Promova Talks #5 com Sandra Rodrigues, da EDP

  • Trabalho + CIP
  • 8 Novembro 2022

Sandra Rodrigues, Head of Consolidation Department na EDP, é a convidada do quinto episódio do "Promova Talks".

O quinto episódio da II temporada do “Promova Talks” recebeu Sandra Rodrigues, Head of Consolidation Department na EDP, para falar de igualdade de género nas empresas, tendo como base a sua experiência.

Este Podcast, desenvolvido pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP), pretende precisamente sensibilizar para a temática da igualdade de género. Esta iniciativa, que agrega vários podcasts com as convidadas da primeira temporada, pretende alargar o acesso das mulheres a cargos de liderança nas empresas portuguesas.

Sandra Rodrigues, Head of Consolidation Department na EDP, é a convidada do Podcast “Promova Talks”

 

Neste episódio, Sandra Rodrigues apresentou os desafios do seu percurso, mas também falou das mudanças positivas que tem observado no mercado.

Ouça aqui o episódio:

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O Projeto Promova conta com o apoio da ANA Aeroportos, da EDP, da Randstad e da SONAE.

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Telemóveis, carros, móveis. Artigos em segunda mão também não escapam à subida de preços

Entre janeiro e setembro deste ano, o OLX registou um aumento dos preços médios na generalidade das categorias na ordem dos 20%, face ao período homólogo. Telemóveis e tablets têm as maiores subidas.

A escalada de preços está também a afetar o mercado de revenda. Entre janeiro e setembro deste ano, o OLX registou um aumento dos preços médios na generalidade das categorias de produto na ordem dos 20%, face a igual período do ano passado.

“A categoria com maior aumento de preços desde o início do ano é a de “telemóveis e
tablets”, com o preço médio a encarecer cerca de 80 euros”, o que representa um aumento de 37%, adianta a empresa de comércio online, em resposta ao ECO. Segue-se a categoria de “carros, motos e barcos”, com o preço médio a ficar “cerca de 640 euros mais caro desde o início do ano” e ainda a categoria “móveis, casa e jardim”, com subidas de cerca de 30 euros. Significa uma subida de 25% e 24%, respetivamente, face ao início do ano.

Ao ECO, fonte oficial do OLX explica ainda que esta tendência começou a ser sentida a partir de janeiro deste ano “com oscilações e diferenças entre categorias”. No entanto, ganhou força “quando se começou a observar o aumento dos preços”. Ainda assim, o OLX sublinha que algumas categorias, como é o caso dos imóveis, carros, lazer, agricultura ou tecnologia, já vinham a registar gradualmente uma trajetória ascendente dos preços no ano passado.

A par do aumento de preços, está também a haver um aumento da procura de artigos em segunda mão. Desde o início do ano, os imóveis foram a categoria a registar o maior aumento da procura (28%), seguida “por “outras vendas” (+17%), “bebé e criança” (+16%) e lazer (+15%)”, indica ainda a plataforma online, em comunicado divulgado esta terça-feira.

Por outro lado, há categorias a registar quebras na procura desde o início do ano. É o caso da tecnologia, que regista uma diminuição de 17% nas vendas, seguida da moda” (-15%), agricultura (-7%) ou ainda dos “móveis, casa e jardim” (-2,2%).

Já no que toca à oferta de produtos, durante os primeiros nove meses deste ano, a categoria com o maior aumento foi na categoria de “móveis, casa e jardim” (+20%), face ao período homólogo, seguida pelas “outras vendas” (+18%). Já as maiores quebras acontecem em categorias como imóveis (-25%), “telemóveis e tablets” (-12%) ou tecnologia (-9%).

“Estes dados podem indicar que existem menos pessoas a vender e a ficar com os seus produtos atuais, evitando gastos na substituição de produtos”, sinaliza Andreia Pacheco, responsável pelo departamento de marketing do OLX Portugal, citada em comunicado.

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Lucro da Endesa mexe pouco. Foi de 1.469 milhões até setembro

O EBITDA aumentou 11% em relação ao ano anterior para 3.472 milhões de euros, “sustentado pelo forte desempenho do negócio da geração”, relata a Endesa.

A Endesa registou um lucro de 1.469 milhões de euros os primeiros nove meses do ano, apenas mais 0,7% que no mesmo período do ano anterior, “num ambiente de mercado mais complexo e volátil do que no primeiro semestre do ano”, indica a empresa.

O EBITDA aumentou 11% em relação ao ano anterior para 3.472 milhões de euros, “sustentado pelo forte desempenho do negócio da geração”. Esta melhoria compensa tanto o ambiente de preços desafiante que afeta o negócio de fornecimento como o ebitda mais baixo do negócio da rede. Já tendo em conta o efeito positivo extraordinário da venda parcial do negócio da mobilidade eléctrica, o EBITDA cresceu 19% e o lucro líquido consolidado 13%.

No terceiro trimestre do ano, o preço médio do pool de electricidade na Península Ibérica (incluindo o custo de compensação do limite de gás) foi superior a 300 euros por megawatt-hora, mais de 150% mais elevado do que no mesmo trimestre de 2021. “Um nível de preços decisivamente influenciado pelo pico histórico registado no índice de referência do gás europeu (TTF) no final de Agosto (acima dos 300 euros/MWh)”, explica a empresa.

A aplicação da excepção ibérica, apesar de tudo isto, manteve os preços da electricidade sob controlo em comparação com os níveis médios alcançados nos mercados europeus acima mencionados, que estabeleceram recordes históricos devido ao aumento do gás: Alemanha (375 euros MW/h), França (429 euros), Itália (472 euros) e Reino Unido (345 euros)”, reconhece, contudo, a Endesa, depois de o presidente da empresa em Portugal, Nuno Ribeiro da Silva, ter lançado o alarme em relação a este mecanismo, indicando que faria disparar os preços da conta da luz em pelo menos 40%.

A empresa dá ainda conta que 100% da nova capacidade de energia renovável prevista para o ano já está operacional ou em construção para entrar em funcionamento antes do final do ano. Quanto aos planos para executar até ao final de 2024, estão “no bom caminho”.

A Endesa regista ainda um ganho líquido de 1,2 milhões de clientes de eletricidade domésticos e comerciais no mercado livre em comparação com setembro de 2021, atingindo 6,8 milhões. Como resultado, o número total de clientes cresceu 4% para 10,6 milhões. A rede de pontos de carregamento para veículos eléctricos totalizou 12.000 no final de setembro, um aumento de 43% em relação ao ano anterior.

O investimento nos primeiros nove meses foi de 1.477 milhões, mais 20% que em igual período do ano anterior, dos quais 73% foram em energias renováveis e na rede de distribuição.

A empresa aprovará várias operações com a empresa-mãe Enel na próxima reunião extraordinária de accionistas no dia 17 para reforçar a sua posição nos mercados internacionais do gás, bem como para reforçar a sua posição face a novos picos de extrema volatilidade”, escreve, ainda, a Endesa.

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Mais de metade dos advogados de Lisboa em risco de burnout

Desde o dia 7 de novembro que os advogados da área de intervenção do CR Lisboa podem inscrever-se para consultas virtuais acompanhadas por um psicólogo, que vão acontecer todas as sextas-feiras.

O Conselho Regional de Lisboa (CRLisboa) da Ordem dos Advogados acaba de criar um Gabinete de Apoio Psicológico (GaBEP) que já está disponível para consultas virtuais.

Desde segunda-feira, que os advogados da área de intervenção do CR Lisboa podem inscrever-se para consultas virtuais acompanhadas por um psicólogo, que vão acontecer todas as sextas-feiras, entre as 09h00 e as 14h00.

O GaBEP, coordenado pela psicóloga do trabalho e das organizações e professora auxiliar no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas Sónia Gonçalves, prestará consultas em regime on-line, dinamizadas pelo psicólogo Thiago Paiva, e para as frequentar bastará aos advogados fazer uma inscrição on-line, sem qualquer custo.

“Esta medida insere-se num conjunto de iniciativas que o CRLisboa tem vindo a levar a cabo, na sequência daquilo que foi a avaliação feita da experiência e a pressão que muitos colegas viveram, sobretudo nos últimos dois anos, devido à pandemia e seus impactos”, segundo João Massano explicou à Advocatus.

Perante este cenário e com as queixas de burnout profissional no topo dos problemas de saúde que foram sendo comunicados ao CRLisboa, em 2022 o Conselho tomou a iniciativa de:

  • Realizar um inquérito para medir o impacto e a incidência deste problema na classe: de uma amostra de 2056 advogados(as) participantes, registaram-se valores preocupantes de risco de burnout (52,5%) e de burnout em progresso (16,4%);
  • Fazer uma edição especial do podcast do Conselho – Pod Esclarecer – que se prolongou por três episódios, e no qual a psicóloga Sónia Gonçalves esclareceu dúvidas e respondeu a questões;
  • Realizar uma conferência (em outubro) em que se abordaram vários aspetos do burnout, desde o conceito às formas de intervenção.

Qual a função deste gabinete?

O GaBEP tem como principal missão dinamizar ações que que visem a promoção do bem-estar psicológico de todos os advogados com inscrição ativa na Ordem dos Advogados e residentes na área de intervenção do Conselho. Os seus principais objetivos centram-se na promoção do bem-estar psicológico, através do acompanhamento terapêutico em consulta de psicologia clínica e da realização de ações de prevenção e promoção da saúde mental.

O gabinete funciona garante a confidencialidade de todos os que procuram o serviço. Todo o processo, bem como os dados, são única e exclusivamente acedidos pelo psicólogo responsável.

A abordagem é baseada em evidência clínica e científica, para quem procure o apoio psicológico relacionado com desafios de desenvolvimento no ciclo de vida, dificuldades e conflitos em vários contextos (família, trabalho), desafios do foro emocional, gestão do stress, burnout, ansiedade, depressão, perturbações do sono, entre outros.

Como funciona?

Todo o acompanhamento é realizado em formato on-line, pelo que os utentes do serviço necessitarão de um computador com câmara, microfone, bem como um espaço que garanta a sua privacidade.

Após o preenchimento do formulário (https://forms.gle/CMUSw896JB1uvNsN9) com o pedido da 1.ª consulta, será realizada uma sessão para compreender o tipo de ajuda pretendido, avaliar a situação e estabelecer objetivos. Com base na primeira sessão, serão agendadas as próximas consultas. O serviço é integralmente gratuito.

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PJ faz mais de 30 buscas. Isaltino e Câmara de Oeiras e Odivelas entre os visados

A Polícia Judiciária estava a levar a cabo mais de 30 buscas a casas, empresas e às Câmaras Municipais de Oeiras e de Odivelas, avançou a CNN Portugal. Um dos principais visados é Isaltino Morais.

A Polícia Judiciária (PJ) realizou mais de 30 buscas a casas, empresas e às Câmaras Municipais de Oeiras e Odivelas, avançou a CNN Portugal. Um dos principais visados é o atual presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais. Nesta operação estão envolvidos cerca de 100 elementos da PJ.

Em causa estão suspeitas de crimes de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio e prevaricação devido a questões relacionadas com projetos empresariais e imobiliários e de esquemas com “contratações fictícias de prestações de serviços para autarquias, com vista à apropriação ilícita de dinheiros públicos para proveito pessoal e para o financiamento de estruturas do PSD através dos chamados “sacos azuis””, explicou o canal de televisão.

Em comunicado divulgado, a PJ confirma que, no desenvolvimento de uma investigação relativa a “procedimentos de contratação pública realizados por diversas autarquias locais, procedeu à realização de quinze buscas domiciliárias e não domiciliárias, designadamente, em duas Câmaras Municipais, uma Junta de Freguesia, em treze empresas e em nove residências, todas situadas na área Metropolitana de Lisboa”.

“Está em causa uma investigação em que se visa apurar a eventual prática de crime de corrupção ativa e passiva para ato ilícito, de participação económica em negócio e de prevaricação”, pode ler-se ainda na nota, que não especifica quais as autarquias em causa.

Questionada pela agência Lusa, fonte da Câmara Municipal de Oeiras confirmou que foram efetuadas buscas na autarquia, “tendo sido prestado todo o apoio necessário ao bom andamento das mesmas”.

De acordo com a PJ, a operação em curso e as buscas agora realizadas “visam a recolha de elementos indiciários” para esclarecimento de factos que estão a ser alvo de um “inquérito titulado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional de Lisboa – 1.ª Secção, relacionados com contratação de prestação de serviços, contratação de recursos humanos e adjudicações suspeitas”.

Na operação desencadeada pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção, com a colaboração de outras Unidades da PJ, participaram também investigadores, peritos financeiros e informáticos.

De acordo com aquela força policial, após a realização dos competentes exames e intervenção pericial, a investigação irá prosseguir “visando o cabal esclarecimento dos factos que integram o objeto do inquérito, o apuramento da verdade e a célere conclusão da investigação”.

Questionada pela Lusa, fonte da Procuradoria-Geral da República confirmou “apenas a realização de diligências no âmbito de um inquérito dirigido pelo DIAP Regional de Lisboa”. Nesta investigação, o Ministério Público é coadjuvado pela Polícia Judiciária, revela ainda a mesma fonte.

O canal de televisão CNN Portugal referiu que além do presidente de Oeiras, também Rodrigo Gonçalves, membro da comissão política nacional do PSD, é um dos principais alvos desta operação, sendo considerado um angariador de negócios com esquemas ilícitos para as autarquias de Oeiras e Odivelas. Bem como a mulher do membro da comissão política do PSD, estando a decorrer também buscas na Câmara Municipal de Odivelas, onde exerce funções no departamento jurídico.

(Notícia atualizada às 12h12)

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OE: Propostas “não são pedidos de ‘mão estendida”

  • Lusa
  • 8 Novembro 2022

"Estes apoios vão indiretamente fazer crescer tudo aquilo que são impostos pagos em Portugal. E essa é a grande vantagem que nós vemos em não pedir e não ser subsidiodependentes", diz a Visapress

O diretor executivo da Visapress defende à Lusa que as propostas das associações de media e música para o próximo Orçamento “não são pedidos de ‘mão estendida'” e vão “indiretamente” fazer crescer os impostos pagos em Portugal.

A Associação Fonográfica Portuguesa (AFP), a Audiogest – Associação para a Gestão e Distribuição de Direitos, a Associação Portuguesa de Imprensa e a Visapress – Gestão de Conteúdos dos Media propõem, no âmbito do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), a dedução à coleta em sede de IRS das despesas com as subscrições digitais de publicações periódicas e música, com o objetivo de incentivar o mercado digital nos setores da comunicação social e música e apoiar os leitores e ouvintes.

“No caso da imprensa estas medidas revestem uma especial importância”, sublinha Carlos Eugénio.

Isto “porque aquilo que nós conseguimos perceber é que se no caso da música já existe um mercado – ainda que a dimensão do mesmo seja um problema real –, no caso da imprensa não existe esse mercado”, refere.

Ou seja, “falamos muito na migração para o digital, a questão é que o digital neste momento convive com o papel” e “o papel continua ainda a ser quem paga as contas“, prossegue o diretor executivo da Visapress.

“Não temos incentivo para que exista esta migração por parte de quem de direito, neste caso o Estado, e com as medidas que nós propomos, que não são pedidos de ‘mão estendida’, são sim exigências de possibilidade de aceder e de criar um mercado que neste momento não existe e que vai potenciar a sustentabilidade das organizações de imprensa, dos jornais, das revistas a longo prazo”, defende o responsável.

“Estes apoios certamente vão indiretamente fazer crescer tudo aquilo que são impostos pagos em Portugal. E essa é a grande vantagem que nós vemos em não pedir e não ser subsidiodependentes, mas sim apoiados para fazer a economia crescer”, remata Carlos Eugénio.

O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, é ouvido, em sede de debate na especialidade do OE2023, na próxima quarta-feira.

As associações reuniram-se com vários grupos parlamentares para apresentar as suas propostas de políticas públicas para o setor da edição musical e da imprensa com incidência fiscal e orçamental.

As propostas de alteração ao OE2023 têm como data limite de entrega a próxima sexta-feira.

A Visapress é uma entidade sem fins lucrativos, de direito privado, que faz a gestão coletiva do direito de autor, de proprietários e outros titulares de direitos de autor, relativamente a quaisquer obras ou conteúdos jornalísticos publicados em jornais e revistas, independentemente do meio ou do suporte utilizado.

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Mais de 60% dos portugueses deseja uma semana de trabalho de quatro dias

Mais de oito em cada 10 trabalhadores portugueses (86%) gostariam de ver reduzida a duração da sua semana de trabalho, aponta o inquérito "O estado da compensação 2022-23" divulgado esta terça-feira.

Mais de 60% dos trabalhadores deseja uma semana de trabalho de quatro dias, com 23,9% a manifestar interesse numa semana de trabalho de 32 horas, mesmo que isso signifique um corte de salário, segundo os resultados de “O estado da compensação 2022-23”, organizado pela Coverflex.

Mais de oito em cada 10 trabalhadores portugueses (86%) gostariam de ver reduzida a duração da sua semana de trabalho e, 62,1%, se lhe fosse dada essa opção, gostaria de concentrar a semana de trabalho de 40h em quatro dias. Os dados do estudo sobre o futuro do trabalho levado a cabo pela Coverflex, startup que opera na área de benefícios aos trabalhadores, surge num momento em que o Governo discute com os parceiros sociais o futuro piloto sobre a semana de quatro dias que deverá arrancar em 2023. Uma proposta que não tem colhido boa recetividade junto dos representantes das empresas.

Os dados do inquérito – realizado, entre 14 de setembro e 4 de outubro de 2022, junto a 1.438 pessoas, maioritariamente entre os 25 e os 34 anos (46,5%), dos quais 51,1% do sexo feminino, na sua maioria da região de Lisboa (41,7%) – relevam ainda que 23,9% dos trabalhadores estaria disponível a uma jornada de trabalho de 32h, em vez das atuais 40h, mesmo que isso implique uma redução salarial. Apenas 14% dos inquiridos continua a preferir o atual modelo de 40h/cinco dias.

Modelo de trabalho híbrido domina, mas presencial sobe

O modelo híbrido é o regime de trabalho habitual para 47,1% dos inquiridos, com 29,5% a ter um regime presencial e 23,4% em remoto.

“O regime presencial foi o que mais aumentou face aos resultados do ano passado (20,3% em 2021 vs. 29,5% este ano), refletindo o regresso das equipas a uma lógica mais assente na partilha de um espaço físico, num cenário de pós- confinamento e de retorno ao escritório”, pode ler-se no estudo.

Os trabalhadores entre os 55 e os 64 anos são aqueles que mais trabalham em formato presencial e os que menos fazem em regime remoto.

Lisboa é, por sua vez, o distrito com a maior percentagem de trabalhadores em regime híbrido (57,6%) e também aquele com menos percentagem de inquiridos em regime presencial.

A dimensão das empresas também impacta o regime de trabalho. “Mais de quatro em cada 10 colaboradores a trabalhar em equipas de 1 a 10 colaboradores trabalham a partir do escritório da empresa. Esta percentagem vai diminuindo na proporção do aumento da dimensão da equipa. No caso, apenas 26,5% dos trabalhadores em equipas com 500 ou mais colaboradores trabalham a partir do escritório da empresa”, refere o estudo da Coverflex.

Os cerca de 20% que têm, no seu pacote de compensação, um budget para trabalho híbrido ou remoto, a maioria afirma ter um orçamento anual de até 250 euros para o efeito. Apenas 17 participantes neste estudo dizem ter 1.000 euros ou mais de orçamento anual para despesas relacionadas com o trabalho fora do escritório.

Apesar de quase um terço dos inquiridos trabalhar em regime remoto, 76,2% dos participantes diz que a empresa para a qual trabalha não oferece apoio para trabalho fora do escritório. Ainda assim, uma melhoria nesse tipo de ajudas, já que há um ano, 81,4% dos inquiridos referia não receber apoio para o teletrabalho.

“Considerando os cerca de 20% que têm, no seu pacote de compensação, um budget para trabalho híbrido ou remoto, a maioria afirma ter um orçamento anual de até 250 euros para o efeito. Apenas 17 participantes neste estudo dizem ter 1.000 euros ou mais de orçamento anual para despesas relacionadas com o trabalho fora do escritório”, refere o estudo da Coverflex.

O que valorizam os trabalhadores?

Apenas cinco em cada dez colaboradores (54,7%) em Portugal têm benefícios flexíveis nas empresas em que trabalham, com 27,6% a não ter acesso a este tipo de benefícios.

“A maioria dos colaboradores sem acesso a benefícios flexíveis corresponde a trabalhadores com regime laboral presencial (41,8%). Os trabalhadores remotos e em regime híbrido são os que mais vezes têm acesso a benefícios flexíveis (63,7% e 61,5%, respetivamente). O maior desconhecimento sobre o que são benefícios flexíveis verifica-se entre os trabalhadores em formato presencial (21,5% contra 15,6% no formato híbrido e 17% em formato remoto)”, refere a Coverflex.

As mulheres tendencialmente têm menos acesso a benefícios flexíveis nas empresas: 31,7% vs 23,1% dos
homens.

Mais de metade dos participantes no estudo (54,8%) está satisfeita com o seu pacote de compensação (salário, benefícios flexíveis, seguro e cartão refeição).

O valor médio de compensação alocada a benefícios varia entre 0 e 200 euros mensais (em 66,3% dos casos). Apenas 11% dos inquiridos afirma receber mais de 500 euros mensais. Os trabalhadores remotos tendem a receber mais um euro, por mês (€199,65), do que os trabalhadores híbridos (€198,62), e mais 29 euros mensais do que os trabalhadores presenciais (€170,67).

“O valor médio de compensação alocada a benefícios varia entre 0 e 200 euros mensais (em 66,3% dos casos). Apenas 11% dos inquiridos afirma receber mais de 500 euros mensais. Os trabalhadores remotos tendem a receber mais um euro, por mês (€199,65), do que os trabalhadores híbridos (€198,62), e mais 29 euros mensais do que os trabalhadores presenciais (€170,67)”, conclui o estudo da Coverflex.

 

Diversidade: apenas 23% tem estratégia

O género masculino representa mais de 75% ou entre 50 e 75% dos colaboradores das empresas em que trabalham
(18% e 26%, respetivamente), sendo também o género masculino aquele que domina na gestão: em 40,2% dos casos, os homens representam 75% da equipa de liderança.

É nas empresas mais pequenas que mais se acentua a discrepância entre a percentagem de homens na liderança e no total da equipa, ou seja, em empresas mais pequenas existe ainda uma maior desigualdade ao nível das lideranças: em 27,7% das empresas com até 10 colaboradores, e em 31,3% das empresas com entre 26 e 50 colaboradores, os homens representam 75% ou mais da sua constituição”, refere o estudo.

As empresas de menor dimensão são também as que menos revelam ter estratégias de inclusão, sendo que 39,4% das empresas com estratégias de inclusão têm mais de 500 colaboradores. Serviços Financeiros, IT/Desenvolvimento de software e Consultoria e gestão são os setores onde essas estratégias são mais comuns.

“Apenas 23,9% dos participantes afirma trabalhar numa empresa que tenha estratégias de inclusão definidas. Mais de quatro em cada 10 inquiridos diz desconhecer uma estratégia do género na empresa em que trabalha, posição liderada pelas empresas em que o trabalho é presencial (58,5%).”

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Tem mais de 70 anos? “Casa Aberta” para reforço da vacina Covid disponível a partir desta terça-feira

Os cidadãos com 70 ou mais anos de idade podem a partir desta terça-feira receber a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 na modalidade “Casa Aberta”.

A partir desta terça-feira, os cidadãos com 70 ou mais anos de idade podem receber a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 na modalidade “Casa Aberta”, isto é, sem agendamento prévio.

“Estas vacinas têm uma duração relativamente curta, especialmente nas pessoas com mais de 70 anos”, adiantou o coronel Penha Gonçalves, em declarações à RTP3, notando que “há muitas pessoas” nesta faixa etária “que ainda não vieram à vacinação e não devem atrasar este processo”.

Por isso, “hoje [terça-feira] vamos abrir a “Casa Aberta” para as pessoas com mais de 70 anos”, revelou o coordenador da task force da vacinação contra a Covid-19. Apesar de não ser necessário agendamento prévio, as autoridades recomendam recurso às senhas digitais para facilitar a organização deste processo.

Além disso, está ainda disponível a “Casa Aberta” para grupos profissionais prioritários, com recurso a senhas digitais, e para a vacinação e reforço de pessoas entre os 18 e 59 anos e vacinação primária acima dos 12 anos.

A campanha de vacinação sazonal contra a Covid-19 e a gripe arrancou a 9 de setembro, prevê abranger cerca de três milhões de portugueses, num processo que se estima que dure 100 dias. Num ponto de situação sobre o processo, Penha Gonçalves destacou que Portugal está “mais ou menos a dois terços do processo”, havendo “cerca de 1,8 milhão de vacinados” tanto para gripe como para a Covid. “O processo está a decorrer com a velocidade e com o passo como planeámos”, sinalizou.

Na sexta-feira, vai haver uma nova reunião de peritos no Infarmed para fazer um ponto de situação da Covid-19. Aquando deste anúncio, o ministro da Saúde referiu ainda que a interrupção do estado de alerta no início de outubro “não significava” o fim da pandemia.

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Gás natural inverte queda e sobe mais de 6% na Europa

Preços do gás natural estão a subir esta terça-feira, depois de a Comissão Europeia ter levantado dúvidas sobre a eficácia do limite aos preços no controlo da volatilidade, segundo a Bloomberg.

Os preços do gás natural estão a subir na Europa esta terça-feira, invertendo um ciclo de três sessões consecutivas de descidas.

Os futuros para entrega em dezembro chegaram a subir 7,8% durante a manhã. E, pelas 9h30, o benchmark TTF somava 6,27%, para 116,56 euros por MWh (megawatt-hora).

O tempo mais ameno tem mantido alguma pressão sobre os preços do gás natural, mas a incerteza em torno das medidas que estão a ser preparadas pela União Europeia está a puxar pelos futuros do gás esta terça-feira.

Segundo a Bloomberg, a Comissão Europeia sinalizou na segunda-feira que outras medidas podem ser mais eficazes a controlar a volatilidade nos preços do que o limite que tem previsto implementar aos preços do gás.

Ora, os ministros da energia da União Europeia vão discutir o pacote de medidas para fazer face aos preços altos do gás a 24 de novembro. Temem-se, por isso, dificuldades em alcançar um acordo político em torno das medidas.

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Trajetória de redução da dívida não deve ser feita à custa do investimento, diz Breton

  • Lusa e ECO
  • 8 Novembro 2022

Thierry Breton exorta países a reduzir dívida enquanto apostam em defesa e ambiente. Comissário europeu defende também a criação de um instrumento financeiro temporário como na pandemia.

O comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, defende que a redução da dívida “não deve ser feita à custa de investimentos”, exortando os Estados-membros da União Europeia (UE) a esforços de diminuição, enquanto apostam em defesa e ambiente.

“Nesta discussão, teremos de assegurar que a trajetória de redução da dívida não se faça à custa do investimento e da resiliência”, declara Thierry Breton, em entrevista a meios europeus, incluindo a agência Lusa, em Bruxelas.

Um dia antes de a Comissão Europeia apresentar diretrizes para revisão das regras orçamentais da UE, o responsável vinca que “cada país começa com um nível [de investimento e de dívida] diferente, pelo que tudo terá de ser tido em consideração, mas todos, claro, têm de reduzir a divida pública”.

“A ideia seria analisar uma trajetória, uma velocidade média aceitável para [cada país] diminuir a dívida, também tendo em consideração o impacto dos investimentos” realizados em áreas como a segurança, a defesa, a transição energética e a luta contra as alterações climáticas, elenca Thierry Breton.

Para o responsável, é necessário “um ponto de partida que tenha em consideração tudo o que foi feito” de investimentos nestas áreas, que a seu ver poderia beneficiar os Estados-membros que mais têm vindo a apostar nestas áreas prioritárias para a UE.

Embora rejeitando diferenciar os países como “bons ou maus estudantes”, Thierry Breton admite que, “para alguns, será mais fácil porque têm mais espaço orçamental e maior margem de manobra” para reduzir a dívida pública. Ainda assim, insta todos os Estados-membros “a fazerem esforços” para o cumprimento das regras orçamentais, já que “a governação económica não significa abandonar a necessidade absoluta de moderar as despesas”.

“Estamos a todos viver na mesma casa, que é a UE, e todos provavelmente têm de limpar um pouco a casa em frente da sua porta porque, no fim de contas, é do nosso interesse comum” fazer o “trabalho necessário para reduzir a dívida e restaurar a convergência entre os Estados-membros”, adianta Thierry Breton, nesta entrevista à Lusa e outros meios europeus.

A Comissão Europeia apresenta, esta quarta-feira, diretrizes sobre o futuro da governação económica da UE, esperando-se regras orçamentais que prevejam investimentos, mas com regresso às apertadas metas de redução das dívidas públicas, elevadas devido à pandemia.

Por esta altura, as dívidas públicas estão acima do normalmente permitido pelas regras de Bruxelas devido ao impacto das medidas orçamentais de apoio para colmatar as consequências económicas da covid-19, acrescendo, mais recentemente, o peso de programas públicos para enfrentar a crise energética acentuada pela guerra da Ucrânia.

As regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) exigem que a dívida pública dos Estados-membros não supere os 60% do PIB e impõem um défice abaixo da fasquia dos 3%, mas, no contexto da pandemia, a cláusula de escape foi ativada em março de 2020 para permitir aos Estados-membros reagir à crise da covid-19, suspendendo temporariamente tais requisitos. Em maio deste ano, o executivo comunitário considerou que o novo contexto, de tensões geopolíticas e perturbações nos mercados pela guerra da Ucrânia, justificava a manutenção da suspensão temporária das regras do PEC por mais um ano, até final de 2023.

Comissário europeu quer instrumento financeiro temporário como na Covid-19

O comissário europeu do Mercado Interno pede a criação de um instrumento financeiro temporário, com empréstimos em condições favoráveis, para os países da União Europeia (UE) apoiarem famílias e empresas devido à crise energética, como existia na covid-19.

“Recebemos um mandato do Conselho Europeu para mobilização de instrumentos pertinentes para proteger as famílias e as empresas, em especial os mais vulneráveis, e, por isso, estamos a trabalhar agora para a criação desse instrumento”, afirma Thierry Breton, em entrevista à agência Lusa e outros meios europeus, em Bruxelas.

Para o responsável, este poderia ser “uma espécie de SURE 2.0”, numa alusão ao mecanismo europeu temporário, baseado em empréstimos em condições favoráveis, que foi adotado durante a pandemia, modelo que a seu ver poderia ser novamente usado para os países da UE apoiarem famílias e empresas devido à crise energética, acentuada pela guerra da Ucrânia.

Tal instrumento financeiro temporário funcionaria para “assegurar um certo nível” de condições de mercado e também “evitar discrepâncias entre os Estados-membros”, sendo um “bom incentivo político”, justifica Thierry Breton.

Questionado sobre o porquê de se avançar com um instrumento financeiro temporário em vez de um novo fundo europeu, o comissário europeu aponta que, para esse mecanismo provisório, se “poderia avançar já, no imediato”, enquanto um pacote com verbas comunitárias “demoraria um ano em média”.

“A ideia seria agir rapidamente e creio que precisamos mesmo de agir rapidamente porque é agora que as empresas estão a tomar decisões e não daqui a seis meses”, nomeadamente sobre eventuais saídas de empresas da UE para os Estados Unidos, aponta Thierry Breton.

Admitindo estar “muito preocupado” com esses cenários de deslocalizações, o responsável realça que “há mais impactos em setores específicos” pressionados pelos custos energéticos, como o do alumínio e o das empresas químicas, pelo que tais saídas “iriam criar um enorme problema em termos de competitividade e produtividade” no bloco comunitário.

Anunciado em abril de 2020 devido à pandemia, este instrumento financeiro temporário SURE estipulou um total de 100 mil milhões de euros para os 27 Estados-membros apoiarem as empresas e os trabalhadores por conta própria a manterem os empregos e os rendimentos, funcionando como um esquema de desemprego temporário (através da redução do horário laboral) para, assim, salvaguardar os postos de trabalho.

Dados de Bruxelas revelam que a UE concedeu 91,8 mil milhões de euros aos países em empréstimos ‘back-to-back’, financiamento que permitiu à Comissão Europeia emitir obrigações e transferir as receitas diretamente para o país beneficiário nas mesmas condições que recebeu (em termos de taxa de juro e maturidade).

Dezanove Estados-membros da UE pediram para beneficiar do regime e, em 2020, este instrumento de apoio temporário para atenuar os riscos de desemprego numa situação de emergência permitiu apoiar 31,5 milhões de pessoas e 2,5 milhões de empresas. Já em 2021, o SURE possibilitou a manutenção de postos de trabalho de mais de nove milhões de pessoas e 800 mil empresas.

O instrumento SURE foi criado para proteger os empregos, como parte da resposta da UE à crise da covid-19 e, para o financiar, a Comissão Europeia disponibilizou-se a emitir até 100 mil milhões de euros de obrigações sociais, transformando o executivo comunitário — em nome da UE — no maior emissor de obrigações sociais do mundo.

A posição de Thierry Breton surge depois de terem surgido críticas na UE à nova ‘bazuca’ da Alemanha, um pacote 200 mil milhões de euros em ajudas às famílias e empresas alemãs para lidarem com os elevados preços da energia, por se tratar de um apoio avultado que coloca os restantes países em desvantagem, nomeadamente os com economias mais vulneráveis. Face a tal medida, alguns responsáveis europeus vieram defender um instrumento europeu como o SURE.

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Taikai inaugura espaço de coworking para comunidade de web3 no Porto

O objetivo é que o espaço seja partilhado por várias empresas nacionais e internacionais de web3 localizadas no Porto.

A startup portuguesa Taikai, juntamente com a WorkIn, abre esta terça-feira em Matosinhos as portas do DeHouse, um novo hub especializado em desenvolvimento para empresas nacionais e internacionais da indústria de web3 no Porto. O espaço vai ser partilhado, numa fase inicial, por 40 pessoas.

“A abertura do DeHouse é um marco importante para nós, pois já fazia parte da visão da Taikai há bastante tempo. Hoje, cumprimos esse objetivo e contamos com um parceiro experiente, a WorkIn, bem como um espaço fantástico com uma excelente localização e condições ideais para suportar até 40 pessoas numa fase inicial”, afirma Mário Alves, CEO e
cofundador da Taikai.

“O hub vai abrir para 40 pessoas. O objetivo é ser um espaço partilhado para várias empresas nacionais e internacionais de web3 localizadas no Porto”, adianta o líder da startup que conecta empresas e desenvolvedores através das suas ferramentas de hackathons e bounties, facilitando assim o processo de onboarding na web3 e abrindo caminho para o futuro do trabalho.

Localizado no pulmão do Porto, no Edifício Transparente, o DeHouse pretende ser a principal referência em Portugal para empresas da indústria de web3, já que o seu foco é agregar esta comunidade num espaço de coworking único em Portugal.

“O nosso país é cada vez mais um polo de referência internacional para o desenvolvimento descentralizado. O DeHouse pretende ser um espaço pioneiro em Portugal para colmatar a ausência de espaços físicos que conectem projetos cripto e blockchain com a crescente comunidade. Ao mesmo tempo, pretendemos dinamizar a economia local e colocar o Porto como destino de eleição para trabalhar remotamente”, explica Tiago Carvalho Araújo, CEO e cofundador da WorkIn Porto.

Com um total de 1.800 metros quadrados, o espaço de coworking conta com salas de reunião, espaços de trabalho comum e individuais e espaço para refeições.

Os interessados podem inscrever-se na DeHouse da Taikai através deste link.

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Bruxelas apresenta na quarta-feira orientações para revisão das regras orçamentais da UE

  • Lusa
  • 8 Novembro 2022

Nas diretrizes sobre as novas regras orçamentais, será tida em conta a “necessidade de investir em áreas como a segurança, a defesa, a transição energética e a luta contra as alterações climáticas".

A Comissão Europeia apresenta, esta quarta-feira, diretrizes sobre o futuro da governação económica da União Europeia (UE), esperando-se regras orçamentais que prevejam investimentos, mas com regresso às apertadas metas de redução das dívidas públicas, elevadas devido à pandemia.

Fontes europeias indicaram à agência Lusa que esta será a “primeira orientação desta reforma da governação económica” que será feita na UE, seguindo-se depois um debate para a retoma das regras orçamentais – em vigor há quase 30 anos e apenas agora suspensas temporariamente – a partir de 2024.

Segundo as mesmas fontes, na proposta que o executivo comunitário apresenta na quarta-feira estará assente que os Estados-membros devem “trabalhar para a sustentabilidade da dívida”, fazendo desde logo “esforços para a reduzir”.

Por esta altura, as dívidas públicas estão acima do normalmente permitido pelas regras de Bruxelas devido ao impacto das medidas orçamentais de apoio para colmatar as consequências económicas da covid-19, acrescendo, mais recentemente, o peso de programas públicos para enfrentar a crise energética acentuada pela guerra da Ucrânia.

Ainda assim, nas diretrizes sobre as novas regras orçamentais, será tida em conta a “necessidade de investir em áreas como a segurança, a defesa, a transição energética e a luta contra as alterações climáticas”, adiantaram as fontes comunitárias.

As regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) exigem que a dívida pública dos Estados-membros não supere os 60% do PIB e impõem um défice abaixo da fasquia dos 3%, mas, no contexto da pandemia, a cláusula de escape foi ativada em março de 2020 para permitir aos Estados-membros reagir à crise da covid-19, suspendendo temporariamente tais requisitos.

Em maio deste ano, o executivo comunitário considerou que o novo contexto, de tensões geopolíticas e perturbações nos mercados pela guerra da Ucrânia, justificava a manutenção da suspensão temporária das regras do PEC por mais um ano, até final de 2023.

O comissário europeu da economia, Paolo Gentiloni, já veio sugerir em setembro passado que os países pudessem elaborar planos plurianuais e ter mais flexibilidade na redução da dívida se se empenhassem em realizar reformas ou investimentos, como no caso dos Planos de Recuperação e Resiliência.

Também em setembro, no debate sobre o Estado da União, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu “mais flexibilidade nas trajetórias de redução da dívida” dos Estados-membros, nas novas regras orçamentais, perante a “nova realidade” de maior dívida pública.

No final de outubro, o Conselho Orçamental Europeu, organismo consultivo independente da Comissão Europeia, propôs uma “reforma abrangente da governação económica”, sugerindo um período de três a cinco anos para Estados-membros mais endividados reduzirem dívida pública na União Europeia.

Já no início deste mês, especialistas do Mecanismo Europeu de Estabilidade, fundo de resgate da zona euro, defenderam que a revisão em curso das regras orçamentais da UE é “oportuna” para criar um instrumento permanente de estabilização perante crises.

Na reforma das regras orçamentais, a Comissão Europeia deverá então ser favorável à existência de um indicador baseado na despesa pública, em conformidade com as recomendações destes e outros organismos.

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