Micro segmentação e hiperpersonalização da oferta de seguros

  • ECOseguros + EY
  • 12 Outubro 2022

Como devem as seguradoras responder a novas necessidades dos consumidores? Que oferta e capacidades devem ser desenvolvidas? No segmento privado e pequenos negócios podemos estar perante 9 categorias.

Assistimos a uma confluência de tendências determinantes para a reconfiguração do setor segurador, tendências estas que são especialmente desafiantes para as seguradoras mais tradicionais, mas que podem revelar-se determinantes para assegurar um futuro sustentável do setor.

No que ao segmento de particulares e pequenos negócios respeita, as tendências mais marcantes são as seguintes:

  • Revolução no consumo: assistimos a uma intensificação e evolução da procura por produtos hiperpersonalizados e por proteções que permitam fazer face a situações únicas, colocando assim o consumidor no centro da oferta desenhada pelas companhias;
  • Necessidade de proteção ao risco em tempo real: a inteligência artificial, o machine learning, a automação, as plataformas digitais e a análise de dados permitem às companhias de seguros desenvolver produtos e serviços personalizados, de forma instantânea e à escala;
  • Importância dos ecossistemas: à medida que as fronteiras entre os vários segmentos de seguros se desvanecem e que as barreiras à entrada desaparecem, os seguros tornam-se omnipresentes em todo o tipo de transações/eventos — as companhias criam assim os seus próprios ecossistemas, participando também noutros criados por diversas entidades;
  • Novos riscos implicam a criação de novos produtos: a forma como as normas sociais e culturais evoluem — desde a relevância dos valores ESG até aos temas associados a dados pessoais e ao mundo virtual — leva à existência de novos riscos e, consequentemente, à inovação em termos da criação de produtos e à procura da liderança no mercado por parte das companhias.
Assistimos a uma confluência de tendências determinantes para a reconfiguração do setor segurador, tendências estas que são especialmente desafiantes para as seguradoras mais tradicionais

Estas mudanças profundas a que assistimos têm subjacentes disrupções por todos conhecidas, e que vão desde a evolução tecnológica à proliferação de dados, aos novos competidores e às alterações regulatórias. Deste modo, torna-se determinante conseguir navegar nestas tendências. Este exercício, num ambiente hipercompetitivo, exige que as companhias consigam satisfazer novas necessidades e expectativas por parte dos consumidores através do desenvolvimento de uma micro segmentação e de uma hiperpersonalização da oferta.

Nos últimos anos, este foco nos consumidores tem-se intensificado, reconhecendo-se que os inputs dos mesmos conduzem à definição de melhores produtos, serviços e experiências, traduzindo-se, assim, num incentivo à inovação e à definição de programas de transformação. É sabido que os consumidores procuram proteções mais flexíveis, personalizadas e acessíveis, tendo em consideração a forma como vivemos e trabalhamos atualmente.

Com efeito, as InsurTechs e as startups têm ganho alguma dinâmica no que respeita a coberturas “a pedido” e de nicho, o que prova que os consumidores estão disponíveis para contratar coberturas não tradicionais, concluindo-se que existe um mercado por explorar para este segmento.

Para satisfazer este gap em termos de proteção, o qual representa, naturalmente, uma oportunidade muito interessante de crescimento, é necessário que se estabeleçam relações com novos consumidores e se satisfaçam as suas necessidades. Para este efeito, bem como para manter os clientes atuais, as companhias têm que conseguir operacionalizar este foco no consumidor.

Tendo presente este segmento, identificam-se nove tipos de consumidores-chave, cujas características refletem os desafios que se colocam às companhias de seguros, mas também as oportunidades únicas que este mercado dinâmico pode oferecer. Claro que nem todas as companhias irão focar-se nos nove tipos de consumidores, mas existem temas comuns, sendo de salientar o desejo de coberturas feitas à medida, a obtenção de um serviço personalizado e a exposição a experiências digitais mais enriquecedoras, ou seja, a procura por maior valor acrescentado. Identificam-se, em seguida, as referidas categorias de consumidores-chave:

Particulares

  1. Compradores no ponto de venda: Compradores frequentes que procuram proteção imediata para as suas aquisições;
  2. Devotos dos valores ESG: Consumidores informados e sensíveis aos valores ESG e que procuram que as suas ações e despesas sejam coerentes com esses mesmos valores;
  3. Capitalistas de dados: Consumidores muito conhecedores em termos tecnológicos e que conhecem o valor dos seus dados, esperando receber valor pelo facto de os partilharem com a companhia;
  4. Vanguardistas virtuais: Procuram proteção para os seus ativos digitais e para as suas identidades virtuais;
  5. Protetores: Consumidores com património considerável, bem como afluentes que procuram uma proteção conjunta para os seus ativos através de uma relação ou plataforma únicas;
  6. Minimalistas: Consumidores sensíveis ao orçamento, procurando gastar o mínimo para obter apenas uma cobertura básica;Pequenos negócios
  7. Integradores: Trabalhadores e empresários que procuram apólices flexíveis para os seus projetos, bem como para a sua vida pessoal;
  8. Empresários eficientes: Empresários que procuram contratar uma cobertura básica, mas também ajuda no que respeita a grandes riscos;
  9. Proprietários conscientes: Proprietários de negócios em crescimento que pretendem tornar as suas operações mais “verdes” e melhorar o seu impacto social.

O foco em satisfazer as necessidades dos consumidores deste segmento poderá ter em consideração o alinhamento com estes perfis.

Texto por Inês Cabral, Partner EY, Tax Financial Services

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Os adiamentos da defesa de Rui Pinto versus as críticas ao Ministério Público por arrastar investigação

O advogado Teixeira da Mota chamou o Ministério Público de "perverso" por constituir o hacker como arguido, em mais um processo, no dia em que este falou em julgamento no processo Football Leaks.

O advogado de defesa de Rui Pinto, Francisco Teixeira da Mota, já sabia desde setembro que o hacker português era arguido e estava a ser investigado em outro processo, autónomo ao Football Leaks.

Em causa o facto do advogado do arguido ter acusado o Ministério Público (MP) de estar a ser “perverso” ao ter constituído Rui Pinto como arguido nas vésperas de este falar, pela primeira vez, em julgamento, no âmbito do Football Leaks.

Rui Pinto, de 33 anos, responde por um total de 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo, visando entidades como o Sporting, a Doyen, a sociedade de advogados PLMJ, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por extorsão, na forma tentada. Este último crime diz respeito à Doyen e foi o que levou também à pronúncia do advogado Aníbal Pinto.

No início da sessão, na segunda-feira, o advogado Francisco Teixeira da Mota afirmou que o seu cliente é arguido em mais um processo o que “o impede de ter uma vida normal”. Em causa estão factos entre 2015 e 2018 e que segundo a defesa estão relacionados também com o processo em que Rui Pinto está a ser julgado. “Queria comunicar que na sexta-feira Rui Pinto foi constituído de novo arguido relativamente a factos que estão aqui em julgamento. O processo tem três anos, mas o MP só nesta sexta-feira constituiu Rui Pinto como arguido”, afirmou o advogado, logo a abrir a sessão no Juízo Central Criminal de Lisboa. Segundo Francisco Teixeira da Mota, os factos relativos a esse processo terão sido praticados entre 2015 e 2018, sendo que o MP terá conhecimento dessas informações desde 2019. “Esta é uma estratégia perversa, prolongando artificialmente o estatuto de arguido”, sublinhou.

Mas o timing do MP, criticado pela advogado, só foi este porque o próprio advogado adiou essa mesma diligência para o dia 7 de outubro. Segundo o que o ECO/Advocatus apurou, junto de fonte do MP, o primeiro agendamento feito pelo Ministério Público estava marcado para inícios de setembro. Mais: a data de 7 de outubro foi proposta por Francisco Teixeira da Mota e, posteriormente, aceite pelos magistrados. O ECO/Advocatus tentou obter uma explicação da parte do advogado, mas sem sucesso.

Julgamento sucessivamente interrompido por pedido da defesa

Desde janeiro que o julgamento tem vindo a ser adiado sucessivamente. Em causa o facto de Rui Pinto ter ido às instalações consultar a prova do apenso F e e disco rígido RP3, que contém alguns dos emails pirateados pelo próprio.

O arguido Rui Pinto pediu o acesso aos mails que terá pirateado por considerar “indispensável para se poder defender em tribunal”. Os e-mails que alegadamente roubou encontram-se no chamado apenso F — uma parte do processo do caso Football Leaks onde a PJ guardou as caixas de correio eletrónico integrais encontradas nos discos apreendidos e que pertencem a responsáveis de clubes de futebol, a alguns dos mais importantes escritórios de advogados portugueses, como a PLMJ.

O objetivo do pedido de cópia do apenso, alegou a defesa de Pinto, seria o de “analisar os ficheiros informáticos constantes no Apenso F, exclusivamente, do ponto de vista técnico, através de pesquisa forense, procedendo à análise de metadados e estruturas de dados, com recurso a ferramentas forenses que lhe permitam ter um conhecimento diferenciado da prova.”

“Todos os elementos acedidos ilicitamente por Rui Pinto, que constam do apenso F, apenas podem ser relevantes para a defesa se forem para a acusação, pelo que o arguido não precisa de ir procurá-los, o Ministério Público já o fez e disponibilizou-os aos sujeitos processuais. Permitir ao arguido que consulte e armazene tudo o que obteve ilicitamente e que, por isso, se encontra a ser julgado, apenas com base no jargão intimidatório de ser necessário à defesa é grave e inadmissível, além de ridículo”, alegaram os assistentes, no pedido de recurso que fizeram para a Relação.

A Relação veio decidir que “em caso algum serão entregues as duas pen drives que constituem o apenso F ao arguido para que este pura e simplesmente as consulte”, dizem os desembargadores, no recurso a que o ECO/Advocatus teve acesso, à data. Mas aceita que Rui Pinto tenha acesso aos ditos e-mails, mas nas instalações da PJ, sob a supervisão da mesma. “A cópia do apenso F apenas é possível ser consultada pelo arguido e a sua defesa, não se permitindo que, realizada a consulta, a cópia fique na posse dos mesmos”, diz a decisão.

Para os assistentes e para o Ministério Público, o facto de Rui Pinto ter acesso às caixas de correio eletrónico — que no fundo é a razão pela qual está a ser julgado — seria uma duplicação do crime e de penalização das vítimas.

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Governo promete alívio de até 31% na eletricidade e 42% no gás para as empresas

A injeção de 3.000 milhões no sistema elétrico e de gás vai permitir reduções nos preços da energia em 2023, garante o ministro do Ambiente e da Ação Climática.

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, prometeu esta quarta-feira um alívio para as empresas de até 30% nos preços da eletricidade e de até 42% nos preços do gás natural em 2023, face aos preços que eram esperados para esse ano.

Estes alívios resultam da injeção de 3.000 milhões de euros que já tinha sido avançada pelo Governo, e que vai dividir-se em 2.000 milhões de euros para a eletricidade e 1.000 milhões de euros para o gás natural.

Para cumprir metas de redução de consumo de gás, o desconto será aplicável a 80% do consumo médio registado nos últimos anos, de cada empresa, e vai ser criado um programa para implementar esta ajuda. No caso da eletricidade, o regulador vai a 15 de outubro estruturar a distribuição destes investimentos naquilo que é a política tarifária do próximo ano.

Do bolo dos 3000 milhões, metade refere a medidas políticas e a outra metade a medidas regulatórias. A intervenção na eletricidade conta com 1.500 milhões de euros de medidas regulatórias, que contabilizam por exemplo a diferença dos contratos de take or pay com o preço de mercado. Os restantes 500 milhões decorrem de medidas políticas, isto é, uma soma da Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético e o resultado dos leilões de carbono. Os mil milhões que cabem ao gás provêm de uma transferência extraordinária do Orçamento de Estado de 2022.

“Ao interferirmos na eletricidade e gás estamos a interferir no pão, leite… em todos os domínios de produtos da nossa sociedade”, sublinhou o ministro, ao mesmo tempo que indica estar perante a “maior intervenção alguma vez feita no mercado energético em Portugal”.

Em resposta às questões dos jornalistas, o ministro esclareceu ainda que estas medidas são dirigidas a setores económicos “tendo por principio que o mercado domestico não teria aumentos significativos na eletricidade“, um pressuposto que decorre do diálogo com o regulador, que irá apresentar a proposta de tarifas para 2023 este sábado.

Duarte Cordeiro explicou que os cálculos das poupanças na eletricidade têm por base a previsão de que o preço do megawatt-hora em 2023 vai situar-se nos 258 euros por megawatt-hora, mais 276% face a 2021. No gás natural, assume-se que o preço para os grandes clientes vai aumentar 145% no segundo trimestre de 2022 face ao segundo trimestre de 2021, para os 46,1 euros por MWh, no caso dos grandes clientes, e atinge os 67,3 euros por MWh, um incremento de 212%, face ao segundo trimestre de 2021, no caso das restantes empresas de média e baixa pressão. Se os preços não subirem tanto, as poupanças que resultam da intervenção que está agora a avançar serão maiores do que os cerca de 30% previstos.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h02)

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Ana Patrícia Carvalho é a nova general counsel & compliance officer da Nestlé Europa

A profissional assumia o cargo de general counsel R&D, na Suíça, onde liderou o processo de transformação da equipa jurídica de R&D. 

Ana Patrícia Carvalho é, desde 1 de outubro, a nova general counsel & compliance officer da Nestlé para a zona da Europa. Após três anos a trabalhar na Suíça, como general counsel for R&D, a advogada portuguesa aceita, agora, este novo desafio na companhia.

“Tive o prazer de liderar nos últimos Três anos a equipa de legal R&D do grupo, onde procurei reforçar uma visão estratégica e pragmática de utilização da propriedade intelectual direcionada aos negócios. É com muito entusiasmo que assumo a posição de general counsel & compliance officer da Nestlé na Europa”, diz a profissional.

“Embarco neste novo desafio orgulhosa da sólida herança deixada pelo meu antecessor, Trevor Brown, e pelas equipas jurídicas dos diversos países que integram a zona Europa. Estou confiante que detemos uma base de excelência para responder de forma eficaz aos desafios da atualidade e contribuir forma ativa, inovadora e pragmática para o crescimento sustentável do grupo na Europa”, continua Ana Patrícia Carvalho, em comunicado.

A responsável iniciou a sua carreira profissional em 1998 na sociedade de advogados PLMJ, em Lisboa, e em 2003 juntou-se ao Grupo Nestlé, como senior counsel na Nestlé Portugal. Paralelamente, foi professora assistente na Universidade Moderna de Lisboa, entre 1999 e 2007. Em 2010, foi promovida a general counsel & compliance officer da Nestlé Portugal e, nove anos mais tarde, embarcou num novo desafio além-fronteiras, na Suíça, onde assumiu o cargo de general counsel R&D, tendo liderado o processo de transformação da equipa jurídica de R&D.

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Estado paga 3,2% a nove anos e 2,1% a três anos por 1.000 milhões de euros

O leilão da obrigação do Tesouro a nove anos contou com um preço 3,2 vezes acima do preço que o Estado pagou em fevereiro por uma emissão com as mesmas caraterísticas.

O Estado financiou-se esta quarta-feira no mercado obrigacionista em 1.000 milhões de euros através de duas linhas obrigacionistas, a três e nove anos. Na emissão mais curta, com maturidade em outubro de 2025 (OT 2,875% 15out 2025), o Estado pagou 2,087% para angariar 349 milhões de euros.

Na maturidade mais longa, em outubro de 2031 (OT 0,3% 17out 2031), pagou 3,23% para colocar 651 milhões de euros. Trata-se de um valor 222 pontos base acima da emissão a nove anos que realizou a 9 de fevereiro deste ano para colocar 706 milhões de euros. Significa que no espaço de nove meses o custo de financiamento da República a nove anos mais do que triplicou.

O leilão da linha a três anos contou com uma procura três vezes superior à oferta e a emissão a nove anos registou uma procura 1,8 vezes acima da oferta.

“A subida que temos assistido nas yields nacionais são um reflexo do movimento global que se verifica no mercado de dívida”, refere Filipe Silva, diretor de Investimentos do Banco Carregosa. No entanto, destaca que “apesar da subida do custo do serviço da dívida e com o impacto que o mesmo tem na economia nacional, o spread da mesma versus à Alemanha tem-se mantido estável.”

Os leilões foram realizados pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) e marcam as primeiras emissões de obrigações do Tesouro realizados desde que Miguel Martín assumiu a presidência do IGCP a 1 de setembro.

A última vez que o Estado realizou uma emissão obrigacionista a três anos remonta a 8 de março de 2017, quando colocou 500 milhões de euros pelo preço de 1,216%. Mais recentemente, o leilão com uma data de maturidade mais próxima (a quatro anos) foi realizado a 14 de setembro deste ano e resultou na emissão de 470 milhões de euros pelo preço de 1,777%.

Minutos antes de concluir o leilão, a obrigação a três anos estava a negociar no mercado com uma yield de 2,13% e a obrigação a nove anos a cotar nos 3,25%.

Este ano, o IGCP já realizou seis leilões de obrigações do Tesouro, metade do número registado em 2020. Para a próxima semana, no dia 17 de outubro, está agendado o reembolso de 8,4 mil milhões de euros de uma obrigação do Tesouro emitida há 7 anos (OT 2,20% Out 2022).

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Fraude na atividade seguradora

  • BRANDS' ECOSEGUROS
  • 12 Outubro 2022

A fraude é transversal a todos os ramos de seguros, e a crise económica pode incentivar a simulação de acidentes com o intuito de obtenção de ganhos ilícitos.

A fraude em sentido lato pode definir-se como um ato desonesto e ilícito que visa enganar ou prejudicar alguém.

No setor dos seguros, além de ser ilícita, constitui um grave atentado ao princípio da boa-fé que deve servir de suporte ao contrato de seguro.

Existem diversos tipos de fraude que podem assumir diferentes níveis de gravidade, como por exemplo, simular um sinistro ou provocar intencionalmente um sinistro (mais graves), inflacionar o valor de bens danificados (menos grave).

O que diz o Código Penal sobre a burla?

A burla aos seguros está especificamente prevista no Artigo 219.º do Código Penal, prevendo pena de prisão até três anos ou multa a quem receber ou fizer com que outra pessoa receba valor total ou parcialmente seguro provocando ou agravando resultado causado por acidente cujo risco esteja coberto. Apenas a tentativa, mesmo sem sucesso, também é punível. As penas variam entre dois a oito anos de prisão, dependendo do prejuízo patrimonial provocado.

O impacto da fraude para os Tomadores

A fraude acaba por ter impacto na generalidade dos Tomadores, uma vez que as indemnizações pagas indevidamente pelas Companhias de Seguros, irão influenciar o custo final dos seguros, sendo por isso interesse de todas as partes envolvidas, a sua denúncia, assim que haja conhecimento de qualquer situação menos lícita.

Em Portugal, segundo dados da Associação Portuguesa de Seguradores, as seguradoras consideraram suspeitas as participações relativas a mais de 102 mil sinistros declarados durante o ano de 2020, estes dados incidiram sobre Acidentes de Trabalho, Acidentes Pessoais, Automóvel, Multirriscos e ainda os seguros de Vida de puro risco.

No setor dos seguros, a fraude, além de ser ilícita, constitui um grave atentado ao princípio da boa-fé que deve servir de suporte ao contrato de seguro.

O custo potencial das tentativas suspeitas de fraude, ascenderam a 55 milhões de euros durante o ano de 2020, correspondendo ao montante de indemnizações que as empresas de seguros teriam de pagar caso não detetassem a fraude. Nos ramos Vida, Acidentes de Trabalho e Acidentes Pessoais seria o valor reclamado, incluindo o montante total das pensões. Já nos ramos Automóvel e Multirriscos seria o montante apurado no momento da peritagem ou o valor mais atualizado.

Quanto às indemnizações efetivamente pagas por sinistros suspeitos ascenderam a 33 milhões de euros e inclui nos ramos Vida, Acidentes de Trabalho e Acidentes Pessoais, os custos com prestações e pensões pagas, independentemente do pedido de reembolso. Nos Ramos Automóvel e Multirriscos considera, entre outros, os custos com reparações e prestações pagas independentemente do pedido de reembolso. Engloba ainda os gastos de gestão e regularização dos processos de fraude e, entre outros, custos de peritagem e, averiguação.

O recurso a empresas de averiguação e peritagem de sinistros visa fundamentalmente verificar as circunstâncias em que ocorreram os factos relatados e respetivos danos. A recolha de informação no mais curto espaço de tempo após a participação do sinistro reveste-se de capital importância.

Tecnologia na deteção da fraude

A grande aposta por parte das Companhias de Seguros, deverá inevitavelmente passar pelo recurso à tecnologia, com a criação a breve prazo de plataforma digital que permitirá ganhos significativos na deteção precoce e prevenção de sinistros.

Sendo este tipo de aplicações tecnológicas digitais cada vez mais rápidas, objetivas e fáceis de utilizar, estamos perante uma ferramenta valiosa no combate à fraude em seguros e proteção do negócio das Companhias de Seguros.

Sinais de alerta automatizados, estarão na base da deteção atempada de processos suspeitos.

Com a utilização da tecnologia na deteção da fraude, as seguradoras podem proteger substancialmente melhor o seu negócio e ao mesmo tempo os seus clientes, tendo em conta os custos resultantes da fraude.

Texto por Paulo Silva, Coordenador Operacional da TrueClinic

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Líder da OMS alerta para efeitos “devastadores” da Covid longa e pede ação imediata

  • ECO
  • 12 Outubro 2022

Líder da OMS insta nações a desenvolver plano para combater a long Covid, assente no acesso a antivirais para os pacientes de risco, investigação e partilha, e o apoio à saúde física e mental.

O líder da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que a “Covid longa” continua a devastar a vida e subsistência de dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo, prejudicando não só os serviços de saúde como também a economia. Citado pelo The Guardian, Tedros Ghebreyesus apelou aos países para que enfrentem esta crise “muito séria” com medidas imediatas.

A OMS estima que 10% a 20% dos sobreviventes da infeção por Covid-19 ficam com sintomas a médio e longo prazo, como fadiga, falta de ar e disfunção cognitiva, entre outros. Estudos recentes sugerem que até 17 milhões de pessoas na Europa podem ter sofrido “Covid longa” nos dois primeiros anos de pandemia e acredita-se que as mulheres têm um maior risco de sofrer da doença.

Tedros Ghebreyesus defendeu que as nações devem desenvolver um plano para dar acesso imediato a antivirais aos pacientes de risco elevado, da mesma forma que devem investir na investigação e partilha de novas ferramentas e conhecimentos. Em simultâneo, o líder da OMS também apelou ao apoio à saúde física e mental dos doentes, bem como ao apoio financeiro para aqueles que não podem trabalhar.

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Juiz Carlos Alexandre avança com candidatura para desembargador

O juiz Carlos Alexandre decidiu concorrer a desembargador do Tribunal da Relação e já apresentou a candidatura junto do Conselho Superior de Magistratura. Resultados deverão sair em março de 2023.

O juiz Carlos Alexandre decidiu concorrer a desembargador do Tribunal da Relação e já apresentou a candidatura junto do Conselho Superior de Magistratura, segundo avançou a revista Visão. E apresentada no Ludex, plataforma onde as candidaturas a desembargadores são obrigatórias. O concurso foi publicado esta quarta-feira em Diário da República. O magistrado passou os últimos 37 anos no Tribunal Central de Instrução Criminal, passando-lhe pelas mãos processos mediáticos como o BES e a Operação Marquês.

Os resultados do concurso que revelarão se Carlos Alexandre entra ou não no Tribunal da Relação, a cerca de três anos da reforma, deverão sair em março de 2023. Caso seja promovida, assumirá o cargo de desembargador em setembro de 2023.

Em janeiro, entrou em vigor a lei que tirou a exclusividade da dupla Carlos Alexandre e Ivo Rosa no Ticão – o Tribunal Central de Instrução Criminal — que trata dos megaprocessos de criminalidade económico-financeira. Este Tribunal passou a ter uma composição com mais sete juízes, depois de se fundir com o Juízo de Instrução Criminal de Lisboa.

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TTR: PLMJ lidera valor de operações de M&A com 1.737 milhões de euros

Segundo o relatório da TTR, nos primeiros nove meses de 2022 as maiores operações de M&A foram assessoradas pela PLMJ, Linklaters e Garrigues. Morais Leitão com maior número de transações.

O recente ranking da TTR – Transactional Track Record, com análise do período entre 1 de janeiro e 30 de setembro de 2022, revela quais foram os principais escritórios de advogados e legal advisors, nas principais operações de M&A, Venture Capital, Private Equity e Asset Acquisition. A PLMJ liderou por valor total das operações, cerca de 1.737,59 milhões de euros. A Morais Leitão liderou o ranking de assessores jurídicos por número de transações, com 25.

Segundo o relatório da TTR, nos primeiros nove meses de 2022 foram realizadas 328 transações que se traduziram num valor total de 8.723 milhões de euros. Das quatro áreas, M&A destacou-se com 150 transações (3.294 milhões de euros), seguida por Asset Acquisition com 86 transações (2.534 milhões de euros), Venture Capital com 62 transações (714 milhões de euros), e Private Equity com 30 transações (2.181 milhões de euros).

O TTR selecionou como transação do trimestre a aquisição da Smart Studios pela Round Hill Capital no valor da transação é de 200 milhões de euros. A operação contou com a assessoria jurídica dos escritórios pbbr, Morais Leitão e SRS Advogados.

Veja aqui todos os rankings.

M&A, Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions

As sociedades em destaque são a PLMJ, com um valor de 1.737,59 milhões de euros, seguida pela Linklaters, com 1.450 milhões e a fechar o top 3 a Garrigues com um valor total de 1.378,82 milhões de euros. Logo abaixo na tabela ficou a Morais Leitão, com 1.105,25 milhões, e a SRS Advogados, com 575,61 milhões de euros.

No que concerne ao número de transações em M&A, Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions a liderar a tabela ficou a Morais Leitão, com 25, seguida pela Garrigues, com 24, e PLMJ, com 20.

Já relativamente aos “dealmakers, advogados que centram a sua prática na área de M&A, Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions, cinco sociedades de advogados estão representadas no top 10, face ao valor de transações, sendo a PLMJ e a Morais Leitão com o maior número de distinções, três cada. Diogo Perestrelo, sócio da PLMJ, ocupa o lugar cimeiro da tabela com uma transações que se traduzem em 850 milhões de euros.

Os dealmakers que somaram um maior número de transações nestas áreas foram Luís Roquette Geraldes, sócio da Morais Leitão, com 16; Paulo Bandeira, sócio da SRS, com 10; Duarte Schmidt Lino, sócio da PLMJ, com nove; e Mário Lino Dias, sócio da Garrigues, com oito.

Os “rising star dealmakers” na área de M&A, Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions pertencem a quatro firmas: PLMJ, com cinco destacados, a Garrigues com quatro, e a Linklaters e Morais Leitão, com dois advogados cada. Rita Pereira Jardim, associada da PLMJ, ocupa o primeiro lugar com um valor total de transações de 1.285,12 milhões de euros.

Private Equity

Na área de Private Equity as sociedades em destaque são a Linklaters, com 1.450 milhões, a Morais Leitão, com 909,70 milhões, e a PLMJ, com 867 milhões.

Já relativamente ao número de transações, a Garrigues e a SRS Advogados somaram quatro transações, seguida pela Linklaters, Morais Leitão, TELLES e Vieira de Almeida com três cada.

Venture Capital

Na área de Venture Capital as sociedades em destaque são a PLMJ, com um valor de 52,22 milhões de euros, a Morais Leitão, com 46,91 milhões, a SRS Advogados, com 35,31 milhões de euros, e a Garrigues, com 27,50 milhões de euros.

Já relativamente ao número de transações, a Morais Leitão fica em primeiro lugar, com 14 transações, seguida pela SRS Advogados, com 10, e a PLMJ, com seis.

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Lisboa já é o maior hub da Uber na Europa e está a contratar. Tem 20 vagas

O centro "constitui já a principal fonte de conhecimento sobre utilizadores, motoristas e parceiros de entrega e de desenvolvimento de produto, suportando 10 países", diz a Uber.

O centro de excelência da Uber já é o maior da companhia na Europa e continua a reforçar a equipa. Tem 20 vagas. A plataforma de mobilidade investiu mais de 90 milhões de euros no hub de Lisboa, tendo sido criados 500 postos de trabalho direto, prestando apoio a 10 países europeus.

“Temos algumas posições em aberto. Estamos atentos ao desenvolvimento do contexto macroeconómico, continuando a contratar de acordo com as necessidades do negócio e sendo criteriosos em cada decisão de contratação”, refere fonte oficial da Uber em Portugal, à Pessoas.

Ao todo há 20 ofertas de emprego em aberto para perfis como COE Specialist – for Uber Eats (Dutch Speaker) Associate Program Manager, Social Brand Reputation ou New Verticals Growth Strategist (Uber Eats), entre outros.

No centro, a Uber tem implementado um modelo de trabalho híbrido.

“O desempenho do Centro de Excelência da Uber em Portugal foi notável durante o último ano, tendo crescido no número de países, idiomas e áreas de negócio suportadas como é o caso da centralização do Uber 4 Business. Portugal é uma das poucas regiões que participa ativamente nos programas globais de mobilidade e soluções empresariais para agilizar o dia-a-dia dos utilizadores. Espera-se mais crescimento em 2023, à medida que mais empresas em toda a região EMEA descobrem o poder da plataforma Uber quando se trata de mobilidade e entrega de bens, refeições e produtos”, refere Régis Haslé, diretor sénior de operações de cliente EMEA, em comunicado.

Talento de 31 países rumou a Lisboa

Localizado em Lisboa, o centro, inaugurado em setembro do ano passado, “constitui já a principal fonte de conhecimento sobre utilizadores, motoristas e parceiros de entrega e de desenvolvimento de produto, suportando 10 países europeus“, mais um relativamente a 2021.

Países Baixos – tendo a Uber realocado 100% dos colaboradores para Lisboa – foi o país que se juntou a França, Espanha, Itália, Bélgica, Suíça, Áustria, Alemanha, Luxemburgo no lote de mercados a que o centro presta apoio a partir de Lisboa.

No último ano, a equipa do Uber 4 Business, a plataforma da Uber adaptada para viagens e entregas a grandes e médias empresas, passou de dois colaboradores com suporte a um idioma para uma equipa de 15 pessoas com suporte a quatro idiomas.

Hoje o hub recebe talento de proveniente de 31 países (mais três nacionalidades face a 2021) com mais de 10 áreas de especialização como qualidade, formação & desenvolvimento, analytics, gestão de projeto, operações, marketing, comunicação, entre outras.

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Entidade Reguladora da Saúde obriga privados a devolver dinheiro a doentes

  • ECO
  • 12 Outubro 2022

Regulador da Saúde considera que clientes das unidades em causa não foram devidamente informados sobre a totalidade dos custos, ou cobranças adicionais. Já foram restituídos mais de 7 mil euros.

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) está a obrigar vários hospitais privados a anular, ou devolver, parte dos valores cobrados aos clientes por considerar que estes não foram devidamente informados da totalidade dos custos, ou da possibilidade de cobranças adicionais, avança a edição desta quarta-feira do Público (acesso condicionado).

Em causa estão 17 reclamações que compreendem os hospitais Infante Santo e Tejo, e a clínica CUF Almada, entre 2012 e 2021. As unidades em causa receberam ainda instruções para que assegurem a previsão correta da totalidade dos custos, ou que advirtam os clientes da possibilidade de cobranças adicionais, segundo deliberações divulgadas esta semana.

A CUF já contestou os vários processos e alega que “a matéria de facto apurada nos presentes autos é insuficiente e que foram omitidas diligências processuais essenciais”, pelo que remeteu para um documento interno relativo ao processo de estimativas. Já o regulador da saúde determinou a restituição de mais de 7 mil euros a repartir pelos diversos clientes, com base na reavaliação de várias queixas.

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Margem de refinação da Galp afunda 65%, mas continua elevada

Petrolífera viu a margem de refinação cair 65% para 7,7 dólares por barril no terceiro trimestre, em comparação com o trimestre anterior. Ainda assim, é quase o dobro do observado há um ano.

A Galp Energia GALP 0,00% aumentou a produção de petróleo em 7% no terceiro trimestre, face ao trimestre anterior, mas a margem de refinação afundou 65% em cadeia, apesar de continuar a ser quase o dobro da registada há um ano.

No trading update publicado esta quarta-feira, um relatório onde dá a conhecer os indicadores operacionais do período entre julho e setembro, a petrolífera exibe um crescimento de 7% em cadeia na produção de petróleo, de 107,7 mil para 114,8 mil barris diários. É, contudo, uma queda de 2% face ao trimestre homólogo.

Porém, num período marcado pela descida dos preços do petróleo e dos combustíveis, a Galp viu a margem de refinação afundar 65% em cadeia, de 22,3 dólares para 7,7 dólares por barril de petróleo ou equivalente. Um valor que, ainda assim, é 92% superior aos quatro dólares por barril que eram registados há um ano, antes do impacto da guerra no mercado petrolífero.

A empresa explica o aumento na produção diária de petróleo ou equivalentes com uma redução nas manutenções programadas e “maior eficiência” nas unidades. Em simultâneo, justifica a menor margem de refinação com a redução nos preços dos combustíveis.

O trading update antecede a publicação das contas trimestrais da Galp, que está agendada para 24 de outubro, antes da abertura dos mercados. No documento, o grupo informa também que espera uma redução da dívida líquida neste trimestre e dá conta de que os resultados do terceiro trimestre vão incluir uma imparidade de 30 milhões de euros que diz respeito a uma exploração em São Tomé e Príncipe, por não existir “evidência de descoberta comercial”.

As ações da Galp recuam 2,87% na bolsa de Lisboa, para 9,97 euros, após a divulgação destas informações.

(Notícia atualizada pela última vez às 8h39)

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