Líder da Associação Sindical dos Juízes pede combate ao “populismo justicialista”

  • Lusa
  • 10 Novembro 2022

Manuel Soares defendeu que é preciso “combater todas as formas de desvirtuamento da justiça”, para que as instituições não fiquem ao serviço do “populismo justicialista”.

O presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses, Manuel Soares, defendeu esta quinta-feira que é preciso “combater todas as formas de desvirtuamento da justiça”, para que as instituições não fiquem ao serviço do “populismo justicialista”.

Com o mesmo vigor com que exigimos regras mais eficazes para o combate à corrupção, temos de ser capazes de combater todas as formas de desvirtuamento de justiça, que queiram transformá-la numa entidade qualquer militante ao serviço do populismo justicialista”, declarou. O líder da Associação Sindical dos Juízes falava esta quinta-feira no Teatro Micaelense, em Ponta Delgada, na sessão de abertura da sexta edição das Jornadas Açorianas de Direito.

Manuel Soares reforçou que a justiça “não pode atuar a reboque” daqueles que “veem um corrupto em cada esquina do poder político”. “Numa democracia saudável, a eficácia do combate à corrupção é essencial, mas igualmente essencial é que esse combate seja justo e se faça no rigoroso cumprimento do Estado de Direito”, avisou.

O representante dos juízes portugueses alertou que as políticas de combate à corrupção devem abranger todos os setores da sociedade e não apenas o poder político.

“Não podemos ter, nem temos, uma visão moralista sobre a necessidade de políticas anticorrupção direcionadas para a classe política. Como se do lado da justiça fosse tudo puro, e, do outro lado, da política e dos negócios, fosse tudo injurioso”, afirmou. E prosseguiu: “Se há verdade dolorosa com que fomos confrontados recentemente é que também pode haver corrupção na justiça. E talvez pior ainda é que os órgãos que deviam cuidar disso com mais apego não parecem, às vezes, muito interessados em fazê-lo”.

Manuel Soares criticou o Conselho Superior de Magistratura que “demorou mais de um ano a aprovar um regulamento mal feito” e que “não previa sequer a fiscalização das declaraçõesdos juízes.

O presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses defendeu ainda que é “normal, saudável e legítimo” os juízes terem intervenção pública, rejeitando que tal signifique uma “violação do principio da separação de poderes”.

“Descansem, pois, os saudosistas do tempo em que os juízes não levantavam a cabeça dos processos e estavam ausentes do espaço público de discussão”, vincou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Descida nas comissões? Banca garante que preçários não vão acompanhar inflação

Banca afasta descida nas comissões, mas asseguram que não vão aumentar tanta como a inflação no próximo ano. Já os juros dos depósitos vão aumentar "a seu tempo".

Nos últimos anos, os bancos aumentaram as comissões, numa altura em que a baixa dos juros pressionava a margem. Agora, com a subida das taxas, as comissões vão descer? Os banqueiros afastam uma descida no preçário, dizendo antes que não vão acompanhar a subida geral dos preços no próximo ano.

“As comissões têm de remunerar os investimentos que os bancos fazem na tecnologia. Os serviços têm de ter a remuneração adequada”, apontou Luís Ribeiro, administrador do Novobanco na Money Conference, organizada pelo Diário de Notícias, Dinheiro Vivo e TSF.

“Temos com uma inflação acima de 10%. Os preçários dos bancos não vão evoluir no mesmo sentido”, assegurou ainda o responsável do Novobanco.

A intervenção do CEO do BCP foi no mesmo sentido. “Não vejo racional para a comissões descerem, desde que o cliente percecione que o serviço gera valor”, afirmou Miguel Maya, assegurando antes que “não vai acompanhar a inflação em termos gerais”. “Não haverá um crescimento relevante”, frisou.

Juros dos depósitos vão subir “a seu tempo”

Em relação aos juros dos depósitos, os bancos portugueses ainda resistem a subir as taxas de remuneração das poupanças, mas o cenário irá inverter-se “a seu tempo e no momento oportuno”, declarou João Pedro Oliveira e Costa, presidente do BPI.

“Com certeza que havemos de remunerar”, garantiu o líder do BPI. Contudo, “estamos a falar de muitíssimo pouco, o valor será pouco relevante”, sublinhou.

Pedro Leitão, presidente do Banco Montepio, lembrou que os depósitos são a grande fonte de financiamento dos bancos e que, nessa medida, “não há ninguém mais interessado do que os bancos” em assegurar remunerações “competitivas e sólidas”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empresários do Porto veem “oportunidade desperdiçada” no PRR

"Perante uma oportunidade desperdiçada, terão de ser, uma vez mais, os industriais a dar testemunho da sua resiliência e capacidade de adaptação", diz o presidente da Associação Comercial do Porto.

O presidente da Associação Comercial do Porto (ACP), Nuno Botelho, criticou esta quinta-feira o Governo liderado por António Costa por ter desperdiçado o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), ao não utilizar este instrumento “como meio de transformação da economia”, à semelhança do que outros países estão a fazer.

Em Portugal serviu, sobretudo, para que o Estado alavancasse despesa e fizesse o investimento público que não tem capacidade de fazer pela via orçamental“, denunciou Nuno Botelho, durante a abertura da conferência “Que indústria de futuro queremos para Portugal?”, organizada pelo ECO, que juntou dezenas de empresários na Alfândega do Porto.

O líder da ACP admitiu estar desiludido com a forma como o Estado está a a gerir a chamada bazuca europeia. Devo partilhar a minha desilusão — partilhada por muitos empresários — com o PRR”, afirmou. “Um instrumento que outros países europeus, como a nossa vizinha Espanha, estão a utilizar como meio de transformação da sua economia, mas que em Portugal serviu sobretudo para que o Estado alavancasse despesa e fizesse o investimento público que não tem capacidade de fazer pela via orçamental”, criticou.

Para Nuno Botelho, “perante uma oportunidade desperdiçada, terão de ser, uma vez mais, os industriais portugueses a dar testemunho da sua resiliência e da sua capacidade de adaptação e mudança, mostrando que o país deve seguir”.

Perante uma oportunidade desperdiçada, terão de ser, uma vez mais, os industriais portugueses a dar testemunho da sua resiliência e da sua capacidade de adaptação e mudança, mostrando que o país deve seguir.

Nuno Botelho

Presidente da Associação Comercial do Porto

Por outro lado, Portugal deve aproveitar o facto de haver “uma vontade política na Europa para reforçar o peso na indústria na economia, diminuir o volume de importações, reduzir o risco das dependências externas e das tensões geopolíticas“. O país tem como trunfos as boas condições geográficas — sobretudo no corredor marítimo transatlântico –, logísticas, técnicas, humanas e sociais, elencou. Mais, reiterou: “Em nada ficamos a dever, nessas características, a outros países do espaço europeu onde a componente industrial no PIB é francamente superior à nossa”.

Nuno Botelho defendeu ainda a otimização no perfil de especialização do tecido produtivo português como “o caminho a seguir e aquele que melhor se enquadra nos objetivos definidos pela Comissão Europeia em termos de reindustrialização do espaço comum, de transição para um modelo de economia verde e de transformação digital dos negócios”.

Nuno Botelho, presidente da Associação Comercial do PortoHugo Amaral / ECO

Uma forma de estar na dianteira e de alavancar Portugal pode passar por “escolher os projetos mais diferenciadores e onde temos mais vantagens comparativas”. Para o presidente da ACP é importante “assumir que Portugal não pode competir em mão de obra intensiva, mas pode crescer em setores de alto valor acrescentado, em processos de automação e de digitalização, em ID e em projetos com as nossas universidades cada vez mais capacitadas e mais bem cotadas nos rankings internacionais”.

Ainda assim, o responsável destacou os “sinais de evolução” registados na atividade industrial, “fruto de uma melhor capacitação dos chamados setores tradicionais, mas sobretudo do nível de diferenciação tecnológica cada vez mais significativo” em setores como o automóvel e seus componentes. Além da eletrónica, farmacêutica, biotecnologia, energia e engenharia de materiais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Resíduos têxteis de empresas de Vouzela vão ganhar nova vida

  • Lusa
  • 10 Novembro 2022

Resíduos têxteis de empresas de Vouzela vão ganhar nova vida com o projeto de economia circular "by.Vouzela". Serão criados produtos de ecodesign na linha da sustentabilidade.

Resíduos têxteis de duas empresas de Vouzela vão ganhar nova vida, no âmbito de um projeto de economia circular, através do qual a Câmara Municipal local quer criar produtos de ecodesign e proporcionar uma receita extra aos munícipes. O projeto conta com uma verba de 15 mil euros, resultante dos Prémios Caixa Social 2022.

“No setor têxtil, as empresas têm muitos sobrantes, material que, se não fosse reutilizado no âmbito desta iniciativa, teria de ser levado para um aterro ou para incinerar”, explicou à agência Lusa o presidente da Câmara Municipal de Vouzela, Rui Ladeira.

O autarca daquele concelho do distrito de Viseu disse que, de imediato, começará a formação que permitirá colocar a funcionar uma oficina de costura na comunidade, provisoriamente na Associação Cultural e Recreativa de Cambra (futuramente passará para a antiga escola primária de Cambra, que vai entrar em obras).

Intitulado “by.Vouzela”, este projeto – que foi esta quinta-feira apresentado publicamente – envolve a autarquia, a associação de promoção Vouzelar, a União de Freguesias de Cambra e Carvalhal de Vermilhas, a Associação Cultural e Recreativa de Cambra, as empresas Faurecia e Brintons, a Escola Profissional de Vouzela, a Universidade da Beira Interior e a Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos.

Rui Ladeira explicou que a ideia é “dar uma nova vida aos resíduos que não são utilizados por estas duas indústrias” que estão instaladas no concelho. “Com isto, queremos fazer um modelo social colaborativo, com matéria-prima e talento local”, criando um negócio com a marca “by.Vouzela”, acrescentou.

Segundo o autarca, este é um projeto “que encaixa na estratégia da sustentabilidade” em que o município está focado. “Mais importante do que dizer que queremos alinhar nesta estratégia, é ter projetos que venham a cumprir esse desígnio: a reciclagem, o uso e a transformação”, frisou.

Rui Ladeira referiu que qualquer pessoa poderá trabalhar na oficina, desde que integre “um plano de formação, de regras e de boas práticas” e que assuma compromissos, porque o projeto tem associada a marca “by.Vouzela”. As peças finais, criadas com o apoio de designers, serão depois colocadas à venda, gerando “um complemento financeiro para quem integre este projeto”.

De acordo com o autarca, o objetivo é o de, “com este processo de valorização do produto, criar economia local, colaborativa e social para quem precisa”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Abreu Advogados reforça área de Projetos & Financiamento Estruturado com integração de uma nova equipa

Bruno Azevedo Rodrigues integra a Abreu Advogados enquanto sócio, João Lupi e Rui Ferreira de Almeida, enquanto associados sénior, e Ashick Hussein Remetula, como associado.

A Abreu Advogados reforçou a área de Projetos & Financiamento Estruturado com integração de uma nova equipa. Bruno Azevedo Rodrigues integra o escritório enquanto sócio, João Lupi e Rui Ferreira de Almeida, enquanto associados seniores, e Ashick Hussein Remetula, como associado. Os quatro advogados transitam da TELLES.

“A equipa dedica-se à assessoria estratégica e multidisciplinar – do financiamento, estabelecimento joint-ventures e outros acordos de fusão ou cooperação e codesenvolvimento, ao aconselhamento regulatório e eventuais resoluções de litígios – em projetos complexos e de especial envergadura, nomeadamente no desenvolvimento de infraestruturas de alto perfil em várias jurisdições, com destaque para os setores de transportes, energia e saúde”, refere o escritório.

Bruno Azevedo Rodrigues possui cerca de 25 anos de experiência e transita TELLES, onde coordenava a área de Financeiro, Projetos e Mercados de Capitais e co-coordenava a área de Energia e Recursos Naturais. Do seu percurso fazem também parte escritórios internacionais, como a DLA Piper e a Miranda, sendo ainda o assessor jurídico da direção da Associação Portuguesa de Energias Renováveis e do conselho de administração da ENERSIS (Babcock Group).

“O Bruno Azevedo Rodrigues é um advogado com um curriculum e experiência que falam por si. É uma referência no mercado para os clientes e para os seus pares. A sua competência tem sido repetidamente refletida em rankings e diretórios, que sublinham o seu percurso e experiência na condução e acompanhamento de grandes projetos. O Bruno acrescenta valor a uma área-chave para a Abreu, crucial para muitos dos nossos clientes e em vários mercados. Estamos muito agradados por poder anunciar este reforço aos nossos clientes e parceiros”, refere Inês Sequeira Mendes, managing partner da Abreu Advogados.

Bruno Azevedo Rodrigues admite que está “muito satisfeito” por integrar a Abreu Advogados e acredita que o escritório dispõe de uma equipa e posicionamento no mercado que são ummatch perfeito com o perfil e necessidades” dos seus clientes.

“Os projetos e as operações de project finance continuam com um grande dinamismo, até como resposta das economias ao pós-Covid, uma trajetória que creio se manterá. É com grande alegria e entusiasmo que poderei oferecer o meu contributo para reforçar uma área onde a sociedade é já um player relevante, e de desenvolver e fortalecer relações estratégicas e de grande proximidade com os clientes. A minha integração é facilitada pelo alinhamento que tenho com os restantes sócios quanto à ambição, ao espírito humanista, empreendedor e orientado para a inovação que devem nortear a nossa ação conjunta“, sublinhou o advogado.

Outro dos reforços do escritório foi João Lupi. O advogado foi assessor jurídico e depois diretor-adjunto no grupo financeiro BDK. Tem-se destacado no trabalho realizado no aconselhamento e apoio jurídico estratégico na área de Projetos, Energia e Recursos Naturais, mas também em Finanças, M&A e Mercados de Capitais, junto de empresas líderes nas suas áreas de atividade, entidades financeiras e autoridades públicas, em vários tipos de transações e numa vasta gama de mercados e produtos, tanto do ponto de vista transacional como regulamentar.

Rui Ferreira de Almeida foi técnico especialista do Gabinete do Secretário de Estado Adjunto e da Energia do XXII Governo Constitucional, onde acompanhou de perto os setores energético e mineiro em matérias respeitantes aos mercados nacional e europeu. Tem desenvolvido a sua atividade no acompanhamento a temas de especial relevância no panorama internacional como são, entre outros, o setor das energias renováveis, o hidrogénio, os gases de origem renovável e projetos Power-to-X.

Por fim, Ashick Hussein Remetula, é licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa, tendo depois concluído a pós-graduação em Corporate Finance e Direito Aéreo pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Antes do Direito, frequentou a licenciatura em Gestão da Universidade Católica Portuguesa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fundo Atena compra Science4you e lidera injeção de 11 milhões na empresa

A sociedade de capital de risco comprou uma participação maioritária na Science4you e vai liderar uma injeção de 11 milhões de euros na empresa de brinquedos científicos para crianças.

A Atena Equity Partners, através do fundo Atena II, comprou uma participação maioritária na empresa de brinquedos científicos Science4you. A sociedade gestora de private equity vai ainda liderar uma injeção de capital de 11 milhões de euros na empresa.

Sem referir o valor do negócio, a sociedade de capital de risco destaca que o investimento vai permitir “reforçar a solidez e contribuir para o desenvolvimento da empresa, cuja estratégia prevê o cimentar da posição de destaque na Península Ibérica”, bem como reforçar a “presença no canal online a nível global, ao mesmo tempo que prossegue a aposta na inovação e desenvolvimento de novos produtos”, adianta em comunicado.

“Para apoiar este desenvolvimento estratégico da Science4you, a empresa vai beneficiar de uma capitalização de 11 milhões de euros da empresa, liderada pela própria Atena”, acrescenta a nota.

A Science4you, empresa portuguesa que produz e comercializa brinquedos científicos e educativos para crianças, emprega mais de 100 pessoas e tem uma faturação anual de cerca de dez milhões de euros. Está presente em mais de 45 países, entre os quais Espanha, Alemanha, Reino Unido e França, e exporta 70% das suas vendas.

Já o Fundo Atena II fez nos últimos dois anos seis aquisições, onde se inclui o Hospital Particular de Almada e a empresa têxtil Quinta & Santos – Score, especialista em acabamentos, nomeadamente para o segmento de luxo.

Citado em comunicado, João Rodrigo Santos, founding partner da Atena Equity Partners, realça que a “Science4you é uma empresa única em Portugal, com produtos diferenciados que lhes oferecem vantagens competitivas a nível nacional e internacional” e sublinha que o objetivo é “solidificar a empresa, potenciar a sua equipa de desenvolvimento de produto e apoiar o seu crescimento“.

Miguel Pina Martins, fundador da Science4you, que continuará na gestão da empresa, salienta que a “entrada da Atena Equity Partners é uma ótima notícia”, dado que permite à empresa de brinquedos científicos “capitalizar o valor distintivo” da oferta de produtos.

Além da forte capacidade financeira, conta com uma equipa especializada que será uma enorme mais-valia na expansão da companhia, tanto em Portugal como a nível internacional, e na exploração e potenciação de novos canais de crescimento”, conclui o CEO.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Montenegro admite aproveitar “reflexões” de Rio e Passos Coelho na revisão constitucional

O PSD reúne esta quinta-feira o Conselho Nacional com o projeto de revisão constitucional na agenda. Montenegro assume-se "tranquilo" e confiante com os "dois terços" necessários.

O líder do PSD, Luís Montenegro, afirmou em declarações à comunicação social que vai aproveitar muitas das reflexões feitas à volta da Constituição da República Portuguesa por anteriores lideranças, incluindo a de Rui Rio e Pedro Passos Coelho. Mas estas serão “adaptadas” ao seu “pensamento” e “perspetivas”. Montenegro mostrou-se “confiante” e “tranquilo” com o processo e curso.

“Estive em vários processos de revisão constitucional. Este, do ponto de vista da sua tramitação interna e dos seus mecanismos de participação, não fica nada a dever” aos anteriores, frisou em declarações transmitidas pela Sic Notícias. “Pelo contrário, está a ir mais longe do que é costume até do ponto de vista interno do PSD”, referiu.

Face ao pouco que se sabe sobre o projeto, Luís Montenegro apenas sublinhou que se soubesse “muita coisa” isso significava que se estava a “desvalorizar a participação das pessoas”. “Não se sabe tudo, porque não se fechou ainda o processo. Ainda estamos a ouvir e estamos a valorizar as audições que estamos a fazer”, garantiu.

Entre os princípios fundamentais do projeto que avançou foram a preocupação intergeracional, preocupação em terem regras de funcionamento do sistema político “mais aprimoradas”, que reforcem a transparência e a independência de algumas instituições, e o aprofundamento das autonomias regionais.

“Aquilo que me enche de satisfação é que desde que o PSD vai mostrando a sua atividade e outros partidos, nomeadamente o PS, vêm no encalço do que são as nossas prioridades e atividades. Portanto fico muito satisfeito que o PS também vá apresentar um projeto de revisão constitucional. Creio que se podem criar condições para haver um entendimento que em algumas matérias possam consumar-se com o apoio de mais de dois terços dos deputados e portanto possa haver uma revisão constitucional”, disse.

Esta quinta-feira, o PSD reúne o seu Conselho Nacional, em Lisboa, com a “análise da situação política” e o “projeto de revisão constitucional” na agenda da reunião. As dúvidas recaiam sobre se a proposta do PSD vai aproveitar, ou não, alguns dos pontos da proposta alargada de revisão da Constituição de Rui Rio, o antecessor de Luís Montenegro na liderança dos social-democratas. Ou se, uma vez que já fez saber que vai dialogar com o PS nesta matéria, vai querer apenas incluir os pontos que os socialistas querem alterar no texto fundamental. Ou seja: alterações relativamente aos metadados e a questões relacionadas com possíveis novos confinamentos.

A anterior direção do PSD apresentou publicamente um projeto de revisão da Constituição em setembro do ano passado, mas que que não chegou a ser entregue no Parlamento devido à dissolução da Assembleia da República e à campanha interna para a presidência do partido. E logo nessa altura Luís Montenegro fez saber que não concordava que Rui Rio entregasse o seu projeto de revisão constitucional.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Questões sobre privatização da TAP “devem começar a preocupar os portugueses”, diz presidente do CFP

A presidente do Conselho das Finanças Públicas defende que é "importante ver em que condições a venda se vai materializar e o impacto que possa ter para os contribuintes".

Existem ainda muitas dúvidas sobre a TAP, nomeadamente a privatização que deverá avançar, que preocupam a presidente do Conselho das Finanças Públicas e que deveriam “começar a preocupar os portugueses”. Nazaré Costa Cabral alertou que é necessário perceber os impactos que a eventual venda poderá ter para os contribuintes.

A TAP foi um dos elementos que o CFP considerou como um risco orçamental, por não existir muita informação disponível por parte do Governo. “Não temos informação adicional, não sabemos detalhes do que se pretende fazer em termos de conclusão do processo de reestruturação na TAP nem o que se pretende fazer em termos de privatização“, salientou a presidente do CFP numa audição no Parlamento.

Na situação da companhia área, o preço da venda e em que condições esta poderá acontecer “são questões que devem começar a preocupar os portugueses”, reitera Nazaré Costa Cabral. Isto já que a “empresa tem um passivo muito grande, tem dívida financeira e alguma dela vai vencer no próximo ano”, sendo que é “importante ver em que condições a venda se vai materializar e o impacto que possa ter para os contribuintes”.

O Governo ainda não adiantou muitos detalhes sobre uma eventual privatização da TAP, sendo que não está previsto um impacto orçamental associado a esse processo na proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano.

A presidente do CFP falou também sobre o Novobanco, outro risco identificado pela falta de referência no Orçamento. “Ainda temos a utilização do Mecanismo de Capital Contingente, que tem remanescente que poder ser utilizado, mas isso em função da situação financeira”, apontou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ainda na “pré-história”, fábricas têm de acelerar aposta digital

Indústria portuguesa procura aderir à transformação digital para competir a nível internacional. Parcerias são fundamentais para que esta mudança seja acessível para todas as empresas.

Debate sobre a transformação digital na indústria, moderada por André Veríssimo, com a participação de José Manuel Elias (CIN), João Ricardo Moreira (NOS), Rui Veloso (Microsoft) e Paulo Morgado (Antas da Cunha)Hugo Amaral / ECO

“Para ver o seu grau de avanço, a empresa tem de perguntar o que aprendeu hoje com as máquinas.” Paulo Morgado, sócio da sociedade de advogados Antas da Cunha, deu o mote para o debate sobre os facilitadores da transformação digital no primeiro painel da Fábrica 2030, conferência do ECO que decorre esta quinta-feira na Alfândega do Porto. Mas Portugal ainda está na “pré-história da transformação digital”, nota o ex-presidente da Capgemini para o mercado ibérico.

“Estamos muito abaixo do potencial da indústria. Há alguns anos fizeram-se algumas experiências, há experiência e conhecimento acumulado sobre a matéria, mas há muitos projetos-piloto que estão condenados a não resistir às provas de resiliência a que têm de estar sujeitos em caso de massificação”, atira João Ricardo Moreira, administrador da NOS. E a indústria portuguesa tem mesmo de se tornar numa velocista. “Há sentido de urgência em Portugal, o que pode acelerar a transformação”, acrescenta o gestor.

João Ricardo Moreira, administrador da NOSHugo Amaral / ECO

O administrador da empresa de telecomunicações detida pela Sonae assinala que “a maior parte das empresas industriais não tem capacidade”, de forma autónoma, “para promoverem investigação e desenvolvimento”. A solução deverá passar por “redes de soluções” porque ” as empresas beneficiam quando há uma referência”, aconselha João Ricardo Moreira.

Mantendo a toada velocista, “a evolução do produto vai passar por termos capacidades e as pessoas para nos adaptarmos rapidamente, para tomarmos ações”, considera Rui Veloso, especialista principal na área de solução da Microsoft. O responsável da gigante tecnológica atenta que uma das mudanças da 4.ª Revolução Industrial tem a ver com a entrega das soluções.

Rui Veloso, especialista da MicrosoftHugo Amaral / ECO

“No passado, uma empresa tinha de comprar a tecnologia à cabeça. Agora, temos modelos de adoção e libertamos a solução ao longo do tempo. Há menos desperdício [e] os clientes vão adotando e pagando a tecnologia à medida do tempo”, tornando a despesa menos dolorosa para a tesouraria, salienta Rui Veloso, gestor da Microsoft em Portugal.

Fim dos stocks?

Machine learning, robótica e linguagem natural são três elementos fundamentais para que as empresas possam transformar-se e aderir a esta revolução tecnológica. Dentro de uma fábrica, a transformação será visível apenas graças ao uso da tecnologia 5G, segundo o administrador da NOS. “Em fábrica, não é possível, de forma consciente, usar o wi-fi [rede sem fios] para substituir as comunicações todas. Daí o 5G ser tão necessário para conseguir lidar com todos estes dados”, prevê João Ricardo Moreira.

Rui Veloso, da Microsoft, aponta que “a cloud está a vir para a indústria e para a inovação”. Mas tecnologia não chega. “As pessoas são o motor da 4.ª Revolução Industrial. O que mais interessa é a parte cultural, de melhoria das qualificações, de termos pessoas digitalmente nativas”, proclama José Manuel Elias, responsável tecnológico da CIN.

José Manuel Elias, diretor de tecnologia da CINHugo Amaral / ECO

Para o porta-voz da líder ibérica de produção e tintas e vernizes, “é preciso usar a tecnologia que faz sentido”, com equipamentos que “sejam tecnologicamente evoluídos e sensorizados” e que tenham consumo energético “o mais eficiente possível para garantir que não há um curto-circuito nas contas”.

Graças ao processo de modernização, antecipa José Manuel Elias, “em 2030 vamos produzir em função do que vai ser consumido no momento e não vai ser necessário ter stocks“. A transformação, nesta altura, não será apenas digital, mas na forma como as empresas vão vender aos consumidores e como gerem a sua estrutura de faturação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Altice Portugal sobe receitas em 14,5% até setembro. Mantém “disciplina de controlo dos custos”

As receitas da Altice Portugal cresceram 14,5% entre janeiro e setembro, face ao período homólogo, ao mesmo tempo que a dona da Meo mantém "disciplina de controlo dos custos".

A Altice Portugal publicou os dados financeiros do trimestre mais recente, mostrando “crescimento em todos os segmentos e linhas de negócio” e “disciplina de controlo dos custos operacionais”, informou a empresa.

O grupo que controla a Meo viu o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) crescer 7,6% entre janeiro e setembro, face aos mesmos nove meses de 2021, para 687,9 milhões de euros, revela em comunicado. Enquanto isso, as receitas no período subiram 14,5%, para 1.934,7 milhões.

Olhando apenas para o desempenho financeiro no terceiro trimestre, as receitas da Altice Portugal cresceram 15,4%, para 680,5 milhões, um montante que conta com o contributo positivo da Unisono, empresa que foi adquirida em agosto de 2021. Excluindo este efeito, as receitas teriam crescido, ainda assim, 13,2%.

Já o EBITDA trimestral melhorou 5,4%, para 233,6 milhões. “A performance do EBITDA decorre do crescimento contínuo da base de clientes de serviços fixos e móveis, em ambos os segmentos, da diversificação do portefólio, da inovação tecnológica no leque de oferta de produtos e serviços e da manutenção da disciplina de controlo dos custos operacionais”, justifica a Altice.

Além disso, segundo a Altice Portugal, “no período de julho a setembro de 2022, a base de clientes de televisão por subscrição cresceu 1,3%, atingindo 1,8 milhões de clientes, e a base de subscritores de negócio móvel aumentou 1,2%, para 8,8 milhões”.

No segmento do consumo, onde se inclui a Meo, as receitas aumentaram 4,9% no trimestre, para 330,1 milhões. A base de clientes únicos subiu 1,3%, para 1,7 milhões.

Quanto ao segmento de serviços empresariais, onde se inclui a Altice Empresas, as receitas dispararam 27,5%, para 350,3 milhões. Sem contar com a Unisono, a subida seria de 23,5%, de acordo com o grupo liderado por Ana Figueiredo.

A Altice Portugal refere ainda que o investimento foi de 339,7 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, dos quais 114,4 milhões de euros no terceiro trimestre, um aumento de 4,3%. A empresa justifica a aposta com o “reforço contínuo da rede móvel, infraestruturas core de nova geração e expansão” da rede de fibra ótica.

“Em consequência da aposta no reforço da rede móvel, a taxa de cobertura do 5G aumentou 68,9% no final do segundo trimestre para 85% no final do terceiro trimestre”, destaca a dona da Meo.

Na quarta-feira, a Anacom, o regulador do setor, tinha apontado que o número de antenas 5G instaladas em território nacional aumentou 48% entre o segundo e o terceiro trimestre. Entre as três maiores operadoras (Meo, Nos e Vodafone), a Meo era a que tinha menos estações instaladas no final de setembro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Salário médio sobe para 1.353 euros no terceiro trimestre, mas cai 4,7% em termos reais

A remuneração bruta total mensal média aumentou 4% no terceiro trimestre, para 1.353 euros, mas caiu cerca de 5% em termos reais, assumindo o efeito da inflação.

A remuneração bruta mensal média por trabalhador português aumentou 4% para 1.353 euros, no terceiro trimestre do ano.em termos reais, tendo como referência a variação do Índice de Preços no Consumidor, a remuneração bruta total média por posto de trabalho diminuiu 4,7%, mostram os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

No trimestre terminado em setembro, a remuneração bruta total mensal média por trabalhador subiu 4% em relação ao mesmo período de 2021, passando de 1.302 para 1.353 euros. A componente regular e a componente base daquela remuneração aumentaram 3,8% e 3,7%, situando-se em 1.145 euros e 1.076 euros, respetivamente.

Variação homóloga da remuneração bruta mensal média por trabalhador (total, regular e base).INE

Contudo, ajustando para a inflação, medida pela variação do Índice de Preços no Consumidor (IPC), que foi de 9,1% no trimestre terminado em setembro de 2022, a remuneração bruta total média diminuiu 4,7%. As componentes regular e base diminuíram, ao mesmo tempo, ambas 4,9%.

Variação homóloga da remuneração bruta total mensal média por trabalhador (nominal e real).INE

Já a remuneração bruta regular mensal média por trabalhador — que exclui, entre outras componentes salariais, os subsídios de férias e de Natal e, por isso mesmo, tem um comportamento menos sazonal — aumentou 3,8% em setembro, comparativamente ao período homólogo, passando de 1.104 euros para 1.145 euros. Este crescimento foi superior em 1,4 pontos percentuais ao observado em junho de 2022.

Administração Pública entre os menores aumentos da remuneração total

Em setembro de 2022, a remuneração total variou entre os 894 euros, nas atividades de agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca, e os 2.793 euros, nas atividades de eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio.

O maior salto salarial (na remuneração total) foi registado, contudo, nas atividades de educação (7,1%), seguindo-se as atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares (6,8%). Os menores aumentos da remuneração total, por sua vez, foram observados nas atividades de Administração Pública e defesa; segurança social obrigatória (0,5%) e nas atividades financeiras e de seguros (0,8%).

No que toca à dimensão da empresa, foram as companhias com entre um a quatro trabalhadores que viram as variações mais positivas (6,6%), seguindo-se as que têm entre 50 e 99 trabalhadores (5,8%). Já menor variação foi apurada nas empresas com 500 ou mais trabalhadores (1,8%). Ainda assim, continuam a ser as pequenas empresas (um a quatro trabalhadores) que registam a remuneração total mais baixa (968 euros), enquanto o valor mais elevado é observado nas organizações com 250 a 499 funcionários.

Já a remuneração total da Administração Pública engordou 2%, passando de 1.689 euros em setembro de 2021 para 1.724 em setembro de 2022. Enquanto isso, no setor privado, as remunerações aumentaram de forma mais expressiva: a remuneração total registou uma variação homóloga de 4,9%, passando de 1.222 euros em setembro de 2021 para 1.281 euros um ano depois.

As diferenças nos níveis remuneratórios médios entre o setor das AP [Administrações Públicas] e o setor privado refletem, entre outras, diferenças no tipo de trabalho realizado e nas qualificações dos trabalhadores que os integram. Com efeito, verifica-se que os trabalhadores do setor das AP têm, em média, níveis de escolaridade mais elevados: 54,3% dos trabalhadores neste setor tinham ensino superior (22% no setor privado), 25,5% tinham completado o ensino secundário ou pós-secundário (31,4% no setor privado) e 20,2% tinham um nível de escolaridade correspondente, no máximo, ao 3.º ciclo do ensino básico (46,6% no setor privado)”, comenta o INE.

(Notícia atualizada com mais informação às 11h55)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

+M

Joana Garoupa deixa Omnicom Media Group

A profissional tinha assumido funções em meados de setembro. A informação foi confirmado ao +M/ECO pelo Omnicom Media Group, que adiantou apenas ter tomado a decisão de rescindir o contrato.

Joana Garoupa, já não é chief operating officer (COO) do Omnicom Media Group em Portugal, cargo que assumiu em setembro.

A informação foi confirmada ao +M/ECO, pelo Omnicom Media Group, que adiantou apenas ter tomado a decisão de rescindir o contrato com Joana Garoupa, que não manterá nenhuma ligação ao grupo. O OmnicomMedia Group optou por não comentar os motivos que levaram a esta decisão, materializada dois meses após o início do contrato e que porá fim a qualquer colaboração.

Joana Garoupa, recorde-se, tinha ingressado em setembro na companhia. Como COO, e reportando a Luís Mergulhão, seria responsável por “diversas áreas de desenvolvimento do negócio, o acompanhamento, monitorização e gestão das agências, unidades e empresas que integram o grupo, bem como o new business“, foi explicado na altura.

O cargo, sabe o +M/ECO, não vai ser preenchido.

Também contactada pelo +M/ECO, a Joana Garoupa confirma a saída, dizendo que a “passagem pelo Omnicom marca o desafio profissional mais breve que enderecei na minha já longa carreira, mas deparámo-nos com diferenças irreconciliáveis de estilos de gestão e uma discordância na priorização das mudanças que o Grupo OMG pretende fazer no esforço de adaptação às novas tendências do mercado de media. Agradeço a experiência ao Luís Mergulhão, desejando as maiores felicidades à equipa profissional, resiliente e muito comprometida que encontrei na OMD, PHD, Team X, FUSE, OMG Performance, Annalect, Transact e Traken”. “Está em estudo uma colaboração pontual em regime de consultoria para estratégia de Marca e marketing estratégico”, acrescenta.

Joana Garoupa foi até meados deste ano diretora geral da Fundação Galp, função que manteve após deixar a direção de marketing e comunicação da companhia, onde esteve de 2017 a 2021. Antes de ingressar na Galp liderou o marketing e comunicação da Siemens. Já este ano lançou o livro “Manual de sobrevivência para o mundo corporativo”.

O Omnicom Media Group está presente em Portugal com as agências de meios OMD e PHD, com a TeamX, Fuse (storytelling e brand content), OMG Performance, Annalect (expertise em data, annalytics e tecnologia) e Transact (e-commerce). Já és ano lançou a consultora TRKKN.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.