Governo assume que 2021 será “decisivo” para preparar futuro do SNS

  • Lusa
  • 18 Junho 2021

Lacerda Sales identificou grandes prioridades, nas quais destacou o objetivo de “assegurar a vacinação a toda a população”, a “gestão da matriz de risco” e a promoção do robustecimento do SNS.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde reconheceu que o ano 2021 será decisivo para preparar o futuro do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e defendeu o “percurso transformador” de Portugal durante a pandemia de Covid-19.

“O ano 2021 será decisivo para preparar o futuro do SNS, através da redução das desigualdades e das assimetrias. Mas é preciso olhar para o capital humano que temos, melhorando cada vez mais as condições de trabalho, que é fundamental para o progresso das instituições”, afirmou António Lacerda Sales, do lado do Governo durante uma interpelação do CDS-PP sobre a gestão da pandemia pós-estado de emergência, na Assembleia da República.

De seguida, o governante identificou cinco grandes prioridades, nas quais destacou o objetivo de “assegurar a vacinação a toda a população”, a “gestão da matriz de risco” – em que defendeu ser “necessário continuar a apostar no referencial da incidência e do R [índice de transmissibilidade] -, a recuperação da atividade assistencial, a preparação do inverno 2021-22 – em que frisou o aumento de mais de 100 mil doses da vacina da gripe – e a promoção do robustecimento do SNS, que garantiu não se esgotar no Plano de Recuperação e Resiliência.

“É por isso essencial compreender os últimos 15 meses e o percurso transformador que Portugal e os portugueses fizeram: um percurso alicerçado na redução da pressão dos serviços de saúde, no reforço dos meios e na preparação do país para a nova realidade. É necessário encarar os próximos tempos como decisivos”, enfatizou.

Lacerda Sales considerou que a pandemia “transformou profundamente a vida da sociedade contemporânea” e que o “futuro não será como dantes”, mas realçou a “extraordinária mobilização social” dos portugueses, o avanço digital no setor e o reconhecimento das capacidades dos profissionais de saúde.

“Sabemos que há muito a fazer, mas isso não pode apagar o que de positivo tem sido feito. Fizemos da crise um momento de superação e resiliência”, frisou, respondendo diretamente à interpelação inicial do CDS-PP realizada pelo deputado Telmo Correia: “Sorte não sei se tivemos, mas garanto que nunca hesitámos em tomar medidas. Tivemos de tomar medidas muito difíceis num cenário em que nenhum Governo teve de tomar na história democrática”.

Em Portugal, morreram 17.057 pessoas dos 861.628 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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Finerge reforça portfólio eólico, vai ter a turbina mais potente em Portugal ‘onshore’

  • Capital Verde
  • 18 Junho 2021

A Finerge chegou a acordo com a Vestas para o fornecimento de aerogeradores destinados ao sobreequipamento de seis parques eólicos. A empresa tem projetos de sobreequipamento eólico de mais de 150 MW.

A Finerge anunciou esta sexta-feira a aquisição da WTG e do seu portefólio de energias renováveis, que inclui três parques eólicos na zona de Arouca (Alto do Côto) e Mação (Serra da Amêndoa e Serra da Lage), com uma capacidade combinada de 28.35 MW, distribuída por um total de 25 geradores eólicos.

Deste portfólio fará parte em breve a turbina eólica com maior capacidade em Portugal. Isto porque um dos parques eólico adquiridos — Serra da Lage — está neste momento a ser alvo de uma repotenciação que se completará nos próximos dias. Como consequência desta intervenção, a capacidade instalada total do parque será substituída por uma turbina única Vestas V150 de 4,2 MW, “a maior capacidade instalada por uma única turbina em Portugal, em terra”, diz a Finerge.

“É mais um passo na prossecução dos nossos objetivos estratégicos e na consolidação da nossa presença em Portugal. Esta turbina de 4.2 MW é uma das maiores instaladas no país e sinaliza o nosso compromisso em recorrer a tecnologia de ponta para contribuir para a obtenção das metas do PNEC, com o menor impacto ambiental possível”, afirma Pedro Norton, CEO da Finerge, em comunicado enviado à imprensa.

Recentemente, a Finerge chegou a acordo com a Vestas para o fornecimento de aerogeradores destinados aos projetos de sobreequipamento de seis parques eólicos, com uma capacidade adicional de 39 MW, num conjunto de projetos de sobreequipamento eólico de mais de 150 MW.

Em 2020, a empresa entrou no negócio da energia solar em Portugal, adquirindo dez centrais solares (quatro em março e seis em novembro). Comprou ainda sete parques eólicos em Espanha, em dezembro, passando a ser a sexta maior produtora de energia eólica da Península Ibérica. Além disso, fechou três linhas de financiamento para investimentos em ativos: uma de 200 milhões de euros, em abril; outra de 150 milhões de euros, em novembro, para a aquisição de parques solares; e a última, de 348 milhões de euros, vinculada a ativos eólicos em Espanha.

Fundada em 1996, a Finerge é a segunda maior produtora de energia renovável em Portugal e a sexta maior operadora eólica da Península Ibérica.

Através de 659 aerogeradores instalados nas 53 centrais eólicas que explora, e nas 16 centrais solares fotovoltaicas, em Portugal e Espanha, a Finerge tem neste momento uma capacidade instalada de 1339 MW, produzindo cerca de 2384 GWh por ano, evitando a emissão de 1312 kton de CO2.

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Turistas norte-americanos já podem rumar à Europa

  • ECO
  • 18 Junho 2021

Com a nova norma, cada país da UE tem liberdade para decidir se pede, ou não, comprovativo de vacinação ou se impõe algum tipo de quarentena a estes turistas.

A União Europeia (UE) suspendeu as restrições de viagens para residentes dos Estados Unidos da América (EUA), informa a Bloomberg. As novas regras deverão entrar em vigor nos próximos dias, assim que seja oficialmente divulgado pela UE.

Os líderes europeus tomaram a decisão esta sexta-feira e adicionaram os EUA à lista que já inclui a Albânia, Hong Kong, Líbano, Macau, Macedónia do Norte, Sérvia e Taiwan à chamada “lista branca” de países dos quais viagens não essenciais são permitidas.

Alguns Estados-membros da UE já permitiam a visita de turistas americanos vacinados e era essa a expectativa para o verão. Contudo, com a nova norma, cada país do bloco europeu tem liberdade para decidir se pede, ou não, comprovativo de vacinação ou se impõe algum tipo de quarentena a estes turistas. Assim, várias companhias aéreas poderão retomar algumas rotas transatlânticas e recuperar algum do dinheiro perdido com a pandemia.

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Unilabs e DevScope desenvolvem ferramenta de IA de apoio ao diagnóstico clínico

  • Lusa
  • 18 Junho 2021

Trata-se do primeiro algoritmo de inteligência artificial de apoio ao diagnóstico por imagem feito em Portugal com uma empresa de tecnologia portuguesa que é a DevScope.

A Unilabs, em parceria com a tecnológica portuguesa DevScope, desenvolveu uma ferramenta de inteligência artificial de apoio ao diagnóstico clínico, o “primeiro algoritmo” do género feito em Portugal, disse à Lusa o presidente executivo, Luís Menezes.

“É uma ferramenta de apoio ao diagnóstico clínico, o médico é sempre o decisor final”, disse o presidente da Unilabs, salientando que começou a ser desenvolvida com a tecnológica do Porto DevScope “há um ano e meio” e entrou em período de testes em março.

“Neste momento já está em período de testes reais, os médicos hoje na Unilabs veem as lâminas já com o suporte desta ferramenta para apoiar a sua decisão final”, prosseguiu.

Trata-se do “primeiro algoritmo de inteligência artificial de apoio ao diagnóstico por imagem feito em Portugal com uma empresa de tecnologia portuguesa que é a DevScope”, sublinhou o presidente executivo da Unilabs.

A plataforma de inteligência artificial (IA) está em teste piloto na Unilabs desde março, 24 horas por dia, e, neste período, apenas no que respeita à deteção da bactéria helicobacter pylori [que pode ser encontrada no estômago], foram processadas, revistas e classificadas mais de 2.000 amostras.

“Quando o patologista recebe a imagem” esta já vem com zonas que aparentemente podem ou não ter o que se está a procurar, incluindo “uma sugestão do nível de infiltração da helicobacter pylori”, o que quer dizer “que o médico consegue ir diretamente aos locais que têm a patologia”, o que permite “ter resultados com maior rapidez e reduz a possibilidade de erro médico”, explicou.

“Estas ferramentas de inteligência artificial de apoio ao diagnóstico são essenciais para ajudar os médicos a poder encontrar os resultados ainda com mais qualidade”, salientou.

O objetivo é, depois dos testes, comercializar esta ferramenta e exportá-la para outros mercados. “O objetivo agora é fechar o período de testes, terminar os ‘papers’ científicos que temos para fazer, aprovar este algoritmo como dispositivo médico – vai ser a primeira vez que alguém em Portugal faz isto – e depois, além de ser utilizado dentro da Unilabs, é algo que nós queremos que possa ser utilizado e comprado por quem quiser no mundo inteiro“, afirmou.

“Estes algoritmos de apoio ao diagnóstico democratizam o acesso à medicina“, acrescentou.

Por sua vez, Rui Barbosa, presidente executivo da DevScope, salientou que a IA é uma “ferramenta capaz de fornecer inúmeros benefícios e acelerar a transformação” na área da saúde.

“Uma maior precisão nos diagnóstico, uma otimização no que diz respeito ao armazenamento de dados e o seu processamento [transformar dados em informação], pega numa ampla base de dados de diagnósticos anteriores, aprende e depois permite transformar em ‘software’ tudo o que tem a ver melhor melhoria dos recursos, do tratamento de patologias”, salientou o responsável.

A inteligência artificial “é um ramo da ciência de ‘software’ e computação que simula a capacidade humana de raciocinar, de ver, tomar decisões e resolver problemas e aí permite otimizar os processos”, sendo que no setor da saúde “fornece inúmeros benefícios”, acrescentou Rui Barbosa.

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Governo recusa inconstitucionalidade na imposição de limites à circulação na AML

  • Lusa
  • 18 Junho 2021

O Governo recusou qualquer inconstitucionalidade na medida que impõe limites à circulação na AML, alegando que as restrições estão expressamente previstas na Lei de Bases da Proteção Civil.

O Governo recusou esta sexta-feira a existência de qualquer inconstitucionalidade na medida que impõe limites à circulação na Área Metropolitana de Lisboa (AML), alegando que essas restrições estão “expressamente previstas” na Lei de Bases da Proteção Civil.

Na quinta-feira, o Conselho de Ministros anunciou a proibição da circulação de e para a Área Metropolitana de Lisboa (AML) aos fins de semana, a partir das 15:00 de sexta-feira, devido à subida dos casos de covid-19 neste território.

Horas depois, o bastonário da Ordem dos Advogados (OA), Luís Menezes Leitão, considerou “claramente inconstitucionais” as medidas sanitárias anunciadas pelo Governo para a AML para conter a pandemia de covid-19.

“Não estando em vigor qualquer estado de emergência, não parece que o art. 19º, nº1, da Constituição permita qualquer suspensão dos direitos constitucionais, ainda mais através de um simples regulamento, como o são as referidas Resoluções do Conselho de Ministros”, sustentou Luís Menezes Leitão.

Confrontado pela agência Lusa com esta posição do bastonário da Ordem dos Advogados, o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Tiago Antunes, discordou em absoluto, afastando qualquer dúvida de constitucionalidade em relação à medida que saiu do último Conselho de Ministros.

“Os limites à circulação estão expressamente previstos na Lei de Bases da Proteção Civil como uma das medidas típicas da situação de calamidade. Tratando-se de uma medida prevista em lei aprovada pela Assembleia da República, não há qualquer inconstitucionalidade”, advogou Tiago Antunes.

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares salientou ainda que em Portugal, “por diversas vezes”, durante a pandemia da covid-19, “já houve limites à circulação entre concelhos fora da vigência do estado de emergência”.

Para Tiago Antunes, em suma, “há base legal expressa” nesta medida do Governo que visa impedir que os contágios se espalhem rapidamente para outras zonas do país fora da AML, que apresenta atualmente uma elevada incidência de casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.

Não há qualquer inconstitucionalidade e não há novidade”, acrescentou o membro do executivo.

No final da reunião do Conselho de Ministros, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, afirmou que “as restrições de circulação de e para a AML aplicam-se a partir das 15:00” de hoje até às 06:00 de segunda-feira.

A ministra destacou que esta é uma medida nova de controlo da pandemia, que “não é fácil nem desejada por ninguém, mas que é necessária” para conter o agravamento da incidência da doença nesta região, sobretudo com a prevalência da variante “delta” do coronavírus.

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Falha informática provoca corte no apoio a 1.800 desempregados

  • ECO
  • 18 Junho 2021

Falha informática provocou corte no apoio extraordinário ao rendimento dos trabalhadores a 1.800 beneficiários. Há também 2.800 pessoas que receberam valores acima do previsto, que terão que devolver.

Há cerca 1.800 beneficiários do apoio extraordinário ao rendimento dos trabalhadores (AERT) que viram o valor do seu subsídio ser reduzido devido a uma falha informática no sistema, avança o Dinheiro Vivo (acesso livre). Há também 2.800 pessoas que receberam montantes acima do previsto, que terão de ser devolvidos.

Em causa estão pessoas que recebiam subsídio social de desemprego até ao fim de 2020 e que, neste ano, mantendo-se sem emprego, têm direito a seis meses de apoio equivalente ao valor da prestação a que tinham direito. Esta falha informática afetou os apoios relativos ao ao mês de maio. Os desempregados ouvidos pelo Dinheiro Vivo revelam que se queixaram à Segurança Social, tendo recebido, posteriormente, a informação por parte dos centros distritais “que foi detetado um bug aplicacional no AERT que afetou os pedidos”, e que haverá pagamento extra para regularizar valores.

Ao mesmo jornal, a Segurança Social indica que o novo pagamento que deverá chegar às contas dos beneficiários na próxima segunda-feira, e esclarece também que “existiu um constrangimento que gerou o cálculo incorreto do apoio para alguns beneficiários”. Assim, para os 1.800 beneficiários que viram o valor ser cortado está já “em curso um novo processamento esta quinta-feira para pagamento do diferencial, que ficará [hoje] disponível para consulta na Segurança Social Direta dos beneficiários e será pago no próximo dia 21 de junho (segunda-feira)”. Ao passo que para os beneficiários que receberam valores acima do previsto, o instituto diz estar “a avaliar a forma de compensação no mês seguinte“.

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Bolt sobe para 20% comissão cobrada aos motoristas

Os motoristas ao serviço da Bolt vão passar a ter de entregar à empresa 20% do valor de cada viagem, um agravamento face aos 15% cobrados até aqui.

A Bolt prepara-se para cobrar uma comissão mais pesada aos motoristas. A partir de 1 de julho, quem transporta passageiros pela aplicação vai ter de entregar à empresa 20% do valor de cada viagem, o que compara com os 15% que a empresa cobrava desde que entrou em Portugal há mais de três anos, ainda com o nome Taxify.

A alteração foi comunicada na quarta-feira aos parceiros e motoristas. Num email enviado pela empresa, a que o ECO teve acesso, lê-se que “a partir de 1 de julho de 2021, a Bolt ajustará a sua taxa de comissão para 20% em Portugal continental”.

Oficialmente, a Bolt valida a informação e “confirma” que “comunicou aos seus parceiros uma alteração nas comissões que entrará em vigor no dia 1 de julho”, disse ao ECO fonte oficial da empresa.

A nova comissão da Bolt mantém-se inferior à da Uber, que é líder de mercado e fica com 25% do valor de cada viagem. Compara ainda com os 20% mais IVA cobrados pela FreeNow na categoria Ride.

“A Bolt continua a ter uma comissão mais baixa do que o principal concorrente. Este aumento […] mantém a nossa comissão mais baixa do que a do maior concorrente”, lembra fonte oficial da empresa, referindo-se à Uber.

No email enviado aos parceiros e motoristas, a Bolt justifica o agravamento da comissão: “Esta alteração irá permitir-nos criar e desenvolver uma experiência de usuário ainda melhor para os nossos motoristas e passageiros, investindo no produto/app e em campanhas de marketing para angariar novos clientes e aumentar o número de viagens”, escreve a empresa.

Ao ECO, fonte oficial da Bolt acrescenta que o aumento da comissão “irá permitir que a Bolt invista mais em produto e em iniciativas de marketing, o que se refletirá no aumento de clientes que utilizam o serviço”.

A alteração da comissão acontecerá por via de uma mudança nas condições gerais do contrato de licença com o qual os motoristas têm de concordar.

Bolt admite ajustes nas tarifas

Com o desconfinamento e a recuperação do negócio, Uber, Bolt e Free Now têm seguido estratégias diferentes para se ajustarem à nova realidade trazida pela pandemia. A decisão da Bolt junta-se a uma série de novidades que têm surgido no mercado nas últimas semanas.

A 8 de junho, o ECO noticiou que a Free Now decidiu subir os preços das viagens para aumentar o rendimento dos motoristas. A empresa passou a considerar 80% do tempo como “hora de pico” e pôs fim ao serviço Ride Lite, que era o mais económico para os utilizadores.

A Uber — que será, das três, a que tem maior músculo financeiro — seguiu o caminho inverso. Como não tinha uma categoria mais económica, decidiu lançar uma modalidade de viagens mais acessível no Porto, a que chamou de UberX Saver. Para já, não se sabe se a empresa está a preparar outras alterações ao serviço.

A subida da comissão da Bolt junta-se a estas duas novidades, mas podem estar mais a caminho. No email a que o ECO teve acesso, a empresa refere que vai “continuar a monitorizar a dinâmica do mercado e a refletir isso nos” preços das viagens. O objetivo é “garantir a maximização dos ganhos dos motoristas sempre que possível”.

Questionada sobre este facto, fonte oficial da Bolt respondeu: “Como as dinâmicas de mercado mudam de forma rápida, monitorizamos frequentemente as variações de oferta e procura e fazemos ajustes aos preços se necessário. Na Bolt procuramos sempre cumprir o nosso objetivo de assegurar as melhores condições e ganhos para os nossos condutores, ao mesmo tempo que oferecemos as viagens mais acessíveis aos nossos clientes.”

O fecho da economia a partir de 2020 tirou volume de negócio a estas empresas. Com a população fechada em casa, caíram a pique as deslocações realizadas através das aplicações. Entretanto, o desconfinamento deu novo fôlego ao negócio, mas estão a ser feitos ajustes às novas condições de mercado.

Correção: Uma versão anterior deste artigo indicava que a Free Now cobrava 15% de comissão aos motoristas. Na verdade, cobra 20% mais IVA. Aos leitores e visados, as nossas desculpas.

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Municípios já podem pedir apoio para suportar custos com a Covid-19

Só serão financiadas as despesas públicas de emergência para conter e limitar a pandemia. Só são elegíveis despesas incorridas pelo beneficiário entre 14 de março e 30 de setembro de 2020.

O Governo anunciou, em abril, que as despesas dos municípios com o combate à pandemia de Covid-19 iriam ser financiadas através do Fundo de Solidariedade da União Europeia (FSUE) – que tem uma dotação total de 55 milhões de euros. Esta sexta-feira, foi publicado esse mesmo decreto-lei em Diário da República, e os municípios já podem pedir estes apoios.

O Executivo de António Costa justifica a decisão com o “importante papel que as autarquias locais têm vindo a desempenhar na resposta à doença Covid-19, designadamente na prevenção, proteção e apoio à população e em especial aos grupos mais vulneráveis”. Por isso mesmo, o financiamento tem como beneficiários os municípios portugueses.

Só serão financiadas as “despesas públicas de emergência para conter e limitar a pandemia“. São elegíveis: equipamentos e dispositivos médicos, como ventiladores; equipamentos de proteção individual; hospitais de campanha e outras infraestruturas; testes e outras análises laboratoriais; medicamentos; assistência de emergência; ações de sensibilização relativas à Covid-19; outros custos extraordinários relativos à prestação de cuidados de saúde e de assistência e a medidas profiláticas.

De realçar que “a despesa a apoiar ao abrigo do presente Regulamento é elegível se for incorrida pelo beneficiário entre 14 de março de 2020 e 30 de setembro de 2020 (inclusive)”.

A gestão e acompanhamento da execução destes fundos e, consequentemente, a análise dos pedidos está a cargo da Autoridade de Gestão do Programa Operacional de Assistência Técnica.

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Governo dá 30 mil euros em prémios por práticas inovadoras na gestão pública

Na edição de 2021, o Governo vai entregar prémios no valor de 10 mil euros a cada um dos projetos que se distingam por práticas inovadoras na Administração Pública. Candidaturas arrancam dia 23.

Desde 2018 que o Governo criou um sistema de incentivos à inovação na gestão pública, que incluem prémios para os gestores públicos que se distingam por práticas inovadoras na Administração Pública. Para este ano, os prémios chegam aos 10 mil euros em cada categoria.

Na para edição de 2021, o Executivo vai distinguir os gestores públicos que se distinguiram em três categorias distintas: valorização dos recursos humanos, melhoria dos ambientes de trabalho e desenvolvimento de modelos de gestão.

Para este ano, os prémios têm um “valor máximo de 30 mil euros”, que será financiado pelo “orçamento da Agência para a Modernização Administrativa, I. P.”, assinala o despacho publicado esta sexta-feira em Diário da República e assinado pelos gabinetes do Ministro de Estado e das Finanças e da Ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública. Assim, em cada uma destas categorias, o vencedor vai receber 10 mil euros.

Este programa destina-se às entidades da administração central direta e indireta do Estado, sendo que podem candidatar-se “as equipas responsáveis pela formulação e implementação dos projetos inovadores na gestão, não sendo admitidas candidaturas individuais“. Cada equipa deverá ter um mínimo de quatro pessoas e “pode concorrer a mais de uma categoria, com projetos diferentes”.

Além disso, o Executivo determina ainda que são apenas elegíveis as candidaturas “de projetos inovadores na gestão cuja execução tenha ficado concluída há menos de dois anos, tendo como referência a data da candidatura ao prémio”, lê-se no despacho.

Por fim, o despacho deixa ainda claro que as respetivas candidaturas “devem incidir apenas numa categoria” e que estas podem ser apresentadas através do site da Agência para a Modernização Administrativa, mediante o preenchimento de um formulário. A apresentação de candidaturas arranca à meia-noite do dia 23 de junho, próxima quarta-feira, e termina às 23h59 do dia 31 de julho de 2021.

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Acidentes rodoviários e feridos graves aumentaram em março

  • Lusa
  • 18 Junho 2021

No terceiro mês do confinamento geral devido à pandemia de Covid-19, os acidentes rodoviários aumentaram 3,1% em março face ao mesmo mês de 2020 e os feridos graves subiram 26,5%.

Os acidentes rodoviários aumentaram 3,1% em março face ao mesmo mês de 2020 e os feridos graves subiram 26,5%, quebrando o ciclo de descidas dos meses anteriores, revela a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).

A ANSR divulgou o relatório de sinistralidade a 24 horas e de fiscalização rodoviária de março, que coincide com o terceiro mês do confinamento geral devido à pandemia de Covid-19 e com as restrições na circulação por causa do estado de emergência.

“É de assinalar a evolução no mês de março, em que os acidentes registaram um aumento de 3,1% face ao mês homólogo do ano anterior, e em contraste com as reduções expressivas nos meses anteriores. Em março de 2021, e em comparação com março de 2020, houve ainda aumentos nos feridos graves (+26,5%) e nos feridos leves (+1,6%), mas, ainda assim, o número de vítimas mortais manteve-se em redução (-34,5%)”, lê-se no documento.

Segundo o relatório, em março ocorreram 1.721 acidentes, enquanto no mesmo mês de 2020 registaram-se 1.670, que provocaram 19 mortos (menos dez que em março do ano passado), 129 feridos graves (mais 27) e 1.956 feridos ligeiros (mais 31).

Em 2020, Portugal entrou em estado de emergência a 19 de março.

A ANSR avança que, no primeiro trimestre do ano, registaram-se 4.396 acidentes no continente, de que resultaram 53 vítimas mortais, 292 feridos graves e 4.938 feridos ligeiros, tendo-se observado “uma melhoria nos principais indicadores de sinistralidade” em comparação com período homólogo de 2020.

A Segurança Rodoviária indica que, nos primeiros três meses do ano, ocorreram menos 2.365 acidentes com vítimas (-35,0%), menos 29 vítimas mortais (-35,4%), menos 116 feridos graves (-28,4%) e menos 3.109 feridos ligeiros (-38,6%) em relação ao primeiro trimestre de 2020.

Segundo o relatório de março, a colisão foi o tipo de acidente mais frequente, apesar de o maior número de vítimas mortais e de feridos graves ter resultado de despistes.

A maioria dos acidentes ocorreu em arruamentos (67,8% do total) nos três primeiros meses do ano, enquanto nas estradas nacionais verificaram-se 15,9% dos desastres.

A ANSR indica igualmente que 66% das vítimas mortais eram condutores, 9,4% eram passageiros e 24,5% peões, sendo os automóveis ligeiros a maioria dos veículos intervenientes em acidentes.

No que respeita à entidade gestora de via, 41,5% do número de vítimas mortais registaram-se na rede rodoviária sob responsabilidade das Infraestruturas de Portugal (28,4% do total), Brisa (7,5%) e município de Alcobaça (5,7%).

Em relação à fiscalização, a ANSR indica que foram fiscalizados, entre janeiro e março, 26 milhões de veículos, quer presencialmente, quer através de meios de fiscalização automática, tendo-se verificado uma diminuição de 18,9% em relação ao mesmo período de 2020.

O relatório justifica esta diminuição com a redução da circulação devido ao confinamento obrigatório.

Segundo o mesmo documento, no âmbito destas ações foram detetadas 257,8 mil infrações, o que representa uma diminuição de 28,4% face a 2020, sendo a maioria por excesso de velocidade (55,5%), embora tenha sofrido uma redução de 33,6%.

Entre janeiro e março, registou-se também uma redução de 62,9% nas transgressões por consumo de álcool acima do limite legal e de 33,6% nas infrações por uso do telemóvel.

Por sua vez, as infrações pela ausência de inspeção periódica obrigatória aumentaram 39,5% nos primeiros três meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado, tendo também aumentado as contraordenações pelo não uso do cinto de segurança (7,5%) e cadeirinhas para crianças (7,4%).

A criminalidade rodoviária, medida em número total de detenções, diminuiu 5,3% nos três primeiros meses de 2021 em comparação com o mesmo período do ano passado, atingindo 5,5 mil condutores.

A ANSR precisa que mais de metade das detenções se deveu à falta de habilitação legal para conduzir, com um aumento de 65,2% comparativamente ao primeiro trimestre de 2020.

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Nas notícias lá fora: antiviral Covid-19, Tesla e Victoria’s Secret

  • ECO
  • 18 Junho 2021

EUA investem mais de 3 mil milhões no desenvolvimento de antiviral da Covid-19. Acidentes com Tesla estão a ser investigados. E a Victoria's Secret trocou os "anjos" por ativistas sociais.

A pandemia de Covid-19 ainda é destaque na realidade internacional, desta vez com o investimento de mais de 3 mil milhões de dólares no desenvolvimento e produção de comprimidos antivirais por parte dos EUA. Destaque ainda para nova ordem de Biden, que obriga aplicações chinesas a reforçarem medidas de segurança e para as tensões sobre o financiamento do clima que ameaçam descarrilar a cúpula COP26 deste ano. Por fim, o dia é marcado por uma mudança de estratégia na Victoria’s Secret.

The Wall Street Journal

EUA investem mais de 3 mil milhões no desenvolvimento de antiviral da Covid-19

A administração de Biden vai investir mais de 3 mil milhões de dólares no desenvolvimento e produção de comprimidos antivirais para tratar o coronavírus, revelou o Departamento de Saúde e Serviços Humanos. “Novos antivirais que previnem doenças graves e morte por Covid-19, especialmente medicamentos orais que podem ser tomados em casa no início do curso da infeção, seriam ferramentas poderosas para combater a pandemia e salvar vidas”, disse Anthony Fauci, chefe médico conselheiro do presidente Biden.

Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Reuters

Aplicações chinesas têm de reforçar medidas de proteção de dados com nova ordem de Biden

A ordem executiva do presidente Joe Biden com o objetivo de proteger os dados confidenciais dos americanos vai forçar algumas aplicações chinesas a tomar medidas mais duras para proteger as informações privadas se quiserem permanecer no mercado americano. O objetivo é impedir que adversários estrangeiros como a China e a Rússia tenham acesso a grandes quantidades de informações pessoais e proprietárias de negócios.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

The Guardian

Acidentes com carros da Tesla ligados ao sistema de direção assistida estão a ser investigados nos EUA

Os reguladores de segurança dos Estados Unidos da América (EUA) abriram 30 investigações sobre acidentes com carros Tesla que envolveram 10 mortes desde 2016. Os carros estavam equipados com um sistema avançado de assistência à condução. O piloto automático, que lida com algumas tarefas de direção, estava a ser utilizado em pelo menos três veículos envolvidos em acidentes fatais nos EUA desde 2016.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês).

Financial Times

Negociações da ONU sobre o clima travam devido a tensões financeiras

As tensões sobre o financiamento do clima ameaçam descarrilar a cúpula COP26 deste ano, após várias semanas de deliberações preliminares na ONU terem chegado a poucas conclusões sobre como proceder de acordo com os princípios básicos do acordo climático de Paris. Um dos principais pontos de discórdia é que os países ricos parecem ter perdido a meta de 100 mil milhões de dólares em ajuda climática anual até 2020, criando desconfiança entre os 191 países que assinaram o acordo de Paris.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Business Insider

Vicoria’s Secret troca “anjos” por ativistas sociais

A Victoria´s Secret vai trocar os “anjos”, modelos femininas que tornaram famosa a marca a partir da década de 90 ao desfilarem em roupa interior, por ativistas sociais. Martin Waters, presidente da Victoria’s Secret, explicou que os “anjos” já não eram “culturalmente relevantes”, apontando que a ideia é criar um novo conceito da marca.

Leia a notícia completa no Business Insider (aceso livre, conteúdo em inglês).

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Marcelo diz que só tem poder sobre estado de emergência. “Encerramento” de Lisboa é decisão do Governo

Nos EUA, para a tomada de posse de Guterres na ONU, Marcelo Rebelo de Sousa diz que só tem poder sobre o estado de emergência. O encerramento de Lisboa "é competência do Governo".

Marcelo Rebelo de Sousa diz que a decisão do Governo de impedir a entrada e saída da Área Metropolitana de Lisboa aos fins de semana é tomada num “contexto muito específico”, procurando encontrar um equilíbrio entre a contenção da pandemia e a preservação da economia. A medida é um passo atrás no desconfinamento que contraria o que Presidente da República tinha dito, mas Marcelo lembra que só tem poder sobre o estado de emergência.

Começado por lembrar que no estrangeiro nunca comenta o que se passa no país, Marcelo Rebelo de Sousa revelou, em declarações à RTP em Nova Iorque, nos EUA, onde está para assistir à tomada de posse de Guterres no novo mandato como secretário-geral da ONU, que António Costa o informou das medidas excecionais adotadas para a região de Lisboa antes da partida.

[Encerramento da Área Metropolitana de Lisboa] É uma decisão nacional num contexto muito específico, tentando encontrar uma solução de equilíbrio.

Marcelo Rebelo de Sousa

Presidente da República

Antes de ser tomada a decisão, o senhor Primeiro-Ministro comunicou-me“, disse o Presidente, que acabou por tecer alguns comentários sobre a opção tomada pelo Executivo de limitar a entrada e saída de cerca de três milhões de cidadãos da Área Metropolitana de Lisboa entre as 15h00 de sexta e as 6h00 de segunda-feira. “É uma decisão nacional num contexto muito específico, tentando encontrar uma solução de equilíbrio”, disse.

“Não me pronuncio por duas razões. Uma porque estou no estrangeiro, e a outra porque é uma questão muito sensível em que se põe a questão da solidariedade dos órgãos de soberania“. O Presidente da República, “o poder que tem é em relação ao estado de emergência, em relação a estas decisões é o Governo que tem poder para decidir, não o Presidente”, atirou Marcelo.

O Presidente da República disse, recentemente, que Portugal já não voltava para trás no desconfinamento. “Não é o problema de saber se pode ser, deve ser, ou não. Não vai haver. Comigo não vai haver. Naquilo que depender do Presidente da República não se volta atrás”, atirou, tendo Costa dito, depois, que ninguém poderia dizer que isso não aconteceria. Isto numa altura em que o número de novos casos de Covid-19 está a aumentar, especialmente na região de Lisboa.

Questionados sobre se se sentiu contrariado no seu compromisso de não voltar atrás, Marcelo lembrou que tinha dito que “não voltaria atrás no que compete a mim, que é o estado de emergência“. “Em relação ao resto, é competência do Governo”, rematou Marcelo Rebelo de Sousa, sinalizando o seu distanciamento em relação a este travão ao desconfinamento.

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