Remodelação das sociedades de garantia mútua em stand by com atraso na aprovação das contas

Assembleias gerais da Norgarante, Lisgarante, Garval e Agrogarante, que estavam agendadas para junho, não se realizaram Relatórios e contas referentes a 2020 ainda não estão fechados.

A remodelação total das sociedades que compõem o sistema de garantia mútua sofreu um novo atraso. As assembleias gerais que estavam agendadas para junho não se realizaram, porque os relatórios e contas referentes a 2020 ainda não estão fechados, apurou o ECO.

O Banco Português de Fomento nasceu da fusão da Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD) e da PME Investimentos na Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua (SPGM). Os responsáveis máximos destas entidades cessaram funções aquando da fusão e regressaram aos seus locais de origem (quando os tinham). Mas agora estão de volta, tal como o ECO avançou em maio.

Só depois de escolhida a equipa definitiva que vai gerir o banco de fomento é que se poderia permitir a saída de alguns dos elementos que estão presentemente na direção, uma vez que é ilegal ocupar dois cargos em simultâneo no topo da holding e nas empresas do sistema de garantia mútua – Norgarante, Lisgarante, Garvale e Agrogarante. Tal como o ECO avançou, o Banco de Portugal já deu “luz verde” a todos os elementos e agora só falta a tutela entregar a lista de nomes na Cresap, que também tem de dar o seu parecer, tendo em conta que todos os elementos estão sujeitos às regras do Estatuto do Gestor Público.

Para a reestruturação das sociedade de garantia mútua é fundamental um outro passo: a realização das respetivas assembleias. E apesar de todas já terem sido convocadas, acabaram por ter de ser reagendadas na ausência de concretização de alguns dos pontos da agenda propostos.

A 10 de maio foram convocadas a AG da Norgarante para 14 de junho, na Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, no Porto; da Lisgarante para 11 de junho, no Hotel Sana, em Lisboa; e da Garval para 11 de junho, no Santarém Hotel. A da Agrogarante foi convocada a 31 de maio para 30 de junho, na Escola Superior Agrária de Coimbra. Nenhuma se realizou, mas ainda não foram publicadas no Portal da Justiça as novas convocatórias.

Todas as AG destas empresas de garantia mútua tinham como dois primeiros pontos da agenda a “apreciação e votação do relatório de gestão e das contas referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2020” e “apreciação e votação da proposta de aplicação dos resultados do exercício de 2020”. Ora as contas ainda não estão fechadas. A presidente executiva do Banco de Fomento tinha anunciado, no Parlamento, apresentar as contas até ao final de junho, mas isso não aconteceu e é necessário que também a instituição marque uma assembleia geral para que estas sejam aprovadas. No Portal da Justiça ainda não está nada agendado.

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Nas notícias lá fora: “Uber chinês”, Frulact e OPEP+

  • ECO
  • 5 Julho 2021

China removeu o grupo Didi Chuxing das lojas de aplicações chinesas, enquanto a tensão na OPEP+ aumenta com recusa de cedência da Arábia Saudita. Portuguesa Frulact quer tornar-se líder do mercado.

A China removeu a Didi das lojas de aplicações chinesas, tendo em conta que o “Uber chinês” violou as regras e o uso de informações pessoais dos seus usuários, enquanto os hackers suspeitos de estarem por detrás de um ataque em massa, exigem 70 milhões para restaurar dados de empresas atingidas em ataque informático. A empresa portuguesa Frulact foi adquirida pelo grupo francês de private equity Ardian que tem como objetivo tornar a empresa líder do setor e uma referência mundial. A Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos estão em “pé de guerra” dentro da OPEP. No que respeita à pandemia, Israel quer negociar o excedente da vacina da Pfizer com outros países.

Financial Times

China visa mais grupos tecnológicos após retirar a Didi das lojas de aplicações

O regulador do ciberespaço chinês ordenou a retirada do grupo Didi, plataforma de mobilidade rival da Uber, das lojas de aplicações, por considerar que esta violou as leis ao recolher ilegalmente dados pessoais dos utilizadores. A Administração do Ciberespaço da China não se ficou por aqui e anunciou que está a investigar a Boss Zhipin, uma empresa de recrutamento online, e as aplicações de camionagem chinesas Yunmanman e Huochebang, que se fundiram em 2017 para formar a Full Truck Alliance. As plataformas não podem registar novos utilizadores enquanto estiverem sob investigação.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

El País

Frulact quer tornar-se líder do mercado

A empresa familiar portuguesa Frulact foi adquirida na totalidade pelo grupo francês de private equity Ardian, deixando a família fundadora fora da gestão. Entre os planos da Ardian está posicionar a empresa portuguesa, sediada na cidade da Maia, como uma das principais referências internacionais no setor dos preparados de fruta, legumes e aromas alimentares. Uma internacionalização que não era estranha à Frulact, que, antes de mudar de mãos, já tinha fábricas em França, Marrocos, África do Sul e Canadá, para além de Portugal. Ardian quer fazer de Frulact o líder no seu setor e torna a empresa numa referência mundial ao crescer na Europa, mas também nos Estados Unidos e no Canadá.

Leia a notícia completa no El País (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Bloomberg

Crise na OPEP+ aumenta com impasse entre Arábia Saudita e os Emirados

Continua sem haver um acordo quanto à produção de petróleo para o resto do ano e para 2022. Depois de duas tentativas falhadas, esta segunda-feira há uma nova reunião da OPEP, em que a organização, liderada pela Arábia Saudita, vai tentar uma cedência por parte dos Emirados. Este país continua a criar cada vez mais tensão dentro da OPEP, insistindo no pedido já apresentado de revisão em alta do volume de produção de referência, que serve de base ao cálculo da sua quota. Fixado nos 3,17 milhões de barris diários, os Emirados insistem para que seja elevado para os 3,8 milhões de barris.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Reuters

Israel quer negociar o excedente da vacina da Pfizer com outros países

Israel está em conversações com outros países para negociar o excedente da vacina da Pfizer/BioNtech cujas doses expiraram até ao final do mês. O diretor-geral do Ministério da Saúde, Hezi Levi, disse numa entrevista à Radio 103 FM que as doses expiram a 31 de julho e que qualquer acordo teria de obter a aprovação da Pfizer. Apesar de não ter dito o número das doses disponíveis, o jornal Haaretz fala em cerca de um milhão de doses da vacina.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

U.S. News

Hackers exigem 70 milhões para restaurar dados de empresas atingidas em ataque informático

Hackers suspeitos de estarem por detrás de um ataque em massa, que afetou centenas de empresas em todo o mundo na noite de domingo, exigem 70 milhões de dólares para restaurarem os dados que detêm atualmente. O pedido foi publicado num blog normalmente usado pelo gangue do crime informático REvil, um grupo ligado à Rússia, considerado um dos mais perigosos do mundo no que toca a extorsão de dinheiro.

Leia a notícia completa na U.S.News (acesso livre, conteúdo em inglês).

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Baixa rentabilidade, rácios e malparado ameaçam rating do Montepio

Agência de notação mantém o banco com uma notação de "B", em nível de "lixo", com uma perspetiva "negativa". Vê vários desafios para o Montepio, sendo um deles o malparado, que deverá aumentar.

O Montepio está em reestruturação. A DBRS reconhece os esforços de Pedro Leitão para reforçar o balanço do banco, bem como para regressar a lucros, mas não são suficientes para um rating de qualidade. Mantém o banco com uma notação de “B”, em nível de “lixo”, com uma perspetiva “negativa” fruto dos desafios que vê adiante. Um deles é o malparado, que deverá aumentar.

A agência de notação financeira canadiana “confirmou o rating da Caixa Económica Montepio Geral de B” tendo em conta “as decisões adotadas pelo banco sob a tutela do novo CEO [Pedro Leitão] para reforçar o balanço da instituição e restaurar a rentabilidade no médio prazo”.

Contudo, a “perspetiva continua a ser negativa”. E a explicação da DBRS para manter a ameaça de corte do rating do banco está na “baixa rentabilidade” que a instituição apresenta, “os buffers de capital vulneráveis, mas também o elevado stock de crédito malparado”. “Acrescentando a isto, há ainda o impacto que a pandemia de Covid-19 terá na economia, que ameaça ainda mais o balanço do Montepio e o processo de reestruturação”, diz a DBRS.

Além da redução de pessoal, do encerramento de balcões, o “banco está a implementar medidas que visam fortalecer os seus rácios de capital, bem como para reduzir o malparado e a exposição a ativos não core”, como foi o caso da venda da posição na Almina.

O Montepio fechou 2020 com um rácio CET1 phased-in de 11,3% e um rácio total de 13,4%, tendo conseguido, entretanto, emitir 50 milhões de euros em títulos de dívida Tier 2. Mas os rácios são baixos e com a fraca rentabilidade, a DBRS teme pela capacidade de o banco reduzir o rácio de malparado.

Na perspetiva da DBRS, “os créditos em incumprimento deverão aumentar no final do período das moratórias, em setembro. No final do primeiro trimestre, o Montepio tinha cerca de 24% da carteira de crédito em moratória”.

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Sabe quais são os hotéis mais caros do país? Cinco ficam no Algarve

Sete noites em agosto estão a custar quase 5.000 euros e para 2022 o valor passa os 11.000. Apesar da variação de preços, o ECO fez uma pesquisa para encontrar os dez hotéis mais caros do país.

Estamos em pleno verão 2021 e, com a pandemia de Covid-19 a continuar a assolar o mundo e o nosso país, muitos portugueses decidem gastar o orçamento que tinham para viajar para o estrangeiro dentro de Portugal. O que não falta é hotéis em Portugal, para todas as carteiras, mas o ECO foi ver quais os mais caros do país. Metade do “top 10” fica no Algarve.

O ECO fez uma pesquisa para ir de férias a primeira semana de agosto (dias 1 a 8) com cinco semanas de antecedência numa das plataformas mais usadas para marcar hotéis, o Booking. Os preços, que variam constantemente, vão de quase 5.000 euros a mais de 3.700 euros, mas nestes hotéis poderá caprichar bem o seu tempo, com tudo incluído, piscina, SPA e um serviço cinco estrelas, e outras comodidades. De ressalvar que, alguns hotéis já se encontram lotados para essa semana do ano.

Entre os 10 hotéis mais caros do país, cinco encontram-se no Algarve, sendo o pódio liderado pelo Palmares Beach House Hotel, em Lagos, a custar 4.966 euros para as sete noites o que dá uma média de aproximadamente 709 euros por noite. O hotel faz parte do resort Palmares que inclui campo de golfe, apartamentos e diversas comodidades.

Em segundo está o Farol Hotel, em Cascais, que terá um custo de 4.928 euros (704 euros por noite) para as sete noites. O hotel pertence ao grupo Design Hotels e é uma mansão do século XIX, outrora do Conde de Cabral, que foi restaurada. A fechar o pódio encontra-se um hotel com vista para o Douro, em Lamego: o Six Senses, a 4.900 euros (700 euros por noite).

Em quarta e quinta posição estão mais dois hotéis algarvios: o Bela Vista Hotel & Spa em Portimão e o Salgados Palm Village, em Albufeira, que custam 4.830 e 4.596 euros (uma média de 690 e 657), respetivamente. Porém, se reservar já para a primeira semana de agosto do próximo ano os preços descem cerca de dois mil euros, passando a 2.548 euros nos Salgados e 2.809 no Bela Vista.

De seguida mais um hotel com vista para o Rio Douro, desta vez no município de Baião. É o Douro Royal Valley, onde sete noites têm um custo de 4.470 euros (cerca de 639 euros por noite). Rodeado pelas vinhas do Douro, o hotel tem spa, piscina, programas no rio, programas gastronómicos, e muitas outras comodidades.

A ocupar o sétimo e oitavo lugar neste ranking dos hotéis mais caros estão mais dois alojamentos no Algarve: o Vila Monte Farm House, em Olhão e o Pine Cliffs, a Luxury Collection Resort, em Albufeira, que custam 4.410 e 3.990 (uma média de 630 e 570), respetivamente. Estes dois hotéis também já têm disponibilidade no Booking para a primeira semana de agosto do próximo ano, e se reservar já o Vila Monte passa a 2.934 euros e o Pine Cliffs para 3.024.

Em penúltimo encontra-se a Herdade da Malhadinha Nova, em Beja (o único no Alentejo), onde passar uma semana de férias está a custar 3.850 euros (550 por noite). Além de hotel, a herdade também pratica agricultura biológica, produzindo vinho, azeite, mel e outros produtos hortícolas. Já a fechar o “top 10” está o Pena Park Hotel, em Ribeira de Pena, onde também tem direito a spa, piscina e outras comodidades, no meio da natureza. Aqui sete noites têm um custo de 3.795 euros (cerca de 542 por noite).

Esta pesquisa foi feita com base nos hotéis que ainda tinham quartos disponíveis para a primeira semana de agosto de 2021. Ao olharmos para a mesma semana 2022 os preços são diferentes e os hotéis também, uma vez que alguns destes ainda nem abriram vagas para essa data. No entanto, pode-se destacar o Covelo, em Amarante, que para a primeira semana de agosto do próximo ano está a custar mais de 11.000 euros.

Quais são os hotéis mais caros do país? Quem são as personalidades mais influentes no TikTok? E os gestores mais bem pagos da nossa bolsa? De segunda a sexta-feira, todos os dias há um ranking para ver aqui no ECO.

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Bolsa de Lisboa no “vermelho” com energia a pressionar

A bolsa nacional está a desvalorizar, penalizada pelas cotadas do setor energético. Praça portuguesa segue sentimento negativo do resto da Europa.

A bolsa de Lisboa está no “vermelho”, pressionada pelas quedas do setor energético. Inverte, assim, a tendência positiva registada nas últimas duas sessões, acompanhando a tendência das restantes praças do Velho Continente.

O PSI-20 segue a cair 0,13% para 5.140,12 pontos, depois de ter valorizado nas duas sessões anteriores. Entre as 18 cotadas nacionais, o cenário está equilibrado, com cerca de metade a cotar no “vermelho” e a outra metade no “verde”.

A contribuir para esta descida do índice estão os títulos da EDP Renováveis, que caem 0,8% para 19,83 euros, acompanhados pelos da EDP, que perdem 0,37% para 4,569 euros. A seguir a mesma tendência está ainda a Galp Energia que recua 0,17% para 9,404 euros. Ainda nas quedas, destaque para a Sonae que desvaloriza 0,31% para 0,807 euros.

Pelo contrário, a impedir uma queda mais acentuada do índice de referência nacional estão as ações da Navigator, que sobem 0,47% para 2,966 euros, acompanhadas pela Altri que valoriza 2,57% para 5,59 euros. Destaque ainda para a Nos que sobe 0,2% para 2,98 euros e para o BCP, que avança 0,07% para 0,1346 euros.

Lisboa acompanha, assim, a tendência negativa que se vive no resto da Europa, num dia em que o índice de referência europeu, Stoxx 600, cai 0,23% para 455,74 pontos.

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“É ponto de honra voltar a Portugal e pagar cada tostão às pessoas”. E aos bancos? “Os bancos são os bancos”, diz Vasconcellos

  • ECO
  • 5 Julho 2021

Vasconcellos deixou dívidas a trabalhadores e à banca. Promete voltar a Portugal e pagar as dívidas aos trabalhadores das empresas falidas. Em relação aos bancos, assume que também falharam com ele.

Nuno Vasconcellos, ex-dono da Ongoing – insolvente em Portugal – deixou centenas de milhões de euros de dívida aos bancos e também aos trabalhadores das suas empresas falidas. Vive no Brasil, mas quer voltar para Portugal para “limpar o nome” e “pagar cada tostão às pessoas”. Em relação à dívida aos bancos, assume que os mesmos também falharam com ele. “As pessoas são as pessoas. Os bancos são os bancos”, diz em entrevista ao Observador (acesso pago).

“Para mim é um ponto de honra voltar a Portugal e pagar cada tostão com juros a cada uma dessas pessoas. Estou há cinco anos a tentar pôr-me de pé. Sou bastante otimista, nunca vejo o copo meio vazio, vejo sempre o copo meio cheio, como qualquer empresário. Tenho a certeza que vou voltar um dia a Portugal e vou limpar o meu nome”, adianta em entrevista ao Observador.

Nuno Vasconcellos, que está a viver no Brasil, diz que hoje vive do seu salário, como administrador de várias empresas, mas garante que não é dono de nenhuma — nem no Brasil, nem no Panamá. Está insolvente em Portugal, tal como a sua mãe, porque cedeu aos bancos e deu um aval pessoal envolvendo bens da família e deixou no BES um depósito de 100 milhões de euros como garantia da dívida, três meses antes da queda.

Vasconcellos está convencido que teria conseguido resolver os problemas da Ongoing e pago as dívidas aos bancos se tivessem aprovado uma reestruturação, que não podiam fazer por causa da “má imagem” que tinha a empresa e ele próprio em Portugal, para onde quer voltar com o intuito de “limpar o nome” — mas para isso precisa de reunir 10 milhões de euros.

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Ecossistemas contribuem com 234 mil milhões para a economia da UE

Este valor, diz o Eurostat, "é comparável ao valor agregado bruto da agricultura e silvicultura combinados". A purificação da água é o serviço de ecossistema de maior valor agregado.

Os ecossistemas contribuem com serviços essenciais tanto para a economia mundial como para a sociedade. Mas quanto vale esse contributo, afinal? É possível quantificar? De acordo com o novo relatório “Contabilização dos ecossistemas e dos seus serviços na União Europeia”, publicado recentemente pelo Eurostat, em 2019, o valor económico de um conjunto amplo de serviços de ecossistemas na UE totalizou 234 mil milhões de euros.

Este valor, diz o gabinete de estatística da UE, “é comparável ao valor agregado bruto da agricultura e silvicultura combinados”. A purificação da água é o serviço de ecossistema de maior valor agregado, seguido pela recreação/turismo com base na na natureza.

Outros serviços de ecossistemas contabilizados incluem o fornecimento de alimentos, filtragem do ar e da água, polinização, regulação do clima, proteção contra eventos climáticos extremos, como ondas de calor e inundações, e muito mais. A capacidade dos ecossistemas de fornecer estes mesmos “serviços” depende da sua extensão (ou seja, tamanho) e da sua condição (“saúde”), refere ainda o Eurostat.

O relatório revela precisamente os fluxos de serviços que as florestas, rios, pastagens, pântanos e outros ecossistemas fornecem. E mostra ainda como “restaurar ecossistemas degradados pode vir duplicar a contribuição da natureza para a economia e a sociedade da UE”.

O mesmo documento faz as contas com base nos dados de 2012 e mostra que os ecossistemas da UE geraram um fluxo anual de sete serviços de ecossistemas selecionados — polinização de culturas, fornecimento de culturas, fornecimento de madeira, purificação de água, proteção contra inundações, sequestro de carbono e recreação em áreas naturais de alto valor — no valor de 172 mil milhões de euros. As florestas são responsáveis por quase metade desse fornecimento. Em sete anos, este valor quase duplicou — para os 234 mil milhões em 2019 — revela agora o novo relatório “Contabilização dos ecossistemas e dos seus serviços na União Europeia”.

Em Portugal, por exemplo, a floresta ocupa perto de 38,8% do território continental (3.460 milhares de hectares, uma área que vindo a ser reduzida em média em 592 hectares por ano entre 1015 e 2018). Somando a floresta e os sistemas agroflorestais, a área arborizada chega aos 47%. Entre 1995 e 2007 a floresta portuguesa teve um ganho anual médio superior a 13,5 mil hectares, que se manteve até 2015.

Mas quanto vale tudo isto para a economia portuguesa? Diz a Direção Geral das Atividades Económicas que “a floresta nacional tem uma evidente importância para o país, que se reflete em termos económicos (base de fileiras industriais desenvolvidas), em termos sociais (geradora de emprego em zonas rurais) e em termos ambientais (regulação do sistema hídrico, de preservação de solo e de proteção microclimática)”.

Juntas, as indústrias de base florestal (madeira e cortiça, pasta e papel) tiveram em 2018 um volume de negócios combinado de 8,1 mil milhões, o que equivale a 4% do PIB e 7% das exportações nacionais em 2019 (4.204 milhões de euros), revelam as Estatísticas Setoriais das Indústrias de Base Florestal (DGAE).

As empresas no setor industrial de base florestal ultrapassam as 5.600 e em conjunto geral um Valor Acrescentado Bruto (VAB) de 1.912 milhões de euros (dados de 2018).

Os serviços do ecossistema ou serviços ambientais traduzem assim os benefícios que a humanidade retira dos ecossistemas e podem incluir bens materiais e/ou serviços imateriais.

De acordo com o Eurostat, a contabilidade de ecossistemas é um campo emergente que visa fornecer uma orientação acordada internacionalmente para medir e registar mudanças em ecossistemas e serviços de ecossistemas de maneira consistente e comparável. No contexto do Green Deal Europeu, a Estratégia de Biodiversidade da UE para 2030 exige o estabelecimento de uma iniciativa internacional de contabilidade do capital natural.

Liderados pelo Eurostat, a Comissão Europeia e a Agência Europeia do Ambiente estabeleceram então um Sistema Integrado de Contabilidade de Capital Natural e Serviços Ecossistémicos para a UE – INCA. O INCA contém três tipos de contas: extensão, condição e serviços ecossistémicos. Os dois primeiros rastreiam as mudanças no capital natural: a área total dos ecossistemas e sua condição ou integridade.

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Uma em cada quatro PME não teve qualquer ajuda na pandemia

  • ECO
  • 5 Julho 2021

Relatório mostra que houve 25,5% de PME sem qualquer ajuda, direta ou indireta. Apoios de Portugal foram os segundos mais baixos entre os países da OCDE

A ajuda que o Estado português deu às pequenas e médias empresas (PME) durante a pandemia foi a segunda mais baixa dentro da OCDE, mostra o mais recente relatório da organização. O documento, citado pelo Público (acesso pago), revela que o auxílio direto estatal rondou os 3,6% do PIB, sendo que uma em cada quatro PME não recebeu qualquer ajuda.

“É um valor baixo comparado com o que outros países da OCDE gastaram para apoiarem a economia em 2020, em percentagem do PIB”, diz Pierre-Alain Pionnier, economista sénior da OCDE, referindo-se aos 3,6% do PIB que Portugal gastou no apoio às PME durante a pandemia. Portugal ficou atrás do México, que gastou 0,6% do seu PIB em apoios às PME, da Colômbia, Turquia e Chile. A liderar a lista nos apoios estatais está a Nova Zelândia, com 18% do PIB aplicado.

De acordo com o relatório da OCDE, houve 25,5% de PME (com quebra de vendas de 40% ou mais) sem qualquer ajuda, direta ou indireta (diferimento de impostos, garantias públicas, etc.) num período de crise.

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Vieira é um dos riscos na nova emissão de dívida do Benfica

SAD quer arrecadar 35 milhões num novo empréstimo obrigacionista. Oferece juro de 4% aos investidores. É uma taxa elevada, mas serve para compensar os vários riscos associados ao investimento.

O Benfica está de volta aos mercados, com mais uma emissão de obrigações para o retalho. O período de subscrição destes títulos de dívida que pagam um juro de 4% ao ano, durante três anos, arrancou, mas antes de decidir sobre se deve investir no mínimo 2.000 euros neste produto, é importante conhecer os riscos que lhe estão associados.

Nesta emissão de 35 milhões de euros, que a SAD pretende realizar para liquidar o empréstimo obrigacionista que vence este mês, mas também para financiar o “desenvolvimento da sua atividade corrente”, o Benfica aponta uma série de riscos, seja do emitente, seja do próprio tipo de ativo: é dívida.

Relativamente à SAD, há vários fatores a ter em conta. O alerta principal no prospeto enviado à CMVM vai para a pandemia, mas também devem ser tidos em conta pelos potenciais investidores riscos associados ao desempenho desportivo do clube, nomeadamente o de falhar as competições europeias.

Estes, juntamente com os processos judiciais, nomeadamente o que visa Luís Filipe Vieira, são fatores que podem ter “impactos substanciais e adversos nas atividades da Benfica SAD, na evolução dos seus negócios, nos seus resultados operacionais, na sua situação financeira, nos seus proveitos, no seu património e/ou na sua liquidez, bem como nas perspetivas futuras da Benfica SAD ou na sua capacidade de atingir os objetivos visados”, alerta a SAD.

Pandemia afeta receitas dos jogos

A Covid-19 é um risco para todos os negócios. E o do futebol não é exceção. A SAD revela que, no ano passado, a “interdição do Estádio do Sport Lisboa e Benfica ao público no primeiro semestre de 2020/2021 e a inexistência de receitas de jogos (lugares anuais, bilhetes jogo a jogo, entre outras) implicou uma diminuição dessas receitas no valor de 14,1 milhões de euros, se tivermos como referência os valores do primeiro semestre do exercício homólogo”. E a fatura pode continuar a pesar.

“Caso a situação pandémica evolua desfavoravelmente, poderá ainda impactar outras fontes de receitas da Benfica SAD, nomeadamente, os prémios da UEFA e proveitos decorrentes das transações de atletas”, diz a SAD.

Projeção mediática é essencial

A SAD “tem a sua atividade principal ligada à participação em competições desportivas nacionais e internacionais de futebol profissional”. “Por sua vez, o desempenho desportivo poderá ser afetado pela venda ou compra dos direitos desportivos de jogadores considerados essenciais para o rendimento da equipa profissional de futebol, o que, em conjunto com os resultados obtidos nas competições nacionais e internacionais, têm um impacto considerável nos rendimentos e ganhos de exploração da Benfica SAD, designadamente os que estão dependentes das receitas resultantes das alienações de direitos de atletas, da participação da sua equipa de futebol nas competições europeias, designadamente na UEFA Champions League, e os provenientes de receitas de bilheteira e de bilhetes de época, entre outros”.

Neste sentido, “a menor projeção mediática e desportiva da equipa principal de futebol do SL Benfica poderá implicar uma menor capacidade negocial da Benfica SAD na sua relação com os seus parceiros e demais contrapartes, o que poderá afetar adversamente a sua atividade”, diz a SAD.

À procura de um lugar na Champions

“Considerando que o SL Benfica se qualificou na terceira posição na edição da I Liga na época 2020/2021, o SL Benfica não conseguiu assegurar qualificação direta para a edição da UEFA Champions League da época 2021/2022 e, neste sentido, terá de disputar a 3.ª pré-eliminatória e o ‘play-off‘ de acesso à mesma”, nota a SAD.

Assim, o “emitente não terá direito às receitas inerentes à participação na UEFA Champions League se não conseguir o acesso a esta competição”, o que deve ser tido em consideração pelos investidores. É que “tal situação poderá ter um impacto financeiro adverso no emitente”.

Receitas com a venda de jogadores em risco

“Os rendimentos com transações de direitos de atletas por parte da Benfica SAD assumem um peso determinante nas respetivas contas de exploração, os quais ascenderam a €145.154 milhares no exercício de 2019/2020 (reportado a 30 de junho de 2020 e objeto de relatório de auditoria) e a €77.508 milhares no final do primeiro semestre de 2020/2021”.

A SAD nota que “estes valores estão dependentes da evolução do mercado de transferências de jogadores, da performance desportiva e disciplinar dos jogadores, bem como da ocorrência de lesões nos mesmos e da capacidade da Benfica SAD formar e desenvolver jogadores que consiga transferir”.

Tendo em conta a pandemia, a SAD diz que é espetável que haja “impacto nos montantes referentes a alienações de direitos de atletas relevantes até ao final da época 2020/2021, recorrente e significativa fonte de receitas do emitente, uma vez que essas transações e os ganhos obtidos pelo Emitente a partir das mesmas serão adversamente influenciados pela quebra de receitas resultante desta crise pandémica na generalidade dos principais clubes”.

Fair play é risco, mas Benfica cumpre-o

A SAD alerta também para as “regras e diretrizes de financial fair play emitidas pela UEFA, as quais consistem na monitorização de indicadores, por parte da UEFA, relativamente à sustentabilidade económica das entidades que competem nas competições europeias”.

“O indicador de break-even tido em consideração para a avaliação na época 2020/2021, que corresponde ao valor acumulado de break-even calculado dos exercícios 2017/2018 e 2018/2019 (tendo em consideração os impactos associados à Covid-19, a UEFA decidiu não considerar o resultado do presente exercício para o apuramento do break-even neste período de monitorização), ascende a um montante positivo de 78,4 milhões de euros”, diz, notando que, por isso, “a Benfica SAD encontra-se licenciada para participar nas competições europeias da época 2021/2022 e cumpre os indicadores do financial fair play”.

Relação privilegiada da SAD com o clube é para manter

“O desenvolvimento da atividade principal da Benfica SAD pressupõe a existência e manutenção da relação privilegiada com o SL Benfica, consubstanciada em contratos e protocolos que asseguram ao Emitente, designadamente, a utilização da marca ‘Benfica’ e a utilização do Estádio do Sport Lisboa e Benfica pela equipa de futebol profissional e nos espetáculos desportivos”, lembra a SAD.

Neste sentido, “qualquer alteração com impacto na relação privilegiada que o emitente mantém com o SL Benfica e com outras entidades do Grupo SL Benfica, que não se estima vir a acontecer, poderá afetar significativamente a atividade do emitente”, alerta.

Ainda há 233 milhões por receber da Nos

A SAD recorda que existe um contrato com a Nos de cessão dos direitos de transmissão televisiva dos jogos em casa. Esse contrato, iniciado na temporada 2016/2017, prevê uma receita de 400 milhões para a Benfica SAD, tendo sido já recebidos 167 milhões. Faltam 233 milhões.

“O recebimento dos créditos decorrentes deste contrato depende do seu cumprimento por parte da Nos, cujo incumprimento poderá ter um impacto financeiro adverso no Emitente”, diz a SAD. “A cessação desta relação, que não se estima vir a acontecer, poderá afetar significativamente a atividade do Emitente”, nota.

Passivo é maior que o ativo

A SAD alerta também para o risco de liquidez, definido como sendo o risco de falta de capacidade para liquidar ou cumprir as suas obrigações no prazo estipulado e a um preço razoável.

“A 31 de dezembro de 2020, o ‘total do passivo corrente’ era superior ao ‘total do ativo corrente’ em 35,4 milhões de euros, situação que continuará a ser monitorizada pela Benfica SAD. Note-se que o “passivo total sofreu um aumento de 99,1 milhões por comparação com 30 de junho de 2020”, muito por causa da pandemia.

Processos judiciais visam Vieira

“A 22 de junho de 2021, o SL Benfica e o seu Presidente Luís Filipe Vieira foram citados para os termos de uma ação judicial instaurada no Tribunal de Comarca de Lisboa pelo Senhor Dr. Jorge Mattamouros, nos termos da qual, o autor peticiona a imediata perda de mandato do Sr. Luís Filipe Vieira, enquanto presidente do clube, a anulação da deliberação tomada pela assembleia geral do SL Benfica, em 29 de outubro de 2020 relativa à eleição dos membros dos órgãos sociais para o quadriénio 2020/2024 e consequente perda de mandato dos membros aí eleitos e a condenação do SL Benfica a convocar novo ato eleitoral e a suportar os custos relacionadas com a contratação de uma empresa independente, responsável por acompanhar a nova eleição”, recorda a SAD.

Ainda que processo esteja “numa fase embrionária”, e a SAD considerar “os fundamentos da ação judicial” de “incorretos e inexatos”, este e outros processos poderão “ter impactos na reputação e imagem do emitente e implicar consequências adversas a vários níveis no desenvolvimento das suas atividades”.

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Hoje nas notícias: Ajuda às PME, Vasconcellos e vistos gold

  • ECO
  • 5 Julho 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Portugal foi o segundo país da OCDE que menos ajuda deu às PME durante a pandemia. Já a taxa de desemprego jovem cresceu quatro vezes mais do que a média nacional no último ano. No mundo empresarial, destaque para Nuno Vasconcellos, um dos grandes devedores do Novo Banco, que diz que é “ponto de honra” voltar a Portugal e “pagar cada tostão às pessoas”.

Ajuda do Estado às PME foi a segunda mais baixa da OCDE

A ajuda que o Estado português deu às Pequenas e Médias Empresas (PME) — com perdas de faturação superiores a 40% — foi das mais baixas da OCDE, mostra o mais recente relatório da organização. De acordo com o documento, em Portugal houve 25,5% das PME que foram prejudicadas pela pandemia, mas que não receberam qualquer apoio. A liderar com os piores apoios estiveram México, Colômbia, Turquia e Chile. Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

“É ponto de honra voltar a Portugal e pagar cada tostão às pessoas”. E aos bancos? “Os bancos são os bancos”

O ex-dono da Ongoing — insolvente em Portugal porque cedeu aos bancos e deu um aval pessoal envolvendo bens da família, deixando no BES um depósito de 100 milhões de euros como garantia da dívida — acredita que teria conseguido resolver os problemas da Ongoing e pago as dívidas aos bancos se tivessem aprovado uma reestruturação da empresa. Nuno Vasconcellos vive no Brasil, mas quer voltar para Portugal para “limpar o nome” e “pagar cada tostão às pessoas”. E a banca? “Os bancos são os bancos”, diz. Leia a notícia completa no Observador (acesso pago)

Taxa de desemprego jovem cresce quatro vezes mais do que a média nacional

A geração mais qualificada de sempre em Portugal é a que tem maiores dificuldades em aceder ao mercado de trabalho. Entre o primeiro trimestre de 2020 e o primeiro de 2021, o crescimento da taxa de desemprego entre os jovens foi de 22,3% até aos 24 anos e de 24,7% até aos 34 anos, quatro vezes superior ao aumento nacional total (5,9%). Há menos 100 mil jovens empregados do que no início da pandemia e os inativos já são 261 mil. Para minimizar o problema, o Governo vai reforçar os apoios à contratação de jovens. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Jordânia, EUA, Irão, Bielorrússia e Iémen à procura de residência em Portugal

Os vistos gold têm vindo a diminuir desde 2018 mas, apesar de estarem em queda, continuam a ser procurados e há uma mudança na origem dos investidores. Os cidadãos da China continuam a ser os principais utilizadores, mas tem vindo a notar-se uma quebra do seu domínio, sobretudo no último ano, mantendo-se o Brasil em segundo lugar, embora com uma dimensão muito menor. Além disso, começam a surgir outras nacionalidades além do top cinco, como a Jordânia e os EUA. Nesta lista estão ainda o Irão, a Bielorrússia e Iémen. Leia a notícia completa no Diário de Notícias

Vinci exerce preferência para reforçar na Lusoponte

A Vinci Highways — proprietária de 40,98% da Lusoponte — vai exercer o direito de preferência na compra dos 17,21% da concessionária das pontes 25 de Abril e Vasco da Gama que a italiana Atlantia pôs à venda. A Atlantia já tinha alcançado um acordo com a MM Capital Infrastructure Fund, detida pelos japoneses da Marubeni, para vender a sua participação por 55,7 milhões de euros. Contudo, com esta decisão de exercer o direito de preferência, esse acordo fica inviabilizado. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

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Leilão ganha velocidade para acelerar chegada do 5G

As alterações ao regulamento do leilão do 5G entraram em vigor esta segunda-feira, numa tentativa de acelerar o processo. As equipas da Meo, Nos e Vodafone vão ter de trabalhar mais uma hora por dia.

As equipas da Meo, Nos e Vodafone responsáveis pelo leilão do 5G vão ter de trabalhar mais uma hora por dia a partir desta semana, até que termine a venda de frequências para a quinta geração. É hoje que entram em vigor as alterações ao regulamento, promovidas pela Anacom para acelerar o processo.

São duas as novidades que, na prática, tornam possível a realização de 12 rondas de licitação diárias, em comparação com as atuais sete. Os dias vão ter mais uma hora para a realização de rondas, passando a ser das 9h00 às 19h00, ao invés de terminar às 18h00. E o tempo por ronda cai para metade, de 60 para 30 minutos.

Quando a fase principal do leilão arrancou em janeiro, a Anacom não estava à espera que se prolongasse durante vários meses. Mas foi o que acabou por acontecer: as operadoras já protagonizaram 119 dias de licitações, num total de mais de 500 rondas. E o encaixe já supera os 328 milhões de euros.

Meo, Nos e Vodafone condenaram em uníssono a decisão da entidade presidida por João Cadete de Matos, considerando que o regulador mudou as regras do leilão a meio do “jogo”. Queixaram-se ainda de que estas alterações vão obrigar a que as equipas trabalhem dez horas por dia.

Por sua vez, a Anacom tem criticado as operadoras por promoverem licitações mínimas, “recorrentemente de 1%”, que estão a atrasar a venda e o lançamento do 5G em Portugal. Assim, se as medidas que agora entraram em vigor não forem suficientes, o regulador pondera avançar com novas alterações, proibindo as licitações de 1% e de 3%, os valores mais baixos permitidos pelas regras.

Entretanto, Portugal e Lituânia são os únicos dois países da União Europeia que ainda não têm redes comerciais de 5G. Mas alguns países europeus que já têm 5G ainda não promoveram o leilão necessário à atribuição de frequências. Algumas operadoras estrangeiras lançaram 5G em frequências de quarta geração e, na Bélgica, o regulador cedeu licenças temporárias comerciais às empresas do setor, para não atrasar mais o desenvolvimento da tecnologia.

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EUA perto de declarar a independência do “vírus mortal”

  • Lusa
  • 5 Julho 2021

"Estamos a sair da escuridão de um ano de pandemia e isolamento", diz o presidente dos EUA, mas alerta que "a melhor defesa contra estas variantes é a de serem vacinados".

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que o país está “mais perto do que nunca” de declarar a sua independência do “vírus mortal”, referindo-se à pandemia do coronavírus.

“Hoje celebramos a América, a nossa liberdade, a nossa independência. O 4 de Julho é um dia sagrado no nosso país”, disse Biden no seu discurso por ocasião desta data patriótica.

O Presidente norte-americano organizou a sua primeira atividade de massas na Casa Branca para o Dia da Independência, uma data que o seu Governo considerou propícia à reunião dos americanos como uma família, após meses de restrições pela pandemia.

“Estamos a sair da escuridão de um ano de pandemia e isolamento”, acrescentou, que intitulou esta celebração como o “Dia da Independência e a independência da Covid-19”.

“A América está a voltar a unir-se”, sublinhou.

Contudo, advertiu que a batalha contra a Covid-19 ainda não terminou.

“Temos muito trabalho a fazer”, disse Biden, que insistiu que o vírus “não foi derrotado”, recordando que surgiram variantes “poderosas” como o delta, inicialmente detetado na Índia.

Neste contexto, convidou os norte-americanos a serem imunizados, indicando que “a melhor defesa contra estas variantes é a de serem vacinados”.

“Se ainda não foram vacinados, vacinem-se agora”, disse Biden, acrescentando: “Não queremos voltar ao ponto em que estávamos há um ano”.

O relvado Sul da residência presidencial deu as boas-vindas aos convidados para desfrutar de um churrasco, um dos costumes mais enraizados entre os norte-americanos para celebrar a sua Independência.

Biden lembrou-se das mais de 600.000 pessoas que perderam a vida para a Covid-19 no país, que tem 33,7 milhões de casos positivos da doença, segundo a Universidade Johns Hopkins.

O Presidente dos EUA, que tomou posse em 20 de janeiro, admitiu há semanas que o objetivo de 70% dos adultos com pelo menos uma dose da vacina não seria alcançado até esta data.

De acordo com os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) 67,1% da população com mais 18 anos (cerca de 173,1 milhões) recebeu pelo menos uma injeção, enquanto 58,2% já está totalmente imunizada.

Para a população em geral, 54,9% (182,4 milhões) receberam uma dose e 47,4% completaram a sua vacinação.

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