Estónia é país menos dependente da energia importada e Portugal está em 11.º lugar

  • Lusa
  • 9 Maio 2022

Estónia é o país da UE menos dependente da importação de energia (11%); Portugal em 11.º (65%) tendo vindo a diminuir a sua dependência desde 2000 (85%), mas fica acima da média da UE (58%).

A Estónia é o país da União Europeia (UE) menos dependente da importação de energia e Malta, Chipre e Luxemburgo lideram, enquanto Portugal está em 11.º lugar, segundo dados compilados pela Pordata, reportados a 2020.

“Em 2020, Malta, Chipre e Luxemburgo eram os países mais dependentes (mais de 90% da energia importada). O país menos dependente era a Estónia (11%)”, indicou, em comunicado, a Pordata, base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Portugal ocupava o 11.º lugar (65%), acima da média da UE (58%), considerando os 27 Estados-membros, tendo vindo a diminuir a sua dependência desde 2000 (85%).

No que se refere ao preço da energia, em 2021, os portugueses pagavam o 6.º preço mais caro da UE27, enquanto a indústria pagava o 14.º mais elevado.

Já no que se refere ao gás natural, anulando a diferença do custo de vida dos vários países, as famílias portuguesas pagavam o segundo preço mais caro da UE e a indústria o 18.º.

Em 2020, Portugal importou 3.712.686 toneladas de petróleo, proveniente de Espanha (57%), Rússia (15%) e dos EUA (10%).

Já as importações de gás natural ascenderam a quase 5.600 milhões de metros cúbicos normais (Nm3), com origem na Nigéria (54%), EUA (19%), Rússia (10%) e Argélia (9%).

A UE produziu, em 2020, 573,8 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep) de energia, sendo que França (21%), Alemanha (17%), Polónia (10%), Itália (7%), Espanha e Suécia (6%) foram os que mais contribuíram.

Por sua vez, o consumo de energia primária na UE diminuiu 10% em 2020, face a 1990, e apenas oito dos 27 países aumentaram este consumo, incluindo Portugal (29%).

No entanto, desde 2005 que se verifica uma descida, com 19,5 milhões de tep consumidos em 2020, abaixo da meta proposta para 2020 de 22,5 milhões de tep.

Entre 1990 e 2020, a UE reduziu em 5% o consumo de energia final.

“Dos 27 países da UE, 11 aumentaram este consumo. Portugal foi o 6.º país que mais aumentou o consumo de energia final (26%), embora desde 2007 esteja numa trajetória decrescente. Deste modo, conseguimos superar a meta 2020 a que nos tínhamos proposto: em 2020 consumimos 15 milhões de tep, quando a meta era não ultrapassar os 17,4 milhões de tep nesse ano”, indicou.

Portugal aumentou a sua eficiência energética desde 1995, em linha com a Europa.

De acordo com os dados da Pordata, em 2020, a intensidade energética em Portugal era de 76 tep de energia consumida por cada milhão de euros de riqueza gerada, enquanto, a nível europeu, era de 66 tep.

A intensidade carbónica da economia, por sua vez, tem vindo a recuar desde 1995 na UE, uma tendência que também foi seguida por Portugal.

A Suécia é o país com maior eficiência carbónica e a Bulgária o com pior.

Na UE, as renováveis produziram, em 2020, 41% da energia primária e contribuíram para 22% da energia consumida.

Portugal foi o terceiro país da União Europeia que mais produziu energia renovável no total da energia produzida (98%). Portugal foi o quinto país da União Europeia que mais consumiu energias renováveis no total do consumo final de energia (34%)”, acrescentou.

A Alemanha foi o país que mais contribuiu para a produção de energia primária através de fontes renováveis, com um quinto da energia total dos países europeus.

Neste ano, a produção de energias renováveis na UE estava dividida entre biomassa (57%), energia eólica (15%), hídrica (13%), solar (7%) e geotérmica (3%).

Em Portugal, o destaque foi também para a biomassa (51%), seguida pelas energias eólica e hídrica (ambas com 16%), solar (4%) e geotérmica (3%).

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Nas notícias lá fora: Barclays, ONU e reservas russas

China atinge máximo histórico de importações russas em abril. Barclays paga menos de 1% em impostos durante 12 anos com esquema no Luxemburgo. Canadá apoia Ucrânia na exportação de cereais.

Josep Borrel defende que as reservas russas congeladas pela União Europeia (UE) devem ser usadas para financiar a reconstrução da Ucrânia após a guerra. O Barclays fintou quase dois mil milhões de libras em impostos durante mais de 12 anos. Importações da China com origem na Rússia atingem máximo histórico de 8,9 mil milhões de dólares em abril. Canadá apoia Ucrânia na procura por soluções sobre como exportar cereais.

The New York Times

Escândalo de 61 milhões de dólares na ONU gera demissão

O secretário-geral da ONU, António Guterres, demitiu Grete Faremo, diretora executiva do gabinete da ONU para Serviços de Projetos, após o The New York Times noticiar que a entidade atribuiu 61 milhões de dólares em empréstimos e subsídios a uma única família britânica. O gabinete em questão tem como objetivo operar como um banco de investimento, mas arrisca agora perder até 22 milhões de dólares em crédito malparado. A demissão de Faremo surge num momento em que a ONU se encontra a pedir doações para a guerra na Ucrânia.

Leia a notícia completa no The New York Times (acesso pago/conteúdo em inglês).

Financial Times

Josep Borrel defende uso de reservas russas para reconstrução da Ucrânia

O alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrel, defende que as reservas russas congeladas pelo bloco devem ser usadas para ajudar nos custos de reconstrução da Ucrânia após a guerra. O comentário foi feito em paralelo com o anúncio de que os EUA tomaram posse de milhares de milhões de dólares em ativos do banco central afegão, estando os mesmos destinados a compensar vítimas de terrorismo e a ajuda humanitária ao país.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago/conteúdo em inglês).

Bloomberg

China nunca importou tanto da Rússia como em abril

Com o aumento dos preços da energia, as importações da China com origem na Rússia atingiram um máximo histórico (8,9 mil milhões de dólares em bens russos, mais 57% em termos homólogos) em abril. Já as exportações chinesas para território russo recuaram, atingindo o nível mais baixo desde março de 2020, o primeiro mês de pandemia. Desde o início da invasão russa à Ucrânia, a 24 de fevereiro, que a comunidade internacional tem pressionado Pequim a aplicar sanções ao Kremlin, mas as autoridades chinesas rejeitaram sempre essa hipótese.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso pago/conteúdo em inglês).

Reuters

Canadá vai ajudar a Ucrânia a exportar cereais

O Canadá tenciona ajudar a Ucrânia a explorar opções de como poderá exportar os cereais que tem em stock para melhorar a segurança alimentar no mundo, afetada pela invasão russa. De acordo com a agência das Nações Unidas dedicada à alimentação, a FAO, a Ucrânia tem quase 25 milhões de toneladas de cereais. Contudo, há dificuldades em exportar por causa do bloqueio russo nos portos do Mar Negro (incluindo Mariupol, onde decorre a batalha mais destrutiva da guerra até ao momento) e a destruição de algumas infraestruturas do país. Desde o final de fevereiro que os preços dos alimentos têm alcançado máximos históricos, uma vez que tanto a Rússia como a Ucrânia são dos maiores exportadores de cereais do mundo.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

The Guardian

Barclays finta 2 mil milhões em impostos com esquema no Luxemburgo

O Barclays terá recorrido a um esquema no Luxemburgo para evitar pagar cerca de dois mil milhões de libras impostos, beneficiando de uma taxa inferior a 1% sobre os seus lucros durante mais de 12 anos. Segundo uma análise do The Guardian, o banco britânico está ainda a beneficiar de uma venda feita em 2009 naquele paraíso fiscal, em vez de no Reino Unido (onde está sedeado), tendo lucrado 15,2 mil milhões de dólares.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre/conteúdo em inglês).

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Porto vence 30.º título e sobe quase 5% em bolsa

As ações do FC Porto estão a subir esta segunda-feira, após a conquista do campeonato nacional de futebol. Já as do Benfica e do Sporting estão inalteradas.

O Futebol Clube do Porto sagrou-se no sábado o campeão da Primeira Liga, atingindo o seu 30.º título nacional, depois de ter vencido o Sport Lisboa e Benfica no Estádio da Luz. Na primeira sessão desde então nos mercados financeiros, as ações do Porto sobem.

As ações da SAD dos “dragões” estão a subir 4,76% no início desta segunda-feira, para 99 cêntimos, de acordo com as cotações exibidas no site da Euronext.

Ações do Porto na bolsa:

Já o Benfica, que foi derrotado por 1-0 pelo Porto, ainda não terá negociado esta segunda-feira. Na passada sexta-feira, cedeu 1,56%, para 3,15 euros.

Ainda falta uma jornada, mas os encarnados vão ficar em terceiro lugar, atrás do Sporting, que fica em segundo lugar. Os títulos do Sporting também ainda não negociaram esta segunda-feira, valendo 82,6 cêntimos.

A liquidez de ambas as cotadas é limitada, em comparação com as cotadas do PSI. No site da Euronext ainda não estão disponíveis os valores desta sessão, mas na passada sexta-feira trocaram de mãos apenas 528 ações do Porto e 750 ações do Benfica.

O plantel do FC Porto está avaliado nos 259,3 milhões de euros, o segundo mais valioso no panorama nacional, apenas atrás do Benfica, que conta com uma avaliação fixada nos 266 milhões de euros. A capitalização bolsista da SAD do Porto é de 21,26 milhões de euros enquanto a do Benfica é de 72,45 milhões de euros.

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Renato Sousa Antunes assume direção de marketing da dona da Paladin

Desde 2019 na Casa Mendes Gonçalves, desempenhando a função de direção de mercados internacionais e estratégia, o profissional acumula, agora, a direção de marketing e comunicação.

Renato Sousa Antunes acaba de assumir a liderança da direção de marketing e comunicação da Casa Mendes Gonçalves, que detém, entre outras, as marcas Paladin, Peninsular e Dona Pureza. Desde 2019 na Casa Mendes Gonçalves, na direção de mercados internacionais e estratégia, o profissional acumula, agora, a direção de marketing e comunicação da empresa.

“No core das minhas funções está precisamente o desafio de fortalecimento a curto/médio prazo das várias marcas do portefólio atual da Casa Mendes Gonçalves, preparando as fundações para o lançamento futuro de várias outras marcas e novidades da ‘Casa'”, refere o novo diretor de marketing e comunicação.

“Os dados, quando bem analisados e transformados em informação válida (insights de negócio), são o novo ouro. É por aí que temos de ir, sempre de mãos dadas com a inovação, a flexibilidade e a inquietude que, além de inegociáveis, são os nossos valores mais profundos”, acrescenta, em comunicado.

Mestre em Gestão pela Nova School of Business and Economics, com especialização em Estratégia e Negócios Internacionais, Renato Sousa Antunes não esconde o fascínio pela internacionalização, vertente que se propõe a explorar também nesta nova função. Na vertente de marketing internacional, há ainda o desafio “hiper ambicioso” de promover ‘o salto’ de toda a organização de uma lógica “de exportação para a lógica de internacionalização”.

Com 31 anos, Renato Sousa Antunes passou pelos CTT Correios de Portugal, foi diretor regional de relações externas na Mercadona e responsável de expansão internacional do grupo Future Healthcare. Academicamente, colabora com a Nova School of Business and Economics enquanto invited teaching assistant (Strategy & International Business).

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UE vai proibir seguros para petroleiros com crude russo

  • ECO Seguros
  • 9 Maio 2022

Proibição de seguros para navios-tanque visa complementar e reforçar embargo total ao petróleo da Rússia. Aplicação das restrições às seguradoras poderá demorar até seis meses a efetivar-se.

O seguro de navios que transportam petróleo russo pode ser a próxima arma da UE para travar o acesso da Rússia aos mercados internacionais de crude e assim fechar a torneira à fonte de receitas que têm ajudado Moscovo a manter o esforço militar na invasão à Ucrânia, noticiou The Wall Street Journal (WSJ).

As vendas de petróleo e gás representaram 45% da receita orçamental do governo da federação russa em 2021, nota o jornal citando dados da Agência Internacional de Energia (IEA).

Decidida a concretizar o sexto pacote de sanções (à Rússia), a Comissão Europeia (CE) espera concluir, num mês, a restrição de toda a assistência financeira (incluindo seguros, corretagem e resseguro) que possa ser fornecida por empresas sediadas na UE ao transporte de petróleo exportado pela Rússia, avançou fonte da Reuters. A proibição de segurar os navios petroleiros constituirá “um obstáculo muito forte às exportações do petróleo russo”, disse Lars Barstad, CEO da Frontline, proprietária de uma das maiores frotas de navios-tanque do mundo. A frota da companhia não faz transporte de petróleo se a Frontline não puder segurar os navios contra riscos como danos ambientais, disse Barstad referido no artigo do WSJ.

A CE pretende proibir todas importações de petróleo para a UE por um período de seis meses, após a entrada em vigor do novo pacote de sanções. No caso do petróleo refinado, a suspensão duraria oito meses. O novo pacote de sanções deverá incluir o veto a todos os serviços de assistência técnica e financeira, direta ou indireta e todo o serviço de intermediação. No âmbito de restrições ao nível de assistência financeira comercial, qualquer medida adotada pela UE tenderá a incluir os seguros para a generalidade de operações envolvendo petróleo russo.

As restrições nos seguros para os navios complementam o planeado embargo total ao petróleo russo, mas a proposta de Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão, está pendente de um acordo no Conselho da UE. Além de países muito dependentes do crude russo (Hungria, Eslováquia e República Checa), aos quais seriam concedidos prazos excecionais, a proposta do executivo comunitário enfrenta dificuldades de negociação junto de outros países membros da UE, nomeadamente Grécia, Chipre e Malta, todos com histórico de amplos interesses no setor marítimo internacional. Na Grécia, existem armadores contratados pela Chevron e a Shell para transportar crude da Rússia para clientes na Ásia, como China e Índia. Por isso, a aplicação do novo pacote de sanções poderia ser atrasada até 3 meses.

Ainda e para evitar que os petroleiros russos contornem sanções, o texto que está a ser discutido em Bruxelas pede a proibição do transporte de petróleo russo em todas as suas formas, incluindo transferências (de carga ou da respetiva documentação), navio a navio, das embarcações russas para outras jurisdições, mais ou menos opacas.

O International Group of P&I Clubs (IG P&I clubs), organização que funciona em pool e agrupa membros no Reino Unido, Noruega, UE e outros países, é o maior fornecedor de seguros P&I (proteção e indemnização) para navios de grande tonelagem, incluindo navios-tanque. Segundo o WSJ, o presidente executivo do IG of P&I Clubs, Nick Shaw adiantou que os associados da entidade “cumprirão sempre com as proibições de fornecimento de seguro e resseguro, seja no caso da Rússia, do Irão ou de outros países relativamente aos quais foram aplicadas sanções”.

O website da Comissão Europa contém uma secção que resume em retrospetiva setores abrangidos pelas sanções à Rússia. O ficheiro com perguntas frequentes (FAQs) sobre restrições em (re)seguros foi atualizado na primeira semana de maio e pode ser consultado aqui

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Todo o território continental continuava em situação de seca no final de abril

  • Lusa
  • 9 Maio 2022

Não se registava seca extrema, mas todo o território continental estava em situação de seca no final de abril, a maior parte moderada.

Todo o território de Portugal continental estava no final de abril em situação de seca, a maior parte em seca moderada (87,2%), de acordo com o índice do Instituto português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

No último dia do mês passado, 8,5% estava em seca fraca e 4,3% em seca severa. Não se registava seca extrema.

De acordo com o índice meteorológico de seca (PDSI) disponível na página IPMA, mantém-se assim a situação de seca meteorológica em todo o território, com diminuição da área em seca severa, estando agora grande parte do continente na classe de seca moderada.

No final de março, Portugal continental tinha registado um desagravamento da situação de seca meteorológica em todo o território, deixando de haver regiões em situação de seca extrema. Nessa data, 81,7% de Portugal continental estava em seca moderada, 15,9% em seca severa e 2,4% em seca fraca.

O instituto classifica em nove classes o índice meteorológico de seca, que varia entre “chuva extrema” e “seca extrema”. De acordo com o IPMA, existem quatro tipos de seca: meteorológica, agrícola, hidrológica e socioeconómica. A seca meteorológica está diretamente ligada ao défice de precipitação, quando ocorre precipitação abaixo do que é normal.

O relatório indica que no final de abril verificou-se uma diminuição dos valores de percentagem de água no solo em quase todo o território, realçando a região do interior Norte e Centro e as regiões do Vale do Tejo e do Baixo Alentejo, com valores inferiores a 20 %.

Além do índice de seca, o Boletim Climatológico do IPMA indica que o mês de abril classificou-se como normal em relação à temperatura do ar e seco em relação à precipitação. Os valores médios da temperatura média do ar (13,38 graus Celsius) e da temperatura máxima (18,96 graus) foram superiores ao valor normal.

Já o valor médio de temperatura mínima do ar (7,81 graus) foi inferior ao valor normal, sendo o 5.º mais baixo desde 2000 (mais baixo em 2009, 6,6 graus). O menor valor da temperatura mínima foi registado no dia 4 de abril nas Penhas Douradas (-6,5 graus) e o maior valor em Santarém no dia 30 com 31,4 graus.

Quanto ao valor médio da quantidade de precipitação em abril, o IPMA revela que foi de 58,3 milímetros, inferior ao valor normal 1971-2000.

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Entrevista a Daniel Proença de Carvalho. Edição de maio da Advocatus

  • ADVOCATUS
  • 9 Maio 2022

Na Advocatus de maio pode ler a entrevista a Daniel Proença de Carvalho e especiais sobre a tecnologia nos escritórios de advogados e uma análise da área da justiça neste governo.

Daniel Proença de Carvalho deixou a sua visão do mercado da advocacia e da política nacional, defendendo que o PSD precisa de uma reforma urgente, mostrando-se pouco crente no espírito reformista deste novo António Costa com maioria absoluta. E que aproveita ainda para abrir os olhos ao que deve ser o papel e caminho da Iniciativa Liberal.

O ex-presidente da Uría Menéndez – Proença de Carvalho diz que há um elemento que explica o que chama de “fracasso” do sistema judicial que é a ausência de escrutínio e por não haver responsáveis pela “performance do sistema”. E não deixa de apontar o dedo às relações demasiado próximas entre alguma magistratura e o Ministério Público.

Daniel Proença de Carvalho em entrevista ao ECO/Advocatus - 21ABR22
Daniel Proença de Carvalho em entrevista ao ECO/AdvocatusHenrique Casinhas/ECO

Um programa que tende a defender a transparência, com enfoque no combate à corrupção mas que fica aquém das expectativas. Estas são algumas das linhas gerais da avaliação feita pelo bastonário dos Advogados e mais dez profissionais – sócios ou managing partners – dos principais escritórios portugueses. A Advocatus mostra-lhe o que os advogados esperam desta legislatura na área da Justiça.

O mundo está mais tecnológico do que nunca e as empresas tiveram de se adaptar à nova realidade. Os escritórios de advogados têm cada vez mais apostado em ferramentas digitais que lhes permitem aumentar a rentabilidade. A eficiência, acessibilidade, atração de talento e até a gestão de valor para os clientes são alguns dos benefícios apontados.

Carla Azevedo Gomes é a advogada do mês desta edição. A sócia da SPS Advogados admitiu que não há uma característica específica para desempenhar melhor o papel de sócio. Sobre a recente nomeação como equity partner, a advogada confessa que “tudo se desenrolou de forma natural” e “respeitando os timings da sociedade”. Com a pandemia, explica que no setor dos seguros houve uma diminuição do fluxo de negócio, mas que atualmente já existem indicadores de crescimento que em algumas seguradoras é superior 20%.

Luís Morais Cardoso, sócio da MAIO Legal, esteve à conversa com a Advocatus e contou todos os pormenores sobre a integração da SMCA. Com escritórios em Lisboa e no Porto, o advogado considera que as diferenças que tradicionalmente existiam entre ambos os mercados vão-se “esbatendo”. No futuro a firma pretende apostar nas áreas de financeiro e energia, e reforçar ainda as áreas de fiscal e de ambiente. Descubra todos os pormenores na rubrica sociedade do mês.

A Antas da Cunha Ecija prestou assessoria a um conjunto alargado de investidores suíços representados por Alain Gross, co-Fundador e CEO da Solid Sentinel, no megaprojeto imobiliário no Barreiro. Descubra todos os pormenores da operação na rubrica negócio do mês da 136.ª edição.

Assine a revista Advocatus aqui.

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Carta da Gazprom aos clientes europeus tira 5% aos preços do gás natural

Gazprom enviou carta aos clientes europeus na tentativa de acalmar os receios de que o pagamento em rublos viole as sanções. Preços descem na Europa.

Os preços de referência do gás natural na Europa recuam mais de 5% esta segunda-feira, para 96,5 euros por MWh, depois de a Rússia ter tentado acalmar os clientes quanto às sanções aplicadas pelo Ocidente a Moscovo.

No fim de semana, a Bloomberg noticiou que a estatal russa Gazprom enviou uma carta aos clientes europeus a explicar que o Kremlin publicou uma orientação que “clarifica o procedimento” para que o gás seja pago em rublos.

Na ótica da Gazprom, o mecanismo criado pelo Kremlin e anunciado no final de março pelo Presidente russo Vladimir Putin não viola as sanções. A mensagem surge alguns dias depois de a Rússia ter fechado a torneira do gás à Polónia e à Bulgária, depois de os dois países terem recusado pagar o gás russo em rublos.

Futuros do TTF em MWh:

Fonte: Barchart

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PRR

Ministério Público diz que controlo da bazuca “carece de melhorias”

  • ECO
  • 9 Maio 2022

O Ministério Público (MP) diz que o sistema "carece de melhorias", questiona a "luz verde" dada para o primeiro pagamento do PRR e aponta o dedo à falta de funcionários da Estrutura de Missão.

O Ministério Público levantou várias dúvidas sobre a forma como os milhões do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) estão a ser controlados pela Comissão de Auditoria e Controlo (CAC). No primeiro relatório de acompanhamento, citado esta segunda-feira pelo Correio da Manhã, a instituição liderada por Lucília Gago conclui que o sistema “carece de melhorias”, questiona a “luz verde” dada para o primeiro pagamento do PRR e aponta o dedo à falta de funcionários da Estrutura de Missão “Recuperar Portugal”, a entidade que gere o Plano.

O papel do Ministério Público no PRR é o de acompanhar o controlo do dinheiro. “O Ministério Público acompanha as atividades da CAC, no âmbito das competências que lhe estão acometidas em matéria de prevenção criminal“, explicava o Governo num dos documentos que enquadra o PRR. Para a instituição, no caso do sistema de controlo interno é preciso “assegurar a sua necessária e integral conformidade com os requisitos regulamentares e as orientações aplicáveis”.

Outro dos pontos levantados pelo Ministério Público é que a aprovação do primeiro pedido de pagamento foi dada pelo presidente da CAC, um cargo desempenhado pelo presidente da IGF, que é a entidade que vigia o PRR também. Quando à dimensão da Estrutura de Missão, o MP diz que havia apenas 29 funcionários no final de 2021. Além disso, a entidade considera que há fragilidades na prevenção do “duplo financiamento”, isto é, o risco de o mesmo projeto receber dinheiro de diferentes instrumentos europeus.

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Taxa zero de IVA em bens essenciais implica subida noutros

  • ECO
  • 9 Maio 2022

Avaliação preliminar ao abrigo da nova diretiva comunitária concluiu que Portugal já preenche as sete categorias de taxa zero de IVA. Incluir bens essenciais implica subida noutros, diz Governo.

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais diz que, para introduzir os bens essenciais na lista de bens e serviços com taxa zero de IVA, é preciso tirar outros, dado que a avaliação preliminar que foi feita ao abrigo da nova diretiva comunitária concluiu que Portugal já preenche as sete categorias previstas.

António Mendonça Mendes foi entrevistado pelo Jornal de Negócios e Antena 1 e mostrou preferência por alterações estruturais. O secretário de Estado considerou importante a inclusão nas taxas reduzidas de IVA de produtos representativos de novas dietas, como a alimentação vegan.

Mendonça Mendes rejeitou também a ideia de que o Estado está a lucrar com a inflação, através do aumento da receita fiscal do IVA, e avançou que o Estado devolveu esta receita de 1.300 milhões de euros à economia através do Orçamento do Estado.

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CTT descem quase 4% e pressionam PSI

A descida dos lucros continua a pressionar os correios. Com a Europa em queda, o PSI segue a tendência nesta segunda-feira.

No arranque de uma nova semana, o PSI volta a terreno negativo. O principal índice nacional desce 0,29%, para 5.799,54 pontos, no início da sessão desta segunda-feira, Dia da Europa, em que a Rússia assinala o Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial.

Na Europa, o Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, cede 0,5%. O índice alemão DAX desvaloriza 0,4%, o francês CAC 40 cai 0,8%, o espanhol IBEX encolhe 0,5% e o britânico FTSE 100 recua 0,2%.

Em Lisboa, dez cotadas estão a negociar no vermelho, uma está inalterada e as restantes quatro estão a negociar no verde.

Evolução das ações dos CTT em Lisboa:

A maior queda é registada pelos CTT, com desvaloriza 3,95%, para 3,89 euros. A cotada já tinha caído na passada sexta-feira, negociando num mínimo de um ano, depois de ter anunciado uma quebra de 38% dos lucros no primeiro trimestre do ano. A empresa liderada por João Bento anunciou na quinta-feira que o lucro no primeiro trimestre do ano caiu para 5,4 milhões de euros, um desempenho justificado com a redução dos volumes no segmento de Correio e com o abrandamento do negócio de Encomendas e Expresso.

Segue-se a Mota Engil, com uma queda de 1,08%, para os 1,28 euros, e o BCP, com um deslize de 0,96%, para os 14,48 cêntimos.

A travar maiores perdas no PSI está a EDP, com uma valorização de 0,69%, para 4,49 euros; a REN, com uma subida de 0,35%, para os 2,88 euros; e a Sonae, com um avanço de 0,19%, para os 1,04 euros.

De notar ainda a Galp, que distribui o dividendo de 52 cêntimos por ação nesta segunda-feira, estando a ceder 0,6%, para 10,75 euros, numa sessão em que o petróleo arrancou a cair ligeiramente nos mercados internacionais. No fim de semana o G7 acordou um embargo faseado ao petróleo russo e a União Europeia está a ponderar dar o mesmo passo, apesar de existirem Estados-membros que são contra essa medida, como a Hungria.

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Apostadores deixaram 8,4 milhões por reclamar em 2021

  • ECO
  • 9 Maio 2022

Apostadores nacionais deixam caducar 8,4 milhões de euros em 2021. Em três anos ficaram por reclamar mais de 29 milhões de euros. Prémios superiores a 150 euros devem ser reclamados em 90 dias.

Os apostadores nacionais deixaram caducar 8,4 milhões de euros em prémios em 2021, segundo dados dos Jogos Santa Casa, um valor abaixo dos 11,3 milhões caducados em 2019 e dos 9,5 milhões em 2020, noticia o Correio da Manhã. Em três anos ficaram por reclamar mais de 29 milhões de euros, sendo que estes montantes revertem a favor do Fundo Rainha D. Leonor, para a reabilitação das misericórdias.

Os prémios de valor inferior a 150 euros podem ser pagos por qualquer mediador. Já os ganhos superiores a esta quantia devem ser reclamados num prazo de 90 dias a contar desde o sorteio. O Portal dos Jogos Santa Casa já entregou mais de 407 milhões de euros aos apostadores, tendo sido entregues primeiros prémios em todos os jogos cujas apostas foram feitas na plataforma, escreve o mesmo jornal.

Em Portugal já ficou por reclamar um prémio de Joker de sete milhões de euros, um dos mais elevados em registo, e embora os Jogos Santa Casa tenham procurado o vencedor através de anúncios, o mesmo nunca apareceu. O mesmo também já se sucedeu em 2020 em Walsall, Inglaterra, quando um apostador perdeu a chance de receber mais de um milhão de euros por falhar o prazo para reivindicar o prémio.

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