CEO do Grupo Vodafone deixa o cargo no fim do ano

  • Mariana Marques Tiago
  • 5 Dezembro 2022

Desde que Nick Read assumiu o cargo, em outubro de 2018, as ações da empresa desceram mais de 40%. A assumir o seu lugar ficará, temporariamente, a administradora financeira do grupo.

O CEO do grupo Vodafone, Nick Read, vai deixar a empresa no final do ano, após quatro anos no cargo. A ocupar o lugar, temporariamente, ficará a administradora financeira, Margherita Della Valle.

O anúncio foi feito esta segunda-feira. Nick Read vai deixar a liderança da Vodafone, após um mandato marcado por uma desvalorização das ações da Vodafone para quase metade.

O ainda CEO liderou o grupo britânico durante a pandemia e vendeu ativos, ao mesmo tempo que aumentou o foco no continente europeu e africano. No entanto, desde que assumiu o cargo, em outubro de 2018, as ações da empresa desceram mais de 40%.

Em declarações, Nick Read avançou: “Concordei com a direção que agora é o momento certo para entregar a liderança a uma nova pessoa que consiga tirar partido dos pontos fortes da Vodafone e aproveitar as oportunidades que se avizinham.” Depois de sair, Read assumirá o papel de conselheiro da administração da empresa até 31 de março.

Enquanto a operadora de telecomunicações procura um novo CEO, a substituta interina será Margherita Della Valle, encarregue de acelerar “a execução da estratégia da empresa para melhorar a performance operacional”, cita a agência Reuters.

Nick Read, que tem sido defensor da consolidação nos principais mercados europeus — nomeadamente Inglaterra, Espanha, Itália e Portugal –, considera que “foi um privilégio passar os últimos 20 anos” da sua carreira na Vodafone e diz estar orgulhoso com aquilo que a empresa deu aos clientes e a toda a sociedade na Europa e África.

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Ikea sobe salário de entrada para 1.000 euros no próximo ano

Até agora, o salário de entrada da companhia situava-se nos 750 euros.

A Ikea Portugal vai aumentar o salário mínimo de entrada a todos os colaboradores, na operação de retalho, de 750 para 1.000 euros brutos mensais (14.000 euros anuais). Esta atualização salarial, que se aplica a todos os colaboradores a tempo inteiro do Grupo Ingka – que detém a marca – e entra em vigor em janeiro de 2023, é superior ao Salário Mínimo Nacional (SMN), que deverá aumentar dos atuais 705 euros para os 760 euros em janeiro de 2023.

“Trabalhamos diariamente para ter uma oferta completa e relevante de compensações e benefícios, da qual o salário faz parte. Ao longo dos últimos anos, temos feito um esforço constante para aumentar rendimentos e apoiar os colaboradores, e esta novidade é mais um exemplo disso e mais um passo para assegurarmos o bem-estar dos nossos 2.800 colaboradores do retalho e a estabilidade dos seus rendimentos”, afirma Cláudio Valente, people & culture manager da Ikea Portugal.

“Queremos oferecer melhores condições de trabalho, que se traduzem, diretamente, em melhores condições para a vida pessoal, não só, mas também, com o aumento do salário de entrada”, acrescenta, citado em comunicado.

Ao novo salário base de entrada acresce o subsídio de alimentação, que também foi atualizado recentemente para seis euros, seguro de saúde, ajuda à parentalidade e o pagamento de bónus — sempre que os objetivos do negócio sejam atingidos.

A decisão de melhorar as condições de trabalho na companhia foi motivada pelo aumento do custo de vida, bem como pelo contexto cada vez mais competitivo por talento no setor do retalho. O retalhista acelerou, assim, o investimento previsto em atualizações salariais, em 5,9 milhões de euros.

Em novembro, a Ikea Portugal anunciou o pagamento de um bónus de salário e meio a todos os trabalhadores. Um prémio que, segundo o retalhista, resultou da distribuição dos resultados obtidos no ano fiscal de 2022, numa altura em que a inflação tem disparado, mas em que a empresa viu as vendas crescerem 19,5% face ao ano anterior, para um total de 552 milhões de euros.

No retalho, também a Mercadona e o Lidl já tinham anunciado aumentar o salário de entrada. Na Mercadona, no próximo ano, os trabalhadores vão receber, no mínimo, 1.034 euros brutos mensais (com duodécimos incluídos), enquanto o Lidl vai subir em 10% o salário de entrada dos operadores de loja e entreposto, que, já a partir de 2023, passam a ganhar 820 euros brutos.

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Petróleo sobe 2% no dia em que entra vigor limite de 60 dólares no barril russo

  • ECO
  • 5 Dezembro 2022

Entra hoje em vigor o limite de preço ao barril russo nos 60 dólares por parte do G7. Preço do petróleo valoriza quase 2% em Londres e Nova Iorque com cortes na produção na OPEP+.

Os preços do petróleo arrancam a semana a subir quase 2%, depois de os países da OPEP+ terem mantido os cortes na produção e quando entra em vigor o limite de preço ao barril russo nos 60 dólares por parte do G7.

Em Londres, o barril de Brent para entrega a 29 de dezembro valoriza 1,78% para 87,09 dólares. Do outro lado do Atlântico, o contrato de crude WTI que expira a 20 de dezembro soma 1,83% para 81,44 dólares. Ambos recuperam das quedas das últimas semanas que tinham anulado os ganhos deste ano por conta da guerra da Rússia na Ucrânia.

Evolução do preço do Brent

Este desempenho acontece no dia em que entra em vigor o teto máximo ao preço da matéria-prima vinda da Rússia. Na passada sexta-feira, os países do G7, juntamente com a Austrália, concordaram com um limite de 60 dólares por barril, após o acordo alcançado pelos 27 Estados-membros da UE.

Depois dessa decisão, a Rússia anunciou que, a partir de 2023, deixará de fornecer petróleo à União Europeia.

A dar força ao preço do “ouro negro” está ainda o sinal positivo para a procura da parte do maior importador mundial, a China, perante o alívio das regras da Covid-19 em várias cidades durante o fim de semana.

Entretanto, a OPEP+ — que inclui os maiores exportadores mundiais de petróleo e os aliados, como a Rússia – reafirmou este domingo que vai manter o corte mensal na produção de petróleo em dois milhões de barris diários entre novembro e o próximo ano.

“Esta decisão não é uma surpresa, tendo em conta a incerteza no mercado em relação ao impacto da proibição de petróleo russo na União Europeia e o limite de preço imposto pelo G7”, referiu Ann-Louise Hittle, da Wood Mackenzie, citada pela Reuters.

“Adicionalmente, o grupo de produtores enfrenta riscos descendentes devido ao potencial abrandamento económico global e à política de Covid zero na China”, acrescentou.

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Gómez-Acebo & Pombo reforça equipa de Europeu e Concorrência com Joaquim Caimoto Duarte

Joaquim Caimoto Duarte integra a equipa da área de Direito Europeu e da Concorrência da Gómez-Acebo & Pombo enquanto of counsel. O advogado transita da TELLES.

A Gómez-Acebo & Pombo (GA_P) reforçou a área de Direito Europeu e da Concorrência com a integração de Joaquim Caimoto Duarte, enquanto of counsel. O advogado transita da Telles, onde trabalhou nos últimos dois anos, depois de mais de 15 anos à frente da área de prática de Direito Europeu e da Concorrência da Uría Menéndez – Proença de Carvalho.

É com muito entusiasmo, e olhos postos no futuro, que integro a área de prática de Concorrência e Direito da União Europeia da GA_P, uma equipa muito experiente, composta por colegas dos escritórios de Bruxelas, Madrid, Lisboa e Barcelona. Sendo já uma das principais equipas a nível ibérico, estaremos certamente muito bem preparados para os desafios vindouros e oportunidades de crescimento, derivados da constante evolução do Direito da Concorrência e incremento da sua importância a nível europeu e nacional. Estou grato à Telles, onde trabalhei com colegas excecionais e deixo grandes amigos, sublinhou Joaquim Caimoto Duarte.

O advogado é membro fundador do Círculo dos Advogados Portugueses de Direito da Concorrência, tendo já atuado por diversas vezes como Non Governmental Advisor junto da International Competition Network. Nos últimos 16 anos, tem sido classificado pelos principais diretórios jurídicos internacionais como advogado líder na sua área de prática. Participou na quase totalidade dos principais processos de controlo de concentrações em Portugal na última década, bem como em variados casos de cartéis internacionais e outros processos relevantes de antitrust, como por exemplo o primeiro caso de abuso de posição dominante da AdC, no marcante Caso Nintendo (de limitação do comércio paralelo na UE), defendendo ainda várias instituições financeiras nas duas investigações da AdC à banca portuguesa, tendo atuado também na primeira Ação Popular de Concorrência em Portugal.

A entrada do Joaquim Caimoto Duarte na GA_P corresponde em absoluto à nossa vontade de continuar a fazer crescer esta área de prática com advogados especialmente qualificados. O Joaquim tem um passado profissional de mais de 20 anos nas áreas de Direito Europeu e de Direito da Concorrência ao mais alto nível, intervindo perante a Autoridade da Concorrência, a Comissão Europeia, a CNMC espanhola, o Tribunal de Justiça da União Europeia e o Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão nacional. A sua experiência e os seus conhecimentos, a par das suas qualidades humanas, constituem a garantia de que esta integração contribuirá, da melhor maneira, para a expansão da nossa área de prática, que tem vindo a adquirir uma relevância cada vez maior no seio da GA_P ao longo dos últimos anos. Estamos particularmente satisfeitos com a vinda do Joaquim Caimoto Duarte para a nossa equipa e damos-lhe as mais calorosas boas-vindas”, referiu Mário Marques Mendes, sócio responsável pela área de Direito Europeu e da Concorrência no escritório de Lisboa.

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Centeno vê pico da inflação no horizonte, ainda este ano

  • ECO
  • 5 Dezembro 2022

O governador do Banco de Portugal assume "algum ânimo" ao ver as últimas estimativas da inflação em Portugal e na Zona Euro. Pico da inflação pode ser superado neste trimestre.

O governador do Banco de Portugal vê “com algum ânimo” as mais recentes estimativas da taxa de inflação, que apontam para uma desaceleração da subida dos preços em Portugal e na Zona Euro em novembro. Mário Centeno acredita “que se possa estar a atingir o pico da inflação neste quarto trimestre”.

Para o ex-ministro das Finanças, os choques “exógenos” relacionados com a guerra na Ucrânia, a crise energética ou a política anti-Covid na China são “situações que se mantêm mas não se agravaram”. “E essa dimensão é importante. Ou seja, não há choques novos a aparecer”, afirma, numa entrevista à Rádio Renascença, onde também admite “algum receio” e “cautelas na leitura dos números” por parte do Banco Central Europeu (BCE).

Com o BCE a preparar a reunião de política monetária de 15 de dezembro, Mário Centeno defende que é possível uma subida das taxas de juro inferior às mais recentes, na ordem dos 50 pontos base, para continuar a “transmitir” uma mensagem a “todos” os mercados, dos financeiros ao mercado laboral.

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Cidadãos toleram menos a corrupção do que políticos e priorizam honestidade sobre lei

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2022

Um estudo da FFMS indica que os cidadãos portugueses toleram menos a corrupção do que os seus representantes eleitos, com os políticos a verem a lei como “critério orientador”.

Um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos indica que os cidadãos portugueses toleram menos a corrupção do que os seus representantes eleitos, com os políticos a verem a lei como “critério orientador” e os cidadãos a honestidade. Estes dados constam num resumo do estudo “Ética e integridade na política: perceções, controlo e impacto”, apresentado esta segunda-feira, e foi coordenado por Luís de Sousa e Susana Coroado, investigadores do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa.

Em concreto, o estudo salienta que “a honestidade é valorizada pelos cidadãos como o princípio basilar que deve orientar a conduta dos titulares de cargos políticos”, enquanto “os políticos tendem a reconhecer a lei como o único critério orientador da sua conduta”.

“Olhando para os dados coligidos podemos concluir, em linha com estudos semelhantes noutras democracias europeias, que os portugueses revelam menos tolerância à corrupção do que os seus representantes eleitos, tanto a nível local como a nível nacional“, lê-se.

O estudo – composto por dois inquéritos, um feito a representantes políticos e outro à opinião pública – mostra que, entre os dois grupos inquiridos, existe uma diferença de perceção quanto às práticas que podem constituir corrupção, com situações formalmente legais a serem alvo de condenação pelos cidadãos, enquanto os representantes eleitos tendem a considerá-las aceitáveis.

Para exemplificar este ponto, os investigadores confrontaram os dois grupos de inquiridos com a situação hipotética “um ministro nomeou o seu genro como assessor de imprensa”. Numa escala em que 0 correspondia a “não é corrupção” e 10 significava “é corrupção”, os cidadãos consideraram que essa situação se aproxima da corrupção (7,85), enquanto os políticos tiveram uma leitura diferente (4,83).

Detalhando as situações em que há um maior desacordo entre cidadãos e políticos, os investigadores referem que “têm que ver com a nomeação de familiares para cargos políticos (nepotismo) e com o ‘puxar de cordelinhos’ para favorecer alguém”.

Os autores alertam que esta “discrepância pode diminuir os níveis de confiança nos atores políticos e, consequentemente, os níveis de confiança e satisfação no sistema democrático como um todo”.

Apesar desta atitude “mais tolerante em relação à corrupção” por parte dos políticos, o cenário altera-se no que se refere aos casos de “corrupção de mercado”. Neste tipo de corrupção, “marcadamente ilegal”, “os políticos parecem ser mais rigorosos” do que os cidadãos.

“Parecem existir dois mundos paralelos. Por um lado, os políticos tendem a tolerar mais a corrupção, em geral, e parecem estar mais predispostos a aceitar tipos de corrupção que não sejam proibidos por lei (…). Por outro lado, os cidadãos tendem a ser, por regra, mais propensos a aceitar condutas associadas à corrupção de mercado, manifestamente ilegal”, referem os investigadores.

O estudo mostra ainda que os cidadãos parecem partilhar mais da máxima “rouba, mas faz” do que os políticos. Numa escala de 0 a 10, a concordância dos cidadãos em relação à afirmação “se o resultado de uma ação for benéfico para a população em geral, não se trata de corrupção” é de 4,71, enquanto para os políticos esse valor desce para 2,79.

Retirando ilações de todos estes dados, os investigadores salientam que, para a sociedade portuguesa, “certas práticas informais deixaram de ser consideradas normais na vida política, havendo um consenso alargado que as entende como práticas corruptas”.

Nesse sentido, e uma vez que os cidadãos condenam comportamentos legais que os representantes políticos tendem a ver como normais, “mais do que proibir por lei certas práticas, importa assumir uma abordagem mais preventiva”.

“É importante que as instituições assumam, de forma consistente e sustentada, um papel de maior relevo na definição e aplicação de padrões éticos aos seus membros, por meio de ameaças credíveis e dissuasoras de comportamentos impróprios na esfera política”, lê-se.

O estudo “Ética e integridade na política: perceções, controlo e impacto” foi apresentado esta segunda-feira no ‘site’ da Fundação Francisco Manuel dos Santos.

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EUA acusam Rússia de usar inverno como arma de guerra contra civis ucranianos

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2022

Blinken acusou o Governo russo de usar o inverno como arma de guerra na Ucrânia e condenou os ataques de Moscovo à infraestrutura e fontes de energia.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, acusou a Rússia de estar a usar o inverno como arma de guerra na Ucrânia e condenou os ataques de Moscovo à infraestrutura e fontes de energia dos cidadãos ucranianos.

Numa entrevista ao canal CBS, citada pela Efe, Blinken considerou que o Presidente russo, Vladimir Putin, recusou as tentativas de diálogo para sair do conflito e, em contrapartida, intensificou a sua ofensiva.

“Dobrou as apostas em tudo: mobilizando mais forças, anexando território na Ucrânia e agora usando o inverno como uma arma”, disse o secretário de Estado norte-americano.

Blinken sublinhou que devido ao facto de a Rússia “não ter sido capaz de ganhar no campo de batalha”, o Governo de Putin está agora a atacar os civis ucranianos “indo contra a sua infraestrutura energética, tentando deixá-los sem luz e sem aquecimento”.

Os comentários do chefe da diplomacia dos EUA este domingo acontecem um dia depois de a diretora dos Serviços Secretos, Avril Haines, ter garantido que o conflito na Ucrânia vai perder intensidade nos meses de inverno, com as partes a tirarem tempo para recuperar e rearmar-se para uma nova ofensiva na primavera.

“Honestamente, vemos que há já um ritmo mais reduzido no conflito”, disse Haines num fórum de defesa nacional na Califórnia.

A responsável disse também que a Rússia está a usar as suas munições muito mais rápido do que as consegue substituir, pelo que Moscovo procura apoio militar noutros países, incluindo a Coreia do Norte.

“Acreditamos que não são capazes de produzir internamente o que estão a gastar neste momento, então vai ser um desafio”, acrescentou Haines.

O Governo russo recebeu na sexta-feira um golpe financeiro, depois de os países do G7, a União Europeia e a Austrália acordarem um teto de 60 dólares por barril de petróleo russo transportado por via marítima, esperando limitar as receitas que estão a ser usadas para financiar a guerra.

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Pós COP27: Como fica a agenda da sustentabilidade?

  • BRANDS' ECO
  • 5 Dezembro 2022

Na sequência da COP27, que terminou no passado dia 20 de novembro, vários especialistas reúnem-se na webtalk da EY "A agenda ESG no pós COP27", onde discutem as perspetivas de futuro pós Cimeira.

A Conferência do Clima das Nações Unidas – COP27 terminou no passado dia 20 de novembro, mas como ainda muito se discute sobre a agenda de sustentabilidade pós COP27, a EY resolveu reunir alguns especialistas na webtalk “A agenda ESG no pós COP27” para ouvir as suas opiniões face ao que foi abordado na Cimeira e as perspetivas de futuro que têm agora.

A verdade é que foram muitas as observações feitas antes, durante e após esta última Cimeira do Clima. Algumas delas relacionadas com a falta de ambição face à urgência da ação neste tema, mas não só. Também houve críticas positivas relativamente a alguns progressos que se puderam perceber durante a COP27.

Entre os progressos destacados estão algumas medidas que constam no Plano Sharm el-Sheikh, que inclui, pela primeira vez, a assistência financeira para países em vias de desenvolvimento com o objetivo de financiar as perdas e danos das áreas impactadas pelas alterações climáticas.

O mesmo plano defende, ainda, que a atual crise global que se vive não pode ser justificação para se deixar de prioritizar a ação climática. E, nesse sentido, o objetivo do Acordo de Paris que visa manter o aquecimento global até 1,5 graus, bem como a solução baseada na natureza e ecossistemas com uma secção dedicada às florestas, foram temas em cima da mesa na COP27 e são, também, alguns dos tópicos abordados nesta webtalk.

“A agenda ESG no pós COP27” é o mote desta conferência, realizada pela EY, que conta com a presença de Pedro Faria, diretor técnico na Carbon Disclosure Project, Helena Freitas, professora Catedrática na Universidade de Coimbra, João Wengorovius Meneses, secretário geral na BCSD Portugal, e Nuno Lacasta, presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, com moderação de Manuel Mota, partner EY, Climate Change Sustainability Services.

 

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Hospital de Almada pediu desvio de doentes não críticos para outros hospitais

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2022

As urgências do Hospital Garcia de Orta, em Almada, solicitaram o desvio de doentes não críticos fora da área de influência daquela unidade hospitalar para outros hospitais por sobrelotação.

As urgências do Hospital Garcia de Orta, em Almada, solicitaram o desvio de doentes não críticos fora da área de influência daquela unidade hospitalar para outros hospitais por sobrelotação do serviço.

Num pedido dirigido ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), a que a agência Lusa teve acesso, o serviço de urgência do hospital de Almada, no distrito de Setúbal, refere que não é possível receber doentes não críticos até às 8h00 de segunda-feira. A unidade hospitalar solicitou às 12h00 de domingo que fosse feito o encaminhamento para outros hospitais que tenham essa capacidade.

A 28 de novembro, os chefes de equipa do Serviço de Urgência Geral (SUG) do hospital de Almada apresentaram a demissão dos cargos em protesto com a escala de dezembro, que consideraram estar “abaixo dos mínimos”.

Numa carta dirigida ao diretor clínico do Hospital Garcia de Orta, à presidente do Conselho de Administração e à diretora do Serviço de Urgência, os profissionais explicavam que na escala prevista constam vários dias com um número de elementos abaixo dos mínimos (um ou dois elementos apenas) para garantir o bom funcionamento do serviço.

Os chefes de equipa adiantavam ainda que a escala de dezembro, à semelhança das escalas apresentadas nos últimos meses, normaliza uma equipa constituída por quatro elementos (ou menos), número que consideram insuficiente para garantir todos os postos necessários para o bom funcionamento do SUG e a prestação de cuidados em segurança para os doentes e profissionais.

A administração do hospital reuniu com os especialistas a 29 de novembro e assegurou que estavam a ser tomadas medidas para o reforço da equipa, mas os chefes de equipa mantiveram a demissão até que as mesmas fossem implementadas.

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Tesla “tomba” mais de 6% em dia vermelho em Wall Street

  • ECO
  • 5 Dezembro 2022

Entre os principais índices dos EUA, o Nasdaq registou o pior desempenho. Em Lisboa, o PSI fechou a sessão com ganhos ligeiros, em contraciclo com a Europa. Jerónimo Martins impediu maior subida.

As principais bolsas mundiais arrancaram a semana em terreno negativo. Em Wall Street, os três principais índices desvalorizaram mais de 1%, com os investidores preocupados com os próximos passos da Reserva Federal (Fed) depois de dados sobre a atividade no setor dos serviços nos EUA melhores do que o previsto.

Na Europa, o dia também foi de perdas. Mas o índice nacional PSI, embora tenha iniciado a primeira sessão da semana no vermelho, acabou por fechar esta segunda-feira no verde, impulsionado pelos ganhos de 1% do BCP. Já os títulos da Jerónimo Martins caíram 2,25% e impediram maiores ganhos.

Os preços do petróleo estiveram a subir mais de 2% no dia em que entrou em vigor o embargo da União Europeia (UE) à importação de petróleo bruto da Rússia por via marítima. Porém, o barril de Brent acabou a negociar com perdas superiores a 3%.

A economia do Reino Unido está a caminho de encolher 0,4% em 2023, com a inflação elevada e as empresas a suspenderem os investimentos, o que trará consequências para o crescimento a longo prazo, segundo as previsões da Confederação da Indústria Empresarial, citadas pela Reuters.

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Portugal continua a perder 10% em IRC para paraísos fiscais

  • ECO
  • 5 Dezembro 2022

Lucros transferidos de multinacionais que operam em Portugal para territórios de tributação inferior subiram de 2,6 mil milhões em 2015 para 3,4 mil milhões em 2019.

Um estudo publicado através do Observatório Fiscal Europeu, e citado pelo Jornal de Negócios (acesso pago), mostra que, em 2019, Portugal perdeu cerca de 630 milhões de euros em IRC, o equivalente a cerca de 10% da totalidade da receita arrecadada com este imposto naquele ano. Em causa está o facto de algumas empresas terem transferido os seus lucros para países considerados paraísos fiscais.

Os lucros transferidos de multinacionais que operam em Portugal para territórios de tributação inferior subiram de 2,6 mil milhões de euros em 2015 para 3,4 mil milhões de euros em 2019. Com isto, as multinacionais conseguiram evitar pagar cerca de 630 milhões de euros de imposto em Portugal, alega o referido estudo, dos economistas Ludvig Wier e Gabriel Zucman.

Face a 2015, a receita de IRC perdida aumentou ligeiramente, concluem os autores — nesse ano, os impostos por pagar representaram 9%. Mas foi em 2016 que Portugal mais perdeu — 11% da receita com IRC. Em comparação com outros países da OCDE, Portugal está na média, diz o Negócios.

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Hoje nas notícias: Corrupção, offshores e despejos

  • ECO
  • 5 Dezembro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Um estudo concluiu que os políticos são mais tolerantes à corrupção do que os cidadãos. Portugal continua a perder 10% em IRC para offshores. Governo propõe fim de travão legal à entrega da casa em caso de despejo. Leia estas e outras notícias que estão a marcar o dia.

Políticos são mais tolerantes à corrupção do que os cidadãos

Um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) concluiu que “os portugueses revelam menos tolerância à corrupção do que os seus representantes eleitos”, já que, “para a opinião pública, a corrupção política não abrange apenas condutas e práticas que violam a lei”, mas também comportamentos “eticamente impróprios”, que “minam a confiança política dos cidadãos”. Enquanto os políticos tendem a reconhecer a lei como o único critério orientador da sua conduta, os cidadãos esperam um pouco mais, por uma questão de honestidade”, lê-se ainda.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Portugal continua a perder 10% em IRC para offshores

Um estudo publicado recentemente através do Observatório Fiscal Europeu mostra que, em 2019, Portugal voltou a perder mais de 600 milhões de euros em IRC, 10% da totalidade da receita arrecadada com este imposto, pelo facto de algumas empresas terem optado por transferir os seus lucros para paraísos fiscais e, assim, pagar menos impostos — os lucros transferidos de multinacionais que operam no país para territórios de tributação inferior subiu de 2,6 mil milhões de euros em 2015 para 3,4 mil milhões de euros.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Jovens até 35 anos só pesam 10% no crédito à habitação

Dados do Banco de Portugal mostram que apenas 10% dos contratos existentes de crédito à habitação são de jovens até aos 35 anos, um número que, de acordo com economistas ouvidos pelo JN, pode ser explicado pelos baixos salários e pelos elevados preços das casas. Abel Mateus exemplifica que um empréstimo de 120 mil a 200 mil euros para um T2 nos arredores de Lisboa custa, em prestação mensal, 550 a 900 euros.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (ligação indisponível).

Governo propõe fim de travão legal à entrega da casa em caso de despejo

O Governo propôs ao Parlamento a revogação do travão legal que, desde março de 2020, tem permitido a famílias com ordem de despejo permanecer excecionalmente na habitação onde moram. Na prática, os processos têm continuado a ser tramitados na Justiça até existir uma decisão, mas, ao ser ordenada a saída da casa, tem bastado aos inquilinos, para suspender a desocupação, invocar que se esta avançar ficam em “situação de fragilidade por falta de habitação própria ou por outra razão social imperiosa”.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Indústria papeleira supera lucros do ano pré-pandemia

Em 2021, o setor do papel superou os lucros registados em 2019, antes de a pandemia ter começado, embora tenha ficado abaixo do recorde atingido em 2018. O boletim anual divulgado pela associação Biond mostra que o setor da pasta, papel e cartou encerrou o ano passado com lucros de mais de 380 milhões de euros, um aumento de 64% face a 2020, mas ainda abaixo dos 445 milhões registados em 2018. Um “volume de encomendas bastante satisfatório” contribuiu para este resultado, mas o atual contexto económico preocupa.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (ligação indisponível).

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