Juiz determina bloqueio da plataforma Telegram no Brasil

  • Lusa
  • 18 Março 2022

“A suspensão completa e integral do funcionamento do Telegram no Brasil permanecerá até o efetivo cumprimento das decisões judiciais", explicou o juiz do Supremo Tribunal Federal.

O juiz Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil determinou esta sexta que as plataformas e fornecedores de Internet bloqueiem o funcionamento da plataforma Telegram no país, devido à recusa da empresa em colaborar com a Justiça.

“Determino a suspensão completa e integral do funcionamento do Telegram no Brasil, devendo ser intimado, pessoal e imediatamente, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Wilson Diniz Wellisch, para que adote imediatamente todas as providências necessárias para a efetivação da medida, comunicando-se [a] essa corte [tribunal], no máximo em 24 horas”, frisou a decisão do juiz.

A suspensão completa e integral do funcionamento do Telegram no Brasil permanecerá até o efetivo cumprimento das decisões judiciais anteriormente emanadas, inclusive com o pagamento das multas diárias fixadas e com a indicação, em juízo, da representação oficial no Brasil”, acrescentou.

As empresas que não cumprirem a determinação estarão sujeitas a multa diária de 100 mil reais (18 mil euros).

Moraes atendeu a um pedido da Polícia Federal que informou ter tentado contactar o Telegram para encaminhar medidas e ordens judiciais de bloqueio de perfis, indicação de utilizadores, fornecimento de dados cadastrais e suspensão de monetização de contas vinculadas a Allan dos Santos – um ‘blogueiro’ apoiante do Governo brasileiro que é investigado por alegadamente proliferar notícias falsas e ameaçar membros do judiciário -, mas não obteve resposta em nenhuma das ocasiões.

No ano passado, o mesmo juiz do STF determinou a prisão de Allan dos Santos, que está nos Estados Unidos da América e tem uma ordem de extradição contra si. Na decisão em que bloqueou o Telegram, Moraes argumentou que o ordenamento jurídico brasileiro prevê que as empresas que administram serviços de Internet atendam às decisões judiciais, circunstância que não teria sido respeitada e cumprida pela empresa.

“A plataforma Telegram, em todas essas oportunidades, deixou de atender ao comando judicial, em total desprezo à justiça brasileira”, concluiu Moraes. Nos últimos meses, o Telegram se tornou o principal meio de mensagens usado pelo Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e pelos grupos de extrema-direita que o apoiam, que começaram a migrar para esse serviço depois que grande parte de seu conteúdo ter sido bloqueada em outras plataformas.

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Rui Costa e Soares de Oliveira nomeados co-CEO da SAD do Benfica

Rui Costa e Domingos Soares de Oliveira vão partilhar a liderança da comissão executiva da SAD do Benfica até 2025.

Rui Costa e Domingos Soares de Oliveira foram nomeados co-CEO da SAD do Benfica para o mandato até 2025, de acordo com a informação enviada esta sexta-feira ao mercado pela sociedade encarnada.

Eis a comissão executiva completa da SAD do Benfica que foi nomeada pelo conselho de administração, que é liderada, de resto, pelo antigo jogador das águias:

  • Rui Manuel César Costa (co-CEO)
  • Domingos Cunha Mota Soares de Oliveira (co-CEO)
  • Luís Paulo da Silva Mendes
  • Lourenço de Andrade Pereira Coelho

Estas mudanças resultam das últimas eleições no clube encarnado, conquistadas em outubro pela lista de Rui Costa, na sequência da saída de Luís Filipe Vieira, a contas com a Justiça na Operação Cartão Vermelho.

A SAD do Benfica apresentou um prejuízo de 31,7 milhões de euros no primeiro semestre da temporada 2021/22, devido, sobretudo, à redução das receitas com as transferências de jogadores.

O Benfica segue na terceira posição da Liga Bwin, com 58 pontos e a 12 da liderança. Esta semana conseguiu um importante feito ao passar aos quartos-de-final da Liga dos Campeões, com a vitória sobre o Ajax de Amesterdão, por 1-0, depois do empate a duas bolas na primeira mão. Os encarnados vão jogar o acesso às meias-finais com os ingleses do Liverpool.

(Notícia atualizada às 19h21)

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Documento da IP indica que estação de alta velocidade em Gaia está “em avaliação”

  • Lusa
  • 18 Março 2022

O presidente da câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, "reafirma que haverá estação em Gaia, estando em estudo a solução".

Uma apresentação do vice-presidente da Infraestruturas de Portugal Carlos Fernandes indica que a estação de comboio de alta velocidade em Vila Nova de Gaia está “em avaliação”, mas o presidente da câmara reafirmou “que haverá estação” no concelho.

Em causa está uma apresentação feita por Carlos Fernandes na última terça-feira numa sessão informativa no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), em Lisboa, que abordou os investimentos ferroviários em Portugal. Na secção dedicada à futura linha de alta velocidade entre Porto e Lisboa, nas estações estavam identificadas “Oriente [em Lisboa], Leiria, Coimbra, Aveiro, Gaia (em avaliação) e Campanhã [no Porto]”.

Questionada pela Lusa acerca do conteúdo da apresentação, fonte oficial da IP disse que não havia mais informações a prestar e fonte oficial da Câmara de Gaia indicou que o presidente, Eduardo Vítor Rodrigues, “reafirma que haverá estação em Gaia, estando em estudo a solução”.

No dia 4 de fevereiro, o presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia revelou que, ao contrário do projeto inicial, o comboio de alta velocidade vai ter uma estação no concelho, transformando Santo Ovídio “numa grande central distribuidora” de transporte público.

“Ninguém nos perdoaria se em Santo Ovídio não tivéssemos a grande Montparnasse da região Norte e de Vila Nova de Gaia”, assinalou o autarca numa sessão da Assembleia Municipal no dia anterior, numa alusão à estação ferroviária de Paris.

Eduardo Vítor Rodrigues adiantou que o processo de conversação com a IP, dona da obra, ficou encerrado ainda no outono de 2021, tendo agora vindo a público, numa altura em que o Plano Diretor Municipal está em revisão e estão a ser discutidos as interfaces intermodais.

No dia 15, o presidente da Câmara de Gaia disse à Lusa que a estação ferroviária de Santo Ovídio ficará enterrada “na zona sul da atual rotunda” homónima, onde atualmente há um “bloqueio do trânsito para a construção da linha de metro” para Vila d’Este, e estará “completamente ligada” à atual linha Amarela e à segunda linha de Gaia (Santo Ovídio – Casa da Música), entretanto batizada de Rubi.

Na apresentação de Carlos Fernandes feita na terça-feira, é ainda visível que a ligação entre a estação de Campanhã e o aeroporto Francisco Sá Carneiro está “em estudo”.

Segundo uma outra apresentação feita no dia 21 de fevereiro por José Carlos Clemente, diretor de Empreendimentos da IP, o troço entre o aeroporto e a estação de Campanhã está integrado no projeto da nova linha Porto – Lisboa e está estimado em 450 milhões de euros.

A mesma apresentação indica que a fase 1 da ligação ferroviária de alta velocidade entre o Porto e Vigo poderá vir a custar mais 350 milhões de euros que o previsto inicialmente, ou seja, 1.250 milhões de euros, quando a apresentação inicial do Programa Nacional de Investimentos (PNI) 2030, divulgada em outubro de 2020, apontava para 900 milhões de euros.

A segunda fase, prevista para depois de 2030, compreende a ligação do Aeroporto Francisco Sá Carneiro (Maia) para o Minho e a Galiza, e está estimada em 350 milhões de euros pela IP.

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Turquia inaugura a maior ponte suspensa do mundo entre a Ásia e a Europa

  • Lusa
  • 18 Março 2022

A construção desta quarta ponte do país que liga a Europa com a Ásia está orçamentada em mais de 3,1 mil milhões de euros.

A Turquia inaugurou esta sexta-feira uma ponte suspensa no estreito de Dardanelos (noroeste), na fronteira natural entre a Europa e a Ásia, sendo apresentada por Ancara como a mais longa estrutura com estas características.

Com um comprimento total de 4.068 metros e um vão entre pilares de 2.023 metros, a estrutura, batizada como “Ponte Çanakkale 1915”, liga Lapseki, do lado asiático dos Dardanelos, com Gallipoli, do lado europeu. A nova ponte intercontinental vai reduzir o tempo de travessia atual de 30 minutos de ‘ferry’ para apenas seis minutos.

O nome da ponte e a data escolhida para a inauguração recordam a vitória das tropas otomanas na batalha naval de Çanakkale, em 18 de março de 1915, como parte da campanha de Gallipoli na I Guerra Mundial. A conotação histórica é uma característica que marcou a conceção desta estrutura, como mostra a sua altura de 318 metros, que comemora a data da vitória (18 de março) sobre a França, Reino Unido e Rússia.

O vão de 2.023 metros também tem uma base histórica, relacionada com o centenário da fundação da República da Turquia, assinalado no próximo ano. Já as torres pintadas de vermelho e branco representam as cores da bandeira turca.

“Falamos sempre da ligação entre a história e o futuro. Hoje estamos a fazê-lo”, declarou o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, durante a cerimónia de inauguração. O evento contou também com a presença do primeiro-ministro da Coreia do Sul, Kim Boo-kyum, sendo que a infraestrutura foi construída por um consórcio de empresas turcas e sul-coreanas.

“Os vossos antepassados tiveram aqui uma vitória em 1915, mas esta ponte vai unir o Ocidente e o Oriente e trará paz e prosperidade”, afirmou Boo-kyum. A obra, que começou em março de 2018 e terminou um ano e meio antes do previsto, é maior do que a ponte Akashi Kaikyo do Japão, a mais longa do mundo até agora.

A construção desta quarta ponte do país que liga a Europa com a Ásia está orçamentada em mais de 3,1 mil milhões de euros.

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Governo afinal decide não subir o ISP segunda-feira apesar da descida do preço dos combustíveis

Preços dos combustíveis vão descer 17 cêntimos por litro de gasóleo simples e 14 cêntimos por litro de gasolina 95 simples. A receita de IVA vai descer, mas afinal o Governo decidiu não subir o ISP.

Na próxima semana, o Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) aplicado ao gasóleo e à gasolina afinal não vai mexer, apesar de os preços dos combustíveis descerem 17 e 13 cêntimos, respetivamente. A decisão do Executivo foi avançada esta sexta-feira em comunicado do Ministério das Finanças, contrariando aquela que seria a normal aplicação da fórmula de cálculo do novo apoio que visa garantir a neutralidade fiscal.

O Executivo decidiu publicar todas as semanas, temporariamente, a fórmula através da qual passará a ser calculado o desconto do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos equivalente à receita adicional verificada em sede de IVA face à escalada dos preços dos combustíveis. Mas, quando existe uma descida nos preços dos combustíveis, como esta semana, então, a descida da receita de IVA devia dar lugar a um aumento do ISP. A ideia seria assegurar a neutralidade fiscal para que não haja “ganhos” nem “perdas” para os cofres do Estado com a variação dos preços dos combustíveis. Mas o Governo decidiu não seguir esta semana essa regra.

“Para a próxima semana, perspetivando-se uma queda nos preços dos combustíveis na ordem dos 17 cêntimos por litro de gasóleo e 13 cêntimos por litro de gasolina, tal deveria resultar numa redução da receita do IVA que conduziria a um ajustamento das taxas unitárias do ISP em 2,6 cêntimos, no caso do gasóleo, e 2 cêntimos no caso da gasolina, de acordo com o mecanismo semanal de revisão dos valores das taxas unitárias”, explica o Ministério das Finanças em comunicado, confirmando os valores que o ECO avançou.

“No entanto, face às circunstâncias de incerteza da evolução da conjuntura bem como a expectativa de respostas coordenadas a nível europeu — e ainda que na próxima semana seja expectável a redução acentuada do preço dos combustíveis — não será feita esta semana a correspondente atualização de ISP, mantendo-se o desconto temporário do ISP de 3,4 cêntimos por litro de gasóleo e 3,7 cêntimos por litro de gasolina, voltando a aplicar-se a formula na próxima semana com os correspondentes ajustamentos”, justifica o mesmo comunicado enviado às redações.

Assim, na segunda-feira, os portugueses quando forem à bomba abastecer vão pagar 1,898 euros por litro de gasolina simples 95 e 1,809 por litro de gasóleo simples. Uma diferença significativa face aos 1,918 euros por litro de gasolina e 1,835 euros por litro de gasóleo, caso se aplicasse efetivamente a fórmula definida através da “Portaria n.º 111-A/2022, de 11 de março”, que criou “o mecanismo semanal de revisão dos valores das taxas unitárias de ISP, que reflete na determinação das referidas taxas a variação da receita de IVA, que ocorre em virtude das alterações nos preços dos combustíveis”.

Esta semana, a cotação de brent rondou, em média, os 103,85 dólares, uma descida acentuada face à média de 116,8 dólares da semana anterior, semana em que o ouro negro chegou a tocar máximos de 2008 ao cotar nos 139 dólares. O barril desvalorizou em média esta semana 11,1% em dólares e 11,8% euros, isto porque a valorização do euro face ao dólar joga a favor dos consumidores que usam a moeda única. Ou seja, com cada euro é possível comprar uma quantidade maior de petróleo. Recorde-se que a evolução dos preços dos combustíveis tem em conta o comportamento da cotação do petróleo e derivados nos mercados internacionais, mas também a cotação do euro face ao dólar na última semana.

Os portugueses continuam a poder usufruir do Autovoucher, que apoiou a compra de combustíveis com 22,7 milhões de euros só este mês, revela o mesmo comunicado. Com a guerra na Ucrânia e o agravar dos preços dos combustíveis, o Autochouver transfere mensalmente 20 euros para os contribuintes que efetuem consumos nos postos de abastecimento aderentes, desde que estejam inscritos na plataforma IVAucher/Autovoucher e paguem com cartão multibanco. Um aumento significativo face aos cinco euros mensais com que a medida foi inicialmente desenhada.

Por outro lado, se o pedido que Portugal fez junto da Comissão Europeia tiver sucesso, para flexibilizar as medidas a adotar para mitigar o efeito da subida dos preços, então os preços poderão descer ainda mais graças à redução da taxa de IVA de 23% para 13%. Uma medida que, de acordo com as contas do ECO, se traduzirá numa descida dos preços de 15 cêntimos.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Famílias já receberam 22,7 milhões no AUTOvoucher este mês

Mais de 2,4 milhões de portugueses já aderiram ao programa de benefícios por causa da escalada dos preços dos combustíveis. Governo já reembolsou quase 50 milhões desde novembro.

As famílias portuguesas já receberam 22,7 milhões de euros só este mês através do programa AUTOvoucher, que foi agora reforçado por causa do impacto da guerra na Ucrânia nos preços dos combustíveis. Desde o início desta medida, lançada em novembro do ano passado, o Governo já reembolsou um total de 49,5 milhões de euros, de acordo com a informação disponibilizada esta sexta-feira pelo Ministério das Finanças.

Segundo o Governo, o AUTOvoucher contabiliza já mais de 2,4 milhões de adesões, depois de mais 819 mil portugueses terem aderido ao programa nas últimas duas semanas, mais concretamente desde o dia 4 de março, quando o desconto nas bombas foi reforçado em mais 20 euros por pessoa.

No âmbito do AUTOvoucher, o Governo começou por dar aos consumidores 10 cêntimos por litro de combustível, num total de 50 litros por mês, ou seja, atribuindo um benefício de cinco euros mensais por pessoa.

Porém, com a escalada recente dos preços do petróleo e dos combustíveis, por conta da invasão da Rússia na Ucrânia, a 24 de fevereiro, a medida foi reforçada a 4 deste mês dos cinco euros para os 20 euros por pessoa, com este apoio a manter-se em vigor apenas até dia 31.

Ou seja, a medida totaliza um benefício de 40 euros por pessoa em novembro.

Este programa utiliza a mesma plataforma do IVAucher (programa para a restauração, cultura e alojamento aplicado no ano passado) para chegar à carteira dos contribuintes.

Conforme o ECO avançou esta sexta-feira, encher o depósito com um litro de gasóleo ficará 17 cêntimos mais barato, e o litro de gasolina custará menos 13 cêntimos a partir de segunda-feira, refletindo a quedas dos preços da energia esta semana. Mas quando se perspetivava um aumento da receita do ISP de 2,6 e 2 cêntimos por litro, por conta da nova fórmula que visa garantir a neutralidade fiscal, o Governo decidiu não aumentar o imposto.

(Notícia atualizada às 18h54)

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New Money. Como a indústria financeira está a adaptar-se à mudança

  • ECO
  • 18 Março 2022

No próximo dia 29 de março, acompanhe o debate sobre o impacto que o dinheiro cada vez mais digital tem na indústria financeira e como esta se está a adaptar à mudança.

O dinheiro é cada vez mais digital. A pandemia acelerou a mudança nos serviços financeiros, obrigando os bancos a responder à exigência crescente dos consumidores. Os neobanks estão atrás do negócio dos incumbentes, seja oferecendo aplicações de serviços bancários mais generalistas, seja apostando em segmentos como os pagamentos, gestão de poupanças ou empréstimos a particulares e PME. As Fintech também se assumem como parceiras, desenvolvendo soluções tecnológicas para os players do setor. O progresso na inteligência artificial, na robótica, no tratamento de dados e nas telecomunicações móveis está a criar novas possibilidades para o negócio. E há áreas emergentes com grande potencial, como as finanças sustentáveis.

Registe-se na conferência New Money. Como a indústria financeira está a adaptar-se à mudança e a antecipar novas tendências

Uma revolução que está a trazer novos players para o mercado, mudanças nos bancos incumbentes, a revolução das fintech e as criptomoedas. São novos desafios para os agentes de mercado, mas também para supervisores e reguladores.

Que tendências vão marcar o futuro dos pagamentos? Que novas oportunidades de negócio se podem abrir? Quem vai dominar o mercado? Que papel terão as moedas virtuais? O dinheiro físico pode acabar? Questões que estarão em debate nesta conferência, num painel com protagonistas nacionais e internacionais.

É já dia 29 de março, das 9h30 às 12h30, na sede da Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados, e que pode acompanhar em direto no site da conferência, e no site e Facebook do ECO.

A conferência New Money conta com o apoio do BBVA, da Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva e Associados, e da PWC.

Programa

 

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Pedreiras querem combustível colorido como Espanha e Itália

Associação Portuguesa da Indústria dos Recursos Minerais reivindica combustível colorido para competir ao nível dos mercados concorrentes de Espanha e Itália.

Queremos ter os mesmos fatores de competitividade que os nossos concorrentes dos países vizinhos de Espanha e Itália, o que passa pela utilização do combustível colorido que é metade do preço do normal”, para fazer face ao constante aumento do preço da energia, reivindicou Manuel Rocha, da Assimagra – Associação Portuguesa da Indústria dos Recursos Minerais, durante o primeiro Encontro Nacional do Setor da Pedra Natural – StonebyPORTUGAL SUMMIT, em Vila Nova de Gaia.

Durante a mesa redonda “A crise Energética, Logística e de Mão-de-obra no Setor da Pedra Natural”, Manuel Rocha alertou para o facto de “o aumento dos preços da energia ser um peso enorme no setor”, mas foi avisando que não é de agora que a área está a braços com o problema devido a esta escalada de preços na sequência da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Já vem de trás. A guerra apenas veio “aguçar o problema”, disse, acrescentando que já há muito que o setor se sente “discriminado negativamente” em relação aos mercados concorrentes de Espanha e Itália que utilizam gasóleo verde, ao contrário de Portugal, onde não é permitido. Não entende porque é que a legislação portuguesa só o permite à agricultura e à floresta.

O fator da energia já nos afeta antes desta crise energética, porque os nossos principais concorrentes já beneficiam de uma redução do acesso à energia e nós não”, queixou-se Manuel Rocha, adiantando que “somos muito mais competitivos, porque estamos a falar de um setor que tem valor acrescentado na economia portuguesa”. E que tem conseguido ultrapassar as adversidades, com uma grande procura e um crescimento a olhos vistos a nível internacional.

"O fator da energia já nos afeta antes desta crise energética, porque os nossos principais concorrentes já beneficiam de uma redução do acesso à energia e nós não.”

Manuel Rocha, Assimagra

Desde a questão energética, passando pela logística, pela falta de mão-de-obra, à formação até à fixação são todos problemas que o setor da pedra natural enfrenta há já algum tempo, segundo Manuel Rocha. “Não existe logística sem consumo energético. Portanto, é todo um ciclo que é importante”, alertou, acrescentando: “Em Portugal só há um setor da economia que acrescenta mais valor do que o nosso dos recursos naturais que é o das telecomunicações”. Por isso mesmo, a Assimagra quer que o Governo implemente medidas de apoio ao setor. Até porque, avisou, “não é possível alterar os preços a meio do ano. Logo, o custo fica sempre do lado do produtor”, o que se torna ainda mais complicado para a sobrevivência no mercado.

A CIP tem feito todos os dias pressão junto do Governo. Tivemos uma pandemia e agora estamos com este problema gravíssimo. Tem de haver uma estratégia a médio e longo prazo”, defendeu, por sua vez, Carlos Cardoso, da CIP – Confederação Empresarial de Portugal.

O problema está a ganhar contornos tão graves que “já praticamente todas as comercializadoras no mercado estão a rescindir contratos, porque não conseguem manter os preços acordados”, denunciou João Pereira, da Master Vantagem – uma empresa que faz intermediação de pontos de fornecimento entre as comercializadores e os consumidores finais de eletricidade e gás. Nuno Santos, da Ibero Logística e Trânsitos, alertou também para as fragilidades do setor.

O encontro juntou, assim, vários stakeholders da área da pedra natural para debater temas prioritários para o setor e fazer chegar junto do Governo as reivindicações.

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CTT subiram preços do correio este mês

Correios aumentaram os preços em 7 de março, num cenário de alta inflação e combustíveis mais caros. Enviar uma carta custa 57 cêntimos. Se for correio registado, são 70 cêntimos, até aos 20 gramas.

Os CTT CTT 0,14% aumentaram os preços do correio este mês, no dia 7 de março, confirmou o presidente executivo da empresa, João Bento. A atualização surge numa altura em que a empresa enfrenta um agravamento de custos relacionado com a alta dos preços dos combustíveis e a inflação.

“O aumento de preços anual foi feito na semana passada, em 7 de março, e as encomendas estão a exibir maior procura em comparação com o primeiro trimestre do ano passado, por causa do confinamento que esteve em vigor”, afirmou o gestor na conferência telefónica de apresentação de resultados.

Com efeito, desde a semana passada que o correio está mais caro. Por exemplo, remeter uma carta por correio normal até 20 gramas em formato normalizado passou a custar 57 cêntimos, um preço que compara com os 54 cêntimos anteriores. Já o serviço de correio registado com mais de 500 gramas passou de 5,9 para 6,5 euros, um aumento superior a 10%. Se tiver menos de 20 gramas, custa 2,75 euros, contra os 2,40 euros anteriores.

No caso do correio azul, cartas até 20 gramas custavam 70 cêntimos — agora, o preço é de 74 cêntimos. Ao que o ECO apurou, foram aplicadas subidas em todos os escalões de peso nos preços base. O grupo já publicou as novas tabelas de preços no seu site, que pode ser comparada com as tabelas anteriormente em vigor desde abril do ano passado.

Fonte: CTT (valores em euros)

Para os maiores clientes dos CTT, também são expectáveis aumentos de preços. Na quinta-feira, a administração dos CTT disse aos analistas que está a negociar com os grandes clientes a aplicação de uma “taxa temporária” para fazer face à subida dos preços dos combustíveis. No que toca à eletricidade, os CTT dizem-se protegidos de aumentos de custos até ao fim do ano.

Na última quarta-feira, os CTT revelaram que os lucros em 2021 aumentaram 130%, para 38,4 milhões de euros. A administração propôs pagar um dividendo de 12 cêntimos por cada título, sendo que planeia também a recompra de ações próprias no valor de 18 milhões de euros.

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Índia compra petróleo russo e rejeita “politizar” questões de energia

  • Lusa
  • 18 Março 2022

A Índia é o terceiro maior consumidor mundial de crude. "As transações energéticas legítimas da Índia não devem ser politizadas", segundo fontes do governo indiano.

Responsáveis do governo indiano defenderam esta sexta-feira a compra de petróleo russo, argumentando que os países europeus continuam a comprar hidrocarbonetos a Moscovo e que os preços do crude deixam pouca escolha.

“As transações energéticas legítimas da Índia não devem ser politizadas”, afirmaram fontes do governo indiano, sublinhando que o país “depende fortemente das importações para satisfazer as suas necessidades energéticas”.

Nos últimos dias, as refinarias de petróleo indianas terão, segundo a imprensa, comprado vários milhões de barris de petróleo russo a preços de desconto. “Os desenvolvimentos geopolíticos colocaram desafios significativos à nossa segurança energética. Por razões óbvias, tivemos de deixar de nos abastecer no Irão e na Venezuela. As fontes alternativas têm vindo muitas vezes a um custo mais elevado”, disse um responsável governamental, sob condição de anonimato.

De acordo com os meios de comunicação locais, Nova Deli tem estado a trabalhar num mecanismo de conversão entre rublos e rupias, para ajudar a financiar as importações de petróleo, evitando ao mesmo tempo denominar as transações em dólares norte-americanos, numa altura em que a Rússia está sujeita a fortes sanções dos Estados Unidos e outros países ocidentais.

Funcionários do governo indiano disseram à France-Presse que a Índia importa quase 85% das suas necessidades de crude, com o petróleo russo a representar uma quota “marginal” de menos de 1%. A Índia é o terceiro maior consumidor mundial de crude.

“Os países autossuficientes em petróleo ou os que importam da Rússia não podem defender de forma credível as restrições comerciais”, acrescentou a mesma fonte, referindo-se respetivamente aos Estados Unidos e aos países europeus.

A Casa Branca disse esta semana que a compra de petróleo por parte da Índia não parecia constituir uma violação das sanções norte-americanas. Os preços do petróleo já tinham subido acentuadamente antes da invasão da Ucrânia, afetando os consumidores indianos.

Somos um país relativamente pobre e os preços do petróleo importam muito: eleitoralmente, politicalmente, socialmente e de outras formas”, sublinhou Lydia Powell, especialista em política energética da Observer Research Foundation (ORF), um grupo de reflexão sediado em Nova Deli.

A Índia instou a Rússia e a Ucrânia a cessaram hostilidades, mas não condenou explicitamente a ofensiva russa, nem a apelidou de invasão. Nova Deli e Moscovo mantêm laços estreitos desde a Guerra Fria e a Rússia continua a ser o maior fornecedor de armas da Índia.

Para além de petróleo e armas, a Índia importa fertilizantes e diamantes em bruto da Rússia. No outro sentido, os indianos exportam produtos farmacêuticos, chá e café para a Rússia.

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Portugal regista 78.464 casos e 123 óbitos por Covid-19 nos últimos sete dias

Entre 8 de março e a passada segunda-feira, 14 de março, foram registados 78.464 novos casos de infeção e 123 mortes por Covid-19.

Entre 8 de março e a passada segunda-feira, 14 de março, a Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 78.464 novos casos de Covid-19, em termos acumulados, isto é, menos 811 face aos registados na semana anterior. O boletim desta sexta-feira indica ainda que, neste período, morreram mais 123 pessoas com a doença, menos 39 óbitos em relação aos sete dias anteriores.

Por regiões, entre 8 e 14 de março a maioria das novas infeções foi registada em Lisboa e Vale do Tejo (LVT). Dos 78.464 novos casos confirmados, 31.950 localizam-se nesta região (40,72%), seguindo-se a região Centro, que contabilizou 15.895 novas infeções (20,26%).

Quanto à taxa de mortalidade em Portugal está 12 óbitos por milhão de habitantes, a sete dias, verificando-se um recuo de 25% face ao valor registado na semana anterior (entre 1 de março e 7 de março).

A maioria dos infetados continua a recuperar em casa, tendo-se continuado a verificar um recuo no número de pessoas hospitalizadas com Covid-19. Na segunda-feira, 14 de março, havia 1.140 pessoas internadas, isto é, menos 85 face à semana anterior (de 1 a 7 de março). Deste total, 66 pessoas estavam internadas em unidades de cuidados intensivos (UCI), menos 12 face à semana anterior.

O boletim indica ainda que a incidência em Portugal fixou-se nos 762 casos por 100 mil habitantes, numa média a sete dias, o que representa uma quebra de 1% face ao registado na semana anterior (estava em em 770 casos por 100 mil habitantes). Em contrapartida, o risco de transmissibilidade (rt) aumentou para 1,02, numa média a cinco dias (estava em 0,99).

Boletim epidemiológico da semana de 8 a 14 de março de 2022:

(Notícia atualizada pela última vez às 17h54)

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Lisboa na linha de água no último dia do PSI-20 com 19 cotadas

Na última sessão antes das mudanças ao índice de referência lisboeta, a bolsa fechou inalterada. Pela Europa, o dia foi misto mas a maioria das praças registou ganhos ligeiros.

A bolsa de Lisboa fechou a sessão na linha de água, neste que é o último dia do PSI-20 com 19 cotadas. A praça lisboeta fugiu assim à tendência sentida no Velho Continente, onde a maioria das bolsas registou ganhos ligeiros. Subidas da família EDP não foram suficientes para contrabalançar as perdas, nomeadamente as quedas de mais de 2% da Altri, CTT e Sonae.

O PSI-20 manteve-se inalterado nesta sessão, nos 5.692,63 pontos. Esta é a última sessão do PSI-20 como o conhecemos, sendo que a partir de segunda-feira terá novas regras, passando a chamar-se apenas PSI. Terá apenas 15 cotadas, sendo que deixa de existir um número mínimo para as constituintes, e existem novos critérios para os títulos que entram no índice de referência.

Entre as cotadas que vão sair do índice, a Ibersol e a Novabase registaram valorizações, de 1,09% e 0,84%, respetivamente. Já a Pharol e a Ramada ficaram em terreno vermelho na última sessão em que figuram no PSI, recuando 1,28% e 5,87%, respetivamente.

Nesta sessão, a família EDP destaca-se nos ganhos, com a EDP Renováveis a somar 3,15% para os 22,94 euros e a casa-mãe EDP a ganhar 1,12% para os 4,34 euros. Já a Jerónimo Martins subiu 0,69% para os 19,82 euros e a Galp Energia avançou 0,51% para os 10,83 euros.

Por outro lado, nas perdas, destaque para a Altri, que recuou 4,69% para os 5,68 euros, apesar de ter revelado que quintuplicou os lucros em 2021, para 124 milhões de euros, em ano recorde de produção e vendas. O grupo adiantou também que vai separar o negócio da Greenvolt. O braço de energias renováveis também recuou, 1,49% para os 5,97 euros.

Nota ainda para os CTT, que perderam 3,21% para os 4,53 euros, depois de revelar esta quinta-feira que o grupo quer compensar o aumento dos custos com uma “taxa temporária”, medida que já começou a negociar com os “grandes clientes”, e para a Sonae, que caiu 2,71% para os 1,005 euros.

Já pela Europa, o dia foi misto mas pendeu para a tendência positiva. O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,7%, enquanto o britânico FTSE 100 ganhou 0,3% e o espanhol Ibex 35 avançou 0,7%. Já o alemão Dax perdeu 0,2% e o francês Cac 40 recuou 0,1%.

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