Wall Street abre em queda e caminha para mínimos de junho

Agressividade da política monetária da Reserva Federal está a afastar investidores dos Estados Unidos, devido aos receios sobre economia e resultados das empresas.

Os índices bolsistas norte-americanos voltaram a abrir a sessão em terreno negativo. Em causa estão os receios dos investidores relativamente à economia dos Estados Unidos, por causa da política restritiva da Reserva Federal (Fed). Os índices norte-americanos caminham para mínimos de junho.

Na abertura, a maior descida estava por conta do índice tecnológico Nasdaq, que cedia 1,03% (10.952,69 pontos). O S&P 500 caía 0,82% (3.727,14 pontos), enquanto a praça industrial Dow Jones perdia 0,40%.

Embora a subida das taxas de juro em 75 pontos base, anunciada na quarta-feira, fosse aguardada pelos investidores há várias semanas, o mercado está a ser assombrado pela perspetiva de aumentos mais agressivos da parte da Fed para travar a inflação. Em 2023, a taxa de juro de referência poderá atingir os 4,60%.

Ao assumir uma política monetária mais restritiva e com menos liquidez no mercado, a Fed poderá atirar a economia norte-americana para um cenário de recessão. A situação tem penalizado os índices norte-americanos nos últimos dias.

“Enquanto caminhamos para uma inflação mais baixa e uma desaceleração da economia — provavelmente não está a cair de um precipício –, até certo ponto, isso não será visto como boas notícias para os investidores, que estão a tentar passar por este período de transição o mais depressa possível”, comenta Rick Meckler, sócio da Cherry Lane Investments, citado pela Reuters.

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Apenas elétricos e iluminação estão alinhados com meta de neutralidade carbónica para 2050

De 55 áreas dentro das quais se caminha para a neutralidade carbónica, apenas veículos elétricos e iluminação eficiente aparecem em conformidade com a meta para 2050, segundo a AIE.

Os veículos elétricos e a iluminação são as únicas áreas que estão em linha com os objetivos de neutralidade carbónica para 2050. De acordo com a análise feita Agência Internacional de Energia (AIE), através do Tracking Clean Energy Progress (TCEP), estas duas componentes foram as únicas a receber nota positiva (ou “luz verde”) face aos desenvolvimentos verificados no último ano, enquanto a maioria ainda peca por carecer de mais esforços (“luz amarela”) e as restantes aparentam estar a seguir o caminho inverso ou apresentam resultados significativamente abaixo das exigências previstas para 2030 (“luz vermelha”). Ao todo, a entidade internacional avaliou 55 componentes essenciais para um cenário de zero emissões líquidas até 2050.

Segundo as conclusões do estudo, divulgadas esta sexta-feira, os “veículos elétricos são a tecnologia chave para descarbonizar o transporte rodoviário”, um setor que é responsável por 16% das emissões globais. Posto isto, a AIE verificou que no último ano houve um “crescimento exponencial na venda de veículos elétricos”, em linha com uma maior variedade de modelos disponíveis. “Os carros elétricos ligeiros estão a crescer em popularidade — estimamos que 13% dos carros novos vendidos em 2022 sejam elétricos”, refere a análise divulgada, acrescentando que, se o ritmo se mantiver nas próximas décadas, em 2050 este setor estará completamente alinhado com o cenário de zero emissões líquidas.

Já na componente de iluminação, a AIE conclui que, em 2021, verificou-se uma maior aposta na instalação de díodos emissores de luz (isto é, iluminação LED), potenciando, por sua vez, uma maior eficiência luminosa. “Enquanto vários países começaram a eliminar as lâmpadas incandescentes há mais de dez anos, muitos começam agora a eliminar a iluminação fluorescente também para tornar as [lâmpadas] LED na principal tecnologia de iluminação. Mais de 50% do mercado global de iluminação usa tecnologia LED“, explica a entidade. Ainda que os desenvolvimentos sejam animadores, nomeadamente com alguns países a tornarem obrigatória a venda exclusiva deste tipo de iluminação, “o progresso nesta área deve ser sustentado para garantir que todos os países vendam predominantemente tecnologia LED até 2025 e com maior eficiência até 2030“, recomenda a entidade.

As boas notícias ficam, no entanto, por aqui. Das 55 componentes avaliadas, que integram oito setores (o energético, tecnologias e infraestruturas, eletricidade, gás e petróleo, combustíveis “verdes”, transportes, indústria e edifícios), apenas duas estão em conformidade com os objetivos ambientais e climáticos para 2050, sendo que as restante 53 ou se encontram a meio caminho ou estão mais atrás.

Em componentes marcadas a amarelo — como a eletrificação, energias renováveis, tecnologia de captura de CO2, hidrogénio, ferrovia e climatização de edifícios — a AIE pede que sejam alocados “mais esforços”, referindo que embora “as tendências recentes sejam positivas e, de forma geral, estejam na direção certa para estar em linha” com o cenário de zero emissões, “o progresso precisa de ser mais rápido”, caso contrário ficarão aquém dos objetivos definidos para a próxima metade do século.

Num cenário mais gravoso ainda, surgem componentes como a eficiência energética, a tecnologia de armazenamento de CO2, a eletricidade a carvão, as emissões de metano provenientes da indústria do gás e do petróleo, biocombustíveis e a aviação que aparecem pintadas a vermelho, ou “fora do caminho”. Para a AIE, “as tendências recentes estão na direção errada ou são substancialmente insuficientes para alinhar até 2030 com a trajetória de um cenário de zero emissões líquidas até 2050″. Apesar de a entidade reconhecer que possam ter havido “desenvolvimentos positivos em certos aspetos ou em certas regiões”, certo é que “uma mudança radical no esforço a nível global é necessária”.

Ainda que as conclusões deste TCEP não sejam as mais animadoras, a AIE acrescenta que “as políticas recentes e os desenvolvimentos tecnológicos”, nomeadamente a nível do aumento da capacidade de eletricidade proveniente de energias renováveis, da aposta em projetos de hidrogénio e da captura de carbono, “mostram que se verifica um impulso na transição para as energias limpas”. A próxima atualização deverá ser divulgada em outubro.

Para a avaliação dos progressos verificados em cada um dos setores, e as respetivas componentes, a AIE teve em consideração um conjunto de indicadores, como tendências e desenvolvimentos relacionados com as emissões de CO2, o consumo de energia, tecnologia, inovação, infraestrutura, política, investimento, colaboração internacional e estratégias do setor privado. “A avaliação não se baseia num único indicador quantitativo específico, mas é uma avaliação geral dos principais fatores que contribuiriam para o alinhamento do cenário de zero emissões líquidas até 2050”, explica o documento.

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Quer saber se foi vítima do ciberataque à TAP? Não precisa de ir à “dark web”

Plataforma que permite saber se está entre as vítimas de ciberataques conhecidos adicionou suporte para as vítimas do ciberataque à TAP. Saiba como ver se foi "apanhado".

A TAP foi alvo de um ciberataque em agosto e os dados pessoais de milhares de clientes foram comprometidos, incluindo os de Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa. Mais de 580 GB de informação privada foi publicada pelos hackers esta semana, expondo as vítimas a possíveis ataques secundários.

Os dados foram publicados numa parte restrita da internet, mas não tem de aceder à dark web para saber se foi uma das vítimas da falha de segurança. Há vários anos que a plataforma Have I Been Pwned? permite verificar se um determinado email ou número de telefone foram comprometidos nos milhares de ciberataques que vão sendo conhecidos. E, esta sexta-feira, a ferramenta passou a dar suporte às vítimas da companhia aérea portuguesa.

Assim, para confirmar se foi “apanhado” no ciberataque à TAP, basta entrar no site, indicar o seu email e carregar no botão “pwned?” (pode repetir o processo com o seu número de telemóvel ou telefone). Caso os seus dados estejam entre a informação roubada pelos hackers, o site abrirá uma página a vermelho com a indicação “Oh no – pwned!” e o logótipo da TAP na lista “Breaches you were pwned in”, que aparecerá mais abaixo.

Passo a passo:

  1. Aceda ao site Have I Been Pwned?;
  2. Insira o seu email ou contacto telefónico;
  3. Carregue no botão “pwned?”;
  4. Veja se a TAP aparece na lista.

Isto é o que verá se os seus dados tiverem sido expostos:

Fonte: Have I Been Pwned?

Tenha em conta que o site verifica todas as bases de dados já expostas em ciberataques, mesmo a outras empresas. É possível que a plataforma abra a mesma janela a vermelho, mas que a fuga de dados da TAP não esteja nessa lista. Este site foi criado pelo especialista em segurança Troy Hunt em 2013, que trabalha na Microsoft, e tem ganhado notoriedade ao longo dos anos.

Se vir que os seus dados foram comprometidos, não há motivo para entrar em pânico, mas existem algumas medidas que poderá querer tomar para ficar mais protegido. A TAP recomenda que mude a password dos serviços (poderá querer fazer o mesmo para contas que tenha registadas com esses dados noutras empresas ou plataformas) e ative, sempre que possível, a autenticação a dois passos (password e SMS, por exemplo).

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INE revê em alta crescimento do PIB do ano passado para 5,5%

  • Lusa
  • 23 Setembro 2022

PIB cresceu 5,5% em volume em 2021, uma melhoria face aos 4,9% estimados anteriormente.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu em alta de 0,6 pontos percentuais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 para 5,5%, segundo a atualização dos dados divulgada esta sexta-feira.

De acordo com as contas nacionais anuais de 2021, que incorporam nova informação estatística, o PIB (a preços de mercado) cresceu 5,5% em volume em 2021, uma melhoria face aos 4,9% estimados anteriormente.

O INE também reviu os dados referentes a 2020 prevendo agora uma contração de 8,3%.

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Jovens espanhóis já podem pedir “cheque” de 250 euros por mês para arrendar casa

Governo de Madrid vai dar um "cheque" de 250 euros para arrendar casa, durante dois anos, aos jovens entre os 18 e os 35 anos. Pedidos começaram a ser feitos esta semana.

Os jovens que queiram morar em Madrid começaram esta semana a submeter os pedidos para receberem a ajuda de 250 euros por mês, durante dois anos, para arrendar casa na capital espanhola. De acordo com o Expansión, está previsto um limite máximo de renda e a medida é dirigida a jovens até aos 35 anos, com residência fiscal em Espanha e fonte regular de rendimentos.

Desde terça-feira que podem ser submetidos os pedidos para receber este “cheque” de 250 euros mensais para arrendar um quarto ou casa na Região de Madrid.

De uma maneira geral, estão previstos limites máximos de renda de 600 euros por mês para uma casa e 300 euros para um quarto. Contudo, o Governo de Madrid ampliou esses limites para 29 municípios onde os preços são mais caros: 900 euros por mês para uma casa e 450 euros por um quarto.

Para aceder a este “cheque” é preciso ter entre 18 e 35 anos, ter residência fiscal em Espanha, dispor de uma fonte regular de rendimentos e os rendimentos não podem superar os 24.318,84 euros por ano.

A medida foi aprovada em janeiro e, para isso, foram disponibilizados 31,8 milhões de euros. Esta ajuda, aprovada na semana passada, será dada durante dois anos, até um máximo de 6.000 euros repartidos em 24 mensalidades.

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Contas públicas com excedente de 0,8% na primeira metade do ano

Portugal fechou o primeiro semestre com um excedente de 894,1 de euros, o que corresponde a uma percentagem de 0,8% do PIB. Para a totalidade do ano, Finanças mantêm previsão de défice de 1,9%.

As contas públicas registaram um excedente de 0,8% do PIB, na primeira metade do ano, revelam os dados em contabilidade nacional, a que interessa para as comparações internacionais, publicados esta sexta-feira os dados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

“Considerando valores para o conjunto do primeiro semestre de 2022, o saldo das Administrações Públicas foi também positivo (0,8% do PIB), registando-se uma melhoria expressiva deste indicador face não só aos semestres homólogos de 2020 e 2021, marcados pela pandemia Covid-19, mas igualmente face a 2019”, explica o INE.

A diferença entre receitas e despesas nos primeiros seis meses do ano foi de 894,1 milhões de euros.

Para a totalidade do ano, o Governo mantém a previsão de um défice de 1,9%. Já o Conselho das Finanças Públicas publicou ontem previsões que apontam para um défice de apenas 1,3% este ano e para um excedente orçamental de 0,1% no próximo. Isto num cenário de políticas invariantes, ou seja, sem considerar medidas de política económica ainda não anunciadas pelo Governo.

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Autoeuropa deteta legionella numa das áreas de produção

Fábrica automóvel de Palmela identificou a presença da bactéria há cerca de duas semanas, numa ação de monitorização, mas opera com normalidade e não foram detetadas infeções entre os trabalhadores.

Fábrica automóvel de Palmela encontrou legionella numa unidade de produçãoHugo Amaral/ECO

A Volkswagen Autoeuropa confirma ter detetado a bactéria legionella “em equipamento técnico de uma das áreas de produção”, mas rejeita tratar-se de um surto. Fonte oficial da fábrica garante que “esta situação” está a ser acompanhada “de forma atenta e permanente” e assegura que não foi identificada nenhuma infeção entre os funcionários até ao momento. A Comissão de Trabalhadores acusa a empresa de não ter comunicado a situação aos trabalhadores.

A legionella terá sido encontrada há cerca de duas semanas em sistemas de tratamento de ar, na sequência da “monitorização regularmente realizada” ao abrigo do “plano de prevenção e controlo” da bactéria. A operação da fábrica nunca terá sido interrompida, estando a decorrer com normalidade, soube o ECO. A empresa garante ainda que o plano está “em estrito cumprimento da legislação portuguesa em vigor”.

A presença de legionella na fábrica automóvel de Palmela foi noticiada esta sexta-feira pelo jornal local O Setubalense, citando uma fonte interna que acusa a Autoeuropa de não ter desligado os equipamentos e de não ter avisado os trabalhadores. O ECO apurou junto de fonte próxima da gestão da fábrica que a empresa não terá feito uma comunicação escrita aos trabalhadores, mas o assunto terá sido abordado em reuniões de trabalho.

Fica por responder se o Plano de Prevenção e Controlo de Legionella obriga a comunicação por escrito aos trabalhadores da fábrica. Mas a empresa assegura que, “perante esta ocorrência”, “acionou e reforçou todos os procedimentos de segurança estabelecidos para esta situação”, nomeadamente “ao nível da monitorização e do controlo químico e orgânico” previsto para estes casos.

Depois de a situação ter sido tornada pública, a Comissão de Trabalhadores (CT) da Autoeuropa reagiu num comunicado, repetindo a acusação de que a empresa não comunicou a situação aos trabalhadores atempadamente: “Lamentamos que mais uma vez a empresa tenha comunicado aos trabalhadores de uma forma tardia e a reboque da imprensa.”

“A CT reuniu hoje [sexta-feira] com a empresa e exigiu esclarecimentos relativamente à deteção de legionella em equipamentos na zona da pintura e sobre os perigos que tais bactérias poderão ou não significar para a saúde dos trabalhadores. A CT alertou a empresa que, tendo em conta esta situação, deverão ser tomadas todas as medidas de proteção dos trabalhadores que se mostrem necessárias”, informa ainda o comunicado.

A legionella é uma bactéria conhecida por poder provocar infeções pulmonares graves. De acordo com a Direção-Geral da Saúde, a infeção, vulgarmente conhecida por doença dos legionários, tem um período de incubação de cinco a seis dias após a infeção, “podendo ir até aos 14 dias”. Os sintomas incluem dor de cabeça, tose, febre, fadiga, falta de ar, dores musculares, diarreia e dor abdominal e a infeção pode provocar complicações como insuficiência respiratória, abcessos pulmonares, infeção generalizada e danos noutros órgãos, meningite, e, em casos extremos, a morte.

(Notícia atualizada às 15h20 com reação da Comissão de Trabalhadores)

Informação útil da DGS sobre infeção por legionella:

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para ver o folheto.

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Fernando Araújo confirmado como CEO do SNS. Sede da direção executiva será no Porto

O ministro da Saúde confirmou que Fernando Araújo aceitou o convite para assumir a direção executiva do SNS e que "será portanto nomeado num futuro próximo como o primeiro CEO do SNS".

O ministro da Saúde confirmou que Fernando Araújo aceitou o convite para assumir a direção executiva do SNS, destacando que “é uma personalidade bem conhecida dos portugueses” e que tem “todas as condições para dar ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) um aporte em matéria de gestão que todos reconhecemos ser muito necessário”.

“Quero anunciar que o Governo, através do Ministério da Saúde, dirigiu ao professor doutor Fernando Araújo um convite para ser nomeado diretor executivo do SNS. É com satisfação que anuncio que o professor aceitou esse convite e será nomeado num futuro próximo como o primeiro CEO do SNS”, revelou Manuel Pizarro, em conferência de imprensa, transmitidas pelas televisões, enaltecendo o atual presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário de S. João (CHUSJ).

O ministro da Saúde destacou ainda que Fernando Araújo “é uma personalidade bem conhecida dos portugueses”, teve “um papel muito importante” na área da Saúde para a região Norte e terá “todas as condições para dar ao SNS um aporte em matéria de gestão que todos reconhecemos ser muito necessário”.

A sede do organismo será no Porto, confirmou o ministro, justificando que essa escolha está em linha com o processo de descentralização. A nova direção executiva do SNS, que contará com cinco elementos, que “com total autonomia” serão indicados por Fernando Araújo, sendo que este organismo estará em plenitude de funções a partir de janeiro de 2023 com a entrada em vigor do novo Orçamento do Estado”, acrescentou o responsável.

Questionado sobre se poderá haver uma sobreposição de estruturas, nomeadamente no que concerne aos agrupamentos dos centros de saúde e às ARS — dúvida que tinha sido levantada inclusivamente pelo Presente da República aquando da promulgação do diploma –, Manuel Pizarro garantiu que não haverá “qualquer sobreposição”.

O ministro da Saúde explicou que a Administração Central “funcionará como um controlador financeiro do sistema no seu conjunto e não apenas do SNS“, bem como terá uma “relação simples” com a direção executiva do SNS “que será a relação de um contrato de programa anual de alocação de recursos”. Já no que toca às ARS, estas “deixarão de ter quaisquer funções relativas à operação da prestação de cuidados”, cabendo esta função à direção executiva do SNS.

Manuel Pizarro sublinhou ainda que é preciso “utilizar de forma mais eficiente e mais eficaz a gestão dos recursos” e enalteceu as mais-valias da região Norte em relação à Saúde, dado que este organismo prevê unidades desconcentradas pelo país e equipas requisitadas a outras entidades da Saúde.

Este organismo enquadra-se na criação do novo estatuto do SNS, foi aprovado no passado dia 8 de setembro em Conselho de Ministros e ter natureza jurídica de instituto público de regime especial. A direção executiva do SNS será composta por por diretor executivo, conselho de gestão, conselho estratégico, assembleia de gestores e fiscal único, sendo que o SNS terá autonomia administrativa, financeira e patrimonial, tal como consta no decreto-lei, publicado esta sexta-feira.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h00)

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Taxa de poupança das famílias cai para 5,9% no segundo trimestre

  • Lusa
  • 23 Setembro 2022

Este desempenho resultou de um aumento do consumo privado de 2,7% (variação em cadeia de 4,0% no trimestre anterior), superior ao crescimento do rendimento disponível (1,2%).

A taxa de poupança das famílias caiu para 5,9% do rendimento disponível no segundo trimestre do ano, refletindo o aumento de 2,7% do consumo privado, segundo dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

“A taxa de poupança das famílias atingiu 5,9% do Rendimento Disponível Bruto (RDB), o que correspondeu a uma redução significativa de 1,4 p.p. [pontos percentuais] relativamente ao trimestre anterior”, revela o relatório do INE.

De acordo com o organismo de estatística, este desempenho resultou de um aumento do consumo privado de 2,7% (variação em cadeia de 4,0% no trimestre anterior), superior ao crescimento do rendimento disponível (1,2%).

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François Lacombe é o novo diretor-geral da Danone Iberia

  • Servimedia
  • 23 Setembro 2022

A Danone Iberia tem, agora, um novo diretor-geral. O cargo está agora à responsabilidade de François Lacombe, antigo vice-presidente de Operações Europeias da empresa.

A Danone anunciou na sexta-feira a nomeação de François Lacombe como novo diretor-geral da empresa para a Península Ibérica.

Lacombe, que até agora ocupava o cargo de vice-presidente de Operações Europeias, tem 25 anos de experiência na Danone, tendo desempenhado funções de direção geral nos vários negócios da empresa.

“Assumo a posição com um enorme sentimento de orgulho porque a Espanha é o berço da Danone, onde a viagem que nos levou a tornar-nos hoje uma empresa de referência no fornecimento de saúde através da alimentação começou realmente”, disse Lacombe.

Na sua opinião, “o impacto da Danone vem de ter a carteira mais saudável de marcas alimentares no setor dos produtos de grande consumo, incluindo iogurtes, alternativas vegetais, água mineral natural e nutrição especializada”.

“Está no nosso ADN ser uma empresa com uma dupla finalidade económica e social há mais de 50 anos, e reafirmamos este compromisso em 2016, quando fomos certificados pela primeira vez como empresa B Corp. Estar consciente de como o nosso trabalho e as nossas marcas têm um impacto positivo na sociedade é o que nos deixa tremendamente orgulhosos e o que nos levou a ser hoje a maior e mais bem classificada empresa BCORP no setor dos produtos de grande consumo“, acrescentou.

Carreira do novo presidente da Danone Iberia

Licenciado pelo Institut National Agronomique de Paris-Grignon e especializado em administração de empresas no Institut d’Administration des Entreprises de Montpellier em França, Lacombe iniciou a sua carreira na Delegação da União Europeia no Benim, na unidade de desenvolvimento rural.

Juntou-se, depois, à filial da Danone nos Estados Unidos e desde então tem ocupado cargos como presidente e CEO de marcas globais e locais dentro da empresa em diferentes países como o México, Argentina, Colômbia e Argélia.

“Junto-me a uma equipa altamente talentosa com marcas líderes nos seus segmentos como Activia, Actimel, Alpro, YoPro, Almirón e Font Vella, o que nos torna uma empresa única em termos de inovação e valor acrescentado. Temos de nos organizar para antecipar as tendências e responder a uma nova realidade alimentar. Um exemplo disto é a dieta flexitária, onde alternativas lácteas e vegetais coexistem e têm a capacidade de crescimento e estão a tornar-se muito relevantes”, concluiu o novo CEO.

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Taxas Euribor continuam a subir para novos máximos da década

  • Lusa
  • 23 Setembro 2022

As taxas Euribor continuaram a subir esta sexta-feira, a três, a seis e a 12 meses face a quinta-feira, para novos máximos em mais de dez anos. Taxa a seis meses toca 1,803%.

As taxas Euribor continuaram a subir a três, a seis e a 12 meses esta sexta-feira, face ao dia anterior, para novos máximos em mais de dez anos.

  • A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 6 de junho, subiu para 1,803%, mais 0,040 pontos e um novo máximo desde setembro de 2011, depois de ter recuado na quinta-feira pela primeira vez desde 9 de setembro. A média da Euribor a seis meses subiu de 0,466% em julho para 0,837% em agosto. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).

Euribor a seis meses não dá tréguas este ano

Fonte: euribor-rates.eu
  • A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, continuou a avançar, ao ser fixada em 1,153%, mais 0,033 pontos e um novo máximo desde fevereiro de 2012. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 0,037% em julho para 0,395% em agosto.
  • A Euribor a 12 meses também avançou, ao ser fixada em 2,500%, mais 0,058 pontos e um novo máximo desde fevereiro de 2009. Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 0,992% em julho para 1,249% em agosto.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

Em 8 de setembro, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o segundo aumento consecutivo deste ano, já que em 21 de julho, tinha subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, com o objetivo de travar a inflação.

No final da última reunião, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que o aumento histórico de 75 pontos base nas taxas de juros não é a “norma”, mas salientou que a avaliação será reunião a reunião. A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Europa já gastou mais de meio bilião a combater a crise energética, indica Bruegel

A despesa com medidas para o combate à crise energética aumentou consideravelmente no espaço de menos de um mês, segundo as contas do centro de estudos económicos Bruegel.

O centro de estudos económicos Bruegel contabiliza que, no ano que se estende entre setembro do ano passado e o deste ano, os países europeus já gastaram 529 mil milhões de euros em medidas para enfrentar a crise energética. Um aumento para quase o dobro face ao final de agosto, quando o mesmo estudo dava nota de apenas 280 mil milhões. Portugal não é incluído neste cálculo.

O mais “generoso” foi o Reino Unido, tanto em valores absolutos (178,4 mil milhões de euros) como em percentagem do PIB (6,5%). Há menos de um mês, os Estados mais gastadores eram a Alemanha (60 mil milhões de euros), Itália (49,5 mil milhões) e França (44,7 mil milhões).

O Bruegel fez ainda um levantamento das medidas já implementadas, propostas e em discussão nos vários países, e há duas que se destacam com maior adesão. Em primeiro lugar, as transferências para grupos vulneráveis que, dos 29 países analisados, apenas três ainda não adotaram: Malta, Hungria e Bulgária. Em segundo lugar, a redução de impostos sobre a energia, como o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), foi também largamente adotada, com apenas seis dos 29 países a ficarem de fora. São eles: Reino Unido, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Dinamarca e Hungria.

Entre as medidas menos populares está a regulação dos preços do mercado grossista, a qual se verifica apenas em Portugal, Espanha e França. Na Península Ibérica, em abril de 2022, a Comissão Europeia autorizou Portugal e Espanha a desvincularem os preços da eletricidade dos do gás através da aplicação do mecanismo ibérico: um mecanismo que introduz um limite aos preços do gás usado para a produção de eletricidade, conseguido através de um subsídio pago pelos beneficiários, descendo os preços a que a eletricidade é vendida por produtores a comercializadores, o que influencia indiretamente os preços da fatura da luz da maior parte dos consumidores.

Seis países já taxam ou regulam os lucros excessivos

A taxação de lucros excessivos das empresas energéticas está em foco desde que a própria Comissão Europeia avançou com a proposta de taxar em pelo menos 33% os lucros “extraordinários” das empresas de energia fóssil — isto é, os lucros que superam em 20% aqueles obtidos na média dos últimos três anos. Outra proposta consiste em colocar um teto nos ganhos dos produtores renováveis quando estes vende a sua energia no mercado grossista, pois, na tese da Comissão, estes produtores estão a realizar ganhos “com que nunca sonharam”, à boleia dos preços elevados da energia produzida a partir de gás natural, que muitas vezes puxa os preços do mercado grossista para cima.

Esta iniciativa europeia vai agora passar pelo crivo dos ministros da Energia europeus, no dia 30 de setembro, mas, antes disso, já conquistou vários países. Bulgária, Hungria, Itália, Roménia, Espanha e Reino Unido já aplicaram este tipo de medida.

No país vizinho, foi decidido que o imposto extraordinário vai incidir sobre os lucros extraordinários de 2022 e de 2023 das “grandes entidades financeiras” e dos “grupos dominantes” do setor elétrico, do gás e do petróleo. O Estado espanhol conta obter dois mil milhões de euros junto das empresas energéticas, que servirão para financiar medidas de combate à inflação, como os passes gratuitos para os comboios.

Em Itália, uma taxa sobre os windfall profits — ou lucros caídos do céu — está em vigor desde fevereiro até ao final de 2022, e recai sobre os produtores de energia solar, eólica, hídrica e geotermal, para ajudar financiar o pacote de medidas de 1,7 mil milhões apresentado pelo Governo italiano em janeiro. Em março, surgiu um novo pacote, desta vez de 4,4 mil milhões, acompanhado de uma taxa de 10% sobre as energéticas. Em maio, a ajuda às famílias veio reforçada em 14 mil milhões de euros, o que ditou que a taxa de 10% subisse para 25%, sendo o principal suporte das medidas de apoio. No Reino Unido, de forma a aliviar o custo de vida das famílias, o Governo lançou um pacote financiado em um terço por uma taxa sobre os lucros excessivos, com a qual pretende colher 5 mil milhões até 2023.

Na Hungria, os preços da energia estão a ser fixados abaixo do custo, e foi também implementado um preço máximo de 1,30 euros por litro de combustível. Um teto que era suposto durar por três meses desde novembro do ano passado mas acabou por ser estendido até julho. O Governo conta encaixar 2,06 mil milhões de euros ao longo dos próximos dois anos com novas taxas sobre os lucros excessivos, com especial enfoque nas empresas de energia, que contribuirão com 760 milhões de euros. Grande parte do bolo terá origem na empresa de óleo e gás húngara MOL. Na Roménia, foi já em 31 de outubro do ano passado que o Parlamento votou a favor de implementar um windfall tax nos produtores de energia, de 91 euros por megawatt-hora, para financiar as ajudas dadas a famílias, hospitais, escolas e instituições sociais.

Na Bélgica, Alemanha e Grécia a nova regulação dos lucros excessivos segue na forma de proposta, enquanto na Eslováquia e Eslovénia tais medidas estão em fase de discussão. Os Países Baixos também já declararam publicamente a intenção de introduzir uma taxa sobre as energéticas para financiar um aumento de 10% no ordenado mínimo.

Em Portugal, o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, afirma que medidas de apoio como a permissão do regresso à tarifa regulada do gás ou o alívio de 16% que o mecanismo ibérico permitiu às empresas mais expostas ao mercado grossista da eletricidade, estão a ser pagas pelas empresas, “com os ditos lucros caídos do céu, só que antes da formação do lucro”. O regresso ao regulado tira ganhos às empresas gasistas e o mecanismo ibérico capta ganhos dos produtores renováveis, explicou. O Governo tem afirmado que apoia as medidas de Bruxelas, mas ressalvando que a respetiva aplicação em Portugal tem de ser ajustada à realidade do país e à carga fiscal já existente.

As medidas portuguesas

Além do mais recente mecanismo ibérico que limita os preços grossistas da eletricidade, o Bruegel faz um apanhado das medidas que foram sendo avançadas pelo Executivo português desde setembro do ano passado.

No final de setembro de 2021, João Matos Fernandes, na altura ainda ministro do Ambiente, anunciou uma redução de 30% nas tarifas de acesso à rede — uma das componentes do preço da eletricidade. Foi também removido o mecanismo de interruptibilidade, que garantia 100 milhões anuais a grandes consumidores de eletricidade em troca do direito a que estes parassem a produção em prol da segurança de abastecimento, algo que nunca havia sido usado. As receitas com as licenças de emissão de dióxido de carbono e a contribuição extraordinária que se encontrava em vigor no setor passaram a apoiar a medida de redução nas tarifas de acesso às redes.

O Governo passou a apoiar também os preços dos combustíveis, devolvendo através de um desconto no Imposto Sobre Produtos Petrolíferos as receitas acrescidas de IVA que o Estado estava a receber dado o aumento do preço dos combustíveis, calculando que por cada cêntimo descido no ISP, a perda para o Estado seria de 6,5 milhões de euros. Passou também a dar um apoio mensal de até 5 euros para abastecer que, em março deste ano, subiu para 20 euros, e congelou a subida prevista na taxa de carbono.

Em junho de 2022 foi anunciado um cheque de 60 euros para as famílias com direito à tarifa social da energia, medida orçamentada em 64 milhões. Já em abril as famílias mais vulneráveis passaram a ter de um apoio de 10 euros por garrafa de gás, o que custará até quatro milhões.

Mais recentemente, o Conselho de Ministros português anunciou que 2,4 mil milhões de euros seriam usados para apoiar cidadãos. Todos os consumidores que aufiram de menos de 2700 euros por mês vão receber 125 euros, a que se somam 50 euros por cada membro dependente. O IVA da eletricidade foi reduzido na mesma ocasião de 13% para 6% nos primeiros 100 quilowatts-hora consumidos.

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