunal sul africano, pela segunda vez. E, desta vez, falou aos jornalistas e disse: "Não vou regressar a Portugal".

O ex-banqueiro João Rendeiro no Tribunal de Verulam, onde esteve presente perante um juiz pela primeira vez desde que foi detido no sábado, nos subúrbios de Durban, África do Sul, 13 de dezembro de 2021. João Rendeiro foi preso no sábado, num hotel em Durban, na província sul-africana do KwaZulu-Natal, numa operação que resultou da cooperação entre as polícias portuguesa, angolana e sul-africana. LUÍS MIGUEL FONSECA/LUSALUÍS MIGUEL FONSECA/LUSA

João Rendeiro disse esta terça-feira aos jornalistas que não vai regressar a Portugal, dando a entender que se vai opor ao processo de extradição. “Não vou regressar a Portugal”, disse o arguido, condenado em três processos autónomos em Portugal.

Este é o segundo dia em que João Rendeiro esteve na sala de tribunal, depois de na primeira presença perante o juiz, na segunda-feira, a sessão ter sido adiada a pedido da defesa. O objetivo desta sessão seria a de aplicação da medida de coação a aplicar — que pode passar pela prisão preventiva ou mesmo liberdade sob fiança, no pior e no melhor cenário, respetivamente — mas acabou por ser adiada, mais uma vez. A sessão decorrerá na quarta-feira, às 9h00 de Lisboa, porque a defesa considera que precisa de mais tempo para analisar o processo, até porque, o tribunal avançou que vai ser acrescentada mais uma acusação contra Rendeiro.

Rendeiro está na prisão de Westville, a cerca de 30 quilómetros do tribunal de Verulam, nos arredores de Durban. Mas a advogada June Marks, que representa João Rendeiro na África do Sul, já revelou que pretende pedir a transferência do ex-banqueiro para outra prisão, depois de este ter recebido ameaças de morte. June Marks também já tinha adiantado que preferia que o caso fosse transferido para Joanesburgo, tendo em conta capacidade do tribunal de subúrbios de Verulam.

O ex-presidente do Banco Privado Português (BPP) foi detido no sábado, num hotel em Durban, na província sul-africana do KwaZulu-Natal, na África do Sul, numa operação que resultou da cooperação entre as polícias portuguesa, angolana e sul-africana.

João Rendeiro estava fugido à justiça há três meses e as autoridades portuguesas reclamam agora a sua extradição para cumprir pena em Portugal, relativamente a um dos três processos a que foi condenado, relacionados com o colapso do BPP.

 

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Obras licenciadas já superam níveis pré-pandemia

No terceiro trimestre licenciaram-se 6.000 edifícios, a maioria nova construção e destinada a famílias. Número está 3% acima do mesmo trimestre de 2019.

O setor da construção continua a dar cartas e os últimos meses têm sido marcados por vários aumentos, embora nem todos positivos. Os custos com a construção têm disparado, mas nem por isso as obras abrandam. Os números do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que, entre julho e setembro deste ano, foram licenciados 6.000 edifícios, um número acima do observado no mesmo período de 2019.

As 6.000 obras licenciadas no terceiro trimestre correspondem a um aumento de 0,9% face ao mesmo trimestre de 2020 e a uma subida de 3,1% face aos edifícios licenciados no mesmo trimestre de 2019 (período pré-pandemia), refere o INE.

Obras licenciadas e concluídas (variações homólogas trimestrais)INE

Do total de edifícios licenciados, 74,8% eram construções novas e destas, 78,2% destinavam-se a habitação familiar. Os edifícios licenciados para demolição (369) corresponderam a 6,1% do total de edifícios licenciados no terceiro trimestre.

O número de edifícios licenciados em construções novas cresceu 3,8% face ao mesmo trimestre do ano passado, enquanto as obras de reabilitação diminuíram 6,3%. Em comparação com o trimestre anterior, o licenciamento em construções novas diminuiu 8,5% enquanto as obras de reabilitação decresceram 9%. Face ao mesmo período de 2019, o licenciamento para nova construção subiu 8,1%, enquanto as reabilitações caíram 9,8%.

Em termos de localizações, os Açores, o Alentejo e a Área Metropolitana de Lisboa apresentaram subidas face aos demais anos (+23%, +18% e +9,7%, respetivamente), enquanto nas restantes regiões se observaram descidas, com maior destaque para o Centro (-8,4%).

Em todo o país, naquele período, a área total licenciada aumentou 4,8% em termos homólogos (+30,2% no segundo trimestre). A região Centro foi a única a apresentar uma variação homóloga negativa (-15%), enquanto a Área Metropolitana de Lisboa se destacou com um aumento de 44,1%.

No que diz respeito a edifícios concluídos (construções novas, ampliações, alterações e reconstruções), estes totalizaram 3.900, uma subida de 5,5% em relação ao terceiro trimestre de 2020 e de 7,8% em comparação com o terceiro trimestre de 2019.

(Notícia atualizada às 12h08 com mais informação)

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